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Prova prática de práticas médicas

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Prova prática de 
práticas médicas 
 
AUSCULTA 
CARDÍACA 
 
 
 
Sinais vitais 
• Temperatura; 
• Frequência cardíaca ou pulso; 
• Frequência respiratória; 
• Pressão arterial. 
Temperatura 
Os valores térmicos estão aumentados em certas 
condições, tais como refeições copiosas, exercícios 
físicos intensos, gravidez ou ovulação. pode ser medida 
oral, axilar (mais usada), retal ou timpânica; 
• Temperatura axilar: 35,5 a 37°C, com média de 
36 a 36,5°C 
• Temperatura bucal: 36 a 37,4°C 
• Temperatura retal: 36 a 37,5°C, ou seja, 0,5°C 
maior que a axilar. 
 
Pressão arterial (PA) 
A aferição da PA requer preparação do paciente e 
escolha do material adequado. Antes de aferir a PA, deve-
se perguntar ao paciente se: 
• Fumou ou bebeu café ou outros estimulantes 
há menos de 30 minutos; 
• Está sentindo dor; 
• Está com a bexiga cheia; 
Está em repouso há menos de 3 minutos 
 
Frequência cardíaca e pulso 
• Para aferição da FC, pode-se auscultar o coração e 
contar os batimentos cardíacos em 1 minuto. 
• Para aferição do pulso, normalmente se palpa a 
artéria radial com o 2° e 3° dedos, contando os 
batimentos em 1 minuto. 
• É importante também comparar a frequência 
cardíaca e o pulso (nem sempre as medidas são 
equivalentes); 
• Na palpação do pulso, dentre outras coisas, o mais 
importante, é verificar o ritmo, amplitude e 
frequência; 
• A unidade de medida utilizada é: batimentos por 
minuto (bpm). 
Locais para a verificação do pulso: 
• Centrais: carotídeo, aórtico, femoral; 
• Periféricos: temporal, radial, braquial, poplíteo, 
pedioso. 
Verificar: 
• Estado da parede arterial; 
• Frequência; 
• Ritmo; 
• Amplitude; 
• Tensão; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As principais alterações da frequência são: 
Taquicardia: acima de 100 pulsações por minuto. Causas: 
exercício físico, emoções, gravidez, estados febris, 
hipertireoidismo, fibrilação arterial, hipovolemia, 
miocardites, colapso periférico, taquicardia paroxística 
Bradicardia: menos de 60 pulsações por minuto. Causas: 
bradicardia sinusal, bloqueio atrioventricular, hipertensão 
intracraniana, icterícia, infecções virais, treinamento físico 
intenso 
 
Frequência respiratória 
Contar a quantidade de inspirações em 1 minuto, 
observando movimentos da caixa torácica ou parede 
abdominal. 
• Não se deve contar ao paciente que sua frequência 
respiratória está sendo verificada; 
• É importante verificar também o ritmo da respiração, que 
pode conter pausas, períodos de inspiração/expiração 
profunda ou ser arrítmica; uso de musculatura acessória, 
tiragem (retração dos espaços intercostais, da fossa 
supraclavicular ou da região epigástrica), que evidenciam 
dificuldade para respirar. 
• Observar se não há tempo expiratório prolongado (o 
normal é o tempo da inspiração ser maior do que o da 
expiração, o que pode se inverter em situação de 
broncoespasmo – “crise de asma”). 
• A unidade de medida utilizada é: incursões respiratórias 
por minuto (irpm). 
 
Checklist ausculta cardíaca e palpação de pulsos 
 
1. Lave as mãos 
2. Explique para o paciente o procedimento: anamnese 
e exame físico 
3. Realize a inspeção, palpação e ausculta do sistema 
cardiovascular; 
 
1. Identifique os locais para palpação do pulso: 
• Artéria radial 
• Carótida 
• Braquial 
• Femoral 
• Pediosa 
• Temporal 
• Poplítea; 
 
1.2 Realize a inspeção e palpação simultaneamente e 
observe: 
• O estado da parede arterial 
• Frequência 
• Ritmo 
• Amplitude 
• Comparação com a artéria contralateral. 
 
1.3 Colocar o paciente em posição confortável, sentado 
ou deitado, porém sempre com o braço apoiado 
 
1.4 Contar durante 1 minuto inteiro; 
 
1.5 Observe os valores de referência: no adulto é 
considerada normal de 60 a 100 bpm 
 
AUSCULTA: 
 
Realização da inspeção, palpação e ausculta cardíaca. 
 
• Ambiente 
• Posição do paciente 
• Orientação ao paciente 
• Estetoscópio: tipo e tamanho do receptor 
 
 
 
Determinar os focos cardíacos: 
 
• Foco mitral 
• Foco aórtica 
• Foco tricúspide 
• Foco pulmonar 
• Aórtica acessória 
 
Objetivos da ausculta: 
• Bulhas cardíacas 
• Frequência cardíaca 
• Ritmos tríplices 
• Alterações das bulhas 
• Cliques ou estalidos 
• Sopros 
• Ruído da pericardite constritiva 
• Atrito pericárdico 
• Rumor venoso 
 
Exame físico cardiovascular 
O exame físico do coração inclui a inspeção, palpação e 
a ausculta avaliando os segmentos corporais para 
correlacionar todos os dados e formular possíveis 
diagnósticos. 
Inspeção 
Observam-se alterações na forma do tórax, 
abaulamentos, retrações e analisam-se movimentos, tais 
como o choque da ponta definindo-se a localização, ou 
levantamentos precordiais, importantes nas avaliações 
dos crescimentos ventriculares. Avaliar: 
• Formato do tórax e possíveis deformidades 
torácicas; 
• Verificar a localização do ictus cordis 
(normalmente se encontra no 4° ou 5° EIC, na 
linha hemiclavicular esquerda); 
• Presença de circulação colateral; 
• Além do tórax avaliar: pescoço (turgência de 
jugular) e epigástrio; 
O choque da ponta ou ictus cordis pode não ser visível ou 
variar de localização de acordo com o biotipo do indivíduo ou 
patologias existentes. 
DEFORMIDADES TORÁCICAS 
• Forma de tonel (relacionado com doença pulmonar 
obstrutiva crônica), 
• Peito de pombo (congênito), chato (desnutrição), sino 
(grandes ascites), 
• Cifoescolióse, pectus excavatum e pectus carinatum 
podem estar associados a síndrome de Marfan; 
• Tórax em escudo (ângulo entre o manúbrio e o corpo 
do esterno maior que o normal) sugere síndrome de 
Turner e de Noonan; 
• Podemos ter abaulamento precordiais decorrentes, 
às vezes, de grande aumento do coração (cardiomegalia), 
geralmente provocado por doenças congênitas. 
• Em caso de abaulamentos pulsáteis na 
parede torácica devemos investigar a presença de 
aneurisma aórtico; 
Palpação 
Para a palpação, o posicionamento do médico deve ser 
à direita do paciente, repousando suavemente a palma 
da mão sobre a região precordial. São avaliados: 
• ictus cordis, frêmitos cardiovasculares, bulhas 
cardíacas e levantamentos ou retrações 
sistólicas. 
ICTUS CORDIS 
O ictus cordis, também conhecido como impulso apical 
ou choque da ponta, traduz o contato da porção anterior 
do ventrículo esquerdo com a parede torácica, durante 
a fase de contração isovolumétrica do ciclo cardíaco; 
• É o impacto do coração sobre a parede torácica e 
corresponde, anatomicamente, à ponta do ventrículo 
esquerdo. 
• Devemos visualizá-lo e analisá-lo; 
Características do ICTUS CORDIS 
• Localização: entre o quarto e quinto espaço 
intercostal esquerdo (EIE), aproximadamente 
0,5cm para dentro da linha hemiclavicular 
esquerda, com o paciente em decúbito dorsal;. 
• Extensão: uma a uma e meia polpa digital 
(aproximadamente 1,5 a 2,0cm). 
• Intensidade: quanto à intensidade podemos 
classificá-la em forte, fraca, média intensidade. 
• Mobilidade: o ictus é móvel. Desloca-se para a 
direita ou esquerda (mobilidade de 2cm 
aproximadamente) de acordo com o decúbito 
adotado; 
Em algumas situações podemos sentir o ictus como 
um choque curto e intenso (cupuliforme), o que é 
comum nas hipertrofias, em outras como um choque de duração 
maior (globoso), que é comum nas 
dilataçõesA determinação da extensão do ictus cordis deve ser 
quantificada em polpas digitais necessárias para cobri-lo, 
normalmente uma ou duas polpas digitais, e em seguida 
estimada em centímetros. Para a verificação da mobilidade do 
ictus cordis, o paciente posiciona-se sequencialmente em 
decúbito dorsal, decúbito lateral esquerdo e direito, 
observando-se em condições normais a movimentação lateral 
de 1 a 2 centímetros. 
Principais alterações do ICTUS CORDIS 
• Seu deslocamento significa dilatação e/ou 
hipertrofia do ventrículo esquerdo; 
• O ictus pode estar desviado para baixo e para 
fora da linha hemiclavicular esquerda (hipertrofia 
ventricular esquerda) e para dentro da linha 
hemiclavicular esquerda (Hipertrofia ventricular 
direita); 
• A mobilidade pode estar diminuída ou mesmo 
ausente na pericardite constritiva. 
FRÊMITO 
É a sensação tátil determinada por vibrações produzidas 
no coração ou nos vasos, e podem representar sopros 
cardíacos ou atritos pericárdicos. São necessários a 
determinação: da localização, situação e intensidade. 
• Colocamos o paciente em decúbito dorsal e 
lateral esquerdo e, às vezes, sentado com o 
tórax inclinado para a frente; 
• O examinador coloca a palma da mão no tórax 
do paciente (região precordial) com os dedos 
estendidos; 
Esta sensação táctil deve ser classificada em: 
• Tempo (ciclo cardíaco): sistólico, diastólico, 
contínuo.; O frêmito sistólico coincide com o 
pulso; o diastólico não; 
• Intensidade: a intensidade do frêmito é dada em 
cruzes (de + a ++++); 
Ausculta 
A ausculta cardíaca é a captação do último fenômeno do 
ciclo cardíaco referente à transformação de energia 
cinética do sangue em energia acústica. 
• Deve ser realizada em ambiente silencioso, com 
o médico à direita do paciente em decúbito 
dorsal; 
• Os focos de ausculta dos ruídos valvares não 
correspondem à projeção anatômica, porém 
correspondem aos locais de maior intensidade 
desses ruídos. 
Os focos de ausculta cardíaca compreendem quatro 
pontos principais: 
• Foco mitral: situado na região da ponta, 
habitualmente na intersecção do quinto espaço 
intercostal, com a linha hemiclavicular esquerda.; 
• Foco aórtico: situado no segundo espaço intercostal 
direito, junto ao esterno; 
• Foco pulmonar: situado no segundo espaço 
intercostal esquerdo, junto ao esterno; 
• Foco tricúspide: situado na base do apêndice xifoide; 
Foco aórtico acessório: situado no terceiro espaço 
intercostal na linha justa-esternal esquerda 
 
