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Mariana Novaes Acadêmica de Medicina IMS/CAT - UFBA INFARTO CONCEITO O infarto é uma complicação da isquemia. Compreende em uma área em que há morte tecidual por isquemia (causada por oclusão do suprimento arterial ou da drenagem venosa localizada em um órgão ou tecido). Ou seja, é uma necrose isquêmica. Uma situação possível seria: aterosclerose→ trombose→ embolia→ isquemia→ infarto. TIPOS DE INFARTO → Quanto a cor: ● branco: também chamado de infarto anêmico, em que ocorre em tumefação e palidez local, que geralmente ocorre por oclusão em tecidos mais sólidos. ● vermelho: também chamado de infarto hemorrágico, o sangue permanece no momento da obstrução, ou seja, o sangue que estava ali antes, não conseguiu sair no momento da obstrução. OBS.: nos pulmões têm forma piramidal, nos intestinos, a forma é irregular. → Quanto a presença ou ausência de contaminação: ● asséptico: quando não microrganismos na área lesionada, não há contaminação. ● séptico: quando há contaminação, microrganismos na área necrótica, na área que sofreu lesão. Geralmente gera abscesso. FATORES QUE INFLUENCIAM O INFARTO ● natureza do suprimento sanguíneo: se o paciente já tem uma circulação sanguínea deficitária. Se tiver presença de circulação lateral, há menos chances. ● taxa de desenvolvimento da oclusão: ○ oclusões súbitas: quando há perda total do suprimento sanguíneo subitamente. ○ oclusões lentas: ocorre quando há apenas diminuição da passagem do fluxo sanguíneo e não oclui totalmente. São as mais toleradas. ● vulnerabilidade a hipóxia: ○ grupos celulares sensíveis: neurônios e células do miocárdio (precisam muito mais de oxigênio, qualquer grau de redução já pode comprometer o tecido). ○ grupos celulares resistentes: fibroblastos (difícil ter infarto nesse tipo celular). EVOLUÇÃO DO INFARTO Depende do grau de isquemia que levou ao infarto, da localização e dos fatores supracitados. Costuma evoluir da seguinte forma: ● 1as horas: só há alterações funcionais Mariana Novaes Acadêmica de Medicina IMS/CAT - UFBA ● 5-6h: necrose ● 6-10h: área sem limites nítidos ● 1 dia: área infartada cuneiforma com alterções na cor (pálido ou vermelho azulado) ● 3-4 dias: necrose + inflamação ● 7 dias: separo ou cicatrização ● 6-8 dias: cicatrização completa (fibrose ou calcificação) CONSEQUÊNCIAS Dependem da sua extensão e do órgão comprometido. Muitos infartos podem ser fatais, como os infartos do miocárdio, do encéfalo e dos intestinos; podem também passar despercebidos, como acontece em infartos renais ou esplênicos ou até mesmo em pequenos infartos do miocárdio. No sistema nervoso, infartos no tronco encefálico podem ser fatais por comprometerem áreas vitais, como o centro cardiorrespiratório; mais frequentemente, os infartos cerebrais comprometem a via piramidal e deixam sequelas motoras. Necrose isquêmica nos membros inferiores causada por aterosclerose grave e complicada, mais comum em indivíduos diabéticos, evolui para gangrena e é a principal causa de amputação desses membros em adultos. Infartos renais podem manifestar-se com dor lombar e hematúria, mas geralmente são pouco extensos para levar a insuficiência renal, exceto em casos de ateroembolismo maciço. Os infartos evoluem para cura com cicatrização (ou gliose, no sistema nervoso central), que pode ser completa, resultando em cicatriz retrátil, ou incompleta, com formação de cistos (mais raro). Os infartos podem complicar-se *com colonização e proliferação de bactérias anaeróbias, originando abscessos ou gangrena.
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