Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO ORIENTADOR: DR. MAURÍCIO R. MEDEIROS APRESENTADOR: VICKTOR SOARES INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 1 SEMINÁRIO DE CLÍNICA MÉDICA geral Infecções: Crônicas Recorrentes Atípicas e prolongadas Neoplasias INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 2 QUADRO CLÍNICO por componente imune Causas de imunodeficiência INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 3 INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 4 investigação Neutropenia febril INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 5 ETIOLOGIA INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 6 INTRODUÇÃO PORTAS DE ENTRADA Trato gastrointestinal Trato respiratório alto Pele, especialmente cateter profundo Anemia aplásica Leucemias Mielossupressão (qt etc) PATOGÊNESE Portas de entrada são essas devido à mucosite 6 INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 7 diagnóstico clínica Febre Outros sinais flogísticos atenuados pela neutropenia Valor <100 é NEUTROPENIA PROFUNDA *Valor de Ta para medida única T oral > ou = 38,3º medida única ou > 38 por > 1hora; RETAL NÃO (no neutropenico)!!!! 7 INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 8 diagnóstico Outras causas de hiperpirexia Neoplasia subjacente Reação a suporte transfusional com CH Síndrome da lise tumoral Hematomas Flebite/trombose Agentes pirogenicos (Anfotericina B ou filasgrina) Atelectasia SÃO DX DE EXCLUSÃO anamnese Questionar terapia antineoplásica nas últimas 6 semanas Novos sintomas de orgão ou sistema História passada de infeçcão ou colonizaçaõ História de profilaxia antibiótica Excluir causas não infecciosas para febre Levantar comorbidades Enfatizar o exame de pele, sítios de CVC, cavidade oral, pulmões, abdome, genital e perianal. Proscrito exame retal! MANEJO ATB empírico de amplo espectro após coleta de 2 sets de hemocultura Devido elevada mortalidade INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 9 Iníciar ATB em até 30minutos Cobrir BGN + BGP, sendo obrigatório P.aeruginosa BGP + comuns, BGN + mortalidade e Sepse Set de hemocultura: colher 10 a 20ml de SGE e dividir igualmente em um frasco de aeróbio e outro de anaeróbio; De preferencia de sítios diferentes, de 5-10 minutos de intervalos. Se cateter 1set do cateter 9 INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 10 Tratamento Estratificar o Risco Avaliação clínica global 1; Investigação laboratorial: hemograma, leucograma, ionograma, creatinina e ureia, função hepática e transaminases, urina II, urocultura e hemoculturas (outras culturas se indicação clínica) 2;Obter imagens (sem atrasar ATB). Baixo risco = RXTórax; Alto risco/sintomas respiratórios = TC. Sintomas abdominais = TC. AVALIAÇÃO CLÍNICA GLOBAL: Investigar risco MDR: Colonização ou infecção documentada prévia; Internação recente É possível encontrar um sítio?: Buscar dor, eritema.. Não fazer TOQUE! Além da hemocultura = (1 e 2) ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO – ALTO: Pelo menos 1 dos abaixo: Expectativa de neutropenia> 7 dias Disfunção orgânica crônica Disfunção orgânica aguda Mucosite GI intensa (dor abdominal, nauseas/vômitos, diarreia) Sinais de infecção de cateter Obs: na ausência de todos será baixo risco Critérios de alto risco = critéiros de > gravidade. QT = já é alto risco. MASC é escore usado por hematologia. *Possibilidade ambulatorial após 6-24 h de Observação hospitalar) Se QT já é nosocomial uma pnm por ex Ex sinais flogose TU = eas Queixa resp = rx de pulmão Neuro = PL ou neuroimagem 10 Esquema empírico inicial Quando associar Aminoglicosídeo? Hipotensão Infecção CVP, pele, PNM ou mucosite severa Colonização MRSA INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 11 Até 30 min ALTO RISCO Antibioticoterapia IV ou VO 1ª