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Resumo biogeografia (1)

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BIOGEOGRAFIA 
Lembrando: tempo; heterogeneidade espacial (maior variedade de microhabitats, 
favorecendo a especiação e de novas espécies). 
Competição: 
 Dobzhansky: maior competição entre os organismos nos trópicos  indução à 
crescente especialização no uso dos recursos disponíveis. Ex: riqueza de insetos fitófagos com 
alta especialização. 
Predação: 
 Janzen: alta taxa de predação observada em muitos ecossistemas tropicais 
manteria a competição interespecífica a níveis baixos, permitindo a convivência de um número 
maior de espécies. Ao retirar predador – aumento de espécies e exclusão de outras. A 
predação controla os níveis de competição entre espécies. 
Estabilidade climática: 
 Ambientes tropicais foram menos perturbados nas diferentes eras geológicas, 
tendo sofrido menos glaciações. Altas latitudes estariam mais sujeitas ao estresse climático 
(era do gelo, glaciações). Cinturões de baixas latitudes são realmente mais estáveis? Por 
exemplo, os fragmentos formados nas glaciações do Pleistoceno. 
Produção biológica: 
 Ambientes tropicais há maior produção biológica? Sim, em geral, são áreas nas 
quais a produtividade biológica mais alta é possível devido ao clima – predominantemente 
quente, úmido e relativamente não sazonal. As temperaturas nas regiões equatoriais aceleram 
os processos biológicos. 
Conclusão: a grande riqueza de espécies nas baixas latitudes, especialmente nos 
trópicos, deve ser consequência não simplesmente da alta produtividade destas áreas, porém 
de sua enorme complexidade estrutural resultante de sua grande biomassa, que pode suportar 
muitas espécies de animais pequenos. 
 
 
Deriva Continental 
 Eras geológicas – sedimentos contêm fauna e flora correspondentes a 
determinados períodos. Maior contribuição à biogeografia: teoria da deriva dos continentes – 
conceito especulativo até 1900; fato bem estabelecido, 1960-1970. 
 Tectônica de placas: os continentes deslizam sobre o manto e que a posição no 
presente não corresponde ao passado e nem ao futuro  evidências conclusivas. 
 Embasamento: rochas continentais (sial) – baixa densidade e pouco 
magnetizadas, sendo diferentes das rochas do fundo oceânico (sima). Sílica e magnésio. 
 As maiores massas de terra foram unidas em um supercontinente – Pangea. 
 O Pangea dividiu-se em placas continentais menores que se moveram, 
flutuando sobre o manto. A quebra começou no Mesozóico, mas a América do Norte estaria 
conectada à Europa pela porção norte até o final do Terciário ou começo do Quaternário. 
 A quebra começou com uma fenda que gradualmente abriu-se em um oceano. 
A distribuição dos maiores centros de terremotos e regiões de vulcanismo ativo e formação de 
montanhas estão relacionados com movimentos destas placas da crosta terrestre. 
 Blocos continentais mantem seus limites originais, exceto em regiões 
montanhosas – se fossem unidos, haveria similaridades em relação à estratigrafia, aos fósseis, 
ao paleoclima etc. As taxas estimadas de movimento de certos continentes entre 0,3 e 36 
cm/ano, sendo a Groelândia o bloco que se move mais rápido. 
 Pós II Guerra: as descobertas sobre bacias oceânicas e magnetismo das rochas 
estimularam o re-exame da teoria. Hess descreveu o guiots que são montanhas submersas 
com 3000 a 4000 m de altitude; ilhas vulcânicas que, por ação erosiva das ondas foram sendo 
quebradas e afundadas. 
 Abaixo dos sedimentos recentes no fundo oceânico – basalto recente – 
Jurássico – máximo de 150 mi de anos. As escavações no continente mais velho +- 1bi de 
anos. 
 Meados dos anos 50 reconheceram que as montanhas submarinas formam um 
sistema global de 65000 km (entre América e Eurásia). 
 Fenda central do vale associada com uma região de terremotos. Altas 
temperaturas sugerem a liberação de material fundido de manto nessas áreas, estabelecendo 
o conceito que o fundo expande. Fendas em V com aproximadamente 10 km de profundidade 
(onde há fossas abissais); crosta fina nas fendas, gravidade é menor que em outras partes da 
terra. 
 Epicentros de terremotos: relacionados às fendas e progressivamente mais 
fundos  terremotos causados pelo material frio e rígido retornando ao manto. 
 Paleomagnetismo: orientação das rochas de cristal no tempo de sua formação, 
datando rochas a partir de partículas de óxido de ferro e titânio que quando resfriados mantem 
a orientação do polo magnético – fóssil geológico – relação das massas terrestres e os polos 
magnéticos no tempo de formação. É possível reconstruir a posição relativa das massas de 
terra. 
 Pré-Pangea: embora se acredita que a terra tenha 4.6 milhões de anos, a 
maioria das informações geológicas são referentes as rochas formadas nos últimos 570 
milhões de anos (tempo em que há registros fósseis). 
 Relações pré-Pangea não foram preservadas, a posição e a paleogeografia dos 
continentes nos 330mi de anos precedentes (era Paleozóica) são muito mais difíceis de 
determinar-se. 
 Os primeiros esforços de mapear as posições dos blocos dos continentes no 
Paleozóico baseados somente em informações paleomagnéticas (1973). Portanto, muito 
antigos para datar que o inicio se deu na Pangea. 
 Os blocos continentais do Paleozóico, que colidiram para formar o Pangea não 
foram os mesmos que surgiram durante o Mesozóico ou que os existentes hoje. Havia 6 
paleocontinentes maiores são reconhecidos para o Paleozóico: Gondwana, Laurentia, Báltica, 
Sibéria, Kazakhstania e China. Estes se fundiram para formar a Pangea. Não havia os polos. 
