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ITER CRIMINIS Iter criminis – fases ou etapas do crime – conjunto de etapas que se sucedem cronologicamente para o desenvolvimento do delito Fases do iter criminis – interna - cogitação eterna – preparação, execução, consumação COGITAÇÃO – ( Summatum opus) - é a fase mental do crime, nesta etapa o crime ainda não ultrapassou a esfera subjetiva do agente PREPARAÇÃO - (Conatus Remotus) – nesta etapa o agente reunirá os meios necessários à execução do crime. EXECUÇÃO – (Conatus Proximus) – é a etapa que se inicia propriamente o crime, ha partir daqui a punição CONSUMAÇÃO – (Consumattio) – quando o agente realiza todos os elementos descritos no tipo penal EXAURIMENTO – é o delito em que, posteriormente à consumação, subsistem efeitos lesivos derivados da conduta do autor (não faz parte do iter criminis) FASES DO INICIO DA EXECUÇÃO a) TEORIA OBJETIVO FORMAL – só haverá iniciado a execução quando o sujeito iniciar objetivamente a pratica descrita no verbo penal, desta forma, deverá haver afetação ao objeto material b) TEORIA OBJETIVO INDIVIDUAL OU SUBJETIVA – só haverá iniciado a execução quando o sujeito demonstrar de forma inequívoca a intenção de consumar o crime, deste modo, a execução estará iniciada no momento anterior a afetação ao objeto material. (essa teoria se adequa melhor a nossa estrutura jurídica). ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO TIPO PENAL Elementos objetivos (é obrigatório) (descrição do ato) – subtrair para si ou para outrem coisa alheia móvel. Elementos subjetivos (é obrigatório) (dolo + elemento subjetivo especial em alguns crimes) dolo, pretensão, para si ou para outrem, com o intuito de Elementos normativos – (pode ou não ser obrigatório) elementos que precisam de delimitação jurídica TENTATIVA – realização incompleta do tipo penal NATUREZA JURIDICA DA TENTATIVA –(Corrente Majoritária) Norma de adequação típica ou subordinação mediata ou indireta, para que cheguemos ao tipo penal da forma tentada há de haver a conjugação do tipo penal com o artigo. Ex art. 121 CC + art. 14 CP = norma de adequação para que cheguemos a tipicidade CLASSIFICAÇÃO DA TENTATIVA 1 – QUANTO A LESÃO AO OBJETO MATERIAL a) TENTATIVA BRANCA OU INCRUENTA – quando não houver lesão ao objeto material b) TENTATIVA VERMELHA OU CRUENTA – quando houver lesão ao bem material 2 – QUANTO A PROGRESSÃO DO ITER CRIMINIS a) TENTATIVA IMPERFEITA – quando o sujeito inicia os atos executórios, todavia é impedido de prosseguir a execução por circunstancias alheias a sua vontade. b) TENTATIVA PERFEITA CRIME FALHO – quando o sujeito pratica todos os atos executórios planejado, mas o resultado não ocorrerá, por circunstancias alheias a sua vontade 3 – QUANTO A IDONEIDADE OU EFICIENCIA DA TENTATIVA a) TENTATIVA IDONEA – (condições de realizar o crime) quando o sujeito não consegue consumar o crime, mas nas circunstancias do caso concreto seria possível a consumação b) TENTATIVA INIDONEA – ( Não há crime, ou crime impossível art.17 CP) – quando fica demonstrado, considerando as circunstancias do caso concreto que seria impossível haver consumação, quer seja pela ineficiência absoluta dos meios escolhidos para a execução do crime, quer seja pela impropriedade total do objeto material. 4 – QUANTO A VONTADE DO AGENTE a) TENTATIVA SIMPLES – quando o resultado deixa de ocorrer por circunstancias alheias a vontade do agente b) TENTATIVA ABANDONADA – é aquela em que o resultado deixa de ocorrer por circunstancias inerente a vontade do agente. A tentativa abandonada pode se apresentar através da desistência voluntária (quando iniciada a execução o agente desiste de prosseguir nos atos executórios resultando na não consumação do delito) e do arrependimento eficaz (quando o agente após concluir os atos executórios, se arrepende e evita a consumação). Obs. De acordo com o art. 15 do CP, na tentativa abandonada o agente não responde pelo delito pretendido inicialmente, somente responde pelo dano causado. 