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Meios Legais para Porte de arma de fogo TCC GRADUAÇÃO

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Todo trabalho, em cada uma das etapas, será submetido às ferramentas de 
varredura para a detecção de plágio. Assim caso seja detectado percentual acima 
do tolerado, seu trabalho será invalidado em qualquer uma das atividades. Antes de 
começar o trabalho, leia o Manual do Aluno e Manual do Plágio para 
compreender todos itens obrigatórios e os critérios utilizados na correção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARENN FERREIRA DE SOUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEIOS LEGAIS PARA PORTE DE ARMA 
 
 
Anápolis 
2019 
 
Cidade 
Ano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEIOS LEGAIS PARA PORTE DE ARMAS 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
à Faculdade Anhanguera, como requisito 
parcial para a obtenção do título de graduado 
em Direito. 
Orientador: Rafaela Carvalho 
 
 
 
CARENN FERREIRA DE SOUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARENN FERREIRA DE SOUSA 
 
MEIOS LEGAIS PARA PORTE DE ARMAS 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
à Faculdade Anhanguera, como requisito 
parcial para a obtenção do título de graduado 
em Direito. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Anápolis, de Junho de 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho integralmente a 
Deus pela oportunidade da qual Ele me 
concedeu de cursar um curso de 
graduação, aos meus maiores 
incentivadores que me dera à base para 
alcançar este objetivo, meus pais. 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a Deus por existir, por estar firme durante toda minha trajetória, por 
não desistir diante das adversidades que me foram postas, por sempre ter forças 
para lutar e pessoas maravilhosas para estarem comigo e batalhar as minhas 
guerras. A Ele devo toda minha gratidão, minhas orações e devoção, pois sem Ele 
eu nada seria. 
Devo também minha gratidão a minha mãe Joana Batista de Oliveira que me 
ensinou a batalhar e buscar minhas conquistas, que lutou minhas lutas, acordou de 
madrugada comigo para chegarmos cedo à faculdade para conseguir aprovação no 
Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES), que me ouvia 
estudar e aprendia junto, que sempre esteve ali mesmo que discreta e 
involuntariamente me dando uma força; ao meu pai Carlos Ferreira de Sousa, que 
foi de suma importância para este projeto de trabalho de conclusão de curso, me 
dando clareza a respeito do assunto tratado, me ajudando nas pesquisas, estudando 
comigo o que tínhamos duvidas para que eu redigisse com clareza e simplicidade 
este projeto tão importante. 
O meu carinho todo especial devo as minhas queridas companheiras de 
batalha, os presentes que a faculdade me ofertou e eu recebi com todo carinho, 
minhas amigas, que sofreram comigo pelas mesmas dores, batalharam duro para 
conseguir o delas, me apoiaram, esclareceram duvidas, e sempre me impulsionaram 
para não desistir no meio do trajeto, em especial a minha amiga Larissa Ingrid 
Barbosa, que me ajudou bastante em várias fases de minha vida, me mostrando que 
o afeto que tenho por ela é recíproco. Esses anos me mostraram que devemos 
perseverar sempre, acreditar e aprender a parar e ouvir conselhos de pessoas 
experientes e é por esses conselhos e ensinamentos que agradeço com imensidão 
aos professores que depositaram sementes do conhecimento em minha vida desde 
o maternal até a graduação, uma profissão admirável que constrói grandes 
profissionais de todas as áreas e forma cidadãos de bem. 
Um sonho sonhado sozinho é apenas um sonho, porém se este for sonhado 
em conjunto se torna realidade e é esse sentimento que tenho de um sonho 
realizado em conjunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “A única arma para melhorar o planeta é a Educação 
com ética. Ninguém nasce odiando outra pessoa pela 
cor da pele, por sua origem, ou ainda por sua religião. 
Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se 
podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a 
amar.” 
 Nelson Mandela 
SOUSA, Carenn Ferreira. Meios legais para porte de armas. 2019. 37. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – Faculdade Anhanguera de Anápolis, 
Anápolis, 2019. 
 
RESUMO 
 
Serão apresentados de forma geral conceitos, com o objetivo de esclarecer a cerca 
dos meios que o ordenamento jurídico brasileiro traz para obtenção de porte de 
arma de fogo, será apresentado a história e o que levou a sociedade a um 
pensamento negativo a cerca do tema ao longo dos anos e governos, o significado 
de arma de fogo, discorrer a cerca de calibres, os meios legais para se conseguir o 
certificado de registro e a diferença entre posse e porte de armas. Atualmente no 
Brasil o porte de armas é permitido para as seguintes classes: caçadores, atiradores, 
colecionadores, advogados, Oficiais de Justiça, jornalistas que atuem na cobertura 
policial, agentes de trânsito, políticos (durante o mandato), moradores de áreas 
rurais, motoristas de empresas e autônomos (transporte de cargas), conselheiro 
tutelar, funcionários de empresas privadas de segurança e de transportes de 
valores, dono de escola de tiroe de estabelecimento que venda armas e munições, 
agentes públicos da Agência Brasileira de Inteligência, da administração 
penitenciária e de medidas socioeducativas. O cidadão de bem brasileiro, que se 
enquadre nos requisitos exigidos em lei tem o direito de se defender, defender seus 
pertences, familiares e estabelecimento, bem como praticar caça esportiva ou de 
subsistência, participar de campeonatos de tiros desportivo e agregar ao seu acervo 
armas de fogo assim como os cidadãos de outros países principalmente os 
desenvolvidos. 
 
Palavras-chave: Armas de fogo; Porte; Certificado de registro; Calibres; 
Desarmamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOUSA, Carenn Ferreira. Legal means for carrying arms . 2019. 37. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – Faculdade Anhanguera de Anápolis, 
Anápolis, 2019. 
ABSTRACT 
Concepts will be presented in general, with the purpose of clarifying the about the 
means that the Brazilian legal system brings to obtain possession of firearms, will be 
presented the history and what led the society to a negative thought about the 
subject to the over the years and governments, the significance of firearms, to 
scrutinize about calibers, legal means to obtain the certificate of registration and the 
difference between possession and possession of weapons. Currently in Brazil the 
possession of weapons is allowed for the following classes: hunters, snipers, 
collectors, lawyers, Justice Officers, journalists who work in police coverage, transit 
agents, politicians (during the term of office), rural dwellers, of companies and 
freelancers (cargo transport), guardianship counselor, employees of private security 
and securities transport companies, owner of shooting school and establishment that 
sells weapons and ammunition, public agents of the Brazilian Intelligence Agency, 
prison administration and socio-educational measures. The Brazilian citizen, who 
meets the requirements of law, has the right to defend himself, defend his 
belongings, family and establishment, as well as practice sports or subsistence 
hunting, participatein sports shots championships and add weapons to his collection 
as well as citizens of other countries, especially the developed ones. 
 
