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Prova prática de práticas médicas AUSCULTA CARDÍACA Sinais vitais • Temperatura; • Frequência cardíaca ou pulso; • Frequência respiratória; • Pressão arterial. Temperatura Os valores térmicos estão aumentados em certas condições, tais como refeições copiosas, exercícios físicos intensos, gravidez ou ovulação. pode ser medida oral, axilar (mais usada), retal ou timpânica; • Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, com média de 36 a 36,5°C • Temperatura bucal: 36 a 37,4°C • Temperatura retal: 36 a 37,5°C, ou seja, 0,5°C maior que a axilar. Pressão arterial (PA) A aferição da PA requer preparação do paciente e escolha do material adequado. Antes de aferir a PA, deve- se perguntar ao paciente se: • Fumou ou bebeu café ou outros estimulantes há menos de 30 minutos; • Está sentindo dor; • Está com a bexiga cheia; Está em repouso há menos de 3 minutos Frequência cardíaca e pulso • Para aferição da FC, pode-se auscultar o coração e contar os batimentos cardíacos em 1 minuto. • Para aferição do pulso, normalmente se palpa a artéria radial com o 2° e 3° dedos, contando os batimentos em 1 minuto. • É importante também comparar a frequência cardíaca e o pulso (nem sempre as medidas são equivalentes); • Na palpação do pulso, dentre outras coisas, o mais importante, é verificar o ritmo, amplitude e frequência; • A unidade de medida utilizada é: batimentos por minuto (bpm). Locais para a verificação do pulso: • Centrais: carotídeo, aórtico, femoral; • Periféricos: temporal, radial, braquial, poplíteo, pedioso. Verificar: • Estado da parede arterial; • Frequência; • Ritmo; • Amplitude; • Tensão; As principais alterações da frequência são: Taquicardia: acima de 100 pulsações por minuto. Causas: exercício físico, emoções, gravidez, estados febris, hipertireoidismo, fibrilação arterial, hipovolemia, miocardites, colapso periférico, taquicardia paroxística Bradicardia: menos de 60 pulsações por minuto. Causas: bradicardia sinusal, bloqueio atrioventricular, hipertensão intracraniana, icterícia, infecções virais, treinamento físico intenso Frequência respiratória Contar a quantidade de inspirações em 1 minuto, observando movimentos da caixa torácica ou parede abdominal. • Não se deve contar ao paciente que sua frequência respiratória está sendo verificada; • É importante verificar também o ritmo da respiração, que pode conter pausas, períodos de inspiração/expiração profunda ou ser arrítmica; uso de musculatura acessória, tiragem (retração dos espaços intercostais, da fossa supraclavicular ou da região epigástrica), que evidenciam dificuldade para respirar. • Observar se não há tempo expiratório prolongado (o normal é o tempo da inspiração ser maior do que o da expiração, o que pode se inverter em situação de broncoespasmo – “crise de asma”). • A unidade de medida utilizada é: incursões respiratórias por minuto (irpm). Checklist ausculta cardíaca e palpação de pulsos 1. Lave as mãos 2. Explique para o paciente o procedimento: anamnese e exame físico 3. Realize a inspeção, palpação e ausculta do sistema cardiovascular; 1. Identifique os locais para palpação do pulso: • Artéria radial • Carótida • Braquial • Femoral • Pediosa • Temporal • Poplítea; 1.2 Realize a inspeção e palpação simultaneamente e observe: • O estado da parede arterial • Frequência • Ritmo • Amplitude • Comparação com a artéria contralateral. 1.3 Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado 1.4 Contar durante 1 minuto inteiro; 1.5 Observe os valores de referência: no adulto é considerada normal de 60 a 100 bpm AUSCULTA: Realização da inspeção, palpação e ausculta cardíaca. • Ambiente • Posição do paciente • Orientação ao paciente • Estetoscópio: tipo e tamanho do receptor Determinar os focos cardíacos: • Foco mitral • Foco aórtica • Foco tricúspide • Foco pulmonar • Aórtica acessória Objetivos da ausculta: • Bulhas cardíacas • Frequência cardíaca • Ritmos tríplices • Alterações das bulhas • Cliques ou estalidos • Sopros • Ruído da pericardite constritiva • Atrito pericárdico • Rumor venoso Exame físico cardiovascular O exame físico do coração inclui a inspeção, palpação e a ausculta avaliando os segmentos corporais para correlacionar todos os dados e formular possíveis diagnósticos. Inspeção Observam-se alterações na forma do tórax, abaulamentos, retrações e analisam-se movimentos, tais como o choque da ponta definindo-se a localização, ou levantamentos precordiais, importantes nas avaliações dos crescimentos ventriculares. Avaliar: • Formato do tórax e possíveis deformidades torácicas; • Verificar a localização do ictus cordis (normalmente se encontra no 4° ou 5° EIC, na linha hemiclavicular esquerda); • Presença de circulação colateral; • Além do tórax avaliar: pescoço (turgência de jugular) e epigástrio; O choque da ponta ou ictus cordis pode não ser visível ou variar de localização de acordo com o biotipo do indivíduo ou patologias existentes. DEFORMIDADES TORÁCICAS • Forma de tonel (relacionado com doença pulmonar obstrutiva crônica), • Peito de pombo (congênito), chato (desnutrição), sino (grandes ascites), • Cifoescolióse, pectus excavatum e pectus carinatum podem estar associados a síndrome de Marfan; • Tórax em escudo (ângulo entre o manúbrio e o corpo do esterno maior que o normal) sugere síndrome de Turner e de Noonan; • Podemos ter abaulamento precordiais decorrentes, às vezes, de grande aumento do coração (cardiomegalia), geralmente provocado por doenças congênitas. • Em caso de abaulamentos pulsáteis na parede torácica devemos investigar a presença de aneurisma aórtico; Palpação Para a palpação, o posicionamento do médico deve ser à direita do paciente, repousando suavemente a palma da mão sobre a região precordial. São avaliados: • ictus cordis, frêmitos cardiovasculares, bulhas cardíacas e levantamentos ou retrações sistólicas. ICTUS CORDIS O ictus cordis, também conhecido como impulso apical ou choque da ponta, traduz o contato da porção anterior do ventrículo esquerdo com a parede torácica, durante a fase de contração isovolumétrica do ciclo cardíaco; • É o impacto do coração sobre a parede torácica e corresponde, anatomicamente, à ponta do ventrículo esquerdo. • Devemos visualizá-lo e analisá-lo; Características do ICTUS CORDIS • Localização: entre o quarto e quinto espaço intercostal esquerdo (EIE), aproximadamente 0,5cm para dentro da linha hemiclavicular esquerda, com o paciente em decúbito dorsal;. • Extensão: uma a uma e meia polpa digital (aproximadamente 1,5 a 2,0cm). • Intensidade: quanto à intensidade podemos classificá-la em forte, fraca, média intensidade. • Mobilidade: o ictus é móvel. Desloca-se para a direita ou esquerda (mobilidade de 2cm aproximadamente) de acordo com o decúbito adotado; Em algumas situações podemos sentir o ictus como um choque curto e intenso (cupuliforme), o que é comum nas hipertrofias, em outras como um choque de duração maior (globoso), que é comum nas dilataçõesA determinação da extensão do ictus cordis deve ser quantificada em polpas digitais necessárias para cobri-lo, normalmente uma ou duas polpas digitais, e em seguida estimada em centímetros. Para a verificação da mobilidade do ictus cordis, o paciente posiciona-se sequencialmente em decúbito dorsal, decúbito lateral esquerdo e direito, observando-se em condições normais a movimentação lateral de 1 a 2 centímetros. Principais alterações do ICTUS CORDIS • Seu deslocamento significa dilatação e/ou hipertrofia do ventrículo esquerdo; • O ictus pode estar desviado para baixo e para fora da linha hemiclavicular esquerda (hipertrofia ventricular esquerda) e para dentro da linha hemiclavicular esquerda (Hipertrofia ventricular direita); • A mobilidade pode estar diminuída ou mesmo ausente na pericardite constritiva. FRÊMITO É a sensação tátil determinada por vibrações produzidas no coração ou nos vasos, e podem representar sopros cardíacos ou atritos pericárdicos. São