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A DOENÇA DE ALZHEIMER - Fisiologia

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A DOENÇA DE ALZHEIMER 
INTRODUÇÃO 
A doença de Alzheimer é a patologia neurodegenera�va mais frequente associada à idade , 
cujas manifestações cogni�vas e neuropsiquiátricas resultam em uma deficiência progressiva e 
uma eventual incapacitação. Em geral, o primeiro aspecto clínico é a deficiência da memória 
recente , enquanto as lembranças remotas são preservadas até um certo estágio da doença. 
Além das dificuldades de atenção e fluência verbal, outras funções cogni�vas deterioram à 
medida que a patologia evolui, entre elas a capacidade de fazer cálculos , as habilidades 
vísuoespaciais e a capacidade de usar objetos comuns e ferramentas . O grau de vigíli’a e a 
lucidez do paciente não são afetados até a doença estar muito avançada. A fraqueza motora 
também não é observada, embora as contraturas musculares sejam uma caracterís�ca quase 
universal nos estágios avançados da patologia. Esses sintomas são frequentemente 
acompanhados por distúrbios comportamentais , como agressividade , alucinações , 
hipera�vidade , irritabilidade e depressão . Transtornos do humor afetam uma porcentagem 
considerável de indivíduos que desenvolvem doença de Alzheimer , em algum ponto da 
evolução da síndrome demencial. Sintomas depressivos são observados em até 40-50% dos 
pacientes, enquanto transtornos depressivos acometem em torno de 10- 20% dos casos. 
Outros sintomas, como a apa�a , a len�ficação (da marcha ou do discurso) , a dificuldade de 
concentração , a perda de peso , a insônia e a agitação podem ocorrer como parte da síndrome 
demencial. 
FISIOPATOLOGIA 
A doença de Alzheimer caracteriza-se, histopatologicamente, pela maciça perda sináp�ca e 
pela morte neuronal observada nas regiões cerebrais responsáveis pelas funções cogni�vas, 
incluindo o córtex cerebral, o hipocampo, o córtex entorrinal e o estriado ventral . As 
caracterís�cas histopatológicas presentes no parênquima cerebral de pacientes portadores da 
doença de Alzheimer incluem depósitos fibrilares amiloidais localizados nas paredes dos vasos 
sanguíneos, associados a uma variedade de diferentes �pos de placas senis, acúmulo de 
filamentos anormais da proteína tau e consequente formação de novelos neurofibrilares (NFT), 
perda neuronal e sináp�ca , a�vação da glia e inflamação . Baseadas nesses marcadores 
neuropatológicos, duas hipóteses principais foram propostas, a fim de explicar a e�ologia da 
doença. De acordo com a hipótese da cascata amiloidal, a neurodegeneração na doença de 
Alzheimer inicia-se com a clivagem proteolí�ca da proteína precursora amilóide (APP) e resulta 
na produção, agregação e deposição da substância βamilóide (Aβ) e placas senis. De acordo 
com a hipótese colinérgica, a disfunção do sistema colinérgico é suficiente para produzir uma 
deficiência de memória em modelos animais, a qual é semelhante à doença de Alzheimer. 
Cérebros de pacientes portadores da doença de Alzheimer mostraram degeneração dos 
neurônios colinérgicos, ocorrendo também uma redução dos marcadores colinérgicos , sendo 
que a colina ace�ltransferase e a ace�lcolinesterase �veram sua a�vidade reduzida no córtex 
cerebral de pacientes portadores da doença de Alzheimer. 
 
Imagem de um hemisfério do cérebro saudável (à esquerda) e um de uma pessoa com Alzheimer (à 
direita): doença provoca progressiva morte de neurônios, levando a sintomas como a perda de memória 
Foto: DENIS BALIBOUSE / DENIS BALIBOUSE/REUTERS 
Proteína TAU 
 A proteína Tau tem papel fundamental na patogenia das doenças neurodegenera�vas . 
A histopatologia da DA é caracterizada pela deposição extracelular de agregados da proteína 
β-amiloide com a formação de placas neurí�cas, e pela deposição intracelular de agregados da 
proteína tau fosforilada. A proteína tau tem como função a estabilização dos microtúbulos . 
Na DA ocorre hiperfosforilação da proteína tau , com consequente dissociação da proteína dos 
microtúbulos e agregação da proteína tau fosforilada sob a forma de lamentos helicoidais 
pareados insolúveis. Porém, os lamentos helicoidais se organizam sob a forma de emaranhados 
neurofibrilares intracelulares. 
ANÁLISE DOS BIOMARCADORES NO LÍQUOR NA DOENÇA DE ALZHEIMER : As proteínas 
β-amiloide, tau total e tau fosforilada podem ser quan�cadas no líquido cefalorraquidiano 
(LCR). Na DA, estes biomarcadores apresentam uma “assinatura patológica” caracterís�ca que 
inclui a diminuição da proteína β-amiloide (Aβ), principal componente das placas neurí�cas, e o 
aumento das proteínas tau total (T-tau) e tau-fosforilada (P-tau), devido à degeneração 
neuronal associada ao acúmulo intracelular de ENF.3,4 Este perl de diminuição da 
concentração da proteína Aβ associada ao aumento da concentração de T-tau ou P-tau permite 
o diagnós�co diferencial entre a DA e outras formas de demência com sensibilidade e 
especicidade em torno de 90% a 95%. 
 
HERMES PARDINI: 
O Hermes Pardini definiu VR (valor de referência) com sensibilidade diagnós�ca > 85% , 
avaliando amostras de LCR de pacientes com doença de Alzheimer e outras patologias, como 
degeneração lobar frontotemporal e comprome�mento cogni�vo leve , provenientes de 
centro de saúde terciário. índices apresentaram sensibilidade de 93% e especicidade de 83%, 
superiores ao de cada biomarcador isolado. 
Valores de referência dos biomarcadores para o diagnós�co da doença de Alzheimer (Hermes 
Pardini): 
 
 
Bibliografia: 
h�ps://www3.hermespardini.com.br/repositorio/media/site/profissionais_da_saude/bole�ns_ 
tecnicos/doenca_de_alzheimer.pdf 
h�p://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ar�ext&pid=S1516-44461999000600003 
h�p://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44461999000600003&script=sci_ar�ext&tlng=es 
h�ps://oglobo.globo.com/sociedade/saude/estudo-revela-11-novos-fatores-gene�cos-para-alz 
heimer-10566373

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