Buscar

ERGONOMIA-DO-TRABALHO-2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 2 
2 ERGONOMIA .......................................................................................... 3 
2.1 O que é ergonomia ............................................................................... 3 
2.1.1 Ergonomia cognitiva ............................................................................. 5 
2.1.2 Ergonomia organizacional .................................................................... 5 
2.1.3 Ergonomia física ................................................................................... 6 
3 NORMA REGULAMENTADORA (nR) – N°17 ......................................... 7 
4 DOENÇAS DEVIDO A FALTA DE ERGONOMIA .................................. 22 
4.1 LER/DORT ......................................................................................... 23 
5 ERGONOMIA NA EMPRESA ................................................................ 25 
5.1 Como implantar a ergonomia nas empresas ...................................... 28 
5.2 Custo/benefício da ergonomia nas empresas .................................... 29 
5.3 A falta da ergonomia e suas consequências ...................................... 30 
6 ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO (AET) ................................. 33 
7 O RECONHECIMENTO E A AVALIAÇÃO DOS AGENTES 
ERGONÔMICOS .................................................................................................. 36 
7.1 O reconhecimento dos agentes ergonômicos .................................... 37 
7.2 A avaliação ......................................................................................... 37 
7.3 O controle ........................................................................................... 37 
8 GINÁSTICA LABORAL ......................................................................... 39 
8.1 Tipos de Ginástica Laboral ................................................................. 41 
8.1.1 Ginástica Laboral Pré-aplicada ou Preparatória ................................. 41 
8.1.2 Ginástica Laboral Compensatória ...................................................... 41 
8.1.3 Ginástica Laboral Relaxante .............................................................. 42 
8.2 Benefícios da ginástica laboral ........................................................... 42 
8.3 Quem deve fazer ginástica laboral ..................................................... 43 
8.4 Exemplos de exercícios ...................................................................... 44 
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................... 48 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as 
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão 
respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 ERGONOMIA 
 
Fonte: qualitaocupacional.com.br 
2.1 O que é ergonomia 
O termo Ergonomia vem do grego ergon, que significa “trabalho”, e nomos, 
que quer dizer “leis ou normas”. Nesse passo, pode-se dizer que a Ergonomia é o 
estudo científico das relações entre “homem e máquina” e se preocupa com a 
segurança e eficiência do modo com que aqueles dois interagem entre si e com o 
meio. (GOULART, 2017) 
É uma importante ferramenta que atua diretamente na saúde do trabalhador e 
na sua capacidade produtiva. Divide-se em três campos: o campo físico, o campo 
cognitivo e o campo ambiental. 
Dentre alguns de seus objetivos básicos estão: oferecer conforto ao 
trabalhador e prevenir a ocorrência de acidentes de trabalho, bem como de 
patologias específicas para determinado tipo de tarefa laboral. Os procedimentos 
ergonômicos contribuem também para a diminuição do cansaço, bem como tornam 
eficientes os procedimentos que se propõem a evitar lesões ao trabalhador. 
(GOULART, 2017) 
Não é o trabalhador que deve se adaptar às condições de trabalho, e sim as 
condições de trabalho que devem ser adaptadas ao trabalhador, não apenas às 
 
 
 
 
 
questões físicas, mas às suas características psicofisiológicas como: atenção, 
estresse, pressão por resultado, dentre outras. 
Com o propósito de regular as condições de trabalho que devem ser 
adaptadas ao trabalhador foi criada a norma regulamentadora nº 17 (Ergonomia) do 
Ministério do Trabalho e Emprego, regulamentada pela Portaria Nº 3.214, de 08 de 
junho de 1978, que aprova as normas regulamentadoras do Capítulo V, Título II, da 
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, relativas à Segurança e Medicina do 
Trabalho. 
Assim o trabalhador irá ter um ambiente de trabalho melhor adaptado a sua 
condição e dificilmente irá se afastar do trabalho por motivos de doenças 
relacionadas à sua função, e irá também apresentar um rendimento melhor. 
Existem algumas práticas para solucionar e/ou amenizar esses fatores 
adversos causados pelo não uso da ergonomia, para isso é necessário que as 
organizações contratem colaboradores ou uma consultoria externa com alto nível de 
instrução para analisar os riscos ergonômicos. 
É possível estabelecer a aplicação da ergonomia no ambiente de trabalho 
através dos seguintes passos: 1) – Elaboração do Programa de Ergonomia, que 
consiste no levantamento dos riscos ergonômicos e na concepção do programa de 
ergonomia; 2) – Conscientização dos Funcionários, que se dá através de 
treinamentos e palestras a conscientização dos funcionários acerca dos riscos 
ergonômicos e sua prevenção; 3) – Aperfeiçoamento do Programa de Ergonomia, 
que se dá através da correção e aperfeiçoamento do programa de ergonomia 
aplicado no ambiente de trabalho. (GOULART, 2017) 
É importante citar que infelizmente existem alguns obstáculos para a 
aplicação da ergonomia como: anarquia gerencial, falta de conhecimento das 
vantagens da ergonomia aplicada, assessoria inadequada, valores da empresa, 
custos iniciais e durante a realização do projeto. 
Atualmente, a Associação Internacional de Ergonomia divide o tema em três 
domínios específicos: ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia 
organizacional. 
 
 
 
 
 
2.1.1 Ergonomia cognitiva 
A ergonomia cognitiva tem como assunto a mobilização operatória das 
capacidades mentais do ser humano em situação de trabalho. Este campo da 
ergonomia tem como programa mínimo: (VIDAL, 2000) 
- Inovações nos equipamentos, sobretudo que no que tange à usabilidade das 
interfaces entre o operador e os equipamentos; 
- Confiabilidade humana na condução de processos, prevenindo as 
consequências dos erros humanos no controle de sistemas complexos e perigosos; 
- Otimização na operação de equipamentos informatizados e seus softwares, 
prevenindo seu funcionamento inadequado ou bloqueios;- A construção da formação de novos empregados na implantação de novas 
tecnologias e/ou novos sistemas organizacionais; 
- Estabelecimento e manutenção de sistemas seguros, confiáveis e eficientes 
de comunicação e de cooperação. 
 
Em dois campos se divide a ergonomia cognitiva: a cognição individual e a 
cognição coletiva ou social. No campo da cognição individual se reúnem os vários 
estudos sobre o raciocínio e tomada de decisão que têm serventia na elaboração de 
procedimentos e normas operacionais. Na cognição coletiva, especialmente nos 
sistemas de interconecção de múltiplos agentes. Os sistemas de controle em rede 
que envolve a intervenção simultânea de vários operadores comuns, por exemplo, 
no controle de trafego aéreo, têm se disseminado em outras situações industriais e 
de serviços, numa tendência de integração que parece substituir a filosofia de 
centralização em voga há bem pouco tempo atrás. (VIDAL, 2000) 
O indivíduo com problemas cognitivos pode apresentar dificuldades de 
percepção, absorção e retenção de informações se submetido a fatores como carga 
mental, estresse, pressão psicológica, entre outros que fazem parte do cotidiano das 
empresas. 
2.1.2 Ergonomia organizacional 
Também conhecida como macroergonomia, a ergonomia organizacional parte 
do pressuposto que todo o trabalho ocorre no âmbito de organizações. 
 
 
 
 
 
A ergonomia organizacional pretende potencializar os sistemas existentes na 
organização, incluindo a estrutura, as políticas e processos da organização. 
Algumas das áreas específicas são: trabalho em turnos, programação de trabalho, 
satisfação no trabalho, teoria motivacional, supervisão, trabalho em equipe, trabalho 
à distância e ética. 
Concerne à otimização dos sistemas sócio técnicos, incluindo suas estruturas 
organizacionais, políticas e de processos. Os tópicos relevantes incluem 
comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações (domínio aeronáutico), 
projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto 
participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura 
organizacional, organizações em rede, tele trabalho e gestão da qualidade. 
Segundo VIDAL (2000), aplicações que a ergonomia pode trazer para o plano 
organizacional se fundamentam na sabida determinação da tecnologia física sobre a 
organização do trabalho e as condições de trabalho, elementos que irão compor a 
equação dos resultados da empresa. As maiores aplicações da ergonomia no 
campo organizacional têm sido: 
- Modelagem de processos para a elaboração de cenários e roteiros para as 
mudanças organizacionais; 
- Análise dos requisitos das novas propostas organizacionais em termos de 
capacidades, limitações e demais características, especificando necessidades de 
treinamento e de novas competências; 
- Construção de roteiros de implementação para evitar a descapitalização ou 
desaproveitamento do capital de competência (know-how) existente sobretudo no 
nível operacional; 
- Perícia e prevenção de acidentes. 
2.1.3 Ergonomia física 
Por ergonomia física se entende o foco da ergonomia sobre os aspectos 
físicos de uma situação de trabalho, e eles são inegavelmente reais: trabalhar 
engaja o corpo do trabalhador exigindo-os de várias formas ao longo da jornada de 
trabalho. 
 