5 – INFRAÇÕES PENAIS QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA a) Crimes culposos nos tipos culposos, existe uma conduta negligente, mas não uma vontade finalisticamente dirigida ao resultado incriminado na lei. Não se pode tentar aquilo que não se tem vontade livre e consciente, ou seja, sem que haja dolo. b) Contravenções penais (art. 4º, da LCP) que estabelece não ser punível a tentativa. c) Crimes preterdolosos são aqueles em que há dolo no antecedente e culpa no consequente. Ex. lesão corporal seguida de morte. Havendo culpa no resultado mais grave, o crime não admite tentativa. d) Crimes habituais são aqueles que exigem uma reiteração de condutas para que o crime seja consumado. Cada conduta isolada é um indiferente para o Direito Penal. e) Crimes de atentado são aqueles em que a própria tentativa já é punida com a pena do crime consumado, pois ela está descrita no tipo penal. Ex. art. 352 do CP evadir- se ou tentar evadir-se. f) Crimes omissivos próprios o crime estará consumado no exato momento da omissão. Não se pode admitir um meio termo, ou seja, o sujeito se omite ou não se omite, mas não há como tentar omitir-se. No momento em que ele devia agir e não age, o crime estará consumado. g) Crimes unissubsistentes são aqueles em que não se pode fracionar a conduta. Ou ela não é praticada ou é praticada em sua totalidade. Deve-se ter um grande cuidado para não confundir esses h) crimes com os formais e de mera conduta, os quais podem ou não admitir a tentativa, o que fará com que se afirme uma coisa ou outra é saber se eles são ou não unissubsistentes. ANTIJURIDICIDADE OU ILICITUDE A antijuridicidade, ou ilicitude, pode ser conceituada como a contrariedade da conduta com o ordenamento jurídico. Isto porque temos que a antijuridicidade em seu significado literal quer dizer: anti (contrário) juridicidade (qualidade ou caráter de jurídico, conformação ao direito; legalidade, licitude), ou seja, é o que é contrário a norma jurídica. Classificação de antijuridicidade FORMAL E MATERIAL Ilicitude Formal: mera contrariedade do fato ao ordenamento legal (ilícito), sem qualquer preocupação quanto a efetiva danosidade social da conduta. O fato é considerado ilícito porque não estão presentes as causas de justificação, pouco importando se a coletividade reputa-o reprovável. Ilicitude Material: contrariedade do fato em relação ao sentimento comum de justiça (injusto); O comportamento afronta o que o homem médio tem por justo, correto. Há uma lesividade social inserida na conduta, a qual não se limita a afrontar o texto legal, provocando um efetivo dano à coletividade. Na lição basilar de Zaffaroni, devemos diferenciar o que seja antijuridicidade do injusto, onde ele classifica a ilicitude como sendo apenas uma característica do injusto, onde não se pode fazer uma confusão entre ambos. O injusto é a conduta típica e antijurídica, enquanto a antijuridicidade é a característica que tem a conduta de ser contrária à norma. Sendo assim, o injusto não é objetivo. A antijuridicidade possui além da divisão formal e material a que estabelece a ilicitude objetiva e subjetiva. Se temos por objetiva a antijuridicidade, quando ocorre um fato concreto que está descrito na lei ou na ordem jurídica e diante desta ocorrência o juiz terá que analisar o caso, ele deverá ser o mais objetivo possível para que haja a segurança jurídica. Diante deste ponto de vista, temos que a objetividade extrai antijuridicidade do subjetivismo arbitrário do julgador, fazendo com que as decisões judiciais sejam o mais previsível possível. O que se quer com a objetividade da ilicitude é que o juízo da antijuridicidade não recaia sobre toda a conduta,mas apenas sobre o seu aspecto objetivo. Não se pode sustentar que sendo o injusto complexo a antijuridicidade recaia apenas sobre o aspecto objetivo da tipicidade. Por outro lado afirmam que a antijuridicidade é objetiva porque não está restrita às motivações do autor. Acha-se claro que a motivação está ligada à culpabilidade, enquanto que o injusto se completa com elementos subjetivos do tipo que devam ser distinguidos das motivações, sendo assim a antijuridicidade é objetiva. A teoria de que divide em antijuridicidade objetiva e antijuridicidade subjetiva, tem por finalidade fazer recair a antijuridicidade somente sobre o aspecto objetivo do delito, reservando o subjetivo para a culpabilidade. Havendo uma sustentação de que o injusto seja complexo tem que se afirmar que o injusto é pessoal e que a antijuridicidade de uma conduta depende de aspectos objetivos e subjetivos. Fernando Capez define a antijuridicidade subjetiva como sendo: “O fato só é ilícito se o agente tiver capacidade de avaliar seu caráter criminoso, não bastando que objetivamente a conduta esteja descoberta por causa de