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APS - CANCER

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FMU – FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
 
 
 FERNANDO MOTA SCHMALB – RA 3405370
 
 
 ATIVDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO
2019
 
 Atividade 1 
 Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos.
 Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.
 Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Quando começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados sarcomas.
 Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes, conhecida como metástase.
 O câncer é causado por alterações da estrutura genética (DNA) das células, as chamadas mutações. Cada célula sadia possui instruções de como devem proceder, ou seja, como crescer e se dividir, o período de funcionamento e de sua morte. Na presença de qualquer erro nestas instruções pode surgir uma célula alterada que se torna cancerígena. 
* Multiplicam-se de maneira desordenada e descontrolada, ou seja, elas se dividem mais rapidamente do que as células normais do tecido à sua volta, e o crescimento celular torna-se contínuo. O excesso de células vai invadindo progressivamente todo o organismo, adoecendo todo o corpo. Geralmente, têm capacidade para formar novos vasos sanguíneos que as nutrirão e manterão as atividades de crescimento descontrolado. 
* O acúmulo dessas células desordenadas dá origem aos tumores malignos.
* As células possuem a capacidade de se desprenderem do tumor e de se deslocar. Invadem inicialmente os tecidos vizinhos, podendo chegar ao interior de um vaso sanguíneo ou linfático e, através desses, disseminar-se, chegando a órgãos distantes do local onde o tumor se iniciou, formando o que chamamos de as metástases. Dependendo do tipo da célula do tumor, alguns dão metástases mais rápido e mais precocemente, outros o fazem bem lentamente ou até não o fazem.
* As células cancerosas são, geralmente, menos especializadas nas suas funções do que as suas correspondentes normais. Conforme as células cancerosas vão substituindo as normais, os tecidos invadidos vão perdendo suas funções. Por exemplo, a invasão dos pulmões gera alterações respiratórias, a invasão do cérebro pode gerar, alterações neurológicas, etc.
 Sendo assim, as células cancerosas apresentam quatro características que as distinguem das células normais: proliferação descontrolada, diferenciação e perda de função, poder de invasão e capacidade de sofrer metástases. 
	
