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Resumo 2 Enfermagem na Saúde do Adulto I

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Prova 2
44
Saúde do adulto I
Alterações gastrointestinais e geniturinárias
Estomas intestinais
A colostomia é a exteriorização do cólon justaposta à pele da parede abdominal anterior. De acordo com a localização, pode ser caracterizada como ascendente, transversa, descendente ou sigmoide. A consistência das fezes altera-se de acordo com a exteriorização do cólon.
	Colostomia
	Consistência das fezes
	pH
	Ascendente
	Eliminação é liquida ou semilíquida. Eflui quase continuamente podendo ser muito irritante para a pele periestoma.
	Alcalino (>8)
	Transversa
	Eliminação é semilíquida, podendo ocasionalmente ser semissólida.
	-
	Descendente
	Eliminação é mais consistente.
	-
	Sigmoide
	Eliminação consistente com fezes completamente formadas.
	Neutro (5 a 6)
*Como a pele tem pH levemente ácido, a diferença de pH causa lesão.
A ileostomia é uma estomia de eliminação intestinal, geralmente localizada à direita, com protusão de aproximadamente 25-35mm. É formada com a exteriorização do íleo na superfície da parede abdominal. As eliminações são de consistência líquida ou semilíquida, altamente irritantes para a pele periestoma em razão do teor elevado de enzimas proteolíticas e pH alcalino.
Formas de estomia intestinal
Quando à forma, a estomia intestinal é classificada em terminal, em alça e em duas bocas. As quais poderão estar localizadas no intestino grosso (colostomia) ou no intestino delgado (ileostomia).
A estomia terminal é constituída por apenas uma boca ou abertura. Em geral, é definitiva, exceto nos casos de colostomia de Hartmann, que se apresenta na mesma forma, mas tem possibilidade de reconstrução do trânsito intestinal.
A estomia em alça é constituída por duas bocas unidas parcialmente e exteriorizadas pelo mesmo orifício, formando uma estomia com segmento proximal (funcionante) e distal (não funcionante). Em geral, localiza-se no cólon transverso.
A estomia em alça é realizada com previsão de restabelecimento do transito intestinal. Temporariamente poderá ter uma haste de sustentação, sob a alça intestinal, para impedir seu deslocamento. Para isso, utiliza-se um cateter plástico ou de borracha, que será retirado entre 7 e 10 dias após o procedimento cirúrgico.
A estomia em duas bocas ou canal duplo é constituído por duas ostomias completamente separadas, os quais são exteriorizadas justapostas no mesmo orifício na forma de cano de escopeta ou exteriorizadas no abdome em locais distantes e o segmento distal denominado de fistula mucosa.
*Os estomas devem ficar no musculo reto abdominal ou haverá prolapso da estomia.
*Esforço físico abdominal não deve ser realizado nos 3 primeiros meses.
Complicações nas estomias e pele periestomia
	Complicações imediatas: ocorrem até 24 horas do PO, alguns exemplos são necrose de alça, hemorragia e edema.
	Complicações precoces: ocorrem entre o 1º e o 7º dia de PO, se destacam o descolamento mucocutâneo, a fístula e a retração da estomia.
	Complicações tardias: ocorrem desde a alta hospitalar até meses após a cirurgia, alguns exemplos são hérnias paraestomais, prolapso de alça, retração da estomia, estenose, lesões pseudoverrucosas e dermatite periestomia.
	*estenose: a diminuição da luz intestinal pode causar morte em casos graves!
	Complicações específicas das ileostomias: déficit de nutrientes (vitamina B12, magnésio e potássio), diarreia e dermatite.
Manutenção da pele periestomia
	A pele íntegra desempenha papel fundamental no funcionamento de todo o equipamento coletor, pois é onde a placa adesiva fica fixada. Quando a região periestomia está lesionada, a consequência imediata é a redução da capacidade do dispositivo de manter-se fixo à pele.
	No PO, a estomia se apresenta edemaciada e a diminuição de tamanho ocorre em algumas semanas: por isso é importante manter uma mensuração frequente.
	A pele periestomia deve ser avaliada a cada troca do dispositivo coletor, quanto:
Turgor: pode ser normal com boa elasticidade, flácida ou muito firme;
Cor: pode ser normal, pele com eritema ou ainda pele com lesão (podendo variar de amarelada à arroxeada);
Integridade: alterações manifestam-se, principalmente, pela ocorrência de maceração, erosão, erupção cutânea e ulcerações;
Área para aplicação da placa: considerar pontos anatômicos importantes para a fixação da bolsa. Alguns problemas que dificultam a aderência da placa são a fragilidade da pele periestomia devido à idade e as condições cutâneas, a proximidade da estomia a depressões, pregas cutâneas, dobra abdominal ou contorno na pele periestomia irregular e proeminências ósseas; Também para uma melhor avaliação da área de aplicação da placa, deve-se avaliar a pessoa deitada E sentada.
Além disso, para a manutenção da integridade da pele periestomia são necessários os seguintes cuidados:
Limpeza da pele: feita delicadamente com agua e sabão ou soluções específicos;
Pelos da pele: aparados com tesoura de ponta curva. Não deve-se utilizar lâminas para evitar lesões e inflamação da raiz do pelo;
Substancias proibidas: álcool, benzina, colônias, tintura de benjoim, mercúrio e mertiolate não devem ser utilizados. Ressecam a pele, causando lesões e reações alérgicas. Podem impedir a adaptação do coletor, causando descolamento e/ou vazamento;
Proteger a estomia: proteger a estomia com gaze umedecida e expor a pele periestomia ao sol da manhã (por 15-20 minutos) – essa exposição é contraindicada para pacientes que façam QT ou radio.
Troca das bolsas
Com da bolsa cheia é o momento ideal para troca, principalmente pois ela vai “caindo”;
O tempo ideal da troca é quando não há infiltração de conteúdos para baixo da placa (risco de dermatite);
A retirada da bolsa é feita de cima para baixo – CUIDADO! Dermatite por trauma mecânico, a bolsa deve ser retirada calmamente;
Quando existir dermatite com umidade: utilizar pó e pasta;
Quando existir dermatite sem umidade: somente a pasta;
*A utilização de bolsas com placas convexas é para estomas retraídos.
Incontinências urinárias
	Músculo detrusor da bexiga e o trígonos vesical: responsáveis pela continência urinária;
Enchimento da bexiga: inibição do parassimpático (n. pélvico) pelo simpático (n. hipogástrico);
Resistência uretral: reflexo somático (n. pudendo);
Esvaziamento da bexiga: inibição do reflexo somático e ativação do parassimpático;
Contração da musculatura lisa induzida pelo SNP;
Pressão de perda >40cm H2O podem levar a infecções do TU = refluxo = pielonefrite = perda da função renal.
Bexiga neurogênica = qualquer lesão de origem neurológica.
Lesão do tronco cerebral = hiperatividade detrusora (AVE, Parkinson, paralisia cerebral, tumor cerebral, demências);
Lesão entre T6 e L2 = hiperatividade detrusora, obstrução por dissinergia e hiperreflexia autonômica do esfíncter;
Lesão abaixo de S2 = arreflexia do detrusor e < da complacência (trauma, EM, lesão sacral, hiperreflexia autonômica).
Tipos de incontinências urinária
Esforço: devido ao aumento da pressão intra-abdominal;
Como tratamento se realiza o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico (FMAP).
Urgência: falta da musculatura externa de “segurar” a urina;
Tto comportamental: tentar segurar a urina dentro da bexiga por um tempo antes de ir ao banheiro;
[ ] da urina: ingesta hídrica;
Diário miccional: 3 dias controlando o horário em que urinou e a quantidade de água que bebe;
Treino – 4/4 horas;
Anticolinérgicos;
Trânsito intestinal;
Estimulantes/irritantes;
FMAP;
Hiperplasia prostática
Processo obstrutivo da uretra prostática;
Retenção que pode levar a incontinência de urgência;
CIL com cateter hidrofílico;
No PO de prostatectomia – incontinência de esforço;
Tto com FMAP;
Diurese
Masculina: 200-500mLpor micção
Feminina: 150-400mL
Resíduo pós-miccional: aceitável até 100mL quando não houver infecção recorrente;
Oligúria = excreção de diurese inferior a 400mL/dia ou 20mL/hora;
Anúria = diurese inferior a 100mL/dia;
Poliúria = excreção de volume urinário superior a 2500mL/dia;
Disúria
= micção associada a sensação de dor, queimor ou desconforto;
Urgência = necessidade súbita e imperiosa de urinar;
Polaciúria = necessidade de urinar em intervalos inferiores a 2 horas;
Hesitação = intervalo maior para que apareça o jato urinário;
Noctúria = 2x ou mais à noite. Em idade superior a 70 anos é 3x ou mais;
ITU
ITU recorrente = 2x/semestre OU 3x/ano – resíduo pós miccional é aceitável de até 50mL;
Causas:
Vida sexual ativa após período de abstinência;
Gestação;
Cateterismo vesical de demora;
Forma de higiene;
< ingesta hídrica;
Segurar a micção;
Estudo urodinâmico
Pressão vesical = pressão do detrusor;
Pressão abdominal;
Urofluxometria livre: Fem > 20 OU Masc > 15;
Se não alcançar este volume pode ter obstrução infravesical;
Primeiro desejo = sensibilidade;
Se for com baixo volume = hipersensibilidade;
Se durante o enchimento ocorrer contração detrusora = hiperatividade;
Pressão detrusora normal = 100mmH2O;
Cateter ou sonda?
