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Conteúdo - Avaliação de Sociologia

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CONTEÚDO DO PRIMEIRO SEMESTRE DE SOCIOLOGIA APLICADA À NUTRIÇÃO 
NUTRIÇÃO 
 Grande área da saúde 
Saúde: não é apenas ausência de doença... 
O que é saúde/ conceito (s): Mendes(2000), a evolução do conceito de saúde emerge a partir de 
reflexões e vivências que pouco a pouco vão sendo apropriadas pelo conjunto da sociedade, 
englobando atualmente questões referentes ao meio ambiente, ao saneamento básico, à 
alimentação, ao grau de desenvolvimento sociocultural, à possibilidade de renda e trabalho, à 
redução da violência, à organização do trânsito, entre outros, superando dessa forma, o conceito 
originário de saúde que desencadeou as ações tradicionais da saúde pública. 
Outra questões: cidades sustentáveis (pistas para pedestres, para ciclistas, para deficientes 
físicos; arborização; áreas/parques de laser; feiras agroecológicas; mercados de alimentos 
saudáveis/redes/cadeias curtas de comercialização); acesso à educação;... 
- Em 1994, o Ministério da Saúde criou o Programa Saúde da Família (PSF), com o principal 
propósito de reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo 
tradicional, levando a saúde para mais perto da família e, com isso, melhorando a qualidade de vida 
dos brasileiros. 
- Dentre as estratégias do PSF, estão mudanças na prática de saúde, conferindo a esta um caráter 
mais preventivo e participativo, priorizando a realização do trabalho em equipe e a 
multidisciplinaridade e interdisciplinaridade profissional. 
- “A saúde deve ser entendida em sentido mais amplo, como componente da qualidade de vida. 
Assim, não é um “bem de troca”, mas um “bem comum”, um bem e um direito social, em que cada 
um e todos possam ter assegurados o exercício e a prática do direito à saúde, a partir da aplicação 
e utilização de toda a riqueza disponível, conhecimentos e tecnologia desenvolvidos pela sociedade 
nesse campo, adequados às suas necessidades, abrangendo promoção e proteção da saúde, 
prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de doenças. Em outras palavras, considerar esse 
bem e esse direito como componente e exercício da cidadania, que é um referencial e um valor 
básico a ser assimilado pelo poder público para o balizamento e orientação de sua conduta, 
decisões, estratégias e ações” (ALMEIDA; CASTRO; LISBOA, 1998) 
SOCIOLOGIA 
Junto com a antropologia e a ciência politica compõe o grupo das ciências sociais. 
O que é sociologia (Carlos Benedito Martins): 
- “a Sociologia é fruto das grandes transformações na história da humanidade vivenciada a partir 
do século XVIII e inicio do XIX: a formação da sociedade capitalista.” 
Queda da Sociedade Feudal, Revolução Industrial e Revolução Francesa => Faz surgir a 
necessidade de uma área (disciplina) que busque compreender e explicar essa “nova” sociedade 
europeia. 
Surgimento da sociedade burguesa => Sociedade de classes 
De um lado: a figura do dono da produção, da força de trabalho, das máquinas, das terras e dos 
meios de produção. Outros burgueses: profissionais liberais da época (advogados, médicos...quem 
estudava era chamado de doutor...) => a burguesia passa a assumir a representação politica na 
sociedade e a dirigir a opinião pública. 
De outro lado: a massa, os camponeses, os trabalhadores despossuídos de bens, de terras, de 
instrumentos de trabalho => proletariado. 
A força de trabalho era extremamente desvalorizada e explorada. O lema era o lucro a qualquer 
custo social e ambiental. 
Sociedade de Classes: 
Alta burguesia: donos de fábricas, donos de grandes áreas de terra; os que eram empregadores 
de mão de obra. 
 Média burguesia: comerciantes, mercadores; os que estudavam (médicos, advogados, 
professores) 
Pequena burguesia: os que possuíam comércios menores (vendas, fabricavam artesanatos, 
tinham pequenas, logistas) 
- “A formação de uma sociedade que se industrializava e urbanizava em ritmo crescente implicava 
a reordenação da sociedade rural, a destruição da servidão (escravidão), o desmantelamento da 
família patriarcal etc. A transformação da atividade artesanal em atividade fabril, desencadeou uma 
maciça emigração do campo para a cidade, assim [...] engajou mulheres e crianças em jornadas de 
trabalho de pelo menos doze horas ganhando um salário de subsistência.” Martins (1994, p.12-13) 
- A média era de 12 a 15 horas de trabalho diário para homens e mulheres. Mulheres e crianças 
recebiam menos ainda. Sem descanso semanal e sem assistência social, etc... 
- “O desaparecimento dos pequenos proprietários rurais, dos artesãos independentes [...] tiveram 
um efeito traumático sobre milhões de seres humanos ao modificar radicalmente suas formas 
habituais de vida. Estas transformações [...] faziam-se mais visíveis nas cidades industriais, local 
para onde convergiam todas estas modificações e explodiam suas consequências.” Martins (1994, 
p. 13) 
- Surge, em meio ao caos a necessidade de estudar essa nova sociedade com suas transformações 
e consequências => Filósofos são os primeiros a indagarem o contexto social, politico e econômico, 
fazendo surgir assim, um novo campo de estudo para tentar explicar a vida social => Sociologia 
Diferentes tradições sociológicas => principais pensadores: Auguste Comte (pai da sociologia), 
Émile Durkheim (fato social), Max Weber (ação social), Karl Marx (sociedade de classes). 
Sociologia: objetiva tratar a sociedade a partir do estudo de seus grupos e não dos indivíduos 
isolados (uma das diferenças para a antropologia). 
- A sociologia procurava desvincular de qualquer ciência e torna-se de fato uma “nova”, criando seu 
próprio objeto de estudo desprendendo a economia política da filosofia. 
- Procurou criar um objeto autônomo, “o social”, postulando uma independência dos fenômenos 
sociais em faces dos econômicos.” Martins (1994, p.32) 
- O estudos da sociologia estão diretamente relacionadas ou são influenciados pelo contexto 
histórico. 
- “ [...] contexto histórico influenciou enormemente suas visões a respeito de como deveria ser 
analisada a sociedade [...]. Tal situação, evidentemente, continua afetando os trabalhos dos 
sociólogos contemporâneos.” Martins (1994, p.35). 
- Os clássicos da sociologia,[...]. [...] forneceram preciosas informações sobre as condições da vida 
humana, sobre o problema do equilíbrio e da mudança social, sobre os mecanismos de 
denominação[...]. “ Martins (1994, p.71) 
SOCIOLOGIA DA ALIMENTAÇÃO 
Alimentação/comida => Diretamente ligada aos fundamentos do fato social (Durkheim) 
- Poder que um fato social exerce sobre os indivíduos que o move a ação para se adaptar a 
sociedade em que vivem...regras, normas, expectativas...ações que são esperadas pela sociedade 
que sejam respondidas pelo indivíduo na sua coletividade, sociedade....que vai variar em diferentes 
culturas... 
- Alimentar, comer, saciar a fome, sobreviver delineia a conduz a vida humana. É talvez a atividade 
mais permanente na história humana, segundo Câmara Cascudo. 
- Em torno da alimentação, a vida social se organiza ao longo dos tempos... 
- É a razão principal porque “precisamos” (a sociedade espera isso de cada um) trabalhar e sermos 
remunerados...para comprar comida, primeiramente... Ou não é? 
- Qual é a prioridade em um orçamento familiar? 
- Nos primórdios, quando ainda não havia um sistema capitalista...a organização em torno da 
alimentação se dava de outras formas e muito através do compartilhamento...em algumas 
sociedades (raras) isso ainda ocorre (indígenas, comunidades tradicionais) 
- Caça (atividade masculina) coleta (atividade feminina) => divisão sexual do trabalho 
- O arco (instrumento masculino) e o cesto (instrumento feminino) 
- Na sociedade contemporânea ocidental isso ocorre ainda como eventoesporádico (não é uma 
obrigatoriedade) => está diretamente ligada à cultura... Por exemplo, a distribuição de carne entre 
vizinhos e parentes quando se abate um porco, um boi,... 
- Muito bem compreendido na obra de Marcel Mauss “O Ensaio sobre a dádiva” e sobre a 
reciprocidade esperada 
- “No princípio foi a fome! Depois da respiração, a primeira determinante vital é o alimento. “ (Câmara 
Cascudo, 2004: 342)” => Fato Social. 
 
