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O tratamento com anti-virais

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Microbiologia 
 
 
 
 
 
 
O TRATAMENTO COM ANTIVIRAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
Sumário 
 
Introdução ...........................................................................................................................2 
Objetivos ..............................................................................................................................2 
1. Drogas antivirais .......................................................................................................2 
1.1. Visão geral...............................................................................................................2 
1.2. Análogos de nucleosídeos ....................................................................................3 
1.3. Inibidores de fixação e de entrada .......................................................................4 
1.4. Inibidores de liberação do vírus ...........................................................................4 
1.5. Interferons ..............................................................................................................4 
1.6. Inibidores de maturação do vírus ........................................................................5 
Exercícios .............................................................................................................................6 
Gabarito ...............................................................................................................................6 
Resumo ................................................................................................................................6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
Na apostila intitulada “Vírus sexualmente transmitidos”, estudamos sobre 
algumas das infecções sexualmente transmitidas, seus sintomas e medidas de 
tratamento e prevenção. 
Nesta apostila iremos aprender sobre os principais tratamentos com antivirais 
existentes no mercado e o mecanismo de atuação como por exemplo, os análogos de 
nucleosídeos que atuam inibindo a ação da polimerase e são comumente utilizados 
no tratamento da hepatite B, herpes e HIV . 
Objetivos 
• Saber a sua aplicação, forma de ação e novas descobertas; 
• Conhecer as principais drogas antivirais. 
 
1. Drogas antivirais 
1.1. Visão geral 
Como se dá a ação dos antivirais nos principais vírus conhecidos pelo homem? 
Os vírus são a principal causa de doenças e mortes no mundo inteiro e apesar 
de algumas vacinas existirem como forma de prevenção, diversas outras doenças não 
estão cobertas pela imunização. Para cobrir esta lacuna, foram desenvolvidas 
algumas drogas antivirais. 
O desenvolvimento de drogas antivirais é tão importante e necessário que 
permitiu que algumas doenças fatais se tornassem controláveis de alguma forma, 
como por exemplo os medicamentos desenvolvidos contra o HIV. 
Apesar da necessidade, diversos fatores podem limitar e dificultar o 
desenvolvimento dessas drogas, como por exemplo as particularidades de cada vírus, 
o fato de que alguns vírus desenvolvem infecção latente, então tratar a infecção ativa 
não curaria a doença, além da questão econômica, que pode desencorajar as 
indústrias farmacêuticas. 
A primeira droga antiviral desenvolvida com sucesso foi o aciclovir, utilizado 
no tratamento de herpes e varicela-zóster. 
Os dois principais alvos de antivirais são proteínas que: (1) podem ser inibidas 
por uma droga ou (2) podem ativar a droga para torná-la ativa no processo de inibição 
do vírus. De um modo geral, é mais fácil utilizar um antagonista para inibir a função 
de uma proteína do que promover sua função com um agonista. 
 
3 
 
A seguir, veremos algumas classes de antivirais, seus respectivos mecanismos 
de ação e alguns exemplos. 
 
1.2. Análogos de nucleosídeos 
Os análogos de nucleosídeos atuam inibindo a polimerase do vírus e são 
utilizados no tratamento de herpes, hepatite B e HIV. 
Os análogos de nucleosídeos e nucleotídeos precisam ser ativados através de 
fosforilação, normalmente para a forma de trifosfato, para cumprirem sua função de 
competirem com o substrato da polimerase. 
Alguns exemplos de nucleosídeos e nucleotídeos análogos que são utilizados 
no tratamento do herpes são o aciclovir (Figura 01) e diversos outros compostos 
similares (valaciclovir, penciclovir, cidofovir e ganciclovir) contendo uma metade 
acíclica que é similar à desoxirribose. O mecanismo de ação do aciclovir é a 
fosforilação do composto pelo vírus do herpes ou varicela-zóster, gerando aciclovir 
monofosfato. As células do hospedeiro em seguida fosforilam o aciclovir monofosfato 
em aciclovir di- e trifosfato. Essa última fosforilação é capaz de inibir a ação da 
polimerase do vírus. 
 