opção: Betalactâmico + fluoroquinolona ****Mínimo 4hs de observação se opção ambulatorial. BAIXO RISCO 1ª opção Monoterapia com beta-lactâmico anti-Pseudomonas. Resistência crescente ao Ceftazidime AMINOGLICOSÍDEO APENAS SE Intenção de cobertura BGP – Staphulococcus coagulase negativo e MRSA (Se não ampliar evolui para SIRS, morrem em 12-24h). Não tem benefício na 1ª opção empírica, apenas nessas condições abaixo. Qual AG? Vancomicina ou teicoplamina. Hipotensão indica gravidade Infecção CVP, PNM ou mucosite severa indica BGP Dor abd e diarreia indicam MRSA 11 INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 12 SITUAÇÕES QUE MODIFICAM O ESQUEMA Empírico inicial Duração do tratamento Até [PMN + bastões]> 500/mm³ OU Caso sítio infeccioso identificado: até completar a duração recomendada para aquele sítio, o que for maior... ***Adequar o esquema à hemocultura Conduta subsequente No caso de infecção ou colonização MDR prévia ESBL: Enteropatógenos Gram negativos e Klebsiella Betalactamase estendida para todos os betalactâmicos logo tem que usar carbapenêmicos, não betalactamico, com cobertura antipseudomona KPC: Klebsiella carbapenemase: Nem betalactamico, nem carbapenemico C. DIFFICILE: suspeita se diarreia importante, com dor abdominal importante [uso recente ATB, hospitalização recente, QT] 12 Reavaliar em 72hORAS Baixo risco – Febre + HC - = abordar como alto risco; HC + ajustar! Alto risco – Febre + Instável = Ampliar espectro de acordo com CCIH + antifúngico empírico + Protocolo de reavaliação Estável = HC + = readequa; HC- = mantém; Fazer protocolo de reavaliação Úlceras orais/odinofagia: +Aciclovir + antifúngico (cândida/herpes) INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 13 E se a febre não melhorar? Protocolo de reavaliação diagnóstica Novo set porque se mantém febre é pq ATB não está cobrindo, vai CRESCER. De preferencia de sítio periférico EM TODOS Novo SET de hemocultura TC de tórax e seios da face (sinais incipientes de infecção fúngica [sinal do halo, não é muito específico, mas aqui serve como indicação, de sinusite]) Galactomanana (antígeno do aspergillus) e beta-glucana (detecta múltiplos outros fungos) [em dosagem seriada, aumento = infecção fúngica invasiva, mera + não é específico] OBJETIVOS Demonstrar presença de germe resistente Demonstrar indícios de infecção fúngica no paciente, mesmo antes da hemocultura 2 sets positivar (o que demora de 1 semana a 10 dias; bacterias crescem em 2 semana) Permite traçar o tratamento preemptivo 13 Tratamento preemptivo Antifúngico empírico depende de protocolo de reavaliação+ (acionado se febre persistente) Infecção persistente > 7 dias de febre = Tratar infecção fúngica oculta = antifúngico empírico, raro. INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 14 Pós-protocolo Se indícios de infecção específica Exames apropriados ao quadro clínico Cefaleia e outros SNC TC, RNM, PL Disúria EAS, UC PNM LBA Diarreia Toxina C.difficile + TC abdome (tiflite/enterocolite neutropênica) atenção INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 15 Sinal do halo – lesão nodular consolidade + vidro fosto... É sugestivo de infecção fúngica invasiva, Aspergilus é fungo filamentoso que faz tal infecção fulminante no Neutropenico. Não é patognomonico, mas deve ser abordado como. Por isso tratamento preemptivo Mucosite-quebra barreira – ganham parede intestinal – celulite na parede do ceco,, dor abdominal febre e diarreia = geralmente precisa de ressecção cirúrgica (evitar peritonite fecal = MORTEEEEEEEE) Diarreia ou dor abdominal ou distensão solicitar toxina para clostridium e TC de abdome com contraste (realce do edema de parede) 15 Como alterar o tratamento INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 16 FATORES ESTIMULADORES DE COLONIA??? AMINOGLICOSÍDEOS SÃO EXCELENTES ATB