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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH 
Licenciatura em História - EAD 
UNIRIO/CEDERJ 
 
PRIMEIRA AVALIAÇÃO PRESENCIAL 2017-2 
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ÁFRICA 
COORDENAÇÃO: ROBERTO GUEDES 
Nome: 
Matrícula: 
Pólo: 
 
Caro (a) aluno (a): 
 
 Essa é a sua primeira avaliação presencial. Leia os enunciados com atenção e 
procure ser claro e objetivo na elaboração de suas respostas. 
Leia atentamente as Instruções abaixo: 
 Leia atentamente todas as questões; 
 Escreva com letra legível; 
 Revise suas respostas e verifique se as idéias estão claras; 
 Esta avaliação é individual e sem consulta; 
 Responda com caneta azul ou preta; 
 Utilize o caderno de resposta. 
 
 
Boa prova!!! 
 
Prezado (a) aluno (a), 
 
Os critérios de avaliação das questões dissertativas da sua avaliação presencial são os 
seguintes: 
 Correção do português; 
 Clareza e qualidade da argumentação (coesão/coerência). 
 
 
 
 
Questões objetivas rasuradas não serão consideradas. Não esqueçam de responder a questão discursiva! 
 
1) Leia atentamente os trechos abaixo: 
 
Ao lermos os textos europeus que retratam o africano (o mesmo sucede, aliás, se interpretarmos 
ícones), mesmo os mais descritivos, temos de partir sempre do princípio de que estamos perante 
representações, o que quer dizer, perante (re) construções do real. (...) Essa construção faz-se de 
acordo com as categorias culturais e mentais de quem viu, ou (e) de quem escreve (...). A 
representação é, aqui, a tradução mental de uma realidade exterior que se percepcionou e que vai 
ser evocada – oralmente, por escrito, por um ícone – estando ausente. (José da Silva Horta – 1995. 
“Entre história europeia e história africana, um objecto de charneira: as representações.” Actas do 
Colóquio Construção e Ensino da História da África. Lisboa: Linopaze, s/d. p.189) 
 
Outra exigência imperativa é de que a história (e a cultura) da África devem pelo menos ser vistas de 
dentro, não sendo medidas por réguas de valores estranhos... Mas essas conexões têm que ser 
analisadas nos termos de trocas mútuas, e influências multilaterais em que algo seja ouvido da 
contribuição africana para o desenvolvimento da espécie humana. (KI-ZERBO, Joseph. (Editor). 
História Geral da África – Metodologia e pré-história da África. 2. ed. rev. Brasília: Unesco, 2010.) 
 
Os trechos retratam semelhante concepção sobre a natureza do conhecimento acerca das 
sociedades africanas. De acordo com esta concepção: 
 
a) a historiografia europeia sobre a África deve ser entendida como a mais avançada e a mais 
esclarecedora. 
b) as percepções e visões de mundo do observador influenciam suas representações e narrativas 
sobre a história e a cultura dos povos africanos. 
c) as contribuições da África para a espécie humana são nulas, restringindo-se apenas as 
representações distorcidas sobre a história da humanidade. 
d) as concepções de mundo dos africanos não devem ser levadas em conta para o desenvolvimento 
de explicações e narrativas sobre a história dos povos desse continente. 
e) é possível ao observador desenvolver uma visão absolutamente objetiva sobre a África, 
independentemente das origens e valores desse observador. 
 
 
2) Na África Tradicional – nome que se dá ao período da história africana que antecede a 
Revolução Industrial – a solução dos conflitos de terra apresentavam particularidades. Segundo um 
escritor que nasceu e viveu no Mali, [...] todo africano tem um pouco de genealogista e é capaz de 
remontar a um passado distante em sua própria linhagem. Do contrário, estaria como que privado de 
sua “carteira de identidade”. No antigo Mali, não havia quem não conhecesse pelo menos 10 ou 12 
gerações de antepassados. [...] A genealogia é, desse modo, ao mesmo tempo sentimento de 
identidade, meio de exaltar a glória da família e recurso em caso de litígio. Um conflito por um pedaço 
de terra, por exemplo, poderia ser resolvido por um genealogista, que indicaria qual ancestral havia 
limpado e cultivado a terra, para quem a havia dado, sob que condições, etc. 
 
