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Estudo e análise da isntituição

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Centro Universitário Leonardo Da Vinci 
Curso Bacharelado em Serviço Social 
 
 
MARLI RAIMONDI LORRENZZETTI 
 
SES 0506 
 
 
 
 
ESTUDO E ANÁLISE DA INSTITUIÇÃO: 
Centro de Referência Especializado de Assistência Social CREAS Bucarein - PAEFI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOINVILLE 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARLI RAIMONDI LORRENZZETTI 
 
SES 0506 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO E ANÁLISE DA INSTITUIÇÃO: 
Centro de Referência Especializado de Assistência Social 
CREAS Bucarein - PAEFI 
 
 
 
 
Estudo apresentado à disciplina de Estágio I – Iniciação ao 
Serviço Social – do Curso de Serviço Social – do Centro 
Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como 
requisito parcial para avaliação. 
 
Nome do Tutor Externo – Regina Miranda da Silva 
Nome do Supervisor de Campo – Kamila Branco Carlos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOINVILLE 
2019 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 4 
 
1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO CONCEDENTE DE ESTÁGIO............................................4 
 
1.1 DADOS CADASTRAIS DA INSTITUIÇÃO ................................................................................. 5 
 
1.2 DESCRIÇÃO GERAL DA INSTITUIÇÃO.................................................................................... 5 
1. Histórico da instituição.......................................................................................................... 6 
2. Área de atuação, objetivos e finalidades............................................................................... 6 
3. Área de abrangência............................................................................................................. 7 
4. Demandas atendidas pela instituição.................................................................................... 8 
5. Principais características da população atendidas pela instituição....................................... 8 
6. Proposta de atuação ao usuário........................................................................................... 9 
7. Estrutura e funcionamento da organização.......................................................................... 9 
 
1.3 O SERVIÇO SOCIAL NA INSTITUIÇÃO.................................................................................. 10 
1.3.1 Identificação do Supervisor de Campo.................................................................................. 10 
1.3.2 Origem do Serviço Social na Instituição................................................................................ 10 
1.3.3 O Assistente Social................................................................................................................ 11 
1.3.4 O Instrumental Técnico-Operativo......................................................................................... 12 
 
 
2 CONCLUSÕES............................................................................................................................ 14 
 
 2.1 O ESTUDO DA INSTITUIÇÃO.................................................................................................. 15 
 
 
3 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................................................. 15 
 
 
4 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 Neste trabalho apresento o Estudo e Análise Institucional do Campo do Estágio, no Centro 
de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) – PAEFI. Neste contexto será 
apresentado como é desenvolvido o estágio obrigatório, também chamado de estágio 
supervisionado. Faz parte da grade curricular, se compõe como atividade acadêmica de aprendizado 
por meio de observação, intermediada pelo supervisor de campo. 
 Tem como objetivo conhecer, através da observação, a realidade organizacional, identificar 
as demandas dos usuários e as possibilidades de intervenção profissional. O estágio supervisionado 
faz parte do curso superior, sem ele, não é possível obter o diploma. É no Estágio em Serviço Social 
I, que se dá a inserção do aluno no exercício teórico – prático no campo a qual estagia, tendo a 
possibilidade de investigar e analisar a realidade institucional do espaço de atuação do assistente 
social. 
 No Estágio I o aluno realizará 150 horas de estágio, no qual devem ser cumpridas a partir do 
quinto módulo conforme o cronograma de atividade, sendo que a inserção do aluno no exercício 
teórico – prático nos diversos espaços ocupacionais de atuação do profissional nesse primeiro 
módulo deve ser de observação, fazendo uma análise da realidade institucional e do espaço de 
atuação do profissional. 
 O estudo realizado na instituição cedente é nas dependências do PAEFI – Programa de 
Atendimento Especializado à Família e Indivíduos, sendo um dos serviços ofertados no Centro de 
Referência Especializado de Assistência Social – CREAS – Bucarein, onde foi desenvolvido 
através de observação, coleta de dados e informações, levantamento documental e bibliográfico, 
propiciando a articulação teórica e prática, analisando as diferentes expressões da questão social 
identificadas no campo do estágio. 
 