Materiais: plástico, látex, silicone, cobertura de silicone;
Cobertura de hidrogel e silicone;
Tipos (nelaton);
Escolha do cateter: boa drenagem no menor diâmetro; 
Medida: Charrièrre ou French
1CH/FR = 0,33 mm
Graduação de 2/2, números pares;
CIL (cateterismo intermitente limpo): 8 a 10 CH/FR
Quando bem indicado, é um recurso seguro, pois tem um pequeno índice de complicações, reduz os índices de infecções urinárias, preserva o trato urinário superior (redução do fluxo vesicouretral), preserva o músculo da bexiga;
Melhora a qualidade de vida dos pacientes pois melhora a continência, promove maior independência, assegura um melhor convívio social, ajudando na recuperação da autoestima;
Pode ser de forma temporária ou definitiva;
Prejuízo da contração do detrusor;
Dificuldade de relaxamento do esfíncter uretral;
RPM > OU = 30% CV + ITU;
4-6x/dia;
Ao primeiro sinal de ITU aumentar a ingestão hídrica e o número de CIL/dia.
Complicações: ITUs de repetição ou persistentes, lesões da mucosa uretral, estenose da uretra e falso trajeto;
Cateter pré-lubrificado de uso único: crianças, imunodeprimidos, diabéticos, tetraplégicos, idosos, pessoas com ITU de repetição, trauma uretral;
Adaptação: lubrificado com gel ou anestésico e reaproveitado;
Lavar internamente com seringa, água e sabão liquido, enxaguar, secar e guardar em recipiente limpo (pode ser reaproveitado por uma semana);
CVP: 12 a 14 CH/FR é suficiente para homens e mulheres; 16 a 18 CH/FR é indicado para pacientes com muco ou debris; acima de 18 CH/FR somente para hematúria ou coágulos; maiores diâmetros causam distensão da mucosa uretral;
Cateter de silicone e coletor com válvula antirrefluxo;
Procedimento estéril, lubrificante anestésico;
Higiene do períneo frequente;
Manter o sistema fechado (treinamento);
Balonete 5-10mL com água destilada (formato assimétrico, esvaziamento, lesões);
Insuflar o balão com balão prejudica o esvaziamento e causa irritação e espasmo;
Quadros pré/trans/pós-operatório, obstrução infravesical, estado terminal, lesão por pressão estagio III-IV;
É realmente necessário? Estímulo a micção espontânea, treino miccional, cateter externo;
Fixação: homens abdome e coxa em mulheres;
Tampões oclusores: capacidade cognitiva, mobilidade, habilidade manual, sensibilidade, capacidade vesical preservada, esvaziamento em intervalos regulares, sem hiperatividade detrusora, refluxo vesico-uretral ou lesões renais;
Higiene das mãos para troca do coletor e esvaziamento;
Lavagem vesical: grande risco;
Complicações: infecções, obstruções, retenção urinária, formação de falsos trajetos ou fístulas, dor e desconforto uretral, hematúria, impossibilidade de desinflar o balão, bacteriúria após 3-4 semanas de seu uso.
Cistostomia 
Quando o cateter não consegue avançar pela uretra;
Através do abdome, acima do osso púbico;
Motivos para colocação:
Estenose da uretra;
Trauma de bacia com lesão grave da uretra;
Cálculo impactado dentro da uretra, não podendo ser removido de imediato;
Próstatas muito volumosas;
CA avançado de próstata e uretra;
Infecções graves do períneo (síndrome de Fournier);
Urostomia Bricker
Uma parte isolada do intestino é trazida para a superfície do lado direito do abdome e a outra extremidade é suturada. Os ureteres são separados da bexiga e religados com a seção isolada do intestino.
Incontinente;
Urostomias continentes
Bolsa de Kock: bolsa, válvulas e passagens são feitas com a porção do íleo;
Neo-bexiga ileal: a bolsa é feita com intestino delgado (íleo) e a passagem é a uretra (não há estoma);
Procedimento de Mitrofanoff: a bolsa é feita com a bexiga (intestino grosso, delgado ou uma combinação deles). A passagem é feita com o apêndice (trompa uterina ou seguimento da uretra);
Bolsa de indiana: a bolsa é feita com o intestino grosso (colón ascendente). Uma válvula íleo-cecal natural é usada como saída da válvula feita com a região terminal do íleo;
Ureterostomia
Quando os ureteres são desviados para a parede abdominal;
Nefrostomia
Cateter flexível é colocado dentro do rim;
Motivo: obstrução dos ureteres;
Alterações musculoesqueléticas
Classificação das fraturas
Etiologia:
Traumática
Fadiga
Patológica
Ação da força:
Direta – no local do trauma
Indireta – distante do local do trauma
Traço da fratura:
Transversas
Obliquas
Espiraladas
Cominutivas
Compressão
Afundamento
Avulsão
Estabilidade:
Estável
Instável
Extensão:
Completa
Incompleta
Exposição:
Fechada
Aberta (1º, 2º e 3º graus)
Alinhamento:
Sem desvio
Com desvio
Impactadas
Localização:
Diafisárias (terço proximal, médio ou distal)
Metafisárias
Epifisárias
Intra-articulares
Imobilizações
	Técnica utilizada para manter um membro ou um segmento de um membro imóvel, em repouso e em posição anatômica.
	Pode ser um tratamento de emergência, tratamento definitivo ou um tratamento de reabilitação.
Imobilizações provisórias
Podem ser aplicadas no momento do trauma
Reduzem a dor, lesão nervosa e vascular
Reduzem risco de conversão inadvertida de uma fratura fechada em uma fratura exposta
Facilitam o transporte
Tipos:
Tipoia: descanso de MsIs
Colar: cervical
Apoio: estabilização do membro (tala)
Talas maleáveis
Prancha rígida
Tração: diminuição da dor, manter alinhamento
Imobilizações definitivas não-gessadas
Clavicular em 8
Enfaixamento em MJ (articulação escapulo-umeral)
Enfaixamento tóracobraquial (luxações glenoumerais ou após redução – escápula, úmero)
Enfaixamento compressivo de Jones (imobiliza região articular, segmento de um membro após intervenção cirúrgica)
Esparadrapagem e Férola metálica
Imobilizações definitivas gessadas
Bandagem de gesso:
Imobiliza fratura já reduzida, segmento corpóreo com traumatismo, mesmo sem fratura, segmento osteoarticular com processo infeccioso
Mantem correção de deformidades
Imobilizar região operada
Goteira (ou calhas) gessadas:
Devem recobrir três quartos da circunferência do membro
Aparelho gessado:
Devem recobrir toda a circunferência do membro
Imobilizadores para tratamento definitivo não gessados
Tração:
Esquelética
Cutânea
Fixadores externos: é um método de fixação óssea ou de fragmentos ósseos, usados para o controle das fraturas abertas com danos dos tecidos moles, artroses, artrodeses e osteotomias, proporcionando um apoio estável, ao mesmo tempo em que permitem o tratamento ativo dos tecidos moles lesados.
Objetivos e indicações:
Proporcionar estabilidade e elasticidade;
Deformidade angular (a);
Deformidade congênita (b);
Fratura fechada (c).
Outras indicações:
Fraturas associadas à perda óssea e lesões das partes moles;
Fraturas associadas à lesão neurovascular;
Fraturas associadas a queimaduras;
Fraturas pélvicas;
Fraturas múltiplas;
Fraturas fechadas (em casos de fraturas cominutivas e segmentadas, nos quais o tto clássico está contraindicado);
Fraturas associadas a outras lesões graves ou severas;
Alongamento do membro inferior;
Atrodeses ou pseudoartrodeses;
Tipos de fixadores:
Por pinos:
Simples – proporcionam uma aplicação independente de pinos isolados;
Clampes – permitem aglomerados de pinos, especialmente fixados;
Por anéis:
Completos;
Parciais;
Aparelhos de alongamento;
Vantagens:
Rígida fixação dos ossos (fraturas expostas tipos II e III);
Facilita a limpeza de tto de feridas de tecidos moles;
Compressão, neutralização ou distração fixa dos fragmentos de fratura;
Vigilância direta do membro e da ferida;
Tto associado (curativos, enxertos, irrigações, etc) sem desalinhar a fratura;
Mobilização das articulações proximal e distal é permitida;
Elevação da extremidade sem pressão sobre os tecidos moles posteriores;
Mobilização precoce;
Pode ser utilizado em fraturas infectadas;
Tto ambulatorial;
Desvantagens:
Meticuloso tto da pele ao redor dos pinos para impedir infecção;
Desconforto e o paciente pode rejeitá-la por razões estéticas;
Alto custo;
Pode ocorrer fratura pelo trajeto dos pinos;
Pode ocorrer enrijecimento articular se a fratura requerer que o fixador também imobilize a articulação adjacente;
Complicações:
Lesão neurovascular ou muscular;
Lesão por pressão;
Infecção nos locais dos fios;
Perda de estabilidade;
Ruptura dos fios;
Deformidade dos anéis;
Rigidez articular;
Consolidação prematura da corticotomia;
Subluxação e luxação durante o alongamento;
Assistência de enfermagem:
Orientar em relação a aparência do aparelho;
Colocação, manutenção e retirada do aparelho;
Orientar sobre o peso do aparelho (aço e fibra de carbono);
Observar local de inserção dos fios;
Avaliação do membro (pulso, coloração, temperatura, perfusão);
Enfatizar os aspectos positivos deste dispositivo;
Curativo no local de inserção dos fios;
Movimentos das articulações proximal e distal e elevação do membro;
Deambulação precoce do paciente;
Pele ressecada e descamação do membro (falta de higiene);
Movimentação ativa e passiva;
Assistência de enfermagem – alta hospitalar:
Supervisão diária do local de inserção dos fios;
Continuação da fisioterapia;
Informar sobre a importância da realização de exercícios;
Informar sobre ajustes a fazer no vestuário;
Secagem do local de inserção dos fios, com um cotonete após o banho;
Possibilidade de retornar ao trabalho, dependendo do tipo de profissão e do local do fixador;
Utilização de calçado especial para prevenir equinismo.