 Evolução da Terra do final do Cambriano ao final do Permiano: no mundo 
moderno, os continentes estão agrupados em 3 extensas massas norte-sul: a América, 
Europa/África e Ásia leste, isolando 3 oceanos: Pacífico, Atlântico e Índico. 
 No final do Cambriano, os continentes eram isolados um do outro e distribuídos 
ao redor do globo em baixas latitudes tropicais. Os oceanos eram interconectados e as regiões 
polares eram ocupadas por oceanos abertos. Não haviam terras acima da latitude 60º norte ou 
sul. 
 Durante o Ordoviaciano e o Siluriano, a Gondwana se moveu para o Sul. O 
registro mais antigo de glaciação da era Paleozóica é do final do Ordoviciano (depósitos de 
argila feitos por geleiras), onde hoje é o deserto do Saara. Naquele período, esta região estava 
localizada no polo sul. 
 O clima polar não foi detectado no Cambriano nem na maioria do Ordoviciano. 
Os oceanos polares eram abertos e aquecidos pela circulação oceânica; falha de preservação 
de registros geológicos. A fauna marinha era pouco diversa; a Sibéria foi a primeira a migrar 
para o norte. 
 A formação de um oceano parcialmente fechado (mar de Tethys),, que 
apresenta uma fauna marinha distinta até o Mesozóico. O início do Devoniano, Laurentia e 
Báltica colidiram formando a Laurassia, depósitos fosseis de grandes plantas terrestres. A 
Pangea (temporário): Laurásia (norte); Gondwana (sul), histórias diferentes. 
Especiação 
 Espécie: 
o Conceito morfológico: os indivíduos não têm relação especial entre si, são 
meras expressões do mesmo tipo. Cada espécie é usualmente distinta morfologicamente das 
espécies mais próximas. Exemplo: bactérias (pois se reproduzem assexuadamente) e fósseis 
(devido à morfologia do sistema reprodutor). 
o Conceito biológico: espécies são grupos de indivíduos naturais intercruzantes 
reprodutivamente, isolados de outros grupos. Impossível para fósseis, organismos extintos e 
organismos não sexuados. 
o Conceito evolutivo: reconhece cada linhagem evolutiva independente como uma 
espécie. 
o Conceito filogenético: grupo de organismos em que partilham uma única 
característica derivada (apomórfica). 
 Subsespécies: populaçõesque são morfológica e presumivelmente 
geneticamente distintas. 
 Ecótipos: populações distintas que ocorrem em um tipo particular de hábitat. Ex: 
Manguezais, beira de rio, topo de montanha. 
 Plesiomórfica ------------- Apomórfica. 
 Notocorda ----------------- coluna vertebral. 
 Especiação 
O surgimento de novas espécies por multiplicação de formas antigas. Taxas diferentes 
originam-se de um ancestral comum. Ex: plantas verdes  algas verdes há 500 mi de anos; 
vertebrados  um único ancestral comum; centenas de milhares de insetos  ancestral 
comum indaviu a terra há 400 mi de anos. 
 
A ------------------------ A1 ------------------------ A2 ------------------------- A3 
A espécie A se extinguiu pois houve a diferenciação ao longo do tempo: 
GRADUALISMO FILÉTICO. 
A  A  A  A extinta. 
A  B  B  C  C. 
A especiação não envolve uma mudança gradual ao longo do tempo. A espécie A não 
se adaptou. Multiplicação de espécies. 
As populações divergem da característica genética primária através de duas formas: 
A) Deriva gênica: mudança ao acaso na frequência genica de uma população – 
características diferentes na sobrevivência, sucesso sexual e número da prole; Baixa influência 
em grandes populações; poucas populações – diferenças a cada geração influência na 
evolução. Portanto, a deriva gênica tende a ser mais evidente em populações menores. 
B) Seleção natural: processo de eliminação em uma população de indivíduos com 
fenótipos não adaptados, em um determinado momento – pode ser potente força para 
mudanças evolutivas em populações pequenas e grandes; um indivíduo pode deixar maior 
prole que outro. O objetivo da seleção natural é garantir o sucesso reprodutivo. Não importa o 
tamanho da população. 
Ao longo das gerações as características genicas aumentam a sobrevivência e deixar 
maior prole, aumentando a frequência  depende da variação ambiental. 
A deriva gênica e a seleção natural são facilitadas pelo isolamento geográfico: 
 Deriva gênica: parte da população em localidades periféricas remotas; parte da 
população que recentemente colonizou outra área distante. Ocorre de acordo com conquista 
de espaços diferentes do original. 
 Seleção natural: diferentes regiões ambientais  diferentes características 
selecionadas. 
Especiação Alopátrica: populações geograficamente isoladas e sem fluxo gênico entre 
elas  barreira geográfica. 
A barreira pode desaparecer e as populações podem voltar a ter contato: 
a) As populações simpátricas (mesmo local) não produzem mais descendentes 
férteis  isolamento reprodutivo completo  especiação. 
b) As duas populações podem produzir híbridos férteis que intercruzam, fundindo, 
novamente, as populações  não ocorre especiação. 
c) As duas populações podem intercruzar-se com sucesso apenas nas zonas de 
contato (caso as diferenças genéticas sejam grandes, a eficiência do híbrido é baixa, ou seja, 
este híbrido não é viável na população, portanto, desaparece  seleção natural favorece os 
não híbridos). 
d) Populações não entram em contato  isolamento reprodutivo pode ocorrer ou 
não; alguns indivíduos colonizam nova área (nova população geograficamente isolada), 
geralmente em ilhas ou através de catástrofes em terra firme. 