 
 
 
Key-words: Firearms; Carrying; Registration certificate; Calibers; Disarmament. 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
Figura 1 – Os calibres liberados pelo decreto presidencial ..................................... 23 
Figura 2 – Armas e suas liberações ........................................................................ 24 
Figura 3 – Calibres permitidos após decreto presidencial ....................................... 25 
Figura 4 – Dicionário do decreto .............................................................................. 25 
Figura 5 – Alma raiada ............................................................................................ 26 
Figura 6 – Alma lisa ................................................................................................. 27 
Figura 7 – Porte e tiro esportivo .............................................................................. 31 
Figura 8 – Diferença da aquisição pela PF ou EB ................................................... 33 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
CACs Caçadores, Atiradores e Colecionadores 
CR Certificado de Registro 
PCE Produto Controlador pelo Exercito 
R-105 Regulamento pra Fiscalização de Produtos Controlados 
SIGMA Sistema de Gerenciamento Militar de Armas 
SINARM Sistema Nacional de Armas 
SFPC Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados 
 
 
 
 
 
13 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14 
2. O DESARMAMENTO NA HISTÓRIA ................................................................ 16 
3. O QUE É ARMA DE FOGO E OS MEIOS LEGAIS PARA OBTENÇÃO DE 
CERTIFICADO DE REGISTRO. ............................................................................... 21 
4. PORTE DE ARMAS PARA CAÇADORES, ATIRADORES E 
COLECIONADORES. ............................................................................................... 30 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 35 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 36 
 
 
 
 
14 
1. INTRODUÇÃO 
 
O referido trabalho tem por finalidade abordar assuntos referentes aos meios 
de porte e posse legal de arma no país atualmente, assim como contar sobre a 
história do desarmamento, as reais intenções dos antigos governos no Brasil para o 
não armamento dos cidadãos, e assim estar levar conhecimento para sociedade nos 
dias atuais onde muito se fala em legalização de armas de fogo e pouco se entende 
e conhece sobre o assunto. 
Um contexto bem explicativo, trazendo os conceitos e saberes importantes a 
respeito do tema, exemplos para fácil entendimento, fazer um levantamento sobre os 
assuntos abordados baseando em leis e decretos, pensando sempre em simplificar 
e deixar bem esclarecido para que qualquer leigo no assunto possa se interessar e 
sanar suas duvidas a respeito de cada tópico tratado. 
Historiar esse tema é dê suma importância para que se consiga entender o 
tabu acerca da legalização e porque o governo sempre adotou o “Não” privando 
parcialmente cidadãos legalmente capacitados de adquirirem armas de fogo, desde 
a colonização até os dias atuais sempre houve outras intenções além da famosa 
proteção que os governantes pregam para conseguir um apoio da população que 
acredita fielmente em seus dizeres paternais. 
Entender, observar o famoso dois lados da moeda e aprender tecnicamente, 
facilita a formar uma opinião certa e concreta a respeito do assunto, analisando em 
linha histórica de como foram os moldes da geração que trouxe a sociedade à 
realidade atual; esse é o objeto de ação, criar formadores de opinião que entendam 
sobre o assunto, que sabe de forma clara e objetiva organizar suas idéias, opinar 
sobre e repassar a informação correta não sendo preciso forçar sua opinião aos 
demais. Uma população bem informada é um povo que sabe do que precisam e 
procuram os meios certos para tal. 
O trabalho proposto caracteriza-se numa revisão bibliográfica, desenvolvida 
com base em material já elaborado, embasando-se em obras de autores renomados. 
Será descrito de forma qualitativa e descritiva, buscando responder ao decorrer do 
trabalho o problema de pesquisa a ser evidenciado. 
 
 
15 
A pesquisa a ser realizada no presente trabalho pode ser classificada como 
revisão de literatura inerente à temática proposta para o estudo, sendo uma 
pesquisa bibliográfica que utiliza o método de pesquisa descritiva e qualitativa. 
As fontes de pesquisa que serão utilizadas para estruturar jurídica e 
cientificamente à tese foram publicadas dentro do período dos últimos dez anos. Os 
locais de busca para a pesquisa que integrarão esta monografia serão livros, sites 
de banco de dados e trabalhos publicados anteriormente acerca do assunto. 
Para encontrar dados e informações para a pesquisa serão estabelecidas 
como palavras chave os seguintes termos: Armas de fogo, Certificado de Registro, 
Como a sociedade brasileira atual vê a lei que rege sobre armas de fogo, Uso de 
calibre restrito e o que são. Abordando opiniões de autores com obras na área tais 
como: Flávio Quintela, Bene Barbosa, Paulo Alves Franco, dentre outros, com intuito 
de entender e analisar opiniões para maior precisão sobre o tema. 
 
 
 
16 
2. O DESARMAMENTO NA HISTÓRIA 
 
A política do desarmamento já era adotada desde o período em que nosso 
país era colônia de Portugal, nessa época qualquer pessoa que ousasse a fabricar 
armas de fogo ou afins poderia ser condenada a pena de morte de acordo com as 
Ordenações de Filipinas, assim o governo português dificultava a formação de 
milícias que pudessem ameaçar o seu governo. 
Perdurando ate o surgimento dos movimentos pro independência em colônias 
americanas; quando o Regente Feijó assumiu o império em 1835 no lugar de Dom 
Pedro II que ainda era só uma criança, este tentou monopolizar o uso de força letal 
para acabar de vez com as milícias, enquanto isso nos Estados Unidos o direito de 
autodefesa já era constitucional e a criação de milícias para proteger o país de 
estrangeiros inimigos era legal. 
No período regencial (1831 até 1840) ocorreram diversas revoltas populares 
ocasionadas pelo abuso do poder imperial, que desfavorecia totalmente as classes 
baixas e visava todos os benefícios para as classes altas e influentes do império. 
As revoltas mais conhecidas foram a do Malês comandada por escravos 
mulçumanos de Salvador; Cabanagem ocorrida na província Grão Pará hoje estado 
do Pará feita por cidadãos pobres intitulados cabanos que reivindicavam por 
melhores condições de vida; e a da Farroupilha no Rio Grande de Sul conhecida 
como a revolta brasileira mais extensa, liderada por fazendeiros. 
Assim após anos já com o país comandado por Getulio Vargas o governo 
fazia sua primeira campanha oficial a favor do desarmamento com a premissa usada 
até os dias atuais que sem armas a violência diminuiria gradativamente e as 
pessoas viveriam seguras, dizendo ainda que com isso os dois maiores movimentos 
nordestinos se dissolveriam. 
O coronelismo que era o movimento de fazendeiros importantes da região 
que receberam tal patente no período da Regência tinha tudo que queriam na base 
do poder e intimidação enfrentavam quem fosse para alcançar os seus objetivos, 
eram bem imponentes na região do nordeste. 
Em 1904 ocorreu a mais séria das lutas entre dois coronéis da cidadedo 
Crato, José Belém de Figueiredo que fora chefe político e antes comerciante da 
região, abandonou o comércio e muito visionário investiu em agricultura e pecuária, 
 