 
 
 
 
A ergonomia física busca adequar estas exigências aos limites e capacidades 
do corpo, através do projeto de interfaces adequadas para o relacionamento físico 
homem-máquina. Para tanto são necessários diversos conhecimentos sobre o corpo 
e o ambiente físico onde a atividade se desenvolve. (VIDAL,2000) 
Do ponto de vista de sua aplicabilidade, o campo da ergonomia física irá se 
concretizar na realização de especificações relativas ao posto e ao método de 
trabalho, bem como sobre o ambiente. 
Os tópicos relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de 
materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao 
trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde. 
3 NORMA REGULAMENTADORA (NR) – N°17 
A norma regulamentadora (NR) nº 17 tem como objetivo estabelecer os 
parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, 
segurança e desempenho eficiente. 
A norma regulamentadora (NR) 17 expõe a seguinte estrutura: 
 
I) Levantamento, transporte e descarga individual de materiais 
 
 
Fonte: www.aprovaconcursos.com.br 
 
 
 
 
 
Para a norma entende-se como transporte de carga todo transporte no qual o 
peso da carga é suportado inteiramente por um só trabalhador, compreendendo o 
levantamento e a deposição da carga. 
Não deve ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um 
trabalhador cujo peso possa comprometer sua saúde ou sua segurança. 
Todo trabalhador tem que receber treinamento ou instruções quanto aos 
métodos de trabalho que deverá utilizar quando este for designado para o transporte 
manual regular de cargas, que não as leves, a fim de proteger sua saúde e prevenir 
acidentes. 
Ainda segundo a NR 17, quando mulheres e trabalhadores jovens forem 
designados para o transporte manual de cargas, o peso máximo destas cargas 
deverá ser nitidamente inferior àquele admitido para os homens, para não 
comprometer a sua saúde ou a sua segurança. 
 
II) Mobiliário dos postos de trabalho 
 
O trabalho sendo manual sentado ou que deva ser feito em pé as bancadas, 
mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de 
boa postura, visualização e operação e deve atender alguns requisitos mínimos 
como: 
 
 Ter altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo 
de atividade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e 
com a altura do assento; 
 Ter área de trabalho de fácil alcance e visualização pelo trabalhador; 
 Ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e 
movimentação adequados dos segmentos corporais. 
 
A norma regulamentadora 17 também diz que os assentos utilizados nos 
postos de trabalho devem atender aos seguintes requisitos mínimos de conforto: 
 Altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida; 
 Características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento; 
 Borda frontal arredondada; 
 
 
 
 
 
 Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região 
lombar. 
Em atividades que os trabalhadores devem realizar em pé, deverão ser 
colocados assentos para descanso em locais em que possam ser utilizados por 
todos os trabalhadores durante as pausas. Já em atividades onde o trabalho deve 
ser realizado sentado, poderá ser exigido suporte para os pés, que se adapte ao 
comprimento da perna do trabalhador (a partir da análise ergonômica do trabalho). 
 
III) Equipamentos dos postos de trabalho 
 
Para a norma regulamentadora 17 todos os equipamentos que compõem o 
local de trabalho devem estar adequados de acordo com as características 
psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado. 
Para atividades onde é feito leitura de documentos para digitação, datilografia 
ou mecanografia deve ser fornecido suporte adequado para documentos que possa 
ser ajustado proporcionando boa postura, visualização e operação, evitando 
movimentação frequente do pescoço e fadiga visual, e deve ser utilizado documento 
de fácil legibilidade sempre que possível (não sendo permitido a utilização do papel 
brilhante ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento). 
Sobre os equipamentos utilizadosno processamento eletrônico de dados com 
terminais de vídeo terá que ser observado: 
 
 As condições de mobilidade suficientes para permitir o ajuste da tela do 
equipamento à iluminação do ambiente, protegendo-a contra reflexos, e 
proporcionar corretos ângulos de visibilidade ao trabalhador; 
 Se o teclado é independente e tem mobilidade, permitindo ao trabalhador 
ajustá-lo de acordo com as tarefas a serem executadas; 
 Se a tela, o teclado e o suporte para documentos estão colocados de maneira 
que as distâncias olho-tela, olho-teclado e olho-documento sejam 
aproximadamente iguais; 
 Se os equipamentos estão posicionados em superfícies de trabalho com 
altura ajustável. 
 
 
 
 
 
 
IV) Condições ambientais de trabalho 
 
Segundo a Norma Regulamentadora n°17, subitem 17.5.2, nos locais de 
trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção 
constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de 
desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as 
seguintes condições de conforto: 
a) níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma 
brasileira registrada no INMETRO; 
b) índice de temperatura efetiva entre 20oC e 23oC; 
c) velocidade do ar não superior a 0,75m/s; 
d) umidade relativa do ar não inferior a 40 por cento. 
 
Observação: Para as atividades que tem as características apresentadas acima, 
mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 
10152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB (A) e a 
curva de avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 Db 
 
 
Fonte: www.segurancadotrabalhoacz.com.br 
 
A NR 17 diz também que em todos os locais de trabalho deve ter iluminação 
adequada, natural ou artificial, geral ou suplementar, apropriada à natureza da 
 
 
 
 
 
atividade. No caso da iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. 
E a iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar 
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. 
 
V) Organização do trabalho. 
 
 De acordo com a norma regulamentadora 17 a organização do trabalho, deve 
levar em consideração: 
 
a) as normas de produção; 
b) o modo operatório; 
c) a exigência de tempo; 
d) a determinação do conteúdo de tempo; 
e) o ritmo de trabalho; 
f) o conteúdo das tarefas. 
 
A respeito das atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou 
dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da 
análise ergonômica do trabalho, a NR 17 diz que deve ser observado o seguinte: 
 
a) Todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de 
remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em 
consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; 
b) Devem ser incluídas pausas para descanso; 
c) Quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual 
ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um 
retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao 
afastamento. 
 
Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, exceto o 
determinado em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte: 
a) O empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos 
trabalhadores envolvidos nas atividades de digitação, baseado no número 
 
 
 
 
 
individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de 
remuneração e vantagens de qualquer espécie; 
b) O número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser 
superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para 
efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado; 
c) O tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite 
máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da 
jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto 
no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam 
movimentos repetitivos, nem esforço visual; 
d) Nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 
minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal 
de trabalho; 
e) Quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou 
superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número 
de toques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na 
alínea "b" e ser ampliada progressivamente. 
 
Além dessa estrutura, há na norma regulamentadora nº 17 dois anexos sobre 
as condições ergonômicas nas seguintes áreas de trabalho: 
 
• Anexo I – Trabalho dos Operadores de Checkouts; 
 
Essa parte da Norma regulamentadora – nº 17 aplica-se aos empregadores 
que desenvolvam atividade comercial utilizando sistema de autosserviço e checkout, 
como: supermercados, hipermercados e comércio atacadista. 
Este anexo é dividido da seguinte maneira: 
 
- O posto de trabalho 
Quanto ao mobiliário do checkout e às suas dimensões, deve-se: 
a) atender às características antropométricas de 90% dos trabalhadores, 
respeitando os alcances dos membros e da visão, ou seja, compatibilizando as 
áreas de visão com a manipulação; 
 
 
 
 
 
b) assegurar a postura para o trabalho na posição sentada e em pé, e as 
posições confortáveis dos membros superiores e inferiores, nessas duas situações; 
c) respeitar os ângulos limites e trajetórias naturais dos movimentos, durante 
a execução das tarefas, evitando a flexão e a torção do tronco; 
d) garantir um espaço adequado para livre movimentação do operador e 
colocação da cadeira, a fim de permitir a alternância do trabalho na posição em pé 
com o trabalho na posição sentada; 
e) manter uma cadeira de trabalho com assento e encosto para apoio lombar, 
com estofamento de densidade adequada, ajustáveis à estatura do trabalhador e à 
natureza da tarefa; 
f) colocar apoio para os pés, independente da cadeira; 
g) adotar, em cada posto de trabalho, sistema com esteira eletromecânica 
para facilitar a movimentação de mercadorias nos checkouts com comprimento de 
2,70 metros ou mais; 
h) disponibilizar sistema de comunicação com pessoal de apoio e supervisão; 
i) manter mobiliário sem quinas vivas ou rebarbas, devendo os elementos de 
fixação (pregos, rebites, parafusos) ser mantidos de forma a não causar acidentes. 
 
Com referência aos equipamentos e às ferramentas utilizadas pelos 
operadores de checkout para a realização de seu trabalho, deve-se: 
a) escolhê-los de modo a favorecer os movimentos e ações próprias da 
função, sem exigência acentuada de força, pressão, preensão, flexão, extensão ou 
torção dos segmentos corporais; 
b) posicioná-los no posto de trabalho dentro dos limites de alcance manual e 
visual do operador, permitindo a movimentação dos membros superiores e inferiores 
e respeitando a natureza da tarefa; 
c) garantir proteção contra acidentes de natureza mecânica ou elétrica nos 
checkouts, com base no que está previsto nas normas regulamentadoras do MTE ou 
em outras normas nacionais, tecnicamente reconhecidas; 
d) mantê-los em condições adequadas de funcionamento. 
 
Sobre o ambiente físico de trabalho e o conjunto do posto de trabalho, deve-
se: 
 
 
 
 
 
a) manter as condições de iluminamento, ruído, conforto térmico, bem como a 
proteção contra outros fatores de risco químico e físico, de acordo com o previsto na 
NR-17 e outras normas regulamentadoras; 
b) proteger os operadores de checkout contracorrentes de ar, vento ou 
grandes variações climáticas, quando necessário; 
c) utilizar superfícies opacas, que evitem reflexos incômodos no campo visual 
do trabalhador. 
 