 
SER INDIVIDUAL E SER SOCIAL 
- Somos seres individuais do ponto de vista da natureza => nascemos sozinhos e morremos 
sozinhos 
- Somos seres sociais do ponto de vista cultural => Somos socializados a partir do momento em 
que nascemos... 
- Primeiro grupo socializador => quase sempre a família, depois amigos da vizinhança ou da escola, 
depois amigos de adolescência e assim seguimos... 
Natureza X Cultura (antropologia social e antropologia da alimentação) 
- Somos seres mais sociais do que individuais, porque nossas atitudes individuais refletem na 
sociedade e quase sempre são reflexos da própria sociedade em que vivemos. 
- As relações sociais nos tornam dependentes um do outro, mesmo nos tempos modernos... 
- Para Durkheim (fato social), sofremos coerção da sociedade o tempo todo e por isso somos 
moldados por ela. Ele considera que essa é a forma de a sociedade ser equilibrada e solidária, 
embora ele não a justifique ou a considere ideal. 
- Mas, será isso possível? Uma sociedade equilibrada? 
- Por isso, as normas, leis, regras de conduta e de comportamento, etc são criadas...(o que não 
significa que as normas, leis, regras de conduta e de comportamento, sejam igualitárias e sempre 
justas...). A sociedade humana é cheia de conflitos e de desequilíbrio social. 
- Somos uma sociedade que não é harmônica e é composta “pelos estabelecidos e pelos outsiders”. 
- Mas é ao seu código de conduta (em cada cultura) que respondemos...seja concordando ou se 
rebelando... ELIAS, Norbert; SCOTSON, John L. Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das 
relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: 
Jorge Zahar, 2000. 
ALIMENTAÇÃO COMO FATO SOCIAL E FATO SOCIAL TOTAL EM ÉMILE DURKHEIM E EM 
MARCEL MAUSS 
- “É fato social toda maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma 
coerção exterior; ou, ainda, que é geral ao conjunto de uma sociedade dada e, ao mesmo tempo 
possui existência própria, independente das manifestações individuais que possa ter” (Durkheim, 
1987, p.11). 
- A alimentação tem função estruturante na organização social dos grupos humanos 
- Ela é fundamental para a sobrevivência do corpo físico e em função disso, a sociedade se move 
(trabalha), as pessoas organizam sua vida cotidiana => alimentação somente como mercadoria. 
Usa-se o principio de autonomia do social (de Durkheim) => fato social 
- Mas, para além disso, em torno da alimentação estabelecem-se regras, normas, tabus, formas de 
consumo, práticas produtivas diversas, orientações, festejos => alimentação como mercadoria, mas 
também como cultura. Usa-se o principio das interações existentes entre o social, o psicológico, o 
cultural e o fisiológico (de Mauss) => fato social total => o principio que será adotado nesta disciplina. 
Edgar Morin (pensador: filósofo, Sociólogo e antropólogo, francês), hoje com 96 anos, é a figura 
de destaque no que se refere a trazer as discussões relacionadas à alimentação para o campo das 
interações disciplinares (e multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade). 
- Organizou um colóquio na década de 1970 com grandes pesquisadores de várias áreas: das áreas 
biológicas, humanas e sociais (alguns eram prêmio Nobel), para discutir e pensar sobre “ A unidade 
do homem”. 
- Resultou no documento: Le paradigme perdu: la nature humaine/ O paradigma perdido: a natureza 
humana) 
- “Como nós não vemos que aquilo que é mais biológico - o sexo, a morte - é, ao mesmo tempo, 
aquilo que é mais embebido de símbolos, de cultura! Nossas atividades biológicas mais 
elementares, o comer, o beber, o defecar, são estreitamente ligadas a normas, interdições, valores, 
símbolos, mitos, ritos, quer dizer, aquilo que há de mais especificamente cultural! E podemos, aqui, 
compreender que é este sistema único, federativamente integrado, fortemente intercomunicante do 
cérebro de sapiens, que permite a integração federativa ou biológica, do cultural, do espiritual 
(elementos, por sua vez, complementares, concorrentes, antagonistas, nos quais os degraus de 
integração serão muito diferentes de acordo com os indivíduos, as culturas, os momentos), em um 
único sistema bio-psico-socio-cultural" (Morin, 1973, apud Poulain; Proença, 2003, p. 250). 
- A disciplina “sociologia” surge no intuito de explicar uma sociedade em transformação no final do 
sec. XVIII e por todo o século XIX. 
A sociologia se move em direção à alimentação também num contexto de grandes transformações 
alimentares na sociedade contemporânea. 
Fato Social (Émile Durkhei) e Fato Social Total (Marcel Mauss) 
- As transformações que vimos anteriormente em toda a sociedade europeia vai ocasionando 
também, e sobretudo, efeitos diretamente na base alimentar da população... 
- Há desde o impacto na agricultura/campo e nos modos de produção de alimentos, que vai sendo 