necessários a determinação: da localização, situação e intensidade. • Colocamos o paciente em decúbito dorsal e lateral esquerdo e, às vezes, sentado com o tórax inclinado para a frente; • O examinador coloca a palma da mão no tórax do paciente (região precordial) com os dedos estendidos; Esta sensação táctil deve ser classificada em: • Tempo (ciclo cardíaco): sistólico, diastólico, contínuo.; O frêmito sistólico coincide com o pulso; o diastólico não; • Intensidade: a intensidade do frêmito é dada em cruzes (de + a ++++); Ausculta A ausculta cardíaca é a captação do último fenômeno do ciclo cardíaco referente à transformação de energia cinética do sangue em energia acústica. • Deve ser realizada em ambiente silencioso, com o médico à direita do paciente em decúbito dorsal; • Os focos de ausculta dos ruídos valvares não correspondem à projeção anatômica, porém correspondem aos locais de maior intensidade desses ruídos. Os focos de ausculta cardíaca compreendem quatro pontos principais: • Foco mitral: situado na região da ponta, habitualmente na intersecção do quinto espaço intercostal, com a linha hemiclavicular esquerda.; • Foco aórtico: situado no segundo espaço intercostal direito, junto ao esterno; • Foco pulmonar: situado no segundo espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno; • Foco tricúspide: situado na base do apêndice xifoide; Foco aórtico acessório: situado no terceiro espaço intercostal na linha justa-esternal esquerda Bulhas cardíacas Em qualquer região de ausculta do coração são ouvidos sempre a primeira e a segunda bulhas, a partir da sístole ventricular. • A primeira bulha é mais intensa, mais duradoura, e mais grave, sendo melhor audível na região da ponta (fechamento da valva mitral e tricúspide); • A segunda bulha é menos intensa, mais curta e mais aguda e melhor perceptível nos segundos espaços intercostais junto ao esterno (fechamento da valva aórtica e pulmonar); Terceira e quarta bulha Terceira bulha: som de baixa frequência associado ao aumento das dimensões ventriculares e/ou ao enchimento ventricular. Ocorre após B2 durante o enchimento ventricular e indica presença de ventrículo aumentado e de pouca complacência; B3 patológica tem intensidade diferente de B1 e B2 e é denominada de galope. Pode ocorrer em insuficiência cardíaca; Quarta bulha: Assim como B3, é melhor audível em ápice, em decúbito lateral esquerdo e não altera com a inspiração. Ocorre após B2, logo antes de B1, e está relacionada à consequente diminuição da distensibilidade do ventrículo esquerdo; Sopros cardíacos Os sopros cardíacos são vibrações audíveis, resultantes do fluxo turbulento da corrente sanguínea no coração. A massa fluida correspondente ao sangue, ao passar de um lugar estreito para outro de maior amplitude, forma turbilhões, que ao se chocar com a parede dos vasos ou cardíacas, produzem sopros. As principais situações em que o fluxo se encontra turbulento são: • Aumento do fluxo de sangue; • Fluxo de sangue através de valvas estenosadas; • Vasos dilatados (aumento súbito do calibre do vaso); • Fluxo sanguíneo regurgitante. Deve-se iniciar a ausculta na ordem, pelos focos mitral, tricúspide, aórtico, pulmonar. Os seguintes caracteres devem ser descritos: • Tempo no ciclo cardíaco; • Sede e irradiação; • Intensidade; • Altura e o timbre; • Variações com a posição, respiração e exercício. O tempo no ciclo cardíaco é o momento em que o sopro ocorre. Pode ser sistólico se ocorrer no pequeno silêncio, ou diastólico se ocorrer no grande silêncio. A sede ou local de ocorrência do sopro pode ser em qualquer parte do precórdio ou fora dele, como no pescoço. A intensidade pode ser fraca, média, forte ou muito forte, habitualmente tendo a correspondência em uma a quatro cruzes, respectivamente. A altura pode ser grave ou aguda, e o timbre pode ser suave, rude, em ruflar, ou ainda musical. PRINCIPAIS CAUSAS Estenose de mitral (sopro diastólico): A dificuldade à passagem de sangue pelo aparelho mitral, causada pela doença reumática ou congênita, calcificações da valva, pericardite constritiva; Insuficiência de mitral (sopro sistólico): quando os folhetos valvares não se fecham adequadamente, e há refluxo de sangue para o átrio esquerdo durante a sístole ventricular, origem reumática; Estenose aórtica (sopro sistólico): A redução do orifício da valva aórtica, consequente à abertura inadequada das cúspides durante a sístole ventricular, é habitualmente secundária à doença reumática, e relaciona-se com a fusão das cúspides espessadas. Insuficiência de aórtica (sopro diastólico): O refluxo de sangue da aorta para o ventrículo esquerdo, causado pela incompetência diastólica da valva aórtica, é habitualmente secundário à doença reumática, aterosclerose, sífilis, aneurisma dissecante da aorta, artrite reumatóide e traumatismo torácico. Estenose de tricúspide (sopro diastólico): ocorre raramente; Insuficiência de tricúspide (sopro sistólico): insuficiência e dilatação ventricular direita, secundária à hipertensão arterial pulmonar ou a grave miocardiopatia. Estenose de pulmonar (sopro sistólico): etiologia congênita; Insuficiência de pulmonar (sopro diastólico): insuficiência e dilatação ventricular direita, secundária à hipertensão arterial pulmonar ou a grave miocardiopatia (https://www.youtube.com/watch?v=qzVWmGd_WVY)/ https://www.youtube.com/watch?v=Mji_bKBJXII Posição do paciente e do examinador ➢ Paciente deitado, sentado e em decúbito lateral E ➢ Padrão: decúbito dorsal do paciente e médico à D Orientação ao paciente Inspiração profunda, expiração forçada e parada da respiração Caracterizar as bulhas quanto: • FONÉTICA → normofonéticas ou hiperfonéticas • RITMO → rítmicas ou arrítimicas • TEMPO → 2 tempos ou tríplice • BRNF EM 2T Atrito pericárdico • Características semiológicas: • Situação no ciclo cardíaco • Localização (entre a ponta do coração e borda esternal E • Irradiação • Intensidade • Timbre e tonalidade • Mutabilidade É um som cardíaco semelhante a couro que pode ser ouvido durante a auscultação de doentes com pericardite. https://www.youtube.com/watch?v=vqhKIBA-46Q/ https://www.youtube.com/watch?v=31oJOIj0hIo exame físico pulmonar A semiologia do exame físico dos pulmões é dividida em: • Inspeções estática e dinâmica;• Palpação; • Percussão; • Ausculta; O tórax pode ser dividido, a partir de pontos anatômicos de referência e linhas imaginárias. • A incisura supraesternal; • O ângulo de Charpy; e o ângulo de Louis, representado por uma crista óssea horizontal, no mesmo nível do segundo arco costal. Dessa maneira, é possível identificar, as demais costelas e seus respectivos espaços. • A linha traçada, verticalmente, no centro do esterno é a linha medioesternal, e divide a região em hemitórax direito e esquerdo. • Ao lado da borda de cada esterno temos a linha paraesternal ou esternal, e através dos pontos médios das clavículas e em paralelo com a linha medioesternal, a linha hemiclavicular de cada lado. Na face lateral do tórax, à direita e à esquerda, três linhas traçadas verticalmente e paralelas à linha medioesternal dividem a região em três porções: • linha axilar anterior, que desce ao nível da prega axilar anterior; • linha axilar posterior, que desce ao nível da prega axilar posterior; • linha hemiaxilar ou axilar média a partir do vértice da axila Inspeção Pode ser estática ou dinâmica. ESTÁTICA Inicie pela avaliação estática, que olhar a aparência do tórax: • Observe a forma da caixa torácica, verificando desvios em seu alinhamento e se os diâmetros anteroposterior e laterolateral são semelhantes; • Observe a presença de desvios na coluna: Escoliose – coluna em S; Cifose – colune em C, uma espécie de corcunda; Lordose – entrada aprofundada na coluna lombar; • Deve-se observar a estrutura do esterno, das costelas e das vértebras, pois isso pode ser indicativo de certas alterações: pectus excavatum (tórax escavado ou “tórax de sapateiro”), no qual há a inversão da concavidade do