Drenos
Utilização dos drenos
	Os drenos nas feridas, são tubos que saem da área perincisional até dentro de um dispositivo de aspiração portátil (fechado – ex. portovac) ou para dentro de curativos (abertos – ex. penrose).
	O princípio envolvido consiste em permitir a saída do sangue e dos líquidos serosos que podem servir, de outra forma, como meio de cultura para as bactérias.
Como ocorre a drenagem?
Drenagem passiva: dreno de Penrose;
Drenagem gravitacional: ocorre pela gravidade, há a necessidade de um respiro para que o ar escape para a atmosfera. Ex.: DT em selo d’água;
Drenagem por pressão negativa (sucção):
Baixa pressão: dreno de Jackson pratt ®
Média pressão: portovac ®; hemovac ®
Alta pressão: utiliza sistema de sucção, por exemplo dreno de sump e DT em aspiração
Drenos e drenagens
	Na aspiração portátil das feridas, o uso de aspiração constante e suave estimula a drenagem desses líquidos e colaba os retalhos cutâneos contra o tecido subjacente, removendo assim o “espaço morto”.
	Registra-se o débito a partir dos sistemas de drenagem da ferida.
Cuidado de enfermagem = manter atualizada a quantidade drenada e o tipo de curativo usado (ou bolsa);
	A quantidade de drenagem sanguinolenta no curativo cirúrgico deve ser avaliada com frequência.
	As manchas de drenagem nos curativos são marcadas com uma caneta, de modo que a drenagem aumentada possa ser facilmente observada.
ATENÇÃO!!!
Quantidades crescentes de sangue vivo no curativo devem ser reportadas de imediato;
Algumas feridas são intensamente irrigadas antes do fechamento na sala de cirurgia e os drenos podem apresentar uma drenagem aumentada em um primeiro momento;
Quando houver vários drenos similares, estes devem ser numerados ou rotulados, de modo que as medições do débito possam ser registradas de forma confiável e consistente;
Tipos de drenos
Dreno de Penrose
Dreno de borracha, tipo látex;
Utilizado em cirurgias que implicam em possível acumulo de líquido infectado ou não no local pós-operatório;
O orifício de passagem do dreno deve ser amplo;
Deve ser posicionado a menor distância da loja a ser drenada;
Não deve ser instalado através da incisão cirúrgica, mas sim, através de uma contra-incisão;
Para evitar depósitos de fibrina, que podem ocluir o lúmen do dreno, o mesmo deve ser mobilizado em intervalos de 12 horas;
O orifício de saída deve ser encoberto com gazes ou outra forma de curativo, a fim de mensurar e observar a drenagem;
Existe um alfinete de segurança que impede o deslizamento do dreno para o interior da ferida;
Dreno de Portovac ou Hemovac
É um dreno de polietileno;
Sistema fechado de drenagem pós-operatória:
Dureza projetada para uma sucção contínua e suave;
Constitui-se por uma bomba de aspiração com capacidade de 500mL, com cordão de fixação, uma extensão intermediária em PVC com pinça corta-fluxo e um cateter de drenagem com agulha de aço cirúrgico para inserção do cateter;
Dreno de Kher
Introduzido na região das vias biliares extra-hepáticas;
Utilizado para drenagem biliar externa quando os ductos biliares se encontram obstruídos por tumores hepáticos, pancreáticos ou do ducto biliar;
Utilizado também pós anastomose biliar, como prótese modeladora;
Sob fluoroscopia ou cirurgia o dreno de Kher é introduzido no ducto biliar comum;
Na cirurgia de retirada de cálculo do colédoco, primeiramente remove-se o cálculo do ducto biliar comum e após coloca-se o dreno de Kher, retirado posteriormente;
O dreno é fixado através de pontos na parede duodenal lateral ao dreno e na pele, impedindo sua saída espontânea;
FINALIDADE: para restabelecer a drenagem biliar, aliviar a pressão e a dor devido ao acúmulo da bile e diminuir a icterícia;
Dreno de tórax (DT)
Após a cirurgia do tórax, os drenos torácicos e um sistema de drenagem fechada são empregados para reexpandir o pulmão afetado e para remover o excesso de ar, líquido e sangue.Principais condições clínicas indicativas de DT:
Remoção de líquidos resultantes de processos infecciosos
Remoção de ar, resultante de pneumotórax
Trauma
Procedimentos cirúrgicos
O mecanismo de respiração normal opera sobre o princípio da pressão negativa; 
Quando o tórax é aberto, existe uma perda da pressão negativa, o que pode resultar em colapso do pulmão;
Coleção de ar, líquidos ou outras substâncias (fibrina, sangue, pus) no tórax pode fazer com que o pulmão colabe;
PNEUMOTÓRAX: acumulo anormal de ar entre o pulmão e o espaço pleural;
Espontâneo: pode ser primário (em pessoas hígidas), ou secundário (em pessoas com história previa de doença pulmonar);
Traumático: decorrente de feridas ou contusões torácicas;
Iatrogênico: decorrente de acidentes relacionados a procedimentos invasivos, tais como punção de acesso venoso central, toracocentese, biopsia pleural ou transbrônquica, entre outros;
Pneumotórax hipertensivo: pode ocorrer decorrente das situações acima, permitindo a entrada do ar no espaço, mas não a sua saída.
	Consequências: 
Colapso do pulmão no lado afetado;
Desvio do mediastino e da traqueia para o lado oposto;
Diminuição do retorno venoso;
Compressão do pulmão oposto [ao afetado];
A drenagem de tórax pode ser apical ou basal nas pleuras ou no mediastino;
Na apical o cateter é inserido no 3º ou 4º espaço intercostal, na linha axilar média – realiza a drenagem de ar;
No basal o cateter é inserido no 5º ou 6º espaço intercostal, na linha axilar média – realiza a drenagem de líquidos;
Os drenos torácicos podem ser inseridos para drenar o liquido ou o ar, nos espaços pleurais direito ou esquerdo ou no mediastino;
A colocação de um dreno torácico no espaço pleural restaura a pressão intratorácica
negativa necessária para a reexpansão do pulmão após a cirurgia ou trauma;
Sistemas de drenagem torácica:
Sistema de drenagem torácica em selo d’água: utiliza 1 frasco coletor (500mL de SF 0,9% + ar);
A drenagem ocorre por ação da gravidade e a mecânica da respiração.
Quanto mais o nível do liquido do frasco aumenta, mais difícil fica a drenagem.
Dreno de tórax em aspiração: sistema de drenagem que permite adicionar um segundo ou terceiro frasco, cuja finalidade será controlar a intensidade da sucção realizada por um aspirador;
Neste sistema, nenhum orifício fica aberto para o escape do ar que será sugado pelo aspirador;
(Frasco A: drenagem do paciente; Frasco B: selo d’água; Frasco C: controlador de pressão)
Montado com 2 frascos – 1 frasco coletor e 1 frasco redutor;
O frasco coletor funciona como válvula unidirecional através da gravidade e o frasco redutor controlará a quantidade de sucção aplicada ao espaço pleural por uma fonte de aspiração contínua.
Sistema de drenagem duplo frasco sem aspiração: consiste na mesma câmara com selo d’água + 1 frasco coletor de liquido vedado. Visualização do liquido drenado sem necessidade de troca.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM COM O DT:
A substituição dos frascos de DT é competência do enfermeiro;
Clampear o dreno para efetuar a troca do sistema e não esquecer de desclampear ao término do procedimento;
Deve utilizar SF 0,9%;
Etiqueta adesiva: volume de SF do frasco, hora e data da troca e nome do profissional que realizou o procedimento;
Observar e registrar o aspecto e o volume de drenagem;
Trocar a cobertura da FO de inserção do DT a cada 24 horas;
Observar a permeabilidade do dreno pela oscilação da coluna de liquido no tubo de silicone;
Atentar para não faltar SF nos frascos;[
Observar o borbulhamento do frasco controlador, o que indicará a manutenção da pressão negativa;
Observar o volume do frasco controlador e repor QN;
Nas drenagens em selo d’água, quando a secreção ultrapassar a 2cm da marca, desprezar o conteúdo e preencher novamente o frasco;
Observar alterações no padrão respiratório do paciente;
Não elevar o DT acima do nível do tórax;
Não tracionar o dreno.
Traqueostomia
	Procedimento cirúrgico de abertura da traqueia. Visa manter a via aérea pervia.
	Finalidades
	PREVENTIVA: complemento a outros procedimentos terapêuticos que podem causar edema obstrutivo. Ex.: laringectomias parciais.
	CURATIVA: indicada quando há obstrução laríngea por neoplasias, estenoses.
	PALIATIVA: indicada para pacientes em fase terminal e visam conforto respiratório.
