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Eutanásia e Ortotanásia: Compreendendo as Diferenças

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EUTANÁSIA 
• A boa morte, morte induzida, sem sofrimento 
• Utiliza meio ou facilita a supressão da vida, o que é ilícito 
• É conduta condenável mesmo a pedido do paciente, no que se chama de “suicídio assistido” 
• Contribui subversão à doutrina hipocrática 
• Constitui distorção do exercício da medicina cujo compromisso é em favor da vida humana 
• Morte serena, sem sofrimento. Ato de proporcionar morte sem sofrimento a um doente atingido por 
infecção incurável que produz dores intoleráveis 
• Prática, sem amparo legal, pela qual se busca abreviar, sem dor ou sofrimento, de um doente incurável 
1. Eutanásia ativa ou direta: a morte é provocada deliberadamente sem sofrimento do paciente 
2. Eutanásia passiva ou indireta: quando a morte advém de omissão deliberada de medidas indispensáveis 
para salvar ou manter uma vida 
• Por que é ilegal? Pois o médico tem direito à vida, não sobre a mesma 
• Quanto ao consentimento do paciente: 
1. E. Voluntária: a morte é provocada atendendo a uma solicitação do paciente, daquele que sofre – 
Suicídio assistido – quando o doente terminal ou em grande sofrimento pede ajuda para 
autoexterminar-se 
2. E. Involuntária: a morte é provocada contra a vontade do paciente ou daquele que sofre, sendo decidida 
por alguém da sociedade 
3. Não Voluntária: a morte é provocada sem que o paciente ou aquele que sofre tenha manifestado sua 
opinião. 
• Situações especiais não ligadas a pacientes terminais: 
1. Eutanásia feto-neonatal e 
2. Eutanásia eugênica. 
ORTOTANÁSIA: 
• Preceitua o uso o de meios de alívio de sofrimento 
• Suspensão dos meios artificiais de manutenção da vida 
• Aceita e compreendida, não sendo considerada ilícita se os critérios de morte encefálica forem corretos 
• Euortosia: Regulação fisiológica perfeita, que permite bom funcionamento do organismo 
• Homeostasia: Tendência à estabilidade do meio interno do organismo. 
• Cibern. Propriedade auto-reguladora de um sistema ou organismo que permite manter o estado de 
equilíbrio de suas variáveis essenciais ou de seu meio ambiente 
• É a morte no momento certo, com conforto e alívio do sofrimento. 
• É a suspensão dos meios artificiais de manutenção da vida, sendo cada vez mais aceita e compreendida, não 
podendo ser considerada ilícita. Ela preserva a dignidade da pessoa humana. 
• Requer os critérios de morte encefálica. 
• Cuidados Paliativos: São cuidados para tornar menos intenso; abrandar, amenizar, atenuar, remediar o 
sofrimento respeitando a vontade do paciente e/ou de sua família. - São cuidados para aliviar 
provisoriamente a dor e o sofrimento com tratamento paliativo. 
• Obstinação Terapêutica e Tratamento Fútil: do latim futile = vaso estreito, que não se mantém de pé e 
derrama seu conteúdo, inútil 
1. É aquela ação médica cujos benefícios para o paciente são nulos ou quase, ou improváveis para superar 
a doença - tratamento que prolonga a vida sem qualidade e com sofrimentos, angústias e gastos. 
2. É a impossibilidade de causar um benefício terapêutico ao paciente. 
MISTANÁSIA: 
• É a morte assassina, precoce e injusta. Fere o princípio bioético da autonomia: “a maior crueldade moral do 
assassino não é tirar a vida de um indivíduo, mas tirá-la sem a sua permissão.” 
 
 
DISTANÁSIA: 
• É a morte lenta, ansiosa e com muito sofrimento. É a agonia prolongada, é a morte com sofrimento físico ou 
psicológico do indivíduo lúcido. 
• É uma forma de prolongar a vida de modo artificial, sem perspectiva de cura ou melhora. 
• Utiliza a obstinação terapêutica diante de casos irreversíveis e mantidos artificialmente; tratamento fútil. 
• A distanásia é confundida com a eutanásia passiva ou indireta (por omissão de medidas). Ela preserva a 
vida como bem supremo, sacralizada 
“Para um médico, nada é mais aterrorizante que ver um paciente morrer diante de seus olhos. A morte é 
parte da rotina de uma UTI e pode vir a ser um alivio providencial para o paciente ou para sua família. 
Talvez até o médico a considere aceitável no caso de um paciente cuja vida não possa mais ser 
prolongada. Mas não no de uma jovem que estava saudável duas semanas antes. Os médicos que a 
atenderam fizeram tudo o que conseguiram pensar, mas ainda restava o medo – um medo razoável – de 
terem deixado passar alguma pista que fizesse a diferença entre a vida e a morte para aquela jovem. Ela 
não devia morrer, mas o jovem residente e todos os médicos que cuidavam dela sabiam que isto poderia 
acontecer”. 
Dra. Lisa Sanders (Profª. Clinica Médica U.Yale) em “Todo paciente tem uma história para contar - Mistérios 
Médicos e a Arte do Diagnóstico”. (2009)

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