esterno, ou o tórax em barril, apresenta retificação das colunas vertebrais e elevação do esterno (enfisema); • Observe a expressão facial da pessoa, identificando sinais de sofrimento e angústia; cianose nasal; dilatação de aletas; retrações na região furcular, e a postura adotada. • Verifique e descreva lesões de pele, circulação colateral ou edema, abaulamentos ou retrações fixas ou tumorações. A. Normal; B. tonel; C. pectus excavatum; D. pectus carinatum; E. escoliose; F. cifose; G. Gibosidade; DINÂMICA Visa avaliar o padrão respiratório: frequência respiratória, sincronismo, alterações do ritmo, expansibilidade pulmonar, retrações inspiratórias e cornagem. Podendo apresentar os seguintes padrões: • Eupneico: respiração normal sem dificuldades e com frequência normal. • Taquipnéia: respiração com frequência aumentada. • Bradipnéia: respiração com frequência diminuída. • Ortopneia: dispneia de decúbito, que melhora na posição ortostática; • Tropopneia: dispneia relacionada com o decúbito lateral; • Dispneia suspirosa: presença de suspiros seguidos, entre respirações normais. Evidencia estados de ansiedade. Avaliação da frequência respiratória A FR é obtida contando-se os ciclos das incursões torácicas, compostas pela inspiração e expiração em 1 minuto. Alterações do ritmo respiratório Ritmo de Cantani: caracterizado por respiração rápida com aumento da frequência e amplitude. Esse ritmo é associado aos estados de acidose metabólica; Ritmo de Kussmaul: aumento da amplitude inspiratória com uma pausa da respiração após uma inspiração profunda e, sequencialmente, expiração; também encontrado na acidose metabólica; Ritmo de Cheyne Stockes: alternância entre períodos de hiperventilação e hipoventilação, e apneia, repetindo essa sequência várias vezes. Sinal encontrado em pacientes com insufi ciência ventricular esquerda; Ritmo de Biot ou atáxico: caracteriza-se pela total ausência de ritmo, alternando amplitudes altas e baixas, com períodos de apneia. Encontrado em lesões cerebrais graves. Expansibilidade pulmonar Inspecionada no tórax (anterior e posterior) e no abdome, comparando-se a expansão laterolateral e a expansão da região superior com a região inferior; utilize como base as linhas hemiclaviculares, axilares anterior, média e posterior, e a linha paravertebral. Observe se existe simetria ou não. Cornagem Ruído respiratório intenso e contínuo, audível sem necessidade do estetoscópio. É decorrente de obstrução laríngea, por inflamações (laringite estridulosa, crupe, reação anafilática e edema de Rencke dos fumantes), ou presença de corpo estranho na via aérea superior Palpação Na palpação é possível investigar: • Estruturas da parede torácica; • Expansibilidade; • Frêmito toracovocal (FTV) EXPANSIBILIDADE • Deve ser realizada no ápice, nas bases e entre elas; • Posicione-se atrás do paciente, pousando suas mãos sobre as regiões que correspondem aos ápices pulmonares, de tal modo que os polegares se toquem; • Solicite que o paciente inspire profundamente; • Observe a movimentação de suas mãos, comparando a simetria dos hemitórax; registre se a expansão dos ápices é simétrica ou assimétrica; • Deve-se repetir o processo até as bases pulmonares; A diminuição da expansibilidade pode indicar pneumonia, pneumotórax ou derrame pleural. FRÊMITO TORACOVOCAL (FTV) É percebido na parede torácica, pela mão do examinador, como vibrações quando o paciente emite um som estridente como ao falar 33. Essas trepidações são amortecidas pela textura dos alvéolos. • Avaliação de derrame pleural e consolidações pulmonares; • A intensidade é menor nas mulheres, devido ao timbre da voz, e nas pessoas com parede torácica espessa. • Mais perceptível no ápice direito e na região interescapulovertebral; • A vibração é mais intensa e pode ser notada, à palpação, como acontece nas pneumonias e no infarto pulmonar. • A diminuição ou o seu desaparecimento ocorre no derrame pleural, no espessamento pleural, na atelectasia por oclusão brônquica, no pneumotórax e no enfisema pulmonar. Coloque o lado ulnar da mão direita, ou os dedos, sobre uma região superior do tórax anterior, ao mesmo tempo que o paciente pronuncia “33”, “triimm”; Perceba a vibração e compare-a com a região contralateral; Desloque a mão sobre as demais regiões do tórax anterior, lateral e posterior Percussão A percussão é realizada com o paciente sentado e deitado, sempre que possível, em todas as regiões torácicas; • Percurta a região anterior, seguindo a linha hemiclavicular, de cima para baixo. • Para percutir as regiões laterais, solicite para que o paciente coloque as mãos na cabeça, e siga a linha axilar média. • A percussão da região posterior do tórax é realizada na linha paravertebral. Compare cada região com a oposta, alternando a percussão entre os lados esquerdo e direito. A manobra produz cinco notas de percussão, que são avaliadas quanto à intensidade, tom e duração. As características da percussão pulmonar é o • Som claro atimpânico ou ressonância; intensidade alta; tom grave; longa duração. Outros sons de percussão encontrados são: • Macicez pétrea: intensidade suave; tom agudo; curta duração. Exemplo: derrame pleural extenso; • Macicez e submacicez: intensidade média; tom médio; média duração. Caracterizadas por um abafamento ou diminuição do som, indicam a inexistência ou a redução de ar nos alvéolos pulmonares. Exemplos: hemotórax, empiema, neoplasia, tuberculose; • Hipersonoridade ou hiperressonância: indicaaumento do ar nos alvéolos pulmonares. Ao proceder a percussão ouve-se uma nota de intensidade muito alta; tom mais alto; longa duração. Exemplos: DPOC; asma; • Timpanismo: intensidade alta; tom agudo; longa duração. Indica aprisionamento de ar no espaço pleural ou em uma grande cavidade intrapulmonar. Exemplos: pneumotórax extenso e caverna tuberculosa, respectivamente. No 4.° EICD, na direção da linha hemiclavicular, nota-se modificação do som, que passa a submaciço e, logo abaixo, no 5° ou 6.°, maciço, sobre o fígado. Ausculta Um dos principais métodos de avaliação do sistema respiratório. Os sons pulmonares são divididos em sons normais (murmúrios vesiculares) e ruídos adventícios (RA). • Posicione a pessoa em decúbito elevado, ou sentado, em um ambiente silencioso; • Aplique o estetoscópio sobre o tórax despido; • Oriente o paciente a respirar pela boca, sempre na mesma intensidade e do mesmo modo, sem alterar a frequência ou a profundidade ou fazer ruídos com a garganta; • A ausculta deve ser comparativa nos dois hemitórax, nas regiões anterior, posterior e laterais, assim como na palpação e na percussão; • Inicie a ausculta de cima para baixo, seguindo as linhas hemiclaviculares anteriormente, linhas axilares na lateral do tórax, e interescapulovertebral na face posterior. • Ausculte todos os campos pulmonares; SONS RESPIRATÓRIOS NORMAIS Som traqueal: de caráter tubular, auscultado nas duas fases do ciclo respiratório, à altura da traqueia; mais intenso na expiração; Respiração brônquica: variante do som traqueal, ouvido sobre as zonas de projeção dos brônquios maiores, nas duas fases do ciclo respiratório. Sua detecção em zonas pulmonares periféricas é anormal, sendo frequente em consolidações do parênquima pulmonar. Som respiratório normal ou som vesicular ou murmúrio vesicular: é o som ouvido na periferia pulmonar durante a respiração não forçada. Ao contrário dos anteriores, ele é ouvido apenas durante a inspiração e no início da expiração. A diminuição dos sons respiratórios normais pode estar relacionada com o grau de obstrução das vias aéreas, em pacientes com DPOC ou em estado de mal asmático. Nos casos de derrames pleurais, devido à barreira criada entre o pulmão e o tórax, também é possível identificar a diminuição ou a abolição daqueles sons. SONS ANORMAIS • Estertores finos (crepitações): são tipos de sons nítidos e descontínuos semelhantes ao friccionar dos cabelos. São gerados quando o ar entra em um alvéolo pulmonar que