Indicações do procedimento
Obstrução de via aérea superior
Debilidade da musculatura respiratória
Permitir a higiene pulmonar
Permitir a ventilação em pacientes com intubação orotraqueal prolongadaUrgente: quadros de insuficiência respiratória aguda secundários à obstrução glótica
Eletiva: VM por TOT prolongada (ventilação mecânica por tubo orotraqueal)
Traqueostomia
Quanto ao tempo
	Definitivas: com ou sem cânula através de técnica cirúrgica;
	Temporária: com cânula, pode ser percutânea ou cirúrgica;
Localização
Cânulas de traqueostomia
 
Complicações no pós-operatório
*Taxa de complicações varia de 13 a 33%;
Complicações precoces
Sangramento
Falso trajeto
Enfisema subcutâneo ou pneumotórax
Lesão do nervo vago ou laríngeos
Perfuração esofágica
Embolia gasosa
Aspiração
Complicações tardias
Obstrução da VA por acúmulo de secreção
Infecção
Estenose traqueal
Dilatação traqueal
Isquemia
Necrose de traqueia
Pneumonia
Disfagia
Fistula traqueo-esofágica
Como realizar a fixação da traqueostomia
Trocar o cadarço sempre que estiver sujo ou úmido
Cuidar para que a cânula não se desloque
Solicitar ajuda de outra pessoa para firmar a cânula enquanto o cadarço anterior é retirado ou retirar o anterior somente após fixação de novo cadarço
Prender firmemente o cadarço e dar um laço ao lado do pescoço, evitando que este fique sobre as vértebras ou sobre as carótidas
Cuidados com o balonete
Insuflar o “cuff” com a quantidade de ar necessária apenar para impedir o escape do ar inspirado ao redor da cânula;
Monitorar a pressão do “cuff” periodicamente;
Utilizar o cufômetro ou manômetro para medir o cuff;
Cufômetro – a pressão é medida em cm de H2O; a pressão ideal fica entre 25 e 30 cm de H2O;
Manômetro – escala é em mmHg; pressão ideal fica entre 18 e 22 mmHg;
Curativo da traqueostomia
Fazer limpeza com gaze umedecida em SF 0,9%;
Usar manobras delicadas;
Utilizar uma proteção entre a cânula e a pele, mantendo-a sempre limpa e seca;
Utilizar gazes ou curativos específicos;
Não cortar as compressas de gaze, para evitar risco de penetração de fiapos na cânula ou no estoma traqueal;
Usar alcochoados de gaze dobrada ao meio de cada lado da cânula ou fazer o modelo gravata;
Limpeza da cânula interna
Limpar a cânula interna 3x/dia no mínimo, utilizando técnica asséptica ou limpa, conforme a rotina da instituição;
Se houver secreção aderida, mergulhar a cânula interna em água oxigenada a 10% e remover secreção;
Após, enxaguá-la abundantemente com AD ou SF 0,9%;
Recolocar a cânula interna;
Possíveis diagnósticos de enfermagem
Comunicação verbal prejudicada – relacionada a traqueostomia, evidenciada por não conseguir falar.
Risco de integridade da pele prejudicada – relacionada a secreções e pele úmida;
Risco de infecção – relacionada a secreções e pele úmida;
Desobstrução ineficaz de vias aéreas – relacionado a presença de via aérea artificial, evidenciada por quantidade excessiva de muco (ou tosse ineficaz);
Cuidados de enfermagem
Aspirar as secreções traqueais sempre que necessário;
Manter a fixação da cânula por cadarço, que deve ser substituído sempre que necessário;
Trocar o curativo da traqueostomia;
Administrar o O2 e as inalações diretamente na cânula;
Atentar para que a entrada da cânula esteja desobstruída;
Avaliar a integridade da pele periestoma diariamente.
Distúrbios das vias biliares
	Fígado: maior glândula do corpo.
Metabolismo de glicose e proteínas
Hepatócitos: produção de sais biliares que compõe a bile
	Vesícula biliar: armazena até 50mL de bile.
Bile é liberada no duodeno quando esse recebe alimento, ocorrendo o relaxamento do esfíncter de Oddi que regula a passagem de enzimas e bile para essa porção do TGI;
O que inclui os distúrbios das vias biliares?
Câncer de vesícula
Cálculos biliares: COLELITÍASE
Inflamação da vesícula biliar: COLECISTITE
Cálculos no ducto biliar comum: 	COLEDOCOLITÍASE
Os cálculos de vesícula estão presentes em mais de 10% da população ocidental e essa incidência aumenta com a idade.
Colecistite
Aguda calculosa: ocorre em 90% dos casos por obstrução do colo ou do ducto cístico por cálculos biliares.
Causa: inflamação da vesícula devido à obstrução do efluxo biliar;
Complicação: reação química da bile remanescente da vesícula biliar provoca edema, comprometimento da rede vascular que irriga a vesícula, podendo ocasionar isquemia, necrose e perfuração.
Manifestações clinicas: 
Dor no quadrante superior D e dor epigástrica (leve a severa) – pode haver irradiação da dor p/ as costas
Náuseas, vômitos biliares, anorexia
Febre – 70% dos pacientes
Sensibilidade no hipocôndrio D – Sinal de Murphy +
Icterícia – se hiperbilirrubinemia
Distensão abdominal
Episódios leves de colecistite podem ocorrer com remissão em 7 dias, no entanto, há mais risco de recorrência dos sintomas com necessidade de intervenção cirúrgica 
Avaliação diagnóstica: 
Exame físico
Sinal de Murphy +
Distensão abdominal 
Dor referida
Laboratoriais
Bioquímica do sangue: alteração das enzimas TGO e TGP, amilase, fosfatase alcalina e bilirrubinas;
Hemograma indicando leucocitose
Imagem
Ecografia abdominal – 95% de exatidão = “padrão ouro”
TC abdominal
Cintilografia da vesícula (com contraste)
CPRE – colangiopancreatografia retrógada endoscópica
 
Tratamento clínico
Na fase aguda do quadro: repouso, NPO, terapia endovenosa (hidratação e eletrólitos), indicação de suporte nutricional
(dieta hipolipídica, frutas, líquidos), analgésicos, anti-eméticos, antibióticos – SN
Tratamento farmacológico: ácido Ursodexicólico (dessaturação da bile e dissolução de pequenos cálculos)
Tratamento cirúrgico
Colecistectomia laparoscópica
Colecistectomia aberta (incisão subcostal D)
Coledocostomia (incisão do ducto comum, retirada de cálculos e permanência de um dreno em T – Kher – para drenagem da bile, até redução do edema da vesícula)
Aguda não calculosa: cerca de 5% dos casos; quadro clínico de evolução mais rápida pois apresenta isquemia, gangrena e perfuração. Sua etiologia ainda é confusa, porém:
Pode ocorrer após trauma abdominal;
Queimaduras;
Uso prolongado de NPT.
**A estase da vesícula é comum em pacientes graves e sem alimentação enteral, possibilitando a colonização bacteriana da vesícula.
Procedimentos cirúrgicos
Colecistectomia laparoscópica
Indicado nas primeiras 72 horas do início do quadro clinico;
Primeira opção nos casos de colecistite aguda calculosa e não calculosa;
Metanálises sugerem que a colecistectimia laparoscópica precoce nas colecistites agudas não complicadas são seguras, viáveis e reduzem o período de internação do paciente;
Pequenas incisões na parede abdominal
Introdução de trocateres: endocâmera e instrumentos cirúrgicos
Insuflação com CO2 – pneumoperitônio
Técnica anestésica – anestesia geralVANTAGENS:
Menos dor no pós-operatório
Recuperação cirúrgica mais rápida
Retorno precoce às atividades diárias
Menor risco de infecção
Menos custo
Mais estética
DESVANTAGENS
Complicação relatada: lesão de ducto biliar que pode ser corrigida durante o procedimento
Colecistectomia aberta
Remoção da vesícula biliar por incisão subcostal direita;
Indicada para colecistite calculosa e não calculosa, bem como nas situações em que há a necessidade de conversão da cirurgia videolaparoscopia por complicação intra-operatória – 3 a 5%;DESVANTAGENS
Requer maior tempo de recuperação
Maior risco de infecção
VANTAGENS:
Menor risco de lesão do ducto biliar
Colecistostomia percutânea
Empregada no tto e diagnóstico da colecistite aguda nos pacientes com risco elevado para qualquer procedimento cirúrgico ou para anestesia geral;
Sob anestesia local insere-se agulha fina orientada por ultrassonografia, TC ou laparoscopia;
Insere-se um dreno para descompressão da vesícula biliar;
Tto com antibiótico: antes e após o procedimento.
Colecistostomia cirúrgica
Empregada quando a condição do paciente impede cirurgia mais extensa;
Vesícula biliar é aberta e são removidos cálculos e bile;
Insere-se um dreno em T, conectado a um sistema de drenagem;
Desvantagem: alta taxa de mortalidade (20-30%) devido ao processo patológico associado.
Cuidados de enfermagem
Pós-operatório imediato:
Monitorar sinais vitais – conforme rotina na SRPA;
Avaliar a ocorrência de sangramento – local e quantidade;
Distensão abdominal – pneumoperitônio;
Dor – atentar para quadro álgico persistente e sem alívio com analgésicos;
Náuseas e vômitos.
Promoção e alívio da dor: posicionamento no leito e administração de analgésicos;
Promoção do estado respiratório: incentivo à tosse e respiração profunda, minimizam atelectasia pós-operatória; incentivo à deambulação precoce;
Atenção: pacientes obesos e com doença pulmonar pré-existente;
Promoção do estado nutricional: 
Incentivo à ingestão de dieta hipolipídica e hiperproteica no pós-operatório imediato;
Restrição a alimentos gordurosos até aproximadamente 6 semanas do pós-operatório;
Promoção do cuidado com a pele:
Observar sinais flogísticos na incisão e portais;
Manter a cobertura para a proteção;
Manter incisão e portais limpos e secos;
Promoção do cuidado com drenagem biliar:
Manter sistema de drenagem bem conectado e seguro para permitir a movimentação do paciente;
Atentar para adequado funcionamento do sistema de drenagem: avaliar volume, aspecto e identificar possível obstrução;
Proteger a pele peri-incisão do dreno: a bile causa irritação na pele íntegra.
