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Hemorragia - patolgia

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Mariana Novaes 
Acadêmica de Medicina 
IMS/CAT - UFBA 
 
 
HEMORRAGIA 
 
 
CONCEITO 
É a saída de sangue do 
compartimento vascular ou das 
câmaras cardíacas para cavidades 
pré-formada, interstício (interna) 
ou meio externo (externa). 
CLASSIFICAÇÃO 
→ ​Internas 
● puntiformes ou petéquias: ​áreas 
hemorrágicas de até 3 mm de 
diâmetro, múltiplas, que 
geralmente são resultantes de 
defeitos qualitativos ou 
quantitativos de plaquetas. 
● púrpura: ​a lesão superficial um 
pouco maior que as petéquias, 
geralmente na pele, múltipla, plana 
ou discretamente elevada, 
podendo atingir até 1 cm de 
diâmetro. 
● equimose: costumam acontecer 
em traumatismos, é a mancha 
azulada ou arroxeada, mais 
extensa do que a púrpura e que 
pode provocar aumento discreto 
de volume local. 
● hematoma: o sangue se acumula 
formando uma tumoração. 
Também comum em traumas 
mecânicos. 
● hemartro ou hemartrose: 
hemorragia em cavidade articular. 
● hemopericárdio , hemotórax e 
hemoperitônio: para as 
respectivas cavidades serosas. 
● hemossalpinge, hematométrio e 
hematocolpo: são coleções 
sanguíneas na luz da tuba uterina, 
na cavidade uterina e na cavidade 
vaginal, respectivamente. 
● hemobilia: no interior da vesícula 
biliar ou dos ductos biliares. 
→ ​Externas 
● epistaxe: eliminação de sangue 
pelas narinas. 
● hemoptise: pela tosse e oriunda 
do sistema respiratório em maior 
volume. 
● escarro hemoptoico: pela tosse e 
oriunda do sistema respiratório em 
menor volume. 
● hematêmese: eliminação de 
sangue pela boca oriundo do 
sistema digestório e eliminado por 
vômito. 
● melena: eliminação pelo ânus com 
sangue digerido. 
● hematoquezia: eliminação pelo 
ânus com sangue vivo. 
● otorragia: pelo meato acústico 
externo. 
● hematúria: pela urina, podendo 
ser macroscópica ou microscópica. 
● metrorragia: originado do útero 
fora da menstruação; 
○ se há perda excessiva de 
sangue na menstruação, 
tem-se a ​menorragia ou 
hipermenorreia​; 
○ se a frequência e/ou o 
tempo de duração da 
menstruação aumenta, 
trata-se de ​polimenorreia​. 
● hifema: ​hemorragia da câmara 
anterior do olho. 
● hiposfagma: hemorragia ocular 
subconjuntival. 
 
Mariana Novaes 
Acadêmica de Medicina 
IMS/CAT - UFBA 
 
ETIOPATOGENIA 
Podem ser causadas por: 
● lesão da parede vascular: a 
causa mais comum é o 
traumatismo mecânico que causa 
ruptura do vaso. O agente 
mecânico pode ser o fator isolado 
para a hemorragia, mas em muitos 
casos está associado a defeitos na 
resistência vascular ou na 
coagulação do sangue. Também 
pode estar associado a ruptura de 
veias varicosas no esôfago e em 
hemorroidas. Gengivorragia 
durante a escovação de dentes 
pode ser o primeiro sinal de uma 
trombocitopenia; neste caso, 
traumatismo pequeno, habitual, é 
capaz de provocar hemorragia 
devido à associação com a 
redução do número de plaquetas. 
Hemorragia por diapedese ocorre 
pela saída de sangue através de 
espaços entre as células 
endoteliais por causa de: (1) 
alteração local nas junções 
intercelulares (diapedese 
paracelular); (2) formação de 
poros nas células endoteliais 
(diapedese transcelular), 
possivelmente em locais com 
citoplasma mais delgado. Costuma 
ocorrer em vênulas ou capilares 
quando existe hiperemia passiva e 
resulta de aumento da pressão 
intravascular. 
● alteração na coagulação 
sanguínea: ​costuma se manifestar 
como hemorragia espontânea. 
Geralmente são causadas por 
traumatismos pequenos, sendo o 
sangramento desproporcional à 
intensidade da lesão. Estão 
relacionadas com deficiência 
congênita ou adquirida de fatores 
plasmáticos da coagulação, ou 
excesso de anticoagulantes, 
endógenos ou exógenos. 
● alterações quantitativas ou 
qualitativas de plaquetas: 
principalmente como petéquias ou 
púrpuras. O tempo de 
sangramento começa a ficar 
alterado quando as plaquetas 
caem abaixo de 100.000 por mm3 
de sangue. As causas mais 
comuns de trombocitopenia são 
aplasia e infiltração neoplásica da 
medula óssea, síndrome 
mielodisplásica, hiperesplenismo, 
medicamentos, autoanticorpos, 
estes especialmente na púrpura 
trombocitopênica idiopática, 
próteses valvares podem 
aumentar a destruição de 
plaquetas (por lise mecânica), 
reduzindo o seu número na 
circulação. 
● mecanismos complexos: como 
ocorre da dengue hemorrágica 
(trombocitopenia, alterações 
funcionais na parede vascular 
induzidas por anticorpos, 
disfunção endotelial). 
 
CONSEQUÊNCIAS 
Depende do volume de sangue 
perdido, do local do sangramento 
e da velocidade da perda. 
● Perdas pequenas, mas 
contínuas: espoliação de 
ferro e, consequentemente, 
anemia; sangramentos 
digestivos crônicos por 
úlceras benignas ou 
neoplasias manifestam-se 
por anemia geralmente 
hipocrômica. 
Mariana Novaes 
Acadêmica de Medicina 
IMS/CAT - UFBA 
 
● Perdas volumosas: 
anemia aguda e, nos casos 
mais graves, choque 
hipovolêmico. 
● Hemorragia nos 
ventrículos cerebrais ou 
hemorragia no tecido 
nervoso encefálico: 
aumenta a pressão 
intracraniana e pode 
causar morte encefálica; 
● Hemorragia 
subaracnóidea: bloqueio 
da reabsorção liquórica e, 
consequentemente, 
hidrocefalia. 
● Sangue no espaço 
subaracnóideo: espasmos 
arteriais, isquemia do 
tecido nervoso. 
● Hemorragia cerebral 
hipertensiva: ​sequelas 
motoras. 
● Quando ocorre em 
centros nervosos vitais 
(ex., centro 
cardiorrespiratório): 
mesmo pequena pode ser 
fatal. 
● ​Quando súbito, 
sangramento no espaço 
pericárdico: ​impede a 
movimentação cardíaca por 
compressão extrínseca do 
coração, podendo levar ao 
óbito. 
● Hemorragia intraocular: 
cegueira por turvação do 
corpo vítreo, descolamento 
da retina ou glaucoma.

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