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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS UNIEVANGÉLICA BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA USINAGEM POR ULTRASSOM ANÁPOLIS 2019 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ANÁPOLIS UNIEVANGÉLICA BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA DIEGO IVO DE SOUSA IGOR CASTRO MORAIS KAROLINA DE SOUZA GONÇALVES USINAGEM POR ULTRASSOM Trabalho de pesquisa apresentado ao Curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário de Anápolis UniEVANGÉLICA como requisito para complementação da nota da 3ªV.A. da disciplina de Processos de Usinagem, sob orientação do Prof. Me. Sérgio Mateus Brandão. ANÁPOLIS 2019 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3 2 ORIGEM DO PROCESSO ............................................................................... 4 3 DESCRIÇÃO DETALHADA DO PROCESSO ................................................. 4 4 PARÂMETROS DE CONTROLE ..................................................................... 6 5 ASPECTOS ECONÔMICOS DO PROCESSO ................................................ 7 6 APLICAÇÕES .................................................................................................. 7 7 CONCLUSÃO .................................................................................................. 8 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 8 3 1 INTRODUÇÃO O Estudo da usinagem é baseado na mecânica (cinemática, atrito e deformação), na termodinâmica (geração e propagação de calor) e nas propriedades dos materiais. A DIN 8580 classifica os vários processos de fabricação onde ocorre a remoção de material sob a forma de cavaco. A usinagem é uma operação que confere à peça: forma, dimensões ou acabamento superficial, ou ainda uma combinação destes. Apesar de todo o avanço tecnológico ocorrido nas últimas décadas, os processos de usinagem têm sérias limitações principalmente em casos de utilização de materiais duros e quando se deseja a obtenção de formas complexas. Por outro lado, essas limitações existentes resultaram em pesquisas para desenvolver novos materiais mas que normalmente são de difícil usinagem por processos tradicionais. Assim, surgiram novos aços-liga, as superligas, as cerâmicas finas, os compósitos, entre outros, que passaram a exigir novos processos especiais de fabricação. Paralelamente, novas geometrias e formas crescentemente mais complexas e diminutas foram sendo exigidas pelo mercado. Com isso, foram desenvolvidos os chamados processos não convencionais de Usinagem, como por exemplo: Usinagem por Descargas Elétricas (EDM); Usinagem por Ultrassom (USM); Usinagem Eletroquímica (ECM); Usinagem Química (CHM); Usinagem por Jato D`água (WJM); Usinagem por Jato Abrasivos (AJM); Usinagem por Feixe de Laser (LBM); Usinagem por Arco de Plasma (PAC) e Usinagem por Feixe de Elétrons (EBM). A usinagem por ultrassom é um método de moagem que necessita de um líquido abrasivo, não havendo necessidade do contato direto com a ferramenta de corte, ou seja, o liquido a ser utilizado preenche com material abrasivo o fluido de corte através da peça a ser desbastada, havendo vibração, da ferramenta devido aos abrasivos. A ferramenta de usinagem possui um material mais macio se comparada as de outras ferramentas usadas em processos de usinagem convencionais. Devido a isso, o abrasivo pode atingir a ferramenta, mas não a danificam, independentemente da maneira como ela trabalha. Este método pode ser utilizado para penetrações tanto em materiais frágeis como as cerâmicas quanto materiais mais duros, no caso do diamante e em materiais quebradiços como o vidro. A usinagem por ultrassom também possibilita a usinagem de peças 4 em ordens milimétricas, se comparada a outros meios de usinagem. A figura 1 mostra um centro de usinagem por ultrassom. Figura 1: Centro de usinagem por ultrassom Fonte: directindustry.com/pt/prod/ms-spaichingen-gmbh-ultrasonic-technology-group/product- 164682-1929580.html 2 ORIGEM DO PROCESSO A descoberta do ultrassom ocorreu em 1880 por Curie estudando o efeito piezoelétrico. Thornycroft e Barnaby em 1894 observaram que, na propulsão de mísseis lançados pelo destroyer, uma fonte de vibração era gerada causando implosão de bolhas e cavidades na água. Essa vibração ficou conhecida como cavitação. A possibilidade de usinar materiais duros e frágeis por ultrassom foi inicialmente proposta por Woods e Loonis em 1927. É um processo especialmente adequado ao processamento mecânicos de materiais duros e frágeis, em que não se aplicam os processos tradicionais de usinagem. Modernamente, esta técnica foi incorporada à novos equipamentos permitindo precisão aliada a integridade dos materiais usinados. 