Diagnósticos de enfermagem possíveis
Conforto prejudicado;
Dor aguda (sintomas agudos, cirurgia);
Nutrição prejudicada (perda de peso, náusea, vômitos, anorexia);
Integridade tissular prejudicada (cirurgia);
Risco de infecção;
Aparelho digestivo: distúrbios gástricos duodenais, cirurgias gástricas
Avaliação de enfermagem ao paciente com distúrbio gastrointestinal
SUBJETIVO: queixa de dor (localização), duração e frequência, natureza, dispepsia (desconforto digestivo após alimentação), eructação e flatulência, vômitos, hematêmese, diarreia, constipação, melena;
OBJETIVO: palpação de megalias, emagrecimento rápido, veias tortuosas nos MsIs e abdômen, icterícia, ascite, etc;
Procedimentos cirúrgicos do aparelho digestivo: gastrostomia e jejunostomia
Abertura cirúrgica na altura do estômago (gastrostomia) ou na altura do jejuno (jejunostomia);
Pode temporária ou definitiva;
Recomendado SOMENTE quando há a necessidade de alimentação por longo prazo, ao menos 3 a 6 meses;
Indicações:
Para pacientes sem capacidade de deglutir alimentos (ex. pacientes em estado avançado de Alzhaimer);
Estreitamento do estômago;
Atresia do esôfago;
Câncer de boca, faringe e esôfago;
Fistula traqueo-esofágica;
Cuidados de enfermagem com gastrostomia
Manter limpo e seco o curativo no óstio da gastrostomia;
Examinar a pele ao redor do óstio da gastrostomia – risco de extravasamento do suco gástrico;
Realizar a higiene oral para proporcionar conforto ao paciente;
Manter a cabeceira elevada durante a administração da dieta pela gastrostomia – risco de aspiração;
Manter a cabeceira elevada por pelo menos 1 hora após a administração da dieta;
Lavar a sonda com 30 a 50mL de água;
Controlar o volume de infusão da dieta;
Reduzir a ansiedade e dor no paciente;
Atentar para sinais de infecção no óstio da gastrostomia.
Distúrbios do esôfago
	As lesões do esôfago são graves, podendo levar à abcessos cervicais profundos ou mediastinais, formação de estenoses e fistulas;
Obstrução: remoção do objeto obstrutor;
Queimaduras químicas;
Perfurações;
Acalasia: peristalse ausente ou ineficaz da porção distal + falha do esfíncter esofágico em relaxar;
CA de esôfago: requer procedimento cirúrgico = esofagectomia;
Prevalência em homens > 40 anos.
Etilismo, tabagismo
5º mais frequente na região sul
2016: 16,86 casos/100.000 habitantes (INCA)
Divertículo: observar sangramento. Remoção da parte afetada (diverticulectomia)
Varizes esofágicas: escleroterapia, sonda de Sengstoken-Blakemore
Gastrite
	Inflamação da mucosa gástrica, sendo um problema GI comum;
	Pode ser: aguda ou crônica, resultando da exposição repetida a agentes irritativos ou de episódios recorrentes de gastrite aguda;
CausasGASTRITE AGUDA
Indisposição digestiva
Uso excessivo de aspirina ou agentes anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs)
Álcool
Refluxo biliar
Radioterapia
Lesões traumáticas agudas
Queimaduras 
GASTRITE CRÔNICA
Ulceras malignas ou benignas do estômago
Bactéria H. pylori
Pode estar associada a doenças autoimunes, como a anemia perniciosa
Fatores nutricionais, como a cafeína
Uso de medicamentos, como AINEs
Álcool
Tabaco
Refluxo crônico de secreções pancreáticas e bile no estômago
Fisiopatologia
A mucosa gástrica torna-se edemaciada e hipermiada e sofre erosão superficial
Secreta uma quantidade escassa de suco gástrico, contendo pouco ácido, mas bastante muco
A ulceração superficial pode levar a hemorragia
Manifestações clinicas
Gastrite aguda
Desconforto abdominal
Cefaleia
Prostração
Náuseas e vômitos
Anorexia
Gastrite crônica
Anorexia
Pirose (azia) após alimentação
Eructação
Sabor amargo na boca
Náuseas e vômitos 
Tratamento
	Terapia de suporte
Gastrite aguda
SNG
Analgésicos e sedativos
Antiácidos (ex. hidróxido de alumínio)
Líquidos EV, caso os sintomas persistam
Cirurgia de ressecção gástrica ou gastrojejunostomia
Gastrite crônica
Modificar a dieta – evitar alimentos irritativos
Promoção do repouso
Reduzir ansiedade
e estresse
Abstenção de álcool e AINE
Ingerir nutrientes e líquidos
Iniciar farmacoterapia
Úlcera péptica
	Lesão da mucosa do esôfago, estômago ou duodeno, que recebe denominação a partir de sua localização;
	Causas: AINEs, infecção pelo H. pylori, AAS;
Fisiopatologia
As úlceras pépticas ocorrem principalmente na mucosa gastroduodenal;
A erosão é causada pela atividade ou concentração aumentada do HCl ou pela resistência diminuída da mucosa.
Sintomas = DOR!
TIPO: queimação, “dor de fome”;
LOCALIZAÇÃO: “na boca do estômago” = região epigástrica;
RITMO: “dói, come e passa”. Durante a madrugada, quase sempre na mesma hora, alivia com a ingestão de leite, antiácidos, agua;
PERIODICIDADE: repetição das queixas numa mesma época do ano;
Outros sintomas
Pirose
Vômitos
Constipação
Diarreia
Melena
Diagnóstico
Exame físico
RX contrastado
Endoscopia digestiva alta
Tratamento
Os objetivos são:
Neutralizar ou diminuir a acidez gástrica
Erradicar o H. pylori
Aliviar os sintomas
Cicatrizar a úlcera
Prevenir a recorrência 
Os métodos incluem:
Tratamento medicamentoso
Alteração do estilo de vida: redução de estresse, cessação do tabagismo, cessação do álcool, modificação da dieta
Intervenção cirúrgica 
Complicações
Perfurações: ocorre quando a úlcera corrói toda a parede do órgão estômago e/ou duodeno;
Complicação grave: pode levar a infecção abdominal e morte caso não seja prontamente tratada.
Obstrução: quando a úlcera cicatriza e forma fibroses que obstruem o trânsito dos alimentos pelo tubo digestivo;
Hemorragia: complicação mais comum, podendo aparecer como sangue nas fezes ou vômitos de sangue (hematêmese);
Cuidados de enfermagem
Refeições pequenas e frequentes: observar e anotar aceitação da dieta;
Orientação quanto a mudança de hábitos alimentares;
Evitar fumo, café, álcool, alimentos gordurosos, doces concentrados;
Promover repouso físico e mental;
Monitorar SV;
Ajudá-lo a compreender a natureza crônica e duradoura de seu problema e o papel que pode desempenhar para controla-lo; 
Evitar situações que gerem ansiedade;
Orientar que medicamentos devem ser ingeridos, somente com orientação médica.
Cirurgia
Indicações
Presença de complicações da úlcera péptica;
Tratamento medicamentoso que não levou à cicatrização da úlcera;
Recidivas frequentes, mesmo após o tto da úlcera e da infecção pelo H. pylori;
Hemorragia com risco de vida.
Cirurgia gástrica
	Pode ser realizada em pacientes com úlceras pépticas que apresentam hemorragia com risco de vida: obstrução, perfuração ou penetração, ou cuja condição não responda aos medicamentos.
	Indicada também para pacientes com câncer ou trauma gástrico.
	Vagotomia e piloroplastia
	Gastrectomia parcial ou total
Cirurgia gástrica: antrectomia
	Remoção do antro, pequena porção do duodeno e piloro; o segmento restante é anastomosado com o duodeno ou ao jejuno.
Gastroduodenostomia – Billroth I: remoção de parte inferior do antro do estômago e parte do duodeno e piloro.
Gastrojejunostomia – Billroth II: remoção de parte inferior do antro com anastomose ao jejuno.
Cirurgia gástrica: vagotomia e abordagens
	Secção do nervo vago, diminuindo o ácido gástrico. Pode ser truncal, seletiva ou gástrica proximal.
Cirurgia gástrica: gastrectomia subtotal
	Remoção de uma parte do estômago;
Billroth I: vagotomia + antrectomia + anastomose do estômago ao duodeno (gastroduodenostomia)
Billroth II: vagotomia + antrectomia + anastomose do estômago ao jejuno (gastrojejunostomia)
Cirurgia gástrica: piloroplastia
	Finalidade de drenagem através de um aumento da saída e relaxamento da musculatura; acompanha, às vezes, uma vagotomia troncular ou seletiva;
	Piloroplastia: incisão longitudinal no piloro e fechada com sutura transversal para aumentar a saída e relaxar o músculo.
	Indicações:
Tumores;
Obstrução pilórica;
Úlcera péptica perfurada que não responde ao tratamento;
*Após a cirurgia o paciente permanece com uma sucção de uma SNG para manter o estômago vazio e em descanso;
Complicações potenciais
	Pacientes submetidos à cirurgia gástrica tem risco aumentado para:
Hemorragias;
Deficiências nutricionais;
Refluxo da bile;
Síndrome do esvaziamento rápido
“Dumping”: náusea e vômito, dor epigástrica e hipoglicemia.
Cuidados no pós-operatório de cirurgia gástrica
SNG aberta em frasco
Aspirar SNG e medir secreções
Observar a presença de sangue vivo ou persistência de secreção escura
Higiene oral frequente
NPO e após seguir instruções de dieta CPM
Observar número de evacuações, aspecto, coloração e odor e registrar
Auxiliar paciente nos exercícios de tosse e respiração para evitar complicações pulmonares
Obesidade mórbida
	Termo aplicado às pessoas que têm mais de 2x o seu peso corporal ideal ou cujo índice de massa corporal excede a 30kg/m2.
	Risco de complicação de saúde elevado.
Tratamento
Tratamento médico: dieta, modificação de comportamento e exercícios físicos;
Tratamento farmacológico: uso de sibutramina e orlistato (xenical);
Tratamento cirúrgico: cirurgia bariátrica age restringindo a capacidade de ingestão e/ou interferindo com a absorção dos nutrientes ingeridos;
Fatores para seleção da cirurgia bariátrica
Peso corporal maior que 45kg/m2 ou 100% acima do peso ideal;
IMC maior que 40kg/m2;
IMC maior que 35 com morbidades clínicas;
História de obesidade de longa duração;
Falhas múltiplas para perda de peso;
Ausência de uso de álcool e drogas;
Compreensão de como a cirurgia provoca a perda de peso;
Capacidade de aderir às alterações nutricionais e comportamentais, conforme recomendações médicas.
