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Direito Empresarial

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EMPRESÁRIO (conceito genérico)
CONCEITO – art. 966 CC: pessoa que exerce atividade econômica de forma organizada e profissional para a produção ou circulação de bens ou serviços.
Atividade econômica = qualquer atividade que faz circular moeda.
Atividade organizada = requer uma pré organização por parte do empresário como capacitação profissional, empréstimo de dinheiro, etc.
Atividade profissional = tem como característica a habitualidade e aceitação dos riscos do negócio.
CLASSIFICAÇÃO:
Empresário individual 
Sociedade empresária 
REQUISITOS – art. 972 CC: 
Capacidade civil/ maioridade civil.
Exceção – art. 974 CC EMPRESA INDIVIDUAL: o incapaz poderá, por meio de representante/assistente e autorização do juiz, continuar empresa individual exercida por ele quando capaz, pelos pais ou pelo autor da herança, mas não poderá iniciar/abrir empresa. 
Exceção – art. 974 §3º SOCIEDADE EMPRESÁRIA: o sócio incapaz poderá abrir a empresa junto com sócios capazes desde que seja representado/assistido, não a administre e o capital social (valor inicial investido na empresa) seja totalmente integralizado.
Não ser legalmente impedido de exercer a atividade empresária (se exercer, responderá pelas obrigações contraídas – art. 973 CC) hipóteses:
O falido enquanto não reabilitado (Lei 11.101/2005 – art. 158, III, IV).
O leiloeiro registrado na Junta Comercial (instrução normativa do DREI).
Funcionário público (quando seu regimento interno os proíbe).
Estrangeiros, dependendo da atividade a ser explorada – art. 176 § 1º, art. 222 CF.
EXCEÇÕES – NÃO SE CONSIDERA EMPRESÁRIO – art. 966 § único CC:
ATIVIDADE INTELECTUAL: de natureza científica, literária ou artística. Ex: advogado, médico no exercício da sua profissão, ator. 
Exceção – salvo se a atividade constituir elemento de empresa. Ex: clínica médica com outras atividades não desenvolvidas pelos médicos como exames de imagem, procedimentos estéticos, etc na qual os médicos passam a ter a função de gerir o negócio além de realizar sua atividade intelectual. OBS sociedade de advogados, por maior que sejam, sempre serão sociedade simples e nunca sociedade empresária porque o código de ética da OAB proíbe qualquer atividade mercantil.
 ATIVIDADE RURAL: podem exercer atividade como empresários (inscritos na Junta Comercial, mas também podem atuar como profissional intelectual (produtor rural) – art. 971 CC.
EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA (EIRELI) – art.980, alínea a CC: o empresário que for constituído sob a forma de EIRELI consegue limitar sua responsabilidade (regra: os bens particulares não responderão pelas atividades da empresa). Requisito para constituir-se na forma de EIRELI: integralização do capital social de no mínimo 100 vezes o salário mínimo vigente. Aplica-se subsidiariamente todas as regras das sociedades limitadas. Exceção: desconsideração da personalidade jurídica.
CARACTERÍSTICAS:
Ao nome empresarial deverá ser acrescida a expressão “EIRELI”, abreviada ou por extenso.
Só é permitida à pessoa natural figurar numa única EIRELI. 
A ERIELI pode resultar na concentração de quotas em um único sócio a partir da transformação (sociedade empresa)
MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI) – art. 18 A § 1º, LC 123/2006: empresário cujo faturamento/receita bruta anual não ultrapasse 81 mil reais e tenha até um funcionário recebendo no máximo um salário mínimo. 
MICROEMPRESA (ME)- art. 3º LC 123/2006: tanto EIRELI e empresário quanto sociedade empresária podem ser microempresa. Requisito: atividade econômica com receita bruta anual de no máximo 360 mil reais.
Exceções: casos em que a pessoa jurídica não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado – art. 3º § 4º LC 123/2006.
EMPRESA DE PEQUENO PORTE (EPP)- art. 3º LC 123/2006: tanto EIRELI e empresário quanto sociedade empresária podem ser empresa de pequeno porte. Requisito: atividade econômica com receita bruta anual superior a 360 mil reais e inferior a 4, 8 milhões de reais. 
SOCIEDADE EMPRESÁRIA X EMPRESÁRIO:
SOCIEDADE EMPRESÁRIA: 
Explorada por pelo menos duas pessoas físicas e/ou jurídicas.
A responsabilidade dependerá do tipo escolhido, que poderá ser limitada, ilimitada ou mista. 
EMPRESÁRIO:
Explora a atividade econômica sozinho.
A responsabilidade do empresário ilimitada no caso de empresa individual e limitada no caso de EIRELI.
INSCRIÇÃO/PROCEDIMENTO:
EMPRESÁRIO/ EIRELI: envio de um requerimento à Junta Comercial contendo a qualificação completa do empresário, nome empresarial, objeto da atividade econômica, valor do capital social, endereço da sede (ainda que a atividade seja explorada virtualmente) e documentação requisitada, pagamento da taxa de inscrição, análise do pedido pela Junta Comercial e deferimento/indeferimento. 
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL: a inscrição do microempreendedor individual tem o trâmite simplificado e online. 
MICROEMPRESA/ EMPRESA DE PEQUENO PORTE: para enquadrar-se como uma ME ou EPP, é necessária uma inscrição como empresário/EIRELI/sociedade simples ou empresária.
ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
CONCEITO: complexo de bens organizados para o exercício da empresa (art. 1142 CC).
ELEMENTOS
BENS CORPÓREOS/MATERIAIS. Ex: estoque, matéria-prima, carro, edificação, etc.
BENS INCORPÓREOS/IMATERIAIS: bens que agregam valor ao estabelecimento, mas que não estão materializados. Ex: título (apelido do estabelecimento/o que consta nos letreiros, etc.), nome empresarial (nome da pessoa jurídica), tempo de mercado, know how, ponto, marca, etc.
CLIENTELA: elemento que compõe o estabelecimento agregando valor. A carteira de clientes (dados dos clientes, as preferências, etc.) pode ser alienada junto com o estabelecimento. OBS: alguns doutrinadores classificam como um bem incorpóreo.
AVIAMENTO/ FUNDO DE COMÉRCIO: sobrevalor agregado ao preço de venda do estabelecimento que representa a capacidade de ele dar lucro. Divide-se em:
REAL: é o sobrevalor mais próximo da real capacidade de dar lucro, obtido após análise contábil da situação do estabelecimento.
SUBJETIVO: é o sobrevalor agregado ao estabelecimento não por motivos contábeis, mas por motivos subjetivos como apreço emocional, etc.
 CESSÃO DO ESTABELECIMENTO: é a alienação do estabelecimento comercial. OBS: Não deve ser confundida com a cessão de quotas da sociedade (quando se adquire participação na sociedade) ou com a alienação da sociedade em si. Contrato de alienação = trespasse. 
OBSERVAÇÕES A SEREM LEVADAS EM CONTA NA HORA DA COMPRA DE UM ESTABELECIMENTO:
Necessidade de averbação e publicação na imprensa oficial do contrato de trespasse pela Junta Comercial para que gere efeitos a terceiros – art. 1144 CC.