 
 
1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO CONCEDENTE DE ESTÁGIO 
 
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS Bucarein é uma 
unidade pública estatal de abrangência municipal, que tem como principal objetivo oferecer o 
trabalho social especializado no Sistema Único de Assistência Social (SUAS). 
No que diz repeito ao espaço físico, objetivos, público alvo, como se constitui o trabalho dos 
profissionais de Serviço Social, recursos e atividades do equipamento, serão apresentadas 
informações referente à instituição. 
5 
 
 
 
1.1 DADOS CADASTRAIS DA INSTITUIÇÃO 
 
Razão Social: Prefeitura Municipal de Joinville 
CNPJ: 83.169.623/0001-10 
Nome Fantasia: Prefeitura Municipal de Joinville/ Secretaria de Assistência Social 
Tipo de Instituição: 
( x) Pública 
( ) Privada 
( ) Terceiro setor 
( ) Outra (mais opções) 
Ramo de Atividade: 
( x) Serviços 
( ) Indústria 
( ) Outra (mais opções) 
End: Av. Coronel Procópio Gomes, 830 Bairro: Bucarein 
Cidade: Joinville UF: SC Fone: (47) 3422-6925 
CEP:89.202-430 E-mail: creas.bucarein@joinville.sc.gov.br 
Representada por: Sylvia de Pol Poniwas 
Cargo: Coordenadora 
 
 
 
1.2 DESCRIÇÃO GERAL DA INSTITUIÇÃO 
 
 
No Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) é uma unidade de 
assistência social especializada do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que oferta trabalho 
social, de caráter continuado, a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal ou social, por 
violação de direitos como: violência física, psicológica e negligência; violência sexual; afastamento 
do convívio familiar devido à aplicação de medida de proteção; abandono; trabalho infantil; 
discriminação por orientação sexual e/ou raça/etnia; descumprimento de condicionalidades do 
Programa Bolsa Família em decorrência de violação de direitos; cumprimento de medidas 
socioeducativas em meio aberto de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade 
por adolescentes, entre outras. Tem por finalidade fortalecer a função protetiva da família, prevenir 
a ruptura de seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos, bem como contribuir na 
melhoria de sua qualidade de vida (TIPIFICAÇÃO, 2014, p.31). 
O CREAS oferta o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e 
Indivíduos (PAEFI) e o Serviço de Proteção Socialà Adolescente em Cumprimento de Medidas 
Socieducativas de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços a comunidade (SCMSE). Este 
equipamento integra a Proteção Social Especial (PSE) de média complexidade conforme diretrizes 
de reordenamento das ações no campo da Assistência Social contidas na Política Nacional de 
Assistência Social (PNAS) e pela Norma Operacional Básica (NOB/SUAS) estruturam e 
regulamentam o Sistema Único de Assistência Social – SUAS- através de parâmetros e diretrizes 
para sua implementação. 
6 
 
 
 
1.2.1 Histórico da instituição: 
 
A Implantação do CREAS aconteceu por definições de etapas, metas e assim como outros 
serviços da esfera do governo se originou da Política Nacional de Assistência Social (PNAS) em 
2004 e o trabalho é realizado por uma equipe multiprofissional, definida pela Norma Operacional 
Básica de Recursos Humanos/ SUAS, 2006. 
A implantação do CREAS é feito por uma análise local, com a condição de ter um 
diagnóstico socioterritorial e com padronização dos serviços de proteção social básica e especial 
pela Resolução n° 109, de 11 de novembro de 2009, da Tipificação Nacional dos Serviços 
Socioassistenciais com “dados sobre a incidência de situações de risco pessoal e social, por violação 
de direitos, o levantamento de demandas e o mapeamento dos serviços, programas e projetos 
existentes no território” (BRASIL, 2011, p.58). 
Conforme o Plano Municipal de Assistência Social 2018 – 2021 (2017), o CREAS Bucarein 
iniciou os suas atividades em 30 de junho de 2010, mas segundo documentos bibliográficos da 
unidade, o CREAS Bucarein passou a atender apenas em março de 2011 na sede onde funciona até 
hoje – na Avenida Coronel Procópio Gomes, 830, no Bairro Bucarein. No início apenas o PAEFI 
fazia parte dos serviços e em 2013, passou a integrar também o Serviço de Proteção e Adolescentes 
em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços. 
Até o ano de 2011 a SAS oferecia o POASF – Programa de Orientação e Apoio 
Sociofamiliar, o Programa Sentinela – Serviço de Enfrentamento à Violência, Abuso e Exploração 
Sexual de Crianças e Adolescentes e o PAMVVI – Programa de Atendimento às Mulheres Vítimas 
de Violência Sexual. Com a implantação do CREAS no município, esses programas foram 
desativados e a demanda foi absorvida pelo PAEFI, que passou a atender em um só local os 
usuários desse serviço. 
 