-A manipulação de mercadorias 
O empregador deve envidar esforços a fim de que a manipulação de 
mercadorias não acarrete o uso de força muscular excessiva por parte dos 
operadores de checkout, por meio da adoção de um ou mais dos seguintes itens, 
cuja escolha fica a critério da empresa: 
a) negociação do tamanho e volume das embalagens de mercadorias com 
fornecedores; 
b) uso de equipamentos e instrumentos de tecnologia adequada; 
c) formas alternativas de apresentação do código de barras da mercadoria ao 
leitor ótico, quando existente; 
d) disponibilidade de pessoal auxiliar, quando necessário; 
e) outras medidas que ajudem a reduzir a sobrecarga do operador na 
manipulação de mercadorias. 
 
O empregador deve adotar mecanismos auxiliares sempre que, em função do 
grande volume ou excesso de peso das mercadorias, houver limitação para a 
execução manual das tarefas por parte dos operadores de checkout. 
O empregador deve adotar medidas para evitar que a atividade de 
ensacamento de mercadorias se incorpore ao ciclo de trabalho ordinário e habitual 
dos operadores de checkout, tais como: 
a) manter, no mínimo, um ensacador a cada três checkouts em 
funcionamento; 
b) proporcionar condições que facilitem o ensacamento pelo cliente; 
c) outras medidas que se destinem ao mesmo fim. 
 
 
 
 
 
A pesagem de mercadorias pelo operador de checkout só poderá ocorrer 
quando os seguintes requisitos forem atendidos simultaneamente: 
a) balança localizada frontalmente e próxima ao operador; 
b) balança nivelada com a superfície do checkout; 
c) continuidade entre as superfícies do checkout e da balança, admitindo-se 
até dois centímetros de descontinuidade em cada lado da balança; 
d) teclado para digitação localizado a uma distância máxima de 45 
centímetros da borda interna do checkout; 
e) número máximo de oito dígitos para os códigos de mercadorias que sejam 
pesadas. 
 
Para o atendimento no checkout, de pessoas idosas, gestantes, portadoras 
de deficiências ou que apresentem algum tipo de incapacidade momentânea, a 
empresa deve disponibilizar pessoal auxiliar, sempre que o operador de caixa 
solicitar. 
 
-A organização do trabalho 
A disposição física e o número de checkouts em atividade (abertos) e de 
operadores devem ser compatíveis com o fluxo de clientes, de modo a adequar o 
ritmo de trabalho às características psicofisiológicas de cada operador, mediante 
adoção de pelo menos um dos seguintes itens, cuja escolha fica a critério da 
empresa: 
a) pessoas para apoio ou substituição, quando necessário; 
b) filas únicas por grupos de checkouts; 
c) caixas especiais (idosos, gestantes, deficientes, clientes com pequenas 
quantidades de mercadorias); 
d) pausas durante a jornada de trabalho; 
e) rodízio entre os operadores de checkouts com características diferentes; 
f) outras medidas que ajudem a manter o movimento adequado de 
atendimento sem a sobrecarga do operador de checkout. 
 
São garantidas saídas do posto de trabalho, mediante comunicação, a 
qualquer momento da jornada, para que os operadores atendam às suas 
 
 
 
 
 
necessidades fisiológicas, ressalvado o intervalo para refeição previsto na 
Consolidação das Leis do Trabalho. 
É vedado promover, para efeitos de remuneração ou premiação de qualquer 
espécie, sistema de avaliação do desempenho com base no número de mercadorias 
ou compras por operador. 
É atribuição do operador de checkout a verificação das mercadorias 
apresentadas, sendo-lhe vedada qualquer tarefa de segurança patrimonial. 
 
-Os aspectos psicossociais do trabalho 
Todo trabalhador envolvido com o trabalho em checkout deve portar um 
dispositivo de identificação visível, com nome e/ou sobrenome, escolhido (s) pelo 
próprio trabalhador. 
É proibido obrigar o trabalhador ao uso, permanente ou temporário, de 
vestimentas ou propagandas ou maquiagem temática, que causem constrangimento 
ou firam sua dignidade pessoal. 
 
-Informação e formação dos trabalhadores 
Todos os trabalhadores envolvidos com o trabalho de operador de checkout 
devem receber treinamento, cujo objetivo é aumentar o conhecimento da relação 
entre o seu trabalho e a promoção à saúde. 
O treinamento deve ter noções sobre prevenção e os fatores de risco para a 
saúde, decorrentes da modalidade de trabalho de operador de checkout, levando em 
consideração os aspectos relacionados a: posto de trabalho, manipulação de 
mercadorias, organização do trabalho, aspectos psicossociais do trabalho e agravos 
à saúde mais encontrados entre operadores de checkout. 
Este treinamento deve ser ministrado durante a jornada de trabalho e ter 
duração mínima de duas horas, até o trigésimo dia da data da sua admissão, com 
reciclagem anual 
A elaboração do conteúdo técnico e avaliação dos resultados do treinamento 
devem contar com a participação de integrantes do Serviço Especializado em 
Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e da Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes (CIPA), quando houver, e do coordenador do Programa de Controle 
 
 
 
 
 
Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e dos responsáveis pela elaboração e 
implementação do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). 
 
 
• Anexo II – Trabalho em Tele atendimento/Telemarketing. 
 
De acordo com a NR-17 as disposições deste Anexo aplicam-se a todas as 
empresas que mantêm serviço de teleatendimento/telemarketing nas modalidades 
ativo ou receptivo em centrais de atendimento telefônico e/ou centrais de 
relacionamento com clientes (call centers), para prestação de serviços, informações 
e comercialização de produtos. 
São aspectos importantes dispostos neste anexo: 
 
-Mobiliário do posto de trabalho 
Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé deve ser 
proporcionado ao trabalhador mobiliário que atenda aos itens 17.3.2, 17.3.3 e 17.3.4 
e alíneas, da Norma Regulamentadora nº 17 (NR 17) e que permita variações 
posturais, com ajustes de fácil acionamento, de modo a prover espaço suficiente 
para seu conforto. 
Os assentos devem ser dotados de: 
1. Apoio em 05 (cinco) pés, com rodízios cuja resistência evite deslocamentos 
involuntários e que não comprometam a estabilidade do assento; 
2. Superfícies onde ocorre contato corporal, estofadas e revestidas de 
material que permita a perspiração; 
3. Base estofada com material de densidade entre 40 a 50 kg/m3; 
4. Altura da superfície superior ajustável, em relação ao piso, entre 37 e 50 
centímetros, podendo ser adotados até 03 tipos de cadeiras com alturas diferentes, 
de forma a atender as necessidades de todos os operadores; 
5. Profundidade útil de 38 a 46 centímetros; 
6. Borda frontal arredondada; 
7. Características de pouca ou nenhuma conformação na base; 
8. Encosto ajustável em altura e em sentido antero-posterior, com forma 
levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar; largura de, no 
 
 
 
 
 
mínimo, 40 centímetros e, com relação aos encostos, de no mínimo, 30,5 
centímetros; 
9. Apoio de braços regulável em altura de 20 a 25 centímetros a partir do 
assento, sendo que seu comprimento não deve interferir no movimento de 
aproximação da cadeira em relação à mesa, nem com os movimentos inerentes à 
execução da tarefa. 
 
-Equipamentos dos postos de trabalho 
Devem ser fornecidos gratuitamente conjuntos de microfone e fone de 
ouvidos (head-sets) individuais, que permitam ao operador a alternância do uso das 
orelhasao longo da jornada de trabalho e que sejam substituídos sempre que 
apresentarem defeitos ou desgaste devido ao uso. 
Quanto aos head-sets o empregador deve garantir a correta higienização e as 
condições operacionais recomendadas pelos fabricantes; ser substituídos 
prontamente quando situações irregulares de funcionamento forem detectadas pelo 
operador; ter seus dispositivos de operação e controles de fácil uso e 
alcance; permitir ajuste individual da intensidade do nível sonoro e ser providos de 
sistema de proteção contra choques acústicos e ruídos indesejáveis de alta 
intensidade, garantindo o entendimento das mensagens. 
Os monitores de vídeo devem proporcionar corretos ângulos de visão e ser 
posicionados frontalmente ao operador, devendo ser dotados de regulagem que 
permita o correto ajuste da tela à iluminação do ambiente, protegendo o trabalhador 
contra reflexos indesejáveis. 
Toda introdução de novos métodos ou dispositivos tecnológicos que traga 
alterações sobre os modos operatórios dos trabalhadores deve ser alvo de análise 
ergonômica prévia, prevendo-se períodos e procedimentos adequados de 
capacitação e adaptação. 
 
-Condições ambientais de trabalho 
Os locais de trabalho devem ser dotados de condições acústicas adequadas à 
comunicação telefônica, adotando-se medidas tais como o arranjo físico geral e dos 
postos de trabalho, pisos e paredes, isolamento acústico do ruído externo, tamanho, 
forma, revestimento e distribuição das divisórias entre os postos. 
 