Se houver dívidas no momento da venda e a sociedade que está alienando o estabelecimento tiver bens que equivalham ao valor dela, não há possibilidade de os credores alegarem a ineficácia da alienação. Se houver dívidas no momento da venda e a sociedade que está alienando o estabelecimento não possuir bens equivalentes a seu valor, os credores deverão ser cientificados e a eficácia da alienação dependerá do pagamento de todos eles ou de sua concordância, expressa ou tácita (silêncio), no prazo de 30 dias a contar da ciência – art. 1145 CC.
A responsabilidade do alienante (vendedor) é solidária com o adquirente pelo prazo de um ano, contados a partir da data da publicação da venda no caso de créditos vencidos e a partir dos respectivos vencimentos no caso de créditos vincendos (a vencer futuramente) – art. 1146 CC.
O adquirente fica responsável por todas as obrigações regularmente contabilizadas. 
Em regra, o alienante não pode fazer concorrência ao adquirente pelo prazo de 5 anos, salvo quando autorizado expressamente – art. 1147 CC.
PROTEÇÃO AO PONTO (local onde é explorado o estabelecimento/ onde se instala a atividade econômica)
PRÓPRIO: em regra, não há preocupação em proteger o ponto, salvo em caso de desapropriação.
LOCADO - Lei de Locações 8.245/1991:
AÇÃO RENOVATÓRIA: ação cabível quando o locatário de uma locação
não residencial, atendendo aos requisitos legais, quiser tentar se manter no imóvel locado. Existem situações em que o proprietário poderá retomar o imóvel sem qualquer indenização e outras nas quais o proprietário retomará o imóvel mas indenizará o locatário. 
REQUISITOS DA AÇÃO RENOVATÓRIA – art. 51 e 71/Lei de Locações:
O contrato a ser renovado deve ter sido firmado por escrito.
O prazo do contrato tem que ser determinado.
Exploração de atividade no imóvel por, no mínimo, 5 anos (do contrato/ somatório de todos os contratos de locações).
Exploração do mesmo ramo de atividade por, no mínimo, 3 anos.
Exercício de qualquer atividade econômica com fins lucrativos pode dar ensejo à ação renovatória. 
Prazo para requerer a ação: 1 ano a 6 meses antes do prazo final do contrato. 
EXCEÇÃO DE RETOMADA PELO LOCATÁRIO (hipóteses de defesa do locador do imóvel) – art. 52/ Lei de Locações:
Quando, por determinação do Poder Público, for necessária a realização de obras que importem transformação radical do imóvel.
Quando o locador desejar realizar obras que importem aumento do valor do imóvel.
Quando o imóvel vier a ser utilizado pelo proprietário.
Quando o imóvel vier a ser utilizado pelo cônjuge/ascendente/descendente para negócio existente há mais de um ano. 
Quando houver proposta de terceiros em melhores condições.
INDENIZAÇÃO 
HIPÓTESES – art. 72, III e 75/ Lei de Locações:
Quando a renovação não ocorrer em razão da existência de terceiro oferendo melhor proposta. 
OBS: é o único caso em que a sentença da ação renovatória já fixará a indenização devida solidariamente pelo locador e proponente (terceiro) ao locatário, nos outros casos a indenização deverá ser requerida em ação própria referente a perdas e danos. 
Quando o proprietário/cônjuge/ascendente/descendente explorarem o mesmo ramo do locatário e a locação não contemplava o fundo de comércio/aviamento (se no momento da venda, não se explorava aquele ramo ainda). 
Se o locador, no prazo de 3 meses após a entrega do imóvel, não cumprir o destino alegado/pretendido.
DIFERENÇAS DA LOCAÇÃO DE PONTO EM SHOPPING CENTER:
AÇÃO RENOVATÓRIA: o locador pode negar a renovação do contrato de locação alegando que a loja não está sendo interessante para o empreendimento. O interesse que prevalece é sempre o do empreendimento (a soma dos interesses de todas as lojas) e não do locatário. 
CLÁUSULAS CONTRATUAIS: em geral, prevalecem as condições livremente pactuadas entre o empreendedor/shopping e o lojista/locatário, ainda que se apresentem como cláusulas “abusivas”/desproporcionais. Ex: obrigação de participar de todas as campanhas feitas pelo shopping.
OBRIGAÇÕES GERAIS DO EMPRESÁRIO/SOCIEDADE EMPRESÁRIA
REGISTRO (Lei 8934/94 + Decreto 1800/96): é o ato formal que regulariza o exercício da atividade econômica. Registro do requerimento para inscrição como empresário (no caso de empresário individual) ou do contrato social (no caso de sociedade empresária). 
Se a atividade for empresária, o registro fica a cargo da Junta Comercial.
Se a atividade não for empresária (ex: atividade intelectual – fisioterapeutas, médicos, etc.), o registro da sociedade é realizado pelo Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas. 
A exceção de sociedade simples são as sociedades de advogados que são registradas na OAB. 
As cooperativas, apesar de serem sociedade simples, são registradas na Junta Comercial. 
Atos de registro (art. 32 da Lei 8934/94):
Matrícula: diz respeito a determinadas atividades que devem estar inscritas na Junta Comercial para o exercício com formalidade. Os profissionais que necessitam da matrícula são os leiloeiros, tradutores públicos/juramentados, intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns gerais. 
Arquivamento: refere-se a todos os documentos (contratos, distratos, alterações contratuais,etc.) levados a registro na Junta Comercial. Obs.: existem documentos que não podem ser arquivados na Junta Comercial. Ex: art. 53 do decreto 1800/96.
Autenticação: refere-se ao poder que a Junta Comercial tem de conferir aos documentos lá arquivados, bem como aos instrumentos de escrituração das empresas mercantis. 
O registro público das empresas mercantis é exercido em todo o território nacional pelo SINREM (Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis), que é composto pelos seguintes órgãos: 
DNRC (Departamento Nacional de Registro de Comércio)/DREI (Departamento de Registro Empresarial e Integração): é vinculado à União. Compete a ele supervisionar, coordenar, solucionar dúvidas decorrentes da interpretação das leis pertinentes ao registro, prestar orientação às Juntas Comerciais, fiscalizá-las, consolidar as normas referentes ao registro, organizar e manter atualizado um cadastro nacional das atividades empresárias ativas, etc. Não realiza registros.
Juntas Comerciais: existentes em cada unidade federada. Sua sede está localizada na capital do respectivo estado federado. Podem existir órgãos regionais (escritórios) que auxiliem o serviço da Junta Comercial. Tem natureza híbrida porque se sujeitam tanto ao governo do estado onde estão sediadas quanto ao governo federal, dependendo da matéria. Compete a elas realizar a matrícula, o arquivamento e a autenticação, elaborar a tabela de preço dos seus serviços e os regimentos internos, registrar os usos e costumes comerciais. 
Estrutura das Juntas Comerciais:
Presidência: dirige e representa o órgão.