Bulhas cardíacas 
Em qualquer região de ausculta do coração são ouvidos 
sempre a primeira e a segunda bulhas, a partir da sístole 
ventricular. 
• A primeira bulha é mais intensa, mais duradoura, e 
mais grave, sendo melhor audível na região da ponta 
(fechamento da valva mitral e tricúspide); 
• A segunda bulha é menos intensa, mais curta e mais 
aguda e melhor perceptível nos segundos espaços 
intercostais junto ao esterno (fechamento da valva 
aórtica e pulmonar); 
Terceira e quarta bulha 
Terceira bulha: som de baixa frequência associado ao 
aumento das dimensões ventriculares e/ou ao 
enchimento ventricular. Ocorre após B2 durante o 
enchimento ventricular e indica presença de ventrículo 
aumentado e de pouca complacência; B3 patológica tem 
intensidade diferente de B1 e B2 e é denominada de 
galope. Pode ocorrer em insuficiência cardíaca; 
Quarta bulha: Assim como B3, é melhor audível em 
ápice, em decúbito lateral esquerdo e não altera com a 
inspiração. Ocorre após B2, logo antes de B1, e está 
relacionada à consequente diminuição da distensibilidade 
do ventrículo esquerdo; 
 
Sopros cardíacos 
Os sopros cardíacos são vibrações audíveis, resultantes 
do fluxo turbulento da corrente sanguínea no coração. 
A massa fluida correspondente ao sangue, ao passar de 
um lugar estreito para outro de maior amplitude, forma 
turbilhões, que ao se chocar com a parede dos vasos ou 
cardíacas, produzem sopros. 
As principais situações em que o fluxo se encontra 
turbulento são: 
• Aumento do fluxo de sangue; 
• Fluxo de sangue através de valvas estenosadas; 
• Vasos dilatados (aumento súbito do calibre do 
vaso); 
• Fluxo sanguíneo regurgitante. 
Deve-se iniciar a ausculta na ordem, pelos focos mitral, 
tricúspide, aórtico, pulmonar. 
Os seguintes caracteres devem ser descritos: 
• Tempo no ciclo cardíaco; 
• Sede e irradiação; 
• Intensidade; 
• Altura e o timbre; 
• Variações com a posição, respiração e exercício. 
O tempo no ciclo cardíaco é o momento em que o 
sopro ocorre. Pode ser sistólico se ocorrer no pequeno 
silêncio, ou diastólico se ocorrer no grande silêncio. 
A sede ou local de ocorrência do sopro pode ser em 
qualquer parte do precórdio ou fora dele, como no 
pescoço. 
A intensidade pode ser fraca, média, forte ou muito forte, 
habitualmente tendo a correspondência em uma a quatro 
cruzes, respectivamente. 
A altura pode ser grave ou aguda, e o timbre pode ser 
suave, rude, em ruflar, ou ainda musical. 
PRINCIPAIS CAUSAS 
Estenose de mitral (sopro diastólico): A dificuldade à 
passagem de sangue pelo aparelho mitral, causada pela 
doença reumática ou congênita, calcificações da valva, 
pericardite constritiva; 
Insuficiência de mitral (sopro sistólico): quando os folhetos 
valvares não se fecham adequadamente, e há refluxo de 
sangue para o átrio esquerdo durante a sístole 
ventricular, origem reumática; 
Estenose aórtica (sopro sistólico): A redução do orifício 
da valva aórtica, consequente à abertura inadequada das 
cúspides durante a sístole ventricular, é habitualmente 
secundária à doença reumática, e relaciona-se com a 
fusão das cúspides espessadas. 
Insuficiência de aórtica (sopro diastólico): O refluxo de 
sangue da aorta para o ventrículo esquerdo, causado pela 
incompetência diastólica da valva aórtica, é habitualmente 
secundário à doença reumática, aterosclerose, sífilis, 
aneurisma dissecante da aorta, artrite reumatóide e 
traumatismo torácico. 
Estenose de tricúspide (sopro diastólico): ocorre 
raramente; 
Insuficiência de tricúspide (sopro sistólico): insuficiência e 
dilatação ventricular direita, secundária à hipertensão 
arterial pulmonar ou a grave miocardiopatia. 
Estenose de pulmonar (sopro sistólico): etiologia 
congênita; 
Insuficiência de pulmonar (sopro diastólico): insuficiência e 
dilatação ventricular direita, secundária à hipertensão 
arterial pulmonar ou a grave miocardiopatia 
 
(https://www.youtube.com/watch?v=qzVWmGd_WVY)/ 
https://www.youtube.com/watch?v=Mji_bKBJXII 
 
 
Posição do paciente e do examinador 
➢ Paciente deitado, sentado e em decúbito lateral 
E 
➢ Padrão: decúbito dorsal do paciente e médico à 
D 
Orientação ao paciente Inspiração profunda, expiração 
forçada e parada da respiração 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caracterizar as bulhas quanto: 
• FONÉTICA → normofonéticas ou 
hiperfonéticas 
• RITMO → rítmicas ou arrítimicas 
• TEMPO → 2 tempos ou tríplice 
• BRNF EM 2T 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atrito pericárdico 
• Características semiológicas: 
• Situação no ciclo cardíaco 
• Localização (entre a ponta do coração e borda 
esternal E 
• Irradiação 
• Intensidade 
• Timbre e tonalidade 
• Mutabilidade 
É um som cardíaco semelhante a couro que pode ser 
ouvido durante a auscultação de doentes com pericardite. 
https://www.youtube.com/watch?v=vqhKIBA-46Q/ 
https://www.youtube.com/watch?v=31oJOIj0hIo 
 
exame físico 
pulmonar 
A semiologia do exame físico dos pulmões é dividida em: 
• Inspeções estática e dinâmica;• Palpação; 
• Percussão; 
• Ausculta; 
O tórax pode ser dividido, a partir de pontos anatômicos 
de referência e linhas imaginárias. 
• A incisura supraesternal; 
• O ângulo de Charpy; e o ângulo de Louis, 
representado por uma crista óssea horizontal, no 
mesmo nível do segundo arco costal. Dessa 
maneira, é possível identificar, as demais costelas 
e seus respectivos espaços. 
• A linha traçada, verticalmente, no centro do 
esterno é a linha medioesternal, e divide a região 
em hemitórax direito e esquerdo. 
• Ao lado da borda de cada esterno temos a linha 
paraesternal ou esternal, e através dos pontos 
médios das clavículas e em paralelo com a linha 
medioesternal, a linha hemiclavicular de cada lado. 
Na face lateral do tórax, à direita e à esquerda, três linhas 
traçadas verticalmente e paralelas à linha medioesternal 
dividem a região em três porções: 
• linha axilar anterior, que desce ao nível da prega 
axilar anterior; 
• linha axilar posterior, que desce ao nível da prega 
axilar posterior; 
• linha hemiaxilar ou axilar média a partir do vértice 
da axila 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inspeção 
Pode ser estática ou dinâmica. 
ESTÁTICA 
Inicie pela avaliação estática, que olhar a aparência do 
tórax: 
• Observe a forma da caixa torácica, verificando 
desvios em seu alinhamento e se os diâmetros 
anteroposterior e laterolateral são semelhantes; 
• Observe a presença de desvios na coluna: 
 Escoliose – coluna em S; 
 Cifose – colune em C, uma espécie de 
corcunda; 
 Lordose – entrada aprofundada na coluna 
lombar; 
• Deve-se observar a estrutura do esterno, das 
costelas e das vértebras, pois isso pode ser indicativo 
de certas alterações: pectus excavatum (tórax 
escavado ou “tórax de sapateiro”), no qual há a 
inversão da concavidade do esterno, ou o tórax em 
barril, apresenta retificação das colunas vertebrais e 
elevação do esterno (enfisema); 
• Observe a expressão facial da pessoa, identificando 
sinais de sofrimento e angústia; cianose nasal; 
dilatação de aletas; retrações na região furcular, e a 
postura adotada. 
• Verifique e descreva lesões de pele, circulação 
colateral ou edema, abaulamentos ou retrações fixas 
ou tumorações. 
A. Normal; B. tonel; C. pectus excavatum; D. pectus 
carinatum; E. escoliose; F. cifose; G. Gibosidade; 
DINÂMICA 
Visa avaliar o padrão respiratório: frequência respiratória, 
sincronismo, alterações do ritmo, expansibilidade 
pulmonar, retrações inspiratórias e cornagem. 
Podendo apresentar os seguintes padrões: 
• Eupneico: respiração normal sem dificuldades e 
com frequência normal. 
• Taquipnéia: respiração com frequência 
aumentada. 
• Bradipnéia: respiração com frequência diminuída. 
• Ortopneia: dispneia de decúbito, que melhora na 
posição ortostática; 
• Tropopneia: dispneia relacionada com o decúbito 
lateral; 
• Dispneia suspirosa: presença de suspiros 
seguidos, entre respirações normais. Evidencia 
estados de ansiedade. 
Avaliação da frequência respiratória 
A FR é obtida contando-se os ciclos das incursões 
torácicas, compostas pela inspiração e expiração em 1 
minuto. 
 