 
17 
tinha grande influência política no Estado contribuindo para as eleições a presidente 
e parlamentares. 
 Ele era sempre acompanhado de capangas pagos com o dinheiro do 
município o chamado guarda local, além claro de seus próprios capangas que 
andavam sempre armados e prontos para quem ousasse tentar algo contra a vida de 
seu chefe. 
Antônio Luiz Alves Pequeno era o adversário do imponente coronel Belém, 
ele era um grande comerciante da região que mantinham rixa há anos e iam se 
resolver em uma luta travada com armas, ambos acompanhados de seus capangas 
e cangaceiros, uma frota que fora aumentada justamente para aquele embate, 
treinados na região do Pernambuco chegando a mais de 100 homens em combate 
de cada lado. 
Esse caso demonstra como o poder dos coronéis era ilimitado, eles juntavam 
forças com coronéis de outros estados e com cangaceiros que lhe prestavam 
serviço, até mesmo os chefes católicos cearenses entravam em combate para 
demonstrar apoio ao seu coronel e chefiar seus jagunços. O governo enquanto isso 
fingia que não nada ocorrerá e esperava para ver quem seria o vencedor. 
“Nesta luta armada do Crato, que durou três dias, com a capitulação final do 
latifundiário e a vitória do comerciante, o Governo de Fortaleza comunica por 
telegrama ao chefe vitorioso, coronel Antônio Luiz Alves Pequeno, que 
mandaria um contingente da policia militar ao Crato. A resposta do coronel foi 
terminante; a tropa seria recebida a bala! E a tropa ficou retida no meio do 
caminho.” (FACÓ, Rui. Cangaceiros e Fanáticos, gêneses e lutas, Editora 
Civilização brasileira, 1963) 
 Já o cangaço famoso movimento formado por bandidos que eram 
comandados pelo rei do cangaço, maior líder de todos os tempos o famoso Lampião 
(Virgulino Ferreira da Silva, apelido dado por sua arte de atirar diversas vezes 
seguidas iluminando a penumbra da noite) e sua amada Maria Bonita. 
Os cangaceiros possuíam grandes variedades em pistolas semi-automáticas, 
rifles, revólveres e espingardas, muitas roubadas de policiais e unidades da policia 
militar local ou de confrontos com outros movimentos, andavam sempre em bando 
nos municípios nordestinos, atuavam em pelo menos sete estados diferentes, 
roubavam gado, saqueando as cidades, alem de praticarem tortura, assassinatos e 
estupro por onde passavam. 
Esses dois movimentos, de coronéis e cangaceiros muitas vezes atuavam 
juntos para se favorecerem seja com os coronéis fornecendo poder bélico aos 
 
 
18 
cangaceiros ou os cangaceiros prestando serviços de proteção, combates e até 
assassinatos, e claro sempre enfrentando aqueles que ousassem enfrentá-los 
principalmente o governo brasileiro. 
”Mas, seriam simples criminosos esses milhares, dezenas de milhares de 
pobres do campo que se rebelavam nos sertões, durante um tão largo 
período de nossa história? Seriam apenas os "retardatários" da civilização, 
como os qualificava Euclides da Cunha? Evidentemente, não. Constituiriam 
se assim fosse, uma percentagem de criminosos de todo anormal, 
desconhecida em qualquer país, em qualquer época histórica.” (FACÓ, Rui. 
Cangaceiros e Fanáticos, gêneses e lutas, Rio de Janeiro, Editora UFRJ, 
1963) 
 Também ainda em seu mandato foi aprovado o Decreto Lei 24.602 de 1934 
que dispunha sobre instalações e fiscalização de fábricas e comércio de armas, 
munições, explosivos, produtos químicos agressivos e matérias correlatas e já em 
seu primeiro artigo trazia a seguinte redação “Art.1º- Fica proibida a instalação, no 
país, de fábricas civis destinada ao fabrico de armas e munições de guerra”. 
Getúlio para prosseguir em seu regime ditatorial sabia que tinha que destruir 
esses dois movimentos que tanto ameaçava seu governo, para isso capturar e matar 
os cangaceiros e desarmar os coronéis já que esses tinham poder bélico forte, assim 
ele associou os dois movimentos dizendo que o cangaço só resistia por “favores” 
que os coronéis prestavam a eles. 
 “Em Umbuzeiro ele se encontrou com o Sr. José Batista, e 
notando nele semelhança com o então Major Juarez Távora, cercou-o de 
gentilezas. (...) Lampião estava muito grato a uma atitude tomada pelo 
Major Távora, que determinara o desarmamento geral dos sertanejos, 
vendo aí talvez uma solução para o fim do cangaço. Lampião agradeceu “a 
bondosa colaboração” que lhe foi prestada, porque poderia agir mais à 
vontade no sertão”. (MACHADO, Maria Christina Matta. As Táticas de 
guerra dos cangaceiros. São Paulo, Editora Brasiliense, 1978). 
Assim com o desarmamento dos sertanejos, Lampião estava livre para agir 
praticando seus crimes por toda a região nordestina sem ao menos se preocupar em 
ser surpreendido por algum civil armado, já que esse poder bélico não chegará a 
população de bem. 
O melhor comparativo preciso é visualizar os sertanejos desarmados como a 
população brasileira atual e os cangaceiros como os milhares de criminosos 
armados que transitam por ai sem nenhuma preocupação para agir, sabendo que a 
vitima não terá com o que reagir, pois os bandidos possuem armas que são restritas 
ao cidadão de bem e calibres mais potentes que a policia utiliza no gozo de seu 
trabalho para proteger-nos. 
 
