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AULA TRANSMITIDA DIDÁTICA

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AULA TRANSMITIDA DIDÁTICA 
Aula 1
FUNDAMENTOS E PRÁTICAS: CONCEITOS, O SENTIDO DA PRÁTICA, OBJETO DE ESTUDO, SABERES NECESSÁRIOS À DOCÊNCIA
Conceito de didática
A didática é uma seção ou ramo específico da Pedagogia e se refere aos conteúdos do ensino e aos processos próprios para a construção do conhecimento [...] é definida como a ciência e a arte do ensino (HAIDT, 2006).
É um dos ramos de estudo da Pedagogia [...] É uma disciplina que estuda os objetivos, os conteúdos, os meios e as condições do processo de ensino tendo em vista finalidades educacionais, que são sempre sociais [...] se caracteriza como mediação entre as bases teórico-científicas da educação escolar e a prática docente [...] pode constituir-se em teoria do ensino [...] a Didática se baseia numa concepção de homem e sociedade (LIBANEO, 2013).
A palavra didática tem sua origem na expressão grega techné didaktiké que significa ensino, instrução [...] de maneira mais abreviada é a arte de transmitir conhecimentos, trazendo o sentido da orientação, condução, guia [...] definição essa que data do século XIX, considerada tradicional, portanto, sendo ultrapassada por outras abordagens mais modernas e avançadas (CORDEIRO, 2007).
É comum a associação da didática com o como ensinar, ou seja, com métodos e técnicas, mas, ressalta sobre a importância da reflexão sobre os seus fundamentos, sobre as razões de seu emprego, pois, caso contrário, corre-se o risco de nos convertermos em escravos dos instrumentos (PILETTI, 2010).
Investigando os alunos do curso de Pedagogia e Licenciaturas de Ciências Biológicas, Letras, Geografia, História, Matemática e Educação Física da Universidade Estácio de Sá sobre o que compreendem acerca do conceito de Didática: partindo de suas realidades e compreensões:
“A didática é um conjunto de técnicas e estratégias ou normas de ensino”; 
“é a teoria do ensino”; 
“é a forma como o professor transmite o conhecimento, visando assimilação do mesmo pelo aluno”; 
“são os procedimentos de ensino adotados pelo professor”; 
“é o caminho que o professor traça para trabalhar o conteúdo”;
“é passar conhecimento”; 
“é a capacidade do professor de transmitir um assunto, fazer com que o aluno compreenda as explicações”;
“é quando um professor domina um assunto e explica de forma fácil para que o aluno entenda e apresente bons resultados”;
Ampliando o olhar sobre o conceito de didática:
incentivar a reflexão (perceba o que estamos fazendo);
fazer questionamentos;
instigar o pensamento crítico;
dialogar sobre o objeto de estudos;
problematizar conceitos;
construir conhecimentos;
compartilhar, socializar conhecimentos;
mediar os diversos saberes;
articular o conhecimento científico e o popular, ou seja, do senso comum;
estabelecer relações entre teoria e prática;
produzir conhecimentos;
buscar novas respostas para o objeto de estudos em questão;
romper com o determinismo e buscar novas respostas com os parceiros de aprendizagem;
lidar com situações inusitadas, com o aluno real, levando em conta que uma turma nunca é igual a outra;
ser professor autônomo, produtor de conhecimentos e não reprodutor;
transformar o que está posto, determinado, escrito, dissertado, falado por outros;
exercitar a práxis;
pensar no que faz porque faz;
desestabilizar, desacomodar o universo cognitivo, provocar, desconstruir conceitos, desafiar...
Competências, saberes, características esperadas no professor no mundo atual:
ser criativo;
aprender a lidar com as incertezas, com o inusitado;
ter humildade intelectual;
aprender a dialogar com outras ciências e ampliar a visão de mundo, de educação, de sujeito;
lidar com o aluno real e não, necessariamente, com o aluno ideal;
saber ouvir;
negociar;
ser reflexivo, questionador de si mesmo e do mundo, ser crítico, inquieto frente aos fatos, visando a intervenção, a transformação social- ser observador; 
- pesquisador;
- autonomia;
- desejo de contribuir;
- ter/ser autoridade X autoritarismo;
- ser coerente com o discurso
Construindo conhecimento: Faça uma pesquisa procurando outras definições para didática. Analise cada uma das definições coletadas e depois elabore o seu próprio conceito de didática.
Aula 2
 BREVE RETROSPECTIVA HISTÓRICA DA DIDÁTICA: CONTRIBUIÇÕES PARA O SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO
ANTIGUIDADE: Sócrates, Platão, Aristóteles A.C.
IDADE MÉDIA: ATÉ O SÉCULO XIV – ESCOLÁSTICA
Sto Agostinho 354 - 430
Carlos Magno 771 - 814
Sto Tomás de Aquino 1225 - 1274
Objetivo pedagógico:
IDADE MODERNA: INÍCIO DO SÉCULO XIV
1540 – Jesuítas (BA, PE)
1592 – 1670 Comenius – Didática Magna
IDADE CONTEMPORÂNEA
1766 – 1841 – Johann Friedrich Herbart (Método único de ensino)
1700 – 1900 – Pensadores: Rousseau, Pestalozzi, Froebel, Dewey, Montessori, Dedroly, Claparède, Freinet, Piaget, Francis Galton, Binet
ROUSSEAU (1712-1778) – “O homem é bom no seu estado natural”. O papel do educador: afastar a criança dos vícios da sociedade, permitindo-lhe desabrochar espontaneamente suas potencialidades inatas; não impor e sim desenvolver a curiosidade, a sabedoria
PESTALOZZI (1746-1827) – Defendia a doutrina naturalista: que o homem nasce bom e que o seu caráter era formado pelo ambiente que o rodeia. Aplicou as ideias de Rousseau. “Para sua época, esta ideia era um tanto inovadora porque, na segunda metade do século XVIII, a concepção corrente era de que as transformações revolucionárias seriam o remédio que curaria todos os males sociais. Por isso, ao advogar a ideia de que a educação era um meio de regenerar a sociedade, ele estava introduzindo um elemento novo no ideário pedagógico de seu tempo” (HAIDT, 2000, p. 18).