Alterações do ritmo respiratório 
Ritmo de Cantani: caracterizado por respiração rápida com 
aumento da frequência e amplitude. Esse ritmo é associado 
aos estados de acidose metabólica; 
Ritmo de Kussmaul: aumento da amplitude inspiratória com 
uma pausa da respiração após uma inspiração profunda e, 
sequencialmente, expiração; também encontrado na acidose 
metabólica; 
Ritmo de Cheyne Stockes: alternância entre períodos de 
hiperventilação e hipoventilação, e apneia, repetindo essa 
sequência várias vezes. Sinal encontrado em pacientes com 
insufi ciência ventricular esquerda; 
Ritmo de Biot ou atáxico: caracteriza-se pela total ausência de 
ritmo, alternando amplitudes altas e baixas, com períodos de 
apneia. Encontrado em lesões cerebrais graves. 
Expansibilidade pulmonar 
Inspecionada no tórax (anterior e posterior) e no abdome, 
comparando-se a expansão laterolateral e a expansão da 
região superior com a região inferior; utilize como base 
as linhas hemiclaviculares, axilares anterior, média e 
posterior, e a linha paravertebral. Observe se existe 
simetria ou não. 
Cornagem 
Ruído respiratório intenso e contínuo, audível sem 
necessidade do estetoscópio. É decorrente de obstrução 
laríngea, por inflamações (laringite estridulosa, crupe, 
reação anafilática e edema de Rencke dos fumantes), ou 
presença de corpo estranho na via aérea superior 
Palpação 
Na palpação é possível investigar: 
• Estruturas da parede torácica; 
• Expansibilidade; 
• Frêmito toracovocal (FTV) 
EXPANSIBILIDADE 
• Deve ser realizada no ápice, nas bases e entre 
elas; 
• Posicione-se atrás do paciente, pousando suas 
mãos sobre as regiões que correspondem aos 
ápices pulmonares, de tal modo que os 
polegares se toquem; 
• Solicite que o paciente inspire profundamente; 
• Observe a movimentação de suas mãos, 
comparando a simetria dos hemitórax; registre 
se a expansão dos ápices é simétrica ou 
assimétrica; 
• Deve-se repetir o processo até as bases 
pulmonares; 
A diminuição da expansibilidade pode indicar pneumonia, 
pneumotórax ou derrame pleural. 
 
FRÊMITO TORACOVOCAL (FTV) 
É percebido na parede torácica, pela mão do 
examinador, como vibrações quando o paciente emite 
um som estridente como ao falar 33. Essas trepidações 
são amortecidas pela textura dos alvéolos. 
• Avaliação de derrame pleural e consolidações 
pulmonares; 
• A intensidade é menor nas mulheres, devido ao 
timbre da voz, e nas pessoas com parede torácica 
espessa. 
• Mais perceptível no ápice direito e na região 
interescapulovertebral; 
• A vibração é mais intensa e pode ser notada, à 
palpação, como acontece nas pneumonias e no 
infarto pulmonar. 
• A diminuição ou o seu desaparecimento ocorre no 
derrame pleural, no espessamento pleural, na 
atelectasia por oclusão brônquica, no pneumotórax e 
no enfisema pulmonar. 
Coloque o lado ulnar da mão direita, ou os dedos, sobre uma 
região superior do tórax anterior, ao mesmo tempo que o 
paciente pronuncia “33”, “triimm”; Perceba a vibração e 
compare-a com a região contralateral; Desloque a mão sobre 
as demais regiões do tórax anterior, lateral e posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
Percussão 
A percussão é realizada com o paciente sentado e 
deitado, sempre que possível, em todas as regiões 
torácicas; 
• Percurta a região anterior, seguindo a linha 
hemiclavicular, de cima para baixo. 
• Para percutir as regiões laterais, solicite para que 
o paciente coloque as mãos na cabeça, e siga a 
linha axilar média. 
• A percussão da região posterior do tórax é 
realizada na linha paravertebral. 
Compare cada região com a oposta, alternando a 
percussão entre os lados esquerdo e direito. 
A manobra produz cinco notas de percussão, que são 
avaliadas quanto à intensidade, tom e duração. As 
características da percussão pulmonar é o 
• Som claro atimpânico ou ressonância; intensidade 
alta; tom grave; longa duração. 
Outros sons de percussão encontrados são: 
• Macicez pétrea: intensidade suave; tom agudo; curta 
duração. Exemplo: derrame pleural extenso; 
• Macicez e submacicez: intensidade média; tom médio; 
média duração. Caracterizadas por um abafamento ou 
diminuição do som, indicam a inexistência ou a redução 
de ar nos alvéolos pulmonares. Exemplos: hemotórax, 
empiema, neoplasia, tuberculose; 
• Hipersonoridade ou hiperressonância: indicaaumento do 
ar nos alvéolos pulmonares. Ao proceder a percussão 
ouve-se uma nota de intensidade muito alta; tom mais 
alto; longa duração. Exemplos: DPOC; asma; 
• Timpanismo: intensidade alta; tom agudo; longa duração. 
Indica aprisionamento de ar no espaço pleural ou em uma 
grande cavidade intrapulmonar. Exemplos: pneumotórax 
extenso e caverna tuberculosa, respectivamente. 
No 4.° EICD, na direção da linha hemiclavicular, nota-se 
modificação do som, que passa a submaciço e, logo abaixo, no 
5° ou 6.°, maciço, sobre o fígado. 
Ausculta 
Um dos principais métodos de avaliação do sistema 
respiratório. Os sons pulmonares são divididos em sons 
normais (murmúrios vesiculares) e ruídos adventícios 
(RA). 
• Posicione a pessoa em decúbito elevado, ou sentado, em 
um ambiente silencioso; 
• Aplique o estetoscópio sobre o tórax despido; 
• Oriente o paciente a respirar pela boca, sempre na 
mesma intensidade e do mesmo modo, sem alterar a 
frequência ou a profundidade ou fazer ruídos com a 
garganta; 
• A ausculta deve ser comparativa nos dois hemitórax, nas 
regiões anterior, posterior e laterais, assim como na 
palpação e na percussão; 
• Inicie a ausculta de cima para baixo, seguindo as linhas 
hemiclaviculares anteriormente, linhas axilares na lateral do 
tórax, e interescapulovertebral na face posterior. 
• Ausculte todos os campos pulmonares; 
 