contenha líquido (Ex.: pneumonia, edema pulmonar). Ocorrem no final da inspiração. • Estertores grossos: são menos agudos e duram mais do que os finos. Sofrem nítida alteração com a tosse e podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax. São audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração. Têm origem na abertura e fechamento de vias aéreas contendo secreção viscosa e espessa, comuns na bronquite crônica e nas bronquiectasias. • Roncos: são ruídos longos, graves e musicais, gerados pelo turbilhão aéreo que se forma com a movimentação de muco e de líquido dentro da luz das vias aéreas (geralmente brônquios de grosso calibre). Indicam asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e obstruções localizadas. Aparecem na inspiração e com maior frequência na expiração; • Sibilos: são sons contínuos, musicais e de longa duração. Como as crepitações, os sibilos também têm sua origem nas vias aéreas e requerem o fechamento prévio dos brônquios. As paredes brônquicas devem ser trazidas aos pontos de oclusão para que ocorra os sibilos. Os sibilos acompanham as doenças que levam à obstrução de fluxo aéreo. Em geral são múltiplos e disseminados por todo o tórax, em doenças como asma, bronquite e DPOC; • Atrito pleural: ocorre por um processo inflamatório das pleuras visceral e parietal; • Estrido: o estridor pode ser considerado como um tipo especial de sibilo, com maior intensidade na inspiração, audível à distância, e que acontece nas obstruções altas de laringe e traqueia. Ausculta da voz Para completar o exame físico dos pulmões, ausculta-se a voz falada e a voz cochichada. Com o paciente sentado, coloca-se o estetoscópio nas linhas hemiclaviculares, axilares médias e regiões interescapulovertebrais e solicita-se que o paciente fale “33”, e compara-se o som obtido nos dois hemitórax. O som obtido denomina-se ressonância vocal. A ressonância vocal é mais intensa no ápice do pulmão direito, nas regiões interescapulovertebrais e esternal superior; • Aumento da ressonância vocal ou broncofonia ocorre condensação pulmonar, na inflamação de origem infecciosa (pneumonia), neoplásica ou em estruturas pericavitárias. • A diminuição da ressonância vocal ocorre no espessamento pleural, no derrame pleural e na atelectasia. Checklist do exame físico do sistema respiratório 1.Lave as mãos 2. Explique o procedimento para o paciente 3. Avaliação da respiração (frequência, ritmo, profundidade, esforço) e do tórax (formato) 4. Realize a inspeção: - Deformidades/assimetrias na expansão - Retração anormal na inspiração - Retardo do movimento respiratório 5. Realize a palpação: - Identificação de áreas dolorosas - Avaliação de alterações cutâneas - Avaliação da expansão torácica (simetria, amplitude) 6. Realize a percussão: 7. Realize a ausculta - Sons respiratórios normais - Identificar se existem ruídos adventícios - Se necessário: auscultar os sons vocais transmitidos VIAS DEADMINISTRAÇAO • Via oral (boca); • Retal (ânus); • Sublingual (embaixo da língua); • Injetável (intravenoso); • Dermatológica ou tópica (pele); • Nasal (nariz) e oftálmica (olhos), • Dentre outras como (intratecal, intraóssea, raquimedular); Parenteral X enteral Enteral (intestino): o medicamento é introduzido no aparelho digestivo, são as vias oral, sublingual e retal. Parenteral: feita por uma vida diferente da gastrointestinal. São as vias intravenosa, intramuscular, subcutânea, respiratória e tópica, entre outras. Via ENTERAL VIA ORAL • Mais comum; • Mais usada; • Mais econômica; • Mais eficiente; • Indolor; No uso dessa via, os medicamentos podem ter apresentação em comprimidos, cápsulas, pós ou líquidos; eles se espalham pelo corpo principalmente através do intestino. A administração de medicamento por via oral não é indicada em pacientes que apresentem náuseas, vômitos, ou que tenha problemas de deglutição e rebaixamento de consciência; Limitações • Limitação de absorção do fármaco; • Vômitos; • Destruição de fármacos por enzimas ou pela acidez gástrica; • Irregularidade de absorção pela presença de medicamentos ou alimentos pelo TGI; • Necessidade de cooperação do paciente; • Dependendo da presença de outros medicamentos no trato digestivo ele pode interferir na absorção; • Deve 30min antes ou 1h depois de alimentação; Absorção do fármaco • Depende da área de superfície de absorção; • Fluxo sanguíneo no local; • Estado físico do fármaco: solido X líquido; • Solubilidade em água; • Concentração no local de absorção; Efeitos • Podem ser sistêmicos: é o mais esperado; • Efeito local: colite pseudomembranosa (intestino grosso, no colón em pacientes que tomaram muitos ATB); Contraindicações • Náuseas e vômitos; • Pacientes inconscientes; • Disfagia; • Diarreia – redução de absorção;VIA SUBLINGUAL A via sublingual consiste em administrar o medicamento diretamente sob a língua e deixar que sua absorção seja realizada pela mucosa oral. Essa via é muito utilizada em casos de administração de nitratos em pacientes com angina, suspeita de IAM ou para administração de medicamentos anti-hipertensivos em casos de crises de hipertensão arterial sistêmica. Comprimido de desintegração oral, não deve ser engolido; • Pequena área de absorção; • Não sofre metabolismo hepático, para chegar à circulação sistêmica; • Chega direto a circulação sanguínea, pela absorção na mucosa oral; (veias que drenam na língua vão direto p/ veia cava superior e daí para coração e circulação sistêmica) • Exemplo: Isordil (nitrato): atuação rápida e não perde no metabolismo hepático; VIA RETAL Utilizada quando o paciente não apresenta condições de deglutir fármacos ou em casos nos quais é necessário que o medicamento não tenha contato com a circulação ou com o suco gástrico. • O medicamento será introduzido na região anal do paciente. • A apresentação do medicamento será em forma de supositórios ou clister medicamentoso Via PARENTERAL • Necessita de assepsia; • Causam dor; • Podem ocorrer erros na aplicação; • Maior custo; • Automedicação; • Biodisponibilidade rápida e ampla; VIA INTRAMUSCULAR (IM) É a administração de medicamento no músculo. • Os músculos de escolha são o glúteo máximo, o glúteo médio e o vasto lateral da coxa. • O músculo bíceps somente é utilizado para vacinação (doses de até 1ml); • Essa via permite a administração de medicamentos em solução aquosa e oleosa; • Difusão simples; • Solubilidade do fármaco no líquido intersticial; • Absorção das membranas capilares; • Massagem, calor local e exercício aumentam a absorção dos fármacos e não devem ser recomendados; • Orientar repouso do musculo do dia da aplicação; Usar para medicamentos: • Dose única ou poucas doses • Pequenos volumes; • Efeito prolongado; Locais de aplicação: Deltoide, região glútea e vasto lateral (músculos mais usados); • Deltoide: 1,0ml • Região glútea: 4,0ml; • Dorso glúteo: 4.0ml; • Vasto lateral: 4.0ml; Contraindicações • Massa muscular reduzida; • Volume superior a 5ml; • Lesões cutâneas no local da aplicação: queimaduras, queloides, infecções; • Coagulopatias (distúrbios de coagulação) – pode gerar hematomas vasculares; • Emergências – demora de absorção; • Membros paréticos (músculo atrófico, em pacientes com AVC); POSICIONAMENTO: • Deltoide: sentado; • Vasto lateral: deitado em DDH ou em pé; • Glútea: deitado em DDH, DVH ou DL ou em pé; Referência dorso glútea: • Evitar locais com vasos e nervos; • Dividir mentalmente o glúteo em 4 e aplicar no quadrante superior externo; Região vasto-lateral da coxa Dividir mentalmente a coxa em três partes e fazer a aplicação na região antero lateral do terço médio; Complicações • Dor local. • Hematomas (coleção de sangue); • Infecções locais • Dor, calor, rubor, edema, coleções e equimoses; VIA SUBCUTÂNEA (SC) A via subcutânea é a administração de medicamento no tecido subcutâneo. • É utilizada para administração de insulina, anticoagulantes, algumas vacinas, adrenalina e hormônios. • Pode ser feita em várias regiões do corpo, em que