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Constituição de 1934 e Governo Constitucional Vargas

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História do Brasil 
 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO DE 1934 E GOVERNO 
CONSTITUCIONAL DE VARGAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
Sumário 
 
Introdução ...........................................................................................................................................2 
 
Objetivo................................................................................................................................................2 
 
1. A Constituição de 1934 ...................................................................................................................2 
1.1. Diretrizes da Constituição de 1934 ............................................................................................2 
2. Governo Constitucional de Vargas (1934-1937) ..........................................................................4 
2.1. Radicalizaçãso Ideológico ..........................................................................................................4 
3. O Golpe do Estado Novo ................................................................................................................6 
3.1. Antecedentes: o fracasso da revolução da ANL........................................................................6 
3.2. O Golpe de Esatado .....................................................................................................................7 
 
Exercícios .............................................................................................................................................8 
 
Gabarito ...............................................................................................................................................9 
 
Resumo ............................................................................................................................................. 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
Conforme estudamos na apostila anterior, Getúlio Vargas teve dificuldades 
para conciliar os interesses políticos dos diversos grupos sociais e econômicos que 
estavam ao seu lado na Revolução de 30 e mesmo a oligarquia cafeeira derrotada, 
bem como, a valorização de classes como a trabalhadora urbana. Os 
descontentamentos com o Governo Provisório se concretizaram na organização da 
Frente Única Paulista, formada pelo Partido Democrático e o Partido Republicano 
Paulista. A guerra civil se instaurou com os combates entre as tropas do governo 
federal e o exército constitucionalista paulista. Apesar da rendição dos paulistas, era 
claro que o fim do Governo Provisório estava anunciado, sendo insustentável a 
manutenção do mesmo. 
Nessa apostila vamos compreender a articulação de Getúlio Vargas para dar 
fim ao Governo Provisório e estabelecer o Governo Constitucional que perdurará de 
1934 até 1937. Nesse sentido, a Constituição de 1934 vai apresentar poucas mudanças 
em relação à de 1891, mas que transparecem a radicalização ideológica e a disputa 
eleitoral para a presidência que teve como desfecho o golpe de 1930. 
Objetivos 
• Apresentar as mudanças estabelecidas pela Constituição de 1934; 
• Examinar o contexto de radicalização ideológica processada no período 
do Governo Constitucional (1934-1937) de Vargas; 
• Identificar as estratégias de Getúlio Vargas para manter e liderar a 
política nacional. 
 
1. A Constituição de 1934 
1.1 Diretrizes da Constituição de 1934 
Depois da vitória das tropas do governo federal contra o exército 
constitucionalista paulista, você sabe como Getúlio Vargas recompôs as forças 
políticas, sendo eleito o primeiro presidente constitucional da República e evitando 
uma nova guerra civil? 
 Em primeiro lugar, estrategicamente, Vargas repreende de forma branda os 
líderes paulista, com prisões, deportações e a cassação de mandatos políticos. Até 
que em julho de 1934 foi aprovada a anistia geral. Dessa forma, pretendia manter 
aberta a possibilidade de aliança com os paulistas derrotados, tendo em mente que a 
oligarquia cafeeira dominava a economia nacional e, por isso, qualquer governo que 
não tivesse seu apoio construiria um governo frágil. 
 
3 
 
Além disso, Vargas bem leu que não era possível mais retardar o processo de 
redemocratização. Em 1932, tomou a segunda medida indispensável para manter a 
estabilidade política e instituiu o Código Eleitoral que determinava o voto secreto, 
inédito até então, e o que foi chamado de deputados classistas. Quer dizer, eram 
representantes eleitos pelos sindicatos. Em maio de 1933, a partir dessas instruções 
foram realizadas as eleições para a composição da Assembleia Constituinte. A nova 
Constituição foi aprovada em julho de 1934. 
As mudanças apresentadas pela Constituição de 1934 em relação à de 1891 
eram poucas, porém, importantes por expressarem uma mudança de contexto 
político. Primeiro, o Código Eleitoral foi incorporado ao texto constitucional, 
incluindo, inclusive, os deputados classistas. Criou-se o Tribunal do Trabalho e a 
legislação trabalhista, admitindo o direito à liberdade de organização sindical. Abria-
se a possibilidade de nacionalização de empresas estrangeiras e determina-se o 
monopólio do Estado de determinadas indústrias. Reduzia-se o poder dos estados, 
com maior centralização administrativa na capital. Por fim, como medida de transição 
política, os deputados determinaram que o próximo presidente da república fosse 
eleito pelo voto indireto da Assembleia Constituinte. No dia seguinte, Getúlio Vargas 
foi eleito presidente constitucional do Brasil, inaugurando a segunda etapa de seu 
governo. 
 
