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apostila completa de clínica cirúrgica

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[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA COMPLETA 
DE CLÍNICA CIRÚRGICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
 
CLÍNICA CIRÚRGICA 
Preparo pré-operatório 
O preparo pré-operatório tem inicio com a internação estendendo-se até o momento da 
cirurgia. 
Objetivo 
Levar o paciente as melhores condições possíveis para cirurgia, para garantir-lhe menores 
possibilidades de complicações.Cada paciente deve ser tratado e encarado individualmente. 
Dependendo da cirurgia a ser realizada, o preparo pré-operatório poderá ser feito em alguns 
dias ou ate mesmo em minutos. A s cirurgias que exigem um rápido preparo são as cirurgias 
de emergência estas devem ser realizadas sem perda de tempo a fim de salvar a vida do 
paciente. 
 
Preparo psicológico 
Tem como objetivo assegurar confiança e tranqüilidade mental ao paciente. 
A internação para o paciente pode significar reclusão, afastamento dos familiares e o paciente 
podem ficar ansioso e cheio de temores.O trabalho, a vida diária do paciente é 
momentaneamente paralisados e o desconhecimento do tratamento a que será submetido, 
tudo isso gera stress, insegurança, desassossego e medo. 
Estes estados psicológicos quando não reconhecidos e atendidos pode levar o paciente a 
apresentar vômitos, náuseas, dor de cabeça, não cooperando para a recuperação pós-
cirurgicas, levando-o a complicação respiratórias, agitação e outros problemas. 
Para auxiliar o paciente a enfermagem deve ser calma, otimista, compreensiva, e saiba como 
desenvolver confiança. 
Inteirados da aflição do paciente a enfermeira chefe deve ser notificada para que tome a 
melhor medida. 
Muitas vezes o paciente tem medo da morte, durante ou após a cirurgia, tem medo de não 
acordar da anestesia, tem medo de perder qualquer parte do corpo ou de sentir dor durante a 
cirurgia. 
Dependendo da necessidade, a enfermeira solicitara a presença do cirurgião ou anestesista 
para esclarecer o paciente. 
Portanto a enfermagem, embora solicitando outros profissionais para atender o paciente em 
suas necessidades psicológicas, é principalmente a pessoa que ouve, compreende, ampara e 
conforta. 
Preparo físico: 
É dividido em três etapas: 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
1 - inicial 
2 - na véspera da cirurgia 
3 - no dia da cirurgia 
1. Preparo inicial é quando o paciente vai ser submetido a exames laboratoriais (exames pré-
operatórios), que vão assegurar a viabilidade ou não da cirurgia. 
Nesta fase, a atuação da enfermagem no preparo se relaciona: 
- Ao preparo do paciente, explicando os procedimentos a serem realizados. 
- A coleta e encaminhamento dos materiais para exames. 
- A manutenção do jejum quando necessário. 
- A aplicação de medicamentos, soro e sangue. 
- A realização de controles. 
- Sinais vitais. 
- Diurese. 
- Observação de sinais e sintomas. 
- Anotação na papeleta. 
 
2. Preparo físico na véspera da cirurgia tem por objetivo remover toda a fonte de infecção, 
através da limpeza e desinfecção conseguida com um mínimo de esgotamento do paciente. 
Essa segunda etapa se processa assim: 
- Verificar lista de cirurgia quais os pacientes que serão operados, nome da cirurgia, horário, 
se há pedido de sangue, preparos especiais ou de rotina. 
- Providenciar material e colher a amostra de sangue para tipagem sanguínea. 
- Observar sintomas como tosse, coriza, febre, variação de p.a e outros. 
Proceder à limpeza e preparar a pele para cirurgia da seguinte forma: 
- Tricotomia da região a ser operada, bem ampla. 
- Banho completo, incluindo cabeça e troca de roupa. 
- Limpeza e corte das unhas, remover esmaltes (pés e mãos) para poder observar a coloração 
durante a cirurgia. 
- Mandar barbear os homens. 
- Dieta leve no jantar. 
- Lavagem intestinal ou gástrica, de acordo com a prescrição medica. 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
- Jejum após o jantar, orientar o paciente. 
- Promover ambiente tranqüilo e repousante. 
 
3. Preparo físico no dia da cirurgia. 
- Verifica se o jejum continua sendo mantido. 
- Verificar se todos os cuidados da véspera foram feitos. 
- Remover maquiagem, próteses e jóias.As jóias e próteses serão enroladas e guardadas 
conforme rotina do local. 
 - Controlar pulso, temperatura, respiração e P.A. 
- Urinar meia hora antes da cirurgia. 
- Aplicar a medicação pré-anestésica seguindo prescrição medica e geralmente é feito de 30 á 
45 minutos da cirurgia. 
- Checar a medicação pré-anestésica dada. Ela acalma o paciente. 
- Fazer anotação na papeleta. 
- Ajudar o paciente a passar da cama a maca. 
- Levar a maca com o paciente até o centro cirúrgico, juntamente com o prontuário. 
- Qualquer cuidado não efetuado deve ser comunicado ao centro cirúrgico. 
 
Preparo da unidade do paciente e atendimento pós-operatório 
Introdução 
Os cuidados de enfermagem no pós-operatório são aqueles realizados após a cirurgia ate a 
alta. 
Visam ajudar o recém operado a normalizar suas funções com conforto e da forma mais rápida 
e segura. 
Incluímos nesses cuidados o preparo da unidade para receber o paciente internado. 
Observação: nos hospitais que possuem no centro cirúrgica sala de recuperação, pós-
anestésica, recebem os pacientes nestes locais imediatamente após a cirurgia dando-lhes 
assistência até a normalização de reflexos e sinais vitais. 
Só posteriormente esse paciente é encaminhado a unidade onde estão internados. 
Cuidados no preparo da unidade visa equipa-la para o recebimento do paciente operado, a fim 
de proporcionar-lhe conforto, segurança e rápido atendimento.Esse preparo é feito após o 
encaminhamento do paciente para a s.o. 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
Cuidados 
- Promoção da limpeza e ordem de todo o ambiente. 
- Arrumação da cama “tipo operado”. 
- Limpeza e arrumação da mesa de cabeceira. 
- Trazer suporte de soro e coloca-lo ao lado da cama. 
- Deixar oxigênio com equipamento completo. 
 
Atendimento de enfermagem no pós-operatório 
Ao receber o paciente no quarto. 
- Transporta-lo da maca para a cama com o auxilio de outros funcionários. 
- Manter a cama em posição horizontal. 
- Cobri-lo e agasalha-lo de acordo com a necessidade. 
- Verificar na papeleta as anotações do centro cirúrgico.Se foi feita a anestesia raque deixar o 
paciente sem travesseiro e sem levantar pelo o menos 12 horas. 
- Enquanto estiver semiconsciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça voltada para o 
lado. 
- Observar o gotejamento do soro e sangue. 
- Observar estado geral e nível de consciência. 
- Verificar o curativo colocado no local operado, se esta seco ou com sangue. 
- Restringi-lo no leito com grades para evitar que caia. 
- Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou sondas. 
- Observar sintomas como:palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados, hemorragia, 
dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações respiratórias e 
circulatórias. 
- Controlar, pulso, temperatura, respiração e pressão arterial. 
- Fazer anotação na papeleta. 
- Ler a prescrição medica, providenciando para que seja feita. 
- Qualquer sintoma alarmante deve ser comunicado imediatamente. 
Nas horas em seguida: 
- Ao recuperar totalmente a consciência avisa-lo do lugar onde esta e que esta passando bem. 
- Periodicamente, controlar sinais vitais e funcionamento de soro e sondas. 
[PROFA.DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
- Promover comodidade no leito. 
- Medica-lo para dor, quando necessário. 
- Movimenta-lo no leito, de decúbito. 
- Verificar e estimular a aceitação da dieta. 
Preparação da pele e a região a ser operada 
Conceito 
O preparo da pele a ser operada, consiste em tratar a pele empregando meios químicos e 
mecânicos, os quais a manterão limpa, sem pelos livres de micróbios. 
Finalidade 
Evitar infecção e promover uma boa cicatrização da ferida operatória. 
Meios utilizados 
Desinfecção por agentes químicos (povidini) e tricotomia (raspagem de pelos). 
Desinfecção com agentes químicos 
São utilizados sabões especiais e anti-sépticos da pele. A limpeza da pele com esses produtos 
é feita durante o dia que precede a cirurgia ou no mesmo dia, dependendo da rotina do 
hospital. 
O emprego desta técnica visa remover ou destruir os germes existentes na pele. 
Tricotomia 
É a raspagem dos pelos na pele. 
É feita com a finalidade de facilita a limpeza e a desinfecção da pele e da região a ser operada. 
No caso de cirurgias programadas a tricotomia é feita no dia ou na véspera da cirurgia. No 
caso de cirurgia de emergência é feita na hora, antes de encaminhar o paciente ao centro 
cirúrgico. 
 
Áreas de tricotomia 
- Cirurgia de crânio: todo o couro cabeludo ou conforme prescrição medica. 
- Cirurgias torácicas: região torácica até umbigo e axilas. 
- Cirurgia cardíaca: toda extensão corporal (face anterior e posterior), menos o couro 
cabeludo. 
- Cirurgia abdominal: desde a região mamaria até o púbis. 
- Cirurgia dos rins: região abdominal anterior e posterior. 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
- Cirurgia de membros inferiores: todo o membro inferior e púbis. 
 
Procedimento da tricotomia: 
Material: bandeja contendo: 
- Recipientes com bolas de algodão. 
- pacote com gases. 
- Cuba redonda com sabão liquido diluído. 
- Cuba rim. 
- Aparelho de barbear com lamina nova. 
- Pinça. 
Execução: 
- Cerque a cama com biombos. 
- Exponha a região. 
- Umedeça a bola de algodão com sabão. 
- Ensaboar a região. 
- Com a mão esquerda estique a pele. 
- Faça a raspagem dos pelos de cima para baixo. 
- Lave a área com água e sabão para remover os pelos cortados. 
- Retire o material usado. 
 