haja camada substancial de tecido gorduroso.; • Os locais de preferência são: região dorsal, periumbilical e na face externa lateral do braço, próximo ao músculo deltoide; • Se a formulação for inadequada para esta via pode ocorrer: dor, descamação e necrose tecidual; • Absorção lenta; • Atenção em pacientes obesos e edemaciados; Edema: tem água ao redor das células de gordura, tornando bem menor a absorção; Contraindicações • Emergências; • Coagulopatias; • Desidratação grave – reduz a absorção; • Local de aplicação com cicatrizes e manchas; • Membro superior homolateral e esvaziamento axilar (tratamento oncológico de câncer de mama, retirada de linfonodos – perde a primeira estação de drenagem linfática, edema e mais susceptível a infeções) não aplicar nestes locais; • Membros paréticos; • Membros com fistula arteriovenosa: comunicação entre uma veia e uma artéria, realizada em cirurgia de pacientes que necessitam de hemodiálise; Não aplicar em região próxima do umbigo, devido a vascularização, evitar acidente de punção Importância dos rodízios (aplicação de insulina) • Não aplicar todo dia no mesmo lugar; • Pelo menos 7 lugares diferentes; • Aplicações toda vez no mesmo local pode levar a lipodistrofia e paniculites (infeção do tecido gorduroso subcutâneo) além de esteatonecrose (necrose da gordura); VIA INTRAVENOSA OU ENDOVENOSA (IV/EV) O medicamento é injetado na veia, diretamente na circulação sanguínea do paciente. • A administração do medicamento pode ser realizada por uma única dose até uma solução por infusão contínua. • Essa via é indicada em situações de emergência.; • Muito usada, biodisponibilidade rápida e completa; • Maior risco de efeitos adversos. • 100% de biodisponibilidade; • Maior risco de toxicidade (efeitos adversos); • Tromboflebite – trombose de veia superficial acompanhada de inflamação; na palpação parece um cordão duro; As veias de preferência para a colocação dos dispositivos para o acesso venoso periférico são: • Metacarpianas; • Basílica; • Cefálica e cefálica acessória; • Veia intermédia do antebraço; • Veia intermediária do cotovelo; • Veia braquial. A administração de medicamentos por via endovenosa pode ser feita por acesso periférico ou central. Formas de terapia IV • Bolus: administra em uma seringa de uma vez; • Infusão: mais devagar; Lenta: 1ml/min; Continua: >60min; Rápida: 1-30min; Contraindicações: • Lesão cutânea local; • Fistula-arteriovenosa; • Uso de anticoagulantes, usar cateter de calibre menor; • Coagulopatia grave; Para puncionar: pode tentar apenas 2 vezes, depois pedir ajuda; Utilização do acesso venoso • Checar permeabilidade a cada uso; • Se hematoma ou sinais flogísticos ou infiltração à infusão, retirar o acesso; • Trocar o curativo a cada 72h, deve ser transparente; • Lavar o lúmen do cateter a cada uso com SF: 0,9%; antes e depois de aplicar; SONDAGEM VESICAL Roteiro de cateterização/sondagem vesical 9.9.1. Instrumental e Material • Gazes esterilizadas • Seringas de 20 mL e 10 mL • Agulha hipodérmica 40x20 • Frasco-ampola de água destilada • Lidocaína / xylocaína gel 2% lacrada • Sistema fechado de coleta de urina • Fita adesiva para fixação da sonda vesical (Micropore) • Cuba rim (coleta inicial de urina) • Cuba redonda / Cúpula (reservatório do degermante) • Sonda de Foley de duas vias (escala French - calibre adequado ao porte do paciente). Sonda de demora • Sonda de Nelaton de via única (escala French - calibre adequado ao porte do paciente). Sonda de alívio • Pinça de Cheron para antissepsia da pele/mucosa • Clorexidina degermante /clorexidina aquosa • Luva de procedimento • Luva esterilizada • Campos convencionais esterilizados • Foco de luz (opcional) 9.10.2. Preparo do material e instrumental • Dispor todo material em mesa auxiliar ao lado do leito ou no próprio leito aos pés do (a) paciente • Cuidar para obedecer a técnica asséptica na aberturadas embalagens esterilizadas dos materiais e instrumentais • Solicitar para o auxiliar que abra e ofereça os materiais e equipamentos na sequência correta dos procedimentos 9.10.3. Posição do paciente e antissepsia • Colocar paciente feminina em posição de decúbito dorsal horizontal no leito e flexão dos membros inferiores sobre o abdome (Posição ginecológica) • Calçar luva de procedimento e com auxílio da pinça Cheron e a gaze esterilizada pincelar (“pintar”) com o degermante” a região supra púbica e área perineal entreabrindo os grandes e pequenos lábios da vulva e expondo o meato uretral externo • Colocar paciente masculino em decúbito dorsal horizontal com os membros inferiores ligeiramente afastados • Calçar luva de procedimento e com auxílio da pinça Cheron e a gaze esterilizada pincelar (“pintar”) com o degermante a região supra púbica, a base e toda a extensão do pênis, com atenção especial para a exteriorização da glande e meato uretral externo 9.10.4. Procedimentos • Identificação do paciente / apresentar-se • Explicar brevemente como será o procedimento e o motivo da sua necessidade • Obter consentimento verbal do paciente ou responsável • Avaliar as condições de privacidade do paciente para o procedimento • Colocar o(a) paciente em posição adequada • Fazer a antissepsia (degermante) da região gênito-urinária • Trocar as luvas de procedimento por outro par de luvas esterilizadas. • Solicitar ao auxiliar que abra a lidocaína gel a 2%, faça antissepsia do lacre e coloque aproximadamente 5 a 10 ml do gel sobre uma gaze colocada no campo estéril. • Solicitar ao auxiliar que apresente a bisnaga de lidocaína gel a 2% e aspire com agulha grossa (40x20) diretamente da bisnaga para a seringa um volume de 20 mL do gel, tomando os cuidados de antissepsia e assepsia • Mantendo a técnica asséptica, aspirar com a seringa-agulha de 10 mL de água destilada do frasco-ampola • Testar o balão da sonda de Foley injetando e aspirando a água destilada • Colocar panos esterilizados ou campo fenestrado delimitando a área previamente preparada pela antissepsia com degermante • Lubrificar a ponta da sonda de Foley com lidocaína gel a 2% que foi colocada • Com a mão dominante manter a sonda enrolada ao seu redor deixando a ponta lubrificada exposta • Na paciente feminina com a mão não dominante afastar os pequenos e grandes lábios vulvares identificar o meato uretral externo e delicadamente introduzir a ponta lubrificada da sonda Foley • No paciente masculino manter o pênis tracionado na vertical, injetar a lidocaína gel diretamente do bico da seringa 20 mL encaixado no meato para lubrificar todo trajeto uretral. Em seguida introduzir a sonda delicadamente • Introduzir uma extensão suficiente (10/15 cm) para começar a saída de urina • Inflar o balão da sonda com a quantidade de água destilada indicada na própria sonda (entre 5 a 10 mL) • Tracionar a sonda delicadamente até sentir uma resistência o que representa ao local onde o balão fica alojado no trígono vesical • Conectar a sonda ao sistema fechado de coleta de urina que diminui a possibilidade de contaminação • Fixar a sonda com fita adesiva na coxa do (a) paciente evitando tração acidental da sonda • Retirada e descarte do material e instrumental usado • Comunicar ao paciente o final do procedimento • Orientar sobre os cuidados com a sonda • A bolsa coletora deve ficar abaixo do nível da sonda no meto urinário para evitar refluxo de urina por sifonagem • Registrar o procedimento no prontuário Tipos de sondas vesicais • Cateter Foley ou Sonda permanente: É mantido no lugar por um balão inflado com água. É indicado para condições que afeta os nervos que controlam a bexiga como: espinha bífida, esclerose múltipla, acidente vascular cerebral ou lesão medular. Também é indicada para doenças crônica debilitante ou terminais com perda de mobilidade ou consciência que impedem usar o banheiro ou um instrumento de coleta.