Plenário: composto por vogais (pessoas que julgam o ato. Ex: se a empresa pode ou não ser registrada, etc). 
Turmas 
Secretaria-geral
Procuradoria 
Procedimento e processo decisório: 
Regra geral = decisão singular/monocrática (processos mais simples). 
Exceções (art. 41 da lei) = decisões colegiadas (decisões mais complexas e julgamento dos recursos). 
A Junta Comercial realiza um exame apenas formal dos atos, documentos e instrumentos levados a registro (não tem alcance material/de mérito, analisa apenas se as formalidades legais estão preenchidas).
Prazo para apresentação dos documentos: se apresentado até 30 dias após a data da assinatura, retroage à data da assinatura; se apresentado após 30 dias da data da assinatura, não retroagirá à data da assinatura e começará a valer após o deferimento na Junta Comercial; 
Prazo para apreciação pela Junta Comercial: se a decisão for colegiada = 5 dias úteis; se a decisão for singular = 2 dias úteis. 
Às decisões da Junta Comercial cabe 3 tipos de recurso administrativo: pedido de reconsideração; recurso ao Plenário; recurso ao Ministro de Estado da Indústria, Comércio e Turismo.
Inatividade da empresa: se, em 10 anos, nenhum documento referente a atividade econômica for enviado à Junta Comercial, a empresa deverá informar se ainda há funcionamento. 
Falta de registro: a empresa que não encaminhou se ato institutivo à Junta Comercial encontrar-se-á em situação de irregularidade. Todas as atividades econômicas deverão submeter-se previamente ao registro. 
ESCRITURAÇÃO: processo metódico, cronológico e sistemático em que são lançadas todas as informações a respeito de entradas e saídas da atividade econômica (semelhante a um diário). O contabilista (contador/técnico contábil) é o responsável técnico junto com o empresário/sócios pela escrituração. Os livros deverão ser guardados enquanto os prazos contidos nele não estiverem prescritos (art. 1194 CC). 
FUNÇÕES
FISCAL: é com ela que o fisco terá condições de verificar se os lançamentos estão ou não adequados aos impostos recolhidos. 
GERENCIAL/DOCUMENTAL: importante instrumento/documento para tomada de decisões e questão probatória. 
REQUISITOS
INTRÍNSECOS/INTERNOS: 
Realização em moeda e idioma nacional;
Organização cronológica;
Não pode haver rasura/espaço em branco;
EXTRÍNSECOS/EXTERNOS: 
Termo de abertura autenticado pela Junta Comercial;
Termo de Encerramento autenticado pela Junta Comercial;
ESPÉCIES
OBRIGATÓRIOS: 
Comuns. Ex: livro diário (exigido de quase todas as atividades empresárias).
Específicos: pode ser exigido a um tipo
específico de sociedade ou atividade. Ex: livro de registro de atas de assembleia na sociedade anônima, livro de registro de duplicatas. 
FACULTATIVOS: aqueles não exigidos pela lei. 
PRINCÍPIO DO SIGILO DOS LIVROS (art. 1190 CC):
REGRA: se preserva o sigilo dos livros porque consta nele o extrato da atividade econômica exercida. 
EXCEÇÕES: somente poderá ser quebrado totalmente o sigilo nas situações previstas em lei (Ex: quando se fizer necessário para resolver questões relativas à sucessão da sociedade e em caso de falência – art. 1191 CC). A quebra parcial do sigilo só poderá ser ordenada quando houverem relevantes motivos (art. 417-421 CPC). 
O Princípio do Sigilo dos Livros não se aplica às autoridades da Fazenda Pública no exercício da fiscalização, observados os limites das respectivas competências (art. 1193 CC). 
Eficácia probatória dos livros: se estiverem regularmente preenchidos, se presume uma prova a favor do empresário que os escriturou, contudo, é permitido, também, que o empresário faça uma prova contrária, no sentido de demonstrar que as informações ali lançadas não correspondem à realidade. 
Consequência da irregularidade: se não houver livro ou se o livro não estiver regular, poderá ocorrer sanção (consequência sancionadora) e, também, o empresário poderá não ter acesso a situações como créditos bancários, etc (consequência motivadora). 
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PERIÓDICAS – art. 1179 CC: Exprime com clareza e fidelidade a situação real da empresa, indicando todo o ativo (bens) e o passivo (dívidas). Junto deve ser feito o balanço de resultado econômico, que é uma demonstração de lucros e/ou perdas. Todo empresário e sociedade empresária são obrigados a apresentar (ao fisco e a qualquer sócio que requisitar), anualmente (não precisa ser o ano civil), o balanço patrimonial e o balanço de resultado econômico. Exceções: o balanço deverá ser apresentado mais de uma vez quando houver divisão de dividendos (lucros) semestrais; bancos devem apresentar balanços trimestrais.
PUBLICAÇÃO: Em regra, apenas as sociedades anônimas abertas são obrigadas a publicar seus balanços nos meios de comunicação.
CONSEQUÊNCIAS DA NÃO APRESENTAÇÃO: responsabilização dos sócios administradores perante os demais sócios; dificuldade de acesso a crédito bancário; possível impossibilidade de participação em licitações.
PREPOSTOS E DEMAIS AUXILIARES – art. 1169 a 1178 CC
CONCEITO DE PREPOSTO: aquele que, independentemente do regime de contratação, recebe poderes e atua representando um interesse da pessoa jurídica (sociedade empresária ou empresário). Exige cartão de preposição, no qual o empresário ou a sociedade empresária outorgará, ao preposto, poderes específicos.
CONCEITO DE PREPONENTE: é o empresário ou a sociedade empresária que outorga poderes ao preposto. 
CARATERÍSTICAS DO CONTRATO DE PREPOSIÇÃO: depende do tipo de relação de preposição. Considera-se perfeita a entrega de bens, valores ou documentos ao preposto encarregado pelo preponente, se aquele receber sem protesto, salvo nas situações em que exista prazo para reclamação. 
RESPONSABILIDADE DO PREPOSTO E PREPONENTE
ATOS PRATICADOS NO ESTABELECIMENTO: em regra, os atos praticados pelo preposto, no estabelecimento e relativos à atividade da empresa, responsabilizam o preponente, ainda que não tenham sido autorizados por escrito – art. 1178 CC. 
ATOS PRATICADOS FORA DO ESTABELECIMENTO: em regra, os atos praticados pelo preposto, fora do estabelecimento, somente responsabilizarão os preponentes os atos autorizados por escrito – art. 1178 parágrafo único.
ENTRE ELES: se o preposto cometer um ato culposo, ficará responsável perante o preponente (o preponente se responsabiliza perante terceiros e depois busca ação regressiva contra o preponente); se for um ato doloso, o preposto responde solidariamente com o preponente perante terceiros – art. 1177 parágrafo único. 
DO PREPOSTO: o preposto não pode, sem autorização escrita, repassar suas funções a terceiro (subcontratar), sob pena de responsabilização pelos atos dele e pelas obrigações por ele contraídas. Em regra, o preposto não pode, salvo autorização expressa, participar de negócios do mesmo gênero do preponente sob pena de responder por perdas e danos. 
