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PARTO/PUERPÉRIO PARTO Como saber quando será o trabalho de parto? Quais os sinais de trabalho de parto? O que fazer? Procurar o serviço de referência/hospital ao perceber qualquer intercorrência, por exemplo: • perda transvaginal (líquido, sangue, corrimento); • presença de dores abdominais, principalmente tipo cólicas, ou dores localizadas; • contração do abdome; • parada da movimentação fetal; • edema de membros; • ganho de peso exagerado; • visão turva e; • presença de fortes dores de cabeça (cefaléia) ou na nuca. • A presença de contrações uterinas regulares, que vão progressivamente aumentando com o passar do tempo, numa frequência de 3-5 min. cada, com intervalos de 20 a 60 segundos é um forte indício de trabalho de parto. TRABALHO DE PARTO No pré parto • Tricotomia para facilitar a higiene. • Enema: esvaziamento do intestino para evitar contaminação no momento do parto. • Retirar suas roupas e acessórios e colocar a camisola do hospital. • Jejuar para evitar náuseas e vômitos. • Administração de soro EV, para caso de medicação endovenosa. • Exames de toque para acompanhar a evolução do parto. No momento do parto • ¨ Ficar deitada na mesa ginecológica. • ¨ Anestesia - nem todos os serviços contam com anestesia para parto normal. As formas existentes são: anestesia local, no caso de ser feito um pequeno corte na vulva para facilitar a saída do bebê; raqui ou peridural, que são anestesias dadas na medula (nas costas), que “adormecem” o corpo da cintura para baixo; usadas no caso de cesárea e em partos normais muito dolorosos. Períodos clínicos do parto • Dilatação: é considerado o 1º período do parto. Consiste nas modificações que o colo sofre. Pode variar de 1 hora até mais de 24 horas. • Expulsão: é o 2º período que inicia-se com a dilatação completa, terminando com a expulsão do feto. • Dequitação: corresponde ao 3º período do parto, indo até a expulsão completa da placenta e das membranas • Quarto período ou Greemberg: a primeira hora após a expulsão da placenta. Neste, deve haver a contração uterina, fator indispensável ao controle do sangramento no pós-parto. CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO TRABALHO DE PARTO • Proporcionar à paciente ambiente tranqüilo; • Manter a higiene corporal da paciente; • Atenção às queixas e solicitações da paciente; • Observar a dieta da paciente, conforme prescrição médica; • Manter a paciente, preferencialmente em DLE; • Atenção quanto a medicação; • Acompanhar a paciente ao sanitário; • Verificar sinais vitais; • Controle das secreções vaginais; • Observação e registro do aspecto do líquido amniótico, anotar hora que rompeu a bolsa; Estar atento e comunicar ao médico, imediatamente, nos casos de: • alterações das contrações uterinas; • alterações dos batimentos cardiofetais; • hemorragias vaginais; • eliminação de líquido amniótico meconial; • Encaminhar a paciente juntamente com o prontuário ao Centro Obstétrico, conforme a orientação médica e a rotina do serviço. CUIDADOS DE ENFERMAGEM DURANTE O PARTO • Colocar a parturiente na mesa de parto; • Ligar o berço aquecido; • Verificar se todo material está disponível na sala de parto: capote, luvas, campos, compressas, gazes, antisséptico, vidros para coleta de sangue do cordão, pêra para aspiração, seringa, agulhas, fios de sutura, bandeja de parto (tesoura, bisturi, pinças, porta-agulha, agulhas de sutura, cuba redonda); • Auxiliar o obstetra a se paramentar; • Ligar e posicionar o foco; • Incentivar a parturiente a fazer força para baixo no momento das contrações e a relaxar e respirar profundamente no intervalo entre elas; • Administrar soro ou medicação, caso prescritos; • Marcar o horário do nascimento; • Providenciar a identificação do RN: pulseira, que deve conter o nome da mãe, o sexo do RN, bem como a data e a hora do parto. • Colher a impressão digital da mãe e do plantar do RN no seu prontuário; • Identificar os frascos onde foi colhido sangue do cordão umbilical • Após a dequitação, providenciar: peso da placenta, medida do cordão e identificação de ambos, conforme rotina da clínica; • Após a liberação da paciente pelo médico, proceder à limpeza da região genital; • Passar a cliente para a maca; • Verificar os sinais vitais, sangramento vaginal, contração uterina