alterado à partir da ampliação de maquinários agrícolas e redução do trabalho braçal, até a 
problemática alimentar nas cidades, cuja população aumenta rapidamente. 
A Época contemporânea ( Séculos XIX – XXI) Enormes transformações no campo alimentar 
Panos de fundo: 
- Revolução industrial; 
- Triunfo da economia de mercado sobre a economia de subsistência; 
- Rápido desenvolvimento do transporte e do comércio mundial; 
- Indústria alimentar... Da produção artesanal para a produção industrial (farinhas, óleo, açúcar, 
chocolate em barra, leite em pó, leite condensado, ...); 
- Produção artesanal...permaneceu na produção de queijos, manteiga, doces de frutas (compotas), 
conservas de carne e (porco na lata artesanal), legumes em conserva (picles) => mas também 
passaram a ser produzidos pela indústria... 
- Alimentos congelados... 
Novas situações: 
- Escândalos da carne contaminada (mal da vaca louca), por exemplo. Surgiu na década de 1980, 
na Inglaterra e a sua epidemia foi em 1990 
- doença neurológica que atacou os bovinos e contaminou seres humanos, levando à problemas 
seríssimos de saúde e alguns à morte. 
- Menos tempo para se dedicar à alimentação no espaço doméstico; 
- Boom dos fast-foods => consequências para a saúde nos países ricos (sobretudo Estados Unidos) 
=> saúde pública (obesidade, efeitos cardíacos, etc...) 
- Crises crônicas de fome dentro de um mesmo país (abundância X carência) 
- Crises crônicas de fome em alguns países e fartura em outros (contrastes socioeconômicos) 
“Fast food mata mais do que cigarro e pressão alta, diz estudo” 
- “A dieta mais comumente associada à cultura ocidental — com muito sal e gordura e poucas frutas 
ou fibras — é responsável por mais mortes no mundo do que o fumo e a pressão alta, concluiu um 
estudo da Universidade de Washington (EUA), publicado na revista científica "The Lancet". 
- “Os cientistas responsáveis pelo estudo afirmaram que, pior do que comer alimentos cheios de sal 
e de gordura, é não comer os saudáveis. "Políticas que promovem o consumo de comida saudável 
podem ter melhores efeitos do que aquelas que tentam reduzir o consumo de fast food", disse o 
chefe do estudo, Ashkan Afshin, da Universidade de Washington.” 
Outras transformações alimentares no mundo contemporâneo (algumas): 
- O boom das academias 
- Perigo do uso da “ bombas” (anabolizantes)... 
- “Levantamentoda Secretaria de Estado da Saúde revela que um em cada quatro suplementos 
vendidos para praticantes de atividades físicas tem em sua composição substâncias anabolizantes 
não declaradas no rótulo. A análise foi concluída em dezembro do ano passado pelo Instituto Adolfo 
Lutz, e teve como base 111 amostras apreendidas pela polícia e pela vigilância sanitária na capital 
e na cidade de Araraquara. Entre os produtos, 5,4% eram de fabricação nacional, 9% eram 
importados e 85,6% não apresentavam informação de procedência. A maioria - 41% - era de 
apresentações em cápsulas, 33% eram em comprimidos e 16%, em pó. Nas amostras foram 
encontrados sais de testosterona e outros esteroides não identificados. As marcas não foram 
divulgadas. A legislação brasileira que regulamenta esse tipo de produto proíbe a presença de 
estimulantes, hormônios e outras substâncias consideradas como doping pelo Comitê Olímpico 
Internacional (COI). "A presença de anabolizantes nunca aparece no rótulo, a não ser que seja um 
produto importado, pois nos Estados Unidos a legislação permite a presença de próhormônios 
(precursores de testosterona, ou seja, substâncias que aumentam a produção desse hormônio no 
organismo). Então, é melhor não se basear no rótulo. A maioria traz algo camuflado", alerta a 
pesquisadora do Adolfo Lutz Maria Regina Walter Koschtschak. O simples consumo de proteínas, 
carboidratos e sais minerais, afirma Maria Regina, não promove o crescimento da massa muscular 
como anunciam muitos produtos do gênero. "Se existe alguma promessa desse tipo é porque existe 
alguma substância para promover esse aumento. É preciso ficar atento à propaganda" 
- A “medicalização” da alimentação (substituição de alimentos por cápsulas) 
- A ultra valorização do corpo, que recai principalmente sobre o feminino no mundo ocidental => 
estabelece-se um padrão de beleza que valoriza a magreza => geradora de efeitos como bulimia, 
anorexia => causam sérios problemas de saúde (não podem ser compreendidos apenas à luz da 
psicologia) 
- A ultra valorização (obsessão) pela alimentação equilibrada, saudável e pela contagem de 
nutrientes e dietas super rígidas => geradora de efeitos como a ortorexia (que também não podem 
ser compreendido apenas à luz da psicologia). 
- Recente descoberto: TARE (Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo) => causa deficiências 
nutricionais gravíssimas 
 
