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RACIPE - Cirurgia Pediátrica

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CIRURGIA PEDIÁTRICA
	ALTERAÇÕES DA REGIÃO CERVICAL
	HIGROMA CÍSTICO 
	Mal formação linfática mais comum da infância, característica do período neonatal.
Causa = desenvolvimento anormal dos vasos linfáticos cervicais da linha média-posterior. 
Clínica = tumoração indolor, multiloculada de paredes finas. Pode haver compressão das estruturas adjacentes agravando o quadro.
Local = região cervical posterior (70%), axilar, mediastinal.
Complicações = infecção, hemorragia.
Diagnóstico = clínico. Dúvida: USG. TC ou RNM pra avaliar a relação com as estruturas adjacentes.
Tratamento = excisão cirúrgica entre 2-6 meses. Alternativa = agentes esclerosantes como bleomicina.
	CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO 
	Massa mediana cervical mais comum da infância.
Fisiopatologia = A tireoide tem que migrar da base da língua até a posição final, e ela desce pelo ducto tireoglosso; após a descida a tendência é o fechamento. Se o ducto fica persistente ele pode se encher e formar o cisto.
Clínica = massa cística em linha média, móvel a deglutição e protrusão da língua.
Complicações = infecção, fistula, malignidade (pode ter tecido tireoidiano no interior do cisto).
Diagnóstico = clínico. TC padrão ouro porque mostra a relação do cisto com o osso hioide.
Tratamento = Cirurgia de Sistrunk = ressecção do cisto + todo o seu trajeto + ressecção do osso hioide (diminui recidiva).
	CISTO BRANQUIAL 
	As estruturas da cabeça e do pescoço se originam de 6 pares de arcos branquiais, suas fendas interpostas e bolsas. Quando essas estruturas não regridem ou não fecham, podem originar cistos e fístulas.
1º = linha entre canal auditivo e ângulo da mandíbula.
2º = mais comum! Borda do músculo esternocleido.
3º = raros. Parte inferior do pescoço.
	
	Clínica = cisto em crianças pequenas e mais velhas.
Diagnóstico = clínico. USG = massa típica, sem septações.
Tratamento = ressecção do cisto e todo seu trajeto.
Fisiopatologia = não fechamento dos cistos branquiais.
	APARELHO DIGESTIVO
	Atresia de esôfago (AE) e Fístula traquioesfogágica (FTE).
Geralmente ocorrem juntas.
	Formas de apresentação 
	AE + FTE distal = 80%.
AE pura = 7%.
FTE pura = 4. Em H.
AE + FTE proximal = 2%.
AE + FTE distal e proximal = 1%.
	Anomalias associadas
	baixo peso ao nascer, polidramnia.
VALTREC: vertebral anômola + anorretal + membros (limbs) + traqueal + renal + esôfago + cardíaca.
	Clínica
	Sialorreia + engasgo e tosse na primeira mamada.
Se FTE = distensão abdominal + tosse + apneia. 
Se somente FTE = clínica respiratória mais branda.
	Diagnóstico
	incapacidade de passar SNG.
Rx = sonda no coto esofágico. Se gás no esôfago = FTE (se tem AE a única maneira de ter gás no estômago ê se ela tiver FTE).
	Tratamento 
	Medidas gerais + drenagem contínua do coto esofágico + antibioticoprofilaxia.
Cirurgia = fechamento da FTE + anastomose primária (24-72h).
Se impossibilidade de anastomose primária = sutura de tração + GTT + esofagostomia.
Substituição esofágica pelo estômago, duodeno ou cólon somente após 1 ano.
	ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO
	Mais comum em meninos entre 2-8 semanas de vida. 
FR = uso de eritromicina.
	Fisiopatologia
	hipertrofia muscular a nível de piloro que causa obstrução ao esvaziamento gástrico.
	Clínica
	vômitos não biliosos (a bile do duodeno não sobe) + desidratação + perda ponderal + oliva pilórica + alcalose metabólica hipoclorêmica.
	Diagnóstico
	clínico. USG = melhor exame.
	Tratamento 
	Medidas gerais: HV, correção DHE.
Técnica de Fredet-Ramstedt = pilorotomia extra mucosa.
	ATRESIA DUODENAL 
	Fisiopatologia
	falta de vacuolização.
	Clínica
	primeiros dias de vida. Distensão abdominal + vômitos biliosos.
	Anomalia associadas
	Donw (40%), prematuridade, polidramnia.
	Rx
	sinal da dupla bolha.
	Tratamento 
	Medidas gerais: HV, correção DHE.
By-pass do duodeno = duodeno-duodenostomia.
	DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG = megacolon agangliônico congênito
	Principal causa de obstrução baixa neonatal. Muito associada a síndrome de Down.
	Fisiopatologia
	rn sem plexo de Aeurbach e Meissner.
	Formas de apresentação
	Todo intestino = raro.
Reto-sigmoide = forma mais comum. 75%.
	Clínica
	Não eliminação mecônio primeiras 24h + distensão + vômitos biliosos + massa abdominal palpável em HD + TR com eliminação de fezes explosivas e ampola vazia.
Em alguns casos não é feito o dx cedo e a criança maior tem clínica de falta de apetite + distensão crônica + constipação.
	Diagnóstico 
	Enema = cone de transição.
Manometria retal. 
Biópsia retal = padrão ouro.
	Conduta = derivação intestinal
	Técnica de Duhamen = anastomose na parede posterior do reto.
Cirurgia de Swenson = retira parte agangliônica é reto + anastomose coloanal. 
Soave = mucosectomia da região afetada + rebaixamento da mucosa saudável.
	UROLOGIA 
	