Complicações pós-operatórias 
Dor: é um dos primeiros sintomas a surgir no pós-operatório.O auxiliar neste caso deve 
administrar o medicamento analgésico comunicar o fato a enfermeira, fazer anotação sobre a 
dor e sobre as providencias tomadas. 
Vômitos: pode haver nas primeiras 24 horas o auxiliar deve colocar o paciente com a cabeça 
voltada para o lado e avisar a enfermeira, administrando o medicamento se houver prescrição. 
Fazer anotação. 
Sede: para evitar o ressecamento da boca, deve-se umedecê-la com água e lubrificar os lábios 
com vaselina. 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
Complicações pulmonares: 
As mais comuns são: pneumonia e embolia pulmonar. Para prevenir o aparecimento dessas 
complicações o auxiliar deve: 
- Movimentar o paciente no leito. 
- Forçá-lo a tossir. 
- Ensiná-lo a realizar exercícios respiratórios. 
- Estimular deambulação. 
 
Complicações urinarias: 
Podem ocorrer: 
- Infecções urinárias. 
- Retenção urinária. 
- Anúria. 
No ato de retenção urinaria, deve-se estimular a micção pelos seguintes meios: 
- Compressa de éter sobre a bexiga. 
- Abrir a torneira mais próxima. 
- Sondagem vesical de alivio em ultimo caso. 
 
Complicações gastro intestinais 
Pode ocorrer obstrução intestinal, por isso o numero e aspecto da evacuação deve ser sempre 
anotada. 
Complicações da ferida operatória 
As mais freqüentes são: 
- Hematoma ocorre por haver uma hemorragia oculta na ferida.Quando é grande, pode 
interferir no processo de cicatrização. 
- Infecção ocorre devido a diversos fatores, inclusive devido a curativo mal feito. 
Rotura ou deiscência 
É uma abertura que ocorre na ferida operatória, que ocorre devido à infecção ou grande 
distensão abdominal. 
Retirada de pontos 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
A cicatrização é um processo que ocorre de dentro para fora. 
Pode ocorrer sem nenhum problema (primeira intenção), apresentar dificuldade para 
cicatrização imediata (segunda intenção) ou ainda necessitar de uma nova sutura (terceira 
intenção). 
A retirada de pontos é feita geralmente no sétimo dia após a cirurgia ou nos dias posteriores. 
Material necessário: 
- Pinça anatômica 
- Tesoura 
- Bisturi ou gilete 
- Gases 
- Anti-sépticos 
- Esparadrapo 
 
Procedimento 
- Observar as condições da ferida 
- Retirar pontos alternados e se não houver problemas retirar o restante 
- Anotar na papeleta. 
 Definição de pré-operatório: é o período de tempo que tem início no momento em que se 
reconhece a necessidade de uma cirurgia e termina no momento em que o paciente chega à 
sala de operação. 
Subdivide-se em mediato (desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior a ela) e em 
imediato (corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia). 
 
Definição de pós - operatório: é o período que se inicia a partir da saída do paciente da sala de 
cirurgia e perdura até a sua total recuperação 
Subdivide -se em: 
Mediato (após 24 horas e até 7 dias depois)/Tardio(após 07 dias do recebimento da alta) 
Drenos 
É um procedimento para tratamento de derrames ou pneumotórax na cavidade pleural. 
A toracotomia de forma fechada resolve grande parte situações, quer sejam por doenças 
inflamatórias ou traumas que podem ser abertos ou fechados. 
As doenças como tuberculose complicada, insuficiência cardíaca congestiva, pneumonias, 
tumores, etc, podem levar a derrames da cavidade pleural ou pneumotórax. 
Os traumas abertos por lesão por armas branca ou de fogo ou outros objetos perfurantes e os 
traumas fechados causados por volante de automóvel, queda de grandes alturas ou outro tipo 
de impacto também levam a derrames, principalmente o hemo e o pneumotórax. 
As chamadas BLEBS são bolhas dos ápices pulmonares e podem também se localizar nas 
fissuras da pleura visceral. Rompem espontaneamente causando pneumotórax. São mais 
comuns em pessoas do sexo masculino. 
O dreno de tórax é colocado sob anestesia local ou toco regional (bloqueio intercostal), na 
cavidade pleural (entre pleura frontal e visceral). É feito, em geral, por material descartável, 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
mas nada impede a montagem através de tubos de silicone e vidros especiais para receber a 
drenagem 
Noções básicas de controle hidroeletrolítico, drenos, cateteres e sondas 
 
Distúrbios Hidroeletrolíticos 
 
 
Equipe Editorial Bibliomed 
 
 
Neste artigo: 
- Introdução 
 
- Hipovolemia 
 
- Hipervolemia 
 
- Hiperosmolaridade 
 
- Hipoosmolaridade 
 
- Conclusão 
 
- Referências Bibliográficas 
 
 
"As alterações hidroeletrolíticas são muito comuns e, apesar de na maioria dos casos 
serem secundárias a moléstias subjacentes, desempenham um papel importante no 
tratamento de diversos distúrbios". 
 
 
Introdução 
 
Os distúrbios hidroeletrolíticos distribuem-se em dois grupos principais: as variações de 
volume (hipo e hipervolemia) e as variações de concentração (hiper e hipoosmolaridade). 
Para compreender esses distúrbios, são necessárias algumas noções básicas sobre a 
distribuição da água corporal e fundamentos do metabolismo hidroeletrolítico.
 
A água corporal total (ACT) corresponde a aproximadamente 60% do peso corporal e 
relaciona-se inversamente à quantidade de gordura, devido às propriedades hidrófobas 
do tecido adiposo.Conseqüentemente, ela encontra-se em menor volume nas mulheres, 
nos indivíduos obesos e na senectude. A ACT encontra-se distribuída, principalmente, 
nos compartimentos Intracelular (IC) e extracelular (EC). Este último, por sua vez, 
subdivide-se nos compartimentos intersticial e intravascular. Do ponto de vista de 
importância clinica, são considerados apenas estes dois compartimentos (IC e EC).
 
Um terceiro compartimento, chamado de Transcelular, é representado pelo trato 
gastrintestinal, pelas serosidades (p.ex.: pleura, peritônio) e pelo líquido 
cefalorraquidiano. Este “Terceiro Espaço” não possui relevância na reserva líquida, mas 
torna-se importante nos casos de seqüestro hídrico, acumulando líquidos, eletrólitos e 
proteínas, situação que pode ser observada nos pacientes com obstrução intestinal, 
peritonite, queimaduras e traumas de partes moles. 
 
 
Apesar da neutralidade entre os diversos compartimentos, no IC predominam os cátions 
potássio e magnésio e os ânions fosfato, sulfato e proteínas, enquanto que no EC o 
cátion predominante é o sódio e os ânions são representados principalmente pelo cloreto 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
e bicarbonato. 
Tabela 01 - Eletrólitos do Espaço Extracelular (EC) 
Eletrólitos Valores Normais 
Sódio 135 –145 
Potássio 3.5 – 4.5 
Cloro 100 –106 
Bicarbonato 22-26 
Cálcio 4.5-5.5 
Magnésio 1.5-2.5 
Fósforo 2.5-4.0 
O número de partículas osmoticamente ativas em cada compartimento determina sua 
osmolalidade. Uma vez que o sódio é o principal cátion no EC, ele é utilizado como 
referência para determinar a Osmolalidade plasmática (Osm): a Osm normal varia de 280 
a 300 mOsm/L, o que equivale ao dobro da concentração plasmática de sódio acrescida 
de 6 a 8 mOsm. A Osm também pode ser determinada pela fórmula: 
Osm = (2 x Na) + (1/2,8 x Uréia Plasmática) + (1/18 x glicose plasmática) 
O organismo está permanentemente em busca da Homeostase Hidroeletrolítica. O 
Balanço Hídrico corporal representa esta tentativa em se manter o equilíbrio entre a água 
ingerida e a eliminada. A água livre na dieta e aquela presente nos alimentos sólidos 
representam cerca de 90% do aporte hídrico diário do organismo. Por outro lado, a Água 
Endógena corresponde àquela produzida pela combustão dos alimentos e responde por 
apenas 10% do aporte hídrico, mas, nos estados hipercatabólicos, pode chegar a 1.200 
mL por dia. 
 
A eliminação da água é controlada principalmente pelo hormônio antidiurético (ADH) e 
este, por sua vez, é estimulado pela hiperosmolaridade. O controle da natremia é feito 
pelos rins, via aldosterona – que se encontra aumentada nas situações de hipovolemia. 
Tabela 02 - Balanço Hídrico Diário 
Ganhos Perdas 
Água endógena 300 mL Urina 1.500 mL 
Líquidos livres na 
dieta 1.200 mL Fezes 100 mL 
Líquidos em 
alimentos sólidos 1.000 mL Perdas insensíveis 900 mL 
Hipovolemia 
 
Este é o distúrbio hidroeletrolítico mais comum e caracteriza-se por um estado de 
hipovolemia e normoosmolaridade decorrente da perda de sangue ou secreções 
corporais isotônicas. O paciente hipovolêmico apresenta-se adinâmico, com hipotonia 
muscular, hiporreflexia, Pressão Venosa Central (PVC) baixa, taquicardia e hipotensão 
postural ou de decúbito. Os sinais periféricos de desidratação tendem a se instalar 
apenas tardiamente, mas pode-se observar oligúria mesmo nos casos mais brandos. O 
nível de torpor varia de acordo com a intensidade da hipovolemia e o Choque instala-se 
quando as perdas alcançam 30-40% da volemia. Laboratorialmente, observas-se 
aumento do hematócrito, hipocalemia e aumento da relação uréia / creatinina (valor 
normal = 10:1). 
 