 Oncogenes são genes relacionados com o aparecimento e crescimento de tumores, malignos ou benignos, e foram descobertos a partir de estudos feitos com retrovírus. Os tumores surgem quando processos que controlam a divisão, localização e mortalidade da célula, falham. A perda do controle desses mecanismos pode estar relacionada a mutações em três categorias de genes: proto-oncogenes, genes responsáveis pela sinalização de vias que regulam o ciclo celular e que, quando mutados ou presentes em muitas cópias, se transformam em oncogenes; genes supressores de tumor, que normalmente evitam a desregulação do ciclo, reparam erros de divisão e controlam o processo de apoptose e que, quando mutados, perdem essa função; genes que codificam enzimas reparadoras de DNA, que quando mutados promovem instabilidade genética.
proto-oncogene pode se tornar um oncogene por meio de mutações, de maneira a criar uma proteína resistente à degradação ou hiperativa, ou num ponto de controle, de maneira a codificar a proteína em excesso. Além disso, os proto-oncogenes podem ser amplificados ou ficar sob influência de um novo promotor, translocado de outro locus, e assim codificarem para proteínas em excesso, contribuindo para a formação e/ou o crescimento de tumores.
	O gene RAS (rat sarcoma virus), codifica para a proteína ras, espécie de proteína G, e é o mais bem estudado gene relacionado ao câncer. Possui 3 tipos: N-ras, localizado no cromossomo 1, H-ras no cromossomo 11 e K-ras no cromossomo 12. [2] Foi descoberto que sua transformação de proto-oncogene para oncogene derivou de uma mutação pontual que levou a uma substituição de base única, resultando na troca de um aminoácido por outro, nos resíduos 12, 13 ou 61. A mutação causa problemas na atividade GTPásica ou reduz a afinidade da proteína por GTP e GDP.  
	CDK4 é um gene que codifica uma enzima membro da família quinase dependente de ciclina (CDK) e foi originalmente clonado das células HeLa. Possui papel importante na progressão da fase G1 do ciclo celular. É transformado em oncogene por uma mutação pontual em linhagens germinativas ou somáticas, trocando uma arginina por cisteína, ou uma amplificação da região cromossômica que contém esse proto-oncogene, em linhagens somáticas. O produto do gene mutante não é mais inibido por INK4A, de maneira a prejudicar o ciclo celular e possivelmente induzir a formação e/ou crescimento de tumores.[1]
 	 proto-oncogene HER2 (human epidermal growth factor receptor 2) codifica para a proteína her2, um receptor de membrana das células da mama, que atua no controle do crescimento, divisão e reparo celular. Em 25% dos cânceres de mama, o gene se encontra amplificado, ou seja, há muitas cópias presentes, e ele passa a atuar como um oncogene, já que produz a proteína em excesso, o que por sua vez desregula o ciclo celular.
	Um gene supressor de tumor é um gene que reduz a probabilidade de uma célula num organismo multicelular se tornar um tumor. Uma mutação ou delecção de tal gene irá aumentar a probabilidade de formação de um tumor.
	s genes supressores tumorais codificam proteínas que possuem importante papel na regulação do ciclo celular e apoptose, inibindo a formação de tumores. As mutações chamadas de “perda de função” ocorridas nesses genes contribuem para o desenvolvimento de tumores através da inativação de sua função inibitória. Durante esse processo, a cópia funcional do gene de uma célula heterozigótica é alterada, tornando a célula homozigótica para o gene mutado. Esse processo é chamado de “perda de heterozigose”. Essas mutações são, normalmente, pontuais ou causadas por pequenas deleções que tem como consequência a perda da função da proteína codificada pelo gene; deleções cromossômicas ou quebras que deletam o gene supressor tumoral; ou recombinação somática durante a qual a cópia normal de gene é substituída por uma mutante.
	As funções das proteínas codificadas por genes supressores de tumor podem ser divididas em diversas categorias, como por exemplo:
Supressão de genes essenciais para a ocorrência do ciclo celular. Se estes genes não forem expressos, o ciclo celular é interrompido, inibindo a divisão da célula;
 Relação ciclo celular versus dano ao DNA: normalmente, quando uma célula apresenta dano em seu DNA, ela não se divide. Se o dano for reparado, o ciclo celular pode continuar. Se o dano não puder ser reparado, a célula sofre apoptose (morte celular programada) para eliminar uma possível ameaça ao organismo;
Algumas proteínas envolvidas com a adesão celular impedem a metástase de células tumorais. Essas proteínas são conhecidas como supressoras de metástase;
Proteínas de reparo de DNA também são classificadas como supressoras de tumor. Isso se deve ao fato de que mutações nos genes que as codificam, aumentam o risco de câncer. Além disso, um aumento na taxa de mutação decorrente de uma diminuição
no reparo do DNA leva a uma maior inativação de outros supressores de tumor e ativação de oncogenes.
 P53, também conhecido como TP53 ou proteína de tumor, uma proteína citoplasmática, de massa molecular 53 kDa, sintetizada pela própria célula. É qualquer isoforma de uma proteína codificada por genes homólogos em vários organismos, tais como TP53 (humanos) e Trp53 (ratos). Seu gene codifica uma proteína que regula o ciclo celular e, portanto, funciona como uma supressão tumoral. É muito importante que as células em organismos multicelulares suprimam o câncer. A p53 tem sido descrita como "o guardião do genoma", referindo-se ao seu papel na conservação da estabilidade, impedindo a mutação do genoma (Strachan e Read, 1999).
As mutações somáticas no gene supressor tumoral p53 são encontradas em aproximadamente 50% de todos os tumores humanos, fazendo dele o gene mais comumente alterado. As mutações no gene p53 ocorrem em mais de 50 tipos diferentes de tumores, incluindo os de bexiga, cérebro, mamas cérvice, cólon, esôfago, laringe, fígado, pulmão, ovário, pâncreas, próstata, pele, estômago e tireoide. As mutações deste gene são encontradas em cerca de 40% dos cancros da mama, 50% dos cancros do pulmão e 70% dos cancros colorrectais.
 Em humanos, o gene TP53 está localizado no braço curto do cromossomo 17 (17p13.1). O gene abrange 20 kb, com um exão não codificante 1 e um primeiro intrão muito longo de 10kb. A seqüência de codificação contém cinco regiões que mostram um alto grau de conservação em vertebrados, predominantemente nos éxons 2, 5, 6, 7 e 8, mas as sequências encontradas em invertebrados mostram apenas uma semelhança distante com TP53 de mamíferos. [3]
 Os ortólogos TP53 [4] foram identificados na maioria dos mamíferos para os quais dados completos do genoma estão disponíveis. Em humanos, um polimorfismo comum envolve a substituição de uma arginina por uma prolina na posição do códon 72. Muitos estudos investigaram uma ligação genética entre essa variação e a suscetibilidade ao câncer; no entanto, os resultados foram controversos.
Atividade 2

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