Procedimentos cirúrgicos: gastrectomia
Gastrectomia parcial (subtotal)
Gastrectomia total: remoção completa do estômago e estabelecimento de uma anastomose entre o jejuno e o esôfago;
Procedimentos cirúrgicos: Bypass duodenal
	É a redução da cavidade do estômago usando grampos para criar um novo compartimento do estômago.
	Os alimentos são menos digeridos e consequentemente são menos absorvidos.
	Como o estômago também é reduzido, promove a sensação de saciedade após pequenas refeições.
Cirurgia bariátrica: procedimentos restritivos
	Enfaixamento gástrico: faixa de silicone aplicada na parte superior do estômago; bolsa gástrica de 10 a 15mL restringe ingesta oral;
	Gastroplastia com enfaixamento vertical: aplicação de uma fileira de grampos vertical; bolsa gástrica nova e pequena 10 a 15mL;
Cirurgia bariátrica: combina restrição gástrica com má absorção
	Bypass gástrico em Y de Roux: Bolsa de 20 a 30mL isolada do restante do estômago, por grampos; perda de peso a longo prazo;
	Desvio biliopancreático com troca duodenal: remoção da metade do estômago; comporta cerca de 60mL;
Complicações
Pós-operatório imediato (POI):
Peritonite;
Obstrução do estoma;
Úlceras do estoma;
Atelectasia e pneumonia;
Tromboembolia;
Náuseas e vômitos;
Cuidados de enfermagem de cirurgia bariátrica
Concentra-se nos cuidados das complicações do POI;
Ingesta gástrica somente com sons gástricos;
É oferecido 6 refeições diárias;
Os líquidos são mais estimulados;
Alta hospitalar de 4 a 5 dias.
Procedimentos cirúrgicos do intestino
Colectomia
	Ressecção parcial ou total do cólon;
Colostomia
	Abertura da alça do colón para expor o transverso ou descendente; indicada para tratar uma obstrução, inflamação ou traumatismo; pode ser temporária (descomprimir o intestino) ou definitiva;
Indicações
Quando a parte inferior do intestino grosso, o reto ou o ânus está impossibilitada de funcionar normalmente ou quando necessita de um período de repouso para as suas funções normais;
Tumores do intestino grosso;
Perfuração intestinal por traumatismo;
Doença do intestino grosso;
Ileostomia
	Abertura cirúrgica temporária ou permanente do íleo;
Indicações
Colite ulcerativa;
Ressecção de todo intestino grosso;
Redução da atividade do cólon através de desvios;
Cuidados de enfermagem com estomas
Realizar 1ª troca do sistema coletor (48-72 horas) após a cirurgia;
Lavar ao redor do pertuito do estoma
com água e sabão diariamente;
Avaliar diariamente a integridade da pele;
Avaliar a aderência do sistema coletor, instalado na fase transoperatória, evitando que haja vazamento ou infiltração na ferida cirúrgica;
Avaliar integridade e cor do estoma;
Complicações cirúrgicas
Abcessos
Peritonites
Necrose
Distensão de alças
Sepse
Pneumonias
Íleo paralitico
Obstrução
Deiscência da ferida
Fistula de alto debito
Hemorragias – choque
Cuidados de enfermagem gerais
Realizar cuidados no POI para pacientes com AG
Reduzir ansiedade e avaliar a dor
Manter a cabeceira elevada durante a alimentação
Aumentar o conhecimento do paciente explicando seu procedimento e os cuidados necessários
Educar o paciente para os cuidados domiciliares
Promover nutrição adequada
Realizar curativos na FO, observando sinais flogísticos, drenagem
Monitorar complicações potenciais como disfagia, vômitos, refluxo biliar, síndrome do esvaziamento e deficiências dietéticas
Procedimentos cirúrgicos ortopédicos: artroplastia de quadril
Papel da enfermagem nas cirurgias ortopédicasNO PÓS-OPERATÓRIO TARDIO
*Avaliar a FO;
*Auxiliar na movimentação do paciente no leito e fora do leito;
*Avaliar circulação, perfusão, temperatura e dor da extremidade afetada;
*Identificar as complicações do PO; 
NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO
*Monitorar SV;
*Avaliar a recuperação pós-anestésica;
*Avaliar a intensidade da dor;
*Avaliar a FO – sangramento, edema, drenos;
*Avaliar na movimentação do paciente;
NO PRÉ-OPERATÓRIO
*Evidenciar as limitações de mobilidade física do paciente:
	- COMO?
	- Quais técnicas?
*Orientá-lo sobre o procedimento para reduzir o estresse pré-operatório e a ansiedade;
Causas de correção cirúrgica
Fraturas não estabilizadas
Deformidades
Doenças articulares
Tecidos necrosados ou infectados
Tumores
Procedimentos cirúrgicos mais frequentes
Redução aberta com fixação interna
Amputação
Enxertos ósseos
Artroplastia
Artrodese
Artroplastia
	Substituição de todas as superfícies articulares, ou parte delas;
Artroplastia de quadril
	Tratamento de problemas da articulação coxo-femoral: degenerativa, inflamatória ou traumática;
*Necrose avascular de cabeça de femur 
Indicações
	Dor incapacitante grave que não responde ao tratamento conservador;
	Benefícios:
Alivio da dor e melhora da capacidade funcional na doença degenerativa coxo-femoral
Proporcionar movimentos próximos da normalidade
Prótese parcial X prótese total
	Acetábulo preservado (ex. fraturas de colo de fêmur)	X	Desgaste completo articular (ex. osteoartrose)
Anestesia
Bloqueio regional – raquidiana
Ação antitrombótica, melhora o fluxo sanguíneo para os membros inferiores, pois proporciona melhor vasodilatação, evitando a formação de trombos.
Melhor padrão respiratório por manter a ventilação espontânea.
favorece o melhor retorno venoso ao coração, pois mantém a pressão negativa intratorácica na inspiração, reduzindo o risco de estase venosa e de diminuição do fluxo sanguíneo para os membros inferiores.
Prótese cimentada X não cimentada
	A opção dependerá do desgaste ósseo prévio ao procedimento, da idade do paciente e do motivo da Artroplastia.
Cuidados na deambulação
deambulação assistida com uso de andador no 1º dia de PO
atentar para hipotensão ortostática
evita-se sustentar o peso corporal sobre o membro afetado
enfermagem e fisioterapia – trabalho interdisciplinar
Complicações da artroplastia total de quadril
grande perda de sangue
trombose venosa profunda (TVP)Profilaxia com anticoagulação pós-operatória
embolia pulmonar
infecção pós-operatóriaAntibiótico por 7 a 10 dias
luxação de prótese de quadril
Trombose venosa profunda
o risco de TVP é grande após as cirurgias de reconstrução de quadril
incidência de cerca de 45%
cerca de 20% dos pacientes com TVP apresentam embolia pulmonar – 3% fatais
pico máximo de ocorrência – 5 a 7 dias de pós-operatório
fatores que podem limitar o uso de tromboprofilaxia no perioperatório:
risco de TEV assintomático em cerca de 95% dos casos
risco de sangramento
tromboprofilaxia – uso e duração determinam os riscos de TVP e EP em pacientes a ATQ e ATJ
Heparina (liquemine) ou Clexane
Sinais e sintomas:
Dor no membro inferior
Tumefação
Hipersensibilidade na panturrilha
Prevenção dos eventos:
Uso de meias elásticas de compressão
Tromboprofilaxia: PO – 30 dias; redução dos eventos TEV; Clexane 40mg/dia – SC;
Cuidados de enfermagem:
Incentivar a ingesta de líquidos
Estimular exercícios da parte distal de hora em hora
Assistir paciente na deambulação (ATENÇÃO: deambulação com assistência fisioterapêutica no 1º dia de PO)
Embolia pulmonar (EP)
	Trombo venoso se desloca de seu sitio de formação, podendo embolizar para artérias pulmonar;
Sinais e sintomas mais comuns:
Dispneia/taquipneia
Dor torácica
Hipoxemia
Tosse seca
Fatores de risco:
Cirurgias ortopédicas
Obesidade
Imobilidade
DPOC
Insuficiência cardíaca
Reposição hormonal
Tratamento da síndrome de embolia
Mínimo de manipulação
Monitorização para identificação de problemas precoces
Início imediato de suporte ventilatório é essencial
A morfina pode ser prescrita para reduzir dor e ansiedade
A(o) enfermeira(o) deve reconhecer as indicações precoces para relatá-las imeditamente
Luxação de prótese de quadril
	Deslocamento da prótese do quadril devido à movimentação inadequada do paciente;
Indicações:
Dor e tumefação intensa no local
Encurtamento do membro afetado
Rotação externa ou interna anormal
Capacidade restrita ou incapacidade de mover a perna
Relato de sensação de estalido no quadril
Como evitar a luxação?
Cuidados de enfermagem:
Manter o coxim abdutor entre as pernas
Evitar flexão do quadril maior que 90 graus
Manter a cabeceira elevada até 60 graus
Movimentos no leito com apoio de trapézio
Auxiliar a mover-se para fora do leito
Sentar-se em poltrona alta, evitando manter a perna elevada
Posicionamento protetor:
Manutenção da abdução, evitar rotação interna e externa, hiperextensão e flexão
Infecção no pós-operatório
Infecção de sitio cirúrgico
Influenciam retirada do implante
Infecções agudas – até 3 meses de PO
Infecções tardias – até 2 anos de PO – osteomielites
Fatores de risco:
Idosos
Desnutrição
DM, artrite reumatoide
Infecção concomitante – ITU, abscessos, grandes hematomas
Como prevenir?