 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
Tabela 03 - Causas de Hipovolemia 
 Vômitos 
 Diarréia 
 Fístulas digestivas 
 Aspiração contínua por sonda 
nasogástrica (SNG) 
 Peritonite Obstrução intestinal 
 Hemorragias agudas 
 Uso de diuréticos 
 Diabetes Melito 
 Queimaduras extensas 
No tratamento do paciente hipovolêmico, recomenda-se iniciar a reposição com sangue 
caso o hematócrito seja inferior a 32%. Nas demais situações, podem ser utilizados 
solução salina a 0,9% ou ringer lactato. Existem diversas fórmulas para calcular o volume 
hídrico necessário, mas sem dúvida alguma o dado mais seguro para orientar o volume e 
a velocidade da reposição é o exame freqüente do paciente. A diurese é um dos 
melhores parâmetros clínicos para avaliar o andamento da reposição, mas não é útil nos 
casos de choque hiperdinâmico (nestes pacientes, a hiperosmolaridade provoca 
vasodilatação renal com oligúria tardia). Nos pacientes mais graves, recomenda-se 
monitorização invasiva por cateter de Swan-Ganz. 
 
 
Obviamente, assim como nos demais distúrbios hidroeletrolíticos discutidos adiante, 
corrigir a alteração de base (p.ex.: controle do foco hemorrágico ou tratamento da 
obstrução intestinal nos casos de hipovolemia) é fundamental. O tratamento do choque 
hipovolêmico foge ao escopo deste artigo. 
 
 
Hipervolemia 
 
Em geral, a hipervolemia é iatrogênica (super-hidratação), mas pode ocorrer em 
pacientes submetidos à reposição volêmica porém com dificuldade para eliminar a 
sobrecarga hídrica. 
 
Tabela 04 - Causas de 
Hipervolemia 
 Infusão excessiva de líquidos 
 Insuficiência renal 
 Insuficiência cardíaca 
 Insuficiência hepática 
 Insuficiência pulmonar 
 Desnutrição 
O ganho ponderal é a manifestação clínica mais precoce. Também podem ser 
observados alterações cardiopulmonares, taquicardia com tendência à hipotensão 
arterial, aumento da PVC, queda do hematócrito e hipoproteinemia. A natremia em geral 
encontra-se dentro da normalidade. 
 
 
A abordagem terapêutica da Hipervolemia baseia-se na correção do distúrbio de base 
(p.ex.: suspender a infusão de soluções endovenosas, corrigir a insuficiência cardíaca 
congestiva, etc). 
 
 
Hiperosmolaridade 
 
Este estado também costuma ser denominado Hipertonicidade ou Hipernatremia e 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
decorre (a) da perda excessiva de água em relação à perda de sódio, (b) do aumento de 
solutos em relação ao ganho de água ou (c) do aumento de solutos associado à perda de 
água. O cenário clínico mais comum da Hiperosmolaridade é a Desidratação Verdadeira, 
mas esta alteração hidroeletrolítica também pode ser encontrada em paciente com 
diabetes insipidus ou sobrecarga de solutos. 
 
Tabela 05 - Causas de 
Hiperosmolaridade 
 Privação hídrica 
 Febre alta e prolongada 
 Outros estados de sudorese profusa 
 Diabetes melito 
 Diabetes insípido 
 Outros estados de diminuição dos 
níveis de ADH 
 Reposição hídrica insuficiente 
 Superdosagem de diurético osmótico 
 Nutrição parenteral total 
 Hiperfunção da adrenal 
 Síndrome de Cushing 
 Hiperaldosteronismo 
 Taquipnéia 
As manifestações mais freqüentes da hiperosmolaridade são sede intensa, febre, 
confusão mental (podendo evoluir para coma), perda ponderal, pele seca e quente, 
língua geográfica, densidade urinária reduzida e hemoconcentração. 
 
 
O tratamento é feito com solução glicosada a 5%. Nos pacientes com hiperglicemia, 
recomenda-se solução salina a 0,45%. O volume a ser reposto pode ser definido por 
diversas fórmulas (TABELA 6). Deve-se infundir metade do valor encontrado nas 
primeiras 24h e o restante nas 48h seguintes, sempre respeitando o limite de 100 
ml/Kg/dia. Havendo hipernatremia sem sinais de desidratação, deve-se diminuir a oferta 
de sódio por via oral ou parenteral. Pacientes com Diabetes Insipidus devem receber 
reposição de ADH (p.ex: 01 a 02 gotas instiladas por via nasal de 8/8h). 
 
Tabela 06 - Fórmulas para Cálculo do Déficit de Volume no Estado Hiperosmolar 
a) Déficit de volume = (0,6 x peso corporal em Kg) x (1 – 140/natremia)b) Déficit de volume = 84 x peso corporal em Kg / natremia 
 
Hipoosmolaridade 
 
Este estado também costuma ser denominado Hipotonicidade ou Hiponatremia e, na 
maioria dos casos, resulta de uma sobrecarga hídrica associada a um distúrbio de 
excreção. Boa parte dos pacientes com hiponatremia (sódio plasmático abaixo de 134 
mmol/L) não possui deficiência de sódio, mas excesso de líquidos (hiponatremia 
dilucional). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
Tabela 07 - Causas de 
Hipoosmolaridade 
 Hiponatremia dilucional (é a mais 
comum) 
 Insuficiência hepática 
 Insuficiência cardíaca 
 Insuficiência renal 
 Desnutrição 
 Síndrome de secreção inapropriada 
do ADH 
 Pneumopatia aguda 
 Hemorragias graves 
 Uso de diuréticos sem restrição 
hídrica 
 Cirrose Hepática 
 Neoplasias 
 Hiperglicemia 
 Diarréia 
 Uso de drogas que aumentam a 
excreção de ADH (p.ex.: meperidina, 
indometacina, ciclofosfamida, 
carbamazepina) 
A Hipoosmolaridade costuma ser oligo ou mesmo assintomática, com manifestações 
clínicas ocorrendo apenas nos casos de hiponatremia severa de instalação abrupta. 
Mesmo assim este é um diagnóstico difícil e exige um alto índice de suspeição por parte 
do médico assistente. Podem ser observados cefaléia, irritabilidade, distúrbios da 
personalidade, delírios, alucinações, ataxia, hipo/hiperrreflexia, afasia, midríase paralítica, 
convulsões, vômitos, bradicardia, apnéia, edema, oligúria e aumento do peso corporal. A 
presença de insuficiência renal sugere um prognóstico sombrio. 
 
 
As manifestações neurológicas são as mais importantes e, em alguns casos agudos e 
severos, pode ocorrer uma complicação grave denominada Mielinólise Pontina Central 
(MPC). Pacientes com MPC apresentam perda seletiva da bainha de mielina nos 
neurônios localizados na porção mais central da ponte. Este evento é mais comum em 
alcoólatras e manifesta-se com ausência de resposta ao estímulo doloroso, incapacidade
de falar ou deglutir apesar do estado alerta, flutuações do nível de consciência, 
convulsão, hipotensão, paralisia pseudo-bulbar ou mesmo quadriplegia flácida. A MPC 
também pode decorrer da correção excessivamente rápida de um estado hiponatrêmico 
crônico. 
 
A abordagem terapêutica da Hipoosmolaridade deve ser iniciada descartando-se a 
pseudo-hiponatremia e isto pode ser feito utilizando-se a determinação da osmolaridade 
plasmática. Pacientes com hiponatremia e hiperosmolaridade apresentam pseudo-
hiponatremia por aumento dos níveis circulantes de glicose. A hiponatremia associada a 
osmolaridade normal decorre do excesso de lipídios ou proteínas. Na maioria dos casos 
de hiponatremia, porém, a osmolaridade encontra-se diminuída. 
 
 
Nos pacientes com Hiponatremia Hipoosmolar deve-se inicialmente procurar corrigir o 
distúrbio de base (p.ex.: ressuscitação volêmica com soluções salinas isotônicas para o 
choque hipovolêmico, tratamento da diarréia, etc). Nos casos suspeitos de SIADH, indica-
se reposição de sódio via SNG em doses fracionadas – a infusão endovenosa pode 
acentuar a poliúria e agravar o quadro. A tetraciclina pode ser empregada para bloquear 
o ADH. 
 
 
Sendo necessário repor sódio, o déficit deve ser calculado segundo a fórmula abaixo. 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
Repõe-se metade e então se repete o ionograma. Muitos autores recomendam iniciar 
imediatamente a reposição nos casos de natremia < 118 mEq/L, mas esta reposição 
deve ser igualmente cautelosa, lenta e parcial. 
Déficit de Sódio = (Na normal – Na do paciente) x (0,6 x peso corporal) 
Conclusão 
 
A abordagem dos distúrbios hidroeletrolíticos pode ser feita a partir de alguns passos 
elementares: anamnese e exame físico detalhados e direcionados para avaliação da 
volemia e análise laboratorial incluindo ionograma, osmolaridade plasmática e 
osmolaridade urinária. Os resultados advindos destes passos freqüentemente bastam 
para guiar o tratamento. 
 
 
Palavras-Chave: hidroeletrolítico; hipovolemia; hipervolemia; osmolaridade; hiponatremia; 
hipernatremia 
 
Referências Bibliográficas 
 
 
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treatment. Natl Med J India 2001 Sep-Oct;14(5):277-83 
 
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correction. Postgrad Med 2000 May 1;107(5):75-82; quiz 179 
 
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Nephrol 1998 Feb;12(2):160-7 
 
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quiz 23. 
 
