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Estudo Dirigido de CH2 para AP2

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Estudo dirigido de CH2 para AP2
Aula 17
Descreva as características estruturais do duodeno, relacionadas a absorção de nutrientes.
O poder absortivo do duodeno pode ser caracterizado, em primeiro lugar, pela existência de um epitélio simples revestindo a mucosa. Em segundo lugar, pela presença de um rico pregueado mucoso. Em um segundo nível, vemos uma grande extensão de microvilos e de criptas que ampliam cerca de trinta vezes a área de superfície. Finalmente, a presença de microvilos na superfície das células de revestimento amplia cerca de seiscentas vezes essa área de absorção. Mas, a despeito dessa área, a absorção de nutrientes do duodeno é muito pequena. O principal transporte, neste nível, é de água e de eletrólitos. A razão disso é muito simples: no pequeno comprimento do segmento duodenal, ou seja, 20cm de tubo intestinal, a digestão e a absorção ficam reduzidas, devido à rápida passagem do conteúdo 
Qual a importância do CMM (Complexo Motor Migratório)?
A musculatura do duodeno age na mistura do quimo com a bile e com o suco pancreático. No período interdigestivo, quando a luz duodenal está desprovida de alimento, existe uma onda de contração que se propaga por todo o intestino delgado. Essa onda é o CMM. CMM se repete em intervalos de noventa minutos. A ingestão de alimentos inibe a geração desta onda. A função do CMM parece estar relacionada com a “limpeza” do intestino de restos alimentares não digeridos de refeições anteriores.
Como é regulada a motilidade do duodeno?
A motilidade do duodeno é regulada pela ação do sistema nervoso autônomo (acetilcolina) e pela ação de hormônios gastrointestinais excitadores como a gastrina, a colecistoquinina (CCK) e a motilina. Em contrapartida, a secretina, o GIP e a somatostatina inibem a atividade motora intestinal. 
Qual a importância do duodeno no controle do esvaziamento do estômago?
Quando o quimo é enviado ao duodeno, ele produz estímulos mecânicos (distensão) e químicos (osmolaridade e acidez). Esses estímulos são captados por receptores da mucosa duodenal e, assim enviados ao estômago. Esse processo envolvem a presença de neurônios inibidores da musculatura gástrica e hormônios intestinais como a colecistoquinina (CCK), a secretina e a somatostatina podem contribuir para a supressão dos movimentos do estômago. Esse sistema permite que o duodeno seja capaz de controlar o esvaziamento do estômago. A lentidão do esvaziamento do estômago, controlada pelo duodeno, faz com que o quimo passe mais lentamente pelo duodeno, o que permite o duodeno ter tempo suficiente para regular o Ph e a osmolaridade do quimo.
Qual a principal função do duodeno e como essa função é executada?
A principal função do duodeno é neutralizar a acidez e a osmolaridade do quimo, proveniente do estômago. A neutralização da acidez é possível graças à secreção de substâncias pelas glândulas de Brünner e à secreção de bicarbonato de sódio pelo pâncreas, na luz duodenal. A entrada do quimo no duodeno provoca um aumento da pressão osmótica, atraindo água para a luz duodenal. Quando a digestão vai se completando e as moléculas (glicose, maltose, aminoácidos) vão sendo absorvidas, reduz-se a osmolaridade luminal, e assim a água será reabsorvida para o sangue. 
O que ocorre quando esvaziamento gástrico é muito rápido?
A correção da osmolaridade duodenal exige uma rápida e intensa secreção de água, o que pode trazer problemas para as pessoas nestas condições, como mal-estar e desmaios.
Como a bile é produzida e de que forma chega ao duodeno? (Importante)
A bile é produzida no baço, processada no fígado, armazenada na vesícula biliar e age no duodeno. Por meio da veia porta, o fígado recebe nutrientes absorvidos no tudo digestivo, a insulina do pâncreas (armazenamento de glicose) e os produtos da destruição das hemácias (provenientes do baço). A destruição das hemácias e a conseqüente liberação da hemoglobina permitirão que os hepatócitos produzam a bile. 
A secreção biliar é composta por água, eletrólitos, ácidos biliares, colesterol, fosfolipídios e bilirrubina que agem na digestão. 
As substâncias componentes da bile são lançadas na luz duodenal e atuam na digestão e na absorção de lipídios da dieta, de duas formas: a primeira está relacionada ao poder detergente dos ácidos biliares, isto é, eles EMULSIFICAM os grandes aglomerados lipídicos e os transformam em partículas menores, conhecidas como MICELAS. As micelas possuem uma área maior para a ação das lipases pancreáticas que, assim, podem atuar, mais eficientemente, na digestão das gorduras. Em segundo lugar, a presença da bile torna os lipídios solúveis em água no meio intestinal, facilitando, por este mecanismo, a sua digestão e absorção. A absorção dos lipídios é acompanhada de uma absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K).
Qual a importância da Bile na digestão de lipídios? (Importante)
A bile tem um importante papel de emulsificar os lipídios (gorduras). Esses são insolúveis em água, o que dificulta sua digestão, visto que há muita água na luz intestinal. Dessa forma, a bile age transformando moléculas de lipídios em pequenas micelas, o que permite a ação de outras enzimas digestivas como a lípase, a fosfolipase e a hidrolase, por exemplo. Assim serão produzidos colesterol e ácidos graxos que serão absorvidos na mucosa do intestino.
	
Suponha que a via biliar seja obstruída e que esta obstrução seja prolongada. Assim, a bile, normalmente produzida no fígado, não é capaz de chegar ao duodeno. Que problemas você acha que ocorrerão pela ausência da bile no duodeno, considerando as funções digestivas (digestão e absorção)? (Importante)
A bile não chegaria ao duodeno e, conseqüentemente, suas ações seriam impedidas. Não haveria a emulsificação das gorduras, reduzindo a ação das enzimas pancreáticas sobre o conteúdo lipídico do quimo. Além do mais, estes lipídios não poderiam ser solubilizados pelos ácidos biliares que, neste caso, estariam ausentes. Assim, ficaria comprometida a digestão dos lipídios e haveria um impedimento da sua absorção intestinal (bem como das vitaminas A, D, E e K). Os lipídios seriam eliminados do organismo pelas fezes, com perda nutritiva. O elevado poder osmolar dos lipídios, não digeridos, atrairia água para a luz intestinal, promovendo quadros de diarréia.
Qual a composição da bile?
Por bilirrubina (o pigmento biliar), o colesterol e os ácidos biliares. 
