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Unidade 10 c
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𝑃′𝐵 = 𝛾𝑦𝑐𝑜𝑠²𝜃 É denominada Pseudo-hidrostática UNIDADE 10 27 Figura 10.6 – Distribuição de pressões ao longo de um vertedor 10.5 – Distribuição da velocidade em canais UNIDADE 10 28 Nos condutos livres há uma distribuição não uniforme da velocidade nos diversos pontos de uma seção transversal. Figura 10.7 – Esquema de distribuição das velocidades em um curso d’água Valores de Celeridade UNIDADE 10 29 Figura 10.8 - Distribuição da velocidade em diferentes seções artificiais UNIDADE 10 30 Figura 10.9 - Perfil das velocidades em uma vertical Velocidade média UNIDADE 10 31 UNIDADE 10 32 Ou , ainda Supondo um distribuição logarítmica das velocidades em uma vertical, os coeficientes 𝛼 e 𝛽 podem ser expressos em função de uma relação entre as velocidades médias e máximas em uma seção de acordo com: 𝛼 = 1 + 3𝜀² − 2𝜀3 𝛽 = 1 + 𝜀² 𝑜𝑛𝑑𝑒 → 𝜀 = 𝑉𝑚𝑎𝑥 𝑉 - 1 UNIDADE 10 33 Exercício 1- Durante uma cheia, um vertedor de altura igual a 8,0 m e largura 5,0 m descarrega uma vazão de 22 m³/s. Os raios de curvatura do vertedor nos pontos A e C são, respectivamente, 1,20 m e 4,0 m. A calha (ponto B) tem uma inclinação de 90 %. Sabendo-se que no ponto A a lâmina d’água atinge 1,4 m de altura, e nos pontos B e C as velocidades de escoamento são 9,0 m/s e 13,0 m/s, respectivamente, pede-se calcular a pressão hidrostática nestes três pontos. UNIDADE 10 34 2 – E um canal retangular, com lâmina d’água de 1,5m de altura, forma efetuadas medições da velocidade de escoamento a 0,3 e 1,20 m de profundidade, obtendo-se respectivamente 1,50 e 0,90 m/s. Sabe-se que a velocidade superficial é de 1,4 m/s e supondo-se que a velocidade máxima seja 15% superior a esta, pede-se calcular para esta seção os parâmetros 𝛼 𝑒 𝛽. UNIDADE 10 35 UNIDADE 10 36 10.6 – Limites de velocidade Nos canais a velocidade média da água normalmente não se afasta de uma gama de valores não muito ampla, dois limites extremos são estabelecidos. UNIDADE 10 37 O número de Froude é um adimensional extremamente importante na Hidráulica, representando a razão entre as forcas inerciais e gravitacionais que atuam no escoamento. A caracterização dos regimes de escoamento quanto à energia é efetuada através do número de Froude (Fr), obtido a partir da equação de energia. 𝐹𝑟= 𝑉 𝑔 𝐴 𝐵 𝑉 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑔 = 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐴 = 𝑎𝑟𝑒𝑎 𝑚𝑜𝑙ℎ𝑎𝑑𝑎 𝐵 = 𝑙𝑎𝑟𝑔𝑢𝑟𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 UNIDADE 10 38 10.7 – Número de Froude Quando: UNIDADE 10 39 𝐹𝑟 = 1 → 𝑟𝑒𝑔𝑖𝑚𝑒 𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑜 → (𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑎) 𝐹𝑟 < 1 → 𝑟𝑒𝑔𝑖𝑚𝑒 𝑠𝑢𝑏𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑜 → (𝑓𝑙𝑢𝑣𝑖𝑎𝑙) 𝐹𝑟 > 1 → 𝑟𝑒𝑔𝑖𝑚𝑒 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑐𝑟𝑖𝑡𝑖𝑐𝑜 → (𝑡𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙) Exercício Um canal retangular com base de 5 m transporta uma vazão de 10 m³/s entre os pontos 1 e 2, em uma extensão de 1 km e desnível de 13m. Sabendo-se que a profundidade a montante é de 1 m e a velocidade a jusante é igual à 3 m/s, pede-se calcular o número de Froude nos pontos 1 e 2. UNIDADE 10 40 10.8 - Equação geral da Resistência Considere um trecho de comprimento unitário. O movimento sendo uniforme, a velocidade mantên-se à custa da declividade do fundo do canal. Sendo 𝛾 o peso específico da massa líquida, a força que produz o movimento será a componente tangencial do peso do líquido: UNIDADE 10 41 𝐹 = 𝛾𝐴𝑠𝑒𝑛 𝛼 Sendo o movimento uniforme, deve haver equilíbrio