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[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIDADOS PRÉ E PÓS 
OPERATÓRIOS 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 18 
Definição de pré-operatório ............................................................................................................... 18 
Definição de pós – operatório ............................................................................................................ 18 
1. Cirurgia Cardíaca .............................................................................................................................. 18 
1.1. Tipos de cirurgia cardíaca: ......................................................................................................... 18 
1.2. Conduta pré – operatória/cuidados de enfermagem: ................................................................. 19 
1.3. Conduta pós-operatória/cuidados de enfermagem: ................................................................... 19 
1.4. Intervenções de enfermagem ..................................................................................................... 19 
2. Cirurgia Ortopédica ........................................................................................................................... 20 
2.1. Tipos de cirurgia: ........................................................................................................................ 20 
2.2. Cuidados de enfermagem no pré-operatório .............................................................................. 20 
2.3. Cuidados de enfermagem no pós – operatório: ......................................................................... 21 
2.4. Intervenções de enfermagem ..................................................................................................... 21 
3. Cirurgia Gastrintestinal ...................................................................................................................... 21 
3.1. Tipos de cirurgia: ........................................................................................................................21 
3.2. Tratamento pré-operatório/cuidados de enfermagem ................................................................ 21 
3.3. Tratamento Pós – operatório/cuidados de enfermagem: ........................................................... 22 
4. Cirurgia Renal.................................................................................................................................... 22 
4.1.Tratamento pré-operatório/cuidados de enfermagem: ................................................................ 23 
4.2. Tratamento pós-operatório/cuidados de enfermagem: .............................................................. 23 
4.3. Intervenções de enfermagem ..................................................................................................... 24 
5. Cirurgias proctologicas ...................................................................................................................... 24 
5.1. Intervenções cirúrgicas ............................................................................................................... 24 
5.2. Tratamento pré-operatório / cuidados de Enfermagem ............................................................. 24 
5.3. Tratamento pós – operatório/cuidados de Enfermagem: ........................................................... 25 
5.4. Intervenções de enfermagem ..................................................................................................... 25 
6. Cirurgia neurológica .......................................................................................................................... 25 
6.1. Tratamento pré-operatório .......................................................................................................... 26 
6.2. Tratamentos pós – operatório:.................................................................................................... 26 
6.3. Tratamento de Enfermagem: ...................................................................................................... 26 
6.4. Prescrições de Enfermagem: ..................................................................................................... 26 
7. Cirurgias ginecológicas ..................................................................................................................... 27 
7.1. Cuidados pré – operatórios: ....................................................................................................... 27 
7.2. Cuidados pós – operatórios: ....................................................................................................... 27 
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................................... 28 
 
 
 
 
 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Definição de pré-operatório 
É o período de tempo que tem início no momento em que se reconhece a necessidade 
de uma cirurgia e termina no momento em que o paciente chega à sala de operação. 
Subdivide-se em mediato (desde a indicação para a cirurgia até o dia anterior a ela) e 
em imediato (corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia). 
 
Intervenções de enfermagem 
• Atender o paciente conforme suas necessidades psicológicas (esclarecimento 
de dúvidas); 
• Verificar sinais vitais; 
• Pesar o paciente; 
• Colher material para exames conforme solicitação médica; 
• Observar e anotar a aceitação da dieta; 
• Orientar higiene oral e corporal antes de encaminhar o paciente para o centro 
cirúrgico; 
• Manter o paciente em jejum, conforme rotina; 
• Fazer tricotomia conforme rotina; 
• Orientar o paciente a esvaziar a bexiga 30 minutos antes da cirurgia; 
• Retirar próteses dentárias, jóias, ornamentos e identificá-los; 
• Encaminhar o paciente ao centro cirúrgico 
 
Definição de pós – operatório 
É o período que se inicia a partir da saída do paciente da sala de cirurgia e perdura até 
a sua total recuperação 
Subdivide –se em: 
Mediato: (após 24 horas e até 7 dias depois) 
Tardio: (após 07 dias do recebimento da alta) 
 
Intervenções de enfermagem 
• Receber e transferir o paciente da maca para o leito com cuidado, observando 
sondas e soro etc. 
• Posicionar o paciente no leito, conforme o tipo de anestesia; 
• Verificar sinais vitais; 
• Observar o estado de consciência (sonolência); 
• Avaliar drenagens e soroterapia; 
• Fazer medicações conforme prescrição; 
• Realizar movimentos dos membros superiores ou inferiores livres se possível; 
• Controlar a diurese; 
• Assistir psicologicamente o paciente e os familiares; 
• Observar e relatar as seguintes complicações: (pulmonares “cianose, dispnéia, 
agitação”); Urinárias (infecção e retenção urinária); Gastrointestinais (náuseas, 
vômitos, constipação intestinal, sede); Vasculares (Cianoses e edemas); da 
ferida operatória (hemorragia, infecção e deiscência) e choque. 
 
 
1. Cirurgia Cardíaca 
A cirurgia do coração aberto é mais comumente realizada para a doença da artéria 
coronariana, disfunção valvular e defeitos cardíacos congênitos. 
 
1.1. Tipos de cirurgia cardíaca: 
1-Cirurgia de “transposição” da artéria coronária. 
2-Cirurgia valvular. 
 3-Cirurgia cardíaca congênita. 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
 
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1.2. Conduta pré – operatória/cuidados de enfermagem: 
• Rever a doença do paciente para determinar o estado dos sistemas pulmonar, 
hepático, hematológico e metabólico. 
• Obter estudos laboratoriais pré-operatórios. 
• Avaliar os esquemas medicamentosos; digital, diuréticos, Bloqueadores beta-
adrenergicos, psicotrópicos, anti-hipertensivos, álcool, anticoagulantes, 
corticosteróides, antibióticos profiláticos. 
• Melhorar a doença pulmonar subjacente e a função respiratória para reduzir o 
risco de complicações. 
- Estimular o paciente a interromper o fumo. 
- Tratar a infecção e a congestão pulmonar vascular. 
• Preparar o paciente para os acontecimentos no período pós – operatório. 
• Avaliar estado emocional do paciente e tentar diminuir as ansiedades. 
• Preparação cirúrgica. 
 
1.3. Conduta pós-operatória/cuidados de enfermagem: 
• Garantir uma oxigenação adequada no período pós-operatório imediato a 
insuficiência; a insuficiência respiratória é comum após a cirurgia de coração 
aberto. 
• Empregar a monitorização hemodinâmica durante o período pós-operatório 
imediato, para avaliar o estado cardiovascular e respiratório e o equilíbrio 
hidroeletrolitico, no sentido de evitar complicações ou reconhecê-las o mais 
cedo possível. 
• Monitorar a drenagem dos drenos torácicos mediastinais e pleurais. 
• Monitorar rigorosamente o equilíbrio hidroeletrolítico, podem ocorrer a acidose 
metabólica e o equilíbrio eletrolítico depois do uso de um oxigenador de 
bomba. 
• Administrar medicamentos pós-operatórios. 
• Monitorar quanto a complicações. 
• Instituir o marcapasso cardíaco se indicado através dos fios do marca-passo 
temporário. 
 
1.4. Intervenções de enfermagem 
• Minimizar ansiedade; 
• Promover uma troca gasosa adequada; 
• Manutenção do débito cardíaco adequado; 
• Mantendo o volume adequado de líquido; 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
• Aliviar a dor; 
• Promover a orientação perceptiva e psicológica; 
• Outras responsabilidade de enfermagem evitando complicações. 
G1- Arritmias 
G2- Tamponamento cardíaco 
G3- IM 
G4- Embolização 
G5- Sangramento 
G6- Febre/infecção 
G7- Insuficiência renal 
 
 
2. Cirurgia Ortopédica 
 2.1. Tipos de cirurgia: 
• Redução aberta 
• Fixação interna 
• Enxerto ósseo 
• Artroplastia 
• Substituição articular 
• Substituição articular total 
• Minescectomia 
• Transferência tendinosa 
• Fasciotomia 
• Amputação 
 
 
Imagem retirada em página da google2.2. Cuidados de enfermagem no pré-operatório 
• Avaliar o estado nutricional: hidratação ingesta protéica e calórica maximizar a 
cicatrização e reduzir o risco de complicações pelo fornecimento de líquidos 
intravenosos, vitaminas e suplementos nutricionais, conforme indicado. 
• Determinar se a pessoa recebeu previamente terapia com corticosteróides. 
• Determinar se a pessoa apresenta infecção poderia contribuir para o 
surgimento de osteomielite após cirugia. 
• Preparar o paciente para as rotinas pré-operatórias: tosse e respiração 
profunda, checagem freqüente dos sinais vitais. 
• Pedir ao paciente que pratique como urinar na comadre ou no compadre na 
posição de decúbito dorsal, antes da cirurgia. 
• Familiarizar o paciente com o aparelho de tração e a necessidade de uma tala 
ou um aparelho gessado, conforme indicado pelo tipo de cirurgia 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
2.3. Cuidados de enfermagem no pós – operatório: 
• Monitorar o estado neurovascular e tentar eliminar a tumefação causada por 
edema e sangramento para dentro dos tecidos. 
• Imobilizar a área afetada e eliminar a atividade a fim de proteger o local 
operado e estabilizar as estruturas músculo esqueléticas. 
• Monitorar quanto a hemorragia e choque, que podem resultar de um 
sangramento significativo e de uma hemostasia precária dos músculos que 
ocorre com a cirurgia ortopédica. 
 