Bilirrubna ( Cerca de 80% da bilirrubina do organismo provém do processo de degradação da hemoglobina, a partir da destruição das hemácias mais velhas no interior do baço. A bilirrubina é uma substância insolúvel em água (sangue), ela deve ser ligada a uma proteína do plasma (albumina). O aumento da concentração da bilirrubina (conjugada, não-conjugada e total) no sangue, provocado por inúmeras causas (como as hepatites), leva ao acúmulo deste pigmento biliar na pele e na conjuntiva dos olhos (parte branca). O indivíduo acometido passa a apresentar uma forte coloração amarelada nestas regiões.
 
Colesterol ( é um álcool que pode ser esterificado. A esterificação é uma reação química resultante da combinação de um álcool com um ácido. Neste caso, o colesterol é esterificado ao se combinar com um ácido graxo. Embora não seja um lipídio, o colesterol comporta-se dessa forma, sendo uma substância oleosa e insolúvel em água (e difícil de remover se formar um depósito). 
Sendo insolúvel em água, o colesterol deve ser transportado, no sangue, associado a dois tipos de proteína conhecidos como lipoproteínas. As lipoproteínas envolvidas na solubilização do colesterol são as de baixa densidade (LDL = low-density lipoproteins) e de alta densidade (HDL = high-density lipoproteins). Assim, LDL e HDL são proteínas transportadoras e não lipídios. Em cada uma destas proteínas carreadoras, existe um receptor ao qual o colesterol se liga e, assim, ele se torna hidrossolúvel, podendo ser transportado pela corrente sanguínea. Além de provocar as doenças cardiovasculares que referimos,
o colesterol ainda pode se precipitar na bile e formar cálculos que, em muitos casos, provocam obstrução das vias biliares.
O colesterol está presente na estrutura das membranas celulares e auxilia no controle da sua permeabilidade. Participa, ainda, da síntese da vitamina D e de hormônios esteróides e age na produção dos ácidos biliares, que agem na digestão e na absorção dos lipídios. 
Como o colesterol é eliminado do organismo?
Após a sua síntese hepática ou a ingestão através dos alimentos, o colesterol começa a fazer parte de hormônios, vitamina D, membranas celulares e converte-se em ácidos biliares que são eliminados nas fezes. Assim, apenas uma determinada parte permanece circulando no sangue, na forma de colesterol ligado às lipoproteínas.
Explique como é possível que uma pessoa, mesmo mantendo vida saudável, com reduzida quantidade de gordura, apresente um aumento do colesterol em seu sangue.
O colesterol da nossa dieta corresponde a 20% de todo o colesterol do nosso organismo. O aumento do colesterol pode se dever a fatores primários, como a alimentação rica em gordura, sedentarismo, uso excessivo de álcool e estresse. Contudo, 80% do colesterol provém de síntese hepática (metabolismo). Assim, o diabetes melito, o hipotireodismo e as doenças hepáticas e renais podem estar envolvidos com o aumento do colesterol. Outro motivo, também pode ser a ocorrência de doenças genéticas (história familiar), alterando a atividade das enzimas do fígado e promovendo um aumento na produção do colesterol ou, mesmo, na síntese das lipoproteínas carreadoras. 
Como a bile chega ao intestino?
A bile não entra no duodeno vindo diretamente do fígado. Na desembocadura do ducto colédoco no duodeno, existe um esfíncter denominado esfíncter hepatopancreático (ESFÍNCTER DE ODDI), que, no intervalo entre as refeições encontra-se fechado. A bile, então, ao chegar a esta zona, não consegue atingir a luz intestinal e retorna pelo ducto colédoco (de onde veio), desviando-se em seu caminho de volta para uma via alternativa: o ducto cístico. Este novo ducto vai dar em um grande reservatório de bile chamado vesícula biliar. Deste modo, no período interdigestivo, a bile fica armazenada em seu interior. Durante essa hospedagem na vesícula, a bile é submetida a uma absorção de água e de eletrólitos, tornando-se mais espessa e mais escura (verde-escuro). Estima-se que a bile seja concentrada cerca de 400% na vesícula biliar. 
Contudo, quando o alimento chega ao duodeno ocorre um estímulo na mucosa duodenal que provoca a contração da musculatura lisa da vesícula biliar e um relaxamento do esfíncter de Oddi e, finalmente, um fluxo de bile chegará ao duodeno. 
Durante o jejum, o fluxo de bile é bem lento, e ela é desviada para a vesícula biliar a fim de ser armazenada e concentrada. Quando o quimo entra no duodeno, o HCl, as gorduras e as proteínas (parcialmente digeridas) estimulam a secreção da colecistoquinina e da secretina. A colecistoquinina (CCK) é liberada em resposta ao conteúdo lipídico do quimo e estimula a contração da vesícula biliar e o relaxamento do esfíncter de Oddi (esfíncter hepatopancreático). Assim, a bile é ejetada no duodeno. A secretina, em particular, é liberada em resposta ao ácido clorídrico no duodeno. Sob a ação do ácido, ela estimula as células dos ductos biliares a secretaram bicarbonato e água que expandem o volume da bile e aumentam o fluxo de secreções no intestino.
Embora o estômago inicie a digestão protéica, é no intestino delgado que o alimento sofre o maior processo digestivo, não só de proteínas, mas também de carboidratos e lipídios. Uma feijoada tem alto teor de gorduras. Como o pâncreas e a vesícula biliar participam do processo digestivo dessas gorduras? (AP2 2006-1)
A presença de proteínas e gorduras libera colecistoquinina pelo intestino, que estimula a secreção de enzimas pancreáticas e também a liberação de bile por contração da vesícula. A vesícula biliar armazena a bile produzida no fígado. Ela apresenta sais biliares que promovem a emulsificação das gorduras no duodeno, formando micelas que permitem áreas de interface para ação de proteínas (enzimas), que são substâncias hidrofílicas. Assim, a ação de enzimas lipolíticas, como lípases, fosfolipases e colesterol-esterase, pode ocorrer, facilitando a digestão e conseqüente absorção das gorduras. Esse processo também ajuda na condução e absorção de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K).
Um grande número de pessoas, devido principalmente a inflamações ou à presença de cálculos biliares, tem a sua vesícula biliar removida por meio de uma cirurgia denominada colecistectomia. Após ser submetido a este tipo de cirurgia, como você acha que a bile chegará ao duodeno, na ausência da vesícula biliar? Haverá a digestão normal dos lipídios? Os pacientes deverão entrar em algum tipo de dieta? 