Fonte: BÂ, A. Hampaté. A tradição viva. In: KI-ZERBO, J. (ed.). História Geral da África, I: 
Metodologia e Pré-História da África. 
Brasília: UNESCO, 2010, p. 203-204. 
 
 
Conhecedor da história africana e interessado em estudar com seus alunos a posse da terra na África 
Tradicional, um professor explorou esse fragmento textual e demonstrou que, nessa sociedade, a 
posse da terra era legitimada 
 
a) pelos laços familiares mantidos com as antigas dinastias. 
b) pela tradição hereditária familiar, que ignorava os documentos escritos. 
c) pela identificação étnica reivindicada com os ancestrais. 
d) pelo modelo familiar patrilinear, que regularizava as sucessões. 
 
 
 
 
 
3) Observe a imagem: 
(Artista desconhecido – The Ewaiponoma 1599) 
 
A imagem acima, elaborada na Europa durante a Idade 
Média, ilustra a imaginação europeia, na época anterior ao 
período das Grandes Navegações, acerca dos seres 
mágicos e paisagens que habitariam essas terras para 
“além da Europa”. Essa imaginação europeia sobre as 
terras e povos não europeus: 
 
 
 
 
a) atribui uma imagem exclusivamente positiva aos povos e territórios não europeus. 
b) em nada se relaciona à religiosidade cristã medieval. 
c) transforma-se imediatamente e por completo no primeiro contato com os povos americanos e 
africanos. 
d) era marcada por visões sobre a existência de riquezas naturais, mas também por uma exotização 
dos povos não europeus. 
e) é consequência das reformas protestantes, sobretudo o luteranismo. 
 
 
4) Observe o mapa: 
A característica mais marcante é a intensidade das 
relações inter-regionais e intercontinentais estimuladas 
por mercadores árabes, persas, berberes, chineses, 
manden (mandingo) e haussa. Ao sul, os Shona e 
outras populações das savanas subquatoriais 
desenvolveram um comércio florescente em direção 
ao oceano Atlântico e ao oceano Índico através 
Congo, da região interlacustre e do Mwene Mutapa. 
Os soberanos negros estavam perfeitamente 
conscientes do papel econômico e político de metais 
como o ouro, o cobre, o ferro, cuja exploração era 
controlada. Esse aspecto é essencial, pois em muitos 
estudos e artigos sobre a África tem-se a impressão 
de que este continente era um reservatório de ouro 
para os árabes, berberes e persas, como se os soberanos só existissem para servir aos estrangeiros; 
nesses estudos transparece a negação implícita da existência de Estados organizados. (NIANE, 
Djibril. Conclusão. In: NIANE, Djibril (Editor). História Geral da África – África do século XII ao XVI. 2. 
ed. rev. Brasília: Unesco, 2010) Baseado no mapa e no trecho é possível afirmar que: 
 
a) o continente africano possuía grande diversidade econômica e social, e muitos dos seus “Estados” 
estavam interligados por rotas comerciais. 
b) o continente africano era bastante homogêneo, situação que iria somente se alterar com a 
penetração árabe e, posteriormente, europeia. 
c) as rotas representadas no mapa foram introduzidas pelos povos europeus, sobretudo para fins de 
comércio de ouro e escravos. 
d) ao contrário do que se costuma pensar, os árabes foram os grandes responsáveis pela 
descentralização econômica e política do continente africano, muito antes do contato direto com os 
europeus. 
e) o nível pré-histórico das sociedades africanas até o século XVI impedia que elas desenvolvessem 
qualquer atividade mineradora ou que se envolvessem em relações comerciais para além de suas 
fronteiras. 
 
 
Questão discursiva: “A escravidão foi um importante fenômeno da história, estando presente em 
muitos lugares, da antiguidade clássica a épocas muito recentes. A África esteve intimamente ligada 
a esta história, tanto como fonte principalde escravos para as antigas civilizações, o mundo islâmico, 
a Índia e as Américas, quanto como uma das principais regiões onde a escravidão era comum.” 
(LOVEJOY, Paul. A escravidão na África. Uma História de suas transformações. Rio de Janeiro, 
Civilização Brasileira, 2002.) Apresente e explique as principais características da escravidão na 
África. (6,0 pontos)

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