2.4. Intervenções de enfermagem 
• Monitorando quanto choque e hemorragia 
• Promovendo um padrão respiratório eficaz 
• Monitorando o estado neurovascular periférico 
• Aliviando a dor 
• Prevenindo infecção 
• Minimizando os efeitos da imobilidade 
• Proporcionando cuidados adicionais de enfermagem 
 
 
3. Cirurgia Gastrintestinal 
3.1. Tipos de cirurgia: 
• Cirurgias Gástricas 
• Cirurgia para Hernia 
• Cirurgias Intestinais 
• Cirurgias Laparoscopica 
 
 
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3.2. Tratamento pré-operatório/cuidados de enfermagem 
• Explicar todas as provas diagnosticas e procedimentos para promover uma 
colaboração e relaxamento. 
• Descrever o motivo e o tipo do procedimento cirúrgico, bem como os cuidados 
pós-operatórios (isto é soro, bomba de analgesia controlada pelo paciente, 
sonda nasogástrica, drenos, cuidados com a incisão, possibilidade de ostomia. 
• Explicar os fundamentos da respiração profunda e ensinar ao paciente como 
virar-se tossir, respirar, usar o espirômetro de incentivo e mobilizar a incisão. 
Essas medidas minimizarão as complicações pós – operatórias 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
• Administrar líquidos IV ou nutrição parenteral total (NPT) antes da cirurgia, 
conforme determinado para melhorar o equilíbrio hidroeletrolítico e o estado 
nutricional. 
• Monitorar a ingestão e a eliminação. 
• Enviar amostras de sangue conforme prescrito para estudos laboratoriais pré-
operatórios, e monitorar os resultados. 
• Informar que o preparo do intestino será iniciado 1 a 2 dias antes da cirurgia 
para uma melhor visualização. 
• Administrar antibióticos, conforme prescrito. 
• Coordenar uma consulta como enfermeiro terapeuta quando o paciente estiver 
programado para uma ostomia a fim de iniciar o conhecimento o tratamento 
precoce dos cuidados pós – operatórios. 
• Explicar que o paciente estará em dieta zero após a meia noite da véspera da 
cirurgia 
 
3.3. Tratamento Pós – operatório/cuidados de enfermagem: 
• Realizar um exame físico completo pelo menos uma vez por plantão ou mais 
freqüentemente, conforme indicado. 
• Monitorar os resultados dos exames laboratoriais e avaliar o paciente quanto a 
sinais e sintomas de desequilíbrio eletrolítico. 
• Manter drenos, acessos IV e todos os cateteres. 
• Manter a SNG, quando prescrito. 
• Aplicar meias elásticas. 
• Estimular e ajudar o paciente a virar-se, tossir, respirar profundamente e usar o 
espirômetro de incentivo a cada 2 Hs e conforme necessidade. 
• Instruir sobre o uso de analgesia controlada pelo paciente ou fornecer conforto 
com outros analgésicos. 
• Mudar os curativos todos os dias ou quando necessário, mantendo uma 
técnica asséptica. 
• Aumentar a dieta conforme prescrito o retorno dos sons intestinais indica que o 
trato GI readquiriu a motilidade. 
• Orientar quanto aos hábitos dietéticos. 
 
 
4. Cirurgia Renal 
A cirurgia renal pode incluir a nefrectomia (remoção do rim), transplante renal para 
insuficiência renal crônica, procedimentos para remover obstrução, tal como cálculos ou 
tumores, procedimentos para introduzir tubos de drenagem, (nefrostomia). As abordagens 
variam mas podem envolver o flanco, as regiões torácicas e abdominal. 
A nefrectomia é mais utilizada, para tumores malignos do rim, mas também pode estar 
indicada para traumatismo e rim que não mais funciona devido a distúrbios obstrutivos e outras 
doenças renais. 
A ausência de um rim não leva a uma função renal inadequada quando o rim 
remanescente é normal. 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
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4.1.Tratamento pré-operatório/cuidados de enfermagem: 
• Preparar o paciente para cirurgia, com informações a respeito da rotina da sala 
de cirurgia, administrar antibióticos para limpeza intestinal. 
• Avaliar os fatores de risco para a tromboembolia (Fumo, uso de 
anticoncepcionais orais varizes nas extremidades inferiores) e aplicar meias 
elásticas, se prescrito. Rever os exercícios com a perna e fornecer informações 
a respeito das meias compressivas/seqüenciais que serão utilizadas no pós-
operatório. 
• Avaliar o estado pulmonar (presença de dispnéia, tosse produtiva, outros 
sintomas cardíacos relacionados) e ensinar os exercícios de respiração 
profunda, tosse eficaz e uso do espirômetro de incentivo. 
• Se a embolização da artéria renal está sendo feita antes da cirurgia para 
pacientes com carcinoma de células renais, monitorar e tratar dos seguintes 
sintomas da síndrome pós-infarto, que pode durar até 3 dias: 
- Dor no flanco. 
- Febre. 
- Leucocitose. 
- Hipertensão. 
 
4.2. Tratamento pós-operatório/cuidados de enfermagem: 
• Monitorar os sinais vitais e a área da incisão quanto a indícios de sangramento 
ou hemorragia. 
• Avaliar quanto a complicações pulmonares de atelectasia, pneumonia, 
pneumotórax. Manter os pulmões limpos e boa drenagem do tubo torácico, 
quando usado (a proximidade da cavidade toráxica com a região operada pode 
levar à necessidade de uma drenagem torácica pela colocação de um dreno no 
pós-operatório). 
• Manter a permeabilidade dos tubos de drenagem urinária (nefrostomia, cateter 
suprapubiano ou uretral) e extensores uretrais, quando indicados. 
• Monitorar as extremidades inferiores e o estado respiratório quanto a 
complicações trombólicas. 
• Avaliar sons intestinais, distensão abdominal e dor que possa indicar íleo 
paralítico e necessidade de descompressão nasogástrica. 
• Para os pacientes de transplante renal, administrar medicamentos 
imunossupressores (corticosteróides, associados com azatioprina [imuran] ou 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
agente semelhante), conforme prescrito, e monitorar os sinais precoces de 
rejeição- temperatura superior a 38.5ºC, débito urinário diminuído, aumento de 
peso de 1kg ou mais durante a noite, dor ou hipersensibilidade sobre o local do 
enxerto. Hipertensão, creatinina sérica aumentada. 
 
4.3. Intervenções de enfermagem 
• Aliviando a dor. 
• Promovendo a eliminação urinária. 
• Evitando a infecção. 
• Mantendo o equilíbrio hídrico. 
 
 
5. Cirurgias proctologicas 
A cirurgia proctologicas pode ser feita para HPB ou câncer de próstata. A abordagem 
cirúrgica depende do tamanho da glândula, intensidade da obstrução, idade, saúde subjacente 
e doença prostática.5.1. Intervenções cirúrgicas 
• Ressecção trasuretral da próstata (RTU ou RTUP)- a mais comum e feita sem 
uma incisão por meio de instrumento endoscópico. 
• Prostatectomia aberta 
• Suprapubaian- incisão na área suprapubiana e através da parede vesical; feita 
freqüentemente para HBP 
• Perineal – incisão entre o escroto e a área retal; pode ser feita em pacientes 
com baixo risco cirúrgico, mas produz uma incidência mais elevada de 
incontinência urinária e impotência. 
• Retropúbica- incisão ao nível da sínfise pubiana; conserva os nervos 
responsáveis pela função sexual em 50% de pacientes. 
 
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5.2. Tratamento pré-operatório / cuidados de Enfermagem 
 
• Explicar a natureza da cirurgia e os cuidados pós-operatórios presvistos, 
incluindo a drenagem por cateter, irrigação e monitoramento da hematúria. 
• Discutir as complicações da cirurgia e como o paciente se adaptará. 
• Incontinência ou gotejamento da urina por até 1 ano após a operação; 
exercícios perineais (kegel) ajudam a readquirir o controle urinário. 
• Ejaculação retrógrada – líquido seminal liberado para dentro da bexiga e 
eliminado na urina me vez da uretra durante as relações sexuais; a impotência 
geralmente não é uma complicação da RTU, mas é freqüentemente uma 
complicação da prostatectomia aberta. 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
• Administrar a preparação intestinal conforme prescrito, ou instruir o paciente na 
administração doméstica e manter-se em jejum após a meia – noite. 
• Garantir um bom estado cardíaco, respiratório e circulatório para diminuir o 
risco de complicações. 
• Administrar antióticos profiláticos, conforme prescrito. 
 
5.3. Tratamento pós – operatório/cuidados de Enfermagem: 
• Manter a drenagem urinária e monitorar quanto à hemorragia. 
• Proporcionar cuidados com a ferida e evitar a infecção. 
• Aliviar a dor e promover a deambulação precoce. 
• Monitorar e evitar as complicações : 
- Infecção e deiscência da ferida. 
- Obstrução ou infecção urinária. 
- Hemorragia. 
- Tromboflebite, embolia pulmonar. 
- Incontinência urinária, disfunção sexual. 
 
5.4. Intervenções de enfermagem 
• Facilitando a drenagem Urinária. 
• Evitando a infecção. 
• Aliviando a Dor. 
• Reduzindo a ansiedade. 
 
 
6. Cirurgia neurológica 
 Os avanços tecnológicos e o refinamento dos procedimentos de imageamento e das 
técnicas cirúrgicas tornaram possível aos neurocirurgiões localizar e tratar das lesões 
intracranianas com maior precisão que outrora. Os instrumentos microcirúrgicos permitem que 
o delicado tecido seja separado sem trauma. 
 O uso de armações e equipamentos estereotáxicos possibilitam a localização de um 
alvo puntiforme específico no cérebro; as condutas esterotáxicas são utilizadas com lasers e 
bisturi gama. Os vasos às estruturas podem ser coagulados sem provocar lesões para as 
próprias estruturas. Para alguns pacientes, a craniotomia permanece como a conduta mais 
apropriada; ela pode ser combinada a outras modalidades de tratamento. 
 