 
 
 
 
 
 
01 
 
Estrutura química do aciclovir. 
 
A ribavirina é um análogo de nucleosídeo que é considerada como um antiviral 
de amplo espectro pois apresenta atividade contra diversos vírus in vitro, mas para 
pacientes, só foi aprovada para o tratamento de infecções do trato respiratório 
causadas pelo vírus respiratório sincicial (RSV) e de algumas hepatites (HCV e HEV). 
A lamivudina é fosforilada por enzimas para a forma trifosfato, sendo um 
substrato competitivo para a transcriptase reversa. Após a incorporação, atua como 
um terminador de DNA. 
A zidovudina (AZT) foi a primeira droga criada para o tratamento do HIV e 
desde então, cerca de 25 novas drogas foram aprovadas para o tratamento da doença. 
 
4 
 
O uso da monoterapia de AZT em pacientes em estágio avançado de HIV apresentou 
um enorme efeito na redução da taxa de mortalidade, entretanto, surgiram vírus 
resistentes à droga. Como alternativa, iniciou-se o tratamento em associação com 
análogos de nucleosídeos de inibidores de transcriptase reversa 
 
1.3. Inibidores de fixação e de entrada 
Inibir a fixação e entrada de um vírus à uma célula hospedeira previne todas as 
etapas seguintes que permitem a infecção viral. Dois medicamentos aprovados e 
utilizados no tratamento do HIV (maraviroc e enfuvirtida) pertencem à essa classe de 
drogas. 
O maraviroc é um bloqueador de CCR5, ou seja, impede que o HIV se ligue ao 
co-receptor CCR5. Já o enfuvirtida age como um inibidor do rearranjo estrutural do 
gp41 (uma proteína presente no envelope do vírus) do HIV, impedindo a fusão do vírus 
com a membrana celular da célula hospedeira. 
 
1.4. Inibidores de liberação do vírus 
Um exemplo de inibidor de liberação do vírus é o caso dos inibidores de 
neuramidases que bloqueiam a liberação dos vírus influenza A e B. 
O mecanismo de ação é baseado na forma de fixação do vírus, o vírus influenza 
se fixa às células do hospedeiro através da interação das hemaglutininas do vírion e o 
ácido salicílico presente em membranas celulares. No final da replicação, quando o 
vírus é liberado da célula, as hemaglutininas se ligam novamente ao ácido salicílico, 
impedindo a liberação. Como forma de impedir esse processo, o vírus produz 
neuramidases que quebram o ácido salicílico. 
Estudos seguintes confirmaram que na ausência de neuramidases (ou através 
de seu bloqueio), o vírus continua preso na célula. Exemplos de inibidores de 
neuramidades disponíveis comercialmente são o zanamivir e oseltamivir. 
 
1.5. Interferons 
Essa classe de antivirais tem mecanismo de ação totalmente diferente dos 
outros citados anteriormente: ao invés de inibirem o processo de replicação do vírus, 
atuam ressaltando a resposta imune inata. 
A substância imiquimode é utilizada no tratamento de algumas doenças 
causadaspelo vírus do papiloma humano e tem como mecanismo de ação a interação 
com receptores TLR7 e TLR8 para estimular a imunidade inata, além de aumentar a 
 
5 
 
secreção de interferons (IFN) que são substâncias produzidas por leucócitos a fim de 
interferir na replicação de vírus. 
Já o interferon alfa é utilizado principalmente para o tratamento de hepatite B 
e hepatite C. Os interferons são uma família de citocinas que atuam no início da 
resposta imune inata e são importantes no processo antiviral de células infectadas e 
células vizinhas que ainda não foram infectadas. 
 
1.6. Inibidores de maturação do vírus 
Alguns vírus, incluindo o HIV, a junção do ácido nucleico e proteínas não é o 
suficiente para produzir um vírion, ou seja, uma estrutura infectante completa, sendo 
necessário o processo de maturação. Exemplos de drogas aprovadas para o 
tratamento de HIV são o saquinavir, ritonavir, lopinavir, amprenavir e derivados 
(atazanavir, tipranavir e dentre outros). 
O mecanismo de ação dessas drogas é inibir a ação de proteases, proteínas que 
são essenciais no processo de maturação de alguns vírus. 
 