SONS RESPIRATÓRIOS NORMAIS 
Som traqueal: de caráter tubular, auscultado nas duas 
fases do ciclo respiratório, à altura da traqueia; mais 
intenso na expiração; 
Respiração brônquica: variante do som traqueal, ouvido 
sobre as zonas de projeção dos brônquios maiores, nas 
duas fases do ciclo respiratório. Sua detecção em zonas 
pulmonares periféricas é anormal, sendo frequente em 
consolidações do parênquima pulmonar. 
Som respiratório normal ou som vesicular ou murmúrio 
vesicular: é o som ouvido na periferia pulmonar durante 
a respiração não forçada. Ao contrário dos anteriores, 
ele é ouvido apenas durante a inspiração e no início da 
expiração. 
A diminuição dos sons respiratórios normais pode estar relacionada 
com o grau de obstrução das vias aéreas, em pacientes com 
DPOC ou em estado de mal asmático. Nos casos de derrames 
pleurais, devido à barreira criada entre o pulmão e o tórax, 
também é possível identificar a diminuição ou a abolição daqueles 
sons. 
SONS ANORMAIS 
• Estertores finos (crepitações): são tipos de sons 
nítidos e descontínuos semelhantes ao friccionar dos 
cabelos. São gerados quando o ar entra em um 
alvéolo pulmonar que contenha líquido (Ex.: 
pneumonia, edema pulmonar). Ocorrem no final da 
inspiração. 
• Estertores grossos: são menos agudos e duram mais 
do que os finos. Sofrem nítida alteração com a tosse 
e podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax. 
São audíveis no início da inspiração e durante toda a 
expiração. Têm origem na abertura e fechamento 
de vias aéreas contendo secreção viscosa e espessa, 
comuns na bronquite crônica e nas bronquiectasias. 
• Roncos: são ruídos longos, graves e musicais, 
gerados pelo turbilhão aéreo que 
se forma com a movimentação de muco e de líquido 
dentro da luz das vias aéreas (geralmente brônquios 
de grosso calibre). Indicam asma brônquica, 
bronquites, bronquiectasias e obstruções localizadas. 
Aparecem na inspiração e com maior frequência na 
expiração; 
• Sibilos: são sons contínuos, musicais e de longa 
duração. Como as crepitações, os sibilos também 
têm sua origem nas vias aéreas e requerem o 
fechamento prévio dos brônquios. As paredes 
brônquicas devem ser trazidas aos pontos de 
oclusão para que ocorra os sibilos. Os sibilos 
acompanham as doenças que levam à 
obstrução de fluxo aéreo. Em geral são múltiplos e 
disseminados por todo o tórax, em doenças como 
asma, bronquite e DPOC; 
• Atrito pleural: ocorre por um processo inflamatório 
das pleuras visceral e parietal; 
• Estrido: o estridor pode ser considerado como um 
tipo especial de sibilo, com 
maior intensidade na inspiração, audível à distância, e 
que acontece nas obstruções altas de laringe e 
traqueia. 
Ausculta da voz 
Para completar o exame físico dos pulmões, ausculta-se 
a voz falada e a voz cochichada. 
Com o paciente sentado, coloca-se o estetoscópio nas 
linhas hemiclaviculares, axilares médias e regiões 
interescapulovertebrais e solicita-se que o paciente fale 
“33”, e compara-se o som obtido nos dois hemitórax. 
O som obtido denomina-se ressonância vocal. A 
ressonância vocal é mais intensa no ápice do pulmão 
direito, nas regiões interescapulovertebrais e esternal 
superior; 
• Aumento da ressonância vocal ou broncofonia 
ocorre condensação pulmonar, na inflamação de 
origem infecciosa (pneumonia), neoplásica ou em 
estruturas pericavitárias. 
• A diminuição da ressonância vocal ocorre no 
espessamento pleural, no derrame pleural e na 
atelectasia. 
 
Checklist do exame físico do sistema respiratório 
1.Lave as mãos 
 
2. Explique o procedimento para o paciente 
 
3. Avaliação da respiração (frequência, ritmo, 
profundidade, esforço) e do tórax (formato) 
 
4. Realize a inspeção: 
 - Deformidades/assimetrias na expansão 
 - Retração anormal na inspiração 
 - Retardo do movimento respiratório 
 
5. Realize a palpação: 
 - Identificação de áreas dolorosas 
 - Avaliação de alterações cutâneas 
 - Avaliação da expansão torácica (simetria, amplitude) 
 
6. Realize a percussão: 
 
7. Realize a ausculta 
 - Sons respiratórios normais 
 - Identificar se existem ruídos adventícios 
 - Se necessário: auscultar os sons vocais transmitidos 
 
VIAS 
DEADMINISTRAÇAO 
• Via oral (boca); 
• Retal (ânus); 
• Sublingual (embaixo da língua); 
• Injetável (intravenoso); 
• Dermatológica ou tópica (pele); 
• Nasal (nariz) e oftálmica (olhos), 
• Dentre outras como (intratecal, intraóssea, 
raquimedular); 
Parenteral X enteral 
Enteral (intestino): o medicamento é introduzido no 
aparelho digestivo, são as vias oral, sublingual e retal. 
Parenteral: feita por uma vida diferente da gastrointestinal. 
São as vias intravenosa, intramuscular, subcutânea, 
respiratória e tópica, entre outras. 
Via ENTERAL 
VIA ORAL 
• Mais comum; 
• Mais usada; 
• Mais econômica; 
• Mais eficiente; 
• Indolor; 
No uso dessa via, os medicamentos podem ter 
apresentação em comprimidos, cápsulas, pós ou líquidos; 
eles se espalham pelo corpo principalmente através do 
intestino. 
A administração de medicamento por via oral não é indicada em 
pacientes que apresentem náuseas, vômitos, ou que tenha 
problemas de deglutição e rebaixamento de consciência; 
Limitações 
• Limitação de absorção do fármaco; 
• Vômitos; 
• Destruição de fármacos por enzimas ou pela acidez 
gástrica; 
• Irregularidade de absorção pela presença de 
medicamentos ou alimentos pelo TGI; 
• Necessidade de cooperação do paciente; 
• Dependendo da presença de outros medicamentos 
no trato digestivo ele pode interferir na absorção; 
• Deve 30min antes ou 1h depois de alimentação; 
Absorção do fármaco 
• Depende da área de superfície de absorção; 
• Fluxo sanguíneo no local; 
• Estado físico do fármaco: solido X líquido; 
• Solubilidade em água; 
• Concentração no local de absorção; 
Efeitos 
• Podem ser sistêmicos: é o mais esperado; 
• Efeito local: colite pseudomembranosa (intestino 
grosso, no colón em pacientes que tomaram 
muitos ATB); 
Contraindicações 
• Náuseas e vômitos; 
• Pacientes inconscientes; 
• Disfagia; 
• Diarreia – redução de absorção;VIA SUBLINGUAL 
A via sublingual consiste em administrar o medicamento 
diretamente sob a língua e deixar que sua absorção seja 
realizada pela mucosa oral. 
Essa via é muito utilizada em casos de administração de 
nitratos em pacientes com angina, suspeita de IAM ou 
para administração de medicamentos anti-hipertensivos 
em casos de crises de hipertensão arterial sistêmica. 
Comprimido de desintegração oral, não deve ser 
engolido; 
• Pequena área de absorção; 
• Não sofre metabolismo hepático, para chegar à 
circulação sistêmica; 
• Chega direto a circulação sanguínea, pela 
absorção na mucosa oral; (veias que drenam na 
língua vão direto p/ veia cava superior e daí para 
coração e circulação sistêmica) 
• Exemplo: Isordil (nitrato): atuação rápida e não 
perde no metabolismo hepático; 
VIA RETAL 
Utilizada quando o paciente não apresenta condições de 
deglutir fármacos ou em casos nos quais é necessário 
que o medicamento não tenha contato com a circulação 
ou com o suco gástrico. 
• O medicamento será introduzido na região anal 
do paciente. 
• A apresentação do medicamento será em 
forma de supositórios ou clister medicamentoso 
Via PARENTERAL 
• Necessita de assepsia; 
• Causam dor; 
• Podem ocorrer erros na aplicação; 
• Maior custo; 
• Automedicação; 
• Biodisponibilidade rápida e ampla; 
VIA INTRAMUSCULAR (IM) 
É a administração de medicamento no músculo. 
• Os músculos de escolha são o glúteo máximo, o 
glúteo médio e o vasto lateral da coxa. 
• O músculo bíceps somente é utilizado para 
vacinação (doses de até 1ml); 
• Essa via permite a administração de 
medicamentos em solução aquosa e oleosa; 
• Difusão simples; 
• Solubilidade do fármaco no líquido intersticial; 
• Absorção das membranas capilares; 
• Massagem, calor local e exercício aumentam a 
absorção dos fármacos e não devem ser 
recomendados; 
• Orientar repouso do musculo do dia da 
aplicação; 
Usar para medicamentos: 
• Dose única ou poucas doses 
• Pequenos volumes; 
• Efeito prolongado; 
Locais de aplicação: 
Deltoide, região glútea e vasto lateral (músculos mais 
usados); 
• Deltoide: 1,0ml 
• Região glútea: 4,0ml; 
• Dorso glúteo: 4.0ml; 
• Vasto lateral: 4.0ml; 
Contraindicações 
• Massa muscular reduzida; 
• Volume superior a 5ml; 
• Lesões cutâneas no local da aplicação: queimaduras, 
queloides, infecções; 
• Coagulopatias (distúrbios de coagulação) – pode 
gerar hematomas vasculares; 
• Emergências – demora de absorção; 
• Membros paréticos (músculo atrófico, em pacientes 
com AVC); 
 
 
POSICIONAMENTO: 
• Deltoide: sentado; 
• Vasto lateral: deitado em DDH ou em pé; 
• Glútea: deitado em DDH, DVH ou DL ou em pé; 
Referência dorso glútea: 
• Evitar locais com vasos e nervos; 
• Dividir mentalmente o glúteo em 4 e aplicar no 
quadrante superior externo; 
 
 
 
 
 