FROEBEL (1782-1852) - Criador do Jardim de Infância em 1837 dizia que “as crianças são como as plantas, cujo desenvolvimento futuro é uma consequência do tratamento que recebem nos primeiros anos de vida. Por isso, elas devem crescer a luz da natureza, lançando raízes sobre a sua terra, alimentando-se do seu próprio ambiente”.
DEWEY (1859-1952) – “Agir como uma meta é agir inteligentemente. Aprender fazendo”. Ação precede o conhecimento e o pensamento. “Antes de existir como um ser pensante, o homem é um ser que age. “Sua pedagogia baseia-se nas noções de experiência e atividade. Pondo-se contra as proposições de Herbart, Dewey insiste em que só se pode realmente aprender aquilo que corresponde a um interesse verdadeiro e espontâneo , que conecta o indivíduo ao objeto do conhecimento” (CORDEIRO, 2007, p. 172-173). 
MARIA MONTESSORI (1870-1952) – Em 1912 elaborou o método montessoriano (Escola primária de sucesso internacional). Montessori dava importância a educação sensorial e recusava as técnicas didáticas fixas. Se opunha a pedagogia tradicional, católica. O método montessoriano é centrado na autoeducação por meio de brinquedos educativos (corrente vitalista). “A principal ideia que sustenta as ideias de Maria Montessori é a de que a criança tem que ser posta em primeiro lugar e considerada nas suas especificidades. Na sua concepção, a infância é uma idade própria, com características particulares, o que não permite reduzir a criança a um adulto em miniatura” (CORDEIRO, 2007, p. 175).
DECROLY (1871-1932) – A escola ideal: ambiente onde a criança pudesse observar diariamente os fenômenos da natureza e a manifestação de todos os seres humanos; além de conhecer o meio social em que vive.
KILPATRICK (1871 – 1965) – Organismo intervém em toda a atividade: o pensar, o sentir, impulsos (o objetivo, a necessidade é que impulsiona o indivíduo), ação corporal, secreções glandulares.
CLAPARÈDE (1873-1940) – É a favor de uma educação funcional, de uma escola sob medida: pedagogia adaptada ao caráter individual do aluno. Em 1912 criou o Instituto Jean Jacques Rousseau, voltado para psicologia infantil. A educação ideal é aquela que cria na criança um comportamento que satisfaça as suas necessidades orgânicas e intelectuais.
FREINET (1896-1966) – É a favor da não ruptura entre
escola e meio social (vida e escola). O educador precisa tornar a escola uma continuidade da vida. O professor deve considerar os interesses de seus alunos, permitindo a livre expressão deles: conversas livres, composição de pequenos textos e desenhos livres. Exemplo: pedir ao aluno que desenhe ou narre oralmente acontecimentos de sua vida, assim como observações e experiências; encorajar o aluno a produzir textos e desenhos livres; levar o aluno a falar e escrever melhor.
PIAGET (1896-1980) – Foi convidado por Claparède para assumir a direção dos estudos do Instituto Jean Jacques Rousseau em 1923. Em 1929 - assumiu a diretoria do centro internacional de educação, órgão que passou a ser filiado à UNESCO. Escola: oferecer ensinamentos sobre a educação moral, social, cívica. É considerado interacionista e conhecido pelos seus estudos sobre os estágios cognitivos/estágios de desenvolvimento intelectual da criança.
1930 – MEC / Ministério da Saúde
1932 – Manifesto dos Pioneiros – Movimento da Escola Nova
1934 – Didática / cursos de formação de professores
1946 – Prática de ensino integra o currículo nos cursos de formação docente
1962 – CFE 
1964 – Descaminhos da Didática 
1970 – Regime Militar 
1974 – Estudiosos criticam a didática tradicional dominante
1980 – I Conferência Brasileira de Educação
1980 – Modelo Construtivista
1996 – LDB 9394 – Parâmetros Curriculares Nacionais
1998/99 – Temas Transversais
Século atual - Tics
Representando uma ideia através do desenho, da gravura: O aluno deverá pesquisar gravuras ou desenhar uma sala de aula que represente a escola antiga e atual. 
AULA 3
CORRENTES PEDAGÓGICAS LIBERAIS: TENDÊNCIAS LIBERAIS DE ENSINO: TRADICIONAL, ESCOLA NOVA E TECNICISMO
Modelo Tradicional: 
PAPEL DA ESCOLA: Preparação intelectual e moral dos alunos para assumir seu papel na sociedade. Porém, para assumir seu papel na sociedade como? 
ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA: Funções claramente definidas e hierarquizadas. Normas disciplinares rígidas. 
PROFESSOR: É o transmissor dos conteúdos aos alunos.
ALUNO: Um ser passivo que deve assimilar os conteúdos transmitidos pelo professor. Aluno educado que deverá dominar o conteúdo cultural universal transmitido pela escola.
RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR: Predomina a autoridade do professor que exige atitude receptiva dos alunos e impede qualquer comunicação entre eles.
PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: Aprendizagem receptiva e mecânica, sem considerar particularidades, o contexto.
OBJETIVOS EDUCACIONAIS: Obedecer a sequência lógica dos conteúdos, baseados em documentos legais. Ênfase nos objetivos específicos. 
CONTEÚDOS ESCOLARES/PROGRAMÁTICOS: Selecionados a partir da cultura universal acumulada. Organizados em disciplina, quantidade de conhecimentos repassados como verdade absoluta. Conteúdos fragmentados e isolados do contexto.
MÉTODO: Exposição verbal da matéria, centrado no professor, leituras, cópias, ditados, exercícios de fixação; uso excessivo do quadro que é previamente determinado, pronto e não construído conforme o andamento da aula e a participação dos alunos.