1.7. Resistência às drogas antivirais 
O desenvolvimento de resistência às drogas antivirais está em função da taxa 
de mutação dos vírus, taxa de replicação, tamanho da população e outros fatores. 
 
 
CURIOSIDADE! 
 
Outro fator importante é a concentração da droga que é administrada ao 
paciente. Quanto maior a exposição à droga, maior é a pressão seletiva durante a 
replicação dos vírus, o que promove o surgimento de vírus resistentes à essa 
determinada droga. 
Um indivíduo infectado com HIV apresenta cerca 
de 1011 vírions e mais de 1010 vírions são gerados 
diariamente. Podemos concluir a partir disso que a taxa 
de replicação do HIV é alta. 
 
 
6 
 
Exercícios 
1) (Autora, 2019). Os nucleotídeos são utilizados para inibir a polimerase dos 
vírus. Quais são as doenças que normalmente são tratadas com nucleosídeos? 
2) (Autora, 2019). Para o tratamento da gripe é comumente utilizados 
bloqueadores de neuramidades. Cite o nome de duas drogas utilizadas. 
3) (Autora, 2019). Explique o funcionamento do enfuvirtida. 
 
Gabarito 
1) Os nucleosídeos podem ser usados para o tratamento do herpes, hepatite B e 
HIV. 
2) Zanamivir e oseltamivir. 
3) O enfuvirtida age como um inibidor do rearranjo estrutural do gp41 (uma 
proteína presente no envelope do vírus.) do HIV, impedindo a fusão do vírus 
com a membrana células da célula hospedeira. 
Resumo 
As doenças virais são a principal causa de doenças e mortes causadas no 
mundo inteiro e apesar da existência de diversas vacinas, outras diversas doenças não 
estão cobertas pela imunização, sendo necessário o desenvolvimento de drogas 
antivirais. Os antivirais podem ser classificados de acordo com a forma que agem 
inibidno o vírus. 
Os análogos de nucleosídeos atuam inibindo a polimerase do vírus, alguns 
exemplos de drogas com essa ação são o aciclovir, ribavirina, lamivudina e 
zidovudina. Essa classe de drogas é normalmente utilizada no tratamento do HIV, 
hepatite B, herpes e algumas infecções do trato respiratório. 
Os inibidores de fixação e entrada, como o próprio nome sugere, atuam 
inibindo a fixação e/ou a entrada do vírus na célula hospedeira. Algumas drogas 
disponíveis que possuem esse mecanismo de ação o maraviroc e a enfuvirtida, 
amsbos utilizados no tratamento do HIV. 
O tratamento do vírus influenza A e influenza B é baseado no processo de 
liberação do vírus. Após a replicação, os novos vírions são liberados da célula, mas 
durante o processo, a hemaglutinina se fixa ao ácido salicílico, impedindo a liberação 
 
7 
 
do vírus. Como forma de evitar essa etapa, o vírus influenza apresenta neuramidases 
que quebram o ácido salicílico. A classe de medicamentos utilizadas no tratamento 
do vírus influenza são os inibidores de neuramidases. 
Outras classes são os interferons que atuam ressaltando a resposta imune 
inata e os inibidores de maturação do vírus que inibem a ação de proteases que 
participam do processo de maturação. Um dos problemas enfrentados durante o uso 
de antivirais é o desenvolvimento de resistência que tem maior probabilidade de 
ocorres quando são administradas maiores concentrações da droga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Referências bibliográficas 
FIELDS, Bernand Nathan. FIELDS VIROLOGY. 6ª Edição;. Philadelphia: Wolters 
Kluwer/Lippincott Williams & Wilkins Health, 2013. 
 
TORTORA, Gerard J. MICROBIOLOGIA, 10ª Edição. Porto Alegre: Artmed, 2012. 
 
Referências imagéticas 
Figura 01 WIKIMEDIA COMMONS. Disponível em 
<https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aciclovir_standard.svg>. Acessado em: 19/04/2019 às 22h45min.

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