 
 
 
 
Os ambientes de trabalho devem atender ao disposto no subitem 17.5.2 da NR-17. 
Devem ser implementados projetos adequados de climatização dos 
ambientes de trabalho que permitam distribuição homogênea das temperaturas e 
fluxos de ar utilizando, se necessário, controles locais e/ou setorizados da 
temperatura, velocidade e direção dos fluxos. 
Para a prevenção da chamada "síndrome do edifício doente", devem ser 
atendidos: 
a) o Regulamento Técnico do Ministério da Saúde sobre "Qualidade do Ar de 
Interiores em Ambientes Climatizados", com redação da Portaria MS nº 3.523, de 28 
de agosto de 1998 ou outra que a venha substituir; 
b) os Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientes 
climatizados artificialmente de uso público e coletivo, com redação dada pela 
Resolução RE nº 9, de 16 de janeiro de 2003, da ANVISA - Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária, ou outra que a venha substituir, à exceção dos parâmetros 
físicos de temperatura e umidade definidos no item 4.2 deste Anexo; 
c) o disposto no item 9.3.5.1 da Norma Regulamentadora nº 9 (NR 9). 
 
-Organização do trabalho. 
A organização do trabalho deve ser feita de forma a não haver atividades aos 
domingos e feriados, seja total ou parcial, com exceção das empresas autorizadas 
previamente pelo Ministério do Trabalho e Emprego, conforme o previsto no Artigo 
68, "caput", da CLT e das atividades previstas em lei. 
O tempo de trabalho em efetiva atividade de teleatendimento/ telemarketing é 
de, no máximo, 06 horas diárias, nele incluídas as pausas, sem prejuízo da 
remuneração. 
As pausas deverão ser concedidas: 
a) fora do posto de trabalho; 
b) em dois períodos de 10 minutos contínuos; 
c) após os primeiros e antes dos últimos 60 minutos de trabalho em atividade de 
teleatendimento/telemarketing. 
 
-Capacitação dos trabalhadores 
 
 
 
 
 
Todos os trabalhadores de operação e de gestão devem receber capacitação 
que proporcione conhecer as formas de adoecimento relacionadas à sua atividade, 
suas causas, efeitos sobre a saúde e medidas de prevenção. (Incluindo 
trabalhadores temporários) 
A capacitação deve incluir, no mínimo, aos seguintes itens: 
a) noções sobre os fatores de risco para a saúde em teleatendimento/ 
telemarketing; 
b) medidas de prevenção indicadas para a redução dos riscos relacionados 
ao trabalho; 
c) informações sobre os sintomas de adoecimento que possam estar 
relacionados a atividade de teleatendimento/telemarketing, principalmente os que 
envolvem o sistema osteomuscular, a saúde mental, as funções vocais, auditivas e 
acuidade visual dos trabalhadores; 
d) informações sobre a utilização correta dos mecanismos de ajuste do 
mobiliário e dos equipamentos dos postos de trabalho, incluindo orientação para 
alternância de orelhas no uso dos fones mono ou bi-auriculares e limpeza e 
substituição de tubos de voz; 
e) duração de 04 (quatro) horas na admissão e reciclagem a cada 06 (seis) 
meses, independentemente de campanhas educativas que sejam promovidas pelos 
empregadores; 
f) distribuição obrigatória de material didático impresso com o conteúdo 
apresentado; 
g) realização durante a jornada de trabalho. 
 
-Condições sanitárias de conforto 
Devem ser garantidas boas condições sanitárias e de conforto, incluindo 
sanitários permanentemente adequados ao uso e separados por sexo, local para 
lanche e armários individuais dotados de chave para guarda de pertences na 
jornada de trabalho. 
As empresas também devem manter ambientes confortáveis para descanso e 
recuperação durante as pausas, fora dos ambientes de trabalho, dimensionados em 
proporção adequada ao número de operadores usuários, onde estejam disponíveis 
assentos, facilidades de água potável, instalações sanitárias e lixeiras com tampa. 
 
 
 
 
 
 
-Programas de saúde ocupacional e de prevenção de riscos ambientais 
O Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, além de 
atender à Norma Regulamentadora nº 7 (NR 7), deve necessariamente reconhecer e 
registrar os riscos identificados na análise ergonômica. 
 
-Pessoas com deficiência 
Para as pessoas com deficiência e aquelas cujas medidas antropométricas 
não sejam atendidas pelas especificações deste Anexo, o mobiliário dos postos de 
trabalho deve ser adaptado para atender às suas necessidades, e devem estar 
disponíveis ajudas técnicas necessárias em seu respectivo posto de trabalho para 
facilitar sua integração ao trabalho, levando em consideração as repercussões sobre 
a saúde destes trabalhadores. 
As condições de trabalho, incluindo o acesso às instalações, mobiliário, 
equipamentos, condições ambientais, organização do trabalho, capacitação, 
condições sanitárias, programas de prevenção e cuidados para segurança pessoal 
devem levar em conta as necessidades dos trabalhadores com deficiência. 
 
A NR 17 pode ser encontrada no site do Ministério do Trabalho e Emprego 
onde sempre está atualizada evitando assim qualquer contratempo ou dúvida sobre 
que medida deve ser tomada em termos de segurança do trabalho. 
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu art. 157, inc. II, atribui às 
empresas a obrigação de instruir os empregados, mediante ordens de serviço, 
sobre precauções para evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. 
No Brasil, o governo tem demonstrado cada vez mais interesse e 
preocupação com os aspectos relacionados à segurança e à saúde do trabalhador, 
sobretudo face aos prejuízos econômicos decorrentes de fatos danosos à 
integridade física e mental dos empregados. (SILVA et al., 2009) 
 
 
 
 
 
4 DOENÇAS DEVIDO A FALTA DE ERGONOMIA 
 
Fonte: exame.abril.com.br 
Os riscos ergonômicos são os fatores que podem afetar a integridade física 
ou mental do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença. São 
considerados riscos ergonômicos: esforço físico, levantamento de peso, postura 
inadequada, controle rígido de produtividade, situação de estresse, trabalhos em 
período noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, 
imposição de rotina intensa. (KASSADA, LOPES,KASSADA, 2011) 
Ainda assim esses riscos podem causar distúrbios psicológicos e fisiológicos 
e originar sérios danos à saúde do trabalhador, pois produzem alterações no 
organismo e estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e 
segurança, por exemplo: 
- LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos/ Distúrbios osteomusculares 
Relacionados ao Trabalho) 
- Cansaço físico 
- Dores musculares 
- Hipertensão arterial 
- Alteração do sono 
- Diabetes 
- Doenças nervosas 
- Taquicardia 
 
 
 
 
 
- Doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera) 
- Tensão 
- Ansiedade 
- Problemas de coluna, entre outras. 
4.1 LER/DORT 
As expressões LER/DORT são termos usados de uma maneira 
generalizada e que abrangem os distúrbios ou doenças do sistema músculo-
esquelético-ligamentar, sendo um dos agravantes mais preocupantes 
relacionados à ergonomia, podendo estar ou não relacionadas ao trabalho. 
Vários fatores associados ao trabalho concorrem para a ocorrência de 
LER/DORT como a repetitividade de movimentos, a manutenção de posturas 
inadequadas, o esforço físico, a invariabilidade de tarefas, a pressão mecânica 
sobre determinados segmentos do corpo, o trabalho muscular estático, impactos 
e vibrações. A intensificação do ritmo, da jornada e da pressão por produção e a 
perda acentuada do controle sobre o processo de trabalho por parte dos 
trabalhadores (fatores relacionados à organização do trabalho), têm sido 
apontados como os principais determinantes para a disseminação da doença. 
(MERLO; JACQUES; HOEFEL, 2011). 
A classificação dos estágios de evolução LER segundo o Ministério da 
Previdência Social: (FREITAS, 2012). 
 
 GRAU I – A sensação presente de desconforto, a dor sem irradiação nítida de 
caráter leve que piora com a jornada de trabalho, mas que não interfere na 
produtividade e melhora com o repouso. 
 
 GRAU II – A dor é tolerável, mas aparece mais intermitentemente durante o 
trabalho. A dor é localizada com presença de formigamento, calor e leves 
distúrbios de sensibilidade. 
 
 GRAU III – A dor é mais persistente e forte com irradiação definitiva, pouco 
atenuada com o repouso com quadros dolorosos fora do trabalho. A redução 
 
 
 
 
 
de força muscular, com presença de edema frequente e recorrente, hipertrofia 
constante e presença quase sempre de alterações na sensibilidade. Redução 
da produtividade ou incapacidade de executar atividades. 
 
 GRAU IV – É caracterizado por dor forte, continua e insuportável sendo 
acentuada aos movimentos. Há perda de força e do controle dos movimentos, 
o edema é preexistente podendo aparecer deformidades e atrofias. Apresenta 
incapacidade de realizar tarefas tanto no ambiente de trabalho como fora dele 
alterando também o estado psicológico. 
 