GERENTE: preposto que atua, permanentemente, no exercício da empresa – art. 1172 CC. A figura do gerente é facultativa. Se a lei não exigir poderes específicos, se considera o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários à atividade – art. 1173 CC. Se o preponente desejar limitar os poderes do gerente, para que tal limitação seja oponível a terceiros, é necessário o arquivamento de tal ato no registro público de empresas mercantis ou a comprovação de que o terceiro tinha conhecimento do limite imposto – art. 1174 CC. 
CONTABILISTA: é o preposto formado em contabilidade, que pode ser contador ou o técnico em contabilidade. A figura do contabilista é obrigatória para responder pela escrituração e pelos balanços, salvo se não houver nenhum na localidade – art. 1182 CC. Pelo lançamento da escrituração e dos balanços, respondem solidariamente o preposto e o preponente (o preponente poderá buscar ação regressiva contra o preposto), salvo se comprovada má-fé – art. 1177 CC. 
DEMAIS AUXILIARES: todos os demais prepostos que auxiliam o empresário ou sociedade empresária.
DEPENDENTES: são aqueles contratados, de acordo com a CLT, estando sujeitos, diretamente, às ordens e aos comandos do preponente.
INDEPENDENTES: são aqueles que firmam contratos de colaboração, como por exemplo, os representantes comerciais, contadores e advogados terceirizados. 
PROPRIEDADE INDUSTRIAL – Lei 9.279/96
PILARES DE PROTEÇÃO: marca, indicações geográficas, patente de invenção, modelo de utilidade, desenho industrial. 
MARCA
CONCEITO: são todos os sinais visualmente perceptíveis, distintivos, não compreendidos nas proibições legais (art. 124), passíveis de representação gráfica – art. 122. Servem para identificar o produto ou o serviço. O INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) é o órgão que registra e protege as marcas. 
FUNÇÕES: distinguir, indicar a procedência, fidelizar, atrair e resguardar o interesse do consumidor, lealdade, etc. 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO USO:
MARCA DE PRODUTOS E SERVIÇOS: usada para distinguir produtos iguais
MARCA DE CERTIFICAÇÃO: usada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas (Ex: INMETRO, ABNT, ANVISA).
MARCA COLETIVA: usada para identificar produtos ou serviços provenientes de membros de uma determinada entidade (Ex: cooperativas).
NATUREZA DAS MARCAS
NOMINATIVA: constituída apenas por letras ou números, sem qualquer figura, logotipo, elemento gráfico (Ex: Bombril).
FIGURATIVA: constituída de desenho, imagem, figura, símbolo, letra fantasiosa, etc. (Ex: NIKE).
MISTA: constituída por elemento nominativo e figurativo (Ex: Guaraná).
TRIDIMENSIONAL: constituída pela forma do produto ou embalagem, cuja forma tem capacidade distintiva em si (Ex: Toblerone). 
REQUISITOS DE REGISTRO 
CAPACIDADE DISTINTIVA E NOVIDADE: não se assemelhar com marcas já existentes, ter cunho próprio e não se relacionar com o produto ou serviço identificado, um número, uma cor, salvo se tiver capacidade distintiva.
VERACIDADE: veda-se o registro de marcas enganosas em relação a sua origem, natureza, qualidade ou utilidade de forma a lesar o consumidor e a concorrência.
DESIMPEDIMENTO/LICITUDE: art. 124 CC. 
DIREITOS/DEVERES DO TITULAR DO REGISTRO DA MARCA:
Usar a marca (a caducidade pode gerar perda do registro);
Acompanhar o registro;
Zelar pela integridade e reputação (Ex: combater a falsificação da sua marca);
Prorrogar o registro (facultativo);
Licenciar seu uso (facultativo);
HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO REGISTRO DA MARCA – art. 142:
Expiração do prazo de vigência;
Renúncia (parcial ou total);
Caducidade (não uso);
Inobservância do disposto no art. 217. 
MARCA DE ALTO RENOME: 
CONCEITO: marcas que tem fama tão grande no território nacional
e que são reconhecidas por todos os públicos. 
REGRA princípio da especialidade (o direito de titularidade sobre uma marca se limita ao ramo do seu produto/serviço).
EXCEÇÃO: marcas de alto renome (art. 125 – proteção em todos os segmentos/ramos de atividade, independente, da exploração)
Responsável pelo reconhecimento (analisando a existência ou não da fama): INPI
Duração do reconhecimento: 5 anos (poderá ou não ser revalidado)
MARCA NOTORIAMENTE CONHECIDA: são as que alcançam tal fama somente em seu ramo de atividade (é protegida em seu segmento, independente, de registro);
DIREITO DE PRIORIDADE – art. 127: 
Convenção da União de Paris (assinada pelo Brasil);
Nacional de uma das nações membro que, legalmente, depositar um pedido de registro de uma marca no seu país, terá o direito de prioridade de depositar o pedido de registro dessa mesma marca em todas as demais nações participantes da convenção, no período de 6 meses.
INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS (podem ser os dois tipos juntos)
INDICAÇÃO DE PROCEDÊNCIA: representa o local conhecido como centro de produção, extração ou fabricação de determinado produto (Ex: chocolate de Gramado, queijo de Minas – art. 177).
DENOMINAÇÃO DE ORIGEM: é o nome de um país, cidade, região ou localidade que produza um produto cujas qualidades se devam exclusivamente ao meio geográfico/clima/solo/etc (Ex: vinho do Vale dos Vinhedos – art. 178).
PATENTE DE INVENÇÃO: garante ao inventor o direito de utilizar, exclusivamente, sua invenção por determinado período.
MODELO DE UTILIDADE: é uma nova configuração (aperfeiçoamento) da invenção, visando aumentar sua utilidade. 
DESENHO INDUSTRIAL: configuração ornamental nova, sem acréscimo de utilidade (aperfeiçoamento estético). 
TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
CONTRATO DE SOCIEDADE: celebram o contrato de sociedade as pessoas físicas e/ou jurídicas que, reciprocamente, se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica e partilhar, entre si, os resultados. 
CONCEITO DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA: sociedade que tem por objeto o exercício de atividade própria de empresário, sujeito à registro (art. 966 CC). As demais, que tem por objeto uma atividade econômica de natureza intelectual, serão consideradas sociedades simples (art. 966, parágrafo único CC). 
EXCEÇÃO: independente da natureza da atividade econômica explorada, sociedade anônima (ou sociedade por ações) será sempre sociedade empresária e as cooperativas, sempre, sociedade simples (art. 982, parágrafo único). 
PERSONALIZAÇÃO DA SOCIEDADE: a personalidade jurídica da sociedade é adquirida a partir da inscrição, no registro próprio, dos seus atos constitutivos (contrato social), precedido, quando necessário, de autorização do poder Executivo (art. 985 e 45 CC). Se a sociedade for empresária o registro é feito na Junta Comercial, se for simples, em regra, o registro é realizado no RCPJ (exceções: advogados, na OAB e cooperativas, na junta comercial). 