	Existe um fluxo contínuo e lento de bile no duodeno e uma quantidade apreciável de bile estava sendo armazenada (e modificada) na vesícula biliar para uma futura ejeção, quando o alimento chegasse ao duodeno. Contudo, como o volume de bile é pequeno e contínuo, é necessário que não exista uma grande quantidade de gordura no duodeno, pois, nestes casos, não há como ejetar uma carga extra de bile. Assim, dietas com reduzido teor de gorduras são essenciais para que a função se normalize.
Como é produzido o suco pancreático?
O pâncreas é uma glândula mista, ou seja, produz secreções internas (hormônios) e externas (enzimas digestivas). A unidade funcional do pâncreas exócrino é o ácino, que consistem em uma estrutura composta por um cordão de células que secretam o suco pancreático. O suco pancreático que drena na luz do duodeno é composto por uma mistura de dois tipos de secreção: uma mais viscosa, rica em enzimas, e outra mais aquosa, constituída por um fluido alcalino. 
Como o suco pancreático chega ao duodeno?
O suco pancreático, chegando ao duodeno, é misturado com o quimo, proveniente do estômago, pela ação da musculatura lisa duodenal. As secreções alcalinas, provenientes do pâncreas, da bile e de secreções da própria parede intestinal, neutralizam o HCl que chega com o quimo.
Este tamponamento do ácido é importante por três razões básicas: as enzimas pancreáticas exigem um pH neutro ou alcalino para a sua ativação; a absorção de gorduras no intestino depende da formação de micelas, processo que exige um ambiente alcalino; proteção da mucosa duodenal contra o excesso de ácido.
Existem dois tipos de secreção pancreática: alcalina e enzimática. Quais os principais estímulos para cada um dos tipos de secreção? Que células pancreáticas secretam HCO3 e enzimas? Quais as ações neuronais e hormonais que produzem cada um dos tipos de secreção? (Importante)
A secreção alcalina é produzida pelas células centroacinares e ductais e aumenta por uma ação neural dos neurônios extrínsecos. A secretina é responsável pela estimulação hormonal da secreção alcalina. A redução do pH (ácidos) do duodeno é o estímulo mais importante para a produção de secretina. Nas fases cefálica ou gástrica da digestão, os neurônios são capazes de prover uma secreção de HCO3 pelas células centroacinares e ductais. Em relação à secreção enzimática, o sistema nervoso tem uma atividade estimulante neste tipo de secreção pancreática. A ação hormonal é realizada pela colecistoquinina (CCK) e pela somatostatina. A secreção enzimática é liberada em resposta à presença de lipídios e de peptídeos no duodeno. Estas substâncias provocam a liberação de CCK no sangue, a partir das células enteroendócrinas das paredes do duodeno.
O pâncreas tem uma função importante no processo digestivo, por produzir bicarbonato e enzimas digestivas. Sua secreção depende de fatores vindos do intestino. Comente a regulação da secreção pancreática durante o processo digestivo. (AP3 2006-2)
O intestino produz dois hormônios que regulam a secreção pancreática: secretina e colecistoquinina. A secretina é liberada sempre que entra no duodeno
um bolo alimentar hiperosmótico e ácido; ela estimula a secreção hidro-eletrolítica do pâncreas. A colecistoquinina é estimulada por conteúdo alimentar rico em proteínas e sobretudo gorduras; ela estimula a secreção enzimática do pâncreas.
Descreva as etapas do processo digestivo que ocorrem no duodeno. (Importante)
O duodeno recebe o quimo do estômago, com elevado poder osmolar e ácido. Assim, ele neutraliza tais efeitos, por meio das secreções de líquidos alcalinos. A bile e o suco pancreático que são lançados no duodeno atuam sobre o substrato alimentar, digerindo glicídios, lipídios e proteínas. A bile, constituída basicamente de bilirrubina, ácidos biliares, colesterol, água e eletrólitos, é ejetada no duodeno, após sofrer uma concentração na vesícula biliar e, além de facilitar a ação das lipases pancreáticas, é responsável pela coloração das fezes e da urina. O pâncreas lança no duodeno dois tipos de secreção: alcalina (mais fluida) e enzimática (mais viscosa) e, desta forma, as enzimas secretadas pelos ácinos do pâncreas são ativadas e agem na digestão dos nutrientes. 
Aula 18
Por onde e para onde serão levadas as substâncias absorvidas no intestino delgado? Como ocorre o fim da digestão?
Através dos sete metros de tubo intestinal, ocorre a digestão e a absorção dos nutrientes. Os produtos absorvidos serão enviados ao fígado, através do sistema porta e dos vasos linfáticos. As enzimas pancreáticas, secretadas junto com a bile no duodeno, continuam agindo sobre as proteínas, os glicídios e os lipídios durante o trânsito do alimento pelo jejuno e pelo íleo. O processo digestivo vai ser completado no intestino grosso, em função da ação das enzimas presentes nas bactérias da flora intestinal.
O que é e qual a importância do apêndice?
O apêndice vermiforme é um pequeno tubo com 10cm de comprimento, associado ao ceco e que tem esse nome pela semelhança com um verme. Ele possui em sua estrutura uma grande quantidade de linfócitos. Por isso, ele age como se fosse uma verdadeira amígdala de proteção” na entrada do intestino grosso.
Quais as principais diferenças entre intestino delgado e grosso?
O intestino grosso, com cerca de 1,5m de comprimento, possui menor quantidade de vasos sangüíneos do que o delgado, mas maior quantidade de linfonodos. Contudo, as características que melhor permitem diferenciar o intestino grosso (desde o ceco até o sigmóide) é a presença das TÊNIAS e das saculações (HAUSTROS). Além disso, na superfície externa do intestino grosso, encontramos depósitos de gordura. A mucosa do intestino delgado é toda pregueada.
Como se caracteriza a superfície da mucosa interna do intestino delgado?
O segmento intestinal é suprido por um grande número de artérias, de veias e de tecido linfático, e você já deve ter percebido que esta rica vascularização é essencial para dar suporte aos processos digestivos e absortivos. Além disso, existe uma grande rede de neurônios que se distribuem amplamente em todo o trajeto intestinal. Esta densa rede neuronal, como você já entendeu de outras aulas, é essencial no controle das funções motora e secretora pelo sistema nervoso.
Explique os padrões de motilidade intestinal. Quais as conseqüências desses movimentos?
Existem dois padrões distintos de motilidade: 
O primeiro pode ser observado nos períodos interdigestivos e caracteriza-se pela existência de dois eventos: as ondas lentas, geradas no marca-passo do estômago e o Complexo Motor Migratório (CMM).