PARA SINERGISMO CONTRA AQUELE BGN, ESPECIALMENTE PAERUGINOSA, AMINOGLICOSÍDEO MONOTERAPIA RAPIDAMENTE GERA RESISTENCIA, VOCE QUEIMA O AG, PREFERE-SE OS BETALAC ANTIPSEUD, MAS SE CONTINUA COM FEBRE FAZ O SINERGISMO NÃO PRECISA TIRAR BETALAC E + POLIMIXINA HEMOCULT MOSTRA SENSÍVEL = PRECISA É DE SINERGISMO = PAULADA QUE FALTAVA FEBRE PERSISTENTE + EVIDÊNCIAS DE INFECÇÃO FÚNGICA INVASIVA (“TRATAMENTO PREEMPTIVO”) ANFO B (Desoxicolato ou lipossomal*), VORICONAZOL (preferível se aspergilus [resistencia amfo b em alguns locais] OU CASPOFUNGINA BGN ISOLADO + FEBRE PERSISTENTE (EX P AERUGINOSA, SE HEMOCULTURA É SENSÍVEL AO ATB EMPÍRICO [BETALAC ANTIPSEUDOMONAS], MAS SÃO MUITO VIRULENTOS RECOMENDA-SE ACRESCENTAR AMINOGLICOSÍDEO MUCOSITE GRAVE, GENGIVITE NECROSANTE E/OU DOR PERIANAL(INDÍCIOS DE POSSÍVEL INFECÇÃO POR ANAERÓBIOS) ASSOCIAR ANTIANAERÓBIO (CLINDAMICINA OU METRONIDAZOL) 16 INFECÇÃO do cvp INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 17 Assepsia e Antissepsia (da pele) durante inserção Higienização das mãos antes e após manipulação (se sugidade visível, sem só alcool gel antes e depois, de preferencia com luva) Preferência pelo CLOREXEDINE (higienização do cateter antes e após manipulação) Uso de cateter impregnado com ATB MEDIDAS ACESSÍVEIS A infecção pode ser das duas vias... PP conduta é retirar cateter desnecessários – Germes mais relacionados são BGP, > chance de + na hemocultura contemple BGP no esquema; se flogose é retirar o cateter. Flogose ausente pois é o neutrófilo que faz os sinais flogísticos. Retirada opcional porque o biofilme dele é ruim. 17 Precauções ambientais INTERNAÇÃO Enfermaria comum (s/ qq doente com herpes zoster ou varicela) Se TMO quarto individual c/pressão (+) e filtro HEPA Plantas, animais e pessoas doentes PROIBIDOS Principal medida contra transmissão horizontal = Álcool gel SEMPRE DIETA Dieta “sem crus” Alimentos de boa qualidade e higienizados PELE E MUCOSA Banho diário (atenção períneo limpar após evacuação) Mulheres: após micção, secar períneo (anteroposterior meato perianal periuretral) Menstruação tampões intra-vaginais PROIBIDOS! (mucosite [quebra de barreira]) Escovar dentes 2x dia, enxaguar 4-6x dia (solução bicarbonato) INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 18 18 RECOMENDAÇÕES Quando suspender? Após período afebril maior ou igual a 3 dias, estável hemodinamicamente, independente da contagem de neutrófilos, sem ser acompanhado de aumento de mortalidade PROFILAXIA EM NEUTROPENICO AFEBRIL Alto risco = quinolona (levo e cipro [melhor se risco de mucosite e infecção por strepto viridans]) Profilaxia com lamivudina 100mg/dia se hepatite b contato ou infecção Filgrastima quando risco global de neutropenia febril for acima de 20% INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 19 Deficiência imunocelular INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 20 INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 21 causas Defeitos primários da imunidade celular Defeitos de imunodeficiência adquirida Terapias citotóxicas de longa duração Irradiação extensiva Drogas imunossupressoras: CTC, azatioprina, ciclosporina, tacrolimus, sirolimus, everolimus; anticorpos monoclonais como alemtuzumab (Anti-CD52), retuximab (AntiCD20) e infliximab Alemtuzumabe: linfopenias intensas e duradouras, predispondo a TB, sepse, dçs fungicas invasivas e doenças virais Rituximabe: (antiCD20 [CÉLULAS B]): profunda supressão da produção de imunogloulinas, principalmente quando associado a QT, associado à reativação de hepatite B ou C e outras infecções como parvovirose, enteroviroses em SNC, leucoencefalopatia multifocal progressiva, babesiose e pneumocistose Linfomas e leucoses AIDS SIRI: descreve um conunto de SDs clínicas como febre e piora da infecção oportunista subjacente, observado mais comumente