EFEITOS DA PERSONALIZAÇÃO DA SOCIEDADE: uma vez registrada, surge a personalidade jurídica da sociedade e, com ela: a) a autonomia patrimonial, ou seja, todos os direitos e deveres assumidos pela sociedade serão, em regra, por ela suportadas; b) a responsabilidade pelas obrigações assumidas.
CLASSIFICAÇÃO:
QUANTO À PERSONALIDADE
PERSONIFICADAS/PERSONALIZADAS: são as sociedades que levam a registro seus atos constitutivos. Ex: sociedade simples, sociedade em comandita simples, etc. 
NÃO PERSONIFICADAS/NÃO PERSONALIZADAS: são as sociedades que não forma uma pessoa jurídica distinta, uma vez que não levam a registro seus atos constitutivos. Ex: sociedade em comum, sociedade em conta de participação. 
QUANTO À RESPONSALIBILIDADE DOS SÓCIOS: nas sociedades em que os sócios poderão ser chamados a responder com seus bens particulares, prevalece o benefício de ordem: primeiro se esgotam os bens da sociedade e, depois, se for o caso, os dos sócios (responsabilidade subsidiária) – art. 1024 CC. EXCEÇÃO: sociedade em comum (não tem personalidade jurídica) responsabilidade solidária e ilimitada dos sócios – art. 990 CC. 
LIMITADA: os sócios não respondem com o seu patrimônio particular para o cumprimento das obrigações sociais. Ex: sociedade limitada, sociedade anônima. 
ILIMITADA: os sócios respondem com o seu patrimônio particular para o cumprimento das obrigações sociais. Ex: sociedade em nome coletivo, sociedade em comum. 
MISTA: alguns sócios têm responsabilidade ilimitada e outros limitada. Ex: sociedade em comandita simples, sociedade em comandita por ações. 
QUANTO AO REGIME DE CONSTITUIÇÃO
CONTRATUAIS: o ato constitutivo se dá através de um contrato. 
INSTITUCIONAIS: o ato constitutivo se dá através de um estatuto. 
QUANTO À ATIVIDADE (objeto explorado)
EMPRESÁRIA: objeto de atividade típica de empresário sujeito a registro. Precisam escolher um dos tipos societários para atuar, porque não regramento para atividade empresária por si só. Tipos societários: sociedade limitada, sociedade por ações, sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples, sociedade em comandita por ações. 
SIMPLES: demais atividades. Existem por si só, não precisam escolher um dos tipos societários existentes porque tem regramento específico, mas poderão escolher um dos tipos societários compatível à sociedade simples (sociedade simples limitada). OBS: sociedade de advogados só pode ser sociedade simples (o estatuto da OAB não permite que se modifique o tipo de responsabilidade). 
QUANTO ÀS CONDIÇÕES DE ALIENAÇÃO (em relação ao que pesa mais naquela sociedade)
DE PESSOAS: são aquelas em que o peso dos sócios que a compõem é maior do que o peso do capital, ou seja, se um dos sócios deixar o quadro societário, tal conduta causará um abalo na estrutura da sociedade. 
DE CAPITAL: são aquelas em que os sócios/acionistas podem, livremente, alienar ou adquirir participação na sociedade, sem que essa conduta abale a estrutura da sociedade. 
SOCIEDADE EM COMUM/DE FATO: sociedade que está, transitoriamente, em situação irregular, pois ainda não inscreveu seus atos constitutivos no registro competente. 
CARACTERÍSTICAS:
É uma sociedade de fato, existe, mas não juridicamente. 
Terceiros poderão comprovar, de qualquer modo (contrato verbal, testemunha, etc), a existência de uma sociedade em comum;
Os sócios, somente, poderão comprovar a existência da sociedade por escrito (email, mensagem, etc);
Todos os sócios respondem de forma ilimitada e solidária pelas obrigações da sociedade;
Os bens da sociedade constituem patrimônio comum do qual todos os sócios são titulares.
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: em caso de abuso da personalidade jurídica: desvio finalidade ou confusão patrimonial – art. 50 CC. 
Não extingue a personalidade jurídica;
Uma vez desconsiderada a personalidade jurídica, não significa que todos os processos envolvidos serão requeridos e deferidos;
Confusão patrimonial = não consegue se diferenciar os bens da pessoa jurídica e dos sócios;
Desvio de finalidade = se refere ao desvio/troca do objeto explorado sem alteração no contrato social;
DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA PERSONALIDADE JURÍDICA: ocorre quando um sócio “esvazia” seu patrimônio (transfere o seu patrimônio para a pessoa jurídica para não cumprir suas obrigações). Comprovados os requisitos, o juiz intima a outra parte para garantir o contraditório;
CONSTITUIÇÃO DAS SOCIEDADES CONTRATUAIS
REQUISITOS GERAIS – art. 104 CC: agente capaz, objeto lícito e possível, forma prescrita ou não defesa em lei.
REQUISITOS DO SÓCIOS: não se exige autorização judicial para sócio incapaz, desde que o sócio incapaz não possa administrar a sociedade, o capital social seja totalmente integralizado no ato de constituição e o sócio assistido/representado.
CONTRATO SOCIAL (todo contrato social deverá ser revisado por um advogado)
FORMA: se dá de forma escrita e poderá ser por instrumento público ou particular desde que se observe todos os requisitos legais. Admite-se contratos verbais para as sociedades em comum
(sociedade sem registro – art. 987 CC) que poderão ser comprovadas de qualquer maneira.
ALTERAÇÃO: uma vez constituída a sociedade, ela poderá ser livremente alterada desde que levada sempre a registro na Junta Comercial.
CLÁUSULAS CONTRATUAIS – art. 997 CC 
ESSENCIAIS/OBRIGATÓRIAS: qualificação completa dos sócios; nome empresarial; capital social; sede; prazo de duração (determinado ou indeterminado); administração da sociedade em conjunto; responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais; participação nas perdas e lucros;
FACULTATIVAS – art. 1028 CC: falecimento de um sócio e sem previsão no contrato, se paga a quota parte aos herdeiros, dependendo do sócio remanescente. 
NOME EMPRESARIAL: identifica a empresa/sociedade. É registrado na junta comercial, junto com o registro do ato constitutivo. O nome empresarial será protegido na esfera de atuação da junta comercial, salvo se o registro for requerido na forma especial, caso em que a proteção se estende a todo o território nacional.
ALTERAÇÃO
SOCIEDADE LIMITADA: se na composição do nome empresarial houver o nome civil de um ou mais sócios e um deles se retirar, o nome empresarial deverá ser alterado. Se houver a omissão da palavra limitada (por extenso ou abreviada), os sócios respondem de forma ilimitada pelas obrigações sociais. 
SOCIEDADE ANÔNIMA: permite-se a utilização no nome empresarial de nome de fundador, acionista ou qualquer pessoa que tenha contribuído para o bom êxito da formação da sociedade. 
ALIENAÇÃO: em regra, o nome empresarial não pode ser objeto de alienação. O adquirente de um estabelecimento poderá, se o contrato de trespasse permitir, utilizar o nome do alienante precedido de seu nome próprio com a qualificação de sucessor (no caso de haver nome civil no nome empresarial). 