Teoria 1 - relacionam às papilas super aguçadas de algumas pessoas tornando o sabor de todos 
os alimentos muito intensificado e virando uma vivência ruim. Porém o argumento se complica 
quando se pensa na questão da escolha de alimentos que esses indivíduos fazem, pois são 
alimentos de sabores e temperos muito fortes até mesmo para pessoa sem papilas aguçadas => 
Molho de mostarda de hamburguer, por exemplo. 
Teoria 2 - associam ser o resultado de um fenômeno da alimentação moderna/ contemporânea. 
Jovens e adolescentes de uma geração bombardeados de comidas processadas e industrializadas 
com sabores fortes, muito açúcar e muito sal. Com isso nossa língua e as papilas ficam “viciadas” 
e não conseguem apreciar o sabor de alimentos mais leves, como saladas, frutas ou vegetais. 
Teoria 3 - O transtorno estaria diretamente ligado à relação sensorial com a comida. Ou seja, a cor, 
textura, cheiro e aspecto têm para essa pessoa um impacto tão negativo que ela não suporta ingerir 
esse alimento. 
 
Tratamentos dos transtornos alimentares deve envolver uma equipe multidisciplinar: 
Psicólogos, Nutricionistas, dependendo do grau do transtorno pode ser necessário um psiquiatra e 
médicos de clínica geral. 
Pesquisadores e liberais de áreas como nutrição, segurança alimentar, ciência de alimentos, 
economia social, sentem a necessidade de melhor compreender tais transformações alimentares 
modernas e as crises alimentares. Para isso, buscam ajuda nos sociólogos e antropólogos que são 
aqueles que podem ajudar a elucidar, ou clarear tais questões, que estão diretamente ligadas às 
transformações gerais por qual passa a sociedade contemporânea => surge a sociologia da 
alimentação. 
A sociologia da alimentação vem, então, para tentar compreender o que está acontecendo no 
campo da alimentação moderna e investigar as questões sociais diretamente relacionadas a isso. 
 
