Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Boletim Epidemiológico da AIDS No Brasil, o primeiro caso data de 1983, com notificação no Estado de São Paulo. Trata- se de um jovem homossexual com febre e perda de peso, bem como gânglios pelo corpo, diagnosticado com tuberculose disseminada. Durante o 2º Congresso Brasileiro de Infectologia, no mesmo ano, esse e outros casos foram relatados. Nesse evento, Albert Sabin, exímio pesquisador no campo de vacinas, pronunciou-se pela proibição de doação de sangue por homossexuais, sob risco de punição em caso de infração. Atualmente estima-se que 866 mil pessoas vivem com o HIV no Brasil. De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV e Aids divulgado no final do ano de 2017, a epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção de casos de aids em torno de 18,3 casos a cada 100 mil habitantes, em 2017. Isso representa 40,9 mil casos novos, em média, nos últimos cinco anos. Nos últimos quatro anos, a taxa de mortalidade pela doença passou de 5,7 óbitos/100 mil habitantes em 2014 para 4,8 óbitos/100 mil habitantes em 2017. A redução é resultado da garantia do tratamento para todos - lançada em 2013 -, aliada à melhoria do diagnóstico, além da ampliação do acesso à testagem e redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento. A AIDS é uma doença causada pelo vírus HIV, que ataca as células responsáveis pela defesa do organismo, deixando a pessoa mais vulnerável a doenças oportunistas. A aids não tem cura, mas tem tratamento. A pessoa pode ter o vírus HIV e não saber, por que os sintomas demoram a aparecer. Modo de Transmissão: Figura 1 - mostra a porcentagens de casos de notificações de homens e mulheres. Diagnóstico: O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral. No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos. Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Sinais e sintomas: Os principais sinais e sintomas da AIDS manifestam-se cerca de 8 a 10 anos após a contaminação com o HIV ou em certas situações onde o sistema imunológico está fraco e debilitado. Assim, os sinais e sintomas podem ser: 1. Febre persistente; 2. Tosse seca prolongada e garganta arranhada; 3. Suores noturnos; 4. Inchaço dos gânglios linfáticos durante mais de 3 meses; 5. Dor de cabeça e dificuldade de concentração; 6. Dor nos músculos e nas articulações; 7. Cansaço, fadiga e perda de energia; 8. Rápida perda de peso; 9. Candidíase oral ou genital que não passa; 10. Diarreia por mais de 1 mês, náusea e vômitos; 11. Manchas avermelhadas e pequenas bolinhas vermelhas ou feridas na pele. 1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Recomendações para Terapia Antirretroviral em Adultos Infectados pelo HIV. Brasília: Ministério da Saúde; 2008. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Manual técnico para o diagnóstico da infecção pelo HIV em adultos e crianças. Brasília: Ministério da Saúde; 2016. Referências:
Compartilhar