com as micobacterioses, mas também na pneumocistose, criptococose, toxoplasmose, nas citomegaloviroses, hepatites e outras INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 22 causas INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 23 microorganismos Bactérias: Salmonella sp., Nocardia sp., Legionella sp., Mycobacteria, Rhodococcus equi, Listeria monocytogenes, Streptococcus sp., Staphylococcus sp., Moraxella, Campylobacter sp.; Vírus: CMV, HSV, HIV, VZV; Fungos: P. jirovecii, C. neoformans, H. capsulatum, Candida sp.; Protozoários: T. gondi, Cryptosporidium sp.; Helmintos: S. stercoralis. INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 24 aids CD4 200-500/mm³ Infecciosa: PNM bacteriana, TB, HZV, candidíase oral esofágica, criptosporidiose, sarcoma de Kaposi, leucoplasia pilosa N infecciosa: neoplasia cervical, linfoma B, anemia, neuropatia, PTI, doença de Hodgkin, PNM intersticial linfocítica (PIL) CD 4 < 200/mm³ Infecciosas: esofagite por candida, pneumocistose, toxo, criptocococse, histoplasmose, criptosporidiose, microsporidiose, TB extrapulmonar ou miliar, Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP) N infecciosa: caquexia, neuropatia periférica, complexo demencial da aids, linfoma do SNC, miocardiopatia, mielopatia, polirradiculopatia progressiva CD4 < 50/mm³ Infecciosa: CMV disseminado, infecção por Micobacterium avium intracelular (MAC) INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 25 transplantados MO: imunossupressão > primeiros 100 dias sujeitos a BGN, estafilococos, fungos e vírus (CMV); após esse período aumento o risco de infecções herpéticas Órgãos sólidos: mais infecções no 1° mês após a cirurgia, em geral no local do transplante (Renal – infecções FO, respiratórias, catteter urinário ou venoso; fígado – infecções no trato biliar e na anastomose vascular no sistema porta-hepático, causadas por P. aeruginosa, Enterococcus e enterobactérias) Hepatite crônica por HBV ou HCV podem reativar Cardíaco: PNM, mediastinites, infecção FO, cateter venoso e urinários; Coração pulmão ~PNMs De forma geral infecções precoces que ocorrem nos primeiros 6m de transplante são hospitalares e relacionadas com a cirurgia (técnica, extensão, etc). Agentes envolvidos: P. jiroveci, HSV herpes, CMV, hepatites virus, nocardia, legionela, listéria, micobactérias e BGN. Em longo prazo TB, criptococos, aspergilus, toxo e salmonela HV8 sarcoma de kaposi INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 26 Dç do tecido conjuntivo Uso crônico CTC, citostáticos e imunobiológicos Importantes causas de óbitos Favorece frequentes infecções por BGN (bacilos), BGP(cocos) e fungos em sangue, pele, trato urinário e respiratório INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 27 Leucemia linfocítica aguda e linfoma de hodgkin Deficiência celular + Neutropenia pelo tratamento quimioterápico INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 28 Diagnóstico CLÍNICO EXAMES INESPECÍFICOS AUXILIAM IMAGEM PERMITE INTRODUZIR TERAPIA EMPÍRICA ANTES DA CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 29 TRATAMENTO INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 30 INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 31 INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 32 Deficiência humoral INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 33 causas CONGÊNITAS ADQUIRIDAS hipogamaglobulinemia decorrente de déficit proteico Sindrome nefrótica Linfangiectasia intestinal Desnutrição Queimaduras Neplasias que interferem na produção de imunoglobulinas: mieloma múltiplo, leucemia linfocítica crônica e os transplantes de MO, que levam a uma disfunção dos linfócitos B. Deficiências do complemento, apesar de raras, também predispoem a infecções por bactérias encapsuladas, perticularmente do gênero Neisseria INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 34 causas Eculizumabe (Anti C5 – Hemoglobunúria paroxística noturna) Asplenia risco de infecções por bactérias encapsuladas, como o pneumococo e o hemófilo, com evolução fulminante e grave. A elevada taxa de mortalidade nesses casos demonstra a importância esplênica no clareamento de microrganismos opsonizados da corrente sanguínea Doenças neoplásicas: Mieloma múltiplo ou leucemia linfocítica cronica em estágios iniciais elevada suscetibilidade no início para IVAS, Trato Urinário e pele pelos encapsulados streptococo e hemófilo. Já em fases avançadas, os bastonetes gram negativos entéricos e s. aureus passam a ter uma importância maior Imunodeficiências primárias: Def de IgA IVAS + diarreia crônica por Giardia lamblia. Def de IgM = graves infecções recorrentes por bacterias piogenicas; Hipogamaglobulinemias congênitas = infecções recorrentes e septicemia por pneumocococ, hemófilo, s. aureus, neisseira meningitidis e pseudomonas aeruginosa, assim como infecção cronica do SNC por enterovírus. Def de C3 eC5 = bacterias encapsuladas, BGN entérias e estafilococos. A ausencia de componentes tardios (C5b, C6, C7, C8, C9) aumenta infecções por Neisseria, tanto gonorrhoeae como meningitidis. INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 35 Consequências Infecções das vias respiratórias (PNM, sinusite e otite) recorrentes por bactérias encapsuladas (demonstra a importancia da opsonização) Etiologias típicas: Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae Bronquiectasia pode ser uma evolução deve ser abordada especificamente INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 36 asplenias Asplenia congenita mesmos anteriores Anemia falciforme: anteriores e após 5-8 anos de idade evoluir para Asplenia funcional, com dificuldade opsonização de encapsuladas e maior suscetibilidade a infecções por salmonella sp. Em adultos, o risco de infecção grave após esplenectomia aumenta entre pacientes maiores de 50 anos INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 37 diagnóstico Necessária investigação rápida com hemoculturas e culturas de secreções Devido risco de SEPSE = tratametno empírico o + precoce possível INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 38 Tratamento e prevenção EMPÍRICO: cobertura para s. pneumoniae e H. influenzae Ampicilina 100-200 mg/kg/dia IV ou ampicilina/sulbactam 150 mg/kg/dia Amoxicilina 30-50 mg/kg/dia ou amoxicilina/ácido clavulânico Cefuroxima 75-100 mg/kg/dia Antes usada Penicilina G se resistência às opções acima optar por macrolídeos, fluroquinolonas ou glicopeptídeos INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 39 Tratamento e prevenção Uso profilático: Adultos – controverso Crianças com anemia falciforme = penicilina V ou amoxicilina diária até os 5 anos com vacinação antipneumocócica conjugada (não tem o mesmo efeito de reduzir 84% bacteremia pneumocócica em cc asplenica) Adolescentes e adultos: vacinação até 14 dias antes da perda do órgão contra infecções pneumocócicas, meningocócicas e por hemófilos, iniciar com pneumocócica 13, seguida da pneumocócica 23 valente, respeitando intervalo mínimo de 2 meses entre as duas e uma revacinação da 23 valente após 5 ano. A vacina tetravalente antimeningocócica (ACWY) ou isolada antimeningocócic C deve ser administrara em duas doses com intervalo de 2 meses com um reforço a cada 5 anos. A vacina antihemófilo em adultos está indicada em apenas uma dose. O uso de gamaglobulina IV em doses elevadas tem boa eficácia em agamaglobulinemia primária ou leucemia linfoide cronica INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 40 Danos da barreira fisiológica INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 41 causas INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 42 MICRORGANISMOS