CAI NA PROVA! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A partir, sobretudo, dos séculos XVII e XVII e das obras dos 
filósofos John Locke e Montesquieu, formulou-se o que se 
denomina de teoria de separação de poderes, o que ainda 
tem repercussão na construção política dos governos. 
Essa teoria prevê que para o funcionamento equilibrado 
do Estado, os poderes devem ser independentes e com 
claras atribuições, para desse modo não excederem seu 
poder sobre o outro, desarmonizando o equilíbrio do 
Estado. Seriam fundamentalmente três poderes: o 
Legislativo que produz as leis, o Judiciário que julga a 
partir das leis e o Executivo, responsável por executar aas 
mesmas. Sobre isso, se determina na Constituição de 
1934, no art. 3o, caput, que “são órgãos da soberania 
nacional, dentro dos limites constitucionais, os poderes 
legislativo, executivo e judiciário, independentes e 
coordenados entre si”. 
 
4 
 
2. Governo Constitucional de Vargas (1934-1937) 
2.1 Radicalização ideológica 
A eleição como presidente da República determinava um mandato de quatro 
anos para Getúlio Vargas, sem possibilidade de reeleição. Inicialmente, Vargas se 
mostrava empenhado no retorno da normalidade política do país, contudo, ainda se 
colocava no lugar de intermediador fundamental. Vargas aproveitava-se da crise de 
autoridade que mantinha o vazio de direção e controle do país e excedia os limites 
impostos na Constituição para o poder Executivo. 
O contexto era de radicalização política e de descrença no liberalismo clássico, 
tanto na esfera nacional quanto externa. Depois da crise 1929 e a Grande Depressão, 
o liberalismo passou a ser contestado como ideologia e as ideias e propostas 
socialistas ganharam força. Isso se fortalecia pelo exemplo da União Soviética que 
marginalizada do sistema capitalista mundial não sofreu abalos com a crise. Ao 
mesmo tempo, países capitalistas, inclusive, os Estados Unidos solucionavama 
questão com a intervenção cada vez maior do Estado na economia na denominada 
política do New Deal, implementada pelo presidente Franklin Roosevelt. Em outro 
extremo, as propostas fascistas defendiam a ampliação da intervenção do Estado não 
somente na economia, também no conjunto da sociedade. Foram regimes que se 
converteram em violentas ditaduras políticas de extrema direta. 
 
EXEMPLO 
 
 
 
No Brasil o quadro de radicalização ideológica e a influência do fascismo se 
desdobraram no surgimento em 1932 da Ação Integralista Brasileira (AIB). Seus 
adeptos defendiam o fim da democracia liberal, substituída por um governo 
autoritário, chefiado por um líder que buscasse o “progresso” do país. Nesse sentido, 
tinham aversão ao comunismo e disseminavam o nacionalismo. 
Na ideologia fascista há sempre a construção de um líder 
carismático, visto como a representação máxima do 
Estado que deveria ser obedecida a todo custo. No caso 
italiano esse líder era Benito Mussolini e na Alemanha o 
fascismo recebeu o nome de nazismo e foi liderado por 
Adolf Hitler. 
 