 
Região vasto-lateral da coxa 
Dividir mentalmente a coxa em três partes e fazer a 
aplicação na região antero lateral do terço médio; 
Complicações 
• Dor local. 
• Hematomas (coleção de sangue); 
• Infecções locais 
• Dor, calor, rubor, edema, coleções e equimoses; 
VIA SUBCUTÂNEA (SC) 
A via subcutânea é a administração de medicamento no 
tecido subcutâneo. 
• É utilizada para administração de insulina, 
anticoagulantes, algumas vacinas, adrenalina e 
hormônios. 
• Pode ser feita em várias regiões do corpo, em 
que haja camada substancial de tecido 
gorduroso.; 
• Os locais de preferência são: região dorsal, 
periumbilical e na face externa lateral do braço, 
próximo ao músculo deltoide; 
• Se a formulação for inadequada para esta via 
pode ocorrer: dor, descamação e necrose 
tecidual; 
• Absorção lenta; 
• Atenção em pacientes obesos e edemaciados; 
Edema: tem água ao redor das células de gordura, tornando bem 
menor a absorção; 
Contraindicações 
• Emergências; 
• Coagulopatias; 
• Desidratação grave – reduz a absorção; 
• Local de aplicação com cicatrizes e manchas; 
• Membro superior homolateral e esvaziamento axilar 
(tratamento oncológico de câncer de mama, retirada 
de linfonodos – perde a primeira estação de 
drenagem linfática, edema e mais susceptível a 
infeções) não aplicar nestes locais; 
• Membros paréticos; 
• Membros com fistula arteriovenosa: comunicação 
entre uma veia e uma artéria, realizada em cirurgia 
de pacientes que necessitam de hemodiálise; 
Não aplicar em região próxima do umbigo, devido a 
vascularização, evitar acidente de punção 
 
 
Importância dos rodízios (aplicação de insulina) 
• Não aplicar todo dia no mesmo lugar; 
• Pelo menos 7 lugares diferentes; 
• Aplicações toda vez no mesmo local pode levar a 
lipodistrofia e paniculites (infeção do tecido 
gorduroso subcutâneo) além de esteatonecrose 
(necrose da gordura); 
VIA INTRAVENOSA OU ENDOVENOSA (IV/EV) 
O medicamento é injetado na veia, diretamente na 
circulação sanguínea do paciente. 
• A administração do medicamento pode ser 
realizada por uma única dose até uma solução 
por infusão contínua. 
• Essa via é indicada em situações de emergência.; 
• Muito usada, biodisponibilidade rápida e completa; 
• Maior risco de efeitos adversos. 
• 100% de biodisponibilidade; 
• Maior risco de toxicidade (efeitos adversos); 
• Tromboflebite – trombose de veia superficial 
acompanhada de inflamação; na palpação 
parece um cordão duro; 
As veias de preferência para a colocação dos dispositivos 
para o acesso venoso periférico são: 
• Metacarpianas; 
• Basílica; 
• Cefálica e cefálica acessória; 
• Veia intermédia do antebraço; 
• Veia intermediária do cotovelo; 
• Veia braquial. 
A administração de medicamentos por via endovenosa 
pode ser feita por acesso periférico ou central. 
Formas de terapia IV 
• Bolus: administra em uma seringa de uma 
vez; 
• Infusão: mais devagar; 
 Lenta: 1ml/min; 
 Continua: >60min; 
 Rápida: 1-30min; 
Contraindicações: 
• Lesão cutânea local; 
• Fistula-arteriovenosa; 
• Uso de anticoagulantes, usar cateter de 
calibre menor; 
• Coagulopatia grave; 
Para puncionar: pode tentar apenas 2 vezes, depois pedir 
ajuda; 
Utilização do acesso venoso 
• Checar permeabilidade a cada uso; 
• Se hematoma ou sinais flogísticos ou infiltração 
à infusão, retirar o acesso; 
• Trocar o curativo a cada 72h, deve ser 
transparente; 
• Lavar o lúmen do cateter a cada uso com SF: 
0,9%; antes e depois de aplicar; 
 
 
 
 
SONDAGEM 
VESICAL 
Roteiro de cateterização/sondagem vesical 
 
9.9.1. Instrumental e Material 
 
• Gazes esterilizadas 
• Seringas de 20 mL e 10 mL 
• Agulha hipodérmica 40x20 
• Frasco-ampola de água destilada 
• Lidocaína / xylocaína gel 2% lacrada 
• Sistema fechado de coleta de urina 
• Fita adesiva para fixação da sonda 
vesical (Micropore) 
• Cuba rim (coleta inicial de urina) 
• Cuba redonda / Cúpula (reservatório do 
degermante) 
• Sonda de Foley de duas vias (escala 
French - calibre adequado ao porte do 
paciente). Sonda de demora 
• Sonda de Nelaton de via única (escala 
French - calibre adequado ao porte do 
paciente). Sonda de alívio 
• Pinça de Cheron para antissepsia da 
pele/mucosa 
• Clorexidina degermante /clorexidina 
aquosa 
• Luva de procedimento 
• Luva esterilizada 
• Campos convencionais esterilizados 
• Foco de luz (opcional) 
 
9.10.2. Preparo do material e instrumental 
• Dispor todo material em mesa auxiliar ao 
lado do leito ou no próprio leito aos pés 
do (a) paciente 
• Cuidar para obedecer a técnica 
asséptica na aberturadas embalagens 
esterilizadas dos materiais e 
instrumentais 
• Solicitar para o auxiliar que abra e 
ofereça os materiais e equipamentos na 
sequência correta dos procedimentos 
 
9.10.3. Posição do paciente e antissepsia 
• Colocar paciente feminina em posição 
de decúbito dorsal horizontal no leito e 
flexão dos membros inferiores sobre o 
abdome (Posição ginecológica) 
• Calçar luva de procedimento e com 
auxílio da pinça Cheron e a gaze 
esterilizada pincelar (“pintar”) com o 
degermante” a região supra púbica e 
área perineal entreabrindo os grandes e 
pequenos lábios da vulva e expondo o 
meato uretral externo 
• Colocar paciente masculino em decúbito 
dorsal horizontal com os membros 
inferiores ligeiramente afastados 
• Calçar luva de procedimento e com 
auxílio da pinça Cheron e a gaze 
esterilizada pincelar (“pintar”) com o 
degermante a região supra púbica, a 
base e toda a extensão do pênis, com 
atenção especial para a exteriorização 
da glande e meato uretral externo 
9.10.4. Procedimentos 
• Identificação do paciente / apresentar-se 
• Explicar brevemente como será o 
procedimento e o motivo da sua 
necessidade 
• Obter consentimento verbal do paciente ou 
responsável 
• Avaliar as condições de privacidade do 
paciente para o procedimento 
• Colocar o(a) paciente em posição adequada 
• Fazer a antissepsia (degermante) da região 
gênito-urinária 
• Trocar as luvas de procedimento por outro 
par de luvas esterilizadas. 
• Solicitar ao auxiliar que abra a lidocaína gel a 
2%, faça antissepsia do lacre e coloque 
aproximadamente 5 a 10 ml do gel sobre 
uma gaze colocada no campo estéril. 
• Solicitar ao auxiliar que apresente a bisnaga 
de lidocaína gel a 2% e aspire com agulha 
grossa (40x20) diretamente da bisnaga para 
a seringa um volume de 20 mL do gel, 
tomando os cuidados de antissepsia e 
assepsia 
• Mantendo a técnica asséptica, aspirar com a 
seringa-agulha de 10 mL de água destilada do 
frasco-ampola 
• Testar o balão da sonda de Foley injetando 
e aspirando a água destilada 
• Colocar panos esterilizados ou campo 
fenestrado delimitando a área previamente 
preparada pela antissepsia com degermante 
• Lubrificar a ponta da sonda de Foley com 
lidocaína gel a 2% que foi colocada 
• Com a mão dominante manter a sonda 
enrolada ao seu redor deixando a ponta 
lubrificada exposta 
• Na paciente feminina com a mão não 
dominante afastar os pequenos e grandes 
lábios vulvares identificar o meato uretral 
externo e delicadamente introduzir a ponta 
lubrificada da sonda Foley 
• No paciente masculino manter o pênis 
tracionado na vertical, injetar a lidocaína gel 
diretamente do bico da seringa 20 mL 
encaixado no meato para lubrificar todo 
trajeto uretral. Em seguida introduzir a sonda 
delicadamente 
• Introduzir uma extensão suficiente (10/15 cm) 
para começar a saída de urina 
• Inflar o balão da sonda com a quantidade de 
água destilada indicada na própria sonda 
(entre 5 a 10 mL) 
• Tracionar a sonda delicadamente até sentir 
uma resistência o que representa ao local 
onde o balão fica alojado no trígono vesical 
• Conectar a sonda ao sistema fechado de 
coleta de urina que diminui a possibilidade de 
contaminação 
• Fixar a sonda com fita adesiva na coxa do 
(a) paciente evitando tração acidental da 
sonda 
• Retirada e descarte do material e 
instrumental usado 
• Comunicar ao paciente o final do 
procedimento 
• Orientar sobre os cuidados com a sonda 
• A bolsa coletora deve ficar abaixo do nível 
da sonda no meto urinário para evitar 
refluxo de urina por sifonagem 
• Registrar o procedimento no prontuário 
Tipos de sondas vesicais 
• Cateter Foley ou Sonda permanente: É mantido no 
lugar por um balão inflado com água. É indicado para 
condições que afeta os nervos que controlam a 
bexiga como: espinha bífida, esclerose 
múltipla, acidente vascular cerebral ou lesão medular. 
Também é indicada para doenças crônica debilitante 
ou terminais com perda de mobilidade ou 
consciência que impedem usar o banheiro ou um 
instrumento de coleta.[3] 
• Cateter Robinson ou Sonda temporária: É um 
cateter flexível usado para drenagem de urina a 
curto prazo. Não possui balão para mantê-lo no lugar. 
Devem ser trocados várias vezes ao dia. Podem vir 
revestidos como lubrificante e prontos a usar. 
• Cateter Texas ou Sonda externa: é um cateter 
externo para homens, colocado como se fosse 
uma camisinha. Por ser externo tem menor risco de 
causar infecções do trato urinário porém o látex 
causa mais irritação que os cateteres de silicone.[4] 
• Cateter suprapúbico: Uma cirurgia rápida é feita um 
pequeno buraco no abdômen alguns centímetros 
abaixo do umbigo. A inserção é feita em hospital sob 
anestesia local ou um anestésico geral leve. 
 