O segundo tipo de padrão motor manifesta-se com a chegada do alimento ao estômago. Nestas condições, dois tipos de atividade motora podem ser registrados: as contrações de segmentação (que trituram e misturam o conteúdo) e o peristaltismo (que provoca a progressão distal deste conteúdo).
Quais hormônios estão envolvidos na motilidade intestinal e como o sistema nervoso entérico controla os movimentos intestinais? (importante)
A CCK (colescistoquinina) mostra um efeito de acelerar o trânsito intestinal, incluindo a atividade motora do colo, enquanto o VIP (peptídeo vasoativo intestinal) retarda. A acetilcolina é, sem dúvida, o principal transmissor excitatório da musculatura lisa intestinal.
O sistema nervoso entérico exerce um controle local em relação à mistura e à atividade peristáltica, propulsora, do intestino delgado. Quando o conteúdo alimentar está presente na luz do tubo, ocorre a estimulação (mecânica ou química) de receptores e de neurônios aferentes.
Caracterize a motilidade do intestino grosso e o processamento do bolo alimentar.
Observamos quatro tipos de atividade motora no intestino grosso:
1. As contrações de segmentação que misturam o conteúdo, presentes, especialmente, nas porções onde ocorre algum tipo de absorção.
2. As contrações antiperistálticas que se propagam em direção ao íleo e que serve para retardar a progressão do conteúdo luminal ao longo do colo, criando um mecanismo adicional de absorção de água e de eletrólitos.
3. A atividade peristáltica que faz o conteúdo progredir. 
4. As contrações em massa, um tipo de motilidade típica do colo, também conhecidas como contrações migratórias gigantes que eliminam o conteúdo por meio das fezes (defecação).
Porque e como ocorre o reflexo da defecação logo após o café da manhã? (importante)
Nos períodos interdigestivos, o colo fica em repouso. Mas podemos observar aquela vontade de ir ao banheiro logo após o café da manhã. O que ocorre é chamado de reflexo gastrocólico. Após a chegada do alimento ao estômago, a motilidade do colo aumenta, devido à presença de sinais que se propagam através do sistema nervoso entérico. Devido a esses sinais, o conteúdo do sigmóide chega ao reto, estimulando, o reflexo da defecação. Várias vezes por dia, os movimentos em massa conduzem fezes ao reto que, normalmente, está vazio.
Os sinais trafegam pelos neurônios aferentes levando à medula sacral as informações sobre a distensão do reto (estímulo mecânico). Após uma integração medular, os sinais retornam por neurônios eferentes, provocando contração do reto (em massa) e relaxamento do esfíncter interno. Assim, ocorre a defecação.
	
Na tentativa de regularizar o trânsito intestinal tem sido estimulado o uso de alimentos ricos em fibras. Como ocorre esse estímulo e a geração do reflexo da defecação? (ED 2006-2)
Quando uma pessoa ingere alimentos vegetais, ricos em fibras, essas não são digeridas nem absorvidas, aumentando o volume do bolo alimentar. Ocorre distensão da parede intestinal, estimulação do plexo mioentérico com conseqüente surgimento do peristaltismo. Além do peristaltismo no delgado, surgem reflexos duodeno-cólicos que estimulam a contratilidade no intestino grosso. Os movimentos no intestino grosso empurram o bolo fecal em direção ao reto, gerando o reflexo da defecação.
Porque o estresse pode causar diarréia? (importante)
Isto ocorre pela influência que o cérebro exerce sobre a atividade motora do intestino grosso, envolvendo a estimulação de neurônios sacrais e aumentando a motilidade do intestino.
Explique como ocorre a digestão dos carboidratos (açúcares). (Importante)
Existem dois tipos principais de açúcar: os monossacarídeos e os dissacarídeos. Os dissacarídeos são processados pelas enzimas digestivas no intestino e absorvidos como monossacarídeos.
A principal fonte de carboidrato da dieta é o amido, presente nos vegetais. A amilase (salivar e pancreática) é a enzima responsável pela digestão do amido, produzindo a maltose (2 moléculas de glicose) e a maltotriose (um trissacarídeo).
A celulose (um polissacarídeo), e substâncias análogas, não são digeridas no tubo digestivo humano e, assim, a elas passam através do intestino como fibras não digeridas e são eliminadas nas fezes. Contudo, a ingestão de celulose é importante pelo estímulo que suas fibras provocam na mucosa do tubo intestinal, facilitando os movimentos peristálticos.
Além do amido, ingerimos glicídios provenientes do leite (lactose) e o açúcar comum (sucrose).
As enzimas específicas convertem estes carboidratos em glicose, galactose e frutose. Assim, a digestão produz os monossacarídeos que serão, finalmente, absorvidos no intestino.
Explique como ocorre a digestão de proteínas. (Importante)
O estômago é responsável pela digestão de 30% das proteínas, em função da ação da pepsina. Mas a maior parte das proteínas da dieta entra no duodeno com o quimo, onde serão digeridas pela ação das proteases pancreáticas. Essas enzimas são secretadas pelo pâncreas na suas formas inativas e são ativadas quando chegam no intestino delgado, mais especificamente no duodeno. O resultado da digestão dessas proteínas serão aas e dipeptídeos, que serão absorvidos pelo epitélio intestinal.
Como ocorre a digestão de lipídios? (Importante)
Os lipídios da dieta são compostos por GORDURAS SATURADAS E INSATURADAS. Durante a digestão, as gorduras são clivadas, produzindo ácidos graxos e glicerídeos ligados a um, formando mono, di ou triglicerídeos. Os lipídios da dieta incluem os triglicerídeos, o colesterol e os fosfolipídios. Um fator que dificulta a digestão lipídica é a sua insolubilidade em água. Como a luz intestinal é rica em água, os lipídios devem ser solubilizados antes de serem processados. Neste contexto, entra em ação a bile, que irá agir sobre esses lipídios, transformando-os em pequenas micelas, facilitando a ação das demais enzimas.
A digestão de lipídios é realizada pela ação de três enzimas pancreáticas: a lipase, a hidrolase do éster do colesterol e a fosfolipase. Dessa forma, são produzidos o colesterol, a lisolecitina e os ácidos graxos que, em seguida, serão absorvidos no trajeto do tubo intestinal.
Comente sobre a absorção no intestino delgado.
Praticamente todos os nutrientes, provenientes da dieta, são absorvidos pela mucosa do intestino delgado. Assim, além da água e dos eletrólitos, o intestino delgado absorve os produtos da digestão de proteínas, de carboidratos e de lipídios.