[3] • Cateter Robinson ou Sonda temporária: É um cateter flexível usado para drenagem de urina a curto prazo. Não possui balão para mantê-lo no lugar. Devem ser trocados várias vezes ao dia. Podem vir revestidos como lubrificante e prontos a usar. • Cateter Texas ou Sonda externa: é um cateter externo para homens, colocado como se fosse uma camisinha. Por ser externo tem menor risco de causar infecções do trato urinário porém o látex causa mais irritação que os cateteres de silicone.[4] • Cateter suprapúbico: Uma cirurgia rápida é feita um pequeno buraco no abdômen alguns centímetros abaixo do umbigo. A inserção é feita em hospital sob anestesia local ou um anestésico geral leve. Indicações para sondagem • Fluxo de urina bloqueado por cálculos renais, coágulos de sangue na urina ou hipertrofia da próstata • Cirurgia da próstata; • Cirurgia na área genital, como um reparo de fratura de quadril ou remoção de câncer pélvico; • Lesão dos nervos da bexiga; • Lesão da medula espinal; • Condição que prejudica sua função mental, como a demência vascular; • Medicamentos que prejudicam a capacidade dos músculos da bexiga de contrair. Diâmetros Os diâmetros do cateter são dimensionados pela escala francesa do cateter (Fr), sendo que cada Fr equivale 0.33 mm. Os tamanhos mais comuns para humanos são 10 Fr (3.3mm) a 24 Fr (8mm). O clínico seleciona um tamanho grande o suficiente para permitir o fluxo livre de urina e para evitar vazamento de urina ao redor do cateter. Um tamanho maior é necessário quando a urina é espessa, sanguinolenta ou contém sedimentos. Cateteres maiores, no entanto, são mais propensos a danificar a uretra, tem maior risco de serem colonizados por bactérias e são mais difíceis de colocar. • Para Mulher: tamanho 14 a 16; • Para Homem: tamanho 16 a 18. Segurança do paciente São todos os estudos e práticas voltadas para a diminuição ou eliminação de riscos na assistência em saúde que podem causar danos ao paciente. A Segurança do Paciente envolve ações promovidas pelas instituições de saúde e ensino para reduzir a um mínimo aceitável, o risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em documento publicado em 2009, o conceito de Segurança do Paciente se refere à redução dos riscos de danos desnecessários associados à assistência em saúde até um mínimo aceitável. Esses danos desnecessários são conhecidos como EVENTOS ADVERSOS Programa Nacional de Segurança do Paciente – PNSP foi lançado em 1º de abril de 2013 pelo Ministério da Saúde e ANVISA e propõe um conjunto de medidas para prevenir e reduzir a ocorrência de incidentes nos serviços de saúde – eventos ou circunstâncias que poderiam resultar ou que resultaram em dano desnecessário para o paciente. O objetivo do programa é promover melhorias relacionadas à segurança do paciente, de forma a prevenir e reduzir a incidência de eventos adversos no atendimento e internação. “Uma das principais ações será a obrigatoriedade de que os hospitais e serviços de saúde implantem um Núcleo de Segurança do Paciente Seis metas internacionais de segurança do paciente foram estabelecidas pela Joint Commission International (JCI), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O objetivo dessas metas é promover melhorias específicas na segurança do paciente por meiode estratégias que abordam aspectos problemáticos na assistência a saúde, apresentando soluções baseadas em evidências para esses problemas. METAS PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE: • Identificar o paciente corretamente; • Melhorar a comunicação efetiva; • Melhorar a segurança dos medicamentos; • Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto; • Reduzir o risco de infecções nos cuidados de saúde; • Reduzir o risco de lesões ao paciente, decorrente de quedas; • Reduzir o risco de úlceras de pressão Meta 01 - Identificar os pacientes corretamente OBJETIVO Identificar, com segurança, o paciente como sendo a pessoa para a qual se destina o serviço e/ou procedimento. Como atender esta meta: Confirmando os dois identificadores, nome completo do paciente e DATA DE NASCIMENTO, a cada procedimento, antes de se administrar medicamentos, hemoderivados e antes da coleta de exames Meta 02 : Melhorar a comunicação efetiva OBJETIVO Desenvolver uma abordagem para melhorar a comunicação entre os prestadores de cuidado, estabelecendo uma comunicação efetiva, oportuna, precisa, completa, sem ambiguidade e compreendida pelo receptor. Como atender esta meta: Ao receber resultados de exames críticos por telefone, o profissional deve escrever o que foi ouvido, ler de volta as informações anotadas para quem as transmitiu e solicitar a confirmação das mesmas. Após a confirmação anotar as informações no prontuário do paciente. Não permitir prescrição por telefone. A prescrição verbal somente é permitida em situações de emergência. Nesses casos a enfermagem deve repetir para o médico a orientação verbal para que o mesmo possa confirmar a informação antes da administração do medicamento. Meta 03 : Melhorar a segurança dos medicamentos OBJETIVO Desenvolver e implementar estratégias e mecanismos que promovam a segurança do paciente e dos profissionais envolvidos no processo de utilização de Medicamentos de Alta Vigilância-MAV. Os MAV possuem risco aumentado de provocar danos significativos nos pacientes quando ocorre falha na utilização dos mesmos. Como atender esta meta: Nos diversos setores da farmácia e unidades de internação os MAV são armazenados em recipientes específicos de cor vermelha e em locais de acesso restrito. Os MAV são marcados com tarjas/adesivos vermelhos, o que os diferencia no ato do armazenamento, distribuição, dispensação, transporte, recebimento,administração. No sistema de prescrição eletrônica, os MAV serão registrados em negrito e alertas piscantes. Meta 04: Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto OBJETIVO Essa meta visa aperfeiçoar a comunicação entre os profissionais envolvidos no processo; assegurar a inclusão do paciente na marcação do local da intervenção; garantir cirurgias e procedimentos invasivos no local de intervenção correto, procedimento correto no paciente correto. Como atender esta meta: Identificação correta do paciente: confirmar o nome completo do paciente e número de prontuário na pulseira de identificação, conferir também dados do paciente na ficha de admissão, prontuário e termos de consentimento. Meta 04: Assegurar cirurgias com local de intervenção correto, procedimento correto e paciente correto Como atender esta meta: Local de Intervenção correto: Marcar o local da intervenção cirúrgica, se possível ainda com o paciente acordado e fora da sala de operação. Essa marcação deve ser realizada pelo profissional que fará o procedimento e ser visível mesmo após o paciente preparado e coberto. A pausa ou time out visa confirmar antes da cirurgia, se o local de intervenção, o procedimento e o paciente são os corretos e se todos os documentos e equipamentos necessários estão disponíveis e funcionando. Essa pausa, envolve toda a equipe cirúrgica e deve ser documentada no Check list. Lista de Verificação de Cirurgia Segura da Organização Mundial da Saúde (OMS): • Antes da indução anestésica (sign in); • Antes da incisão cirúrgica (time out); • Antes do paciente sair da sala cirúrgica sign out) Meta 05: Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde OBJETIVO Promover a prevenção e controle das infecções em todas as unidades de atendimento a pacientes, por meio de um programa efetivo, com ênfase na importância da prática da higienização das mãos. Como atender esta meta: Normatização das instruções técnicas para higienização das mãos. Melhoria estrutural das condições para higienização das mãos: presença de lavatórios, insumos necessários e orientação visual. Educação continuada, avaliação e monitoramento: orientações, treinamentos, campanhas anuais, estudos observacionais, divulgação das normas e instruções técnicas, jogos interativos para profissionais, pacientes e acompanhantes. A higiene das mãos é fundamental no cuidado à saúde, uma vez que o profissional lida com