e infusões venosas; • Fazer as anotações no prontuário: horário, tipo de parto, existência ou não de episiotomia e episiorrafia, sexo, Apgar e qualquer anormalidade com o RN e com a puérpera. • Encaminhar a mulher ao leito, junto com o prontuário; • Deixar a sala preparada para o parto seguinte. ESCALA DE APGAR Nota de 8 a 10: ótimas condições PARTO CESÁREA • O parto cesárea ou cesariana é um procedimento cirúrgico, invasivo, que requer anestesia. Nele, realiza-se uma incisão no abdome e no útero, com exposição de vísceras e perda de sangue, por onde o feto é retirado. INDICAÇÃO: • desproporção feto-pélvica, • apresentação anômala, • descolamento prematuro da placenta, • pós-maturidade, • sofrimento fetal agudo ou crônico, • cesáreas anteriores • entre outros. • A anestesia: raquidiana, aplicada na coluna vertebral. Ela tem efeito imediato à aplicação, levando à perda temporária de sensibilidade e movimentos dos membros inferiores. PERIDURAL X RAQUIDIANA • A diferença consiste na quantidade de anestésico e a forma de administração. • Peridural: quantidade de anestésico é maior e administração contínua por cateter. (partos normais) • Raquidiana: volume menor de anestésico e é dada uma vez só. (cesarianas) • Durante toda a técnica o técnico de enfermagem deve estar atento para a segurança da parturiente e, juntamente com o anestesiologista, ajudá-la a se posicionar para o processo cirúrgico, controlando também a tensão arterial. • No parto, o técnico de enfermagem pode desenvolver ações de circulante ou instrumentador. • Após o nascimento, presta os primeiros cuidados ao bebê e encaminha-o ao berçário. • O pós-operatório consta de: controle dos sinais vitais, observação rigorosa do sangramento, observação da incisão cirúrgica, oferecer a dieta, conforme prescrição. PARTO A FÓRCEPS • É um instrumento aplicado sobre a cabeça do feto para tracioná-la ou conduzi-la pelo trajeto. Sua aplicação está reservada aos obstetras. Ao ser solicitado o instrumento, o auxiliar deve questionar qual o tipo, uma vez que existem vários. PUERPÉRIO • Tem início após o 4º período do parto e é destinado à regressão do organismo materno às condições pré-gestacionais. O Puerpério pode ser classificado como: • Imediato: do 1º ao 10º dia pós- parto • Tardio: do 11º dia ao 42º dia pós-parto • Remoto: a partir do 43º dia. CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Cabe a equipe de enfermagem receber a paciente em leito e ambiente adequadamente preparados: • Desinfecção geral da unidade; • Suporte para soro; • Verificação e registro dos SSVV; • Ruídos minimizados ao máximo. Dar atenção especial quanto: • Às mamas: via de regra, encontram-se semitúrgidas e secretando um líquido amarelado, o colostro, que o recém nascido poderá sugar após o parto. A secreção do leite inicia-se pelo 2º ou 3º dias. As mães devem ser orientadas a oferecer as mamas ao RN, de forma alternada, garantindo assim, o seu bom esvaziamento. As mamas merecem atenção especial pela possibilidade do aparecimento de rachaduras. • À vagina: após o parto, gradativamente, o edema desaparece e a mucosa vai tomando uma coloração rósea. • Ao útero: após o parto, o útero toma uma consistência firme e começa a involuir. É importante acompanhar a involução pela medida da altura de fundo uterino. • Aos lóquios: são secreções eliminadas pelo útero no pós - parto, têm aspecto sanguinolentono início, passando a ser serossanguinolento e, depois, seroso. É importante avaliar as quantidades eliminadas, bem como seu aspecto e odor. • À dieta: devem ser oferecidos alimentos à paciente, assim que ela manifeste desejo de ingeri-los. • À deambulação: o repouso é importante no pós – parto; porém a paciente deve ser incentivada a movimentar-se, inicialmente, no leito e posteriormente, fora dele. • Ao intestino: a paciente evacua normalmente, 1 a 2 dias após o parto. • À volta da menstruação: o restabelecimento do ciclo menstrual é variável, estando relacionado com a amamentação. COMPLICAÇÕES NO PUERPÉRIO: • Hemorragias: causadas por rupturas no canal do parto ou no útero, retenção de fragmentos da placenta, contração uterina insuficiente ou alterações na coagulação sanguínea. • Infecções: causadas por cesarianas, parto prolongado, restos de placenta intraútero etc.
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