Quais as funções do intestino grosso?
Dentre as funções do intestino grosso podemos destacar:
1. reabsorção de água e de eletrólitos a partir do conteúdo ileal;
2. formação e armazenamento das fezes;
3. fermentação bacteriana.
No intestino grosso ocorre a absorção de água, sódio e cloreto e a secreção de bicarbonato e de muco.
Qual a participação da bactérias da flora instestinal no processo digestivo?
Fermentação (ação enzimática) de resíduos da dieta; 2. produção de energia por meio dos ácidos graxos de cadeia curta; 3. proteção contra a colonização e invasão de microorganismos estranhos e nocivos e 4. Desenvolvimento e estimulação da defesa imune. Dois processos digestivos ocorrem mediados pelas bactérias, a digestão de carboidratos não digeridos no intestino delgado e a síntese de vitamina K e de parte de vitaminas do complexo B.
Aula 21
Como funciona a glândula tireóide e que hormônios ela produz?
As células foliculares, que formam o epitélio folicular, são estimuladas pelo hormônio tireotrófi co hipofi sário (TSH) e são responsáveis pela secreção dos principais hormônios tireóideos: o T3 e o T4.
As células foliculares tendem a se tornar mais altas quanto mais estimuladas. O que gera o Bócio é o aumento da quantidade de TSH, hormônio que estimula a glândula tireóide. Quando mais estimuladas, mais altas ficam as células foliculares da tireóide.
O que acontece com um indivíduo que tem baixa ingestão de iodo? (Ap2)
Com a baixa ingestão de iodo, o aporte de iodo à tiróide diminui. Não ocorre iodação efetiva das iodotirosinas presentes na molécula de tireoglobulina e a síntese de T3 e T4 diminuem. Os níveis de hormônios tiroideos (HT) no sangue também diminuem. O indivíduo passa a ter sonolência, raciocínio lento e se for criança tem baixo desenvolvimento intelectual, porque os HT participam no desenvolvimento do sistema nervoso, além de estimular a função neuronal. Além disso, pode haver retardo do desenvolvimento ósseo, no caso de crianças, com retardo do crescimento. O metabolismo fica mais lento, há diminuição da termogênese, podendo haver aumento de peso e intolerância ao frio. Como os HT estão baixos, o hormônio hipofisário, TSH, aumenta e estimula o crescimento da tiróide, gerando o bócio.
Quais os efeitos dos hormônios tireoidianos no organismo? (Importante)
Na Vida intra-uterina tem ação na Maturação neuronal, Maturação óssea, Maturação pulmonar. Após o nascimento continuam participando da maturação óssea, são indispensáveis ao crescimento adequado durante a infância e juventude pois tem efeito é permissivo para a secreção do hormônio do crescimento (GH). São importantes para a termogênese, visto que tem efeitos em muitos tecidos, acelerando quase todos os processos metabólicos, sejam eles de síntese ou de degradação, o que gera calor. 
No sistema cardiovascular, os hormônios tireoidianos, aumentam a força de contração dos músculos cardíacos, aumentam o tônus dos vasos periféricos. No intestino, aumenta sua motilidade e aumenta a absorção de nutrientes. No tecido adiposo, aumenta a lipólise. No tecido hematopoiético, estimulando a formação de novas hemácias.
Que alterações você esperaria encontrar nesta criança de quatro anos de idade que apresente hipotireoidismo? (importante)
Ainda na vida instrauterina, essa criança terá a maturação dos sistemas nervoso e ósseo prejudicada. Isto resultará em déficit intelectual, defeitos de coordenação motora após o nascimento. A capacidade de gerar calor (termogênese) estará diminuída, por desaceleração do ritmo metabólico em geral, tendo essa criança uma intolerância ao frio. Um outro sintoma é sonolência e lentidão de raciocínio, mas a característica visualmente mais marcante será a presença de bócio.
Baseado nos seus conhecimentos sobre os hormônios tiroideos, comente duas conseqüências do uso inadvertido e exagerado desses hormônios. (ED)
Essa resposta envolve a exacerbação dos efeitos dos HT, que podem ser:
efeito sobre o metabolismo basal - o indivíduo tem perda de peso;
efeito sobre o sistema nervoso – insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração
intolerância ao calor, sudorese intensa
efeito sobre o sistema nervoso autônomo – aceleração da freqüência cardíaca, tremor de extremidades.
	
Quais os efeitos dos Hormônios tireoidianos no metabolismo?
Os HT aceleram quase todos os processos metabólicos, sejam eles de síntese ou de degradação. Dentre os seus efeitos estão: aumento da síntese de ácidos graxos e também da sua degradação; aumento da absorção de glicose, da síntese e degradação; aumento da síntese e hidrólise de ATP.
Aula 22
Qual a relação das glândulas supra-renais com a resposta do organismo ao estresse? (Importante)
No estresse agudo, as catecolaminas, liberadas pela medula supra-renal, estimulam a mobilização de reservas de glicose (glicogênio) e de ácidos graxos (gordura, triglicerídeos) para produção de energia. Elas também preparam os sistemas cardiovascular, respiratório, gastrintestinal e os músculos para a atividade (presumivelmente) necessária para enfrentar a “emergência”. Já os corticosteróides, principalmente os glicocorticóides, liberados pelo córtex supra-renal, protegem o organismo das conseqüências da resposta (eventualmente excessiva) ao estresse. 
Comente como o organismo reage ao estresse, enfocando que substâncias são liberadas e os efeitos dessas substâncias para justificar a aceleração da freqüências cardíaca, a energia gerada para corrida e o aumento do campo visual. (AP2)
Em situação de estresse o organismo reage liberando noradrenalina pelo sistema nervosos simpático, adrenalina pela medula adrenal e cortisol pelo córtex da adrenal. As catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) tem efeitos sobre o marca-passo cardíaco aumentando a freqüência cardíaca. Elas também têm efeito no músculo ciliar, promovendo dilatação da pupila, ampliando o campo visual. A energia para a atividade muscular mais intensa é proveniente do aumento glicogenólise por ação das catecolaminas e da gliconeogênese
por ação do cortisol.