justificação” e a antijuridicidade objetiva como sendo [independente da capacidade de avaliação do agente. Basta que, no plano concreto, o fato típico não esteja amparado por causa de exclusão].” Ou seja, para a antijuridicidade subjetiva o agente tem que ter conhecimento do caráter ilícito de sua conduta, tem que entrar na sua esfera de conhecimento que está agindo voltado para um fim ilícito para que esteja presente a antijuridicidade, enquanto que para antijuridicidade objetiva basta que a conduta esteja descrita como crime para que a ilicitude se apresente não se faz necessário que o agente tenha conhecimento do seu caráter ilícito e basta apenas a presença de uma causa de excludente de ilicitude para o fato deixar de ser típico. Causas Excludentes de antijuridicidade: O art. 23 do CP, prevê quatro hipóteses em que o agente está autorizado a realizar uma conduta típica sem que ela seja antijurídica, ou seja, mesmo realizando a conduta típica, esta será considerada lícita, é o chamado tipo permissivo. São elas: estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular do direito. ESTADO DE NECESSIDADE – art. 24 do CP – comportamento do agente, conduta que visa salvar-se ou a terceiros de perigo eminente ou alheio ELEMENTOS DO ESTADO DE NECESSIDADE: Salvar perigo atual ou iminente Direito próprio ou alheio do agente ou de terceiro Não provocado pelo agente Toda interpretação da norma deve ser estrita. Se a situação que conduz o estado de necessidade foi por culpa, o agente pode alegar o estado de necessidade (majoritariamente) No dolo não há estado de necessidade Na culpa há estado de necessidade Exclusão do estado de necessidade Não pode alegar estado de necessidade o agente que tem o dever legal de enfrentar o perigo, como reza o § 1º do artigo 24 do CP. São pessoas que em razão da função ou ofício, tem o dever legal de enfrentar o perigo, não lhes sendo lícito sacrificar o bem de terceiro para a defesa do seu próprio. Podemos exemplificar o bombeiro, o guarda de penitenciária, o soldado, dentre outros. No entanto, na análise desta exclusão, insurge uma questão fundamental, pois a lei fala em dever legal. Neste padrão, está impossibilitado de alegar que se encontra em estado de necessidade quem se acha sob dever jurídico? No entanto, assim sendo a obrigação, não se deve exigir qualquer ato de heroísmo ou ainda abdicação de direitos fundamentais, como bem ressalta novamente Guilherme de Souza Nucci, concluindo que, a finalidade do dispositivo é evitar que pessoas obrigadas a vivenciar situações de perigo, ao menor sinal de risco, se furtem ao seu compromisso. spécies de estado de necessidade – Quanto ao terceiro que sofre a ofensa: Estado de necessidade defensivo: ocorre quando o agente pratica o ato necessário descrito no tipo, contra coisa da qual emana perigo para o bem jurídico em questão. Estado de necessidade agressivo: verifica-se quando o ato necessário se dirige contra coisa diversa daquela de que deriva o perigo para o bem jurídico em defesa. – Quanto ao bem sacrificado: Estado de necessidade justificante: trata-se do sacrifício de bem de menor valor em relação ao bem preservado, ou então, do sacrifício de bem de igual valor ao preservado. Estado de necessidade exculpante: remete-se a teoria da inexigibilidade da conduta diversa, ou seja, nas condições, não era razoável exigir-se do agente outro comportamento. – Quanto à titularidade: Estado de necessidade próprio: refere-se à espécie no qual o agente protege bem próprio. Estado de necessidade de terceiro: verifica-se quando o agente protege bem de terceiro. – Quanto ao elemento subjetivo do agente: Estado de necessidade real: é a própria tipificação legal, ou seja, quando efetivamente existe a situação de perigo que descreve o “caput” do artigo 24 do CP. ESTADO DE NECESSIDADE REAL OU CONCRETO Modalidade em que, efetivamente, ocorre o perigo atual que ameaça a existência de dois ou mais bens jurídicos. Excludente objetiva de criminalidade (justificativa) porque o Direito autoriza o indivíduo a sacrificar um bem jurídico para a preservação de outro ESTADO DE NECESSIDADE PUTATIVO OU APARENTE Haverá estado de necessidade putativo se o agente supõe, por erro, que se encontra em situação de perigo. Supondo o agente, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, estar no meio de um incêndio, não responderá pelas lesões corporais ou morte que vier a causar