MARCA: identifica um produto ou serviço, pode ter relação com o nome empresarial ou não. É registrado no INPI 
TÍTULO DE ESTABELECIMENTO: identifica o local. Não há órgão de registro, mas se alguém usar indevidamente o título de estabelecimento de outro, com o objetivo de auferir vantagem, será considerado crime de concorrência desleal. 
SÓCIO DE SOCIEDADE CONTRATUAL: pessoa jurídica e/ou física, dependendo da espécie de sociedade, que se obriga contratualmente perante os outros sócios a contribuir para formação do capital social, para a realização de objetivo comum e partilhar entre si os resultados. 
DIREITOS
Participação nos resultados sociais (não confundir com pró-labore) – art. 1007 e 1008 CC;
Administração da sociedade (independente da quota de ações);
Fiscalização: acesso a todos os documentos da sociedade (em regra esse direito é exercido a qualquer tempo, salvo nos casos de sociedades que fixam épocas próprias para apresentação dos documentos; mas, mesmo se houver época própria e existir receio em relação aos atos dos administradores, poderá o sócio pedir a exibição judicial em juízo – art. 1021 CC);
Direito de retirada: direito de sair da sociedade (em sociedades com prazo determinado, se houver recusa/discordância dos outros sócios, deve ser provado judicialmente a justa causa, caso não seja será devida indenização aos outros sócios; em sociedades com prazo indeterminado, a saída será possível 30 dias após a comunicação dos outros sócios; em caso de reorganização societária ou reengenharia, independente do prazo ser determinado ou não, o sócio que discordou pode exercer seu direito de retirada, comunicando a sociedade até 30 dias depois da reunião/assembleia) – art. 5º CF e art. 1077 CC; 
DEVERES
Contribuir para a formação do capital social: o sócio que não integraliza sua quota parte na forma e no prazo previsto é considerado um sócio remisso e, a partir daí, surgem algumas faculdades à sociedade: notificar o sócio; 30 dias após a notificação, ele estará em mora e a sociedade poderá excluir ou executar judicialmente o sócio ou ainda, se houver contribuição parcial, a sociedade poderá reduzir a quota parte já integralizada – art. 1004 CC;
Responder pelas perdas, observando os respectivos limites de participação;
EXCLUSÃO DE SÓCIO: só poderá ocorrer por vontade da maioria se preenchida alguma das situações legais que a possibilitam. Hipóteses:
Mora na integralização do capital social;
Verificada a justa causa (quando um sócio praticar atos de inegável gravidade que põe em risco os interesses da sociedade)
Judicial: 
Extrajudicial: poderá ser realizada se estiver prevista no contrato social; se cientificar o sócio em tempo hábil para que compareça à assembleia/reunião para que apresente sua defesa; se a maioria concordar com a exclusão na assembleia/reunião; 
Falência do sócio – art. 1030 CC;
Liquidação da quota parte do sócio – art. 1030 CC;
SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO/OCULTA (art. 991 – 996 CC)
ESPÉCIES DE SÓCIOS
OSTENSIVO: aquele que assume toda a responsabilidade perante terceiros. Só pode haver um na sociedade.
PARTICIPANTE/OCULTO: aquele que não assume responsabilidades perante terreiros. Pode haver vários. 
CARACTERÍSTICAS:
Não forma personalidade jurídica;
Não é registrada na Junta Comercial;
A contribuição dos sócios participantes se constitui em patrimônio especial devidamente lançado em livros e registros da sociedade;
EM CASO DE FALÊNCIA
SÓCIO OSTENSIVO: deverá promover a habilitação na ação falimentar, dissolvendo a sociedade.
SÓCIO PARTICIPANTE: eventual crédito devido ao sócio participante deverá ser depositado na ação falimentar, sob pena de pagar duas vezes;
SOCIEDADE EM NOME COLETIVO (art. 1039 – 1044 CC)
CONCEITO: é aquela em que todos os sócios têm responsabilidade ilimitada pelas obrigações sociais (subsidiária);
CARACTERÍSTICAS: 
Somente pessoas físicas poderão ser sócias;
A responsabilidade dos sócios perante terceiros é solidária;
SOCIEDADE EM COMANDITA SIMPLES (art. 1045 – 1051 CC)
CARACTERÍSTICAS:
O nome empresarial será constituído através de uma razão social;
Só poderão constar os nomes civis dos comanditados no nome empresarial, sob pena de tornar ilimitada a responsabilidade do sócio comanditário.
ESPÉCIES DE SÓCIOS
COMANDITADOS: são pessoas físicas com responsabilidade solidaria e ilimitada pelas obrigações sociais. São os administradores da sociedade. Deve haver, no mínimo, um. Quando ocorrer ausência de comanditado, os comanditários deverão contratar administrador provisório que exercerá a administração por, no máximo, 180 dias (após o prazo, a sociedade se extinguirá).
COMANDITÁRIOS: pessoa física ou jurídica com responsabilidade limitada pelas obrigações sociais. Deve haver, no mínimo, um, pois a ausência dele, acarretará consequências após 180 dias.
SOCIEDADE SIMPLES (art. 997 – 1038 CC)
CONCEITO: exercem atividade econômica não empresaria, com objetivo intelectual de natureza artística, literária ou científica. 
CARACTERÍSTICAS: 
Responsabilidade ilimitada;
Presta serviço intelectual;
REGISTRO: constitui-se através de um contrato social que, em regra, será registrado no CRPJ. Exceções sociedades de advogados são registrados na OAB e as cooperativas na Junta Comercial.
FORMA: poderá ser pura/comum ou se constituir sob um dos tipos existentes para sociedade empresária (limitada, nome coletivo, em comandita...).
DIREITOS/DEVERES:
A integralização do capital social na sociedade simples pode ser feita com seus bens ou prestação de serviços;
Há situações que para serem aprovadas exigem o consentimento unânime dos sócios;
A cessão de quotas depende do consentimento dos demais sócios;
A administração poderá ser feita por sócios ou terceiros, contudo a administração por terceiros contribui para a descaracterização da pessoalidade presente na sociedade simples.
SOCIEDADE LIMITADA/LTDA
RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS
REGRA: passa a ser limitada a partir da integralização do capital social, mas todos os sócios respondem solidariamente pela integralização dele. 
EXCEÇÕES: o patrimônio dos sócios/administradores não sócios poderá ser buscado quando: 
O juiz decretar a desconsideração da personalidade jurídica (desvio de finalidade/confusão
patrimonial – art. 50 CC);
Desconsideração da personalidade jurídica na Justiça do Trabalho (quando houverem dívidas não pagas e a sociedade não possuir bens disponíveis ao pagamento); 
Houver deliberação contrária à lei ou ao contrato social (somente os favoráveis à deliberação responderão – art. 1080 CC); 
Nas dívidas tributárias houver a comprovação de atos praticados (por sócios, gerentes, diretores, mandatários, prepostos, empregados, etc) com excesso de poderes ou com infração da lei ou do contrato social (art. 135 CTN); 
Houver superavaliação dos bens utilizados na integralização do capital social (art. 1055 §1º CC); 
Houver a distribuição fictícia de lucro (art. 1059 CC);
QUOTAS SOCIAIS: o capital social é dividido em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.