O Ministério da Saúde publicou através da Portaria MS nº 1339/GM, de 18 de 
novembro de 1999, uma lista de doenças relacionadas ao trabalho e há várias que 
podem ser enquadradas como LER/DORT. Entre elas, tendinite de flexores e 
extensores dos dedos, bursite de ombro, tenossinovite de DeQuervain, tenossinovite 
do braquio-radial, síndrome do túnel do carpo, tendinite de supraespinhoso, tendinite 
de biciptal, epicondilite. 
Para Przysiezny (2002) outro aspecto importante sobre as DORT, diz respeito 
às várias regiões afetadas por estes distúrbios. Pois são enfermidades que afetam a 
coluna cervical, dorsal e lombar, a cintura escapular, e os membros superiores, 
enfim englobam todos os segmentos do corpo. 
Quando as enfermidades dos membros inferiores são comparadas com as 
dos membros superiores, observa-se uma menor incidência de lesões relacionadas 
ao trabalho. Desta forma, as ações judiciais trabalhistas associadas aos distúrbios 
nos membros inferiores correspondem a menos de 10% do total de ações 
relacionadas aos distúrbios músculo esqueléticos na maioria dos países 
industrializados. (Przysiezny, 2002) 
Portanto, considera-se DORT, qualquer distúrbio que seguramente esteja 
relacionado ao trabalho, independente do segmento afetado. Dentre eles estão 
relacionados também: 
- Lombalgia 
- Cervicalgias 
- Dorsalgias 
- Bursite isquiática 
 
 
 
 
 
- Bursite infra patelar 
- Tendinite de Aquiles 
- Fascite plantar, e outras. 
 
5 ERGONOMIA NA EMPRESA 
 
Fonte: physioterapia.com.br 
A Ergonomia contribui para qualidade de vida, saúde e bem-estar dos 
funcionários e isso é importante ser visto com atenção tanto pela empresa 
(gestores), quanto pelos colaboradores. A má postura, equipamentos não 
adequados ou ajustados ao colaborador podem causar males para a saúde e reduzir 
a produtividade no trabalho. 
Quando a ergonomia é aplicada na empresa, proporciona um ambiente 
favorável na jornada de trabalho de seus funcionários, diminuindo cansaço, estresse, 
evitando lesões e contribuindo na redução de gastos com afastamento. E também é 
importante salientar que os funcionários devem fazer o uso correto dos 
equipamentos, conforme orientações. 
 
 
 
 
 
A procura pelo aumento da produtividade, pela melhoria da qualidade do 
trabalho e a implementação de programas que promovam a saúde do trabalhador, 
estão fazendo com que as empresas invistam em projetos e estudos utilizando as 
bases da Ergonomia para a melhoria da qualidade e da produtividade. (QUEIROZ; 
MEJIA, 2015) 
Buscar qualidade dos produtos e serviços com menores custos de produção, 
na atual conjuntura, precisa ser um objetivo contínuo e incorporado à filosofia de 
toda e qualquer empresa, até por uma questão de continuidade e sobrevivência dos 
negócios. É na relação integral e amistosa entre o trabalho humano e os meios de 
produção que a empresa se torna competitiva (aumento da qualidade dos produtos e 
redução de custos). Se o perfil do trabalhador está mudando, o das empresas 
também está. (QUEIROZ; MEJIA, 2015) 
Algumas ações podem ser aplicadas nas empresas, como: ginástica laboral, 
intervalos e equipamentos que estejam de acordo com as normas do NR 17 
(Ministério do Trabalho), exemplo: cadeira, suporte monitor, suporte para notebook, 
suporte antebraços, apoio para os pés, tapete ergonômico antifadiga. 
De acordo com ABRANTES (2004) normalmente a ergonomia se distingue 
em três tipos nas empresas (Apud, QUEIROZ; MEJIA, 2015): 
 
- Ergonomia de correção: procura melhorar as condições de trabalho existentes, 
porém de forma parcial e muitas vezes de eficácia limitada. Por exemplo: 
 Dimensões 
 Iluminação 
 Ruído 
 Temperatura, etc. 
 
- Ergonomia de concepção: procura já na fase inicial do projeto introduzir os 
conhecimentos sobre o homem em todas as partes que compõem o posto de 
trabalho, máquinas, ferramentas, dispositivos, sistemas de produção, etc. Exemplo: 
 Boa postura 
 Uso adequado de equipamento 
 Implantação 
 
 
 
 
 
 
- Ergonomia de conscientização: está relacionada à conscientização, através de 
treinamentos e reciclagens dos trabalhadores e sobre os riscos e/ou a maneira 
correta de realizar um determinado trabalho. 
 
Pode-se caracterizar o desenvolvimento da ergonomia nas empresas em 
quatro níveis de exigências: tecnológicas, organizacionais, econômicas, e 
exigências sociais. 
O nível de exigência tecnológica se refere ao aparecimento de novas 
técnicas de produção, as organizacionais são relativas ao sistema de gestão 
participativa, as econômicas estão relacionadas à qualidade e aos custos de 
produção e as sociais se referem às melhorias das condições de trabalho. 
Os funcionários têm alguns benefícios com a ergonomia como: 
 
 Melhora a postura e previne doenças ocupacionais: sentarcorretamente na cadeira, ajustar o monitor na altura correta, pernas 
alinhadas e braços posicionados corretamente, evitam as lesões, 
fadiga e dores a curto e a longo prazo. Inclusive doenças como a LER 
e DORT que são causadas pela má postura ou devido a movimentos 
repetitivos durante horas. 
 Reduz o sedentarismo e melhora o condicionamento físico: a 
ginástica laboral estimula o movimento, evitando que a pessoa fique 
horas na mesma posição. Os alongamentos atuam sobre a 
musculatura, tendões e articulações, previne lesões e aumenta a força 
muscular e flexibilidade do corpo, tornando o funcionário mais 
resistente. 
 Reduz a fadiga e o estresse: produtos ergonômicos, pausas e a 
ginástica laboral ajudam a relaxar e amenizar o cansaço. 
Para empresas 
 Reduz as ausências e afastamentos: o trabalho proporcionado pelas 
técnicas ergonômicas diminuem o número de ausência e afastamento, 
pois contribui na saúde e bem-estar do colaborador durante a jornada 
de trabalho. 
 
 
 
 
 
 Valoriza o profissional: o funcionário sente-se valorizado e 
reconhecido, pois está recebendo suporte para exercer sua atividade 
na empresa. 
 Aumenta a produtividade: um funcionário com equipamentos 
ergonômicos, estação de trabalho adequada e ainda com a 
oportunidade de praticar a ginástica laboral, se sente motivado, 
aumenta a disposição, eficiência e em consequência passa a produzir 
mais. 
5.1 Como implantar a ergonomia nas empresas 
 
Fonte: www.ocupacional.com.br 
O Ministério do Trabalho e Emprego com a Norma Regulamentadora 17 
orienta toda empresa a ter a Análise Ergonômica do Trabalho – AET, documento no 
qual o profissional apresenta melhorias para que o posto de trabalho atenda às 
necessidades mínimas de ergonomia. AET conta com um caderno de ações 
baseado no uso do FMEA, uma metodologia de Análise de Tipo e Efeito de Falha 
que analisa os tipos de problemas que podem ocorrer no trabalho de ergonomia. Em 
seguida são avaliados os riscos da causa de cada falha e, com base nesta 
avaliação, são tomadas as ações necessárias para diminuir estes riscos e aumentar 
a confiabilidade do trabalho de ergonomia. 
A aplicação da ergonomia é feita através do diagnóstico ergonômico, que se 
resume em avaliar o risco de cada posto de trabalho e gera uma estratégia para 
definir a sequência de ações ergonômicas para a melhoria cada empresa. E depois, 
 
 
 
 
 
um plano de ação é desenvolvido para avaliação e documentação dos resultados. 
Também é realizada a formação e gerenciamento do COERGO – Comitê de 
Ergonomia, grupo de trabalhadores que definem a estratégia de melhoria 
ergonômica da empresa, implantam e monitoram as ações. Por fim, realiza-se o 
acompanhamento dos processos trabalhistas relacionados à ergonomia. É possível, 
na maioria dos casos, adaptar conceitos da ergonomia ao próprio local de trabalho, 
com isso, atendendo todas as demandas. 
De maneira geral, a ergonomia nas empresas pode ser aplicada através da 
ginástica laboral, intervalos regulares e rotatividade de tarefas, além da adaptação 
do ambiente de trabalho de acordo com a função e carga horária do funcionário. 
As empresas que se propuserem a manter atuantes devem investir em uma 
estrutura ergonômica que garanta a qualidade e harmonia do ambiente de trabalho. 
Com funcionários saudáveis e motivados, a instituição preserva a sua imagem e 
garante produtividade e atuação no mercado. 
 
5.2 Custo/benefício da ergonomia nas empresas 
A ergonomia, da mesma maneira que alguma outra atividade relacionada com 
o setor produtivo, só será aceita se for capaz de comprovar que é economicamente 
viável, isto é, se mostrar uma relação custo/benefício favorável. 
A análise do custo/benefício indica de um lado, o investimento necessário 
para implementar um projeto ou uma recomendação ergonômica, representado 
pelos custos de elaboração de projeto, aquisição de máquinas, materiais e 
equipamentos, treinamento de pessoal e queda de produtividade durante o período 
de implantação. Do outro lado, são computados os benefícios, ou seja, quanto vai se 
ganhar com os resultados do projeto. Aí podem ser computados itens como 
economias de material, mão de obra e energia, redução de acidentes, absenteísmos 
e aumento da qualidade e produtividade. (QUEIROZ; MEJIA, 2015) 
Em princípio, o projeto só será considerado economicamente viável se a 
razão custo/benefício, expresso em termos monetários, for menor que 1,0, ou seja, 
os benefícios forem superiores aos respectivos custos (IIDA, 2005, apud, QUEIROZ; 
MEJIA, 2015). 
 