Indicações para sondagem 
• Fluxo de urina bloqueado por cálculos 
renais, coágulos de sangue na urina ou hipertrofia 
da próstata 
• Cirurgia da próstata; 
• Cirurgia na área genital, como um reparo de 
fratura de quadril ou remoção de câncer pélvico; 
• Lesão dos nervos da bexiga; 
• Lesão da medula espinal; 
• Condição que prejudica sua função mental, como 
a demência vascular; 
• Medicamentos que prejudicam a capacidade dos 
músculos da bexiga de contrair. 
 
Diâmetros 
Os diâmetros do cateter são dimensionados pela escala 
francesa do cateter (Fr), sendo que cada Fr equivale 0.33 
mm. Os tamanhos mais comuns para humanos são 10 Fr 
(3.3mm) a 24 Fr (8mm). O clínico seleciona um tamanho 
grande o suficiente para permitir o fluxo livre de urina e 
para evitar vazamento de urina ao redor do cateter. Um 
tamanho maior é necessário quando a urina é espessa, 
sanguinolenta ou contém sedimentos. Cateteres maiores, 
no entanto, são mais propensos a danificar a uretra, tem 
maior risco de serem colonizados por bactérias e são 
mais difíceis de colocar. 
 
• Para Mulher: tamanho 14 a 16; 
• Para Homem: tamanho 16 a 18. 
 
Segurança do 
paciente 
São todos os estudos e práticas voltadas para a diminuição ou 
eliminação de riscos na assistência em saúde que podem 
causar danos ao paciente. 
A Segurança do Paciente envolve ações promovidas pelas 
instituições de saúde e ensino para reduzir a um mínimo 
aceitável, o risco de dano desnecessário associado ao cuidado 
de saúde. 
Segundo a Organização Mundial da Saúde, em documento 
publicado em 2009, o conceito de Segurança do Paciente se 
refere à redução dos riscos de danos desnecessários 
associados à assistência em saúde até um mínimo aceitável. 
Esses danos desnecessários são conhecidos como EVENTOS 
ADVERSOS 
Programa Nacional de Segurança do Paciente – PNSP foi 
lançado em 1º de abril de 2013 pelo Ministério da Saúde e 
ANVISA e propõe um conjunto de medidas para prevenir e 
reduzir a ocorrência de incidentes nos serviços de saúde – 
eventos ou circunstâncias que poderiam resultar ou que 
resultaram em dano desnecessário para o paciente. 
O objetivo do programa é promover melhorias relacionadas à 
segurança do paciente, de forma a prevenir e reduzir a 
incidência de eventos adversos no atendimento e internação. 
“Uma das principais ações será a obrigatoriedade de que os 
hospitais e serviços de saúde implantem um Núcleo de 
Segurança do Paciente Seis metas internacionais de 
segurança do paciente foram estabelecidas pela Joint 
Commission International (JCI), em parceria com a 
Organização Mundial da Saúde (OMS). 
O objetivo dessas metas é promover melhorias específicas na 
segurança do paciente por meiode estratégias que abordam 
aspectos problemáticos na assistência a saúde, apresentando 
soluções baseadas em evidências para esses problemas. 
METAS PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE: 
• Identificar o paciente corretamente; 
• Melhorar a comunicação efetiva; 
• Melhorar a segurança dos medicamentos; 
• Assegurar cirurgias com local de intervenção 
correto, procedimento correto e paciente correto; 
• Reduzir o risco de infecções nos cuidados de saúde; 
• Reduzir o risco de lesões ao paciente, decorrente de 
quedas; 
• Reduzir o risco de úlceras de pressão 
 
Meta 01 - Identificar os pacientes corretamente 
OBJETIVO Identificar, com segurança, o paciente como sendo 
a pessoa para a qual se destina o serviço e/ou procedimento. 
Como atender esta meta: 
Confirmando os dois identificadores, nome completo do 
paciente e DATA DE NASCIMENTO, a cada procedimento, 
antes de se administrar medicamentos, hemoderivados e 
antes da coleta de exames 
Meta 02 : Melhorar a comunicação efetiva 
OBJETIVO Desenvolver uma abordagem para melhorar a 
comunicação entre os prestadores de cuidado, estabelecendo 
uma comunicação efetiva, oportuna, precisa, completa, sem 
ambiguidade e compreendida pelo receptor. 
Como atender esta meta: Ao receber resultados de exames 
críticos por telefone, o profissional deve escrever o que foi 
ouvido, ler de volta as informações anotadas para quem as 
transmitiu e solicitar a confirmação das mesmas. Após a 
confirmação anotar as informações no prontuário do paciente. 
Não permitir prescrição por telefone. A prescrição verbal 
somente é permitida em situações de emergência. Nesses 
casos a enfermagem deve repetir para o médico a orientação 
verbal para que o mesmo possa confirmar a informação antes 
da administração do medicamento. 
Meta 03 : Melhorar a segurança dos medicamentos 
OBJETIVO Desenvolver e implementar estratégias e 
mecanismos que promovam a segurança do paciente e dos 
profissionais envolvidos no processo de utilização de 
Medicamentos de Alta Vigilância-MAV. Os MAV possuem risco 
aumentado de provocar danos significativos nos pacientes 
quando ocorre falha na utilização dos mesmos. 
Como atender esta meta: Nos diversos setores da farmácia e 
unidades de internação os MAV são armazenados em 
recipientes específicos de cor vermelha e em locais de acesso 
restrito. Os MAV são marcados com tarjas/adesivos 
vermelhos, o que os diferencia no ato do armazenamento, 
distribuição, dispensação, transporte, 
recebimento,administração. No sistema de prescrição 
eletrônica, os MAV serão registrados em negrito e alertas 
piscantes. 
Meta 04: Assegurar cirurgias com local de intervenção 
correto, procedimento correto e paciente correto 
OBJETIVO Essa meta visa aperfeiçoar a comunicação entre 
os profissionais envolvidos no processo; assegurar a inclusão 
do paciente na marcação do local da intervenção; garantir 
cirurgias e procedimentos invasivos no local de intervenção 
correto, procedimento correto no paciente correto. 
Como atender esta meta: Identificação correta do paciente: 
confirmar o nome completo do paciente e número de 
prontuário na pulseira de identificação, conferir também dados 
do paciente na ficha de admissão, prontuário e termos de 
consentimento. 
Meta 04: Assegurar cirurgias com local de intervenção 
correto, procedimento correto e paciente correto 
Como atender esta meta: Local de Intervenção correto: 
Marcar o local da intervenção cirúrgica, se possível ainda com 
o paciente acordado e fora da sala de operação. Essa 
marcação deve ser realizada pelo profissional que fará o 
procedimento e ser visível mesmo após o paciente preparado 
e coberto. A pausa ou time out visa confirmar antes da 
cirurgia, se o local de intervenção, o procedimento e o 
paciente são os corretos e se todos os documentos e 
equipamentos necessários estão disponíveis e funcionando. 
Essa pausa, envolve toda a equipe cirúrgica e deve ser 
documentada no Check list. 
Lista de Verificação de Cirurgia Segura da Organização 
Mundial da Saúde (OMS): 
• Antes da indução anestésica (sign in); 
• Antes da incisão cirúrgica (time out); 
• Antes do paciente sair da sala cirúrgica sign out) 
Meta 05: Reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados 
de saúde 
OBJETIVO Promover a prevenção e controle das infecções 
em todas as unidades de atendimento a pacientes, por meio 
de um programa efetivo, com ênfase na importância da 
prática da higienização das mãos. 
Como atender esta meta: Normatização das instruções 
técnicas para higienização das mãos. Melhoria estrutural das 
condições para higienização das mãos: presença de lavatórios, 
insumos necessários e orientação visual. Educação continuada, 
avaliação e monitoramento: orientações, treinamentos, 
campanhas anuais, estudos observacionais, divulgação das 
normas e instruções técnicas, jogos interativos para 
profissionais, pacientes e acompanhantes. 
A higiene das mãos é fundamental no cuidado à saúde, 
uma vez que o profissional lida com diferentes pacientes, 
em diferentes condições e com diferentes necessidades. 
Esse ato de segurança refere-se a higienização das mãos 
a fim de prevenir a transmissão de microrganismos e 
doenças. Assim, o Protocolo expõe os 5 momentos em 
que a higienização das mãos devem ser feitas: 
• Antes do contato com o paciente; 
• Antes da realização do procedimento; 
• Após a exposição a fluídos corporais; 
• Após o contato com o paciente; 
• Após o contato com áreas próximas ao 
paciente. 
Meta 06: Reduzir o risco de lesões ao paciente, decorrentes 
de quedas 
OBJETIVO Elaborar, implementar e monitorar ações 
preventivas para reduzir lesões decorrentes de quedas 
Como atender esta meta: Avaliando o risco de queda em 
todos os pacientes, reavaliando sempre que houver alterações 
clínicas e descrevendo na placa do leito o nível do risco de 
queda. Implementando medidas para minimizar o risco de 
quedas, conforme definido na Norma de Redução do risco de 
lesões ao paciente decorrentes de quedas . 
• Avaliação do risco de queda; 
• Identificação do paciente com risco com a 
sinalização à beira do leito ou pulseira; 
• Agendamento dos cuidados de higiene pessoal; 
• Revisão periódica da medicação; 
• Atenção aos calçados utilizados pelos pacientes; 
• Educação dos pacientes e dos profissionais; 
• Revisão da ocorrência de queda para identificação 
de suas possíveis causas. 
ESCALA DE MORSE 
O surgimento de alterações na pele é comum durante 
internações longas em hospitais. A Úlcera por Pressão (UPP) 
é um exemplo destas lesões decorrente de uma pressão ou 
fricção na pele. A UPP pode resultar em: 
• Prolongamento da estadia; 
• Riscos de infecções graves; 
• Dores; 
• Sepse; 
• Mortalidade 
Alterações clínicas 
relacionadas ao 
ICC 
 