Quais os efeitos dos glicocorticóides que podem ser importantes na adaptação ao estresse? (Importante)
Para mobilizar reservas energéticas, são ativadas a glicogenólise, hepática e muscular, e a lipólise. Paralelamente à liberação de ácidos graxos, há a liberação de glicerol que, juntamente com o lactato liberado pelos músculos, é substrato para a neoglicogênese hepática. Mas esta só pode ocorrer se as suas enzimas-chave estiverem presentes em quantidades adequadas. Muitas das enzimas gliconeogênicas, assim como a glicose-6-fosforilase, que possibilita a saída de glicose do fígado para o sangue, são induzidas pelo cortisol. 
É também o cortisol que ativa a via cetogênica (formação de corpos cetônicos a partir de ácidos graxos), aumentando a disponibilidade de corpos cetônicos para consumo por coração e músculos. Assim, a glicose neoformada ficará disponível para os tecidos dela dependentes, como tecido nervoso, hemácias e alguns outros. O desvio do sangue para órgão vitais, como cérebro e coração, depende da vasoconstrição periférica e visceral e do aumento do ritmo/força de contração do coração, desencadeados pelo estímulo simpático graças ao cortisol.
Quais os principais efeitos das catecolaminas e do cortisol liberados em situações de estresse? (Importante)
Aumenta a eficiência de bombeamento do sangue pelo coração; Aumenta o fluxo sangüíneo para cérebro e coração (em alguns casos, também para musculatura esquelética) à custa da irrigação de vísceras, pele e mucosas, onde promove vasoconstrição; Aumenta a disponibilidade de glicose como substrato energético, mobilizando as reservas de glicogênio; Aumenta a lipólise, disponibilizando ácidos graxos como substratos energéticos e glicerol como substrato de gliconeogênese.
Quais os efeitos e quando o cortisol é liberado no organismo? (Importante)
Quando todos os nutrientes ingeridos já foram absorvidos do trato gastro-intestinal e devidamente processados pelo organismo, estamos na fase pós-absortiva, ou seja, em jejum. Nesta fase, a manutenção de um nível de nutrientes suficiente para as necessidades dos diversos tecidos vai depender da mobilização de reservas acumuladas durante a fase absortiva. Se esta fase de jejum for muito prolongada, o organismo lançará mão de diversos mecanismos para sustentar a nutrição dos tecidos/órgãos essenciais. Aí que entra em ação o cortisol.
Efeitos metabólicos: atua na manutenção da glicemia, operarando principalmente no fígado, nos músculos e nos adipócitos. No fígado, aumenta a gliconeogênese. Nos músculo, o cortisol diminui o transporte de glicose e sua oxidação, diminui a síntese de novas proteínas e estimula a degradação protéica. Nos adipócitos, diminui o transporte de glicose e sua oxidação. Tem, também, efeito permissivo para o efeito lipolítico de outros hormônios. 
Quais os efeitos cardiovasculares e renais dos glicocorticóides. (Importante)
Os glicocorticóides são necessários para a manutenção do tônus vascular e para possibilitar uma reposta adequada dos vasos a agentes vaso constritores. Aumenta a velocidade e força de contração do coração. Na falta de cortisol (ou de outro glicocorticóide), a manutenção da pressão arterial e a da circulação estão prejudicadas, porque o tônus vascular não é mantido, a resposta a agentes vasoconstritores está diminuída e a capacidade contrátil cardíaca não é capaz de responder adequadamente a esta situação. 
Nos rins, os glicocorticóides tem efeito no néfron mantém o ritmo de filtração glomerular e antagoniza o efeito do hormônio antidiurético, possibilitando a excreção adequada de água livre.
Quais os efeitos antiinflamatórios e imunossupressivos dos glicocorticóides? (Importante)
Diminuem as reações inflamatória e imunológica do organismo, inibindo a produção de citocinas pro-inflamatórias e estimulando a síntese de proteínas antiinflamatórias. 
Aula 23
 O envelhecimento leva a diminuição da ação da vitamina D no organismo. Explique o que essa situação pode causar no organismo e nos hormônios envolvidos no metabolismo de cálcio e fósforo. (ED3 2006-2)
O cálcio é absorvido no intestino delgado por um processo dependente de vitamina D. Quando esse hormônio não consegue agir, há diminuição da absorção de cálcio e os seus níveis sanguíneos caem. Com isso, há liberação do hormônio PTH pelas paratiróides, que agirá retirando cálcio do osso. Assim, a menor ação da vitamina D contribui para a diminuição da mineralização óssea por haver menor fornecimento de cálcio e por haver retirada dos estoques ósseos afim de garantir um nível satisfatório de cálcio no sangue. Esse controle dos níveis de cálcio no sangue são muito precisos pois ele participa de múltiplas funções celulares, sobretudo as atividades neuro-musculares.
Qual a relação entre cálcio e fosfato?
O cálcio e o fosfato, quando complexados, são responsáveis pela rigidez e resistência dos ossos, mas as formas não-complexadas destes íons diferem bastante em sua distribuição e funções.
Qual o efeito do paratormônio (PTH) nas células do osso?
O PTH no osso causa o aumento da reabsorção de células óssea, através do aumento do número de osteoclastos ativos nas superfícies ósseas. Em outras palavras, o PTH tem efeito catabólico no osso. Mas não são apenas os pré-osteoclastos que são ativados. Os pré-osteoblastos também são recrutados por ação do PTH. Este efeito do PTH resulta em aumento do número de osteoblastos que poderão tornar-se ativos quando passar o efeito do PTH.
Que acontece com o metabolismo ósseo e com os níveis de PTH quando há diminuição de cálcio no sangue? (ED3 2006-2)
Os níveis baixos de cálcio promovem a liberação de PTH pelas paratiróides. Eles agem no osso causando osteólise, com saída de cálcio e fósforo do osso para o sangue. Com isso, o osso fica desmineralizado, susceptível a fraturas. 
Explique as conseqüências para um indivíduo que tem restrição à exposição solar durante muito tempo.(ED4 2007-1)
A radiação ultravioleta é importante para a biossíntese da vitamina D. É recomendável que o indivíduo receba radiação nos horários da manhã cedo ou à tardinha, onde não há risco de formação de câncer de pele. Caso não haja síntese de vitamina D o cálcio não é absorvido satisfatoriamente no intestino. Haverá hipocalcemia e menor calcificação óssea. Quando na infância o quadro denomina-se raquitismo e no adulto é osteomalácia. O osso perde sua firmeza e ficam tortos com o peso do corpo (pernas arqueadas).
Aula 25
Quais os efeitos da insulina no metabolismo energético? (ED4 2007-1)
A insulina tanto pode ativar reações metabólicas, como glicogenogênese ou síntese de ácidos graxos, quanto pode inibir outras reações, como lipólise ou glicogenólise. Dentre seus efeitos podemos citar:
Aumenta a captação de glicose pelas células. No músculo em repouso e no adipócito, através do estímulo ao transportador GLUT-4. 