AVALIAÇÃO: Valorização dos aspectos cognitivos com ênfase na memorização da matéria, ênfase na quantidade de informações assimiladas, ênfase no produto final, na classificação.
Modelo Escolanovista:
PAPEL DA ESCOLA: Preparação intelectual e desenvolvimento mental dos alunos, atendendo-os em suas necessidades individuais, ajustando- os à sociedade. Escola proclamada para “todos”. Adaptação social. 
ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA: Funções se confundem (autoridade disfarçada); afrouxamento das normas disciplinares.
PROFESSOR: É o facilitador da aprendizagem, o auxiliador no desenvolvimento “livre” da criança.
ALUNO: Um ser “ativo”, centro do processo ensino-aprendizagem. 
RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR: Relação “democrática”, autoritarismo diluído na fisionomia de camaradagem.
PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: Aprendizagem baseada no motivação e no esforço pessoal e no estímulo do meio.
OBJETIVOS EDUCACIONAIS: Desenvolver a capacidade mental do aluno e a atividade prática.
CONTEÚDOS ESCOLARES/PROGRAMÁTICOS: Trabalhados a partir da experiência concreta do aluno. Conteúdo isolado.
MÉTODO: Solução de problemas, desafios cognitivos, pesquisa, experimentos, experiência, jogos, trabalhos em grupo. Estudo do meio natural e social. Registro empírico.
AVALIAÇÃO: Valorização dos domínios cognitivo, afetivo e psicomotor.
Modelo Tecnicista:
PAPEL DA ESCOLA: Modelar o comportamento humano através de
técnicas específicas; Manter a ordem social; preparar para o mercado de trabalho. 
ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA: Modelo empresarial aplicado à escola; divisão entre planejamento e execução. Currículo organizado baseado em modelos americanos.
PROFESSOR: É o técnico, tutor que aplica um conjunto de meios que garantem a eficiência do ensino, controlando o resultado.
ALUNO: Um elemento para quem o material é preparado, devendo ser eficiente, produtivo, técnico. 
RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR: Relação objetiva onde o professor transmite informações e o aluno vai fixá-las, seguir o comando externo.
PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: Aprendizagem baseada na eficiência, no desempenho, na administração, controle do tempo; aprendizagem individualizada. O ensino é um processo de condicionamento.
OBJETIVOS EDUCACIONAIS: Específicos, operacionalizados a partir de
classificações (verbos precisos).
CONTEÚDOS ESCOLARES/PROGRAMÁTICOS: Informações, princípios,
leis estabelecidos, ordenados e estruturados numa sequência lógica e psicológica por especialistas (Conteudista/mentor, tutor da disciplina).
MÉTODO: Instrução programada, módulos. Ênfase nos recursos áudio visuais, TICs, apostilas. Fundamentado na teoria comportamental – recompensa e punição (estímulo-resposta) – S – R. Transmissão de informações precisas, objetivas, rápidas. Tele-educação, EAD.
AVALIAÇÃO: Visa resultados, produtividade, alcance dos objetivos específicos, mudança de comportamento – eliminação de resposta/comportamento inadequado.
Analisando o fenômeno educativo - O aluno deverá observar e analisar o fenômeno educativo representado pela gravura abaixo à luz das teorias estudadas, apontando a pedagogia que está predominando na prática docente.
Aula 4
CORRENTES PEDAGÓGICAS PROGRESSISTAS: LIBERTADORA, LIBERTÁRIA E CRÍTICO SOCIAL DOS CONTEÚDOS
Modelo Libertador:
PAPEL DA ESCOLA: Conscientização acerca da realidade, transformação da sociedade.
ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA: Democrática, participativa, de qualidade, Igualitária, plural.
PROFESSOR: Autoridade competente e democrática. 
ALUNO: Sujeito protagonista da história.
RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR: Igualitária, não paternalista.
PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: Educação como transformação Social.
OBJETIVOS EDUCACIONAIS: Definidos a partir da realidade concreta, do contexto histórico-social no qual se encontram os sujeitos, visão crítica de mundo; libertação da opressão.
CONTEÚDOS ESCOLARES/PROGRAMÁTICOS: Temas geradores extraídos da problematização da prática de vida dos alunos.
MÉTODO: Da conscientização, da polemização, da problematização, grupo de discussão, da confrontação, dialógica, dialética. Teoria e prática. Temas geradores.
AVALIAÇÃO: Visa a superação do estágio do senso comum (“desorganização” do conteúdo) para a consciência crítica.
Modelo Libertário:
PAPEL DA ESCOLA: Exercer uma transformação da personalidade dos alunos num sentido libertário e autogestionário.
ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA: Democrática, participativa, de qualidade, Igualitária, plural.
PROFESSOR: Autoridade democrática. 
ALUNO: Livres, autodisciplinados.
RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR: Baseada no respeito mútuo, visando objetivos comuns.
PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: Aprendizagem informal, via grupo (ex: Diretórios Acadêmicos, sindicatos, etc)
OBJETIVOS EDUCACIONAIS: Autogestão, construção de uma nova ordem social.
CONTEÚDOS ESCOLARES/PROGRAMÁTICOS: A matéria está disponível, mas não é exigida.
MÉTODO: Vivência grupal, tomada de decisões, votações.
AVALIAÇÃO: Participação. Assistemática.
Modelo
Crítico social dos conteúdos:
ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA: Democrática, participativa, de qualidade, Igualitária, plural.
PROFESSOR: Autoridade democrática. 
ALUNO: Livres, autodisciplinados.
RELAÇÃO ALUNO-PROF: Relação democrática.
PRESSUPOSTOS DE APRENDIZAGEM: Aprender é desenvolver a capacidade de processar informações, organizando os dados disponíveis das vivências. O ensino consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas contradições, fornecendo-lhe um instrumental para a participação ativa e organizada na sociedade.
OBJETIVOS EDUCACIONAIS: Construção de uma nova ordem social a partir do conhecimento científico.