para salvar-se. Inexiste a justificativa, mas o agente não responde pelo fato por ausência de culpa em decorrência de erro de proibição LEGITIMA DEFESA – art. 25 CP Repulsa a uma agressão injusta, atual, iminente. Expressão co arcabouço jurídico que compõe os direitos humanos. Só se pode falar em legitima defesa com relação a agressão que esta acontecendo ou esta para acontecer. Somente se pode falar em agressão quando parte ela de uma ação humana. Não há legítima defesa, e sim estado de necessidade quando alguém atua para afastar um perigo criado pela força da natureza ou por um animal, salvo se este estiver sendo utilizado por outro para uma agressão. A agressão pode partir da multidão em tumulto e contra esta cabe legítima defesa, ainda que, individualmente, nem todos os componentes desejem a agressão que pode ser atual ou eminente. ELEMENTOS QUE CONFIGURAM A LEGITIMA DEFESA a) Agressão injusta, atual ou iminente: a agressão pode ser definida como o ato humano que causa lesão ou coloca em perigo um bem jurídico. A agressão é injusta quando viola a lei, sem justificação (“sine jure”). Agressão atual é aquela que está ocorrendo. Agressão iminente é aquela que está preste a ocorrer. b) Direito próprio ou de terceiro: significa que o agente pode repelir injusta agressão a direito seu (legítima defesa própria) ou de outrem (legítima defesa de terceiro), não sendo necessária, neste último caso, qualquer relação entre eles. c) Utilização dos meios necessários: significa que o agente somente se encontra em legítima defesa quando utiliza os meios necessários a repelir a agressão, os quais devem ser entendidos como aqueles que se encontrem à sua disposição. Deve o agente sempre optar, se possível, pela escolha do meio menos lesivo. d) Utilização moderada de tais meios: significa que o agente deve agir sem excesso, ou seja, deve utilizar os meios necessários moderadamente, interrompendo a reação quando cessar a agressão injusta. e) Conhecimento da situação de fato justificante: significa que a legítima defesa requer do agente o conhecimento da situação de agressão injusta e da necessidade derepulsa (“animus defendendi”). ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL Exercício do dever expresso em lei, aplicado a agentes públicos. “Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato: III – em estrito cumprimento de dever legal…” Sua conceituação, porém, é dada pela doutrina como, por exemplo, Fernando Capez, que assim define o estrito cumprimento do dever legal: “É a causa de exclusão da ilicitude que consiste na realização de um fato típico, por força do desempenho de uma obrigação imposta por lei, nos exatos limites dessa obrigação”. Em outras palavras, a lei não pode punir quem cumpre um dever que ela impõe. EXERCICIO REGULAR DO DIREITO o exercício regular de direito é a realização de uma faculdade de acordo com as respectivas normas jurídicas. Excludente de criminalidade do ponto de vista objetivo (justificativa) EX. O pugilista que desfere golpes no adversário em uma luta de boxe não poderá ser processado por Lesão corporal, pois exerce um direito legal de praticar o esporte IMPUTABILIDADE É a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento. O agente deve ter condições físicas, psicológicas, morais e mentais de saber que está realizando um ilícito penal. Mas não é só. Além dessa capacidade plena de entendimento, deve ter totais condições de controle sobre sua vontade. Em outras palavras, imputável é não apenas aquele que tem capacidade de intelecção sobre o significado de sua conduta, mas também de comando da própria vontade, de acordo com esse entendimento. Conforme o artigo 26 do Código Penal “a posição do agente perante a lei penal se define, então, nos três momentos[1]: imputabilidade, culpabilidade e responsabilidade penal. Portanto, a Imputabilidade é a capacidade de entender e de querer. Exemplo: um dependente de drogas tem plena capacidade para entender o caráter ilícito do furto que pratica, mas não consegue controlar o invencível impulso de continuar a consumir a substância psicotrópica, razão pela qual é impedido a obter recursos financeiros para adquirir entorpecentes, tornando um escravo de sua vontade, sem liberdade de autodeterminação e comando sobre a própria vontade, não podendo por essa razão, submeter-se ao juízo de censurabilidade. Para Welzel, a capacidade de culpa apresenta dois