 
19 
Há relatos de uma derrota que sofrera Lampião e seu bando na cidade de 
Mossoró em 1927; o prefeito sabendo que o cangaço estava por chegar e devastar a 
cidade armou aproximadamente 300 voluntários homens, refugiaram idosos, 
mulheres e crianças para que a cidade ficasse aparentemente vazia e tranqüila. 
Quando os saqueadores chegaram se depararam com homens armados em 
telhados, arvores, atrás das casas e comércios entre vários outros pontos 
estratégicos por toda a cidade e não deu outra eles foram obrigados a recuar e sair 
da cidade sem causar danos à população. A cidade se orgulha tanto do feito contra 
o movimento que fizeram um museu O Memorial da Resistência e retrata toda a 
história por trás do plano que combateu a invasão de lampião. 
Após enfraquecer os coronéis retirando-lhes o poder bélico era hora de caçar 
e matar os cangaceiros que ousasse não se entregar, pra isso a força nacional foi 
colocado em alerta para armar uma emboscada que conseguisse capturar o líder 
Lampião esperando assim acabar com o movimento de vez. 
No dia 27 de julho de 1938 o bando armou acampamento na fazenda Angicos 
em Sergipe, no dia seguinte logo pela manha depois uma longa noite chuvosa eles 
se levantaram para rezar o oficio, sim Lampião se intitulava católico e era grande 
devoto de Padre Cícero, os militares (volantes) chegaram silenciosamente no local 
que era tido pelos cangaceiros como um dos mais seguros munidos de 
metralhadoras e mataram 11 cangaceiros incluindo seus lideres Lampião e Maria 
bonita. 
Durante o regime militar o Presidente Castelo Branco sancionou o decreto lei 
nº 55.649 em 28 de Janeiro de 1965 deixando ainda mais rígido o famoso R105 
(Regulamento para fiscalização de produtos controlados pelo Exercito Brasileiro). 
Já o Presidente Fernando Henrique Cardoso tinha aprovou o decreto lei nº 
9.437 de 1997 que tinha por objetivo registrar todas as armas no país para a 
obtenção de controle sobre a fabricação, distribuição e comercialização. 
Em 2003 tendo como presidente Luis Inácio Lula da Silva criou-se a famoso 
estatuto do desarmamento Lei nº 10.826/03 sancionada em 22 de Dezembro, lei que 
colocou em ordem os parâmetros sobre o desarmamento no país deixando clara a 
intenção do governo desde o principio. 
“Logo depois, ao perceber que essa idéia-força não funcionava, pois, exceto 
em SãoPaulo, os índices continuaram a subir, tendo como caso mais 
extremo o da cidade do Rio de Janeiro, o Governo Federal mudou de tática: 
passou a afirmar que a lei não viera para desarmar os criminosos, trabalho 
 
 
20 
que competia à policia, mas para desarmar mesmo as pessoas de bem, a 
fim de evitar os tais crimes de relacionamento.” (Quintela/Barbosa, 
Mentiram para mim sobre o desarmamento. Vide editorial, Campinas-SP, 
2015). 
Os governantes seguintes adotaram a política do desarmamento que Luis 
Inácio Lula da Silva, o presidente famoso por vir do nada e lutar contra a pobreza 
brasileira, deixando sempre com a mesma premissa e divulgação, dando falsas 
esperança a população e infiltrando a idéia de que desarmando civil a criminalidade 
seria reduzida drasticamente e que dificultaria a ação dos bandidos. 
Mesmo sabendo que a realidade não é essa armas não matam e sim as 
pessoas por trás delas, desequilibradas ou já com esse intuito, uma exemplificação 
clara é todos temos armas brancas em casa (facas), porém uma pequena parcela 
mínima se faz desta um objeto mortal. 
Os estudos focados em causas de mortes demonstram que a arma de fogo 
não é o maior motivo das mortes no país e que geralmente quando um tiro é fatal 
este vem de armas ilegais, sem registro e comandadas por traficantes com 
intenções erradas e não aptos para posse ou porte de arma. 
E com toda essa campanha nossas leis seguem restritas as posses, porte, 
compra e até o uso sendo muito questionada principalmente pelos atletas de tiro 
pelas dificuldades impostas, regras e parâmetros a serem seguidos e sim muitos 
documentos e guias a serem pagas periodicamente. 
Pesa-se as leis atuais que regem o assunto com a premissa relacionada à 
segurança pública, ordem, dificuldade para pessoas não legalizadas terem acesso a 
armas, diminuição do tráfico, de assaltos à mão armada e também dos assassinatos, 
mas o que acontece é a dificuldades para pessoas legalmente registradas poderem 
utilizar-se daquilo que possui, seja para atiradores profissionais, caça esportiva ou 
ate mesmo para própria proteção já que ate a para se comprar munições em nosso 
país tem limite máximo. 
Como já dito isso vem de anos e anos desde antes do regime militar, a 
premissa de que armas legalizadas é o problema da nação e não o problema para 
os comandantes desse país governarem já esta entrelaçada na população que 
acredita fielmente no que se é dito mesmo sem analisar, observar e entender a real 
intenção da União a cerca desse assunto, por isso tantas divergências de opinião e 
tantos debates acerca disso. 
 
 
21 
3. O QUE É ARMA DE FOGO E OS MEIOS LEGAIS PARA OBTENÇÃO DE 
CERTIFICADO DE REGISTRO. 
Segundo Willian Ferreira arma de fogo pode ser entendida como “a arma que 
funciona por meio intermédio da deflagração de carga explosiva, lançando ao ar um 
projétil”. Segundo Marcelo Rebelo, a definição de arma está prevista no decreto 
3.665/00, que dispõe em seu art. 3º, IX: “arma: artefato que tem por objetivo causar 
dano, permanente ou não, a seres vivos e coisas”. 
Arma de fogo é um artefato (objeto) que tem a capacidade de lançar projeteis 
(balas) em alta velocidade por meio de uma ação pneumática que expande gases 
resultantes da queima de um propelente. Quando ela é acionada o projétil é lançado 
a uma alta velocidade podendo perfurar superfícies solidas. 
A pressão, velocidade e capacidade de perfurar dependem muito do calibre 
da arma (diâmetro do projétil, formato, emprego pelo qual ele é designado seja ele 
para perfuração de blindagem leves, defesa pessoal, uso militar), o cano da arma 
corresponde ao diâmetro do projétil. 
O alcance do projétil depende muito do seu diâmetro e ponta, projeteis como 
os do fuzil de assalto foram projetados para percorrer longas distancias e atravessar 
barreiras de metais sólidos, como por exemplo, blindagens de carros de combate e 
outros fins usados em combate. 
Disparada contra seres vivos a bala pode fazer estragos de diversas formas 
podendo levar a morte, tudo depende do local atingindo, função e calibre. Há balas 
com efeito rotatório, pontiaguda, canto vivo e semi vivo, ogival, ogival de ponta 
plana, cone truncado, ponta oca, carga explosivas, molda, química, biológica, dentre 
outras. 
 Cada tipo com uma função especifica principalmente físico, já que o formato, 
efeito ao ser lançada e força contribui com a rapidez, alcance, força perfurante e 
estabilidade do ar; deixando assim uma arma mais ou menos ofensiva segundo 
termos técnicos. 
 