CONTEÚDOS ESCOLARES/PROGRAMÁTICOS: Culturais e universais, que se constituíram em domínios do conhecimento incorporados pela humanidade, mas, permanentemente reavaliados face às realidades sociais.
MÉTODO: Privilegia a aquisição de um saber, vinculado à compreensão da realidade. Articulação teoria e prática. Escola e sociedade. Conteúdo e forma.
AVALIAÇÃO: Reflexivas, contextualizadas.
Produção de texto - O aluno deverá produzir um texto de 10 linhas, cujo título é: “O processo ensino aprendizagem na perspectiva crítica da educação”.
AULA 5 
PLANEJAMENTO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO: NÍVEIS DE PLANEJAMENTO E SEUS FUNDAMENTOS.
PLANEJAMENTO NO CAMPO DA EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO: DIFERENTES INSTÂNCIAS
Planejamento educacional
Planejamento curricular
Planejamento de ensino
IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO
Organização 
Direção
Prática fundamentada X espontaneísta
PLANEJAMENTO DE ENSINO/DIDATICO, RESPONSABILIDADE DE QUEM? PERSPECTIVAS TRADICIONAL E CRÍTICA DA EDUCAÇÃO
TRADICIONAL 
1.Documento burocrático, formal.
PROGRESSISTA/CRÍTICA
1. Extrapola a simples tarefa de elaborar documento; envolve reflexão sobre o sentido da prática. Desmistificar (planejar e arquivar) – o engodo do faz de conta (preenchimento de documentos).
TRADICIONAL
2.Maior controle das ações por receio, insegurança quanto ao alcance dos objetivos educacionais; objetivos definidos e estreitos.
PROGRESSISTA/CRÍTICA
2. Ações mais flexíveis: ampliação dos objetivos educacionais.
TRADICIONAL
3.Conteúdos isolados, estáticos, sistematizados, tratados de forma mais rígida; desarticulação teoria / prática, escola / sociedade. 
PROGRESSISTA/CRÍTICA
3.Conteúdos mais dinâmicos, menos sistematizados no quadro; articulação teoria/ pratica, escola / sociedade
TRADICIONAL
4.Predomínio da transmissão e assimilação dos conteúdos; ênfase na memorização; relação verticalizada entre aluno e professor; processo ensino – aprendizagem: via de mão única. 
PROGRESSISTA/CRÍTICA
4- Predomínio da pesquisa, do pensamento crítico e independência; ênfase na reflexão; relação horizontal entre aluno e professor; processo ensino aprendizagem: via de mão dupla
TRADICIONAL
Alunos – Sujeitos passivos no processo ensino – aprendizagem
PROGRESSISTA/CRÍTICA
5. Alunos – Sujeitos ativos no processo ensino
 – aprendizagem
TRADICIONAL
6.Avaliação - Visa o resultado, a quantidade de informações assimiladas e memorizadas – ênfase nos testes e provas. 
PROGRESSISTA/CRÍTICA
6. Avaliação -Visa o processo, a construção do conhecimento, a formação do aluno – ênfase na avaliação formativa e autoavaliação.
PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO
DIFICULDADES ENCONTRADAS DURANTE O PROCESSO DO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO:
Carência de objetivos claros e bem definidos;
Exigência de planejamentos sofisticados;
Centralização das decisões e ações; crença de que quem planeja é uma pessoa hierarquicamente acima;
Manutenção das estruturas tradicionais;
Falta de hábito de crítica e autocrítica; medo, resistência;
Falta de habilidade para focalizar necessidades presentes e futuras;
Carência de recursos humanos e materiais;
Ausência do diálogo
REQUISITOS DO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO:
Criatividade
Vontade e ousadia
Tempo para que vozes sejam ouvidas
Recursos
Flexibilidade
Bom senso para definir prioridades
Disponibilidade para enfrentar os problemas da comunidade escolar
Gestão democrática
RISCOS DO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO
Manipulação – tendo em vista decisões que são tomadas em nome de interesses individuais, daí, a relevância da formação ética.
Alienação - sobretudo, daqueles que resistem à participação, ao novo por medo e insegurança.
Situação-problema: Analisando o cotidiano escolar à luz das teorias no campo da educação:
Um professor do Ensino Fundamental, visando garantir a assimilação dos conteúdos e a aprendizagem dos alunos, resolveu trabalhar os conhecimentos referentes à disciplina de Ciências Biológicas copiando no quadro o que estava no livro didático e,
posteriormente, fazendo a leitura dos conceitos. O professor, na aula seguinte, solicitou a turma que quem dissertasse, “lá na frente”, o conteúdo da aula anterior, receberia 2 pontos na média e apenas 1 aluno se levantou e apresentou a resposta desejada.
Para facilitar o domínio da fundamentação teórica indispensável, o professor, orientado pela Coordenação Pedagógica, passou a incluir em seu planejamento de aula vários meios, tais como
o estudo dirigido com perguntas e respostas previamente estabelecidas, a instrução programada, uma técnica de ensino com base na teoria do reforço.
Diante do exposto, pergunta-se: a qual tendência pedagógica esse professor respalda a sua prática? Ele mostrou autonomia em seu planejamento? Ele está contribuindo para formar que tipo de cidadão e sociedade?
Aula 06
Planejamento de ensino e os objetivos educacionais: específicos e geral
ELEMENTOS QUE CONSTITUEM O PLANEJAMENTO DE ENSINO
Objetivos educacionais 
Conteúdos escolares
Metodologia de ensino
Recursos didáticos
Avaliação escolar
Fonte de consulta
São os objetivos educacionais necessários?
CLASSIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS EDUCACIONAIS QUANTO AO NÍVEL DE ESPECIFICAÇÃO/ABRANGÊNCIA:
OBJETIVO GERAL
OBJETIVO ESPECÍFICO
TEMA DA AULA: DSTs (Doenças sexualmente transmissíveis)
OBJETIVO GERAL
OBJETIVO ESPECÍFICO
CLASSIFICAÇÃO DOS OBJETIVOS EDUCACIONAIS QUANTO AO DOMÍNIO:
Cognitivo/intelectual 
Afetivo/humanístico 
Psicomotor 
ATIVIDADE
Classificando os objetivos quanto ao domínio cognitivo (C), afetivo (A) e psicomotor (P)
a) ser capaz de moldar uma peça de cerâmica ( )
b) Digitar com velocidade ( )
c) Aceitar a responsabilidade num trabalho em equipe ( )
d) Interpretar textos de autores nacionais e internacionais ( )
Profa. Therezinha Conde
e) Adquirir conhecimentos sobre os princípios do feudalismo ( )
f) Levar o aluno a formar julgamentos a respeito da responsabilidade do cidadão frente ao meio ambiente ( )
g) Compreender os conceitos referentes às pedagogias liberais e progressistas ( )
Profa. Therezinha Conde
h) Fazer vínculos e ter atitude diante do outro ( )
i) Dissecar o animal ( )
j) Aprender as 4 operações matemática ( )
Classificando as palavras: PT (Pedagogia Tradicional) e PP (Pedagogia Progressista)
( ) Transformação social
( ) Reprodução do conhecimento
( ) Diálética
( ) Linearidade
( ) Hierarquia
( ) Transmissão do conhecimento
( ) Problematização da ciência
( ) Mediação dos saberes
( ) Determinismo
( ) Via de mão única
( ) Reflexão
( ) Acriticidade
( ) Padronização
( ) Processo de aprendizagem
( ) Visão crítica
( ) Pluralidade cultural
Aula 07: Planejamento de ensino e os conteúdos escolares
A QUEM COMPETE A SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ESCOLARES?
O QUE SÃO CONTEÚDOS ESCOLARES?
COMO DEVEM SER TRATADOS NO ESPAÇO DE SALA DE AULA VIRTUAL OU PRESENCIAL?
Falar da realidade como algo parado, estático, compartimentado e bem comportado [...] conteúdos que são retalhos da realidade [...]" são palavras de Paulo Freire, um dos maiores educadores do século XX. O que o autor quis dizer com a seguinte expressão: "conteúdos que são retalhos da realidade"?
Fragmentação e isolamento do conteúdo X conhecimento significativo:
A neutralidade dos conteúdos não existe.
Na visão de Moreira e Santos (1995), os conteúdos têm de ser vistos
como algo a ser questionado, analisado e negociado e não divorciado do significado humano. “Os conteúdos devem ser selecionados e organizados de modo a fortalecer o poder e a autonomia de grupos que estejam submetidos a qualquer forma de exploração, opressão e discriminação” (MOREIRA; SANTOS, 1995, p. 63).
RELAÇÃO DO SUJEITO COM O CONHECIMENTO: EXEMPLO DE DESARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA, DE CONHECIMENTO VAZIO E SEM SIGNIFICADO, ESTÉRIL, ISOLADO DO CONTEXTO E FRAGMENTADO. 
Os conteúdos não devem ter características de terminalidade e devem servir como ponto de partida para novos conhecimentos. Entretanto, quando o professor respalda a prática no modelo tradicional de ensino, no modelo tecnicista, o conteúdo estudado tem caráter de terminalização, isto é, como se o assunto subsequente não tivesse nenhuma relação com o assunto anterior. Além disso, é trabalhado de forma fragmentada e isolada de um contexto. É muito comum nos depararmos com situações em que os alunos perguntam após receberem o resultado de uma prova: “professor, hoje vai ter matéria nova?”
Refletindo sobre a relevância dos conteúdos de ensino pesquisados nos livros didáticos.
DSTs – Doenças sexualmente transmissíveis:
Tipos de DSTs
Características
Formas de prevenção
Formas de tratamento
Aula 08
Planejamento didático, procedimentos de ensino e os recursos como meios auxiliares da prática 
O QUE SÃO PROCEDIMENTOS DE ENSINO?
São meios para alcançar objetivos gerais e específicos do ensino, ou seja, ao “como” do processo de ensino, englobando as ações a serem realizadas pelo professor e pelos alunos para atingir objetivos e conteúdos. É o caminho para se alcançar objetivos (LIBANEO, 2013). Segundo o autor, estamos sempre perseguindo objetivos e estes não se realizam por si mesmos, sendo necessária a atuação docente, ou seja, a organização de ações para atingi-los.
São procedimentos que colocam o aluno em contato direto com coisas, fatos ou fenômenos que lhes possibilitem modificar sua conduta, em função dos objetivos previstos. Dizem respeito às formas de intervenção na sala de aula; são ações, processos ou comportamentos planejados pelo professor, de modo que o aluno entre em contato direto com a ciência, com o conhecimento científico (HAYDT, 2006). 
O método de ensino deve ser entendido como caminho para a promoção de ações pedagógicas conscientes, organizadas criticamente, com a finalidade de tornar o trabalho docente e discente mais fácil e mais produtivo para o alcance das metas desejadas e necessárias para o desenvolvimento integral dos educandos (RAYS, 2011). 
Espera-se que o professor em formação se aproprie criticamente, resgatando sua condição de professor pesquisador, sujeito autônomo de sua prática, de modo que não adote um método pelo método, uma técnica pela técnica sem saber o que está fazendo e porque está adotando tal prática. 
A ideia, aqui, não é que vocês reproduzam mecanicamente estratégias ou ações realizadas, apontadas por outros, mas, que busquem caminhos, tomem decisões com consciência, dando conta de suas práticas em caso de questionamentos por parte de alunos ou colegas de trabalho e superiores. É preciso argumentar sobre o que se está fazendo e porque se está fazendo; é preciso adotar uma prática fundamentada.
