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AULA 15 TÉCNICA DE REDAÇÃO

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Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO CARIOCA — UNICARIOCA
Comunicação e Expressão 2016.2 Prof. Marcio Mori
					
Olá!
Como sei que vocês irão precisar escrever muito num futuro próximo (futuros diretores e proprietários de empresas), já foram dados exercícios para evitar tais problemas. A seguir, eis algumas “dicas” técnicas para construir um texto.
Antes de iniciar o texto, faça um planejamento.
Soares e Campos (1977, p. 68) sugerem que se deve ter em mente, antes da escrita do texto, o seguinte:
Qual é o assunto?
Qual é a delimitação do assunto?
Qual é o objetivo? O que se pretende fazer?
E fornecem (op. cit., 1977, p. 68) o seguinte exemplo (para se ter a idéia de como se deve elaborar o planejamento):
Assunto: o riso.
Delimitação do assunto: situações que provocam riso. 
Objetivo: mostrar que o riso é provocado pela tristeza.
(A palavra riso está presente no assunto, na delimitação do assunto e no objetivo.)
Após a organização desses três pontos importantes do ato de planejar, elabore a frase-núcleo ou tópico frasal (a frase introdutória).
Observe:
Se o meu assunto é o riso, delimitei-o para abordar as situações que causam riso e o meu objetivo é o de “mostrar que o riso é provocado pela tristeza”; a frase-núcleo a ser elaborada para introduzir o texto deverá ser uma tradução do objetivo. 
 – Tradução do objetivo? 
Você vai se perguntar, certamente. Isso mesmo: traduza o objetivo.
O objetivo é o de “mostrar que o riso é provocado pela tristeza”.
Então, na sua frase-núcleo, você deverá deixar isso claro para o seu leitor.
A seguir, há duas possibilidades fornecidas por esses autores (op. cit., 1977, p. 68). Possivelmente, você poderá criar outra(s); entretanto, você deverá estar atento(a) ao seu objetivo.
Frase-núcleo 1:
Todo mundo ri das desgraças dos outros. Como diz a velha marchinha de carnaval, “pimenta nos olhos dos outros é refresco”.
Frase-núcleo 2:
O riso é, quase sempre, provocado pelo ridículo. Pela situação incômoda, pelo grotesco, pela tristeza. 
 Observe que as duas frases introdutórias (chamadas frase-núcleo ou tópico frasal) contêm os elementos elaborados no objetivo.
Percebeu agora a importância de planejar o texto? Assim, você não se perde do seu assunto. Isso proporciona mais “foco” (como se diz por aí). 
	
Lembre-se de que, para a produção textual, 99% é fruto de transpiração; 1%, de inspiração. 
Leia o trecho a seguir. 
Tipos de violência
 Nem sempre é fácil identificar a violência. Por exemplo, uma cirurgia não constitui violência, primeiro porque visa ao bem do paciente, depois porque é feita com o consentimento do doente. Mas certamente será violência se a operação for realizada sem necessidade ou se o paciente for usado como cobaia de experimento científico sem a devida autorização.
 Mas, se o motorista causador de um acidente alegar que não foi violento por não ter causado prejuízo voluntariamente, é preciso verificar se não houve descuido ou omissão da parte dele. Afinal, a violência passiva ocorre toda vez que deixamos de fazer determinadas ações cujo cumprimento seria necessário para salvar vidas ou evitar sofrimentos. É nesse sentido que podemos lastimar os altos índices de acidentes de trabalho apontados no Brasil pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
 Outras vezes, estamos diante da violência indireta. Por exemplo, se sabemos que o clorofluorcarbono (CFC) destrói a camada de ozônio da Terra e com isso provoca câncer de pele, usar um desodorante spray contendo CFC significa agressão não só aos contemporâneos, como também às gerações futuras. 
 Há situações em que não existe violência física, mas outro tipo de violência, de natureza psicológica. Por exemplo, não existe violência quando tentamos superar as contradições e conflitos convencendo, por meio da persuasão, os que pensam de maneira diferente da nossa. No entanto, existe violência quando, mesmo sem usar o chicote ou a palmatória, o pai ou o professor exigem o comportamento desejado, doutrinando as crianças, impondo valores e dobrando-as para a obediência cega e aceitação passiva da autoridade. Nesse caso, embora não haja violência física, existe violência simbólica, já que a força que se exerce é de natureza psicológica e atua sobre a consciência, exigindo a adesão irrefletida, que só aparentemente é voluntária.