ENVOLVIDOS PELE: S. EPIDERMIDIS, S. AUREUS, STREPTOCOCCUS GRUPO A e menos comumente enterobactérias, Pseudomonas sp, aneróbios, candida sp, microsporum sp, tricophyton sp. Varia de acordo com clima, profissão, higiene pessoal, uso de ATB vo (suor) CAVIDADE ORAL (Agredida pela mucosite de RT, QT): germes com invasão sistemica: streptococcus alfa-hemolítico (viridans), rothia mucilaginosa e capnocytophaga sp, causando frequentes bacteremias, pp em neutropenicos, quando a higiene oral é FUNDAMENTAL, sobretudo nos períodos de indução de remissão das leucemias agudas TGI: ácido gástrico + peristalse + IgA são os mecanismos de proteção. IBP = microbiota intestinal do estómago, aumentando risco de causarem bacteremia ou infecção respiratória. Narcóticos = constipação. QT podem levar a ulcerações no intestino, invasão de enterobactérias como pseudomonas sp e enterococcus faecalis. Tiflite: porta dde entrada para S. aureus, P. aeruginosa, clostridium e bacillus cereus INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 43 TRATO RESPIRATÓRIA: motilidade ciliar + tosse quebra QT/RT ou TOT + VM acúmula secreção broncoaspiração + PNM BGN como pseudomonas, klebsiella, serratia, enterobacter, acinetobacter e fúngicas como aspergillus podem ocorrer por contaminação ambiente TRATO URINÁRIO: fluxo urinário + urina + IgA + enzimas etc procedimentos invasivos como cateterização e cistoscopia, podem favorecer a infecções, principalmente se pct com múltiplos fatores de imunodepressão Enterobactérias são os pp, além de candida, em cateterizados ou após uso de ATB largo espectro prolongado INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 44 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL E TRATAMENTO Antibioticoterapia empírica + coleta de amostras das superfícies acometidas Infecções cutâneas piogênicas: cobrir s. AUREUS = CEFALOSPORINAS 1ªg OU DERIVADO DA ISOXAZOILPENICILINA E CLINDAMICINA nas infecções comunitárias, e vancomicina ou teicoplanina e linezolida em pcts cateterizados hospitalizados INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 45 ISOXAZOILPENICILINA (OXACILINA) 45 Infecções sistemicas provenientes da cavidade oral: ampicilina, ampicilina+sulbactam, amoxicilina + ácido clavulânico ou cefalosporinas segunda geração (cefuroxima) PNM hospitalar em pacientes com prótese ventilatória ATB cobrindo BGN e Cocos gram positivos MDR, como ceftazidima ou cefepima ou carbapenemicos associados à vancomicina ou linezolida. ITU de pct cateterizado e hospitalizado ciprofloxacino, cefalosporinas ou carbapenemicos de acordo com o perfil da isntituição, por sua elevada potencia contra enterobactérias e predominante ação conra p. aeruginosa. Com advento de formas MDR produtoras de carbapenemaeses e outras beta-lactamaeses de espectro estendido, o uso de colistina ou polimixina e da tigeciclina pode ser necessário. INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 46 obstruções HPB ITU por enterobactérias (pp E.coli) Carcinoma broncogenico PNM refratárias ao tratamento usual por cocos gram positivos, bacilos gram negativos e anaeróbios Linfoma abdominal Colangites devido compressão de via biliar por bacilos gram-negativos Carcinomas de colo infecções por anaeróbios Tratamento: ATB correção cirúrgica para prevenção de reinfecção INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 47 Deficiências mistas Diabético descompensado/ Uremico deficiência expressiva na quimiotaxia e fagocitose pelos polimorfonucleares, com aumento da incidência de infecções cutâneas, como celulites, furuncolose e impetigo causados pp por BGP como S.aureus e S.pyogenes; também infecções fúngicas cutâneas, como dobras, áreas umidas e atrito, pp obesos, abaixo dos seios, parte adutora da coxa e área genital Condições extremas de descompensação metabólica, como acidose