“Eu fujo de nomes e métodos, pois penso que o professor de história que veste a camisa de um método, corre o risco de se fechar no desafio que cada turma, a cada aula, costuma apresentar. Afinal, ele lida com pessoas e elas nos surpreendem sempre. A história explica isso. A sala de aula é um nascedouro de raciocínios que fazem uma aula nunca ser igual a outra. O que importa é despertar o interesse do aluno, levá-lo à reflexão e ao espírito crítico... Se isso é método, então é o que eu sigo” (Lucy Valentini, 2001). 
ALGUMAS POSSIBILIDADES DE PROCEDIMENTOS DE ENSINO
Método da desmistifação da ciência, dos fatos, da realidade:
Método da Problematização, da Conscientização (Paulo Freire)
TEMAS GERADORES DE DISCUSSÃO
Método da Contradição (Alonso Rays)
Essa abordagem se trata de enfrentarmos os paradoxos entre a teoria e a prática no processo de aprendizagem. Para o autor, o professor deve proporcionar ao educando um modo significativo de assimilação crítica da ciência representada na escola pela matéria de ensino e o confronto desta com as necessidades sócio-culturais dos diferentes grupos sociais que frequentam a mesma escola. O ensino como fenômeno da realidade concreta é um processo que se desenvolve dialeticamente. Para tanto, torna-se premente a interrelação entre a informação acabada (a cultura elaborada) e a produção do conhecimento.
A professora Regina teve que pensar num ' mini discurso' para falar de diferenças de mundo, da 'farsa' das ilustrações dos livros, da ideologia dominante por trás daquilo tudo e acrescentou que parecia até “novela das oito” com aquelas mesas com 12 lugares e aquele café da manhã de hotel 5 estrelas. Ao tratar desse assunto em um dos fóruns de didática, ela fez o seguinte questionamento: “Agora, imagine só se eu tentasse apresentar o termo sem ter tido essa preocupação? O que passaria pela cabeça dos meus alunos? Eu falando inglês fluentemente, em cima do meu salto alto, dizendo que o 'normal' é a pessoa jantar no seu ‘dinning room’ e os alunos comendo no chão?” 
Apesar da contradição entre teoria e prática, entre conhecimento científico, escolarizado e conhecimento popular, não significa dizer que a professora não deveria ensinar os termos, o vocabulário sofisticado, pois, como contribuir, então, para a libertação da condição de opressão? Como contribuir para transformar realidades sociais? 
Método da aula prática/aula-passeio; 
Método do aprender fazendo (J. Dewey) 
“Agir como uma meta é agir inteligentemente. Aprender fazendo”. Ação precede o conhecimento e o pensamento. “Antes de existir como um ser pensante, o homem é um ser que age”. Trata-se de um método ativo que valoriza a experiência concreta do aluno que observa, manipula materiais, objetos, experimenta, pesquisa. Considerado como método da descoberta, pois, o aluno fica em contato direto com o meio natural, tendo como objetivo o desenvolvimento espontâneo e intelectual. A ideia é fazer com que o aluno aprenda atuando e não mais, apenas ouvindo seu professor dissertar sobre conteúdos de ensino. O trabalho do aluno deve estar orientado para um fim prático bem definido como construir um brinquedo, o que levou o educador progressista como Libâneo (2013) denomina-lo de pragmatista, progressivista, escolanovista ou, ainda, escola ativa. 
Método da interdisciplinaridade 
“O ensino interdisciplinar nasce da proposição de novos objetivos, de novos métodos, de uma nova pedagogia, cuja tônica primeira é a supressão do monólogo e a instauração de uma prática dialógica. Para tanto, faz-se necessário a eliminação das barreiras entre as pessoas que pretendem desenvolvê-las” (FAZENDA, 1991, p.33). “Não significa desrespeitar a ‘verdade’ de cada disciplina; é uma relação dialógica em que a posição é de construção do conhecimento”. “A atitude interdisciplinar nos ajudam a viver o drama da incerteza e da insegurança. Possibilita-nos dar um passo no processo de libertação do mito do porto seguro” (JAPIASSU citado por FAZENDA, 1991, p.35). 
“Outros” Métodos/estratégias:
Dedutivo – é aquele que vai do geral para o particular; 
Indutivo – aquele que vai do particular; para o geral; e analógico – é aquele que faz a integração dos outros dois). 
Estudo dirigido, aula expositiva, jogos, dramatizações, de projetos, Estudo de casos, Foruns, Chats, Teleaulas, Mapas conceituais
Mapas conceituais
São diagramas indicando relações entre conceitos, ou entre palavras usadas para representar conceitos [...]Embora normalmente tenham uma organização hierárquica e, muitas vezes, incluam setas, tais diagramas não devem ser confundidos com organogramas ou diagramas de fluxo, pois não implicam sequência, temporalidade ou direcionalidade, nem hierarquias organizacionais ou de poder. Mapas conceituais
são diagramas de significados, de relações significativas; de hierarquias conceituais, se for o caso [...]Mapas conceituais não buscam classificar conceitos, mas sim relacioná-los (MOREIRA, 1997). 
RECURSOS DIDATICOS
Tipos de Recursos Didáticos:
Recursos materiais:
Naturais: animais, plantas, água;
Inanimados: equipamentos: data show, TV, vídeo, retroprojetor, slides, gravuras, quadro, jornal, revista, cartaz, fotos, computador, textos, etc.
Recursos humanos: aluno, professor, pessoal da escola, comunidade.
O que você poderia dizer, escrever respaldado na perspectiva progressista/crítica da educação sobre o professor que respalda a prática na perspectiva tradicional de ensino? Produza seu texto, de modo que apareça a palavra prática pedagógica.
Aula 09:
Planejamento didático e a avaliação escolar 
AVALIAR É UM PROCESSO COMPLEXO
CONCEITO DE AVALIAÇÃO
É a verificação da aprendizagem, é a parte final do processo de ensino iniciado com o planejamento do curso e é por meio dela que se chega a conclusão sobre a utilidade ou não dos esforços despendidos pelo professor e aluno nos trabalhos escolares (NÉRICI, 1969).
Avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objetivos, a fim de que haja condições de decidir sobre alternativas do planejamento do trabalho do professor e da escola como um todo (PILETTI, 2010).