 
22 
O atual Presidente da Replica Jair Messias Bolsonaro um militar da reserva 
que defensor armentista, aprovou recentemente o decreto-lei nº 9.785/19 
contextualizando as armas de fogo de uso permitido e restrito conforme segue 
imagens 
Figura 1. Os calibres liberados pelo decreto presidencial 
 
Fonte: www.instagram.com/p/BxPzaqgnP7Y/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
Figura 2. Armas e suas liberações 
 
 
 
24 
Fonte: http://www.refugo.hol.es/decreto-de-bolsonaro-que-regulamenta-uso-e-
porte-de-armas-no-pais-libera-compra-de-fuzil-por-qualquer-cidadao.html 
Figura 3. Calibres permitidos após decreto presidencial 
 
Fonte: https://site1.host/trend-by-hashtag/ctt40 
Figura 4. Dicionário do decreto 
 
 
 
25 
Fonte: https://odia.ig.com.br/brasil/2019/05/5645448-presidente-jair-
bolsonaro-recua-e-altera-as-regras-para-porte-e-posse-de-armas.html#foto=1 
As armas de fogo no ordenamento brasileiro são classificadas conforme a sua 
energia cinética que é a propulsão do projétil (seu movimento) ocasionada pelo fato 
da pólvora possuir alta energia potencial química e que com o sistema de disparo a 
mola é contraída ao puxar o gatilho gerando uma faísca que reagindo assim com o 
composto químico se da o disparo, e é medida no ordenamento por libras-pé ou 
joules. 
O ordenamento também classifica em alma lisa ou raiada que nada mais é 
que o cano da arma de fogo o que proporciona precisão ao disparo; são de alma 
raiada os rifles e revolveres, por exemplo, e de alma lisa as espingardas. 
 
 
Figura 5. Alma raiada 
 
Fonte www.defesa.org/canos-raiados-e-canos-de-alma-lisa/ 
 
 
 
 
 
26 
Figura 6. Alma lisa 
 
Fonte www.defesa.org/canos-raiados-e-canos-de-alma-lisa/ 
 3.1- Sobre o certificado de registro e meios para sua obtenção. 
O certificado de registro mais conhecido por CR conforme a portaria de nº 51 
de 8 de Setembro de 2015 do Comando de Logística do Exército, em seu artigo 3º. 
“O certificado de Registro (CR) é o documento comprobatório do ato 
administrativo que efetiva o registro da pessoa física ou jurídica no Exército 
para autorização do exercício de atividades como PCE (produto controlador 
pelo Exército).” 
Sucintamente CR é o documento utilizado para comprovação de desempenho 
de atividade desportiva, caçador ou colecionador de armas de fogo, é regido pelo 
Sistema de Gerenciamento Militar de Armas – SIGMA, emitido pelo Exército através 
do Serviço de Fiscalização de produtos controlados – SFPC e é de competência da 
Região Militar onde a pessoa física ou jurídica tem domicilio. 
Esse documento permite que civis tenham posse de arma e não porte, isto é, a 
pessoa pode possuir arma, mas não pode transitar armado, ele pode manter a arma 
em casa ou local de trabalho caso este seja o responsável pelo estabelecimento. 
“Art. 10. O Certificado de Registro de Arma de Fogo, expedido pela Polícia 
Federal, precedido de cadastro no Sinarm, tem validade no território 
nacional e autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo 
exclusivamente no interior de sua residência ou nas dependências desta, 
ou, ainda, de seu localde trabalho, desde que seja ele o titular ou o 
 
 
27 
responsável legal pelo estabelecimento ou pela empresa.§ 1º Para fins do 
disposto no caput, considera-se:I - interior da residência ou dependências 
desta - toda a extensão da área particular do imóvel, edificada ou não, em 
que resida o titular do registro, inclusive quando se tratar de imóvel rural;II - 
interior do local de trabalho - toda a extensão da área particular do imóvel, 
edificada ou não, em que esteja instalada a pessoa jurídica, registrada 
como sua sede ou filial;III - titular do estabelecimento ou da empresa - 
aquele assim definido no contrato social; eIV - responsável legal pelo 
estabelecimento ou pela empresa - aquele designado em contrato individual 
de trabalho, com poderes de gerência.” 
 
 
 Para entrada do pedido da CR alguns requisitos devem ser observados, como: 
 É necessário ser maior de 25 anos; 
 Certidões negativas de antecedentes criminais fornecida pela Justiça Federal, 
Estadual, Militar e Eleitoral; 
 Declaração escrita informando que não responde inquérito e processo criminal; 
 Ter ocupação licita; 
 Ser domiciliado e comprovar; 
 Ter capacidade técnica e possuir laudo de instrutor de armamento e tiro que 
seja credenciado pela Policia Federal; 
 Aptidão psicológica também em laudo feito por profissional com 
credenciamento na PF. 
Segue o decreto lei 9.785 de 7 de Maio de 2019 em seu artigo 9º que trás o 
rol de documentos e declarações que devem ser apresentados para o devido 
requerimento do CR. 
“Art. 9º Para fins de aquisição de arma de fogo de uso permitido e de 
emissão do Certificado de Registro de Arma de Fogo, o interessado deverá:I 
- apresentar declaração de efetiva necessidade;II - ter, no mínimo, vinte e 
cinco anos de idade;III - apresentar original e cópia de documento de 
identificação pessoal;IV - comprovar a idoneidade moral e a inexistência de 
inquérito policial ou processo criminal, por meio de certidões de 
antecedentes criminais das Justiças Federal, Estadual, Militar e Eleitoral;V - 
apresentar documento comprobatório de ocupação lícita e de residência 
fixa;VI - comprovar, periodicamente, a capacidade técnica para o manuseio 
da arma de fogo;VII - comprovar a aptidão psicológica para o manuseio de 
arma de fogo, atestada em laudo conclusivo fornecido por psicólogo 
credenciado pela Polícia Federal; eVIII - apresentar declaração de que 
possui lugar seguro para armazenamento das armas de fogo das quais seja 
proprietário de modo a adotar as medidas necessárias para impedir que 
menor de dezoito anos de idade ou pessoa com deficiência mental se 
apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua 
propriedade nos termos do disposto no art. 13 da Lei nº 10.826, de 2003.” 
 