 
5 
 
01 
Integralistas de Viçosa do Ceará uniformizados. 
 
Os integralistas eram liderados por Plínio Salgado, considerado um 
intelectual, ele já havia participado da Semana de Arte Moderna de 1922 e da criação 
do “verde-amarelismo”, movimento cultural nacionalista (Figura 01). Em 1933, os 
integralistas organizaram uma passeata em São Paulo que deu publicidade ao 
movimento, expandindo-o por todo o Brasil, sobretudo no centro-sul, região mais 
urbanizada e com muitos imigrantes europeus, em sua maioria de origem italiana e 
alemã. 
Por sua vez a desconfiança em relação à Vargas levaram também a criação, em 
1935, da Aliança Nacional Libertadora (ANL), uma frente ampla de oposição ao 
fascismo ou qualquer outra forma de autoritarismo. 
Criada em março de 1935, a ANL contava com a participação de indivíduos de 
diversos grupos sociais. Era diverso também em suas convicções políticas e 
filosóficas, mas liderada por comunistas. Dentre as propostas da ANL estavam: a 
suspensão do pagamento da dívida externa; a estatização das empresas estrangeiras; 
a defesa das liberdades individuais; e a reforma agrária, mantendo a pequena e média 
propriedade. 
Além disso, os aliancistas chamavam os líderes do Tenentismo para o que seria 
uma nova revolução. O primeiro a responder foi o militar Luís Carlos Prestes. Ele 
apoiou o movimento e denunciava que Vargas estava ligado aos integralistas, pedindo 
que as Forças Armadas lutassem ao seu lado contra o fascismo no Brasil. Em seus 
discursos, defendia a reforma agrária e apelava à “luta pela libertação nacional” que 
seria realizada pela revolução imediata. 
O movimento repercutiu nas Forças Armadas e seus comícios atraiam 
multidões. Dentre seus adeptos, muitos eram membros do Partido Comunista do 
 
6 
 
Brasil (PCB que depois ganhou o nome de Partido Comunista Brasileiro). Eles 
disseminavam a ideia que a revolução deveria sair dos quarteis e se popularizar nas 
ruas. Entretanto, essa defesa e o tom do manifesto público de Luís Carlos Prestes, com 
a palavra de ordem: “Todo poder à ANL!”, deu munição para o contra-ataque de 
Getúlio Vargas que declarou a ilegalidade do movimento. A partir disso, a ANL caiu na 
clandestinidade e passou a ser totalmente controlada pelo PCB, insistindo na 
preparação de uma revolução, vista agora como única alternativa de sobrevivência do 
movimento. Nesse sentido, recebiam dinheiro e agentes do Komintern, órgão de 
Moscou que coordenava e patrocinava os movimentos revolucionários socialistas e 
anticoloniais no mundo inteiro. 
Em novembro de 1935, a revolução se iniciou nos quarteis. Contudo, a falta de 
coordenação entre os núcleos de organização comunista fez com que não se iniciasse 
de forma sincronizada, eclodindo em diferentes dias nas cidades de Natal, Recife e Rio 
de Janeiro. Em Pernambuco a revolução foi suplantada. No Rio Grande do Norte 
durou quatro dias, instalando-se um governo revolucionário, mas que rapidamente 
acabou se rendendo. A revolução foi derrotada e denominada pelos vitoriosos de 
forma pejorativa de Intentona Comunista, em referência a um “projeto insensato”. 
Não houve adesão popular, apenas iniciativas isoladas. 
 
3. O Golpe do Estado Novo 
3.1 Antecedentes: o fracasso da revolução da ANL 
O fracasso da revolução organizada pelos aliancistas criou o pretexto 
necessário para que Getúlio Vargas abrisse uma violenta repressão a todos os 
participantes e aos simpatizantes do socialismo e comunismo. De forma bem 
diferente da repressão aos revolucionários constitucionalistas de 1932, Vargas não 
pretendia se aliar de forma alguma com os revolucionários da ANL e, por isso, não 
abrandou a repressão. O Congresso declarou estado de sítio e de guerra para todo o 
território nacional até 1937. Também foram criados o Tribunal de Segurança 
Nacional, responsável pelo julgamento dos crimes contra a segurança e as instituições 
do Estado e a Comissão Nacional de Repressão ao Comunismo. Na fotografia a seguir, 
temos o registro histórico de Luís Carlos Prestes (Figura 02), ex-líder tenentista e então 
líder da ANL prestando depoimento à comissão responsável por reprimir as atividades 
dos comunistas brasileiros. 
 
 
 
 
 
7 
 
IMPORTANTE! 
 
 
 
 
 
 
02 
Luís Carlos Prestes no Tribunal de Segurança, em 1937. 
 
Enquanto o Poder Legislativo perdia autonomia, as forças policiais se 
fortaleciam, bem como, o poder do presidente. Na verdade, nesse momento se 
limitava ou praticamente eliminava o exercício da democracia liberal e do regime 
constitucional. 
 