O termo Vicariância – consequência biogeográfica da especiação alopátrica. 
Geralmente em populações disjuntas; o termo não pode ser usado quando ocorre 
dispersão  simples consequência biogeográfica do isolamento devido a barreiras – não 
depende de detalhes genéticos. 
Especiação simpátrica: o intercruzamento entre populações na mesma área sem 
segregação espacial não ocorre devido a uma barreira biológica. Ela pode ser de dois tipos: 
a) Disruptiva: forte seleção causa na população adaptação a dois ou mais 
ambientes  progressivaente populações separadas  rompimento do fluxo gênico. Exemplo: 
insetos fitófagos; parasitas (colonização de um novo hospedeiro é um evento raro; intensificado 
pela evolução do hospedeiro contra o parasita). É uma relação ambiental específica. 
b) Mudança cromossômica (número de cromossomos ou na sequencia gênica); 
embora difícil de ser fixada, quando ocorre origina rapidamente uma nova espécie. Ex: 
poliploidia em plantas. 
O padrão histórico – a especiação não ocorre quando uma espécie se transforma 
gradualmente em outra (gradualismo filético). A evolução gradual – incorporação sucessiva de 
pequenas características fenotípicas  taxas evolutivas diferentes. 
Extinção 
Devido às variações ambientais; dependente da natalidade/mortalidade; extinções em 
massa – catástrofes. A seleção de espécies: espécies apresentam sucesso diferente a eventos 
esporádicos  algumas evoluem para outras táxons; algumas não evoluem por milhões de 
anos; algumas surgem e desaparecem rapidamente. 
Alterações ambientais rápidas geram grande diferença na natalidade e mortalidade em 
indivíduos de genótipos diferentes  evolução rápida. 
Rápida evolução  alta taxa de especiação  rápida evolução filética. 
Radiação rápida  colonização de áreas virgens; características novas aumentam o 
fitness (melhores condições fisiológicas, adaptativas). Ex: mamíferos placentários apresentam 
alta taxa metabólica e mecanismos reprodutivos. Grande vantagem sobre outros mamíferos 
(monotremados e marsupiais) no final do Mesozóico. 
Afinal, o que é radiação adaptativa: poder explorar novas áreas, aumentando a área 
de ocorrência. É a diferenciação ecológica de espécies ecologicamente 
semelhantes/partilhadas; divergências morfológicas, etológicas e ecológicas de espécies 
coexistentes  caráter deslocado. Portanto, é a diversificação no “uso” de ampla variedade de 
nichos ecológicos a partir de um ancestral comum. 
A radiação é limitada pelo ambiente, ou seja, por números de caminhos possíveis. Há 
diferentes formas de radiação: 
 Explosiva: colonização de área virgem ou inovação adaptativa. 
 Lenta e gradual: produz vários táxons amplamente adaptados a diferentes 
nichos. 
Dispersão: todo organismo tem alguma capacidade de deslocar-se da área de 
nascimento para novas áreas; basicamente processo ecológico. Pode ser ativa/passiva 
(mecanismos próprios) no qual a barreira determina a interrupção da dispersão. 
Rotas: 
 Corredores: uma rota que permite expansão de muitos taxa de uma área para 
outra  uma comunidade equilibrada de plantas e animais que cruzam numa faixa estreita 
entre duas grandes áreas que contêm elementos representativos uma da outra. A elevação e 
redução do nível do mar, velos continentes, pontes, conexão entre continentes podem servir 
de corredores. 
 Filtros: quando existe alguma barreira entre regiões. É mais restritivo em relação 
ao corredor. Permite a passagem de algumas taxas capazes de tolerar as condições da barreira 
e migrar livremente. As biotas dos dois lados são geralmente equilibradas, partilham os 
mesmos grupos taxonômicos, embora alguns possam estar completamente ausentes em uma 
delas. 
Endemismo: os organismos podem ser endêmicos a regiões geográficas em uma 
variedade de escalas espaciais e em diferentes níveis taxonômicos. Categorias taxonômicas 
inferiores (espécie e gênero) tendem a ser mais estreitamente endêmicos do que os taxa 
superiores. Monotremados endêmicos da Austrália. 
 Endemismo autóctone: diferenciou-se no local onde é encontrado atualmente. 
 Endemismo alóctone: diferenciou-se em qualquer outro lugar e sobrevive 
somente nesta área. Iguana de Galápagos. 
 Paleoendêmico: espécies formadas no passado. Tubarão, celacanto. 
 Neoendêmico: espécies formadas recentemente. Iguana de galápagos. 
Propriedades reprodutivas e dispersão de animais aquáticos – aula 14/03. 
 O oceano é um reinotridimensional – organismos afetados ela profundidade e 
localização geográfica. 
 Classificação das Biosfera Marinha: plataformas continentais (zona nerítica) e 
oceano profundo (mar aberto). Além disso, há 2 habitats: coluna d’água (pelágicos) e substrato 
bênticos (bentônico). 
 Zona fótica e afótica. 
 Os organismos pelágicos podem ser divididos em: 
o Nécton: nadadores ativos; tubarões. 
o Plâncton: organismos carregados passivamente; fitoplâncton. 
o Nêuston: organismos que habitam a fina camada de água superficial; algumas 
algas. 
 Os organismos bentônicos podem ser divididos: 
o Epifauna: sobre o substrato. Estrela-do-mar. 
o Infauna: enterrado/escondido dentro do substrato. Scaphopoda, vermes. 
 A maior parte vive entre a zona pelágica e zona batial (os animais pelágicos). 