 
28 
 O decreto 9.785 vigente atualmente restringe o porte de arma de fogo salvo 
por pessoas e cargos descritos. 
“Art. 20. O porte de arma de fogo, expedido pela Polícia Federal, é pessoal, 
intransferível, terá validade no território nacional e garantirá o direito de 
portar consigo qualquer arma de fogo, acessório ou munição do acervo do 
interessado com registro válido no Sinarm ou no Sigma, conforme o caso, 
por meio da apresentação do documento de identificação do portador.§ 2º O 
porte de arma de fogo de uso permitido é deferido às pessoas que 
cumprirem os requisitos previstos no § 1º do art. 10 da Lei nº 10.826, de 
2003.§ 3º Considera-se cumprido o requisito previsto no inciso I do § 1º do 
art. 10 da Lei nº 10.826, de 2003, quando o requerente for:I - instrutor de tiro 
ou armeiro credenciado pela Polícia Federal;II - colecionador ou caçador 
com Certificado de Registro de Arma de Fogo expedido pelo Comando do 
Exército;III - agente público, inclusive inativo:a) da área de segurança 
pública;b) da Agência Brasileira de Inteligência;c) da administração 
penitenciária;d) do sistema socioeducativo, desde que lotado nas unidades 
de internação de que trata o inciso VI do caput do art. 112 da Lei nº 8.069, 
de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente; ee) que 
exerça atividade com poder de polícia administrativa ou de correição em 
caráter permanente;f) dos órgãos policiais das assembléias legislativas dos 
Estados e da Câmara Legislativa do Distrito Federal;g) detentor de mandato 
eletivo nos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, quando no exercício do mandato;h) que 
exerça a profissão de advogado; ei) que exerça a profissão de oficial de 
justiça; III - proprietário de estabelecimento que comercialize armas de fogo ou 
de escolas de tiro; ouIV - dirigente de clubes de tiro;V - residente em área 
rural;VI - profissional da imprensa que atue na cobertura policial;VII - 
conselheiro tutelar;VIII - agente de trânsito;IX - motoristas de empresas e 
transportadores autônomos de cargas; eXI - funcionários de empresas de 
segurança privada e de transporte de valores.” 
 
Esses são alguns casos em que o referente artigo permite o porte de arma de 
fogo, sendo apresentado aqui somente o de caráter pessoal, que precisa ter um 
motivo realmente necessário para se possuir o porte, sendo como exemplo o porte 
com finalidade desportiva que demande o uso de arma de fogo, sendo esses para 
calibres permitidos. 
 3.2- USO DE CALIBRE RESTRITO 
 
Armas de uso restrito não podem ser utilizadas por pessoas físicas, para 
proteção individual, trata-se de armas mais potentes, cujo calibre é mais alto e seu 
poder de impacto mais forte. 
O decreto 5.123/04 que regulamentava a lei 10.826/03 antes do decreto 
publicado no ano de 2019 trazia a seguinte redação a certa de uso restrito: 
“Art. 11. Arma de fogo de uso restrito é aquela de uso exclusivo das 
Forças Armadas, de instituições de segurança pública e de pessoas 
 
 
29 
físicas e jurídicas habilitadas, devidamente autorizadas pelo Comando do 
Exército, de acordo com legislação específica.” 
 
São de uso restrito todos os fuzis, submetralhadoras e metralhadoras 30. 40, e 
também todas as armas de maior potencial ofensivo automáticas, semiautomaticas 
ou de repetição não portáteis as que com a utilização de munição comum, atinjam, 
na saída do cano, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé e mil 
seiscentos e vinte joules; ou também as que são portáteis de alma raiada que com 
a utilização de munição comum atinjam na saída do cano energia cinética superior a 
mil e duzentas libras-pé e mil seiscentos e vinte joules. 
O coronel do Exército Carlos Vella diz "Para posse e porte de arma, é preciso 
equilíbrio emocional, fazer um bom curso de tiro, aprender corretamente. Até porque, em 
um tiroteio, você terá responsabilidades de não acertar uma pessoa inocente." 
Vale ressaltar que o decreto 3665 (R-105) em seu artigo 16 define as armas de 
uso restrito, tratando não somente das armas de fogo, mas também da munição e 
acessórios. 
 
 
30 
4. PORTE DE ARMAS PARA CAÇADORES, ATIRADORES E 
COLECIONADORES. 
 
O CR para essa modalidade é emitido pelo Exercito Brasileiro através do CACs 
(atiradores, colecionadores e caçadores), devem seguir as normas de controle do 
SINARM e do SIGMA. As normas que regem o CACs é o Regulamento pra 
Fiscalização de Produtos Controlados, popularmente chamado de R-105 (Decreto 
3.665/00). 
Os documentos para CR de CACs são os mesmo para CR de cidadão que 
pretender ter para uso pessoal, este deve ser revalidado a cada 10 anos sendo 
necessária a apresentação de todos os documentos atualizados. No caso de 
caçador é necessário a filiação em clube de caça. 
O atirador desportivo é a pessoa física registrada pelo Exército e que pratica, 
habitualmente, o tiro como esporte. É importante ressaltar, que a habitualidade é 
cobrada pelo Exército Brasileiropara a manutenção do CR e demais atividades 
ligadas a ele, tais como aquisição de armas ou insumos. 
Figura 7. Porte e Tiro esportivo 
 
Fonte: https://odia.ig.com.br/brasil/2019/05/5645448-presidente-jair-bolsonaro-
recua-e-altera-as-regras-para-porte-e-posse-de-armas.html#foto=1 
Os atiradores desportivos são caracterizados por níveis que representem a sua 
situação de efetiva prática do esporte em período considerado. Os níveis de 
situação do atirador desportivo são: 
 