 
1.2.2 Área de atuação, objetivos e finalidades 
 
O CREAS - Bucarein - PAEFI - oferece o serviço de apoio, orientação e acompanhamento a 
famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ou violação de direitos. 
Compreende atenções e orientações direcionadas para a promoção de direitos, a preservação e o 
fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais e para o fortalecimento da função 
protetiva das famílias diante do conjunto de condições que as vulnerabilizam e/ou as submetem a 
situações de risco pessoal e social. 
7 
 
 
Este serviço tem como objetivos: 
 Contribuir para o fortalecimento da família no seu papel de proteção 
 Incluir famílias no sistema de proteção social e nos serviços públicos 
 Contribuir para acabar com as violações de direitos na família 
 Prevenir a reincidência de violações de direitos (BRASIL, 2011). 
 
Para alcançar os objetivos, o PAEFI desenvolve trabalho social realizado pela equipe 
composta por profissionais de diversas áreas, como assistentes sociais, psicólogos e pedagogos. 
Entre as atividades, estão a identificação das necessidades das pessoas que buscam ou são 
encaminhadas ao CREAS; atenção especializada; orientação sobre direitos; encaminhamento para 
outros serviços da Assistência Social e de outras políticas, como saúde, educação, trabalho e renda, 
habitação; orientação jurídica; acesso à documentação, entre outros. 
 
1.2.3 Área de abrangência 
 
O CREAS Bucarein oferta o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e 
Indivíduos (PAEFI) e o Serviço de Proteção Social à Adolescente em Cumprimento de Medidas 
Socieducativas de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços a comunidade (SCMSE). 
O PAEFI atende os seguintes bairros: Adhemar Garcia, Bucarein, Fátima, Guanabara, 
Jarivatuba, João Costa, Paranaguamirim, Parque Guarani, Ulysses Guimarães. 
Conforme o documento de Orientações Técnicas do CREAS (2011b), considerando a 
diversidade do território brasileiro, a PNAS aliada à portaria nº 843 de 28 de dezembro de 2010, 
prevê a distribuição das unidades do CREAS a partir do porte populacional das localidades, da 
seguinte forma: 
 
Porte do Município Número de habitantes Parâmetros de referência 
Pequeno Porte I Até 20.000 Cobertura de atendimento em 
CREAS Regional; ou Implantação de 
CREAS Municipal, quando a 
demanda local justificar. 
Pequeno Porte II De 20.001 a 50.000 Implantação de pelo menos 01 
CREAS. 
Médio Porte De 50.001 a 100.000 Implantação de pelo menos 01 
CREAS. 
Grande Porte, Metrópoles e DF A partir de 100.001 Implantação de 01 CREAS a cada 
200.000 habitantes. 
8 
 
 
Fonte: Secretaria Nacional de Assistência Social – MDS – 2012. 
 