	Torção testicular 
	Torção do funículo espermático.
Paciente = adolescente 14 anos. 
Clínica = dor unilateral súbita + redução do reflexo cremastérico (estímulo na face medial da coxa) + sinal de Prehn negativo (alívio da dor com a elevação do testículo).
Diagnóstico diferencial: orquite, epididimite. Sinal de Prehn positivo.
Diagnóstico = USG doppler confirma.
Tratamento = emergência cirúrgica! Exploração + avaliação da torção + orquipexia + fixar testiculo contralateral. Ideal = até 6h. Obs.: se durante a avaliação o testiculo for viável = fazer orquipexia bilateral.
	Criptorquidia
	Incidência aumentada no prematuros.
Localização = direito (50%), esquerdo (25%), bilateral (25%).
	
	Palpável
	Retrátil = desco, mas não fixa.
Ectópico = fora do trajeto normal.
Inguinal = desce incompleto.
	
	Não-palpável
	IntraABD, Ausente.
	
	Conduta
	Cirurgia ideal = 9-15 meses. Antes de 9 aumenta risco de lesão vascular.
Pedir cariótipo se não palpo bilateralmente.
	
	Complicações
	Infertilidade, degeneração neoplásica. Risco aumentado para hérnia e hidrocele comunicante.
	
	Orquiepididimite
	Torção testicular
	DOR
	Progressiva
	Súbita
	SINTOMAS URINÁRIOS
	Presente
	Ausente
	REFLEXO CREMASTÉRICO
	Presente
	Ausente
	SINAL DE PREHN (piora da dor com a elevação do testículo afetado)
	Presente
	Ausente
	USG
	Aumento fluxo
	Ausência fluxo
	SINAL DE ANGEL (posição horizontalizada do testículo contra-lateral)
	Negativo
	Positivo
	TTO
	ATB + AINE + suspensório escrotal
	Acima
	Obs.: TORÇÃO DE APÊNDICE TESTICULAR
	Dor insidiosa + testículo bem posicionado + Angel - + nódulo palpável + PONTO ISQUÊMICO.

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