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[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
6.1. Tratamento pré-operatório 
Em geral são colocados sob medicamentos anticonvulsivantes antes da cirurgia para 
diminuir o risco de convulsões pós – operatórias. Antes da cirurgia, os esteróides podem ser 
administrados para reduzir o edema cerebral. Os líquidos podem ser restringidos. Um agente 
hiperosmótico e um diurético podem ser administrados imediatamente antes e por vezes, no 
decorrer da cirurgia, caso o paciente tenda a reter líquidos, como acontece com muitos 
portadores de disfunção intracraniana. Uma sonda urinária de demora é inserida antes que o 
paciente seja levado para a sala de cirurgia, de modo a drenar a bexiga durante a 
administração dos diuréticos e para permitir que o débito urinário seja monitorizado. O paciente 
pode ter um acesso central instalado para a administração de líquidos e para a monitorização 
da pressão venosa central depois da cirurgia. O paciente pode receber antibióticos, caso exista 
um possibilidade de contaminação cerebral, ou diazepam antes da cirurgia para combater a 
ansiedade. 
 O couro cabeludo é tricotomizado imediatamente antes da cirurgia, de modo que 
quaisquer abrasões superficiais resultantes não tenham tempo para ficar infectadas. 
 
6.2. Tratamentos pós – operatório: 
Um acesso arterial e uma linha de pressão venosa central podem estar posicionados 
para monitorizar a pressão arterial e a pressão venosa central. O paciente pode estar intubado 
e pode receber oxigenoterapia suplementar. Além disso deve-se obter os seguintes resultados: 
• Reduzir o edema cerebral. 
• Aliviar a dor e prevenindo as convulsões. 
• Monitorar a PIC. 
 
6.3. Tratamento de Enfermagem: 
O histórico pré-operatório serve como uma linha basal contral a qual podem ser 
julgados o estado pós-operatório e a recuperação. Esse histórico inclui a avaliação do nível de 
consciência e responsividade aos estímulos e a identificação de quaisquer déficits 
neurológicos, como a paralisia, disfunção visual, alterações na personalidade e na fala, bem 
como distúrbios vesicais e intestinais. A função motora dos membros é testada pela força de 
preensão manual ou pela impulsão com os pés. 
A compreensão que o paciente e a família têm do procedimento cirúrgico previsto e 
suas possíveis seqüelas é avaliada, juntamente com suas reações à cirurgia iminente. Avalia-
se a disponibilidade de sistemas de suporte para o paciente e para a família. 
Na preparação para a cirurgia, os estados físico e emocional do paciente são 
trabalhados até um nível ótimo, a fim de reduzir o risco de complicações pós-operatórias. O 
estado físico do paciente é avaliado para os déficits neurológicos e seus impactos potenciais 
depois da cirurgia. Quando os braços ou as pernas estão paralisados, os apoios de trocanter 
são aplicados aos membros e os pés são posicionados contra uma prancha de pé. Um 
paciente está afásico, os materiais para escrever ou os cartões com figuras e palavras, 
indicando a comadre, copo para água, cobertor e outros itens freqüentemente utilizados, 
podem ser fornecidos para ajudar a melhorar a comunicação. 
O preparo emocional do paciente inclui fornecer informações sobre o que esperar 
depois da cirurgia. O grande curativo craniano aplicado depois da cirurgia pode comprometer 
temporariamente a cura. A visão pode ficar limitada, caso os olhos apresentem edema. 
Quando uma traqueostomia ou tubo endotraqueal está em posição, o paciente será incapaz de 
falar até que o tubo seja removido, de modo que deve ser estabelecido um método alternativo 
de comunicação. 
Um estado cognitivo alterado pode fazer com que o paciente não fique ciente da 
cirurgia iminente. Mesmo assim, são necessários o encorajamento e a atenção para as 
necessidades do paciente. A despeito do estado de consciência do paciente, os membros da 
família precisam de tranqüilização e apoio porque eles reconhecem a gravidade da cirurgia 
cerebral. 
 
6.4. Prescrições de Enfermagem: 
• Obter a homeostase neurológica. 
• Regular a temperatura. 
• Melhorar a troca gasosa. 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
• Tratar a privação de sensação. 
• Estimular a auto – imagem. 
• Monitorar a PIC aumentada, o sangramento e o choque hipovolêmico. 
• Prevenir as infecções. 
• Monitorar a atividade convulsiva. 
 
 
7. Cirurgias ginecológicas 
As cirurgias ginecológicas são uma gama de cirurgia relacionada ou aparelho 
reprodutor feminino, entre algumas delas pode-se relacionar: a histectomia, salpingectomia, 
oforectomia, portos cesarianos, perinioplastia, ligadura tubária entre outras, todas elas 
possuem cuidados em comuns estes cuidados também irá depender bastante das 
necessidades de cada paciente, a enfermagemtem papel fundamental para com estas 
paciente isso se deve pela grande influencia psicossocial que a mesma irá enfrentar, desta 
forma cabe a enfermagem diversos cuidados relacionados ao paciente alguns deles estão 
relacionados logo abaixo: 
 
 
Imagem retirada em pagina da google 
 
7.1. Cuidados pré – operatórios: 
• Manter paciente em jejum. 
• Efetuar tricotomia local. 
• Providenciar enteroclisma. 
• Elaborar tipagem sangüínea. 
• Aplicar pré – anestésico prescrito. 
• Providenciar preparo psicológico. 
 
7.2. Cuidados pós – operatórios: 
• Sonda vesical: deverá ser retirada 24 à 48 horas após cirurgia, observar 
drenagem e aspectos da urina. 
• Monitorar e observar curativos, drenos e sangramentos vaginais. 
• Alimentação progressiva – iniciar 24 ou 48 horas após cirurgia (critério médico). 
• Estimular deambulação precoce. 
• Retirar gazes de tamponamento 24 horas após determinadas cirurgias 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
- BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico – cirurgico. 9ª ed. Rio de Janeiro; 
Guanabara Koogan: 2002. 
 
- NETTINA. Prática de Enfermagem. 6ª ed. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan: 1996. 
 
 
 
 
 
 
Terminologia Cirúrgica 
 
Algumas palavras aparecerão em textos, cujos significados não devem ser claros para quem 
com elas toma o primeiro contato. Outras aparecerão durante o dia-a-dia cirúrgico e, por 
pertencerem a um vernáculo técnico ou por constituirem às vezes gíria dentro do hospital ou 
sala de operações, merecem um esclarecimento adequado. 
 
 
 
OPERAÇÕES DE REMOÇÃO (ECTOMIA) 
 
 
- Apendicectomia - remoção do apêndice 
 
- Cistectomia- remoção da bexiga 
 
- Colecistectomia - remoção da vesícula biliar 
 
- Colectomia - remoção do colo 
 
- Embolectomia - extração de um êmbolo 
 
- Esofagectomia - remoção do esôfago 
 
- Esplenectomia - remoção do baço 
 
- Fistulectomia - remoção de fístula 
 
- Gastrectomia - remoção parcial ou total do estômago 
 
- Hemorroidectomia - remoção de hemorróidas 
 
- Hepatoectomia - remoção de parte do fígado 
 
- Histerectomia- extirpação do útero 
 
- Lobectomia - remoção de um lobo de um órgão 
 
- Mastectomia - remoção da mama 
 
- Miomectomia - remoção de mioma 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
- Nefrectomia - remoção do rim 
 
- Ooforectomia - remoção do ovário 
 
- Pancreatectomia - remoção do pâncreas 
 
- Pneumectomia - remoção do pulmão 
 
- Prostatectomia - remoção da próstata 
 
- Retossigmoidectomia - remoção do retossigmóide 
 
- Salpingectomia - extirpação da trompa 
 
- Tireoidectomia - remoção da tireóide 
 
 
 
OPERAÇÕES DE ABERTURA (TOMIA) 
 
- Artrotomia - abertura da articulação 
 
- Broncotomia - abertura do brônquio 
 
- Cardiotomia - abertura do cárdia (transição esôfago-gástrica) 
 
- Coledocotomia - abertura e exploração do colédoco 
 
- Duodenotomia - abertura do duodeno 
 
- Flebotomia - dissecção (individualização e cateterismo) de veia 
 
- Laparotomia - abertura da cavidade abdominal 
 
- Papilotomia - abertura da papila duodenal 
 
- Toracotomia - abertura da parede torácica 
 
 
 
 
 
CONSTRUÇÃO CIRÚRGICA DE NOVAS BOCAS (STOMIA) 
 
- Cistostomia - abertura da bexiga para drenagem de urina 
 
- Colecistostomia - abertura e colocação de dreno na vesícula biliar 
 
- Coledocostomia - colocação de dreno no colédoco para drenagem 
 
- Colostomia - abertura do colo através da parede abdominal 
 
- Enterostomia - abertura do intestino através da parede abdominal 
 
- Gastrostomia abertura e colocação de uma sonda no estômago através da parede abdominal 
 
- Ileostomia - formação de abertura artificial no íleo 
 
- Jejunostomia - colocação de sonda no JeJuno para alimentação 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
- Nefrostomia - colocação de sonda no rim para drenagem de urina 
 
 
 
OPERAÇÕES DE FIXAÇÃO ou REPOSICIONAMENTO (PEXIA) 
 
- Histeropexia - suspensão e fixação do útero 
 
- Nefropexia - suspensão e fixação do rim 
 
- Orquiopexia - abaixamento e fixação do testículo em sua bolsa 
 
- Cistopexia – Fixação da bexiga geralmente á parede abdominal 
 
 
OPERAÇÕES PARA ALTERAÇÃO DA FORMA E/OU FUNÇÃO (PLASTIA) 
 
- Piloroplastia - plástica do piloro para aumentar seu diâmetro 
 
- Rinoplastia - plástica do nariz 
 
- Salpingoplastia - plástica da trompa para sua recanalização 
 
- Toracoplastia - plástica da parede torácica 
 
 
OPERAÇÕES DE SUTURA (RAFIA) 
 