 
31 
NÍVEL I: 
a) atirador desportivo vinculado a uma entidade de prática do tiro; 
b) atirador desportivo que compete em provas de âmbito local (municipal) ou 
praticante de tiro como atividade de recreação. 
Pode possuir até quatro armas de fogo, sendo até duas de calibre restrito. 
NÍVEL II: 
a) atirador desportivo vinculado a uma entidade de prática do tiro; 
b) atirador desportivo que compete em provas de âmbito distrital (Distrito 
Federal), estadual e/ou regional. 
Pode possuir até oito armas de fogo, sendo até quatro de calibre restrito. 
NÍVEL III: 
a) atirador desportivo vinculado a uma entidade de prática do tiro; 
b) atirador desportivo que compete em provas de âmbito nacional e/ou 
internacional. 
Pode possuir até dezesseis armas de fogo, sendo até oito de calibre restrito. 
Observação: As armas de pressão não estão incluídas nas quantidades acima. 
Habitualidade e freqüência mínima exigida para manutenção do CR e nível de 
atirador desportivo, as participações mínimas exigidas por âmbito (local, estadual, 
regional, nacional e internacional), para caracterização do nível de situação do 
atirador, são: 
NÍVEL I: oito participações em prática de recreação, em treinamento ou 
competição no estande de tiro, em eventos distintos, no período de doze meses; 
NÍVEL II: oito participações em treinamento ou competição no estande de tiro, 
em eventos distintos, no período de doze meses. Das oito participações, duas 
devem ser competições, sendo pelo menos uma competição de âmbito 
estadual/regional; 
NÍVEL III: oito participações de treinamento ou competição no estande de tiro, 
em eventos distintos, no período de doze meses; das oito participações, quatro 
devem ser competições, sendo pelo menos duas competições de âmbito nacional 
e/ou internacional. 
Caçador, para efeito da norma, é a pessoa física, registrada pelo Exército, 
vinculado a uma Entidade ligada à caça ou ao tiro desportivo, cadastrado conforme 
as leis do IBAMA. 
 
 
32 
Cada caçador pode possuir até doze armas, sendo até oito de uso restrito, para 
uso exclusivo na atividade de caça. Para caçadores há diferentes tipos de liberação, 
para se defender, consumo próprio ou revenda em casos específicos. A licença pode 
ser para caça nacional, regional. No caso da licença nacional pode sem abatido 
animais sem que haja prejuízo dos que são protegidos por lei. 
O colecionador de armas é a pessoa jurídica ou física registrada no Exército 
com o propósito de adquirir, reunir e manter e conservar armas e munições, de valor 
histórico ou não, que apresente características que o tornem interessantes para o a 
preservação do patrimônio histórico. Neste caso as armas não podem ser utilizadas 
para a prática de tiro, pois são consideradas “patrimônio”. 
Com a publicação do decreto 9.785/19 a quantidade de munição para compra 
por ano passou de 500 para 1000 unidades no caso dos calibres restritos e calibres 
permitidos até 5000 unidades. Para os CACs as munições que ele pode ter devem 
ser correspondentes as armas que ele possui sendo um cartucho por peça do 
acervo que possui. 
As armas de calibre permitido podem ser compradas no comercio (deve se ter 
autorização da Policia Federal), mas as de calibre restrito somente diretamente com 
a indústria, se tiver autorização do Exército também pode importar sendo o limite de 
4 por ano, podendo integrar em seu acervo armas de outros colecionadores e 
caçadores que também possuem CR. 
Figura 8. Diferença da aquisição pela PF ou EB 
 
Fonte: www.defesa.org/como-se-tornar-um-cac/ 
 
 
33 
 
4.1 A DIFERENÇA ENTRE POSSE E PORTE DE ARMA DE FOGO 
É importante um breve estudo a cerca da diferença entre posse e porte de 
arma, para não cair em equívoco a ler o texto da lei, súmulas entre outros textos que 
o ordenamento jurídico brasileiro traz a cerca do tema. 
 A interpretação correta, observação e significado podem fazer toda a 
diferença, principalmente pelo fato que o preceito secundário da lei muda em relação 
ao crime. Convém citar o relato do Ministro Felix Fischer HC n º 92.136 RJ (2007), in 
verbis: 
I- “Não se pode confundir posse irregular de arma de fogo com 
o porte ilegal de arma de fogo. Com o advento do Estatuto do 
Desarmamento, tais condutas restaram bem delineadas. A posse 
consiste em manter no interior de residência (ou dependência 
desta) ou no local de trabalho a arma de fogo. O porte, por sua 
vez, pressupõe que a arma de fogo esteja fora da residência ou 
local de trabalho.” 
 A posse pode ser entendida como o direito que todo cidadão tem 
preenchido os requisitos para aquisição e se enquadrar nos seguintes requisitos que 
para requerer a autorização: 
 Ser o dono ou responsável pela residência, estabelecimento industrial ou 
comercial; 
 Residir em área urbana de estados com índices anuais de dez homicídios a 
cada cem habitantes ou residir em área rural (nesse caso o proprietário pode 
circular com a arma por toda a extensão de sua propriedade); 
 Militares inativos ou ativos; 
 Os CACs devidamente registrados; 
 Agentes públicos inativos ou ativos, dentre os quais se enquadram os agentes 
penitenciários, agentes de segurança, funcionários do sistema 
socioeducativo, funcionários da Agência Brasileira de Inteligência, 
funcionários da policia administrativa. 
Independentemente do caso em que a pessoa se enquadra esta deve possuir 
no local em que a arma estiver um local seguro ou cofre no caso onde tenham 
crianças, adolescentes ou pessoas com problemas mentais, deverá esta atestar a 
segurança do local escolhido para guardar sua arma de fogo. 
 
 
34 
Caso a pessoa que tenha a posse de arma necessite transitar com ela de um 
local certo para outro, no caso de mudança de domicílio, por exemplo, esta deve 
requerer autorização demonstrando a rota na qual ira percorrer ate o destino 
mencionado. 
O porte segundo á polícia federal “autoriza o cidadão a portar, transportar e 
trazer uma arma de fogo, de forma discreta, fora das dependências de sua 
residência ou local de trabalho.” 
No porte a pessoa pode transportar arma municiada desde que seja de forma 
discreta, imperceptível, este não pode estar portando-a em locais com grande 
concentração de pessoa. 
O novo decreto-lei aprovado pelo Presidente Bolsonaro traz uma lista de quem 
pode ter o porte de armas, sendo estes: 
 Colecionador ou caçador com Certificado de Registro de Arma de Fogo 
expedido pelo Comando do Exército; 
 Advogados; 
 Oficiais de Justiça; 
 Jornalistas que atuem na cobertura policial; 
 Agentes de trânsito; 
 Políticos (durante o mandato); 
 Moradores de áreas rurais; 
 Motoristas de empresas e autônomos (transporte de cargas); 
 Conselheiro tutelar; 
 Funcionários de empresas privadas de segurança e de transportes de 
valores; 
 Dono de escola de tiro, de estabelecimento que venda armas e munições; 
 Agentes públicos da Agência Brasileira de Inteligência, da administração 
penitenciária e de medidas socioeducativas. 
Deve ser observado que esses direitos podem ser perdidos nos casos 
de embriaguez, drogas ou uso de medicamentos que alterem as condições 
psíquicas, além de outras condiçõescomo o portador se envolver em crimes 
ou organizações criminosas, armas registradas em seu nome forem provas 
periciais de crimes, e se caso este quando for renovar a permissão não passe 
em alguns dos requisitos descritos em lei. 
 