 Organismos marinhos pelágicos 
 A reprodução não está associada ao substrato. Exceções: tubarão baleia com 
ovos demersais; tartarugas marinhas colocam ovos na areia das praias acima do nível das 
marés; peixes de Sargassum fixam seus ovos por filamentos aos ramos flutuantes da alga. 
 Pode ser também carregadores (carregam sua prole), porém é incomum nas 
espécies pelágicas. Exceção: as baleias 1filho/gestação. Exemplo de migração dentro do 
ambiente marinho: organismos marinhos bênticos: em algum estágio do ciclo de vida, a maioria 
das spp marinhas prendem-se ao substrato ou se utilizam para alimentação ou esconderijo. 
Em geral, organismos bênticos (maioria invertebrados e muitos peixes) tem larvas planctônicas 
que exibem uma das seguintes estratégias: 
o Larvas planctotróficos: geralmente vivem no plâncton por longo espaço de 
tempo. Se alimentam de plâncton. 
o Larvas lecitotróficas: espécies que se alimentam de vitelo. São larvas que nunca 
abandonam o substrato. Desenvolvem-se in situ ou são incubadas pelos adultos. A vantagem 
de ficar no local garante segurança. Por isso, é mais vantajoso permanecer no substrato. 
 Em águas tropicais, 80% dos invertebrados marinhos apresentam larvas 
planctotróficas com logo período de vida pelágico. Ex: véliger (molusco), plânula (cnidária), 
trocófora (anelídeo). Estas larvas são carregas por longas distancia – dias, meses – para se 
estabelecer, iniciando novas populações promovendo ampla distribuição de genótipos. 
 Nas águas mais frias – tendência de encontrar larvas lecitotróficas pelágicas 
(curta duração). Em águas polares e oceanos profundos, a maioria perde a fase pelágica  
aumento de cuidado parietal. Por exemplo, os copépodes, anfípodos e alguns braquiópodes. 
 A nutrição pobre das larvas faz com que o processo de crescimento seja mais 
lento, prolongando a fase larval e a exposição dos jovens aos predadores. Nas águas frias, a 
tendência seria de desenvolvimento muito lento  rápido desenvolvimento, porém há rápido 
desenvolvimento em temperaturas próximas de zero  maiores chances de sobrevivência. 
 A planctotrofia é favorecida quando a predação planctônica não é muito maior 
que a predação bêntica. O desenvolvimento bentônico é favorecido quando o tempo de 
desenvolvimento é longo ou a predação planctônica é muito maior que a bêntica. 
 Insetos marinhos: de cerca de 800.000 spp, somente algumas centenas de 
insetos são capazes de viver em água salina. Derivados de grupos terrestres ou de água doce 
e possuem adaptações especiais para evitar complicações respiratórias e osmorreguladoras. 
A maioria das spp ocorre ao longo da linha de maré e em estuários, onde alimentam-se na 
água, mas põem seus ovos acima da linha de maré. 5 spp de mar aberto. Vivem na água 
superficial (nêuston) e são predadores sugadores que, provavelmente, põem ovos flutuantes. 
Distribuição extremamente ampla da família Gerridae (Hemíptera). 
 Distribuição marinha: oceanos são vastos, interconectados. O que esperar? A 
ampla distribuição das espécies. Porém, o que acontece é distribuição restrita – águas 
rasas/substratos particulares comuns em ambientes costeiros (gradiente longitudinal), em 
recifes de corais tropicais (alta especiação nos últimos 2mi de anos, pois é um sistema 
complexo isolado, favorecendo a especiação), sendo os recifes divididos em padrões isolados 
 diferenciação. 
 Organismos de água doce: menor fração de água do planeta, cerca de 10% 
das espécies aquáticas habitam esta água. Embora seja um volume menor de água há uma 
grande variabilidade de espécies neste ambiente. Corpos d’água pequenos e rasos 
experimentam flutuações anuais de temperatura (desde congelamento no inverno a seca no 
verão). 
 7500 spp de peixes continentais passam a parte ou a maior parte do ciclo de 
vida associados ao fundo com ovos demersais adesivos a rochas ou vegetação ou com cuidado 
parenta. Mais de 25.000 spp de insetos – livres ou parasitas – passam a maior parte de suas 
vidas neste ambiente. Odonata, Plecóptera, Diptera. 
 Geralmente, os ovos e larvas são aquáticos enquanto adultos podem ser alados, 
parcialmente ou inteiramente terrestres  2 diferentes meios de dispersão: 
o Voo: acasalamento/dispersão. Porém, a dispersão aérea não confere 
necessariamente grande poder migratório, pois, a maioria se desenvolve e pode vir a pôr seus 
ovos no mesmo lago/rio que cresceram. Ex: efemerópteras – voo não efetivo para a dispersão 
a longas distâncias. 
 Peixes diádromos  importância destes ciclos nas interpretações 
biogeográficas  grande habilidade de vencer barreiras entre os ambientes. 
o Anádromos: vivem no mar e sobem o rio para se reproduzir; lampreia, salmão. 
o Catádromos: vivem na água doce e seguem ao mar para se reproduzir: enguias. 
 Cuidado: não utilizar estes grupos de organismos como indicadores de 
conexões passadas aquáticas ou terrestres. 
 Padrões de distribuição de peixes de águas continentais: classificação 
ecológicas Myers,1938. É baseada nas habilidades intrínsecas de tolerar água salina: 
o Divisão primária: totalmente intolerante – distribuição restritamente continental; 
o Divisão secundária: levemente tolerante, mas preferem água salina. 
 A divisão periférica: capazes de osmorregular e mover-se de um meio ao outro. 