Aumenta a metabolização da Glicose, gerando ATP para a célula.
Aumenta a síntese de Glicogênio - Parte da glicose captada é transformada em glicogênio no fígado e músculo por ativação da glicogênio-sintase.
Promove aumento da captação de aminoácidos e síntese protéica, no fígado e músculo, e inibe a degradação de proteínas e oxidação de aminoácidos no músculo.
Aumenta a lipogênese, aumentando a síntese de triglicerídeos no fígado e adipócito. Não só sintetiza triglicerídeos, como armazena os triglicerídeos que foram sintetizados no fígado. A enzima lipoproteína-lipase é fundmaental para a lipogênese e é dependente de insulina. Além disso a insulina inibe a lipólise. A insulina inibe cetogênese (formação de corpos cetônicos), que ocorre quando há lipólise em excesso. 
Que resposta ocorre no organismo em situação de hipoglicemia? (ED4 2007-1)
Hormônios contrarreguladores à insulina, como o glucagon começam a agir. Há aumento da glicose no sangue, não só porque o glucagon é liberado mas também porque a insulina está baixa. O glucagon promove diminuição da metabolização da glicose e estimula
a glicogenólise, gliconeogênese e cetogênese no fígado. A glicose não é captada no músculo e tecido adiposo porque a insulina não está estimulando o transportador de glicose na membrana da célula (GLUT-4). O glucagon estimula a lipólise no fígado, tendo pouca ação no músculo e tecido adiposo.
Há liberação também de GH e cortisol que limitam a captação de glicose no músculo e tecido adiposo. O cortisol promove proteólise, fornecendo aminoácidos para a gliconeogênese hepática. O cortisol também estimula a cetogênense no fígado e aumenta o efeito lipolítico das catecolaminas (efeito permissivo), nos músculos ele acelera o catabolismo proteico. O GH também estimula a lipólise no tecido adiposo. As catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) promovem lipólise no tecido adiposo, além de glicogenólise muscular e hepática e cetogênese no fígado.
	Aula 26
Que hormônios participam na adptação do organismo a uma situação de jejum, ou seja, a queda dos níveis de glicose? (AP2 2006-1) (AP3 2006-2)
Numa situação de jejum a glicose no sangue está baixa e consequentemente há liberação de glucagon e inibição da insulina. Ocorrerá então numa primeira instância a glicogenólise hepática. Posteriormente outros efeitos como gliconeogênese, lipólise e cetogênese também acontecem. Se o jejum se perpetua há libera de outros hormônos contrarreguladores: catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), cortisol e GH.
O que ocorre com o metabolismo energético de uma pessoa que pratica exercícios físicos em jejum?(importante)
Em função do exercício, haverá aumento da liberação de catecolaminas que vai resultar em:
• bloqueio da liberação de insulina e estímulo à secreção de glucagon;
• aumento da lipólise (lembre-se de que as catecolaminas são os agentes lipolíticos mais eficientes do nosso organismo);
• aumento da glicogenólise hepática (diretamente, e em resposta ao glucagon) e no tecido muscular;
• maior estímulo às enzimas da via gliconeogênica hepática.
Em conseqüência destes efeitos há maior liberação de glicose pelo fígado, não só a partir da glicogenólise, mas também pela ativação da gliconeogênese a partir de substratos liberados pelos músculos e pelos adipócitos.
O que vai acontecer no metabolismo energético de uma pessoa assim que ela quebra o jejum? (Importante)
A produção/liberação de insulina. A partir do início da absorção dos nutrientes (carboidratos, lipídeos, proteínas) há liberação de vários hormônios gastrointestinais que também modulam positivamente a secreção de insulina. Uma vez iniciado o processo de absorção, o sangue que drena o intestino vai para o fígado e também faz um desvio, passando antes pelo pâncreas. O fígado então recebe o sangue enriquecido em nutrientes e nos hormônios que foram liberados pelas ilhotas pancreáticas. 
Ácidos graxos, corpos cetônicos e glicerol estão disponíveis em maior quantidade no organismo durante o jejum, quando os níveis de glicose estão baixos, pois essas são as reservas energéticas do organismo utilizadas em situações de catabolismo. Dessa forma, se a concentração de glicose aumenta em função da quebra do jejum, os níveis de Ácidos graxos, corpos cetônicos e glicerol irão cair.
		Aula 27
Como é feita a regulação endócrina do crescimento? (Importante)
O principal regulador do crescimento pós-natal é o hormônio do crescimento (GH), secretado pelas células da adeno-hipófise. 
Principalmente, à noite ocorrem pulsos de secreção de GH. Dentre os efeitos diretos, ele induz a diminuição da sensibilidade de vários tecidos (fígado, músculos e outros) à insulina, o que resulta em diminuição da depuração e da oxidação de glicose pelo organismo. Há, também, aumento do transporte de aminoácidos pela membrana celular (diafragma, coração, outros) e conseqüente aumento da síntese protéica.
Além do GH, quais outros hormônios são importantes para o crescimento? (Importante)
Dentre eles, estão a insulina, os hormônios tireóideos, os esteróides sexuais e o calcitriol. A insulina é essencial para o metabolismo adequado dos nutrientes. Os hormônios tireóideos, tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) são importantes para o crescimento pós-natal, embora tenham pouca influência no crescimento somático intra-uterino. A T3 tem efeito permissivo para a liberação de GH e um efeito direto nas cartilagens epifisárias, estimulando sua maturação e subseqüente substituição por tecido ósseo. A falta dos hormônios tireóideos na época pré-puberal resulta em retardo acentuado do crescimento linear dos ossos e da maturação do esqueleto. 
Os hormônios sexuais, androgênios e estrogênios não influenciam o crescimento normal antes da puberdade, mas o aumento dos níveis desses hormônios contribui de forma importante para o estirão da puberdade, aumento acentuado do ritmo de crescimento que é seguido da soldadura das cartilagens de conjugação e parada definitiva do crescimento longitudinal. Na falta dos hormônios sexuais, o ritmo de crescimento se mantém, embora lento.
O calcitriol é essencial para a mineralização do esqueleto, por estimular a absorção de cálcio e fosfato no intestino. Além disso, sua presença é necessária para que a osteogênese endocondral nos ossos longos ocorra corretamente e, assim, haja a gradativa substituição do molde cartilaginoso por tecido ósseo. A deficiência de qualquer um desses hormônios, ou a resistência a eles, produz um padrão de crescimento anormal, com ossos de densidade diminuída e imaturidade do esqueleto.