3.2 O Golpe de Estado 
Mesmo com o contexto de tensão, foram mantidas as providências para a 
realização da eleição presidencial prevista para 1937 conforme se definia na 
Constituição. A disputa eleitoral era entre duas candidaturas: a do paulista Armando 
de Salles Oliveira e a do paraibano José Américo de Almeida. O primeiro representava 
os interesses dos setores ligados ao antigo Partido Democrático, uma oposição de 
cunho liberal ao centralismo varguista. O segundo era o candidato oficial do governo 
para a sucessão. Além disso, Plínio Salgado, líder da Ação Integralista, lançava sua 
candidatura, mas tinha grande rejeição do eleitorado. Mesmo com o desenvolvimento 
do processo eleitoral, Vargas se mantinha ao lado do poder, angariando o apoio de 
Justificado pela defesa da ordem pública, o estado de sítio 
é um instrumento que goza o Chefe de Estado para a 
suspensão temporária dos direitos e garantias dos 
cidadãos. A partir disso, os Poderes Legislativo e Judiciário 
ficam submetidos ao Executivo. Já o estado de guerra é um 
decreto que determina o prolongamento da vigência do 
estado de sítio, ampliando seu alcance e permitindo a 
mobilização militar para operações de guerra. 
 
 
8 
 
setores sociais que viam nele a manutenção da estabilidade e normalidade 
constitucional e estabilidade política. 
Nesse contexto, o Exército era uma força política de peso no jogo político. A 
alta cúpula militar era nacionalista, anticomunista e temia o rompimento da 
segurança nacional. Aos poucos, passaram a enxergar na solução autoritária uma 
solução para a crise política do Brasil. Imaginavam que o governo centralizado e 
autoritário poderia implementar a indústria pesada, para eles, exigida para manter a 
segurança do país já que produziria máquinas e matéria-prima que seriam base para 
o desenvolvimento industrial do país. Os investidores estrangeiros não teriam 
interesse nesse projeto, contudo, o capital nacional era escasso e deveria ser 
direcionado de forma focada paraesse investimento. 
Em setembro de 1937, o governo divulgava a existência de um plano comunista 
organizado para assumir o poder no Brasil, denominado Plano Cohen. Na verdade, o 
mesmo foi redigido por um integralista, oficial do Exército, para fomentar o medo e o 
pânico. A divulgação do Plano Cohen criou um contexto favorável para que, em 10 de 
novembro, Getúlio Vargas ordenasse o fechamento do Congresso Nacional, a extinção 
dos partidos políticos e a suspensão da campanha presidencial e da Constituição. O 
golpe de Estado instalava a ditadura do Estado Novo. 
Exercícios 
1. (ENEM, 2018) O marco inicial das discussões parlamentares em torno do 
direito do voto feminino são os debates que antecederam a Constituição de 1824, que 
não trazia qualquer impedimento ao exercício dos direitos políticos por mulheres, 
mas, por outro lado, também não era explícita quanto à possibilidade desse exercício. 
Foi somente em 1932, dois anos antes de estabelecido o voto aos 18 anos, que as 
mulheres obtiveram o direito de votar, o que veio a se concretizar no ano seguinte. 
Isso ocorreu a partir da aprovação do Código Eleitoral de 1932. 
Disponível em: http://tse.jusbrasil.com.br. Acesso em: 14 maio 2018. 
 
Um dos fatores que contribuíram para a efetivação da medida mencionada no 
texto foi a: 
a) superação da cultura patriarcal. 
b) influência de igrejas protestantes. 
c) pressão do governo revolucionário. 
d) fragilidade das oligarquias regionais. 
e) campanha de extensão da cidadania. 
 
 
9 
 
2. (ENEM, 2016) A regulação das relações de trabalho compõe uma estrutura 
complexa, em que cada elemento se ajusta aos demais. A Justiça do Trabalho é 
apenas uma das peças dessa vasta engrenagem. A presença de representantes 
classistas na composição dos órgãos da Justiça do Trabalho é também resultante da 
montagem dessa regulação. O poder normativo também reflete essa característica. 
Instituída pela Constituição de 1934, a Justiça do Trabalho só vicejou no ambiente 
político do Estado Novo instaurado em 1937. (ROMITA, A. S. Justiça do Trabalho: produto do 
Estado Novo. In: PANDOLFI, D. (Org.). Repensando o Estado Novo. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999). 
A criação da referida instituição estatal na conjuntura histórica abordada teve 
por objetivo: 
a) legitimar os protestos fabris. 
b) ordenar os conflitos laborais. 
c) oficializar os sindicatos plurais. 
d) assegurar os princípios liberais. 
e) unificar os salários profissionais. 
 