 Ocorre violência simbólica também nos casos em que um candidato a cargo público distorce informações para conseguir votos, quando a imprensa manipula a opinião pública ou ainda quando o governo usa propaganda e slogans para ocultar seus desmandos. Enfim, constitui violência simbólica toda manipulação ideológica que obriga a adesão sem crítica das consciências e das vontades. O manipulador dirige, molda as formas de pensar e agir de maneira que o manipulado acredita estar pensando e agindo por livre vontade. Portanto, a violência existe, mas não se apresenta como tal.
 Nem sempre a violência “salta à vista”, não sendo claramente percebida. Às vezes, não é possível se conhecer o agente causador, outras vezes a ação não é prevista nem nos códigos penais, e, portanto, a tendência é não reconhecê-la como violência propriamente dita. Por exemplo, a existência da pobreza parece ser conseqüência inevitável de uma certa ordem natural que comanda as relações entre os homens. Haveria, então, pessoas pobres ou países subdesenvolvidos devido à incompetência, ao descuido ou à fatalidade: “afinal, sempre foi assim...”, é o que se costuma dizer. Porém, na raiz desses problemas encontramos a violência da desigualdade social decorrente da injusta repartição das tarefas e dos privilégios que levam ao irregular aproveitamento dos bens produzidos pela comunidade. Nesse sentido, é violência a fome crônica em amplas regiões do mundo como resultado do planejamento econômico que visa, em primeiro lugar, ao interesse dos negócios. É também violência a criança permanecer fora da escola, privando-a de educação e do saber acumulado pela sociedade em que vive, porque precisa trabalhar, ou por outros motivos decorrentes dos desfavorecimentos da classe a que pertence.
 Chamamos de violência branca a esse tipo de privação, devido ao fato de não ser sangrenta (vermelha). Mas nem por isso pode ser considerada menos cruel.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 1992.
Sugestão:
Primeiramente, leia todo o texto.
Responda: 
Sobre qual assunto as autoras construíram o texto?
Como esse assunto foi delimitado?
Qual é o objetivo das autoras ao escrever sobre esse assunto?
Nesse momento, após responder às perguntas, você está começando a refletir sobre o assunto e iniciando um diálogo com as autoras.
Observe que o assunto é violência.
Tal assunto foi delimitado assim: os tipos de violência.
O objetivo das autoras foi o de identificar, exemplificando, os tipos de violência.
Mais um exemplo fornecido por esses autores (op. cit., 1977, p. 67):
Assunto: “Publicidade”
Delimitação do assunto: aspectos negativos da publicidade.
Objetivo: apontar a publicidade como agente de poluição do meio ambiente.
E a frase-núcleo? Tente elaborá-la!
....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
Lembre-se de que a frase-núcleo deve “traduzir” o objetivo (deve conter todas as palavras que estão no objetivo).Possíveis respostas:
FN1 - Os cartazes nos muros, os out-doors, os insistentes anúncios no rádio, os longos intervalos de comerciais na televisão, toda essa publicidade constitui poluição visual e sonora do nosso meio ambiente.
FN2 – Será que a publicidade que vemos nas paredes, lemos nos jornais, ouvimos no rádio, na televisão, quer queiramos ou não, constitui uma das formas de poluição de nosso meio ambiente?
Criada a frase-núcleo, você iniciará o desenvolvimento.
Nesse estádio, você pode perguntar:
– Deve-se planejar o desenvolvimento também?
Certamente!
Eis as etapas que Soares e Campos (1977, p. 75) sugerem para a elaboração de um belo texto:
assunto;
delimitação do assunto;
determinação do objetivo;
redação da frase-núcleo;
seleção dos aspectos que desenvolverão a frase-núcleo;
ordenação dos aspectos selecionados;
redação do desenvolvimento;
formulação da conclusão (neste ponto, você deverá retomar a frase-núcleo – com a tradução clara do objetivo –, aspectos do desenvolvimento e finalizar). 
O DESENVOLVIMENTO
Há formas de ordenação no desenvolvimento do parágrafo.