Insuficiência cardíaca esquerda: Ocorre uma falha do 
ventrículo esquerdo (VE) que o torna incapaz de 
bombear todo o seu conteúdo para a rede arterial 
periférica.; 
 
Manifestações clínicas: 
• Dispnéia aos esforços e ortopnéia; 
• Tosse e expectoração; 
• Edema pulmonar; 
• Cianose; 
• Fadiga; 
• Astenia; 
• Oligúria; 
• Estertores finos nas bases pulmonares; 
• Cardiomegalia, taquicardia, pulso alternante, arritmias, 
baixa reserva; 
• Confusão, dificuldade de concentração, cefaléia, 
insônia e ansiedade 
Insuficiência cardíaca direita: Ocorre uma falha do 
ventrículo direito (VD) que não consegue ejetar o 
sangue para a circulação pulmonar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manifestações clínicas: 
• Ingurgitamento jugular; 
• Hepatomegalia congestiva; 
• Edema de membrosinferiores; 
• Ganho de peso; 
• Ascite; 
• Anorexia; 
• Náuseas; 
• Fraqueza; 
 
 
 
REVISANDO A 
AUSCULTA CARDÍACA 
 
Estetoscópio: 
• Diafragma para sons agudos; 
• Campânula para os sons mais graves; 
Ambiente silencioso, paciente com tórax desnudo e 
paciente colaborativo (manobras especiais); 
Posicionamento do paciente: 
• Padrão: decúbito dorsal, médico ao lado direito 
do paciente; 
• sentado – regiões da base do coração, válvulas 
aórtica e pulmonar e vasos da base; 
• decúbito lateral esquerdo: auscultada valva mitral 
e estenose de valva mitral; 
• Ortostática, debruçando sobre uma mesa: sons 
da base do coração e sopro de insuficiência 
aórtica; 
Focos de ausculta: 4 focos clássicos – mas todo o 
precórdio deve ser auscultado assim como pescoço, 
região axilar e dorso. Não corresponde as localizações 
anatômicas das valvas; 
• Foco aórtico: 2° EICD – logo ao lado do esterno 
– valva aórtica; 
• Foco pulmonar: 2° EICE – valva pulmonar; 
• Foco tricúspide: 5° EICD – esquerda do apêndice 
xifoide; 
• Foco mitral: 5° ECIE – linha hemiclavicular; 
• Foco aórtico acessório: 3° EICE – ponto de ERB, 
junto ao esterno; 
• Outras áreas: margem direita do esterno, o 
epigástrio, região axilar e cervical. 
Manobras: Incremento dos sopros originados nas 
câmaras direitas a inspiração e seu decréscimo durante 
a expiração. 
Roteiro para a ausculta cardíaca: 
1° avaliação das bulhas cardíacas: 
• Diferenciar B1 (fechamento das valvas AV – 
tricúspide e mitral - TUM) de B2 (fechamento 
das valvas semilunares – aórtica e pulmonar – 
TÁ) 
• Normofonéticas, hipofonéticas ou hiperfonéticas; 
• Presença de 3° ou 4° bulha; 
OBS: 
Terceira bulha: A terceira bulha normal, observada 
habitualmente em crianças e adolescentes e raramente em 
adultos, é um ruído de baixa freqüência que ocorre entre a 
proto e a mesodiástole. É atribuída a vibrações provocadas 
pelo fluxo sangüíneo, que entra no ventrículo, na fase inicial 
da diástole (fase de enchimento rápido). Brusca desaceleração 
da coluna líquida de encontro às paredes ventriculares ao final 
da fase de enchimento rápido é a causa de aparecimento 
desta bulha. 
Quarta bulha: pode ser encontrada em crianças e 
adolescentes normais. No primeiro ato a contração atrial 
processa-se mais energicamente que em condições normais, 
tentando vencer a resistência ventricular a seu esvaziamento 
e provocando maior aceleração e conseqüente desaceleração 
da coluna sanguínea na telediástole ocasionando o 
aparecimento da quarta bulha. Esta situação está presente nos 
casos de hipertrofia da musculatura ventricular (estenoses 
subaórtica, aórtica e pulmonar, hipertensões arteriais sistêmicas 
e pulmonar), na angina do peito e infarto agudo do miocárdio. 
Hipofonese 
Nas lesões de fibra cardíaca, no aumento da cavidade 
ventricular esquerda. 
Hiperfonese 
Por aumento da contratibilidade ou diminuição da cavidade do 
VE (hipertireoidismo, taquicardia, febre, estenose mitral), por 
processos que acometam a valva aórtica e a artéria aorta, 
sobrecarga das camaras direitas. Variações de intensidade 
Fibrilação atrial, BAVT 
2° avaliação da frequência e do ritmo; 
3° avaliação cliques e estalidos; 
4° avaliação de sopros; 
5° presença de outros ruídos como atrito pericárdico; 
Estalidos ou cliques – ocorrem quando as valvas apresentam 
alguma alteração, sofrendo um desdobramento abrupto para 
a passagem do sangue. Deste modo, verifica-se um som curto, 
de alta frequência, parecido com um “clique”. Este tipo de som 
é detectado em pessoas que possuem estenose de valva 
mitral e aórtica, por exemplo. 
 
Atrito – causado pelo atrito (som áspero, de fricção entre 
duas superfícies) entre as superfícies do pericárdio, durante 
os ciclos cardíacos, isto é, tanto na sístole como na diástole. 
Normalmente este tipo de ruído adventício é encontrado em 
clientes que apresentam pericardite 
Sopros – aparecerem quando o fluxo sanguíneo se torna 
turbulento. Pode ser causado por um defeito valvar 
(estreitamento, má formação) ou pelo aumento do fluxo 
sanguíneo, como ocorre em indivíduos com febre alta ou em 
mulheres grávidas. Os sopros podem ser classificados de 
acordo com sua intensidade, variando de 1 (um) a 6 (seis). Os 
sopros classificados como de grau 1 são muito fracos, podendo 
não ser auscultados em todas as posições. A escala prossegue 
até o grau 6, quando o sopro pode ser ouvido sem o 
estetoscópio afastado da parede torácica. Os frêmitos 
normalmente se associam aos sopros de graus quatro, cinco 
e seis. 
 
Galopes – ocorrem quando existe algum empecilho para que 
aconteça o enchimento ventricular durante a diástole. Desse 
modo, durante a diástole ocorre uma vibração passageira 
parecida com o som das bulhas cardíacas. Assim, na ausculta, 
os sons aparecem multiplicados, como se fosse produzido o 
som de um “cavalo galopando”. Pode ser identificado em 
indivíduos que apresentam insuficiência cardíaca congestiva ou 
outras doenças miocárdicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desdobramento fisiológico da B2 (fechamento da aórtica 
e pulmonar); 
• Ocorre na inspiração e desaparece na 
expiração, devido ao maior retorno venoso e 
enchimento do VD na inspiração; 
• Demora mais para esvaziar atrasando o 
fechamento da valva pulmonar P2 (TRÁ); 
• Na expiração das bulhas ficam normais: B1 – B2; 
• Inspiração: B1 – A2-P2; 
ESTENOSE E INSUFICIÊNCIA VALVAR: 
• Insuficiência: falha de coaptação dos folhetos da 
valva, causando regurgitação de sangue; 
• Estenose: estreitamento da abertura da valva 
causando turbilhonamento na passagem do 
sangue por ela; 
 