ARTIGO: “A IMPORTÂNCIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS NO CURSO DE 
GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA” 
HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO 
Pré-história: 
- Paleolítico ou Período da Pedra Lascada 
- Neolítico ou Período da Pedra Polida 
- Idade dos Metais 
Pós-pré-história: 
- Idade antiga 
- Idade média 
- Idade moderna 
- Idade contemporânea 
Alimentação: (paleolítico/ pedra lacada)/ +_ 
40 mil anos atrás 
- Basicamente frutos e raízes (coleta) => Com 
o tempo: carne crua e moluscos. 
- Mais tarde (descoberta do fogo no paleolítico 
posterior na Europa e Ásia) => arte de assar; 
- Posteriormente, descobre-se a cerâmica => 
passou-se também ao consumo dos 
alimentos cozidos... 
Iniciou-se, a partir dai, uma vasta história de 
experiências com alimentos. 
Neolítico/ Pedra Polida 
- Uso do fogo: redução/abandono da vida 
nômade; passa-se ao cultivo de plantas e a 
domesticação de alguns animais para 
alimentação...redução (não exclusão) da caça 
e da coleta. 
As rupturas não se dão de forma abrupta ao 
longo da história... 
- Agrupamentos duradouros => alteração nos 
modos de vida, e consequentemente nos 
hábitos alimentares. 
As Etapas do Domínio Humano sobre o Ambiente 
(Pierre Dansereau) 
1. Terras Virgens 
2. Coleta 
3. Caça e Pesca 
4. Pastoreio 
5. Agricultura 
6. Industria 
7. Urbanização 
8. Controle Climático 
9. Fuga Exobiológica 
(quando a Terra não mais 
apresentar condições de 
habitabilidade) 
 