- Colporrafia - sutura da vagina 
 
- Gastrorrafia - sutura do estômago 
 
- Herniorrafia - sutura da hérnia 
 
- Perineorrafia - sutura do perineo 
 
- Tenorrafia - sutura de tendão 
 
 
OPERAÇÕES PARA OBSERVAÇÃO e EXPLORAÇÃO (SCOPIA) 
 
- Broncoscopia - exame sob visão direta dos brônquios 
 
- Cistoscopia - idem para bexiga 
 
- Colposcopia - idem para vagina 
 
- Esofagoscopia - idem para esôfago 
 
- Gastroscopia - idem para estômago 
 
- Laringoscopia - idem para laringe 
 
- Laparoscopia - idem para cavidade abdominal 
 
- Retossigmoidoscopia - idem para retossigmóide 
 
 
 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
 
 
 
SONDAGENS 
 
Apesar de termos inúmeros tipos de sondas e diferentes locais para utilizá-los, iremos nesta 
aula nos deter basicamente nas sondagens vesical, gastrointestinal e retal. Importante é a 
conceituação correta de sonda e cateter, que freqüentemente são utilizados para funções 
semelhantes. Sonda é definida como um tubo que se introduz em canal do organismo, natural 
ou não para reconhecer-lhe o estado, extrair ou introduzir algum tipo de matéria. Na definição 
de cateter temos: instrumento tubular que é inserido no corpo para retirar líquidos, introduzir 
sangue, soro, medicamentos e efetuar investigações diagnósticas. 
 
SONDAGEM VESICAL 
Quando a urina não pode ser eliminada naturalmente, deve ser drenada artificialmente através 
de sondas ou cateteres que podem ser introduzidos diretamente na bexiga, ureter ou pelve 
renal. A sondagem vesical é a introdução de uma sonda ou cateter na bexiga, que pode ser 
realizada através da uretra ou por via supra-púbica, e tem por finalidade a remoção da urina. 
Suas principais indicações são: obtenção de urina asséptica para exame, esvaziar bexiga em 
pacientes com retenção urinária, em preparo cirúrgico e mesmo no pós operatório, para 
monitorizar o débito urinário horário e em pacientes inconscientes, para a determinação da 
urina residual ou com bexiga neurogênica que não possuam um controle esfincteriano 
adequado. 
A sondagem vesical pode ser dita de alívio, quando há a retirada da sonda após o 
esvaziamento vesical, ou de demora, quando há a necessidade de permanência da mesmo. 
Nestas sondagens de demora, a bexiga não se enche nem se contrai para o seu esvaziamento, 
perdendo com o tempo, um pouco de sua tonicidade e levando à incapacidade de contração do 
músculo detrursor; portanto antes da remoção de sonda vesical de demora, o treinamento com 
fechamento e abertura da sonda de maneira intermitente, deve ser realizada para a prevenção 
da retenção urinária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
 
Sonda vesical de alívio Sondas vesicais de demora de duas e três vias vias 
Quando há a necessidade de uma sonda de demora, é imperativo a utilização de um 
sistema fechado de drenagem, que consiste de uma sonda ou cateter de demora, um tubo de 
conexão e uma bolsa coletora que possa ser esvaziada através de uma valva de drenagem, 
tudo isto para a redução do risco de infecção (ilustraçãoabaixo). 
 
 
 
O risco de infecção é inerente ao procedimento; a colonização bacteriana ocorre na metade 
dos pacientes com sonda de demora por duas semanas e praticamente em todos os pacientes 
após seis semanas de sondagem. Sabe-se que as infecções do trato urinário são responsáveis 
por um terço de todas as infecções hospitalares, e que na grande maioria das vezes existiu um 
procedimento invasivo do trato urinário, pois nesses procedimentos os microorganismos podem 
ter acesso ao trato urinário através da uretra no momento da sondagem, através da delgada 
camada de líquido uretral externo à sonda e através da luz interna da sonda após 
contaminação. Este índice de infecção acontece mesmo com a obediência de todos os 
preceitos de uma boa técnica de sondagem vesical. 
 
 
 
DRENAGEM VESICAL SUPRA-PÚBICA - É realizada através da introdução de um cateter 
após uma incisão ou punção na região supra-púbica, a qual é preparada cirurgicamente, sendo 
que o cateter é posteriormente conectado à um sistema de drenagem fechado. Suas 
indicações principais são pacientes com retenção urinária por obstrução uretral sem 
possibilidades de cateterização, em pacientes com neoplasia de próstata ou em pacientes com 
plegias, ou seja quando há necessidade de uso crônico da sonda. São várias as vantagens da 
drenagem supra-púbica: os pacientes são capazes de urinar mais precocemente, é mais 
confortável do que uma sonda de demora trans-uretral, possibilita maior mobilidade ao 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
paciente, maior facilidade de troca da sonda e principalmente apresenta um menor risco de 
infecção urinária. Como desvantagem é ser um método cirúrgico. 
 
 
Drenagem vesical supra-púbica 
 
TIPOS DE SONDAS OU CATETERES - variam de modelos e materiais, de acordo com o tipo 
de sondagem, se de alívio ou de demora. Para as sondagens de alívio, as mais utilizadas são a 
sonda de nelaton; para as sondagens de demora temos as sondas de duas vias, como a de 
Foley (figura abaixo) ou a de três vias para lavagem vesical. 
 
 
 
PROCEDIMENTO - quanto ao material necessário: pacote esterilizado contendo: cuba rim, 
campo fenestrado, pinça, gaze, ampola de água destilada, seringa de 10 ml e cuba redonda, e 
ainda: sonda vesical, luvas esterilizadas, frasco com solução antisséptica (PVPI), saco plástico, 
recipiente para a coleta de urina e lubrificante (xylocaína esterilizada). 
De início devemos ao paciente uma orientação sobre as necessidades e técnicas. 
Após lavagem adequada das mãos, deve-se reunir todo o material necessário para o 
procedimento. O isolamento do paciente nos quartos comunitários é humano. Quanto à melhor 
posição, é para as mulheres a ginecológica e para os homens o decúbito dorsal com as pernas 
afastadas. Após a abertura do pacote de cateterismo, calçar luvas estéreis. 
Nas mulheres, realizar antissepsia da região pubiana, grandes lábios e colocar campo 
fenestrado; entreabrir os pequenos lábios e fazer antissepsia do meato uretral, sempre no 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
sentido uretra-ânus, levando em consideração de que a mão em contato com esta região é 
contaminada e não deve voltar para o campo ou sonda. Introduzir a sonda lubrificada no meato 
urinário até a verificação da saída de urina. Se for uma sonda de Foley, insuflar o balão de 
segurança com água destilada, obedecendo o volume identificado na sonda. Conectar à 
extensão, fixar a sonda e reunir o material utilizado. Se for uma sonda de alívio, aguardar 
esvaziar a bexiga e remover imediatamente a sonda. 
Nos homens, após a antissepsia da região púbica, realiza-se o mesmo no pênis, inclusive a 
glande com movimentos circulares, e para a passagem do cateter, traciona-se o mesmo para 
cima, introduzindo-se a sonda lentamente. 
Nas sondagens vesicais de demora, com o sistema de drenagem fechado, deve-se observar 
algumas regras para diminuição do risco de infecção do trato urinário: nunca elevar a bolsa 
coletora acima do nível vesical; limpeza completa duas vezes ao dia ao redor do meato uretral; 
nunca desconectar o sistema de drenagem fechado, e a troca do sistema deve ser realizado a 
cada sete dias na mulher e a cada 15 dias no homem, ou na vigência de sinais inflamatórios. 
SONDAGEM GASTROINTESTINAL 
A passagem de sonda gastrointestinal é a inserção de uma sonda de plástico ou de borracha, 
flexível, pela boca ou pelo nariz, cujos objetivos são: 
1. descomprimir o estômago 
2. remover gás e líquidos 
3. diagnosticar a motilidade intestinal 
4. administrar medicamentos e alimentos 
5. tratar uma obstrução ou um local com sangramento 
6. obter conteúdo gástrico para análise 
 
 
 
PROCEDIMENTOS 
1. orientação ao paciente sobre o procedimento 
2. lavagem das mãos 
3. reunir o material e levar até o paciente: sonda, copo com água, seringa de 20 ml, 
gazes, lubrificante hidrossolúvel (xylocaína geléia) esparadrapo, estetoscópio e luvas. 
4. posicionar o paciente em Fowler ou decúbito dorsal 
5. medir o comprimento da sonda: da ponta do nariz até a base da orelha e descendo até 
o final do esterno, marcando-se com uma tira de esparadrapo 
6. Aplicar spray anestésico na orofaringe para facilitar a passagem e reprimir o reflexo do 
vômito. 
7. lubrificar cerca dos 10 cm. iniciais da sonda com uma substância solúvel em água (K-Y 
gel), introduzir por uma narina, e após a introdução da parte lubrificada, flexionar o 
pescoço de tal forma que o queixo se aproxime do tórax. Solicitar para o paciente que 
faça movimentos de deglutição, durante a passagem da sonda pelo esôfago, 
observando se a mesma não está na cavidade bucal. 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
8. introduzir a sonda até a marca do esparadrapo. 
9. fixar a sonda, após a confirmação do seu posicionamento. 
 