entre as forças aceleradoras e retardadoras, de modo que a força F deve contrabalançar a resistência oposta ao escoamento pela resultante dos atritos. Essa resistência ao escoamento pode ser considerada proporcional ao seguinte fatores: Peso específico do líquido Perímetro molhado Comprimento do canal Uma certa função da velocidade média, resistência = 𝛾𝑃𝜑(𝑣) UNIDADE 10 42 Igualando as expressões : 𝛾𝐴𝑠𝑒𝑛𝛼 = 𝛾𝑃𝜑(𝑣) Na prática, em geral, a declividade dos canais é relativamente pequena, permitindo que: 𝑠𝑒𝑛𝛼 ≅ 𝑡𝑔𝛼 = 𝐼 𝑑𝑒𝑐𝑙𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐴 𝑃 I=𝜑(𝑣) 𝑅𝐻I = 𝜑(𝑣) → 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑔𝑒𝑟𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 UNIDADE 10 43 Esta é a equação fundamental do escoamento permanente uniforme em canais: 𝑉 = 𝐶 𝑅𝐻𝐼 em que C = coeficiente de rugosidade de Chézy ou coeficiente de resistência Esta equação é indicada para os escoamentos turbulentos rugosos em canais. UNIDADE 10 44 10.9 – Fórmula de Chézy Para conduto circular, funcionando totalmente cheios ou à meia seção, o raio hidráulico é igual a D/4. 𝑉2 = 𝐶2 𝐷 4 𝐼 𝑉2 = 𝐶2 𝐷 4 𝐽 Da equação universal ℎ𝑓 = 𝑓𝑉2𝑙 2𝑔𝐷 𝐶 = 8𝑔 𝑓 e 𝑓 = 8𝑔 𝐶2 UNIDADE 10 45 1.9.1 – Fórmula de Chézy com coeficiente de Manning É a mais utilizada por ter sido experimentado em canais de todas as dimensões com resultados coerentes. 𝐶 = 𝑅ℎ 6 /𝑛 UNIDADE 10 46 𝑉 = 1 𝑛 𝑅ℎ 2 3 𝐼 1 2 𝐴𝑅ℎ 2/3 = 𝑛𝑄 𝐼 UNIDADE 10 47 Valores de n – Fórmula de Manning UNIDADE 10 48 Exercício Calcular a altura de água y em um canal, cuja seção transversal tem a forma abaixo. A vazão é 0,2 m³/s. A declividade longitudinal é 0,0004. O coeficiente de rugosidade n, da fórmula de Manning é 0,013. UNIDADE 10 49 Da equação de Hazen-Williams para condutos forcados, fazendo: J = I D/4 = Rh Temos : 𝑉 = 0,85𝐶𝑅ℎ 0,63𝐼0,54 𝑉 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚é𝑑𝑖𝑎 ,𝑚/𝑠 𝐶 = 𝑐𝑜𝑒𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖𝑐𝑜𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑅ℎ = 𝑟𝑎𝑖𝑜 ℎ𝑖𝑑𝑟á𝑢𝑙𝑖𝑐𝑜 𝐼 = 𝑑𝑒𝑐𝑙𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑣𝑒𝑙 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠𝑎𝑜 𝑑𝑎 𝑡𝑢𝑏𝑢𝑙𝑎𝑐𝑎𝑜 Que pode ser utilizada no dimensionamento de canais. UNIDADE 10 50 10.10 – Fórmula de Hazen-Williams OBS: Todas as fórmulas indicadas são usadas para o cálculo hidráulico de escoamento livre em condutos à meia seção ou seção plena. O raio hidráulico para condutos circulares à meia seção como à seção plena, é o mesmo, bem como a velocidade, para a mesma declividade. UNIDADE 10 51 10.11 – Estudo dos Condutos Circulares Parcialmente Cheios Conquanto o escoamento ocorra com superfície livre, ou seja, à pressão atmosférica, o conduto é operacionalmente um canal ou um conduto livre, independente de sua forma. Os condutos circulares parcialmente cheios são de interesse por terem vasta aplicação para esgotos, bueiros, galerias pluviais e drenos. As equações usadas para dimensionamentos são duas formas derivadas da equação de Manning, apropriada para esses casos, conforme descrição a seguir: UNIDADE 10 52 UNIDADE 10 53 Para escoamento a Meia Seção Para escoamento a Seção Plena UNIDADE 10 54 Para condutos parcialmente cheios UNIDADE 10 55 Seções circulares e semicirculares – são as que apresentam o menor perímetro molhado e o maior raio hidráulico por unidade de área do conduto. São, por isso, seções econômicas ideais. Velocidade máxima - 𝑦 = 0,81𝐷 → (conduto circular) Vazão máxima - 𝑦 = 0,95𝐷 → também ocorre com o conduto parcialmente cheio. UNIDADE 10 56 10.12 – Seções Econômicas Seções Retangular – Geralmente adotada nos canais de concreto e nos canais abertos em rocha. É mais favorável