Para Haydt (2006) o termo avaliar tem sido constantemente associado a expressões como fazer prova, fazer exame, atribuir nota, repetir ou passar de ano. Esta associação, tão frequente em nossas escolas, é resultante de uma concepção pedagógica arcaica, mas tradicionalmente dominante. 
Moretto (2003, p. 16): “A avaliação não deverá ser um acerto de contas e sim um momento privilegiado de estudos”.
Na relação entre aluno e professor, o que se tem observado com frequência é uma dicotomia entre as concepções prévias dos estudantes e as escolares. Como as primeiras são fruto do contexto, isto é, muitas vezes oriundas do senso comum, são consideradas pela escola como representações sem importância ou mesmo erradas. Nesse caso julga-se que a função da escola é transmitir ao aluno o que é certo para que ele abandone suas ideias previas e passe a adotar as concepções oficiais. 
Moretto (2003, p. 16): “A avaliação não deverá ser um acerto de contas e sim um momento privilegiado de estudos”.
E para ter certeza de que isso ocorrerá, a escola faz provas com o objetivo de verificar se o sabe oficial foi absorvido e está sendo repetido com perfeição. Se isso ocorrer, tudo bem, o aluno é aprovado, caso contrário... é bomba! Ora, esta postura deixa de considerar o ponto de partida do processo da construção do conhecimento no aluno, isto é, o que ele já sabe quando algo novo lhe é ensinado (MORETTO, 2003, p. 106).
Para Kensky (2011, p. 139-140):
Ao assumirmos que o ato de avaliar se faz presente em todos os momentos da vida humana, estamos admitindo que ele também está presente em todos os momentos vividos em sala de aula. O dia a dia da sala de aula é um rico momento do cotidiano de cada uma das pessoas que ali se encontram. Na atualidade, a sala de aula é um dos raros espaços onde as pessoas se encontram fisicamente presentes para realizarem atividades em comum e se ajudarem mutuamente a aprender. 
A avaliação se transforma, assim, em dinâmica que orienta a prática. Como processo de investigação permanente, todas as atividades devem ser discutidas, planejadas, executadas e servir de impulso para novas realizações. O processo avaliativo percorre como fio condutor e propulsor cada um desses momentos de interação professor-alunos e conteúdos a serem trabalhados pedagogicamente. Na interação proporcionada pelas atividades pedagógicas, alunos e professores avaliam tudo e todos permanentemente. 
São formulados juízos provisórios que orientam a tomada de decisões e a definição das tarefas e atividades a serem realizadas, como a participação em um projeto, a melhor utilização do ambiente da sala de aula ou os questionamentos sobre determinado assunto que podem resultar em vários desdobramentos de projetos e de pesquisas individuais ou coletivas. 
Essas definições, julgamentos e reorientações de percurso fazem parte de um processo que vai resultar, de alguma forma, no objetivo principal da ação docente: a aprendizagem do aluno. Portanto, é preciso ter consciência de que avaliar essa aprendizagem é uma ação que começa bem antes, no início da interação didática, e prossegue como energia circulante durante todo o processo de aprendizagem”.
Para Esteban (2001):
A avaliação, na ótica do exame, atende às exigências de natureza administrativa, serve para reconhecer formalmente a presença (ou ausência) de determinado conhecimento, mas não dispõe da mesma capacidade para indicar qual é o saber que o sujeito possui ou como está interpretando as mensagens que recebe. Tampouco pode informar sobre o processo de aprendizagem dos estudantes. A partir do exame o professor pode avaliar se o aluno foi capaz de responder adequadamente as suas perguntas. Porém, o erro ou acerto de cada uma das questões não indica os processos de aprendizagem desenvolvidos para adquirir o conhecimento demonstrado, tampouco o raciocínio que conduziu à resposta dada. 
Para a construção do processo ensino/aprendizagem, estas são as questões efetivamente significativas, e não o erro ou acerto, como ressalta a lógica do exame. A avaliação, organizada segundo esta lógica, responde à necessidade de usar os resultados como explicação para o fracasso/sucesso escolar numa dimensão exclusivamente técnica, sem deixar transparecer a dinâmica de inclusão e exclusão que implica a concepção de homogeneidade em que se fundamenta”.
Na visão de LIbaneo (2013) a avaliação exerce 3 funções:
Função pedagógico-didática – se refere ao papel da avaliação no cumprimento dos objetivos gerais e específicos da educação escolar;
Função diagnóstica – permite identificar progressos e dificuldades dos alunos e a atuação do professor que, por sua vez, determinam modificações do processo de ensino para melhor cumprir as exigências dos objetivos;
Função de controle – se refere aos meios e à frequência das verificações e de qualificação dos resultados escolares.
Tipos de instrumento de avaliação: 
Testes, provas escrita, oral, de múltipla escolha, discursivas, de memorização, reflexivas, redação, trabalhos, individual e em grupo, seminários, pesquisas, observação e registro em diário de bordo, portfólio, autoavaliação, conselho de classe. 
PARA REFLEXÃO:
Os testes e provas avaliam, de fato, quem é o melhor e o pior aluno?
Classificando as palavras abaixo em Tradicional ou Progressista no que diz respeito a avaliação escolar.
( ) hierarquia ( ) aprendizagem significativa
( ) formação integral ( ) classificação
( ) apto/não apto ( ) interiorização de conceitos
( ) padronização ( ) motivação intrínseca
( ) produto final ( ) motivação extrínseca 
( ) quantificação ( ) nota 
( ) avaliação qualitativa ( ) inclusão social
( ) processo de aprendizagem 
( ) domínio cognitivo ( ) pedagogia da certificação
( ) Memorização
Aula 10
Trabalho docente: teoria e prática. Docência como prática reflexiva, prática de pesquisa
Analisando os fenômenos educativos à luz das teorias no campo da educação: Vamos exercitar a práxis?