momentos: um intelectual e outro de vontade, isto é, a capacidade de compreensão do injusto e a determinação da vontade conforme ao sentido, agregando que ambos os momentos conjuntos formam a capacidade de culpabilidade. CULPABILIDADE E CAPACIDADE: Capacidade é a possibilidade de entendimento e vontade, sendo também a aptidão para praticar atos na orbita processual, tais como oferecer queixa e representação. DOLO E IMPUTABILIDADE Dolo significa fraude, má fé, maquinação. Agir com dolo significa que alguém tem a intenção de atingir um fim exclusivamente criminoso para causar dano a outras pessoas. Em Direito Penal dolo caracteriza-se pela vontade livre e consciente de querer praticar uma conduta descrita em uma norma penal incriminadora. Dolo é à vontade, imputabilidade, é a capacidade de compreender essa vontade, assim, por exemplo, se um louco que pega uma faca e esquarteja a vitima age com dolo, pois desfere os golpes com consciência e vontade. O que lhe falta é discernimento sobre essa vontade. Ele sabe que esta esfaqueando a vítima, mas não tem condições de avaliar a gravidade do que esta fazendo. Um usuário que esta portando cocaína para uso próprio, mas não tem comando sobre essa vontade. Tem dolo, mas não tem imputabilidade. IMPUTABILIDADE E RESPONSABILIDADE Responsabilidade é a aptidão do agente para ser punido por seus atos e exige três requisitos: imputabilidade, consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta. CAUSAS QUE EXCLUEM A IMPUTABILIDADE: Pessoas Inimputáveis 1. Doença Mental, 2. Desenvolvimento mental incompleto, 3. Desenvolvimento mental retardado e 4. Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior. 1 - doença mental: é a perturbação mental ou psíquica capaz de eliminar ou afetar a capacidade de entender o caráter criminoso do fato ou de comandar a vontade de acordo com esse entendimento; 2 - - desenvolvimento mental incompleto: é o desenvolvimento que ainda não se concluiu, devido à recente idade cronológica do agente ou à sua falta de convivência em sociedade; 3 - - desenvolvimento mental retardado: é o incompatível com o estágio de vida em que se encontra a pessoa, estando, abaixo do desenvolvimento normal para a sua idade cronológica. 4 - - embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior: é toda ocorrência ocasional, de difícil verificação. A força maior resulta de uma força externa ao agente, que o obriga a consumir a droga. É quando o indivíduo é obrigado a ingerir álcool por coação física ou moral. E ela é completa quando pode-se retirar total ou parcialmente a capacidade de entender e querer. CONCURSO DE PESSOAS OU CONCURSO DE AGENTE OU CODELINQUENCIA pode ser definido como a concorrência de duas ou mais pessoas para o cometimento de um ilícito penal. CLASSIFICACAO DOS CRIMES QUANTO AO CONCURSO DE PESSOAS CRIME UNISSUBJETIVO OU CRIME MONOSUBJETIVO OU CRIME DE CONCURSO EVENTUAL O delito pode ser cometido por apenas uma pessoa, art, 29 CP CRIME PLURISSUBJETIVO OU CRIME DE CONCURSO NECESSARIO É a infração penal em que há de existir a presença de duas ou mais pessoas, art. 288 CP. REQUISITOS PARA O CONCURSO DE PESSOAS PLURALIDADE DE CONDUTA – todos os agentes deverão praticar alguma conduta RELEVANCIA CAUSAL DA CONDUTA – a conduta dos agentes deve contribuir para a pratica do crime, seja de forma principal ou acessória LIAME SUBJETIVO ou LIAME COGNITIVO – e importante que haja ajustamento entre os agentes para a pratica do crime. IDENTIIDADE DE CRIMES – no concurso de agente, todos responderão pelo mesmo crime, art. 29 CP. CLASSIFICACAO DOS CRIMES PLURISSUBJETIVOS CONDUTAS PARALELA – quando um agente auxilia o outro CONDUTAS CONVERGENTES – quando a convergência faz nascer o delito ou forma o ilícito penal CONDUTAS CONTRAPOSTAS – os agentes agem contra si mesmos TEORIAS QUANTO AO CONCURSO DE PESSOAS UNITÁRIA – não há distinção entre autor e participe EXTENSIVA – não há distinção entre autor e participe, mas é possível a aplicação de penas distintas aos agentes, diante da analise da conduta de cada um RESTRITIVA – (ADOTADA PELO CP) – distingue autor e participe, sendo que AUTOR é o que realiza o núcleo do tipo penal e PARTICIPE é o que contribui de alguma forma para a pratica do crime de maneira acessória. DOMINIO DO FATO – distingue autor e participe, é considerado autor também aquele que tem domínio sobre o fato.
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