 
 
 
 
Geralmente, os custos costumam acontecer a curto-prazo, enquanto os 
benefícios, ou melhor, o retorno do investimento, pode demorar um certo tempo. 
Algumas empresas estabelecem um prazo máximo para esse retorno, digamos cinco 
anos. Os projetos que há um retorno maior ou em menor prazo, são tidos como 
aqueles mais interessantes. 
Existe duas questões relacionadas à análise do custo/benefício e que nem 
sempre são quantificáveis, são elas: o risco do investimento e os fatores intangíveis. 
 
5.3 A falta da ergonomia e suas consequências 
 
 
Fonte: vipmedicinadotrabalho.com.br 
Situações agressivas ou de risco no ambiente de trabalho, poderão levar um 
trabalhador a se afastar de seu local de trabalho devido a acidentes, doenças 
ocupacionais ou simplesmente licença planejada, trazendo grandes prejuízos para 
as empresas, para o governo e para os trabalhadores. 
 
O absenteísmo é geralmente encarado como uma manifestação de 
descontentamento dos trabalhadores, mas, por trás dessa ausência, pode estar a 
válvula de escape que os mesmos usam para se prevenir contra os malefícios ou 
agressões do trabalho à qual estão submetidos. (QUEIROZ; MEJIA, 2015) 
Um trabalhador que é sujeito a constrangimentos operacionais 
cotidianamente não poderá render o suficiente para realizar uma produção ou 
 
 
 
 
 
avaliação segura do produto, pois essas condições de trabalho poderão leva-lo a 
erros. 
E ainda se sabe que a confiabilidade humana é muito baixa e a probabilidade 
de falha humana aumenta à medida que nos deparamos com processos complexos, 
operações que exigem grande concentração mental, postos e ambiente de trabalho 
agressivos, entre outros. 
Segundo COUTO (2006), a falha humana é decorrente de um ou mais dos 
seis fatores seguintes: falta de informação, falta de capacitação, falta de aptidão 
física ou mental, motivação incorreta, deslizes e condições ergonômicas 
inadequadas. (Apud, QUEIROZ; MEJIA, 2015). 
Muitos trabalhadores quando na ativa, são afastados de suas atividades 
profissionais, depois de um certo tempo, devido a acidentes, doenças ocupacionais, 
esforços e estresses a que são submetidos. Outros, após deixarem de fazer parte do 
quadro de funcionários movem ações na Justiça do Trabalho e na Cível contra a 
empresa, em função das condições de trabalho a que foram submetidos, procurando 
compensar financeiramente os constrangimentos a que ficaram expostos. 
(QUEIROZ; MEJIA, 2015) 
Muitas vezes negligenciada ou desconhecida, a insatisfação resultante de 
uma inadaptação do conteúdo ergonômico do trabalho ao homem está na origem 
não só de numerosos sofrimentos somáticos de determinismo físico direto, mas 
também de outras doenças do corpo mediatizadas por algo que atinge o aparelho 
mental. Para situar o problema, o mais simples é talvez recorrer ao estudo da 
eficácia da ergonomia (DEJOURS, 2015). 
Atualmente várias empresas já buscam a melhoria da qualidade do trabalho 
dos empregados e já estabelecem uma série de programas como forma de 
incentivar a saúde do trabalhador. Nas grandes capitais e áreasmais 
industrializadas, o empresariado, já consciente dos futuros problemas, está 
investindo nestes programas, como também, em estudos sobre as vantagens da 
ergonomia para a melhoria da produção nas empresas. Se por um lado, o uso da 
ergonomia pode sugerir maior gasto, por outro representa uma economia para a 
empresa e como consequência, a melhoria da saúde do trabalhador e da sociedade. 
O aumento de doenças ocupacionais a cada dia vem gerando ações nas 
esferas trabalhista e previdenciária, que trazem inúmeras repercussões e prejuízos 
 
 
 
 
 
nos relacionamentos entre capital e trabalho, empresário e trabalhador, e sociedade 
de uma maneira geral. 
Assim sendo, observa-se que o Direito do Trabalho vive, na sua rotina diária, 
mediando e intervindo na resolução de conflitos entre o capital e o trabalho, e que as 
questões referentes à saúde no trabalho por exposição a riscos conhecidos e 
doenças ocupacionais, demonstram que o trabalho exigido, frequentemente está 
sendo realizado acima dos limites de segurança ou inadequadas. Tais situações 
resultam, na maioria dos casos, em ações jurídicas e processos movidos de maneira 
reativa e compulsória, visando o reconhecimento e a indenização monetária. Essas 
situações poderiam ser prevenidas por meio das práticas seguras e efetivas de 
prevenção, através da Ergonomia. (QUEIROZ; MEJIA, 2015) 
Para Rocha (2012) ergonomia pode ser uma das principais possibilidades 
para a prevenção, tratamento, restrições de danos pessoais e econômicos, em toda 
a sua amplitude, pois, por meios da ergonomia, pode-se constatar diversos aspectos 
primordiais para a prevenção de passivos ocupacionais, dentre eles: a biomecânica 
do posto de trabalho, a organização do trabalho, o levantamento e priorização de 
riscos, e ainda fatores físicos e psicossociais dos trabalhadores, dentre outros 
(Apud, QUEIROZ; MEJIA, 2015). 
 
 
 
 
 
 
6 ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO (AET) 
 
Fonte: www.paromed.com.br 
De acordo com a Norma Regulamentadora no - 17 no item 17.1.2. diz: “para 
avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas 
dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a Análise Ergonômica do Trabalho, 
devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme 
estabelecido nesta Norma Regulamentadora.” 
A análise ergonômica parte da identificação de um problema que justifique um 
estudo, buscando ações ergonômicas para a solução destes. A sua análise permite 
compreender a natureza e a dimensão dos problemas apresentados, bem como 
elaborar um plano de intervenção para abordá-los. (DEIMLING; PESAMOSCA, 
2014) 
Cabe aos ergonomistas analisarem e fazerem a proposta de ação se 
confirmado um problema. Deverá analisar o funcionamento da empresa, através de 
observações abertas. Verificará as relações entre os constrangimentos da situação 
do trabalho, a atividade desenvolvida pelos operadores e as consequências dessa 
atividade para a saúde e para a produção. 
A análise ergonômica do trabalho é um processo construtivo e participativo 
para a resolução de um problema complexo que exige o conhecimento das tarefas, 
 
 
 
 
 
da atividade desenvolvida para realizá-las e das dificuldades enfrentadas para se 
atingirem o desempenho e a produtividade exigidos. (DEIMLING; PESAMOSCA, 
2014) 
Santos e Fialho (1997) colocam que a análise ergonômica do trabalho 
compreende três fases: análise da demanda, análise da tarefa e análise das 
atividades. Na análise da demanda define-se o problema a ser investigado com os 
atores envolvidos. A análise da tarefa coloca o que o trabalhador deve realizar e as 
condições ambientais técnicas e organizacionais. E a análise das atividades traz 
efetivamente o que é realizado pelo trabalhador, o comportamento do homem no 
trabalho. (Apud, DEIMLING; PESAMOSCA, 2014) 
As avaliações incluem aspectos, conforme a Norma Regulamentadora 17: 
 
 Levantamento, 
 Transporte e descarga de materiais, 
 Ao mobiliário, 
 Equipamentos, 
 Condições ambientais do posto de trabalho 
 Organização do trabalho. 
 
As análises ergonômicas do trabalho precisam atender requisitos mínimos 
para atender para atender à NR-17, como: 
a) descrição das características dos postos de trabalho no que se refere ao 
mobiliário, utensílios, ferramentas, espaço físico para a execução do trabalho e 
condições de posicionamento e movimentação de segmentos corporais; 
b) avaliação da organização do trabalho demonstrando: trabalho real e 
trabalho prescrito; descrição da produção em relação ao tempo alocado para as 
tarefas; variações diárias, semanais e mensais da carga de atendimento, incluindo 
variações sazonais e intercorrências técnico-operacionais mais frequentes; número 
de ciclos de trabalho e sua descrição, incluindo trabalho em turnos e trabalho 
noturno; ocorrência de pausas inter-ciclos; explicitação das normas de produção, 
das exigências de tempo, da determinação do conteúdo de tempo, do ritmo de 
trabalho e do conteúdo das tarefas executadas; histórico mensal de horas extras 
 
 
 
 
 
realizadas em cada ano; explicitação da existência de sobrecargas estáticas ou 
dinâmicas do sistema osteomuscular; 
c) relatório estatístico da incidência de queixas de agravos à saúde colhidas 
pela Medicina do Trabalho nos prontuários médicos; 
d) relatórios de avaliações de satisfação no trabalho e clima organizacional, 
se realizadas no âmbito da empresa; 
e) registro e análise de impressões e sugestões dos trabalhadores com 
relação aos aspectos dos itens anteriores; 
f) recomendações ergonômicas expressas em planos e propostas claros e 
objetivos, com definição de datas de implantação. 
De acordo com o item 8.4.1. do Anexo II da NR-17, as análises ergonômicas 
do trabalho deverão ser datadas, impressas, ter folhas numeradas e rubricadas e 
contemplar, obrigatoriamente, as seguintes etapas de execução: explicitação da 
demanda do estudo; análise das tarefas, atividades e situações de trabalho; 
discussão e restituição dos resultados aos trabalhadores envolvidos; 
recomendações ergonômicas específicas para os postos avaliados; avaliação e 
revisão das intervenções efetuadas com a participação dos trabalhadores, 
supervisores e gerentes; e avaliação da eficiência das recomendações. 
 