		Aula 28
Comente as funções das células de sertoli. (AP2 2006-1)
As células de Sertoli são fundamentais para a espermatogênese. Elas dão sustentação, nutrição e proteção às espermatogônias (barreira hemato-testicular), além de produzir a ABP. Essa proteína se liga à testosterona e garante altos níveis desse hormônio nos túbulos seminíferos, fundamental para a realização da espermatogênese e maturação dos espermatozóides formados.
O que é e qual é a importância da barreira hematotesticular? (Importante)
As membranas das células de sertoli adjacentes são unidas por junções oclusivas, o que forma uma barreira que divide o tubo seminífero em dois compartimentos, um mais interno e outro mais basal. Com essa divisão, os espermatozóides ficam num compartimento isolado dos capilares sanguíneos. Isso ocorre para que o sistema imune não seja avisado da presença dos espermatozóides, células que não existiam na infância e não foram apresentadas ao timo.
Que efeitos a testosterona promove no organismo masculino? (AP3 2006-2)
GABARITO: A testosterona estimula a formação das genitálias interna e externa masculinas durante o período embrionário. Na puberdade estimula o crescimento e desenvolvimento da genitália, o aparecimento de pêlos, o engrossamento da voz, o aumento da massa muscular, o crescimento acelerado dos ossos longos (estirão puberal), a produção de hemácias (estimula a eritropoietina) e a espermatogênese.
Sabendo-se que o anabolizante esteróide tem efeito semelhante à testosterona e que os hormônios hipofisários LH e FSH foram inibidos por eles, explique a diminuição dos espermatozóides. (ED4)
A espermatogênese é o processo de formação dos espermatozóides a partir das espermatogônias presentes nos túbulos seminíferos. As células de Sertoli ali presentes são importantes para garantir a nutrição, sustentação e proteção da linhagem espermática, além de produzir a proteína ABP que se liga a testosterona, garantindo altas concentrações desse hormônio nos túbulos seminíferos (rever as funções das células de Sertoli). O FSH estimula as funções das células de Sertoli. A testosterona é produzida pelas células de Leydig e promove estímulo à formação dos espermatozóides. Assim, a espermatogênese depende do FSH, LH e de altos níveis de testosterona dentro do testículo. O anabolizante esteróide não penetra nos testículos para promover esse efeito semelhante à testosterona (lembrar que as células de Sertoli são importante barreira entre o sangue e as espermatogônias). Contudo, a testosterona e também
o anabolizante promove inibição do eixo hipotálamo-hipófise diminuindo a secreção de LH e FSH. Assim, a formação de espermatozóides fica comprormetida.
		Aula 29
O que ocorre após a ovulação. Qual o principal hormônio produzido pelo corpo lúteo e que efeitos produz no organismo feminino? (AP3 2006-2)
O principal hormônio produzido pelo corpo lúteo é a progesterona. Ela promove aumento da vascularização do endométrio e da produção de glicogênio pelas células endometriais. Além disso, estimula os alvéolos mamários e inibe a contração do útero. Seus efeitos estão voltados para a nidação e o desenvolvimento da gravidez.
	Que eventos ocorrem na preparação do folículo para ovular (processo denominado foliculogênese)? (ap2 2006-1)
A foliculogênese se caracteriza pela processo de crescimento e maturação acelerados do folículo, preparando-o para ovulação. Inicia com o estabeleciemtno da menstruação e elevação de LH e FSH pela hipófise, sobretudo o FSH que rpomove crescimento das células foliculares e aumento da produção d estrogênio. Nessa fase vários folículos secundários são estimulados pelo FSH (fase de recrutamento), mas só 1 (na maioria dos humanos) vai conseguir chegar a folículo de Graaf (fase de seleção). Aquele que tiver maior resposta ao FSH cresce mais e passa a dominar o processo (fase de dominância). O aumento crescente do estorgênio promove um pico de FSH e sobretudo de LH, que resulta em ruptura do folículo e liberação do ovócito (ovulação).
Comente os eventos que ocorrem no ovário durante o ciclo menstrual. (ED4 2007-1)
O ciclo menstrual é caracterizado pela fase folicular (ou 1ª fase), quando ocorre a foliculogênese, ou seja, o crescimento exponencial do folículo secundário até terciário ou folículo de Graaf. Isso geralmente ocorre em 14 dias , em média. Lembrar que o crescimento do folículo primordial até secundário é dependente de fatores de crescimento locais e não envolve hormônios. Só os folículos secundários desenvolvem receptores para FSH e portanto, entram no recrutamento de folículos para o crescimento exponencial, que ocorrre a cada ciclo menstrual. A foliculogênese é decorrente do estímulo do FSH sobre as células da camada granulosa do folículo, estimulando a sua proliferação e também a síntese de estrogênio. Quando o estrogênio sobe, promove um estímulo sobre o eixo hipotálamo-hipófise liberando LH e FSH. O LH é o hormônio mais estimulado na ovulação e promove a ruptura do folículo e expulsão do óvulo (ovulação). O estrogênio elevado também prepara o organismo da mulher para a concepção, pois aumenta a lubrificação da vagina e torna o muco cervical bastante fluido (facilitando a entrada do espermatozóide). Ele promove contrações no útero e aumenta o endométrio; nas trompas, aumenta as contrações e o movimento ciliar. Tudo isso facilitando o encontro dos gametas. 
O folículo roto é transformado por ação do LH em corpo lúteo. Essa fase pós-ovulatória é chamada fase secretora ou fase lútea. O corpo lúteo é responsável pela produção de progesterona (principalmente) e estrogênio (níveis mais baixos que os da fase folicular). A progesterona prepara o organismo da mulher para receber o óvulo fertilizado. Suas ações mais importantes são: diminuir a contração do útero e estimular a vascularização e produção de glicogênio pelas células do endométrio. Essas ações são importantes para a fixação (nidação) e desenvolvimento do embrião. A progesterona também estimula o desenvolvimento dos alvéolos mamários, preparando as mamas para a lactação. A vida média do corpo lúteo é de 14 dias. Caso não haja fertilização do óvulo, o corpo lúteo regride, cai os níveis de progesterona e estrogênio e o endométrio descama (menstruação). Quando há fertilização do óvulo, as células trofoblásticas produzem um hormônio (gonadotrofina coriônica) que mantém o corpo lúteo funcionando até a placenta ser formada.

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