Biogeográfos utilizam as distribuições dos peixes da divisão primária como indicadores de 
conexões passadas, exceto pela existência de um fóssil que prove o contrário, considera-se 
que o ancestral comum foi estritamente de água doce e que todos os seus descendentes 
também o são. Ciclídeos, acarás, curvinas de água doce, psídeos – originaram-se no mar. 
 Os moluscos são membros importantes ecologicamente em muitos ambientes 
de água doce. Organismos geralmente pequenos  dispersão humana. São organismos com 
alta probabilidade de serem dispersos, por isso, não são bons indicadores. 
 Efemerópteros: grande interesse devido à história de dispersão conservativa. A 
maior parte do ciclo de vida aquático com breve voo de acasalamento, seguido de morte por 
dessecação. Poucas famílias têm espécies nas ilhas oceânicas e a maioria das formas são de 
distribuição restrita. Por isso, são bons indicadores biogeográficos. 
 Salamandras: estreitamente relacionadas à água, algumas espécies 
inteiramente aquáticas e algumas raramente deixam a água. As regações filogenéticas e 
história das distribuições inferidas a partir das formas viventes  registro fóssil mito pobre. Os 
grupos basais inteiramente aquáticos, sem pulmões e suas famílias derivadas ocorrem 
exclusivamente no Hemisfério Norte. Não ocorrem nas ilhas oceânicas, pois são intolerantes à 
água salina: Família Plethodontidae: disjunções entre áreas no leste e oeste da América do 
Norte com populações relictuais no centro dos EUA, sugerindo que a família ocorreu nas 
regiões florestadas da América do Norte. 
 Padrão de distribuição: Califórniae Itália e França: deriva continental. 
 Padrão de distribuição: Bolitoglossa ocorre no neotrópico, mas desapareceu do 
oeste da Índia  invasão recente da América do Sul: deriva continental. 
 Tartarugas de água doce: a maioria tem sofrido contração na distribuição e não 
ocorrem em áreas onde viveram anteriormente. Infraordem Pleurodira: restrita atualmente ao 
hemisfério Sul, sugerindo distribuição antiga na Gondwana – deriva continental. 
 Gênero Podocnemis ocorre na América do Sul e em Madagascar  distribuição 
mais ampla no passado: deriva continental. 
 Pinípedes: focas e leões marinhos são morfologicamente adaptados para a vida 
aquática, mas... retornam à terra anualmente para acasalar. 34 spp extintas, duas linhas 
evolutivas: Phocoidea e Otarioidea. Os primeiros não têm pavilhão auditivo, são focas 
verdadeiras e elefantes marinhos – mais estreitamente relacionados às lontras (Mustelidae). 
Os segundos, com pavilhão auditivo constituídos pelos leões marinhos, morsas... fortes 
similaridades com Ursidae. 
 Pinnipedia: 1 grupo? Ou 2 clados convergentes. Registro fóssil extenso – auxílio 
na reconstrução. 2 clados convergentes: formas de corpo e de vida semelhantes. 
 Otarioidea: origem no Pacífico. Formas sem dimorfismo sexual e sem 
acasalamento sobre rochas (basal), após isso, evoluíram em tamanho corporal, dimorfismo 
sexual, modificação do pavilhão auditivo  estratégia alimentar pelágica, acasalamento em 
háres (1 macho para várias fêmeas). 
 Otariidae: leões marinhos; Odobenidae: morsas, bentívoras. 
 Phocoidea: poucos registros fósseis. Phocinae: focas de casco; Monachine: 
focas monge – Havaí, Caribe e Antártida. 
 Os Odobenidae invadiram o Atlântico. 
Padrões de distribuição de animais terrestres – aula 21/03. 
 Habilidades dos organismos terrestres de cruzar barreiras aquáticas: 
o Pequena fração: capazes de nadar curtas distâncias; 
o Pequena fração: transportados por organismos ou materiais que flutuam. 
 Casos eventuais: elefantes gostam de estar na água. Considerados capazes de 
atravessar distancias curtas entre ilhas a procura de alimento – não são bons indicadores de 
conexões passadas. 
- Uma vaca e seu filhote foram fotografados nadando em águas profundas na costa do 
Sri Lanka – retornou à Costa. Os elefantes, tigres, serpentes foram encontrados a cerca de 
1km de distribuição da costa carregados por tempestades. 
 Nenhum biogeógrafo atual acredita na natação usada para cruzar oceanos – só 
quando a distância entre os blocos de terra for pequena. 
 A natação transoceânica de organismos terrestres  descartada! Exceto em 
períodos de regressão marinha. O significado mais plausível para a dispersão  arraste 
(enxurradas, tempestades); e os pássaros carregam (pés) e por mamíferos (morcegos). 
 Para se estabelecer uma população precisa de um casal ou uma fêmea grávida 
ou ser hermafrodita. Estes arrastes – comunidades vegetais “lavados” até o mar por 
tempestades, incluindo árvores com raízes e blocos de solo carregando uma variedade de 
organismos terrestres, especialmente pequenos roedores, lagartos, serpentes, lesmas e 
organismos do solo  podem formar uma nova população. 
 Arrastes podem ser “empurrados” a centenas de quilômetros da costa. Embora 
a maioria fragmente, alguns podem persistir e se deslocar até uma parcela distante com 
colonizadores vivos. 
 Para que o arraste efetive a colonização são necessárias fêmea grávida, 1 casal 
de mesma espécie, 1 forma com reprodução partenogenética, propágulos...Em continente e 
grandes ilhas – barreiras aquáticas podem não ser limitantes à dispersão  contornar a 
barreira ou cruzá-la nadando ou flutuando. 