Pacientes adultos ou idosos mais frequente 
acometimento das valvas do lado esquerdo do coração: 
mitral e aórtica; 
• Insuficiência de mitral na sístole e estenose de 
mitral na diástole; 
• Estenose de aórtica na sístole e insuficiência de 
aórtica na diástole; 
Sopro de insuficiência mitral/ tricúspide: 
• Holossitólico (ocorre na sístole); 
• De mitral é mais frequente; 
• Sopro regurgitante; 
• Intensidade não varia; 
Sopro de estenose de aórtica/ pulmonar; 
• Ocorre na sístole – abertura dessas valvas; 
• Turbilhonamento do sangue; 
• Intensidade variável, aumenta até um pico e 
decresce; 
• Timbre: ejetivo; formato em losango ou 
diamante; 
Estenose de mitral/ tricúspide: 
• Ocorre na diástole; 
• Restrição da abertura da valva; 
• Sangue acelerado e turbulento; 
• Ruflar; 
• Estenose mitral é mais frequente (febre 
reumática); 
Insuficiência aórtica/ pulmonar: 
• Ocorre na diástole; 
• Fluxo regurgitante, vazamento de sangue para 
o ventrículo; 
• Sopro aspirativo; 
• Intensidade decrescente; 
• Aórtico é mais comum; 
TERCEIRA E QUARTA BULHA 
3° BULHA: ocorre na fase de enchimento rápido; 
• Terço inicial da diástole; 
• Som protodiastólico; 
• Relacionada com a sobrecarga de volume, 
insuficiência de VE e de mitral; 
• Pode ser fisiologia em crianças e adolescentes; 
• Som grave e de baixa frequência. Decúbito 
lateral esquerdo; 
• Ocorre após a 2° bulha; 
Quarta bulha: ou bulha atrial; 
• Ocorre na fase de contração atrial – terço final 
da diástole; 
• Som pré-sistólico (logo antes da sístole); 
• Relacionada com sobrecarga de pressão: 
coronariopatias, miocardiopatias, HAS e estenose 
aórtica; 
• Grave e de intensidade baixa; 
• Pode ser confundida com o desdobramento da 
B1, melhor audível próximo ao ápice; 
 
(https://www.youtube.com/watch?v=2NtkWjUHR1E&t=305s) 
Na inspeção do exame cardiovascular: 
• Identificar sinais de instabilidade hemodinâmica: 
sudorese, cianose; presença de turgência 
jugular; 
• Formato do tórax,presença de deformidades, 
presença de veias abauladas. 
• Observação do ictus; 
Palpação: 
• Extremidades quentes ou frias; 
• Palpação dos pulsos: frequência, ritmo e 
amplitude e simetria de pulsos; (radial, braquial, 
femoral, poplíteo, tibial posterior, pedioso, 
carotídeo) – carotídeo e femoral: pulsos centrais; 
• TPC: <3 seg normal, > de 3 seg, enchimento 
prejudicado; 
• Palpação do ICTUS CORDIS: máximo de 2 
polegadas, desviado levemente a esquerda; 
Turgência jugular: pressão venosa aumentada – pode 
realizar o reflexo hepatojugular: 
• Pressionar epigástrica ou hipocôndrio direito, 
cabeça fletida para lado esquerdo, observar 
turgência jugular sustentada, acima de 3cm; 
Palpação do ICTUS: 4° e 5° EICE; 
• Lateralizado para a esquerda, nível de 6° EICE – 
coração hipertrofiado, VE aumentado; 
• Mais anterior, próximo ao esterno – VD 
aumentado; 
• Duas polpas digitais é o normal, mas que isso a 
amplitude está aumentada; 
• Intensidade do ictus; 
• Palpação de frêmitos (sopros); 
Pulso paradoxal: redução aumentada da sístole durante a 
inspiração e turgência de pulso jugular (pericardite, 
tamponamento); 
(https://www.youtube.com/watch?v=Fz8UeB4pLwU) 
 
Revisando a 
semiologia pulmonar 
(https://www.youtube.com/watch?v=Nm1Hi6nyoQQ); 
• Ângulo de Louis; proeminência da região 
superior do esterno, marca o 2° EIC – 
bifurcação traqueal e porção mais alta da aorta; 
• Ângulo de Charpy: avaliar tamanho do tórax e 
biotipo; 
• Vertebra proeminente: ápices pulmonares 
projetados na parede torácica, C7; 
 
 
 
Exame físico do tórax: 
• Inspeção: estática e dinâmica; 
• Palpação; 
• Percussão; 
• Ausculta; 
Inspeção estática: 
• Formato do tórax e anormalidade; 
• Se existe simetria ou assimétrica; 
 
Tipos de tórax: 
• Plano: longilíneo ou DPOC 
• Globoso (tonel): DPOC soprador rosado; 
• Pectus excavatum – depressão na região 
inferior do esterno, origem congênita; 
• Cariniforme – pectus carinatum, proeminência 
esternal, tórax de pombo, congênita ou adquirida 
(raquitismo); 
• Cônico ou em sino: ascites; 
• Cifótico: curvatura da coluna dorsal, convexidade; 
• Escoliótico: curvatura lateral; 
Inspeção dinâmica: FR e movimentos respiratórios – 12 a 
20 irpm; 
PALPAÇAO: 
• Avaliação da sensibilidade da pele; 
• Simetria do tórax e expansibildiade torácica de 
ápices e bases; 
• Presença de frêmitos toracovocais: vibrações 
sentidas na parede torácica quando o paciente 
fala – face palmar da mão. Pedir para falar 33; 
✓ Patologias do parênquima pulmonar 
(pneumonias): aumentam o frêmito; 
exceto nas atelectasias que ele reduz; 
✓ Patologias pleurais (derrame pleural e 
pneumotórax): reduzem o frêmito; 
• Avaliar lesões e linfonodos; 
PERCUSSÃO: 
• Som claro pulmonar: regiões de projeção do 
pulmão é o som normal; 
• Som claro timpânico: hipocôndrio esquerdo, no 
espaço de Traube, bolha gástrica, presença de 
ar no fundo gástrico. 
• Som submaciço: inferior ao esterno; 
• Som maciço: hipocôndrio direito – região 
hepática; 
• Presença de timpanismo: hérnias diafragmáticas 
ou pneumotórax; 
• Derrame pleural: macicez na percussão no seio 
diafragmático costovertebrais posteriores na 
posição sentada; 
• Macicez ou submacicez em regiões de projeção 
dos pulmões: pneumonia, atelectasia, neoplasias 
e infarto pulmonar; reduzem a distribuição de ar 
no tórax; 
Obesidade, edema e hipertrofia muscular: som pode ficar 
submaciço ou maciço; 
AUSCULTA: 
• Murmúrios vesiculares; 
• Auscultar região posterior, face lateral e depois 
anterior do tórax; ambos os lados de forma 
comparativa; 
• Respirar profundamente pela boca entreaberta; 
• Comparar um lado com o outro; 
 
Murmúrio vesicular: regiões periféricas dos pulmões: 
tempo de inspiração maior que o de expiração e sem 
pausa; 
 
Som brônquico em região onde é esperado murmúrio 
vesicular – presença de tecido denso no parênquima: 
pneumonias e tumores; 
 
Contínuos: ocorrem quando existe ponto de obstrução 
na via aérea; 
• Secreções, espasmos ou corpo estranho; 
Estridor: regiões superiores da via aérea inferior: edema 
de glote, laringite, obstrução; 
• Som intenso e agudo; 
• Pode ser auscultado sem o estetoscópio; 
• Pode aparecer tanto na inspiração quanto na 
expiração (+ comum na insp.); 
Roncos e sibilos: vias aéreas inferiores, resultado das 
vibrações das paredes brônquicas; 
• Ronco: mais grave e rude; 
• Sibilos: mais agudos e musical; 
• Podem aparecer tanto na inspiração quanto na 
expiração; 
• Ronco é mais na expiração; 
• Regiões de vias aéreas centrais; 
• Sibilos: crises asmáticas; 
Descontínuos: estertores; 
• Estertores finos: ocorrem abertura súbita de vias 
aéreas de menor calibre por presença de 
secreção ou líquido, ou aumento da elasticidade; 
• Fricção dos fios de cabelo. 
• Edema, fibrose ou pneumonia; 
• Não somem com a tosse, 
Estertores grossos: 
• Abertura de vias aéreas de grosso calibre; 
• Contendo secreções viscosas; 
• Semelhante ao barulho de líquido borbulhando;; 
• Aparecer tanto na inspiração quanto na 
expiração; 
• Bronquite crônica, bronquiectasia, edema 
crônico; 
 
 
 
Atrito pleural: som de origem pleural 
• Ruído pela fricção dos folhetos pleurais; 
• Inflamação, derrame pleural extenso ou 
neoplasias; 
• Regiões inferiores e posteriores do tórax; 
• Pode aparecer na inspiração ou na expiração; 
SOM VOCAL: ausculta da transmissão da voz no tórax, 
pronunciar 33 
• Som produzido é a ressonância vocal, em 
condições normais não é possível distinguir as 
silabas pronunciadas tanto na falada quanto na 
cochichada; 
• Som abafado, porque o parênquima pulmonar 
normal absorve o som; 
Transmissão anormal: 
• Redução: enfisema e pneumotórax; aumenta a 
barreira pulmonar para a transmissão do som – 
redução do frêmito toracovocal + redução do 
som vocal; 
• Aumento: BRONCOFONIA: 
✓ Aumento da nitidez do som e das 
palavras: PECTORILÓQUIA (fônica: voz 
falada e Áfona: voz cochichada); 
✓ Síndromes de consolidação: pneumonia, 
inflamação e neoplasias; 
EGOFONIA: região de transição dos derrames pleurais, 
porção superior; 
• Mudança na qualidade da voz na ausculta; 
• Voz anasalada e metálica; 
• Pronunciar a vocal IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII de forma continua; 
• Na ausculta anormal ouviremos 
EEEEEEEEEEEEEEEEEEEE (cabra); 
 
 
 
(https://www.youtube.com/watch?v=5YkwaWge49w)

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