1. Ordenação por tempo e espaço
Soares e Campos (1977, p. 88) afirmam que:
Frequentemente, quando falamos ou escrevemos, temos a necessidade de indicar em que lugar estão ou estavam as pessoas a que nos referimos, onde ocorreram ou ocorrem os fatos que narramos. A nossa conversa ou a nossa redação contém, então, uma série de referências a espaço: organizamos o conteúdo de nossas mensagens, ordenando-as por indicações de espaço. (...) Entretanto, nem sempre, ao escrever e ao falar organizamos as idéias exclusivamente por indicações de espaço. Torna-se necessário, frequentemente, fazer referências ao espaço e ao tempo, simultaneamente. 
Soares e Campos (1977, p. 103) fornecem o seguinte exemplo:
Assunto: a conquista do espaço
Delimitação do assunto: a competição entre E.U.A. e Rússia pela conquista do espaço.
Objetivo: mostrar a competição pela conquista do espaço nas últimas décadas do século XX.
Forma de ordenação: por tempo e espaço
Frase-núcleo: 
	Nas últimas décadas do século XX, houve uma acirrada competição pela conquista do espaço entre os E.U.A. e a Rússia.
Planejamento do desenvolvimento (após pesquisa):
	Fato
Um satélite espacial foi lançado ao espaço – o Sputinik
Foi conseguida a supremacia espacial, com a série de naves Apolo.
O primeiro homem foi lançado à Lua.
O domínio do espaço
	Tempo
Em 4 de outubro de 1957
Dez anos mais tarde
Em 20 de julho de 1969
No final do século XX, 
	Espaço
Na antiga União Soviética, hoje Rússia.
Nos Estados Unidos
Nos Estados unidos
Nos E.U.A e na Rússia 
Fazendo o planejamento, fica mais fácil, certo?
2. Ordenação por enumeração
Essa é a mais fácil. É indicada sempre que a delimitação do assunto e o objetivo do parágrafo conduzem à indicação de uma série de características, de fatos, de funções de fatores, etc. 
Leia o texto a seguir, retirado da obra de Soares e Campos (1977, p. 111):
	
Quatro funções básicas têm sido convencionalmente atribuídas aos meios de comunicação de massa: informar, divertir, persuadir e ensinar. A primeira diz respeito à difusão de notícias, relatos, comentários, etc. sobre a realidade, acompanhada – ou não – de interpretações ou explicações. A segunda função atende à procura de distração, de evasão, de divertimento, por parte do público. Uma terceira função é a de persuadir o indivíduo – convencê-lo a adquirir certo produto, a votar em certo candidato, a se comportar de acordo com os desejos de um anunciante. A quarta função – ensinar – é realizada de modo indireto ou direto, intencional ou não, por meio de material que contribui para a formação do indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimentos, planos, destrezas, etc. 
(Samuel Pfromm Neto)
Responda: 
1. Qual é o assunto deste parágrafo? 
...............................................................................
2. E a delimitação do assunto?
.................................................................................
3. O Objetivo?
.................................................................................
4) Qual é a frase-núcleo?
..................................................................................
Respostas:
1) meios de comunicação de massa; 2) funções básicas dos meios de comunicação de massa; 3) apresentar as funções básicas dos meios de comunicação de massa.
4)\ Frase-núcleo:
“Quatro funções básicas têm sido convencionalmente atribuídas aos meios de comunicação de massa: informar, divertir, persuadir e ensinar. S
Formas de ordenação: enumeração (Quatro funções básicas....)
3. Ordenação por contraste
Soares e Campos (1977, p. 133) apresentam o seguinte exemplo para clarificar o assunto:
	A visão do sertão não está, como a do litoral, fechada pela floresta, pelos canaviais; ela se estende até o infinito. O homem que vive na costa é prisioneiro do lodo que lhe dá cola ao pé, das ervas que retardam sua marcha, das árvores que o sufocam, dos velhos engenhos em ruínas cheios de fantasmas, dos bosques sagrados cheios de encantamento. O homem da caatinga nada tem diante de si, a não ser um céu imenso implacavelmente azul estendendo-se sobre seu chapéu de couro, e em que raras nuvens se esgarçam devoradas pelo sol insaciável. A seus pés, a grande extensão de areia, de espinhos, através da qual erra o gado em rebanhos. Tudo o incita à partida, à marcha, ao galope a cavalo, impelido pelo vento, em luta contra o espaço. 