A situação de aprendizagem:
Na turma A, os alunos pareciam desanimados, apáticos e infelizes. Na turma B, todos os alunos estavam atentos e interessados. O que produziu a diferença?
Na turma A, o professor chamou um dos alunos para definir uma palavra. O aluno deu a ideia correta da palavra, mas não a apresentou numa sentença completa. Tudo o que o professor disse foi: “Errado!” O aluno ficou “sem graça”, escorregou na carteira inibido por
ter falhado perante o grupo.
Na outra turma, a professora pediu a definição de museu. Um aluno disse: “É um lugar onde ficam os peixes”. Ao invés de dizer errado, a professora perguntou: “De onde você tirou essa ideia?” O aluno explicou: “Quando era criança fui a um museu e lá vi o esqueleto de uma baleia”. ”É verdade” – disse a professora.
“De fato, existem esqueletos de peixes em museus, mas o lugar onde se colocam os peixes vivos é....” Alguém disse: “Um aquário!” Esta professora, ao contrário do professor, tinha curiosidade em saber como o aluno adquire a ideia, como aprendem, incentivando a turma a se envolver no assunto. Ela construiu algo sobre o que já existia em suas mentes. Estava preocupada com o processo de aprendizagem – o efeito da experiência sobre o desenvolvimento do aluno e não simplesmente com os resultados.
Aula teórica X prática:
Observem as duas aulas abaixo. No primeiro quadro, o professor disserta sobre o conceito de mamífero de forma abstrata e universal. Reparem que os alunos desconhecem o conceito, têm dúvidas, interrogações. Já no segundo quadro, o professor demonstra “ao vivo e a cores” o conceito de mamífero para que o aluno visualize, na prática, o conceito de mamífero. 
Avaliação tradicional X avaliação construtivista/progressista:
Aula de matemática 
 A professora do ensino fundamental I organiza um exercício para os seus alunos para valer ponto. No enunciado diz o seguinte: Faça tudo o que seu mestre mandar: Joãozinho ganhou 30 carrinhos e deu 20 carrinhos, ele ficou com: Arme a conta:
( x ) 10 ( ) 20 ( ) 30 ( ) nenhum
A aluna fez o seguinte cálculo:
10 + 20 = 30 e marcou a resposta (x) 10
A professora não considerou a resposta, atribuindo zero na correção. A aluna sem jeito guardou a folha de exercício em seu caderno.
Fábula: a menina e o leite:
 A professora do ensino fundamental, 5º. Ano, pede aos alunos para que leiam a fábula abaixo e em seguida, ela dita as respostas para as perguntas referentes ao texto. Vamos a leitura da fábula e em seguida, refletir sobre a ação da professora?
 A menina não cabia em si de felicidade. Pela primeira vez iria à cidade vender o leite de sua vaquinha. Trajando o seu melhor vestido, ela partiu pela estrada com a lata de leite na cabeça.
Enquanto caminhava, o leite chacoalhava dentro da lata.
 E os pensamentos faziam o mesmo dentro da sua cabeça.
 “Vou vender o leite e comprar uma dúzia de ovos”.
 “Depois, choco os ovos e ganho uma dúzia de pintinhos”.
 “Quando os pintinhos crescerem, terei bonitos galos e galinhas”.
 ‘Vendo os galos e crio as frangas, que são ótimas botadeiras de ovos”.
 “Choco os ovos e terei mais galos e galinhas”.
 “Vendo tudo e compro uma cabrita e algumas porcas”.
 “Se cada porca me der três leitõezinhos, vendo dois, fico com um e ...”.
 A menina estava tão distraída que tropeçou numa pedra, perdeu o equilíbrio e levou um tombo.
 Lá se foi o leite branquinho pelo chão. 
 E os ovos, os pintinhos, os galos, as galinhas, os cabritos, as porcas e os leitõezinhos pelos ares.
 Não se deve contar com uma coisa antes de consegui-la.
 Jean de La Fontaine. Fábulas de Esopo. SP, Scipione, 1998.
Referencia da fábula: VASCONCELOS, A. Aprender juntos português: ensino fundamental 4. São Paulo: SM, 2006.
Fábula: a menina e o leite:
1) Releia a moral da fábula: A menina e o leite: Não se deve contar com uma coisa antes de consegui-la.
2) Você concorda com esse ensinamento ou discorda dele? Explique: Sim, porque nós devemos sempre fazer algo pensando no futuro.
3) Explique o sentido do ensinamento que você marcou: Sempre há sacrifício e custo para alcançarmos o que queremos obter.
4) O que faltou à menina para conquistar os objetivos que tinha? Faltou determinação e atenção.
5) No início do texto, a menina não cabia em si de felicidade. E no final do texto, quais sentimentos ela, provavelmente, experimentou? Angústia, tristeza e arrependimento.
6) Se, por algum motivo, você não consegue atingir um de seus objetivos, que atitude você tem: desiste ou tenta novamente? Comente: Eu tento novamente mas com outra estratégia que dê certo.
Professor alienado e alienante:
Um professor de Ciências falava a seus alunos sobre a fotossíntese. De repente um problema: a luz do sol que entrava pela janela atrapalhava a visão de alguns alunos que, dessa maneira, não conseguiam ler o que o professor escrevia no quadro-negro. Alguém tentou fechar a cortina, mas um dos galhos da enorme folhagem que enfeitava a sala impediu que a cortina fosse totalmente fechada. 
Resolvido o problema, o professor continuou tranquilamente falando sobre fotossíntese e escrevendo suas explicações no quadro-negro. Tão condicionado estava a dar aula utilizando apenas saliva e giz que nem lhe ocorreu chamar a atenção de seus alunos para o fato de que estavam diante do fenômeno da fotossíntese: o galho da folhagem crescera voltado para a janela em busca da luz, comprovando o fenômeno que estavam estudando.
1)	Título da atividade: Interpretando o fenômeno educativo
Como você interpretaria o fenômeno educativo abaixo à luz da literatura especializada no campo da educação?

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