 Exemplo: jabutis de galápagos, encontrado na região Amazônica. 
 Nenhuma classe de tetrápode é inteiramente terrestre  todas têm 
representantes aquáticas. Muitos verts, como os primatas na América do Sul, e invertebrados 
têm suas distribuições abruptamente interrompidas por grandes rios. 
 Para a maioria dos animais terrestre sem capacidade de se dispersar a longas 
distâncias, um método bem sucedido é ser carregado passivamente por outros maiores, 
especialmente externamente – penas de pássaros, pelos de mamíferos  parasitas. 
 Se organismos terrestres podem cruzar interrupções oceânicas, também podem 
fazê-lo sobre distâncias terrestres. 
 Os animais de criação encontrados nas ilhas pararam lá como? Por deriva 
continental ou os navegadores. Pois, viajar de navio é demorada, e por isso, paravam em ilhas 
para se reabastecer, deixando os animais de criação para servirem de alimento para uma 
próxima parada. *Deixados pelos colonizadores*. AV. 
 A espécie pode ir à procura de recurso ou por arraste. 
 Vertebrados do Mesozóico: registros fósseis utilizados para confirmar a teoria 
da deriva dos continentes. Mesosaurus é um pequeno réptil aquático do Permiano no Brasil e 
África do Sul. 
o 1ªHipótese: podiam atravessar o atlântico, embora tenham vivido 
aparentemente em estuários. 
o 2ª Hipótese: conexão de terra ao norte. Pois, os tetrápodes fornecem evidencias 
convincentes da unidade da Gondwana. 
 Os autores analisaram a fauna de dinossauros para determinar se havia 
provincialismo (ocorrência em áreas restritas) no Mesozóico. Baseado em fósseis, verificaram 
que todas as massas de terra tinham representantes de tetrápodes terrestres e semi-aquáticos 
altamente similares no Triássico, indicando a existência de um supercontinente. 
 Endemismo em Anura: área de maior riqueza e diversidade  região 
Neotropical. ¼ estão na América Central e Colômbia. São animais com convergência ecológica, 
relações filogenéticas das famílias indicado um padrão gonduânico. 
 Família Pipidae: Pipinae: América do Sul e Xenopinae: África do Sul, América 
do Sul. Se tiver um mapa: deriva continental ou padrão gonduânico. 
 Família Leptodactylidae: maior e mais diversificada da América Central; hábitos 
arborícolas, terrestres, semiaquáticas e aquáticas. Diferentes estratégias reprodutivas. Padrão 
de distribuição: padrão gonduânico. 
 Família Phyllomedusine (Hylidae): arborícolas, conexão entre Antártica, América 
do Sul e Austrália. Maioria encontrada somente no novo mundo. 
 Centrolinidae: América do Sul e os sapos tropicais altamente tóxicos e coloridos 
(Dendrobatidae) derivados de hilídeos sulamericanos. 
 Portanto, Anura, possíveis efeitos das conexões de terras ao sul; sobre a 
distribuição do grupo; como a quebra do Pangea influenciou a origem de famílias e gêneros. 
Especiação alopátrica. 
 Acredita-se que o padrão de Anura tenha sido de Norte ao Sul. Portanto, rotas 
terrestres, jamais oceanos. 
 Lagartos e serpentes: cerca de 6k de spp. extintas. Número de famílias e 
subfamílias bem menor que o de mamíferos terrestres, embora datem do mesmo período – 
Mesozóico. Hipótese: Deriva Continental: influenciou a radiação de répteis e mamíferos 
(padrão por dispersão, pelas glaciações) de forma diferente: répteis evoluíram primeiro, quando 
as conexões de terra ainda estavam fortemente unidas (período gonduânico). 
 Parcialmente verdadeiro: serpentes não apresentam radiação adaptativa 
morfologicamente abrupta  limitadas pela forma do corpo altamente especializada, hábito 
alimentar e ectotermia. Portanto, não seguem o padrão gonduânico e sim dispersão. 
 Enquanto mamíferos... quadrúpedes, locomoção cursora rápida e endotermia... 
desenvolveram muitas formas diferentes capazes de explorar diferentes recursos alimentares 
com diferentes formas de corpo. Ocupam diferentes nichos. 
 Lagrtos: a hipótese é que talvez tenham sido restritos pela competição com 
dinossauros e mamíferos placentários: 
o a) 2 famílias estreitas filogeneticamente separadas pelo atlânticoSul. Os 
lacertídeos são predominantemente carnívoros terrestres e os nichos similares encontrados 
entre Teiidae (neotrópico). PADRÃO GONDUÂNICO. 
o b) oeste da Gondwana – origem de Iguania: fósseis encontrados no Cretáceo 
Superior e Paleoceno no Brasil indicam que o grupo é antigo o suficiente para ter estado 
presente nos movimentos continentais do Mesozóico. 
o c) Boiinae – disjunção semelhante: serpentes constritoras. Em Madagascar 2 
gêneros, na Polinésia – 1 gênero. Na África há fósseis. PADRÃO GONDUÂNICO. 
o d) Infraordem Scolecophida (cobras-cega): padrão gonduânico, embora 
Thyphlopidae capaz de cruzar pequenas barreiras oceânicas colonizando ilhas recentes. 
o Padrão gonduânico é a mesma coisa que Deriva continental. 
 Como explicamos para as famílias cosmopolitas? Lagartixas (Gekkota), lagartos 
(Scincidae), serpentes (Colubridae e Elapidae)  bem representadas em ilhas oceânicas (onde 
não ocorre nenhum outro tetrápode terrestre). Observadas em arraste no mar. Nesse caso, 
consideramos por dispersão (na época de regressão marinha), ou arrastados. Dispersão 
recente ou dispersão antiga. 