Alguns benefícios que podem ser alcançados com a aplicação da análise 
ergonômica do trabalho (EAT), são: 
 Redução e eliminação de multas trabalhistas ou ações movidas por 
funcionários que tiveram problemas de saúde decorrentes de suas atividades e 
postos de trabalho; 
 Aumento da satisfação interna; 
 Reconhecimento por parte dos colaboradores em relação à 
preocupação da empresa por eles; 
 Elevação dos padrões de qualidade e de segurança 
do trabalho adotado pela empresa; 
 Aumento da produtividade, devido tanto a satisfação dos funcionários 
quanto da funcionalidade e melhoria dos processos; 
 Aumento do engajamento — por se sentir respeitado, o funcionário se 
sente amparado e seu empenho e envolvimento com a empresa se desenvolvem; 
 
 
 
 
 
 Aumento da responsabilidade em relação aos resultados, pois há um 
crescente no reconhecimento do potencial humano que é sentido por todos. 
7 O RECONHECIMENTO E A AVALIAÇÃO DOS AGENTES ERGONÔMICOS 
Agentes ergonômicos são todos os elementos envolvidos na execução do 
trabalho de prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais, como: 
 
 Condições do posto de trabalho 
 Layout 
 Ruídos 
 Temperaturas 
 Vibração mecânica 
 Posição de trabalho 
 Ritmo de trabalho 
 Empatia 
 Tempo de execução de um serviço 
 Jornada de trabalho, etc.Fonte: www.ocupacional.com.br 
Quando há a inadequação, o desajuste ou a impropriedade destes agentes, 
eles irão gerar condições inseguras de natureza ergonômica, as quais causarão 
acidentes e doenças ocupacionais. 
 
 
 
 
 
7.1 O reconhecimento dos agentes ergonômicos 
Procedimento que consiste em identificar todos os agentes ambientais e/ou 
operacionais que possam interferir no desempenho, na saúde e na integridade física 
do trabalhador. 
A interferência de ordem psíquica não é objeto de preocupação da 
Ergonomia; mas, por exemplos, o tamanho do pincel de um pintor, a cadeira usada 
por um digitador, ou a posição de trabalho do professor, a temperatura ambiente em 
que o artista trabalha, sim. 
Esse reconhecimento pode ser efetivado empírica ou objetivamente (com o 
uso de equipamentos ou instrumentos de medição). 
7.2 A avaliação 
Consiste em identificar a intensidade com que esses elementos ambientais 
e/ou operacionais ocorrem, relacionando-os com o limite de tolerância do trabalhador 
a eles. 
Para os riscos de insalubridade, o limite de tolerância é verificado em função, 
basicamente, de dois fatores: 
1- Aspectos quantitativo e qualitativo da medição; 
2- Tempo de exposição ao (s) agente (s). 
Para os riscos de periculosidade, o limite de tolerância é verificado em função, 
basicamente, de dois fatores: 
1- Aspectos quantitativo e qualitativo da medição; 
2- Distância à fonte geradora. 
7.3 O controle 
Após o reconhecimento e a respectiva avaliação, estando caracterizado o risco, 
ele deverá ser controlado. 
Entretanto, pela multiplicidade dos agentes, torna-se difícil a avaliação 
quantitativa; destarte, e para facilitar a avaliação e o necessário controle, os agentes 
– chamados de “fatores ergonômicos” - são distribuídos em três classes: 
 
 
 
 
 
 
1- Fatores Individuais: 
 Tipo físico 
 Inteligência 
 Capacidade de concentração 
 Idade 
 Sexo 
 Habilidades, etc. 
 
2. Fatores Ambientais: 
 Temperatura 
 Ruído 
 Umidade 
 Layout 
 Topografia, etc. 
 
3- Fatores Operacionais: 
 Posição de trabalho 
 Ritmo de trabalho 
 Turno de trabalho 
 Velocidade da máquina 
 Atos repetitivos, etc. 
 
Os fatores individuais e os ambientais são reconhecidos e avaliados antes da 
execução do trabalho. Os operacionais só podem ser reconhecidos e avaliados após 
e/ou durante a execução do trabalho; eles surgem com a atividade laborativa. 
Modernamente, uma das principais doenças manifestadas pela inadaptação, 
principalmente dos fatores operacionais, é conhecida pela sigla DORT, 
equivocadamente chamada LER. 
Distúrbios Músculo-ligamentares Relativos ao Trabalho (DMRT) ou Doenças 
Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT) são lesões musculares e/ou 
tendões e/ou fáscias e/ou nervos nos membros superiores, ocasionadas pela 
utilização biomecanicamente incorreta deles, que resultam em dor, fadiga, queda de 
 
 
 
 
 
performance no trabalho, incapacidade temporária e, conforme o caso, podem 
evoluir para uma síndrome dolorosa crônica. 
Manifestam-se, normalmente, entre 7 e 24 meses de trabalho (na função). 
A faixa etária mais comum é a de 20 a 29 anos, por uma questão lógica do 
elevado número de pessoas dessa faixa, no mundo de trabalho e, também, pelo 
tempo da manifestação (7 a 24 meses). 
No exame admissional, se detectado o distúrbio, negar a vaga. 
Alguns fatores contributivos: vibração, frio, as mulheres são mais 
predispostas, postura estática do corpo durante o trabalho, tensão no trabalho, 
desprazer, traumatismos anteriores, atividades anteriores, perfil psicológico 
(segundo Dr. Losovey). 
Como fatores biomecânicos, podemos citar: força excessiva com os membros 
superiores, postura incorreta (braços elevados, braços estendidos, compressão de 
estruturas nervosas), outros. 
A programação adequada de trabalho ao homem é o ponto de partida para a 
prevenção de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais, e para o 
atingimento dos objetivos imediatos que são o conforto, a segurança e o bem-estar 
do trabalhador. 
8 GINÁSTICA LABORAL 
 
Fonte: ginlab.com.br 
 
 
 
 
 
A Ginástica Laboral constitui uma sequência de exercícios específicos 
aplicados a cada atividade, sendo realizadas no próprio local de trabalho, 
objetivando a prevenção, a terapêutica e o bem-estar do ser humano, devendo estar 
acompanhada de orientações sobre as posturas mais adequadas nos postos de 
trabalho e avaliações ergonômicas para promover as condições adequadas aos 
seus funcionários. 
Surgiu como ação preventiva para a saúde do trabalhador e também com 
objetivo de obter rendimento na empresa. A melhora de rendimento da empresa 
pode ser explicada pela elevação da autoestima do trabalhador, porque assim ele se 
sente “cuidado” pela empresa e exerce suas funções laborais com mais ânimo. Com 
isso ocorre a diminuição dos afastamentos de Lesões por Esforços Repetitivos 
(LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), diminuição 
de acidentes ocupacionais, entre outros. 
Para Lima (2004), o primeiro registro da prática da ginástica laboral foi em 
1925, na Polônia onde os operários se exercitavam com uma pausa adaptada a 
cada ocupação. Surgiu, como ginástica de pausa para os operários, e após alguns 
anos a ginástica laboral foi executada na Holanda e na Rússia, como uma ginástica 
adaptada para a função do trabalhador, para cada cargo era implantado exercícios 
diferenciados, conforme a necessidade do trabalhador. (Apud, FERREIRA; 
SANTOS, 2013) 
No Brasil a Ginastica Laboral teve início no Rio de Janeiro. Foi implantada em 
1969 por uma indústria de construção naval estaleiros. Nesse período a ginástica 
laboral era realizada por executivos japoneses, nessa época os exercícios eram 
indicados para correção postural, e melhora do funcionamento do aparelho 
respiratório. (DEUTSCH, 2012, Apud, FERREIRA; SANTOS, 2013) 
 
 
 
 
 
8.1 Tipos de Ginástica Laboral 
 
Fonte: segurancatemfuturo.com.br 
A Ginastica laboral pode ser classificada em: 
 
8.1.1 Ginástica Laboral Pré-aplicada ou Preparatória 
 
É a reunião de funcionários em um local específico, no início de cada turno ou 
jornada de trabalho, a fim de realizar uma atividade física, buscando o “despertar do 
corpo e da mente”. O tempo de duração é de no mínimo de 5 minutos e máximo de 
15 minutos 
Tem como objetivos: 
 Melhorar as condições físicas e mentais; 
 Aperfeiçoar as coordenações e sinergias, de acordo com as 
necessidades; 
 Reagir aos estímulos externos com maior rapidez; 
 Estimular reações mais adaptadas para as diferentes situações de 
trabalho. 
 