metabólica, hiperglicemia acentuada e hipotermia, fungos oportunistas, como Aspergillus sp e Rhizopus sp podem causar infecções de alta gravidade, com comprometimento rino-orbitocerebral, levando a quadros de tromboflebites e tromboses de seio cavernoso ou doença disseminada com alta taxa de mortalidade. Infecções do trato urinário são comuns por bacilos gram-negativos, sobretudo em pacientes cateterizados ou com bexiga neurogênica. Bacteriuria assintomática pode ocorrer em até 20% desses pacientes. Otite externa maligna, raro, diabéticos > 60 anos, descompensados por P.aeruginosa (pode disseminar por contiguidade para subcutaneo, nervo facial, mastoidite e seios venosos cerebrais, com > mortalidade). INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 48 CTC/Citostáticos mista (disfunção fagocitária + disfunção imunidade celular [pp LinfT]) Bacilos gram negativos (E.coli, K.pneumoniae, P.aeruginosa) e cocos gram-positivos (S.epidermidis, S.aureus, S.viridans) além de fungos (Aspergillus sp, Candida sp) TB, Toxo Virus (CMV, VZV e HSV) Trombocitopenia isoladamanete parece ser um fator de risco independente para bacteremias e infecções em geral. INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 49 Estresse ou transtornos de humor > suscetibilidade a infecções, com influência negativa na função das células T e natural-killer. A depressão maior, por exemplo, pode estar associada a um declínio importante da imunidade celular específica para o VZV. IDOSOS = Disfunção da imunidade celular e humoral, reflexo da tosse, insuficiência circulatória e diminuição na cicatrização de feridas + Dçs cronicas + polimedicação pode potencializar imunodeficiencia infecções como herpes zoster, ITU, gripes, PNM, TB, infecções em úlceras de pressão, endocardite infecciosa, meningite, osteoartrites sépticas, etc. Nestas circunstancias o tratamento antimicrobiano depende de fatores da imunodeficiência e da história clínica. Idosos institucionalizados tem microbiota alterada. Imunização com vacinas contra doença pneumocócica e influenza e contra herpes zóster é de grande valor. INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 50 INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 51 bibliografia Thomas, M. (2019). Infection in the immunocompromised host. The Lancet Infectious Diseases, 19(5), 476. doi:10.1016/S1473-3099(19)30134-3 (https://doi.org/10.1016/S1473-3099(19)30134-3) Marinho, lac; Tavares, w. Rotinas de diagnóstico e tratamento das doenças infecciosas e parasitárias. 4 ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2015. Overview of Infections in the Immunocompromised HostDiagnostic Microbiology of the Immunocompromised Host, Second Edition, 3–50. doi:10.1128/microbiolspec.DMIH2-0026-2016 (https://doi.org/10.1128/microbiolspec.DMIH2-0026-2016) INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 52 bibliografia Figueiredo, E. A. P. de, Ramos, H., Maciel, M. A. V., Vilar, M. do C. M., Loureiro, N. G., & Pereira, R. G. (2007). Pseudomonas aeruginosa: freqüência de resistência a múltiplos fármacos e resistência cruzada entre antimicrobianos no Recife/PE. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 19(4), 421–427. https://doi.org/10.1590/s0103-507x2007000400003 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3480708/mod_folder/content/0/01.%20Antibi%C3%B3ticos%20beta-lact%C3%A2micos.pdf?forcedownload=1 https://ilas.org.br/assets/arquivos/ferramentas/guia-antibioticoterapia-empirica.pdf] https://slideplayer.com.br/slide/3000772/ Fishman, J. A. (2007). Infection in Solid-Organ Transplant Recipients. New England Journal of Medicine, 357(25), 2601–2614. doi:10.1056/NEJMra064928 (https://doi.org/10.1056/NEJMra064928) 10.1016/B978-0-7020-6896-6.00037-5 INFECÇÕES NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO 53
Compartilhar