 Exemplo típico de Dispersão – família Viperidae: origem na Ásia – dispersão 
pelo estreito de Behring até a América do Norte. O gênero basal Crotalus que derivou e migrou 
para o sul pelo istmo do Panamá. Bothrops (jararacas) e Lachesis (surucucu: Amazônia e 
Floresta Atlântica, sendo extinta). 
 Explicamos por dispersão, gênero basal surgiu na ásia e se dispersou por 
Behring até a américa Norte. AV. 
 Mamíferos irradiaram mais tarde em isolamento nos continentes independentes. 
Exceto: elefantes – grupo africano e bloco da Índia. 
 
Padrões de Distribuição de animais voadores – aula 28/03. 
 Capacidade para voar potencialmente permite a dispersão a longas distâncias 
sobre barreiras terrestres e aquáticas e o movimento rápido sobre regiões desfavoráveis. 
 Voadores: aves, morcegos e insetos. 
 Marcadores genéticos para segui-los e provar a habilidade de voar para 
dispersar (estudos foram realizados) e então, temos uma alta representatividade de aves e 
insetos em ilhas oceânicas (chegaram a essas ilhas pela capacidade de voo). 
 Distribuição cosmopolita de aves: são exemplos, a coruja (Tito alba), falcão 
peregrina, a Sterna paradisaeae voa de um pólo a outro duas vezes por ano, migração de 
40.000 Km. 
 Entretanto, evidências mostram faunas peculiares em determinados blocos de 
terra, ou seja, nem todas aves tem capacidade de voo à longa distância. 
 Dispersão aérea e migração: os padrões históricos de explicação em 
populações tornam-se restritas a um local por perda da capacidade de voar a longas distâncias, 
controlado por processos ecológicos – como disponibilidade de alimentos, reprodução 
principalmente pela nidificação. 
 Fatores limitantes comuns à dispersão aérea são exigências ecológicas relativas 
ao suprimento alimentar e local para nidificação: ex a família Steartonothidae – é limitado pela 
distribuição de seus alimentos, com frutos de palmeira, e pela disponibilidade de cavernas para 
nidificar. A família Opisthocomidae não sobrevive fora da área de distribuição da planta: 
alimento (Araceae). 
 Alguns insetos como borboletas e mariposas têm distribuição altamente restrita 
porque seus ovos e larvar desenvolvem-se somente sobre uma planta hospedeira particular. 
Ex: Heliconius sp. se alimentando de Passiflora sp. 
 Organismos com espectro alimentar mais amplo, como os nectarívoros que 
podem visitar dúzias de flores não correlatas, teoricamente não são limitados na distribuição 
quando comparados aqueles que são dependentes de uma dieta específica ou restrita. 
 A competição é outro fator importante, que para animais voadores apresentarem 
distribuições restritas. Influência sobre a distribuição local das espécies como opera em níveis 
taxonômicos superiores para um continente (quanto mais amplo o grupo taxonômico, maior 
probabilidade de se encontrar em vários pontos do mundo). Se existe muita competição, vale 
à pena ficar em uma área mais restrita à competir em locais abrangentes. 
 Embora animais voadores com distribuição restrita tenham frequentemente 
pequenas habilidades para dispersão a longas distâncias, biogeógrafos perceberam que o 
potencial para dispersão aérea tem sido perdido após a ocupação de uma área, pois tem 
alimento, reprodução favorável e baixa competição por nicho e habitat. Exemplos clássicos de 
aves e insetos em ilhas oceânicas. Populações acumulam genes que favorecem a 
sobrevivência às expensas da habilidade de colonizar áreas distantes. O princípio da seleção 
natural é a reprodução! 
 Ocorre também em áreas continentais, onde tornam-se especialistas em um 
recurso limitado. Não ocorre só em ilhas, mas em ambientes com serviços ecossistêmicos 
particulares, beneficiando à espécie. 
Qual importância da migração: 
 Por que migrar tão longas distâncias: voar à longa distância é característica 
genética, mas o que move isso é a presença de recursos. Tem que ir e voltar; só sair é 
dispersão! Porém, nem todos têm capacidade de migração (de ir e voltar). 
 Contudo, a migração a longas distancias é genético, no qual transporta 
organismos onde as condições são precárias em função do clima para continuar o ciclo de vida. 
 A migração é um comportamento especializado que envolve uso do tempo e 
orientação e adaptações fisiológicas que permitam o sucesso do movimento. A dispersão, por 
outro lado, abrange todos os fenômenos de deslocamento, incluindo os acidentais ou eventos 
ao acaso sem direção específica, além da orientação geográfica, pelo polo magnético da Terra. 
 Muitos insetos apresentam padrões de migração em massa: voo ou dispersão 
pelo vento? O que importa é que eles retornem (migração), senão é dispersão. 
 Os que retornam podem ser os filhos, não os pais, mas, mesmo assim, é 
migração! Porque retornou. 
 Por exemplo: o movimento de retorno da borboleta monarca na América do 
Norte, partindo do Canadá ao sul dos EUA. Mesmos indivíduos? Gerações subsequentes. 
 Em aves há padrões bem definidos: migrações sazonais (verão, acasalamento) 
/inverno; chuva. A maioria dos grupos com distribuição ampla também são migradores: 
Columbidae, Apodidae. 
 Migradores não devem ser considerados espécies temperadas que invadem os 
trópicos. Do ponto de vista de migração, se considera o local de origem, ou seja, no verão e 
não no inverno. Portanto, parte do calor para o frio (Hemisfério Sul ao Hemisfério Norte), 
portanto, sentido vertical. A maioria tem origem tropical, vivendo 6-7 meses nos locais com 
nichos claramente definidos. A evolução para acasalar em ambiente com maior disponibilidade 
de alimento com menor competição interespecífica. Nos trópicos, a disponibilidade de alimento 
é maior e o mesmo é menos disputado. 