Caracterização Provisória de 
seu Impacto - Figura ao lado 
 
 
1ª fase: 
Vegetariana => coletores 
 (Espécie Neanderthal => a precursora da espécie CroMagnon => Homo sapiens) 
- O Cro-magnon e o Homo sapiens se alimentavam da carne de caça que abatiam diariamente e 
assavam. 
Métodos de caça Cro-Magnon => Homo sapiens 
- Criação de armas: arpões (lanças), rede, catapultas, etc...; Organização da caça em grupos; 
Armadilhas; Caça diversificada de animais: peixes, ursos, rinocerontes, etc; Utilizavam instrumentos 
rudimentares feitos de ossos, madeira e lascas; Ainda não conhecia a agricultura e a domesticação 
de animais (nômade); A primeira “sobremesa” considerada é o mel que já existia no período 
cretáceo (há mais de 100 milhões de anos); Extração bruta...; Surgimento da Agricultura. 
- As profundas mudanças climáticas obrigaram animais e seres humanos a migrar, ocupando várias 
partes do globo (nômades); 
- Enquanto andavam de um lugar para outro, foram percebendo que as sementes que caíam sobre 
a terra multiplicavam as suas colheitas em poucos meses. 
- Tornaram-se agricultores e, com isso, trocaram a vida nômade pela vida em pequenas aldeias. 
 
Consequência: 
- Aumento Populacional; Novas dietas; A abundância de cereais (trigo, aveia…) início do processo 
de desenvolvimento agrícola. 
 Quando os humanos aprenderam a cozinhar os alimentos, surgiu uma profunda diferença entre ele 
e os outros animais... 
 Cozinhando, descobriu a alteração do sabor e a retardação da decomposição dos alimentos. 
 
Idade dos metais (10.000 a.C. a 4.000 a.C.) 
- A ação do homem sobre a natureza tornou-se mais intensa; 
- Colheitas mais abundantes favoreceram o aumento da população, formando-se tribos; 
- Inicia-se a base da nossa alimentação tradicional, ou seja, a cultura de cereais usados no fabrico 
de pães; 
- Começam a ser produzidas bebidas e alimentos líquidos:cozidos, ensopados e condimentos. 
 
Antigo Egito(4000 a.C.) 
- As tumbas mostram os alimentos consumidos pelos faraós: massas, carnes, peixes, lacticínios, 
frutas, legumes, cereais, especiarias, mel, condimentos e bebidas; 
- As modalidades de produção alimentar eram a agricultura, a criação de animais, caça e pesca; 
- A saúde e a longevidade dependiam dos prazeres da mesa (valorização da comensalidade). 
Eram grandes conhecedores dos segredos da farmacopeia e das ervas medicinais, e já 
relacionavam a alimentação com a cura das doenças. 
 
Trigo e arroz 
- Cereais como trigo, milho, arroz e cevada foram os primeiros grãos cultivados pelos povos antigos; 
- Os faraós usavam o trigo como forma de pagamento e já fabricavam o pão; Ainda antes da era 
cristã, gregos e romanos produziram trigo e o levaram para o resto da Europa. 
Tratava-se de um cereal nobre (trigo), preferido pelos ricos, enquanto a plebe e os escravos 
consumiam a cevada. 
- O cultivo começou na Mesopotâmia (hoje região do Egito ao Iraque). Da Mesopotâmia, o trigo se 
espalhou pelo mundo. Os chineses já conheciam o trigo cerca de 2 mil anos antes de Cristo. Com 
ele, faziam farinha, macarrões, pastéis. Diz a história, também, que no século XIII, Marco Polo 
esteve na China e de lá trouxe o macarrão para a Itália... 
 
Idade Média (séculos X a XV d. C) 
- 3 sabores fundamentais: 
Forte: devido às especiarias 
Doce: graças ao uso do açúcar e do mel 
Ácido: devido ao uso de vinagre, vinho e frutas cítricas 
- Maior preocupação com a aparência do que com o sabor dos pratos 
"Do churrasco à pera ao vinho, os pratos da Idade Média que se comem ainda hoje. Ao contrário 
do que se pensa, a cozinha dessa época era rica em técnicas e prezava pela qualidade dos 
ingredientes; Entrevista com o pesquisador Renato Toledo Amatuzzi“

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