Uso de ATBs – profilático no transoperatório
Avaliação da FO: drenagem e sinais flogísticos
Outras complicações não relacionadas à ATQ
	Síndrome compartimental – relação com lesão por perfuração óssea;
	Perfusão tecidual do musculo é inferior àquela necessária para a viabilidade do todo
	Manifestações clínicas:
Queixa de dor profunda, pulsátil e incessante
Edema e enrijecimento do musculo afetado
Parestesia
Os pulsos periféricos permanecem presentes, porém menos sensíveis devido ao edema
ATENÇÃO! Pulso ausente, sinal OCLUSÃO ARTERIAL e não de Síndrome Compartimental
Tratamento: afrouxamento das bandagens compressivas e fasciotomia (intervenção cirúrgica para descompressão do tecido – excisão da fáscia muscular)
Fraturas ósseas, osteossíntese, artrodese de coluna
Fraturas
	Ruptura da continuidade do osso definida de acordo com o tipo de extensão.
	Causadas por: impacto direto, força, esmagamento, movimentos rotatórios súbitos (torção), e até mesmo contração muscular extrema.
Tipos de fraturas
COMPLETA: quebra de todo o perímetro do osso, geralmente é deslocada;
INCOMPLETA: quebra ocorre através somente do perímetro do osso;
COMINUTIVA: apresenta vários fragmentos ósseos;
Outros tipos de fraturas
Fratura em galho verde: um lado do osso é quebrado e o outro apenas se inclina;
Transversa: fratura que secciona o osso;
Obliqua: ocorre no ângulo transversal do osso;
Espiral: fratura em torno da curvatura do osso;
Compressiva: lesão que causa esmagamento dos ossos. Ex. fratura de vertebras;
Patológica: ocorre ao longo de uma área de osso que já esteja “doente”. Ex. consequente a um tumor ósseo.
Depressiva: lesão em
que os fragmentos do osso são direcionados para dentro de uma cavidade ou órgão. Ex. fratura de crânio e ossos da face;
Manifestações clinicas da fratura
Dor: é contínua até que o segmento seja imobilizado;
Perda de função do segmento: o membro não funciona adequadamente porque a função normal dos músculos depende da integridade dos ossos aos quais estão presos;
Deformidade: detectável quando comparado ao segmento sadio;
Encurtamento do membro: crepitação, coloração alterada, edema localizado;
Tratamento das fraturas
A redução da fratura refere-se à restauração dos fragmentos ósseos. Quanto à classificação do procedimento, a redução pode ser:
Fechada: os fragmentos ósseos são justapostos por tração manual ou por tração cutânea ou óssea;
Aberta: fragmentos ósseos são reduzidos por abordagem cirúrgica, com o uso de pinos, fios, parafusos, placas e hastes;
*ATENÇÃO: APÓS A REDUÇÃO, O SEGMENTO DEVE SER IMOBILIZADO E A SUA FUNÇÃO RESTAURADA.
Osteossíntese
	Tratamento cirúrgico que visa a reconstrução de um segmento ósseo;
Vantagem
Permite a fixação estável com movimento e mobilidade precoce;
Evita atrofia muscular e rigidez articular;
Objetivo do tratamento
	“Preservar e melhorar tanto quanto possível as funções musculoesquelética e neurológica, estabilizando os fragmentos e deformidades, permitindo a mobilização precoce do paciente”
Tipos de osteossíntese
Placas: há variação de forma e tamanho e são fixadas ao osso (modeladas de acordo com a anatomia do osso);
Parafusos:
Seu uso visa unir fragmentos ósseos pela compressão; também utilizados para fixar placas no osso, exercendo compressão sobre a fratura;
Variam em tamanhos conforme o tipo de osso, função e localização de sua inserção;
Fios: usados para manter em posição pequenos fragmentos ósseos (fios de Kirschner);
Haste intramedular: 
Bastão de secção triangular, fendilhado e levemente encurvado;
Introduzido na cavidade medular do osso para reduzir a rotação, imobilizando internamente o segmento;
Fratura de diáfise de ossos longos.
Pós-operatório – o que avaliar?
	SEMPRE AVALIAR DE FORMA COMPARATIVA AMBOS OS MEMBROS
Dor: monitorar no pós-operatório com rigor e avaliar sua persistência, que pode estar relacionada a complicações;
Sensibilidade;
Perfusão periférica – avaliar o estado neurovascular;
Coloração da pele;
Pulso distal;
Posicionamento do segmento submetido ao procedimento;
Osteossíntese em membros superiores
Ombros
O paciente retorna com tala de abdução (6 semanas) ou imobilização por velpeau;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
Manter o paciente em decúbito dorsal com ligeira inclinação de cabeceira;
Manter braço em abdução com apoio de coxim ou travesseiro;
Antebraço apoiado até o 2º dia de PO;
Exercícios de flexão e extensão sob orientação fisioterápica;
Retirar a tala na realização da higiene corporal;
Avaliar a FO;
Braço e antebraço:
Imobilização com tala gessada e tipoia;
Posicionamento do segmento depende da região submetida ao procedimento;
CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
Avaliar a FO e verificar presença de secreção (se houver, realizar cultura);
Após a realização do curativo, recoloca-se a tala gessada ou a tipoia;
Exercícios conforme orientação do fisioterapeuta e do cirurgião;
Avaliar a presença de dor no local, edema e rubor que podem estar relacionados à instabilidade do segmento;
Osteossíntese de pelve e sínfise púbica
	Fixação interna;
	CUIDADOS DE ENFERMAGEM:
Manter o paciente em decúbito dorsal com leve inclinação da cabeceira;
Avaliar FO (sangramento);
Avaliar eliminação urinária (hematúria) – utilizar comadre baixa;
Avaliar pressão arterial – atentar para alterações devido à hemorragias;
Avaliar membros inferiores quanto ao risco de TVP;
Movimentar o paciente em bloco;
Higiene no leito até estabilidade pélvica.
Osteossíntese de fêmur
	Fixação por placas, parafusos e hastes, tala gessada – dependente da região (proximal, diáfise ou distal);
	CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Manter membro em extensão com ligeiro apoio na férula de Brow ou travesseiros para reduzir edema;
Manter cabeceira elevada;
Avaliar FO;
Estimular a mobilização precoce com andador sem aplicação de carga sobre o membro;
Deambulação com muleta após avaliação da estabilidade do membro;
Avaliar risco para TVP.
Osteossíntese de tíbia, fíbula e pés
	Haste, placa e parafuso; FO com curativo e imobilização por tala gessada;
	CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Manter membro com apoio na férula de Brow para reduzir edema;
Observar sangramento da FO, intensidade da dor, perfusão periférica, temperatura, sensibilidade;
Avaliar risco para TVP;
Manter perna alinhada, podendo apoiar com coxins;
Estimular movimentos ativos dos artelhos;
Avaliar frequência da eliminação urinaria;
Evitar pé equino – mantê-lo reto.
Osteossíntese – complicações
	Locais:
Infecção de FO;
Psudoartrose: ausência de consolidação óssea. Tecido fibroso e cartilaginoso preenche os espaços entre os fragmentos ósseos;
Fratura recidivante;
Rigidez articular e atrofia muscular: devido à ausência de movimentos e exercícios no membro afetado.
Artrodese
	É a fusão óssea intencional de uma articulação, impossibilitando a mobilidade do segmento após a cirurgia;
	Realizada em qualquer articulação do corpo;
	Coluna: cervical, torácica, lombar e lombossacral.