1.2.4 Demandas atendidas pela instituição 
 
As demandas atendidas constituem diversas situações como: violações de direitos, risco 
social, originadas por violência física, sexual e psicológica; negligência, abandono, discriminação 
em decorrência de orientação sexual, racismo ou situações que provoquem danos ou que causem 
afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medida de proteção; indivíduos que 
vivenciaram situação de tráfico de pessoas; situação de rua e mendicância; abandono; vivência de 
trabalho infantil; discriminação em decorrência da orientação sexual e/ou raça/etnia; outras formas 
de violação de direitos decorrentes de discriminações/ submissões a situações que provoquem danos 
e agravos a sua condição de vida e os impeçam de usufruir da autonomia e bem estar; 
descumprimento de condicionalidades do Programa do Bolsa Família. 
Sposati (2001), defende a tese de: 
 
incluir o termo risco na política de assistência social, expondo que o seu conceito não se 
vincula somente a situações que provocam perigo, corroborando como possibilidades da 
perda qualidade de vida pela ausência de uma ação preventiva. Ou seja, o termo além de 
carregar fatores de perigo, pode contribuir com a prevenção. Afirma ainda, que a 
incorporação destes termos na política de assistência social amplia o acesso da assistência 
social para outros públicos que não estão descritos na LOAS. (SPOSATI,2001, p. 69). 
 
1.2.5 Principais características da população atendida pela instituição 
 
O CREAS –Bucarein / PAEFI oferece serviço de apoio, orientação e acompanhamento à 
famílias ou indivíduos em situação de vulnerabilidade, que tenham os seus direitos garantidos pela 
Constituição Federal de 1988 defendidos pelo profissional de Serviço Social. 
Na maioria dos casos atendidos são famílias, indivíduos que estão em situação de 
vulnerabilidade social, mães que estão com filhos em abrigos, por decorrência de violação de 
direitos ou por serem usuários de substância psicoativas, crianças e adolescentes vítimas de abuso 
sexual, entre outros. 
As famílias atendidas podem ser descritas como nuclear, monoparental feminina e 
masculina, reconstituída, homoafetiva, ampliada, com membros com baixa escolaridade ou em 
situação de evasão escolar, sem qualificação profissional. 
 
9 
 
 
1.2.6 Proposta de atuação ao usuário 
 
No CREAS – Bucarein o usuário ou família que necessitem de orientação, ou algum tipo de 
proteção, podem buscar pelo PAEFI no horário das 07 às 19 horas, onde tem profissionaisqualificados e aptos a esclarecer ou fazer encaminhamentos devidos à outros órgãos, se assim 
vierem à precisar. 
Sempre tem um profissional escalado para fazer acolhimento, podendo ser assistente social, 
psicólogo ou pedagogo. O Profissional através de escuta qualificada pode diagnosticar o problema e 
levar à coordenação e juntamente avaliarem a situação para um melhor direcionamento. 
O usuário tem sua identidade preservada no caso de assim desejar ou sentir que esteja em 
risco, podendo assim, ter a garantia de dialogar com profissionais em condições de sigilo, sempre 
respeitando, sem que o usuário sinta - se pressionado ou de alguma forma incomodado com 
supostas perguntas que o deixem constrangido. 
 
“[...] não deve ser de pressionar as pessoas para que assumam responsabilidades além de 
suas forças e de sua alçada, mas oferecer-lhe alternativas realistas [...] o Estado tem que se 
tornar partícipe, notadamente naquilo que só ele tem como prerrogativa, ou monopólio – a 
garantia de direitos (PEREIRA-PEREIRA, 2006, p.40). 
 
1.2.7 Estrutura e funcionamento da organização 
 
A coordenação técnica do CREAS é realizada pela assistente social Sylvia de Pol Poniwas. 
Além da coordenação técnica dispõe de oito assistentes sociais, nove psicólogas, três pedagogas, 
doze educadoras, dois agentes administrativos, uma auxiliar administrativa, duas cozinheiras e uma 
auxiliar de serviços gerais que garantem o bom funcionamento da instituição. Já especificamente no 
PAEFI a composição é composta por, cinco assistentes sociais, seis psicólogas, uma pedagoga e 
cinco educadoras. 
O CREAS não dispõe em seu atendimento um advogado, que é um profissional que deveria 
compor a equipe de referência segundo a NOB/ RH – SUAS (2006) (BRASIL,2011,p. 94). Sem 
essa oferta de um profissional que atue na área jurídica, os demais profissionais ficam incumbidos 
de pesquisar sobre a Legislação em geral para orientar seus usuários, encaminhar para a Defensoria 
Pública ou solicitar orientação sociojurídica de outros profissionais da rede. 
Na articulação com a rede é importante fortalecer a identidade do CREAS, clarificando 
papéis e delimitando competências, de modo que: 
 
 
10 
 
 
O órgão gestor de assistência social tem papel preponderante na interlocução com outras 
políticas e órgãos de defesa de direitos e na institucionalização da articulação do CREAS 
com a rede, inclusive, por meio da construção e pactuação de fluxos de articulação e 
protocolos intersetoriais de atendimento. (MDS – Orientações Técnicas, 2011, p. 62). 
 