CESSÃO DE QUOTAS: é a transferência de quotas, gratuita ou onerosa, para outra pessoa. Na omissão do contrato social acerca do assunto, a cessão entre os sócios é livre (independe da anuência dos demais), mas para terceiros é restrita a não existência de oposição de mais de ¼ do capital dos sócios (art. 1057 CC).
PENHORA DE QUOTAS: as quotas são bens móveis, logo, podem ser penhoradas (art. 835 IX CPC). 
AQUISIÇÃO PELA PRÓPRIA SOCIEDADE: é permitido à sociedade adquirir as quotas, sem a redução do capital social e utilizando reservas existentes, deixando-as depositadas em tesouraria (art. 861 §1º CPC);
NOME EMPRESARIAL: pode ser composto tanto por firma quanto por denominação, sempre acrescido da palavra limitada ou LTDA (art. 1158 CC);
ADMINISTRAÇÃO: sócios ou terceiros não integrantes do quadro societário poderão administrar a sociedade limitada. Se o administrador for um terceiro, a designação dependerá da aprovação unânime, enquanto não integralizado o capital social, ou da aprovação de 2/3, após a integralização. Se o administrador não for nomeado no contrato social, ele será investido no cargo mediante assinatura do termo de posse. Há 3 hipóteses possíveis para cessar o exercício da administração: 
Término do mandato;
Destituição do cargo, sempre observando os quóruns e requisitos necessários para essa deliberação (art. 1063 §1º, 1071 III, 1076 III CC);
Renúncia ao cargo (gera efeitos para a sociedade a partir do momento da comunicação, mas para terceiros apenas após a averbação no registro competente)
DELIBERAÇÃO
QUÓRUM: variável de acordo com a matéria objeto da deliberação. A partir da integralização do capital social, existem 3 quóruns previstos em lei:
¾ do capital social (ex: modificação do contrato social, deliberação sobre incorporação, fusão e dissolução da sociedade);
Maioria (50% + 1) do capital social (ex: destituição de administradores, nomeação de administradores);
Maioria simples dos presentes na deliberação (regra geral);
FORMAS DE DELIBERAÇÃO:
ASSEMBLEIA: ato mais formal e que exige o cumprimento de alguns requisitos para que possa se instalar. É obrigatória para sociedade limitada com mais de 10 sócios;
REUNIÃO: ato mais informal que a assembleia e pode ser utilizada para sociedades limitada com até 10 sócios;
DOCUMENTO ESCRITO: ato que ocorre quando todos os sócios declararem por escrito sua posição a respeito da matéria que seriam objeto da deliberação, a mesma se torna dispensável. Sua utilização independe do número de sócios;
FORMAS DE CONVOCAÇÃO: 
ASSEMBLEIA: deverá ser feita através de publicação na imprensa, por três vezes, devendo mediar entre a data da primeira inserção e da realização da assembleia o prazo mínimo de 8 dias e de 5 para as posteriores (art. 1152 §3º CC). Exceção: dispensa-se a convocação quando todos os sócios se declararem cientes da assembleia;
REUNIÃO: não exige uma forma específica de convocação;
CONSELHO FISCAL: é um órgão facultativo na sociedade limitada. Função: fiscalizar os atos dos administradores, exigir prestação de contas, analisar balanços, etc. 
SÓCIOS
DIREITOS: participar da administração da sociedade, fiscalizar, participar nos lucros (se houver), se retirar, etc.
DEVERES: integralizar o capital social, reposição das perdas observando os respectivos limites, etc.
EXCLUSÃO: sócio em mora na integralização do capital social, justa causa, incapacidade superveniente, sócio falido, quotas do sócio liquidadas.
DIFERENÇAS ENTRE SOCIEDADE SIMPLES E SOCIEDADE LIMITADA: 
Na sociedade simples, existem matérias que dependem de aprovação unânime, ainda que o capital social já tenha sido integralizado. Já na sociedade limitada, uma vez integralizado, os quóruns possíveis serão ¾ do capital social, maioria do capital social e maioria simples; 
Na sociedade limitada, é vedada a contribuição que consista na prestação de serviços e na sociedade simples não;
A sociedade simples pode ser simples no objeto, mas limitada na forma/espécie (sociedade de médicos, etc);
Na sociedade simples, a cessão de quotas exige o consentimento dos demais sócios;
Na sociedade simples, são irrevogáveis os poderes do sócio investido na administração expresso no contrato social, salvo se comprovada a justa causa. Na sociedade limitada, a destituição de sócio administrador nomeado no contrato depende de aprovação de 2/3 do capital social, salvo quórum diferente constado no contrato social;
Na sociedade simples, é necessário a unanimidade para modificar o contrato social, já na sociedade limitada, ¾ do capital social;
SOCIEDADES ANÔNIMAS (S/A)
CARACTERÍSTICAS:
O capital social é dividido em ações;
Maior facilidade de ingresso e saída de acionistas por se tratar de uma sociedade institucional e não contratual;
Regida por estatuto e não por contrato social;
Sociedade tipicamente de capital;
O nome empresarial será sempre a denominação social acrescentado por “sociedade anônima” ou S/A, ou ainda se utilizando a palavra companhia no início ou no fim do nome; 
A responsabilidade dos acionistas é limitada ao pagamento do valor das ações;
ESPÉCIES:
ABERTA: negociam suas ações com o público na bolsa de valores ou no mercado de balcão. 
FECHADA: não negociam suas ações com o público.
CONSTITUIÇÃO: subscrição de pelo menos duas pessoas com pagamento de, no mínimo, 10% do valor das ações, nos casos em que a lei não exigir percentual maior. O pagamento é feito por depósito em instituição financeira, autorizada pela CVM, e este fica como garantia enquanto a companhia estiver em funcionamento. Se a sociedade anônima for aberta, se exige um prévio registro na CVM, o depósito do percentual determinado, apresentar à CVM um estudo de viabilidade econômica e financeira do empreendimento e apresentar um projeto do estatuto e do prospecto da sociedade. 
CVM (Comissão de Valores Imobiliários): autarquia federal que tem como função manter a transparência do mercado de ações.
CONCEITO DE AÇÕES: título de propriedade, negociável, e que representa uma parcela do capital social. É considerada um título de crédito que pode ser vendida, cedida, dado em caução, conferindo ao acionista a qualidade de participante/sócio. O estatuto fixa o número de ações em que se divide o capital social.
ESPÉCIES DE AÇÕES: a classificação das ações depende dos direitos ou vantagens que confiram aos seus titulares/acionistas. 
ORDINÁRIAS: são as que conferem direitos essenciais ao acionista, sem restrições ou privilégios, lhe dando o direito de decisão (voto) em todas as deliberações sociais (art. 16).
PREFERENCIAIS: são as que conferem ao acionista algumas vantagens, como por exemplo, prioridade no recebimento dos dividendos e preferência no reembolso das ações. Em regra, não dá ao acionista o direito de voto, mas permite o direito de fiscalização desde que não interfira no andamento da sociedade.