diferentes pacientes, em diferentes condições e com diferentes necessidades. Esse ato de segurança refere-se a higienização das mãos a fim de prevenir a transmissão de microrganismos e doenças. Assim, o Protocolo expõe os 5 momentos em que a higienização das mãos devem ser feitas: • Antes do contato com o paciente; • Antes da realização do procedimento; • Após a exposição a fluídos corporais; • Após o contato com o paciente; • Após o contato com áreas próximas ao paciente. Meta 06: Reduzir o risco de lesões ao paciente, decorrentes de quedas OBJETIVO Elaborar, implementar e monitorar ações preventivas para reduzir lesões decorrentes de quedas Como atender esta meta: Avaliando o risco de queda em todos os pacientes, reavaliando sempre que houver alterações clínicas e descrevendo na placa do leito o nível do risco de queda. Implementando medidas para minimizar o risco de quedas, conforme definido na Norma de Redução do risco de lesões ao paciente decorrentes de quedas . • Avaliação do risco de queda; • Identificação do paciente com risco com a sinalização à beira do leito ou pulseira; • Agendamento dos cuidados de higiene pessoal; • Revisão periódica da medicação; • Atenção aos calçados utilizados pelos pacientes; • Educação dos pacientes e dos profissionais; • Revisão da ocorrência de queda para identificação de suas possíveis causas. ESCALA DE MORSE O surgimento de alterações na pele é comum durante internações longas em hospitais. A Úlcera por Pressão (UPP) é um exemplo destas lesões decorrente de uma pressão ou fricção na pele. A UPP pode resultar em: • Prolongamento da estadia; • Riscos de infecções graves; • Dores; • Sepse; • Mortalidade Alterações clínicas relacionadas ao ICC Insuficiência cardíaca esquerda: Ocorre uma falha do ventrículo esquerdo (VE) que o torna incapaz de bombear todo o seu conteúdo para a rede arterial periférica.; Manifestações clínicas: • Dispnéia aos esforços e ortopnéia; • Tosse e expectoração; • Edema pulmonar; • Cianose; • Fadiga; • Astenia; • Oligúria; • Estertores finos nas bases pulmonares; • Cardiomegalia, taquicardia, pulso alternante, arritmias, baixa reserva; • Confusão, dificuldade de concentração, cefaléia, insônia e ansiedade Insuficiência cardíaca direita: Ocorre uma falha do ventrículo direito (VD) que não consegue ejetar o sangue para a circulação pulmonar. Manifestações clínicas: • Ingurgitamento jugular; • Hepatomegalia congestiva; • Edema de membrosinferiores; • Ganho de peso; • Ascite; • Anorexia; • Náuseas; • Fraqueza; REVISANDO A AUSCULTA CARDÍACA Estetoscópio: • Diafragma para sons agudos; • Campânula para os sons mais graves; Ambiente silencioso, paciente com tórax desnudo e paciente colaborativo (manobras especiais); Posicionamento do paciente: • Padrão: decúbito dorsal, médico ao lado direito do paciente; • sentado – regiões da base do coração, válvulas aórtica e pulmonar e vasos da base; • decúbito lateral esquerdo: auscultada valva mitral e estenose de valva mitral; • Ortostática, debruçando sobre uma mesa: sons da base do coração e sopro de insuficiência aórtica; Focos de ausculta: 4 focos clássicos – mas todo o precórdio deve ser auscultado assim como pescoço, região axilar e dorso. Não corresponde as localizações anatômicas das valvas; • Foco aórtico: 2° EICD – logo ao lado do esterno – valva aórtica; • Foco pulmonar: 2° EICE – valva pulmonar; • Foco tricúspide: 5° EICD – esquerda do apêndice xifoide; • Foco mitral: 5° ECIE – linha hemiclavicular; • Foco aórtico acessório: 3° EICE – ponto de ERB, junto ao esterno; • Outras áreas: margem direita do esterno, o epigástrio, região axilar e cervical. Manobras: Incremento dos sopros originados nas câmaras direitas a inspiração e seu decréscimo durante a expiração. Roteiro para a ausculta cardíaca: 1° avaliação das bulhas cardíacas: • Diferenciar B1 (fechamento das valvas AV – tricúspide e mitral - TUM) de B2 (fechamento das valvas semilunares – aórtica e pulmonar – TÁ) • Normofonéticas, hipofonéticas ou hiperfonéticas; • Presença de 3° ou 4° bulha; OBS: Terceira bulha: A terceira bulha normal, observada habitualmente em crianças e adolescentes e raramente em adultos, é um ruído de baixa freqüência que ocorre entre a proto e a mesodiástole. É atribuída a vibrações provocadas pelo fluxo sangüíneo, que entra no ventrículo, na fase inicial da diástole (fase de enchimento rápido). Brusca desaceleração da coluna líquida de encontro às paredes ventriculares ao final da fase de enchimento rápido é a causa de aparecimento desta bulha. Quarta bulha: pode ser encontrada em crianças e adolescentes normais. No primeiro ato a contração atrial processa-se mais energicamente que em condições normais, tentando vencer a resistência ventricular a seu esvaziamento e provocando maior aceleração e conseqüente desaceleração da coluna sanguínea na telediástole ocasionando o aparecimento da quarta bulha. Esta situação está presente nos casos de hipertrofia da musculatura ventricular (estenoses subaórtica, aórtica e pulmonar, hipertensões arteriais sistêmicas e pulmonar), na angina do peito e infarto agudo do miocárdio. Hipofonese Nas lesões de fibra cardíaca, no aumento da cavidade ventricular esquerda. Hiperfonese Por aumento da contratibilidade ou diminuição da cavidade do VE (hipertireoidismo, taquicardia, febre, estenose mitral), por processos que acometam a valva aórtica e a artéria aorta, sobrecarga das camaras direitas. Variações de intensidade Fibrilação atrial, BAVT 2° avaliação da frequência e do ritmo; 3° avaliação cliques e estalidos; 4° avaliação de sopros; 5° presença de outros ruídos como atrito pericárdico; Estalidos ou cliques – ocorrem quando as valvas apresentam alguma alteração, sofrendo um desdobramento abrupto para a passagem do sangue. Deste modo, verifica-se um som curto, de alta frequência, parecido com um “clique”. Este tipo de som é detectado em pessoas que possuem estenose de valva mitral e aórtica, por exemplo. Atrito – causado pelo atrito (som áspero, de fricção entre duas superfícies) entre as superfícies do pericárdio, durante os ciclos cardíacos, isto é, tanto na sístole como na diástole. Normalmente este tipo de ruído adventício é encontrado em clientes que apresentam pericardite Sopros – aparecerem quando o fluxo sanguíneo se torna turbulento. Pode ser causado por um defeito valvar (estreitamento, má formação) ou pelo aumento do fluxo sanguíneo, como ocorre em indivíduos com febre alta ou em mulheres grávidas. Os sopros podem ser classificados de acordo com sua intensidade, variando de 1 (um) a 6 (seis). Os sopros classificados como de grau 1 são muito fracos, podendo não ser auscultados em todas as posições. A escala prossegue até o grau 6, quando o sopro pode ser ouvido sem o estetoscópio afastado da parede torácica. Os frêmitos normalmente se associam aos sopros de graus quatro, cinco e seis. Galopes – ocorrem quando existe algum empecilho para que aconteça o enchimento ventricular durante a diástole. Desse modo, durante a diástole ocorre uma vibração passageira parecida com o som das bulhas cardíacas. Assim, na ausculta, os sons aparecem multiplicados, como se fosse produzido o som de um “cavalo galopando”. Pode ser identificado em indivíduos que apresentam insuficiência cardíaca congestiva ou outras doenças miocárdicas. Desdobramento fisiológico da B2 (fechamento da aórtica e pulmonar); • Ocorre na inspiração e desaparece na expiração, devido ao maior retorno venoso e enchimento do VD na inspiração; • Demora mais para esvaziar atrasando o fechamento da valva pulmonar P2 (TRÁ); • Na expiração das bulhas ficam normais: B1 – B2; • Inspiração: B1 – A2-P2; ESTENOSE E INSUFICIÊNCIA VALVAR: • Insuficiência: falha de coaptação dos folhetos da valva, causando regurgitação de sangue; • Estenose: estreitamento da abertura da valva causando turbilhonamento na passagem do sangue por ela; Pacientes adultos ou idosos mais frequente acometimento das valvas do lado esquerdo do coração: mitral e