3. (UNESP, 1990) Decretada a extinção da Aliança Nacional Libertadora em 
1935, seus membros, os não moderados, organizaram a insurreição comunista que foi 
abafada pelo Governo Vargas. Assinale a alternativa que apresenta a ação política 
subsequente e relacionada com a referida insurreição: 
a) A proposta anti-imperialista e antilatifundiária, contida no programa da 
ANL, foi completamente abandonada. 
b) Vargas, em proveito de seus planos ditatoriais, explorou o temor que 
havia ao comunismo. 
c) Dois meses após a Intentona, todos os presos políticos que aguardavam 
julgamento foram colocados em liberdade. 
d) A campanha anticomunista das classes dominantes contribuiu para 
que Vargas abandonasse seus planos continuístas. 
e) Os revoltosos só se renderam depois de proclamada a suspensão 
definitiva do pagamento da dívida externa. 
Gabarito 
1. [e]. Influenciadas pelos movimentos norte-americanos e europeus, as 
mulheres brasileiras, entre as décadas de 1920 e 1930, reivindicavam a ampliação de 
 
10 
 
sua participação política e cidadã no país por meio da sua inserção no direito ao voto. 
Tal direito foi alcançado em 1932 e consolidado na Constituição de 1934. 
 
2. [b]. A Justiça do Trabalho, criada na constituição de 1934, procurava ao 
mesmo tempo garantir os direitos do trabalhador e evitar, ou intermediar, qualquer 
conflito trabalhista no país. 
 
3. [b]. A tentativa de revolução da ANL, em 1935, foi a principal justificativa do 
regime varguista para, em defesa da Segurança Nacional, transformar o Estado 
democrático em autoritário, em 1937, com a criação do Estado Novo. 
Resumo 
Nessa apostila analisamos como Getúlio Vargas desenvolveu o seu Governo 
Constitucional (1934-1937), da promulgação da Constituição de 1934 até o golpe do 
Estado Novo em 1937. As diretrizes da Constituição de 1934 determinavam o Código 
Eleitoral para as eleições presidenciais de 1937, possuía a marca trabalhista, 
nacionalista e incorporava a representação de deputados classistas. 
O contexto nacional e internacional era de radicalização ideológica. No Brasil 
isso culminou na fundação de forças políticas ligadas ao nacionalismo de extrema 
direta da Ação Integralista Brasileira (AIB) e, em contraposição, a organização da 
Aliança Nacional Libertadora (ANL). As tramas que envolviam esses grupos, o Exército 
e Getúlio Vargas produziram pretextos para a ação autoritária e centralizadora do 
Poder Executivo. Primeiro, em 1935, se desenvolveu a pejorativamente denominada 
Intentona Comunista, o que se desdobrou no decreto de estado de sítio e guerra. 
Depois, no decorrer da campanha presidencial, em 1937, o Plano Cohen serviu de 
desculpa para o golpe de Estado de Vargas, instalando o Estado Novo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Referências bibliográficas 
ARRUDA, José Jobson de A.; PILETTI, Nelson. Toda História – História Geral e História do Brasil. São Paulo: Ática, 
1996. 
COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. São Paulo: Saraiva, 1997. 
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Edusp, 2015. 
_____. História Geral do Brasil. São Paulo: Elsevier, 2016. 
FULVIO, Abramo. A Revoada dos Galinhas Verdes. São Paulo: Editora Veneta, 2014. 
NAPOLITANO, Marcos. História do Brasil República. Da Queda da Monarquia ao Fim do Estado Novo. São Paulo: 
Contexto, 2016. 
DIAS, Felipe Aires Coelho Araújo. A teoria da separação dos poderes e as constituições brasileiras. Jus.com.br. 
Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/58528/a-teoria-da-separacao-dos-poderes-e-as-constituicoes-
brasileiras>. Acesso em: 03/04/2019 às 20h01min. 
PENA, Rodolfo F. Alves. “Estado de Sítio”; Brasil Escola. Disponível em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/politica/estado-sitio.htm>. Acesso em: 03/04/2019 às 20h23min. 
 
Referências imagéticas 
Figura 01: WIKIPEDIA. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Integralistas_vicosadoceara.jpg. 
Acesso em: 03/04/2019 às 21h03min. 
Figura 02: WIKIPEDIA. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Carlos_Prestes. Acesso em: 
03/04/2019 às 21h15min.

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