8.1.2 Ginástica Laboral Compensatória 
 
 
 
 
 
 
Se constitui de pausas no período de trabalho com a realização de atividades 
físicas compensatórias aos movimentos das tarefas, específicas para cada setor, de 
acordo com as características do ambiente e a natureza do trabalho. 
Objetivos: 
 Compensar os músculos que foram trabalhados no período. 
 Alcançar o equilíbrio físico e mental para a execução de tarefas bem 
como compensar posturas estáticas, unilaterais e reduzir o acúmulo de 
fadiga; 
 Prevenir acidentes, distensões musculares e doenças ocupacionais. 
 
8.1.3 Ginástica Laboral Relaxante 
 
Realizada no final do expediente e tem como objetivo de relaxar os músculos, 
é realizada com alongamento e massagem para aliviar tensões que o trabalhador 
tende a acumular durante o período de trabalho. 
 
Observação: A Ginástica Laboral, como todas as outras atividades físicas, não deve 
ser executada sem um acompanhamentode um profissional da área de saúde, pois, 
para trazer reais benefícios, é necessário que seja executada corretamente e se 
identifique com os limites de cada um a fim de se trabalhar esses limites. Desta 
maneira, melhorando as condições físicas e mentais. Se houver algum problema 
físico ou de saúde, consultar um médico antes de iniciar alguma nova atividade 
física. 
8.2 Benefícios da ginástica laboral 
O funcionário depende de uma boa saúde e bem-estar para poder se dedicar 
e trabalhar bem. A jornada de trabalho é cansativa para qualquer pessoa, por isso a 
implantação da ginastica laboral possibilita diminuir o afastamento médico, as dores 
musculares, o estresse e entre outros benefícios. (LOPES; NOGUEIRA; MARTINEZ, 
2008, Apud, FERREIRA; SANTOS, 2013) 
Funcionários que praticam a ginastica laboral estão se beneficiando 
fisiologicamente, psicologicamente e socialmente. 
 
 
 
 
 
Os benefícios fisiológicos que a ginastica laboral trás para os funcionários, 
são de variados aspectos, como: 
 Diminui as doenças ocupacionais no trabalho. 
 Diminui as dores musculares, inflamação e trauma. 
 O funcionário estará mais preparado no serviço, sem precisar sentir 
desconforto. 
 Melhora a postura corporal. 
 
Já os benefícios psicológicos, refletem na elevação da autoestima, a empresa 
se preocupa mais com a saúde dos funcionários e, com isso, diminui a ansiedade 
dos trabalhadores, induzindo-os equilibrar melhor os aspectos positivos e negativos 
que acontecem no horário do expediente. 
Um dos objetivos mais importantes da GL está em prevenir LER e DORT, 
pois, este último está em segundo lugar no país por afastamento no trabalho de 
acordo com o instituto nacional de seguridade social – INSS (LOPES; NOGUEIRA; 
MARTINEZ, 2008, Apud, FERREIRA; SANTOS, 2013). 
8.3 Quem deve fazer ginástica laboral 
Todos podem aprender a fazer a ginástica laboral, porém esta deve ser 
indicada por um profissional que saiba identificar qual será a melhor escolha, de 
acordo com as características das atividades laborais e do posto de trabalho. 
Muitas vezes as mesmas técnicas de alongamentos podem ser aplicadas, 
trabalhe você sentado ou não o dia todo, cave ou não buracos, fique ou não em uma 
linha de montagem, faça ou não exercícios com regularidades. 
Os métodos são delicados e fáceis, levando em conta as diferenças 
individuais quanto a tensão muscular e a flexibilidade. Portanto se estiver saudável, 
sem qualquer problema específico, pode aprender a fazer alongamentos que é uma 
das técnicas utilizadas na ginástica laboral. 
 
 
 
 
 
8.4 Exemplos de exercícios 
 Sempre antes de iniciar as atividades físicas, fazer uma avaliação com 
um profissional da área de saúde; 
 Faça os exercícios no seu ritmo; 
 Respire naturalmente; 
 Relaxar; 
 Prestar atenção ao corpo; 
 Concentrar-se nos músculos e articulações sendo alongados; 
 Sem dor; 
 Sempre faça alongamento dentro do seu limite de conforto, jamais a 
ponto de sentir dor; 
 Caso tenha problema de saúde relacionado a músculos, ossos, 
tendões etc. Se tiver, consulte um médico antes de executar os 
exercícios; 
 Não se compare com as outras pessoas. Todos somos diferentes. As 
comparações podem fazê-lo alongar-se excessivamente; 
 Não prenda o fôlego enquanto faz os exercícios 
 Não faça balanceios; 
 Não é necessária nenhuma roupa especial para executar os exercícios, 
apenas retirar sapatos de saltos se os tiver. 
 
Exemplo de sequência da Ginástica Laboral indicada para pessoas que 
exercem atividades laborais em diversas posições e que utilizam por um longo 
período de tempo os membros superiores (braços, antebraços, punhos, mãos e 
dedos). 
 Meio giro com a cabeça, iniciando de um ombro e indo para o outro, 
segurando 3”. Alternar movimento 2 vezes cada lado. Fazer um giro 
completo no final. 
 As mãos apoiadas nos ombros com braços na altura dos ombros, girar 
os cotovelos para frente tentando encostá-los. 
 Idem ao anterior, girar os cotovelos para trás. 
 
 
 
 
 
 Os dedos entrelaçados fazendo uma pressão com os cotovelos abertos 
e flexão de pescoço na nuca. 
 O braço a frente do peito com o cotovelo e dedos flexionados, deverá 
fazer uma pressão com a outra mão no cotovelo em direção ao peito. 
Segurar 15 segundos. 
 O braço estendido acima da cabeça, deve fletir e estender o cotovelo 
abrindo e fechando a mão, sendo tracionado pelo outro no cotovelo em 
direção a cabeça. 
 Segurar os dedos para cima com o cotovelo estendido por 15 
segundos. 
 As pernas afastadas com os joelhos flexionados e os dedos 
entrelaçados atrás da nuca com os cotovelos abertos. Inclinar o tronco 
para direita e voltar, ir para esquerda e voltar, alternando 15 vezes. 
 Um pé à frente do outro com pernas afastadas, flexionar o joelho da 
frente, não o deixando ultrapassar a linha do pé. Segurar 15 segundos. 
 Os braços entrelaçados acima da cabeça, com as palmas das mãos e 
dedos unidos, estender os cotovelos por 15 segundos. 
 Exemplo de sequência da Ginástica Laboral indicada para pessoas que 
exercem atividades laborais por longos períodos de tempo sentados e 
que utilizam membros superiores. 
 Girar a cabeça para frente, para os lados e inverter o movimento no 
final do círculo. 
 Os ombros para cima e para trás; 
 Os ombros para cima e para frente. 
 O braço a frente do peito com o cotovelo flexionado onde o punho deve 
rodar para fora, sendo que a mão oposta faz uma pressão em direção ao 
peito segurando por baixo do cotovelo. 
 Elevar um braço acima da cabeça com o cotovelo flexionado e o outro 
com cotovelo flexionado atrás das costas, tentar entrelaçar as mãos. 
(Respeitando o limite de cada um). 
 Os braços acima da cabeça, puxar o cotovelo tentando encostar a mão 
nas costas. 
 
 
 
 
 
 Pernas afastadas e joelhos flexionados, dedos das mãos entrelaçados 
atrás das costas com palmas unidas e afastar do corpo com os cotovelos 
estendidos. Segurar 15 segundos. 
 Esticar o braço com a palma da mão para frente e dedos esticados. 
Dobrar o punho até onde puder. Segurar por 15 segundos. 
 Esticar o braço com o dorso da mão para frente e dedos esticados. 
Dobrar o punho até onde puder. Segurar 15 segundos. 
 Com pernas unidas e flexionadas abaixar o corpo até o seu limite e 
estender os joelhos. Segurar por 15 segundos, e levantar com os joelhos 
flexionados e coluna desenrolando. 
 Em pé, fletir um joelho e segurar o pé, mantendo as coxas unidas. 
Manter por 15 segundos. 
 Os braços elevados acima da cabeça, com mãos entrelaçadas e 
joelhos flexionados. Segurar por 15 segundos. 
 Exemplo de sequência da Ginástica Laboral indicada para pessoas que 
permanecem por longos períodos em pé, com a cabeça para baixo e 
executando várias atividades com os braços, mãos e dedos. 
 Observação: É muito importante que você sente com a coluna reta e se 
houver dificuldades mantenha os joelhos flexionados. 
 Iniciar o movimento com o queixo no ombro, contando até 3 e virar 
para o outro lado. Fazer 2 vezes para cada lado. 
 Sentado com as pernas esticadas, pés unidos e dedos para cima, levar 
os ombros para trás 10 vezes. 
 Idem e levar os ombros para frente 10 vezes. 
 Idem, segurar na nuca com os cotovelos unidos e tentar encostar os 
cotovelos na perna. Segurar por 15 segundos. 
 Sentado com os joelhos flexionados e pés unidos, laçar o braço atrás 
ou na frente do corpo com cotovelo esticado. Movimentar o braço abrindo 
e fechando os dedos.15 vezes cada lado. 
 Sentado com os joelhos flexionados e pés unidos, flexionar a cabeça e 
inclinar o corpo a frente. Segurar por 15 segundos.

Outros materiais