aórtica; • Insuficiência de mitral na sístole e estenose de mitral na diástole; • Estenose de aórtica na sístole e insuficiência de aórtica na diástole; Sopro de insuficiência mitral/ tricúspide: • Holossitólico (ocorre na sístole); • De mitral é mais frequente; • Sopro regurgitante; • Intensidade não varia; Sopro de estenose de aórtica/ pulmonar; • Ocorre na sístole – abertura dessas valvas; • Turbilhonamento do sangue; • Intensidade variável, aumenta até um pico e decresce; • Timbre: ejetivo; formato em losango ou diamante; Estenose de mitral/ tricúspide: • Ocorre na diástole; • Restrição da abertura da valva; • Sangue acelerado e turbulento; • Ruflar; • Estenose mitral é mais frequente (febre reumática); Insuficiência aórtica/ pulmonar: • Ocorre na diástole; • Fluxo regurgitante, vazamento de sangue para o ventrículo; • Sopro aspirativo; • Intensidade decrescente; • Aórtico é mais comum; TERCEIRA E QUARTA BULHA 3° BULHA: ocorre na fase de enchimento rápido; • Terço inicial da diástole; • Som protodiastólico; • Relacionada com a sobrecarga de volume, insuficiência de VE e de mitral; • Pode ser fisiologia em crianças e adolescentes; • Som grave e de baixa frequência. Decúbito lateral esquerdo; • Ocorre após a 2° bulha; Quarta bulha: ou bulha atrial; • Ocorre na fase de contração atrial – terço final da diástole; • Som pré-sistólico (logo antes da sístole); • Relacionada com sobrecarga de pressão: coronariopatias, miocardiopatias, HAS e estenose aórtica; • Grave e de intensidade baixa; • Pode ser confundida com o desdobramento da B1, melhor audível próximo ao ápice; (https://www.youtube.com/watch?v=2NtkWjUHR1E&t=305s) Na inspeção do exame cardiovascular: • Identificar sinais de instabilidade hemodinâmica: sudorese, cianose; presença de turgência jugular; • Formato do tórax,presença de deformidades, presença de veias abauladas. • Observação do ictus; Palpação: • Extremidades quentes ou frias; • Palpação dos pulsos: frequência, ritmo e amplitude e simetria de pulsos; (radial, braquial, femoral, poplíteo, tibial posterior, pedioso, carotídeo) – carotídeo e femoral: pulsos centrais; • TPC: <3 seg normal, > de 3 seg, enchimento prejudicado; • Palpação do ICTUS CORDIS: máximo de 2 polegadas, desviado levemente a esquerda; Turgência jugular: pressão venosa aumentada – pode realizar o reflexo hepatojugular: • Pressionar epigástrica ou hipocôndrio direito, cabeça fletida para lado esquerdo, observar turgência jugular sustentada, acima de 3cm; Palpação do ICTUS: 4° e 5° EICE; • Lateralizado para a esquerda, nível de 6° EICE – coração hipertrofiado, VE aumentado; • Mais anterior, próximo ao esterno – VD aumentado; • Duas polpas digitais é o normal, mas que isso a amplitude está aumentada; • Intensidade do ictus; • Palpação de frêmitos (sopros); Pulso paradoxal: redução aumentada da sístole durante a inspiração e turgência de pulso jugular (pericardite, tamponamento); (https://www.youtube.com/watch?v=Fz8UeB4pLwU) Revisando a semiologia pulmonar (https://www.youtube.com/watch?v=Nm1Hi6nyoQQ); • Ângulo de Louis; proeminência da região superior do esterno, marca o 2° EIC – bifurcação traqueal e porção mais alta da aorta; • Ângulo de Charpy: avaliar tamanho do tórax e biotipo; • Vertebra proeminente: ápices pulmonares projetados na parede torácica, C7; Exame físico do tórax: • Inspeção: estática e dinâmica; • Palpação; • Percussão; • Ausculta; Inspeção estática: • Formato do tórax e anormalidade; • Se existe simetria ou assimétrica; Tipos de tórax: • Plano: longilíneo ou DPOC • Globoso (tonel): DPOC soprador rosado; • Pectus excavatum – depressão na região inferior do esterno, origem congênita; • Cariniforme – pectus carinatum, proeminência esternal, tórax de pombo, congênita ou adquirida (raquitismo); • Cônico ou em sino: ascites; • Cifótico: curvatura da coluna dorsal, convexidade; • Escoliótico: curvatura lateral; Inspeção dinâmica: FR e movimentos respiratórios – 12 a 20 irpm; PALPAÇAO: • Avaliação da sensibilidade da pele; • Simetria do tórax e expansibildiade torácica de ápices e bases; • Presença de frêmitos toracovocais: vibrações sentidas na parede torácica quando o paciente fala – face palmar da mão. Pedir para falar 33; ✓ Patologias do parênquima pulmonar (pneumonias): aumentam o frêmito; exceto nas atelectasias que ele reduz; ✓ Patologias pleurais (derrame pleural e pneumotórax): reduzem o frêmito; • Avaliar lesões e linfonodos; PERCUSSÃO: • Som claro pulmonar: regiões de projeção do pulmão é o som normal; • Som claro timpânico: hipocôndrio esquerdo, no espaço de Traube, bolha gástrica, presença de ar no fundo gástrico. • Som submaciço: inferior ao esterno; • Som maciço: hipocôndrio direito – região hepática; • Presença de timpanismo: hérnias diafragmáticas ou pneumotórax; • Derrame pleural: macicez na percussão no seio diafragmático costovertebrais posteriores na posição sentada; • Macicez ou submacicez em regiões de projeção dos pulmões: pneumonia, atelectasia, neoplasias e infarto pulmonar; reduzem a distribuição de ar no tórax; Obesidade, edema e hipertrofia muscular: som pode ficar submaciço ou maciço; AUSCULTA: • Murmúrios vesiculares; • Auscultar região posterior, face lateral e depois anterior do tórax; ambos os lados de forma comparativa; • Respirar profundamente pela boca entreaberta; • Comparar um lado com o outro; Murmúrio vesicular: regiões periféricas dos pulmões: tempo de inspiração maior que o de expiração e sem pausa; Som brônquico em região onde é esperado murmúrio vesicular – presença de tecido denso no parênquima: pneumonias e tumores; Contínuos: ocorrem quando existe ponto de obstrução na via aérea; • Secreções, espasmos ou corpo estranho; Estridor: regiões superiores da via aérea inferior: edema de glote, laringite, obstrução; • Som intenso e agudo; • Pode ser auscultado sem o estetoscópio; • Pode aparecer tanto na inspiração quanto na expiração (+ comum na insp.); Roncos e sibilos: vias aéreas inferiores, resultado das vibrações das paredes brônquicas; • Ronco: mais grave e rude; • Sibilos: mais agudos e musical; • Podem aparecer tanto na inspiração quanto na expiração; • Ronco é mais na expiração; • Regiões de vias aéreas centrais; • Sibilos: crises asmáticas; Descontínuos: estertores; • Estertores finos: ocorrem abertura súbita de vias aéreas de menor calibre por presença de secreção ou líquido, ou aumento da elasticidade; • Fricção dos fios de cabelo. • Edema, fibrose ou pneumonia; • Não somem com a tosse, Estertores grossos: • Abertura de vias aéreas de grosso calibre; • Contendo secreções viscosas; • Semelhante ao barulho de líquido borbulhando;; • Aparecer tanto na inspiração quanto na expiração; • Bronquite crônica, bronquiectasia, edema crônico; Atrito pleural: som de origem pleural • Ruído pela fricção dos folhetos pleurais; • Inflamação, derrame pleural extenso ou neoplasias; • Regiões inferiores e posteriores do tórax; • Pode aparecer na inspiração ou na expiração; SOM VOCAL: ausculta da transmissão da voz no tórax, pronunciar 33 • Som produzido é a ressonância vocal, em condições normais não é possível distinguir as silabas pronunciadas tanto na falada quanto na cochichada; • Som abafado, porque o parênquima pulmonar normal absorve o som; Transmissão anormal: • Redução: enfisema e pneumotórax; aumenta a barreira pulmonar para a transmissão do som – redução do frêmito toracovocal + redução do som vocal; • Aumento: BRONCOFONIA: ✓ Aumento da nitidez do som e das palavras: PECTORILÓQUIA (fônica: voz falada e Áfona: voz cochichada); ✓ Síndromes de consolidação: pneumonia, inflamação e neoplasias; EGOFONIA: região de transição dos derrames pleurais, porção superior; • Mudança na qualidade da voz na ausculta; • Voz anasalada e metálica; • Pronunciar a vocal IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII de forma continua; • Na ausculta anormal ouviremos EEEEEEEEEEEEEEEEEEEE (cabra); (https://www.youtube.com/watch?v=5YkwaWge49w)
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