Fixação 
COMPROVAÇÃO DE CORRETO POSICIONAMENTO 
1. Teste da audição: colocar o diafragma do estetoscópio na altura do estômago do 
paciente e injetar rapidamente 20 cc de ar pela sonda, sendo que o correto é a audição 
do ruído característico. 
2. Aspiração do conteúdo: aspirar com uma seringa o conteúdo gástrico e determinar 
do seu pH. O pH do conteúdo gástrico é ácido (aproximadamente 3), do aspirado 
intestinal é pouco menos ácido (aproximadamente 6,5) e do aspirado respiratório é 
alcalino (7 ou mais); também está confirmado o correto posicionamento, se com a 
aspiração verificarmos restos alimentares. 
3. Teste do borbulhamento: colocar a extremidade da sonda em um copo com água, 
sendo que se ocorrer borbulha, é sinal que está na traquéia. 
4. Verificação de sinais: Importância para sinais como tosse, cianose e dispnéia. 
SONDAGEM RETAL 
A mais importante utilização da sonda retal é para a lavagem intestinal, que possui como por 
finalidade: eliminar ou evitar a distensão abdominal e flatulência, facilitar a eliminação de fezes, 
remover sangue nos casos de melena e preparar o paciente para cirurgia, exames e tratamento 
do trato intestinal. 
PROCEDIMENTOS 
1. orientar o paciente 
2. preparo do material: forro, vaselina ou xylocaína geléia, papel higiênico, comadre, 
biombos, sonda retal, gaze, equipo de soro e luvas. 
3. lavar as mãos e utilizar luvas 
4. adaptar a sonda retal à solução prescrita e ao equipo de soro 
5. colocar o paciente na posição de Sims 
6. lubrificar cerca de 10 cm da sonda com vaselina 
7. afastar os glúteos e introduzir a sonda 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
8. 
9. 
10. no caso de lavagem intestinal, abrir o equipo, deixar escoar o líquido, fechar o equipo 
após e término, retirar a sonda e encaminhar o paciente ao banheiro ou colocáManuseio do Sistema Coletor de Drenagem Torácica
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
(pleural ou mediastinal) 
 
Indicações: 
Os sistemas coletores de drenagem pleural ou mediastinal (SCDPM) 
são empregados em cirurgias torácicas ou cardíacas e destinam-se à 
evacuação de conteúdo líquido e ou gasoso da cavidade torácica 
(derrames pleurais ou pericárdico, empiema, sangue, pneumotórax, 
etc.) 
 
 
Descrição: 
Os SCDPM utilizam o princípio da sifonagem para manter em equilíbrio a 
pressão intrapleural ou intrapericárdica, que é negativa em relação à 
atmosférica, evitando a entrada de ar na cavidade torácica (pneumotórax 
aberto). 
Os sistemas de frasco coletor único são os mais comumente empregados, 
devido ao seu baixo custo e fácil manuseio. 
 
 
 
Treinamento: 
Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares e técnicos de enfermagem devem ter o conhecimento 
técnico necessário ao perfeito funcionamento do SCDPM, devendo estar capacitados para a resolução das 
eventuais complicações inerentes à drenagem pleural, pericárdica ou mediastinal. 
 
 
 
 
 
Instruções de uso:
Recomenda-se a leitura do manual por toda a Equipe 
hospitalar de modo a padronizar e protocolar a rotina do uso 
do SCDPM.
As técnicas de manuseio poderão ser individualizadas, a 
critério médico e de acordo com as necessidades cirúrgicas. 
 
 
 
Preparo do frasco coletor:
Verificar a capacidade do frasco coletor escolhido e 
colocar solução fisiológica ou água destilada estéril no 
frasco coletor, de modo a atingir a marca do nível líquido 
mínimo obrigatório, conforme a capacidade do 
reservatório. 
 
 
 
Preparo do sistema coletor:
A tampa do SCDPM deve ser rosqueada ao frasco 
coletor de modo correto e firme.
Somente o correto rosqueamento possibilitará a 
vedação adequada quando for necessária a aspiração 
contínua. 
 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão do sistema de drenagem:
Rever se a extremidade do tubo no interior do frasco ficou 
submersa cerca de 2 cm abaixo do nível líquido mínimo 
obrigatório. 
Marcar na etiqueta do frasco coletor o nível líquido, a data e a 
hora da instalação do frasco coletor.
Verificar se existe oscilação ou borbulhamento no nível líquido. 
 
 
 
Faixa adesiva de fixação:
A faixa adesiva de fixação é de extrema importância para o conforto 
do paciente e deverá ser fixada no flanco do paciente.
Ela evita que as trações da mangueira do SCDPM sejam transmitidas 
ao(s) ponto(s) de fixação cirúrgica do dreno torácico com a pele.
Desta forma, se previne o doloroso deslocamento ou arrancamento 
do dreno torácico. 
 
 
 
Curativos: 
A limpeza da ferida cirúrgica deverá ser realizada com solução 
anti-séptica e o curativo da pele, em torno do dreno torácico, 
deverá ser trocado diariamente ou quantas vezes forem 
necessárias. 
 
 
 
Verificação do(s) ponto(s) cirúrgico(s):
Ao verificar as condições do(s) ponto(s) cirúrgico(s) e da fixação do 
dreno torácico durante o curativo, deve-se observar se ocorreu 
arrancamento parcial do dreno torácico com deslocamento do(s) ponto(s) 
cirúrgico(s). 
Também se deve verificar se está ocorrendo vazamento aéreo em torno 
do dreno torácico devido à folga no(s) ponto(s) cirúrgico(s). 
 
 
 
Ordenha: 
As manobras de ordenha são empregadas sob supervisão médica ou 
da enfermagem quando ocorrer obstrução por coágulos do SCDPM.
Utilizar pinça de ordenha ou ordenhar com a mão a mangueira de 
drenagem e o dreno torácico de modo a remover possíveis 
obstruções. 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
 
 
 
 
Advertências: 
Alguns cuidados devem ser tomados de modo a evitar obstrução da 
mangueira do SCDPM por torção ou angulação excessiva. Portanto, 
a mangueira do SCDPM deverá ser mantida quase esticada, sem 
curvas, desta forma evita-se a formação de sifões por coleção de 
líquido na própria mangueira.
Para evitar o refluxo de líquido para a cavidade torácica não se deve 
elevar o frasco coletor acima do nível da cintura.
Evitar o clampeamento prolongado da mangueira do SCDPM
principalmente quando houver escape aéreo (borbulhamento), o que 
poderá provocar pneumotórax hipertensivo ou enfisema de 
subcutâneo. Pelo mesmo motivo, nunca tampe o suspiro do frasco 
coletor. 
 
 
Pneumotórax aberto:
O Pneumotórax aberto com suas repercussões clínicas de 
insuficiência respiratória ocorrerá em caso de desconexão do 
SCDPM, ou se o frasco coletor estiver sem o nível líquido mínimo 
obrigatório. Também nunca deixe virar ou tombar o frasco coletor.
Em caso de ruptura do frasco coletor deve-se fechar a mangueira do 
SCDPM e rapidamente substituir por outro íntegro.
Verificar as conexões de todo o SCDPM de modo a não permitir 
vazamentos de líquido ou entrada de ar.
Não é recomendável perfurar o dreno torácico ou a mangueira do 
SCDPM para colher secreções.
Evitar as adaptações que podem ocorrer quando se utilizam 
dispositivos de diversos fabricantes. 
 
 
 
 
Precauções médicas:
A reexpansão rápida do pulmão colabado deve ser evitada.
A evacuação rápida do líquido pleural (pneumotórax, hidrotórax ou hemotórax) poderá 
provocar mal estar, dor, dispnéia e até edema pulmonar com grave repercussão 
sistêmica. 
 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
Instruções ao paciente:
A instrução sobre o funcionamento do SCDPM ao paciente ou aos seus representantes é da 
responsabilidade da Equipe médica e da enfermagem.
As instruções devam incluir noções e cuidados para se obter uma perfeita sifonagem do 
SCDPM no paciente acamado, na deambulação e no transporte.
Orientar que não se deve elevar o frasco coletor acima do nível da cintura, para evitar o 
refluxo de líquidos do frasco coletor para a cavidade torácica.
Orientar como manter a mangueira de drenagem quase esticada, sem formar sinuosidades 
acentuadas, dobras ou acotovelamentos.
Também, deve-se orientar que o paciente não deite em cima da mangueira de drenagem de 
modo a não obstruí-la.
Orientar como se devem evitar movimentos corpóreos bruscos de modo a não tracionar a 
mangueira de drenagem, o que pode provocar desconexões, deslocamento doloroso ou 
arrancamento do dreno torácico.
Avisar imediatamente ao médico, em caso de desconexão acidental ou sangramento. 
 
 
 
Deambulação: 
O paciente deverá deambular normalmente, caso não haja contra-indicação 
clínica. 
Para maior comodidade, o paciente deverá utilizar a alça de transporte. 
 
 
 
Transporte do paciente:
Não deixar formar curvas acentuadas, dobras ou acotovelamentos na mangueira de 
drenagem. 
Manter sempre o frasco coletor abaixo do nível da cintura, deste modo se evita que o 
líquido seja aspirado para o interior do tórax do paciente.
Na presença de fístula aérea, o dreno não deve ser pinçado durante o transporte em maca 
ou cadeira de rodas.
Não pinçar o dreno torácico ao fazer radiografias, transporte ao centro cirúrgico ou nas 
ambulâncias. 
 
 
 
 
 
Exames radiográficos:
A radiografia de tórax e a tomografia computadorizada de tórax são indicadas na 
avaliação do posicionamento do dreno torácico e da efetividade da drenagem 
pleural. 
 
 
[PROFA. DRA. SUELI FONSECA] 2 de maio de 2010 
 
 
NEFROLOGIA 
HEMODIÁLISE 
 
 
I - Introdução 
 
1- Tema : 
Como a Hemodiálise interfere na vida do portador de I.R.C. 
 
2- Problema: 
Neste trabalho Abordaremos a Hemodiálise como sendo uma forma de tratamento para o portador de 
Insuficiência renal crônica, destacando os transtornos psicológicos que a mesma causa ao paciente. 
 
3- Justificativa 
Este trabalho auxiliará o profissional de enfermagem a conhecer o paciente dentro de uma visão holística.

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