 
1.3 O SERVIÇO SOCIAL NA INSTITUIÇÃO 
 
A prática do Assistente Social no Centro de Referência Especializado de Assistência Social – 
CREAS – é um dos serviços da Assistência Social dentro da proteção de média complexidade, 
sendo de fundamental relevância visto que esses profissionais participam do processo de 
enfrentamento das várias expressões da questão social provenientes da relação contrária entre 
burgueses e proletariado. 
No CREAS - Bucarein – o assistente social trabalha de forma articulada juntamente com 
psicólogos e pedagogos, formando uma equipe que, analisa, pensa e chegam à uma melhor e eficaz 
decisão quanto ao problema referenciado, se posicionando a favor da equidade e justiça social ao 
acesso aos direitos que compete ao cidadão. 
 
 
A prática profissional “[...] exige-se um profissional qualificado, que reforce e amplie a sua 
competência crítica; não só executivo, mas que pensa, analisa, pesquisa e decifra a 
realidade”(IAMAMOTO,1997, p. 31). 
 
 
1.3.1 Identificação do Supervisor de Campo 
 
Nome da Supervisora: Kamila Branco Carlos 
CPF: 060.508.749 - 05 RG: 6181271 REGISTRO CRESS: 6599 
Cargo: Assistente Social Função: Assistente Social 
Carga horária semanal: 30 horas 
Tempo de atuação: 4 anos 
E-mail: kamila_branco@yahoo.com.br Fone: (47 ) 3422-6925 
 
 
 
1.3.2 Origem do Serviço Social na Instituição 
 
 
Com a criação do CREAS pela Política Nacional de Assistência Social e pela NOB/SUAS, o 
assistente social faz parte do grupo técnico do equipamento no CREAS desde o início. O serviço do 
PAEFI é um serviço do equipamento que trabalha família/ individuo por meio de apoio, orientação 
e acompanhamento em situação de violação de direito e risco pessoal ou social, por violação de 
11 
 
 
direitos como: violência física, psicológica e negligência; violência sexual; afastamento do convívio 
familiar devido à aplicação de medida de proteção; abandono; trabalho infantil; discriminação por 
orientação sexual e/ou raça/etnia; descumprimento de condicionalidades do Programa Bolsa Família 
em decorrência de violação de direitos; cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto 
de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade por adolescentes, entre outras. 
Tem por finalidade fortalecer a função protetiva da família, prevenir a ruptura de seus vínculos, 
promover seu acesso e usufruto de direitos, bem como contribuir na melhoria de sua qualidade de 
vida. (JOINVILLE, 2012). 
 
1.3.3 O Assistente Social 
 
 
Para se tornar assistente social, a pessoa deve ter se formado no curso superior de serviço 
social, e posteriormente para exercer definitivamente a profissão, é preciso que o graduado faça o 
registro do diploma no Conselho Regional de Serviço Social. 
 Como profissional, o assistente social tem a “função de planejar, gerenciar, administrar, 
executar e assessorar políticas, programas e serviços sociais, o assistente social efetiva sua 
intervenção nas relações entre os homens no cotidiano da vida social, por meio de uma ação global 
de cunho socioeducativo e de prestação de serviços”. (GISELE, 2013, p. 3). 
Ao atuar no CREAS/ PAEFI o profissional também precisa seguir os Princípios, Diretrizes 
da PNAS que são pensadas no âmbito das garantias de cidadania sob a vigilância do Estado, 
cabendo ao profissional fazer valer seus direitos, o qual é constitucional (direito de todos e dever do 
Estado). 
O assistente social tem o compromisso com o usuário atendido devendo ter como atribuição 
a competência de representá-lo, fazendo com que tenha a garantia de direitos e condições dignas de 
vida. 
 