 A maioria das aves marinhas são descartadas das análises biogeográficas, 
devido à ampla distribuição. Entretanto, há famílias com distribuição restrita, como o piguá. 
Também temos aves marinhas restritas a um hemisfério que são raras. Ex: Alcidae: H.N e 
Pelecanoididae: H.S. 
 Mesmo família com ampla distribuição, apresentam espécies com distribuição 
restrita  princípio da competição exclusiva: aquele com melhores condições de competir, 
tende a levar outra spp ao prejuízo, podendo ser exclui-la do local e a outra hipótese é o 
histórico de formação e subsequente especiação. 
 Morcegos: vivem em praticamente qualquer lugar habitável sobre a terra, a 
família Vespertilionidae – cosmopolita; migram longas distancias entre áreas de acasalamento 
e áreas de hibernação. 
 2 subordens de morcegos: Os Megachiroptera (150 spo.), inclui uma única 
família Pteropodidae de morcegos frugívorosrestritos a florestas tropicais no Velho Mundo. E 
os Microchiroptera, com 17 famílias e com grupos endêmicos e de ampla distribuição. Fósseis 
intermediários datam do Eoceno na Europa e América do Norte (clima tropical e subtropical). 
Origem das Magnoliofíceas 
 Plantas com flores, muitas falhas e informações perdidas, grande quantidade de 
fósseis no Cretáceo, mas origem anterior? Não existem fósseis comprovados anteriores ao 
Cretáceo. 
 Os registros mais antigos de fósseis de folhas e grãos de pólen (localizados ao 
redor do mundo em paleolatitudes baixas, ou seja, em terras, que no passado, estavam 
próximas à Linha do Equador). Durante este período houve crescimento da variedade e 
especialização dos grãos de pólen, folhas e troncos. 
 Primeira diversificação em baixas latitudes (até 20º). As primeiras Angiospermas 
devem ter sido ervas ou arbustos pioneiros e sucessivos, em áreas recém-perturbadas pela 
erosão e por deposições. 
 Posteriormente, a diversificação ecológica e ocupação de hábitats aquáticos ou 
ao longo de cursos d’água (interiorização). Mesmo ao final do Cretáceo, embora as 
Angiospermas formassem 60 a 80% da flora nas baias altitudes, respondiam por apenas 30 a 
50% nas altas latitudes. 
 A ascensão das angiospermas ocorreu em paralelo com a redução no número 
e variedade de musgos, licopódios, esquissetáceas, samambaias e coníferas, porém em menor 
proporção em relação à diversidade das coníferas. 
 O surgimento de novas formas ocorreu com determinado período de tempo e de 
forma rápida, ou seja: radiação adaptativa do tipo explosiva. Então pode-se dizer que as plantas 
tiveram adaptação do tipo radiação adaptativa do tipo explosiva. 
 Mas, quem são os ancestrais das plantas? 
o Ordens próximas de pinófitas (Gimnospermas)? Na verdade, a opção mais 
viável é as Pteridospermas. Exemplares do Mesozóico têm pré-requisitos de arquitetura, design 
e peculiaridades anatômicas para originar o grupo, além disso, originou um grupo fóssil similar 
às magnoliofíceas. 
 O endosperma não se fossializaram, mas a fertilização dupla foram 
extremamente importantes para estudos. Outra característica é a produção de sementes num 
período mais curto, e o sincronismo entre produção embrião/tecidos nutritivos  amplo 
espectro de novas formas e tamanhos de sementes  vantagem para dispersão. Mas não 
atraíram os dinos. 
 Evento chave para o desenvolvimento das plantas  FLOR! 
 A flor foi potencialmente para o surgimento de novas espécies, novos grupos e 
dispersam amplamente os genes. Antes: plantas hermafroditas; depois, por polinizadores. 
 A flexibilidade fisiológica para invadir todos os tipos de habitats e competir com 
outras plantas (armazenamento de água); tecidos vasculares eficientes para transportar água 
e carboidratos; herbívoras é considerada importante causa para a diversidade de plantas nos 
trópicos, pois, para toda adaptação, uma contra-adaptação: teoria da rainha vermelha? 
 Qual região provável de radiação inicial? A primeira hipótese é Sudeste da Ásia, 
incluindo Australásia. Atingiam Austrália pela Ásia ou vice-versa por 4 meios: sobre grandes 
distancias de água quando tinham pequena capacidade de dispersão; longo caminho através 
da África ou América do Sul via Antártica. Através de fragmentos intermediários (bloco 
arrastados) da Ásia. Por último, aproximação tardia entre os blocos da Ásia e Austrália. 
 A segunda hipótese é pelo interior da Gondwana Oeste: irradiação primária ou 
secundária? O centro de radiação entre a América do Sul e África, antes da formação do 
oceano Atlântico (blocos da Ásia formados mais recentemente). 
 A Gondwana permitiu acesso mais direto à Australásia: argumentos  espécies 
sobreviventes dos grupos basais na Ásia são poliploides, origem a partir de sementes em 
ambientes abertos; Oeste da Gondwana região estratégica  migração para as demais 
regiões; As magnolofíceas irradiaram primeiro no interior seco, ambientes áridos e semi teriam 
permitido a evolução de características importantes, como carpelos fechados, sistemas de 
polinização mediados por insetos, metabólitos secundários abundantes e folhas resistentes à 
seca). 
1ª Avaliação até aqui

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