(Roger Bastide, Brasil - terra de contrastes)
Esses autores (op.cit., 1977, p. 133) propõem o seguinte exercício:
Indique o trecho que representa a introdução do parágrafo e assinale as palavras ou expressões que nela mostram que o parágrafo se desenvolverá por contraste.
Quais são os dois elementos contrastados no parágrafo?
Qual é o ponto de diferença entre os dois elementos apresentados no parágrafo?
RESPOSTAS:
a) A visão do sertão não está, como a do litoral, fechada pela floresta, pelos canaviais, ela se estende até o infinito. b) o homem o litoral (costa), o homem do sertão (caatinga).
c) características ambientais condicionadas dos tipos humanos.
4. Ordenação por explicitação
Outra forma de ordenação das idéias para desenvolver o parágrafo é a explicitação.
Segundo os autores supracitados (op. cit., 1977, p. 157), “é frequente termos de redigir um parágrafo com o objetivo de explicitar uma idéia, esclarecer um conceito, justificar uma afirmativa”. Pode- se explicitar por definição, por exemplificação e por analogia. A seguir, exemplos fornecidos por esses autores.
Explicitação por definição:
“O humor, numa concepção mais exigente, não é apenas a arte de fazer rir. Isso é comicidade ou qualquer outro nome que se escolha. Na verdade, humor é uma análise crítica do homem e da vida. Uma análise não obrigatoriamente comprometida com o riso, uma análise desmistificadora, reveladora, cáustica. Humor é uma forma de tirar a roupa da mentira, e o seu êxito está na alegria que ele provoca pela descoberta inesperada da verdade.” (Ziraldo)
Observe as expressões que indicam definição: o humor não é ... Isto é ... Na verdade, humor é .... (entre outras no texto)
Explicitação por exemplificação:
	“No Brasil, o empobrecimento ou a banalização da mensagem televisual decorre, na verdade, da incapacidade do comunicador (desde a direção das estações até os produtores de programas) de entender a verdadeira natureza do veículo que controla e de elaborar mensagens específicas. Um exemplo: um dos canais cariocas, achando que presta grande serviço à educação musical, transmite concertos dominicais de música erudita. A realização do programa é algo de extremamente dispersivo: quando a câmera se concentra na orquestra, o plano se reduz, e dificilmente pode o telespectador distinguir com clareza os músicos e seus instrumentos. Se a câmeradesvia-se para o público, o espectador passa a ter um espetáculo paralelo: o das pessoas que dormem, conversam ou simplesmente escutam o concerto. A impressão final do telespectador é a de que a televisão não é veículo próprio à transmissão musical. Não o é, efetivamente, da forma como é feita, que não corresponde à especificidade de linguagem do veículo.” 
(Muniz Sodré)	
Explicitação por analogia 
A inteligência madura sabe que as palavras nunca dizem tudo sobre o que quer que seja, e por isso se ajusta à incerteza. Por exemplo, quando guiamos um carro, nunca sabemos o que vai acontecer em seguida; não importa a freqüência com que passamos por aquele caminho: nunca encontramos exatamente as mesmas condições de tráfego. Apesar disso, um motorista competente percorre toda espécie de caminho, e até com grande velocidade , sem sentir medo ou nervosismo. Em sua qualidade de motorista, está ele ajustado à incerteza e não se sente inseguro. Do mesmo modo, a pessoa intelectualmente madura, ‘não sabe tudo’, seja lá sobre o que for. E nem por isso se sente insegura, pois sabe que a única espécie de segurança que a vida oferece é a segurança dinâmica que provém de dentro: a segurança que deriva da infinita flexibilidade da inteligência – da orientação multipolar de uma infinidade de valores.”
(S.I. Hayakawa)
Observe:
A inteligência madura sabe que as palavras nunca dizem tudo sobre o que quer que seja e, por isso, se ajusta à incerteza.
Tal afirmativa é explicitada por meio de uma analogia.
Segundo Soares e Campos (1977, p. 161), “o desenvolvimento se inicia com a expressão "por exemplo que", neste caso, não introduz uma exemplificação, mas uma analogia: a analogia (comparação) entre guiar um carro e viver com maturidade intelectual”.
Referência:
SOARES, Magda Becker; CAMPOS, Edson Nascimento. Técnica de redação: as articulações linguísticas como técnica do pensamento. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1977.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 1992. p. 171.
Abraço fraterno,
Márcio Móri
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