Conforme Benevides: 
 
Os Direitos Humanos são universais no sentido de que aquilo que é considerado um direito 
humano no Brasil também deverá sê-lo com o mesmo nível de exigência, de 
responsabilidade e de garantia em qualquer país do mundo, porque eles não se referem a 
um membro de uma sociedade política; a um membro de um Estado; eles se referem à 
pessoa humana na sua universalidade. Por isso são chamados de direitos naturais, porque 
dizem respeito à dignidade da natureza humana. São naturais, também, porque existem 
antes de qualquer lei, e não precisam estar especificados numa lei, para serem exigidos, 
reconhecidos, protegidos e promovidos. (BENEVIDES, 2009, p. 5) 
 
 
 
12 
 
 
1.3.4 O instrumental técnico-operativo 
 
Para que o profissional do Serviço Social esteja realmente preparado para o cotidiano da 
profissão, é preciso que saiba aplicar seu conhecimento teórico na construção de soluções para os 
problemas investigados, para isso, o profissional deve fazer uma análise de cada caso concreto, 
tendo em vista qual é o contexto do problema e qual melhor método utilizar. 
 Após discutir a natureza dos instrumentos operativos do Serviço Social, passa-se a discutir 
instrumento por instrumento, começando pela visita domiciliar, entrevistas individuais e coletivas e 
todos os outros utilizados pelo Serviço Social. 
Essa natureza instrumentaldo Serviço Social implica dizer que o cotidiano da profissão é 
uma atividade de intervenção, e é especificamente da necessidade interventiva que emerge a 
necessidade de um domínio teórico também. Além da necessidade de um domínio de diversas 
teorias que são produzidas por outras áreas do conhecimento, como, por exemplo, teorias da 
sociologia e da ciência política, foi e é preciso também que o Serviço Social produza teorias 
metodológicas instrumentais, objetivando uma maior efetividade de suas intervenções. (Gisele, 
2013, p.56) 
 
As técnicas empregadas pelo Serviço Social atuam como instrumentos para a sua 
operacionalização. Devemos ter uma consciência clara da técnica a ser utilizada e sua real 
significância social. No cotidiano do trabalho do assistente social do CREAS/ PAEFI são utilizados 
alguns instrumentos como: 
 
 Técnica de observação: A técnica de observação exige um olhar mais atento, ouvir com 
atenção, não julgar e não discriminar. 
 
Segundo Souza (1991, p. 184): 
 
A observação consiste na ação de perceber, tomar conhecimento de um fato ou 
acontecimento que ajude a explicar a compreensão da realidade objeto do trabalho 
e, como tal, encontrar os caminhos necessários aos objetivos a serem alcançados. É 
um processo mental e, ao mesmo tempo, técnico. 
 
 Busca ativa: A busca ativa é uma estratégia para fazer com que os serviços, benefícios, 
programas e projetos cheguem até as famílias e ao território. Muitas vezes o usuário acaba mudando 
de endereço e não comunica onde está morando e o assistente social faz a busca para que continue 
13 
 
 
a receber atendimento. É uma maneira de levar informação, orientação e identificar necessidades e 
demandas das famílias e do território em situação de desproteção social. 
 Acolhimento: O acolhimento é importante para que o usuário possa expor seus problemas, 
além de contar com uma escuta ativa e com a compreensão de um profissional que tenha por 
objetivo a garantia dos seus direitos sociais. Sempre que um usuário chega ao CREAS – Bucarein 
tem um técnico escalado para fazer o acolhimento, podendo ser um assistente social, psicólogo ou 
pedagogo. 
 Escuta qualificada: Essa é uma técnica que deve ser feita com todos os integrantes da 
família, inclusive crianças, adolescentes e pessoas próximas à família. 
 Entrevista: É o ato pelo qual duas ou mais pessoas procuram compreender, identificar ou 
constatar uma determinada situação. É antes de mais nada um espaço de escuta, onde o profissional 
de Serviço Social deve se colocar a ouvir o usuário, se concentrar na informação que está 
recebendo, refletir sobre elas. 
 