 
35 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A pesquisa descrita nesse trabalho inicia-se com a história do desarmamento 
no Brasil, seguindo uma base cronológica de acontecimentos políticos que levaram a 
ideologia de que armas é o perigo da sociedade brasileira, fundamentando-se a 
cerca de fatos históricos, demonstrando acontecimentos da época dignos de 
destaques para fundamentar a teoria. 
Discorre a cerca da arma de fogo, tratando sobre o significado e conceitos 
importantes para entender a letra da lei e sobre o certificado de registro o que é, 
requisitos para sua obtenção, e o que ele da direito, demonstrando e explicando a 
cerca do decreto 9.785/19. 
Em seguida, trata se dos CACs, seus direitos e deveres, como portar seu 
armamento, onde guardá-lo, quantidade permitida de munição e armas para cada 
categoria, a diferença entre porte e posse de armas, quem se enquadra em porte ou 
posse, sobre a perda desse direito por motivos de embriaguez, uso indevido ou 
envolvimento em crimes. 
Considera-se, contudo, que a lei é bem específica trazendo pontos 
importantes para obtenção, manutenção, fiscalização e utilização de armas de fogo, 
porém necessita de um prévio conhecimento técnico e linguístico para sua 
interpretação podendo um leigo sobre o assunto entender de forma errônea a letra 
da lei. 
Espera-se que o presente trabalho tenha alcançado o seu objetivo inicial, ou 
seja, simplificar a cerca dos meios para porte de arma de fogo ajudando leigos a 
entenderem sobre o que se trata a lei que rege o tema, colaborando assim pra uma 
sociedade instruída, desmistificada que saiba interpretar antes de acatar, e aprender 
melhor sobre o tema proposto para posteriormente opinar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
REFERÊNCIAS 
 
FACÓ, Rui. Cangaceiros e fanáticos: gêneses e lutas. Rio de Janeiro: Editora 
Civilização Brasileira, 1963. 
FACÓ, Rui. Cangaceiros e fanáticos: gêneses e lutas. Rio de Janeiro: Editora 
UFRJ, 1963. 
MACHADO, Maria Christina Matta. As Táticas de guerra dos cangaceiros. São 
Paulo: Editora Brasiliense, 1978. 
Ministro Felix Fischer HC n º 92.136 RJ (2007) 
NUCCI, Guilherme de Souza. Leis Penais de Processuais Penais Comentadas. 
Revista dos Tribunais: São Paulo, 2006. p. 251. apud FERREIRA, William Guedes. 
Desnecessidade de eficácia da arma de fogo para a tipificação de roubo majorado. 
Disponível em: 
 http://jus.com.br/artigos/21855/desnecessidade-de-eficacia-da-arma-de-fogo-para-a-
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QUINTELA, Flávio; BARBOSA, Bene. Mentiram para mim sobre o desarmamento. 
Campinas/SP: Vide Editorial, 2015. 
REBELO, Marcelo Machado. O estatuto do desarmamento e crimes de posse e 
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http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/doc_view/19-o-estatuto-do-
desarmamento-e-crimes-de-posse-e-porte-de-arma-de-fogo. 
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http://docplayer.com.br/16006759-A-liberdade-provisoria-e-o-artigo-21-da-lei-10-826-
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BRASIL. Decreto-Lei nº 9.785 de 7 de Maio de 2019.Planalto, Brasília. Disponível 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/decreto/D9785.htm 
BRASIL. Decreto-Lei nº 3.665 de 20 de Novembro de 2000. Planalto, Brasília. 
Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3665.htm 
BRASIL. Decreto-Lei nº 5.123 de 01 de Julho de 2004. Planalto, Brasília. 
.Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5123.htm 
 
 
37 
BRASIL. Lei nº 10.826 de 22 de Dezembro de 2003. Planalto, Brasília. Disponível 
em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.826.htm 
Canos raiados e canos de alma lisa. Defesa. Disponível em: 
www.defesa.org/canos-raiados-e-canos-de-alma-lisa/ 
Como se tornar um CAC. Defesa. Disponível em: 
www.defesa.org/como-se-tornar-um-cac/ 
Decreto de Bolsonaro que regulamenta uso e porte de armas no país libera 
compra de fuzil por qualquer cidadão. Refugo. Disponível em: 
http://www.refugo.hol.es/decreto-de-bolsonaro-que-regulamenta-uso-e-porte-de-
armas-no-pais-libera-compra-de-fuzil-por-qualquer-cidadao.html 
Decreto que facilitou porte permite compra de armas antes restritas a polícia e 
Exército; veja quais. G1. Disponível em: 
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2019/05/10/decreto-que-facilitou-porte-
permite-compra-de-armas-antes-restritas-a-policia-e-exercito-veja-quais.ghtml 
Portal Chumbo Grosso. @chumbogrossoarmas. Disponível em: 
www.instagram.com/p/BxPzaqgnP7Y/ 
PORTARIA Nº 51 - COLOG,DE 08 DE SETEMBRO 2015. Comando Logístico do 
Exercito Brasileiro. Disponível em: 
http://www.dfpc.eb.mil.br/phocadownload/Portarian51_COLOG_Editada_ate_port_93
_COLOG_29JUN18.pdf 
Presidente Jair Bolsonaro recua e altera as regras para porte e posse de 
armas. O dia. Disponível em: 
https://odia.ig.com.br/brasil/2019/05/5645448-presidente-jair-bolsonaro-recua-e-
altera-as-regras-para-porte-e-posse-de-armas.html#foto=1 
Uma critica à criação do estatuto do desarmamento. Diminuição da 
criminalidade ou aumento de políticas públicas: qual a melhor solução 
?. Boletim Jurídico. Disponível em: 
www.boletimjuridico.com.br/doutrina/artigo/3064/uma-critica-criacao-estatuto-
desarmamento-diminuicao-criminalidade-ou-aumento-politicas-publicas-qual-melhor-
solucao 
 
 
 
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