Artrodese de coluna
	Procedimento indicado nos casos de:
Instabilidade dos segmentos da coluna
Fraturas
Quando há a necessidade de remover todo o disco intervertebral (hérnias de disco);
Pós-operatório de artrodese de coluna
Manter o paciente em decúbito dorsal plano, pelo menos nas primeiras 24 horas;
Movimentar o paciente em bloco;
Elevar a cabeceira a partir do 2º dia de PO;
Colocar travesseiros baixos sob a cabeça;
Evitar que o paciente faça rotação de quadril;
Apoiar os braços em travesseiros;
Realizar a higiene corporal no leito até a liberação médica para sentar;
Realizar avaliação neurológica – sensibilidade, força motora;
Avaliar a frequência das eliminações urinária e intestinal – atentar para retenção;
Avaliar FO: sangramento e drenagem (dreno de portovac);
Enxerto ósseo: avaliar local de retirada (ilíaco);
Atentar para (quando artrodese de coluna cervical):
Queixas de dificuldade respiratória;
Alteração de nível de consciência;
Alteração de parâmetros vitais – lesão da artéria carótida;
Disfonia – lesão do nervo laríngeo;
Disfagia, sialorreia, dor – perfusão do esôfago;
Procedimentos urológicos, vasculares e plásticos
Assistência de enfermagem nos procedimentos urológicos
Câncer de próstata
	É o câncer mais comum em homens;
	Escolhas de tto: baseadas no estágio da doença, na idade e nos sintomas do paciente;
	Tratamento:
Prostatectmia radical: remoção da próstata e vesículas seminais;
Radioterapia e quimioterapia;
Hiperplasia benigna de próstata
	É o aumento da próstata de causa desconhecida;
	Idade: homens acima de 50 anos;
	Manifestações clínicas:
Frequência aumentada da micção;
Noctúria;
Urgência;
Diminuição do volume e força do jato de urina;
Gotejamento;
Retenção urinaria aguda;
Infecção urinaria recorrente;
Tratamento farmacológico:
Doxazozina, tansulozina – relaxam a musculatura do colo da bexiga e da próstata;
Tratamento cirúrgico:
RTU (ressecção transuretral)
Prostatectomia laparoscópica
Cirurgias da próstata
	A cirurgia da próstata deve ser feita antes que se desenvolvam uma retenção urinaria aguda e danos ao trato urinário superior e sistema coletor;
	Abordagens para remover a parte hipertrofiada da glândula prostática:
Ressecção transuretral de próstata (RTU): é realizada por endoscopia. O instrumento cirúrgico e óptico é diretamente introduzido pela uretra até a próstata, a glândula é removida em pequenas partes com uma alça elétrica de corte;
Prostatectomia aberta: remoção da glândula prostática por uma incisão abdominal;
Prostatectomia laparoscópica: indicada para problemas benignos ou malignos da próstata (tumor localizado);
Principais complicações:
Hemorragia
Infecção
TVP
Obstrução da sonda vesical – atenção para aumento
de globo vesical, dor abdominal, redução do volume drenado na bolsa
Disfunção sexual: disfunção erétil, libido diminuída, fadiga;
Cuidados de enfermagem no PO
Repouso no leito nas primeiras 24 horas
Controle da dor
Controle dos SV
Manter sistema de irrigação contínua (SVD tipo Fowley 3 vias)
Irrigação vesical intermitente conforme prescrição médica e quando necessário
Manter balanço hídrico rigoroso (BH), quando prescrito
Realizar o controle da diurese: atenção para o debito urinário e aspecto da urina
Monitorar e tratar complicações potenciais: hemorragia, infecção, trombose e obstrução da sonda
Manter cuidados meticulosamente assépticos à área ao redor da sonda
Se cirurgia aberta: ATENÇÃO A FO = trocar curativo quando necessário; verificar sistema de drenagem (portovac)
Estimular ingestão hídrica, mesmo após a retirada da irrigação
Procedimentos cirúrgicos nos testículos
Vasectomia
Vasovasostomia: reversão da vasectomia;
Hidrocelectomia: remoção cirúrgica de parte da túnica vaginal do testículo para cura de hidrocele (acúmulo de líquido);
Varicoceletomia: extirpação cirúrgica de veias espermáticas dilatadas, acompanhada ou não pela extirpação de uma parte do escroto, para cura radical da varicocele;
Cirurgias relacionas ao pênis
Postectomia: cirurgia para correção da fimose (estreitamento do prepúcio) – tipo circuncisão;
Colocação de prótese peniana: indicado para disfunções eréteis mais graves de origem orgânica;
Cuidados de enfermagem no pós-operatório
Aliviar a dor
Repouso no leito pelas primeiras 24 horas
Uso de suspensório escrotal
Uso de gelo
Atentar-se para hemorragia, edema, equimose
Cirurgias das vias urinárias
Urolitíase
	Presença de cálculos no sistema urinário. Os cálculos podem ser encontrados em qualquer ponto do rim à bexiga e variam em tamanho;
Aproximadamente 1 em cada 200 pessoas apresenta um cálculo renal por ano;
Em torno de 80% destes são expelidos espontaneamente, enquanto os outros 20% restantes necessitarão de alguma forma de tto;
Se o indivíduo tem um cálculo, existe um risco de 50% de chance de recidiva nos 5 a 10 anos subsequentes;
Indicação para realização de cirurgia:
Cálculos grandes, sem condições de passar espontaneamente
Bloqueio do fluxo de urina por tempo prolongado
Associação de infecção urinária de tratamento difícil
Presença de lesão renal
Aumento progressivo de tamanho do cálculo
Litotripsia Extracorpórea por ondas de choque (LECO): tratamento não invasivo utilizado para fragmentação dos cálculos presentes no sistema urinário através de uma onda de choque – 85% dos casos;
Ureteroscopia: visualização e acesso ao ureter pela inserção de instrumentos através de um ureteroscópio por meio de cistoscopia. 2ª opção no tto de cálculo ureteral com 5mm a 8mm. Manutenção de um stent (duplo J)
Nefrotitotomia percutânea: introdução de um nefroscópio é através do trajeto percutâneo, dilatado até o parênquima renal. Reservado a cálculos maiores. Extração com pinça ou por uma cesta;
Importante: 
Antes do advento da litotripsia, o principal modo de tratamento dos cálculos renais era a remoção cirúrgica. Atualmente é realizada em 1 a 2%;
A cirurgia é indicada se o cálculo não responder a outras formas de tto. A cirurgia também é realizada para corrigir quaisquer anormalidades anatômicas do rim, a fim de melhorar a drenagem urinaria.
Nefrostomia percutânea: inserção de um tubo através da pele na pelve renal; objetivos: drenagem externa da urina de um ureter obstruído, promover via para introdução de uma sonda ureteral, administrar drogas;
Tratamentos para cálculos nos rins:
Nefrolitotomia: incisão no rim com remoção do cálculo;
Nefrectomia: retirada do rim (se o rim não estiver funcionando devido a infecção ou Hidronefrose);
Pielolitotomia: remoção de cálculos na pelve renal;
Cistotomia: incisão na bexiga para remoção de cálculos;
Cuidados de enfermagem no PO
Controlar a frequência e intensidade da dor;
Atentar-se para hemorragia, choque, distúrbios abdominais (íleo paralitico)
Realizar balanço hídrico rigoroso + reposição volêmica complementar
Realizar controle de SV rigorosos
Observar atentamente drenos, tubos, sondas e suas finalidades
Posicionar paciente em semi-Fowler e estimular a realização de exercícios respiratórios de hora em hora
Após, são realizados exercícios de tosse, tendo o cuidado de proteger a FO com o travesseiro e as mãos espalmadas (melhoram a respiração e provocam um relaxamento prevenindo atelectasia e pneumonia)
Avaliar regularmente a FO atentando para abaulamento e sangramento
Monitorar a ingesta hídrica
Monitoras as eliminações por drenos e sondas
Observar a qualidade dos líquidos infundidos e características dos eliminados, locais e inserção e fixação de sondas e drenos
Cirurgias na bexiga
	RTU de bexiga: diagnostica e terapêutica. Retirada de lesões com infiltração na camada muscular da bexiga.
	Cistectomia radical com derivação urinária: remoção de toda a bexiga com derivação urinaria através de uma ureterostomia cutânea para a drenagem da urina. ATENÇÃO: observar estoma, afim de avaliar a sua integridade e a pele adjacente;
Cuidados de enfermagem no PO
Controlar SV
Controlar nível de consciência do paciente
Manejar a dor
BH rigoroso (registros exatos da relação administrados/eliminados)
Cuidados com o estoma para manter a integridade da pele
Verificar características da drenagem dos curativos cirúrgicos e drenos (extravasamento urinário, hematoma)
Exercícios de tosse + inspiração profunda + mudança de decúbito 
Assistência de enfermagem nos procedimentos plásticos
	Cirurgias plásticas: visa reconstruir ou alterar defeitos congênitos ou adquiridos.
	Inclui:
Fechamento de feridas
Remoção de tumores cutâneos
Reparação de queimaduras ou lesões 
Correção de deformidades
Reparação de defeitos estéticos 
Enxertia cutânea
	Aplicada para o fechamento de feridas (é um curativo biológico);
É um tipo de cirurgia reconstrutora
Técnica que transfere uma parte da pele para outro sitio à distância
Visa cobrir feridas em que não há pele o suficiente
*Aloenxerto: enxertia derivada de um doador (BR= banco de pele)
*Autoenxerto: enxertia derivada de um outro ponto do próprio paciente
	Sitio doador: compatível com a cor do local que receberá o enxerto;
	Enxerto: espessura adequada, sem riscos à área doadora (área receptora deve ter suprimento sanguíneo adequado)
Cuidados com o sítio doador
A cicatrização ocorre por reepitelização
Proteger por gaze (opção por opsite)
Manter a área hidratada após a cicatrização (neoepitelio – não muito forte)
Proteger da luz solar intensa e traumas externos (neoepitelio – não muito forte)
Cuidados com o sitio receptor
Enxerto deve ser mantido em contato íntimo com o seu leito, evitando acúmulo de sangue ou fluidos
Enxerto deve estar fixado (suturas, curativos)
Manter a área livre de infecção e sinais flogisticos
Inspecionar diariamente a área
Evitar a exposição solar
Enxerto rosado: vascularizado
Cirurgias plásticas estéticas
Cuidados de enfermagem no PO
Controle intensivo dos SV (TA, FR, FC, Tax e DOR)
Vigiar sangramento: observar presença de sangramento na FO
Controle da dor: administrar analgesia eficaz
Fornecer aquecimento adequado, devido a hipotermia
Observar a qualidade dos líquidos infundidos e características dos eliminados, locais de inserção e fixação de drenos e sondas
Monitorar e registrar a ingesta hídrica, bem como as eliminações por drenos e sondas
Realizar higiene oral (bochechos) de 2/2 horas com solução oral de clorexidina – previne halitose, língua saborosa, lábios secos, fissuras labiais, foco de infecção bacterianas, digestivas e respiratórias. Em paciente comatoso ou entubado é realizada com torundas e feito uso tópico labial de óleo mineral.
Manter posição semi-Fowler com a cabeça elevada;
Evitar esfregas, arranhar ou manipular a área da cicatriz;
Evitar molhar o curativo durante a primeira fase (2 dias);
Não se expor ao sol, por um período mínimo de 8 semanas;
Andar com ligeira flexão (curvada)
do tronco e manter passos curtos, por um período de 15 dias. Ao se deitar colocar travesseiros atrás das costas e abaixo dos joelhos, deixando assim o abdômen sem tensão
Mamoplastias
Mamoplastia redutora
Orienta-se: uso de sutiã de sustentação por 24h durante 2 semanas – reduz tensão nas mamas; evitar exercícios por cerca de 6 semanas após a cirurgia;
Cuidados imediatos: avaliar sangramento e intensidade da dor
Mamoplastia de aumento
Orienta-se: uso de sutiã de sustentação por 24h durante 2 semanas – reduz tensão nas mamas; evitar exercícios por cerca de 6 semanas após a cirurgia;
Cuidados imediatos: avaliar sangramento e intensidade da dor
*Não se realiza procedimentos no braço que houve mamoplastia;
 
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