Textos atuais como o de Veloso (1995) e Silva (1995): 
 
enfatizam o que não se configuraria como uma entrevista em Serviço Social, como que ao 
definir o que seja entrevista, recorrem à sua negação. Daí dizer que a entrevista não é um 
jogo de “pingue-pongue”, como um questionário de perguntas e respostas que inibem e 
empobrecem uma relação que se quer rica e competente. A entrevista precisa ir além de um 
mero “bate-papo”, ou de uma conversa informal entre duas ou mais pessoas, sem traçarem 
objetivos definidos. Ainda que ocorra busca de dados durante a entrevista, ela não se reduz 
a isso, e estes dados devem estar implicados no porquê e a quem serve esta entrevista, num 
processo que envolve e conclama a real participação do usuário, acompanhado de 
esclarecimentos e objetivos a serem traçados num processo interventivo, que pode vir a ser 
desencadeado. Não se pode esquecer que o objetivo de uma primeira entrevista pode ser o 
conhecimento da situação usuário para o prosseguimento do processo e construção 
interventiva que envolve posteriores entrevistas, ou pelo menos a possibilidade de ser 
deixada uma porta aberta para o usuário retornar em busca de auxílio profissional 
(GIONGO, 2003, p. 13) 
 
 Encaminhamento: Pelo encaminhamento é possível dar continuidade, sequência a um 
processo do Serviço Social, configurando como uma ponte de ligação entre outras ações da 
profissão, conhecer as políticas públicas do problema para um devido encaminhamento, e o 
assistente social tendo clareza que o usuário do serviço é um portador de direitos, portanto é 
seu direito lutar por sua cidadania. 
 Visita domiciliar: É um instrumento muito utilizado pelo assistente social, tem como 
objetivo conhecer a realidade a qual o usuário se encontra, as condições em que vivem, que 
muitas vezes só no atendimento na instituição pode passar despercebido. 
 Dinâmicas de grupo: São técnicas de grupo em que se objetiva: integração, desibinição, 
relaxamento, capacitação, formação, criação e recriação do conhecimento. 
14 
 
 
 
De acordo com Schimitt et al. 
 
Um dos melhores meios para uma pessoa se desenvolver, aprender coisas novas e perder 
a vergonha de falar, é participar de um grupo e de suas atividades. Nestes grupos, uma das 
formas de ajudar as pessoas a expor suas ideias é usando dinâmicas, que são instrumentos 
para facilitar a comunicação e a interação do grupo. [...] A dinâmica provoca abertura no 
relacionamento entre o EU e o OUTRO, isto é, facilita a vivência no grupo, no sentido de 
percebermos as diferenças de cada um. É necessário percebermos que cada pessoa pensa, 
sente e age de diferentes maneiras e de formas diversas, em relação a uma mesma 
situação. Perceber essas diferenças facilita a superação de alguns problemas que existem 
na vida comunitária. (SCHIMITT, 1999, p. 29-30). 
 
 Estudo de caso: Realizado no CREAS, por uma equipe de profissionais com o objetivo de 
analisar e avaliar o caso e definir estratégias e métodos mais efetivos, trazendo à tona a 
relevância de cada situação e sua urgência diante do fato mencionado. 
 Relatório: É um documento produzido pelo profissional do Serviço Social, no qual 
constarão todos os aspectos relevantes de um determinado ato praticado por este 
profissional. Pode ser usado para intervenções ou subsidiar ações do Ministério Público, 
Poder Judiciário ou Conselho Tutelar. 
 Estudo Social: O Estudo social é um instrumento específico do assistente social, que tem 
por intenção conhecer com profundidade e de forma crítica, determinada expressão da 
questão social. 
 Reunião: É um encontro de pessoas onde discutem e propõem soluções para uma 
determinada situação. O assistente social tem o papel de coordenar a reunião, focar no 
objetivo, controlar o tempo, proporcionar que todos os participantes possam levantar 
discussão acerca do motivo real. 
 Registro: consiste em organizar e documentar as informações obtidas. 
 Acompanhamento sociofamiliar: É de fundamental importância, já que é um procedimento 
de caráter continuado e por período indeterminado, que vem a agregar a orientação 
sociofamiliar e uma séria de técnicas que venha a ajudar a família que tenha tido a situação 
de violação de direitos. 
 