3 DESCRIÇÃO DETALHADA DO PROCESSO Na usinagem por ultrassom, uma ferramenta (em aço carbono ou aço inoxidável) é posta para vibrar (em baixa amplitude e alta frequência) sem entrar em contato com a peça, que está mergulhada em um meio líquido com pó abrasivo em suspensão (figura 3). As amplitudes são de cerca de 0,075 mm e a frequência 5 pode variar de 20 kHz a 100 kHz. Os abrasivos podem ser compostos por materiais como nitreto de boro, carboneto de boro, óxido de alumínio, carboneto de silício e diamante. O pó abrasivo é aplicado na ponta da ferramenta, este é responsável pelo contato. Consequentemente, a ferramenta não precisa apresentar alta dureza e pode ser feita por material de fácil usinagem, ou seja, um material mais macio e com uma alta plasticidade. Isso permite que os abrasivos possam impactar a ferramenta, mas não a danifica independe da maneira que faz o trabalho. Figura 2: Visão esquemática do processo Fonte: http://wtpultrasonic.com.br/ultrasom/ Figura 3: Processo de usinagem por ultrassom Fonte: GROOVER, Mikell P.; Fundamentals of Modern Manufacturing, 4ª edição, 2010. Este processo aproveita a energia de vibração mecânica, comunicada aos grãos de abrasivo, que vibram na mesma direção do sonotrodo (figura 4). O sonotrodo é constituído por uma barra metálica, na qual se ativam as vibrações 6 ultrassonoras, no sentido do seu eixo. Na parte da ponta do sonotrodo é fixada a ferramenta, com a forma inversa da que se deseja dar à peça a ser usinada. Devido às altas frequências de trabalho, o sonotrodo deve possuir alta resistência à fadiga. O material de maior utilização atualmente tem sido o titânio. Figura 4: Identificação do sonotrodo na máquina de usinagem por ultrassom Fonte: prezi.com/77vk-vyq9v33/usinagem-por-ultrassom/ Uma variação desse processo de usinagem é obtida com o uso de uma ferramenta rotativa, que aumenta a capacidade de remoção do material desgastado. Quando conjugado com uma mesa do tipo CNC, o equipamento com ferramenta rotativa possibilita a obtenção de figuras complexas, por contorneamento. 4 PARÂMETROS DE CONTROLE Definem-se, inicialmente, alguns parâmetros físicos significativos desse processo na tabela 1. Tabela 1: Parâmetros físicos da usinagem por ultrassom Processo Tensão (V) Corrente (A) Potência (W) GAP (mm) Usinagem por Ultrassom 220 12 ca 2400 0,25 Fonte: Medeiros, 1981. As precisões alcançáveis por este processo estão na faixa de alguns milésimos de milímetro por milímetro. 7 5 ASPECTOS ECONÔMICOS DO PROCESSO Tabela 2:Aspectos econômicos da usinagem por ultrassom Processo Investimento de Capital Ferramental Potência Eficiência Consumo de Ferramentas Usinagem por Ultrassom Boa Boa Boa Ruim Fraca Fonte: MACGEOUGH, 1998. As vantagens deste processo são: Corte limpos, pois as vibrações ultrassônicas produzem a fusão do material, ao mesmo tempo em que soldam as pontas das fibras cortadas. A usinagem por ultrassom não é um processo térmico, químico ou elétrico. Sendo assim, não irá ocorrer mudança nas propriedades físicas, químicas ou mecânicas do material. O processo é livre de rebarbas e distorções. E as desvantagens são: Este método não é recomendado para materiais macios como chumbo e plásticos. Necessita de alto custo de investimento. Possui baixas taxas de remoção de material, se comparada a outros processos de usinagem convencionais. 6 APLICAÇÕES O processo de usinagem por ultrassom tem aplicação na produção de peças ou componentes que não podem ter contaminação, como indústrias médicas e odontológicas. Também pode ser aplicado em cerâmicas avançadas, em componentes de motores de automóveis, na fabricação de pistões de nitreto de silício compactados a quente, componentes de joalheria e furos de alocação de sensores podendo também fazer algumas superfícies tridimensionais. 8 7 CONCLUSÃO Através de estudos e pesquisas para o melhor entendimento do assunto, através da evolução e a tendência de se obter melhorias através de técnicas e inovações, o processo de usinagem por ultrassom foi desenvolvido e aplicado com o intuito de melhorar os procedimentos de furos acabamentos e higienização onde a sua área de atuação é vasta podendo também lapidar componentes pequenos com alta precisão, as amplitudes de vibração grandes e pequenas em suas atuações facilitando e melhorando as peças e componentes. REFERÊNCIAS GROOVER, Mikell P.; Fundamentals of Modern Manufacturing, 4ª edição, 2010. Milena Mendes. Usinagem por ultrassom. Disponível em: < https://prezi.com/77vk-vyq9v33/usinagem-por-ultrassom/ > Acesso em: 17 nov. 2019. Anna Carla. Processos não convencionais e microusinagem. Disponível em: < https://mecanica-ufrj.educacao.ws/util/b2evolution/media/blogs/annacarla/ UsinagemI/Aula6-ProcessosNaoconvencionais.pdf > Acesso em: 17 nov. 2019. DESCONHECIDO. Usinagem ultrassônica. Disponível em: < https://www.mecanicaindustrial.com.br/409-usinagem-ultrassonica/ > Acesso em: 17 nov. 2019. DESCONHECIDO. Métodos avançados de usinagem: feixe de elétrons e ultra- som. Disponível em: < https://essel.com.br/cursos/material/01/ ProcessosFabricacao/77proc.pdf > Acesso em: 17 nov. 2019. MEDEIROS, João T, N.; Análise de alguns parâmetros tecnológicos da usinagem de aço-carbono por eletroerosão, 1981 Disponível em: < https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18135/tde-06102017- 140048/publico/Dissert_Medeiros_JoaoTN.pdf > Acesso em: 17 nov. 2019. MACHADO, Ana Carolina et al. Usinagem não convencional Ultrassom. Taquara: Newton, 2018. 20 p.
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