DE GOZO/FRUIÇÃO: são aquelas nas quais há a amortização integral das ações, as devolvendo à companhia. Devolve-se ao acionista o valor do seu investimento, mas não impede a participação do mesmo nos lucros, no exercício da fiscalização e de alguns outros direitos de sócio. 
VALOR DA AÇÃO: depende do critério escolhido para determinar o valor da ação. Ex: valor contábil que considera
a divisão do capital social pelo número de ações, preço de emissão que considera o valor quando a ação foi emitida, etc.
ÓRGÃOS SOCIAIS: 
ASSEMBLEIA GERAL: órgão com maior poder deliberativo na companhia, aglutinando os acionistas com direito a voto e força de decisão. Cabe à assembleia geral, por exemplo, reformar o estatuto social, eleger ou destituir os administradores, tomar as contas dos administradores, suspender direitos de acionistas, etc. Existem 4 espécies de assembleias:
ORDINÁRIA: são as que ocorrem regularmente para prestação de contas.
EXTRAORDINÁRIA: existem para matérias que não são apreciadas pelas ordinárias.
ESPECIAIS: são as específicas, por exemplo, assembleia dos acionistas preferenciais. 
DE CONSTITUIÇÃO: é a responsável por constituir a companhia.
ADMINISTRAÇÃO: é dividida entre o conselho de administração e a diretoria. 
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: é um órgão de deliberação colegiada, composto por, no mínimo, três membros eleitos pela assembleia geral e obrigatório nas sociedades anônimas abertas. Compete a ele, entre outras coisas, fixar a orientação geral dos negócios da companhia, eleger e destituir diretores, fiscalizar a gestão dos diretores e convocar assembleia geral. 
DIRETORIA: é composta por dois ou mais diretores, acionistas ou não, que representarão a companhia e praticarão os atos necessários ao seu funcionamento. Ainda, existirão administradores, especialmente, designados para as diferentes atribuições da companhia. 
CONSELHO FISCAL: é um órgão obrigatório que fiscaliza a atuação, o andamento e as deliberações da companhia. É composto por, no mínimo, 3 e, no máximo, 5 membros os quais são eleitos pela assembleia geral. Dentre suas funções, se pode citar: opinar sobre o relatório anual de prestação de contas, opinar sobre as propostas dos órgãos de deliberação, denunciar irregularidades e examinar as demonstrações financeiras. 
ACIONISTA: tem sua responsabilidade limitada à integralização do valor de suas ações. 
CONTROLADOR: é o titular da maioria das ações com direito a voto e que exerce, efetivamente, esse direito. Poderá ter sua responsabilidade ilimitada se praticar ato com abuso de poder.
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: o balanço patrimonial, a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, a demonstração dos resultados do exercício e a demonstração do fluxo de caixa e do valor adicionado são obrigatórias. 
DISSOLUÇÃO (judicial ou extrajudicial) DAS SOCIEDADES CONTRATUAIS
ESPÉCIES
TOTAL (extinção)
PARCIAL
“DE FATO”
TOTAL:
CAUSAS:
Vontade dos sócios;
Decurso do prazo determinado, se vencido este e a sociedade entrar em liquidação ou se houver a oposição de um sócio – art.1033 I CC;
Quando o objeto social for exaurido ou se tornar inexequível – art. 1034 CC;
Unipessoalidade (falta de pluralidade de sócios) por mais de 180 dias – art. 1033 IV CC;
Quando ocorrer a extinção da autorização de funcionamento – art. 1033 V CC;
Qualquer causa contratual estipulada entre os sócios – art. 1035 CC;
Falência (forma de fechamento regular quando o patrimônio da sociedade não suportar as dívidas);
FASES (Liquidação partilha):
Deliberação pela dissolução;
Nomeação de um liquidante (para que ele finaliza os negócios da sociedade, calcule os passivos e liquide as dívidas da sociedade);
Partilha das sobras entre os sócios, observada a quota parte de cada um;
PARCIAL: a sociedade continuará ativa, apenas algum ou alguns sócios se dissolverão (voluntariamente ou não) da sociedade.
CAUSAS: 
Retirada voluntária de sócio (nas sociedades com prazo determinado, se houver a recusa da maioria dos sócios, deverá ser promovida judicialmente e comprovada a justa causa. Nas sociedades com prazo indeterminado, o sócio deve comunicar sua saída com 60 dias de antecedência);
Expulsão de sócio por justa causa (judicial ou extrajudicial); 
Expulsão de sócio por falência dele;
Expulsão de sócio por liquidação de suas quotas;
Expulsão de sócio por mora na integralização do capital social;
Expulsão de sócio por incapacidade superveniente;
Expulsão de sócio por morte (quotas pagas aos herdeiros);
FASES (apuração de haveres reembolso): o procedimento da dissolução parcial judicial está previsto no art. 599 e seguintes do CPC.
Deliberação pela dissolução parcial;
Apuração de haveres através de um balanço contábil especial para apurar o atual valor das quotas do sócio que está saindo da sociedade;
Reembolso, se houver valores a serem reembolsados ao sócio;
“DE FATO”: quando a sociedade deixa de operar sem regularizar seu encerramento.
CONSEQUÊNCIAS TRIBUTÁRIAS: enseja o redirecionamento da cobrança de obrigações tributárias para o patrimônio dos sócios;
CONSEQUÊNCIAS CÍVEIS: o simples encerramento irregular não enseja o redirecionamento da cobrança de obrigações cíveis/empresariais para o patrimônio dos sócios, para que isso seja possível deve ser provada fraude no encerramento;
CONSEQUÊNCIAS TRABALHISTAS: enseja, na maioria das vezes, o redirecionamento da cobrança de obrigações trabalhistas para o patrimônio dos sócios;
REENGENHARIA SOCIETÁRIA: quando ocorre uma reorganização/reestruturação da sociedade por meio de fusão, cisão, incorporação ou transformação.
FUSÃO: quando se reúnem duas ou mais sociedades para formação de uma nova sociedade, extinguindo as sociedades originárias. A nova sociedade passa a ser a responsável por todos os direitos e obrigações. Pode ocorrer com qualquer tipo de sociedade.
CISÃO: quando a sociedade transfere parte ou a totalidade do seu patrimônio para outras sociedades já existentes ou constituídas para esse fim. Se a cisão for total, extingue-se a cindida. A responsabilidade, em caso de cisão total, é das sociedades que absorveram o patrimônio, na proporção do capital absorvido. Na cisão parcial, as sociedades que receberam parcela do patrimônio sucedem a esta nos direitos e obrigações relacionados ao ato da cisão. 
INCOMPORAÇÃO: quando uma sociedade absorve outra ou outras sociedades. As sociedades incorporadas são extintas e a incorporadora sucede, em todos os direitos e obrigações, elas. 
TRANSFORMAÇÃO: quando a sociedade passa de um tipo societário para outro. São mantidos os direitos dos credores ao tipo de sociedade existente na época da negociação.

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