2 CONCLUSÕES 
 
O CREAS é o objeto fundamental de estudo para o acadêmico de Serviço Social, sendo 
relevante o prévio conhecimento de todos os serviços que estão inscritos na Tipificação Nacional de 
15 
 
 
Serviços Socioassistenciais. Um dos primeiros passos de trabalho do profissional que inicia sua 
carreira na área de Serviço Social é entender como acontece os serviços de rede e buscar 
informações referentes às políticas públicas. 
 
2.1 DO ESTUDO DA INSTITUIÇÃO 
 
 Com o período de observação no campo de estágio no Centro de Referência Especializado 
de Serviço Social e com a realização do estudo e análise institucional, foi possível perceber a 
dimensão e relevância do trabalho social executado pelo PAEFI. 
 Foi de extrema importância para a vida acadêmica do aluno, permitindo que, estandodiante 
da realidade institucional, possa compreender as demandas e desafios que o assistente social 
enfrenta no seu cotidiano, tendo a oportunidade de através da natureza interventiva e investigativa 
da profissão, desenvolver habilidades, responsabilidades, permitindo que se faça a construção da 
identidade profissional. 
 O estágio no CREAS, especificamente no PAEFI, podê proporcionar a visão de ações do 
serviço, que sendo elas, interventiva e investigativa de forma especializadas, são discutidas pela 
equipe, analisadas e estruturadas para um resultado que possa haver a transformação da realidade à 
qual o usuário se encontra. 
 Portanto, a supervisão do estágio pelo supervisor de campo no acompanhamento ao 
acadêmico, visa a formação profissional do assistente social, através das múltiplas expressões da 
questão social. Nesse processo de ensino, onde o supervisor busca desenvolver no estagiário um 
olhar crítico, reflexivo, investigativo, a partir das diretrizes curriculares, para que haja a 
compreensão das diversas dimensões que norteiam a atuação profissional. A prática profissional se 
processa no decorrer do seu exercício profissional, ou seja, na aplicação direta do seu instrumental 
teórico- metodológico, ético- político e técnico- operativo, de acordo com a realidade social. 
 
 
REFERÊNCIA 
 
BENEVIDES, Maria Victoria. Cidadania e direitos humanos. IEA. 2009. Disponível em: 
www.iea.usp. br/artigos. Acesso em: 25 abr. 2010. 
 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações Técnicas: Centro 
de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS. Brasília: G. E. Brasil, 2011b. 
 
GIONGO, Cláudia Deitos. Processos de trabalho de serviço social III. Porto Alegre: Editora 
ULBRA, 2003. 
 
16 
 
 
JOINVILLE. Secretaria de Assistência Social. Serviço de Proteção e Atendimento Especializado 
à Famílias e Indivíduos – PAEFI: Diretrizes Metodológicas. 2012. 
 
IAMAMOTO, Marilda Villela. O Serviço Social na contemporaneidade: dimensões históricas, 
teóricas e ético - políticas, Debate CRESS – CE n° 6 – Fortaleza: 1997. 
 
RUARO, Gisele de Cássia Galvão Instrumentos e processo de trabalho em serviço social/ Gisele 
de Cássia Galvão Ruaro, Juliana Maria Lazzarini. Indaial : Uniasselvi, 2013. 
 
SCHMITT, Erica Lidia et al. Programa permanente de capacitação comunitária. Blumenau: 
Editora da FURB, 1999. 
 
SPOSATI, A. de O. Modelo brasileiro de proteção social não contributiva: concepções 
fundantes. In: Concepção e gestão da proteção social não contributiva no Brasil. Ministério de 
desenvolvimento social e combate à fome (MDS) e organização das Nações Unidas para a 
Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Brasília (DF), 2009. Disponível 
em:<www.aplicacoes.mds.gov.br/sagi>

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