Buscar

Anatomia do sistema digestório

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Sistema digestório
Esôfago
Formado somente por músculos, com comprimento de aproximadamente 25cm (depende da estatura da pessoa). É constituído por 3 partes: cervical, torácico e abdominal. Localizado entre C6 e T11. Desprovido de fáscias musculares, flácido, sem estruturação. Pessoas que têm lesão esofágica por quadro corrosivo, traumático, para que o médico consiga fazer uma sutura é muito complicado, pois a linha poderá cortar. Dificuldade de se manter a sutura, se gera um edema na região e as linhas podem cortar
3 constrições: 
Constrição faringo-esofágica: músculo constritor inferior da faringe se prende nas cartilagens da laringe e faz o contorno do esôfago, funcionando como uma espécie de esfíncter esofágico superior, diminuindo sua luz; ajuda no refluxo para a faringe. – mediastino superior
Constrição broncoaórtica (constrição aórtica e constrição brônquica): no mesmo local, há o arco aórtico quanto o bronco principal, causando uma competição por espaço e causando a constrição do esôfago. Em um primeiro momento, há uma constrição aórtica. Logo abaixo, há uma nova constrição, a brônquica. – mediastino inferior na face posterior; transição da cavidade torácica para cavidade abdominal. No hiato esofágico, há a constrição esofagmática, sofre um espessamento na parede do esôfago nessa região, ou seja, um volume maior de fibras musculares, recebendo o nome de esfíncter esofágico inferior. As fibras do diafragma potencializam a ação desse esfíncter, com função de fechar esse esôfago impedindo que fluidos estomacais acessem o local. 
O esfíncter esofágico inferior é reconhecido como um esfíncter verdadeiro, porém ele não tem total eficácia, desde uma má elaboração desse espessamento, não se formando adequadamente, com uma região fraca ou até situações externas, com pressões colocadas nessa região ou tipos de alimento, por posições que adotamos após nos alimentarmos, como em decúbito Esofagites de repetição podem gerar uma lesão perfurativa/corrosiva, levando a uma ferida ou fístula, com resolução cirúrgica. Uma hérnia de hiato cria um problema na mecânica do esfíncter; o fato de termos refluxo não significa que temos hérnia, porém, uma vez tendo hérnia, causa refluxos, pois perde uma parte da motilidade do esfíncter. 
A passagem pelo hiato esofágico, tem um ligamento que tenta estabilizar, o ligamento frenicoesofágico (extensão da fáscia diafragmática com prolongamento de fibras que seguem na direção ascendente e descendente do esôfago). 
O refluxo gastroesofágico exerce pressão no esfíncter inferior, o estômago começa a se contrair com tendência a empurrar o alimento em direção ao esfíncter pilórico, como ele está fechado, ele volta, e encontra o fundo do estômago e o esfíncter inferior fechado. Aumentando a pressão, as fibras começam a sofrer ruptura, deslocando a estrutura do esôfago para superior, permitindo abertura e vazão retrógrada do conteúdo estomacal. Rompendo o ligamento, além de refluir conteúdo, há uma tendência de que parte da região estomacal comece a passar pelo hiato.
Hérnia de hiato: esôfago atravessa a região do hiato. Pode ser uma hérnia pela região da cardia esofágica, e mais grave o fundo do estômago. Ela pressiona a parede do átrio direito pois a hérnia se projeta para o diafragma
Irrigação esofágica
Ramos esofágicos (região cervical, torácica e abdominal)
- cervical: aparecimento acontece em grande parte das vezes, na tireóidea inferior
- torácica: ramos surgem da aorta torácica
- hiato esofágico e região abdominal: surgem da artéria gástrica esquerda
Drenagem esofágica
As veias que drenam o esôfago, na parte torácica e cervical, tributam para o sistema házigos. Quando estamos na parte torácica inferior, em especial na parte abdominal, as veias esofágicas são tributárias da veia gástrica esquerda, sendo essa, tributária de uma veia calibrosa, a veia porta, que passa pelo fígado, passando pelos sinusóides, saindo como veia hepática, tributando para a cava que chega no átrio direito. A porção superior de tórax e cervical cai no coração sem passar pelo fígado, já a parte inferior do esôfago, para chegar no coração, tem que passar pelo fígado. 
Veias esofágicas -> veia gástrica esquerda -> veia porta -> fígado -> veia hepática -> cava superior -> átrio direito 
Planos e regiões do abdômen
Plano vertical
- linha clavicular média: passa na parte central da clavícula, em direção a estrutura do quadril passando próximo a borda do acetábulo
Plano horizontal
- linha interspinhal (transtubercular): mais fácil para palpar – passa pelas espinhas ilíacas 
- linha subcostal (ver se é a mesma coisa que as de cima)
3 compartimentos superiores: hipocôndrios (2 – direito e esquerdo), e um epigastro, 3 compartimentos inferiores (púbis e duas regiões de virilha) e 3 compartimentos médios (flancos; cólo ascendente e descendente - região umbilical (jejuno e íleo) e região púbica) 
Dores na região epigástrica: região que predomina estrutura do estômago, mas área também irradiada de lesão cardíaca, da parede inferior do coração
Localização
Conexão entre esôfago e estomago só e percebida se tirar o fígado da frente
Linha Z define o ponto de término do esôfago e início do estômago – gastroesofágica (parte interna). Ela quase coincide com uma curva entre a estrutura do estômago e o esôfago, a incisura cárdia, que delimita algumas coisas
4 divisões:
- Cárdia
- Fundo gástrico
- Corpo gástrico
- Pilórica 
Linha cárdiga/cardial: onde haverá obliquação do estômago com o esôfago da vertical para cima é o fundo do estômago/gástrico – necessária para ter parâmetro de onde começa o fundo do estômago Linha imaginária
Descendo o estômago há duas curvaturas, uma do esôfago seguindo inferiormente e outra que parte do fundo do estômago seguindo inferiormente também; se seguir do esôfago, segue medialmente, do estômago, lateralmente – menor na face medial e maior na face lateral. Ambas encaminham para a região pilórica – descendo pela curvatura menor, há uma inclinação pequena no sentindo inferior desenvolvendo um trem meio alto, aí tem outra incisura, a incisura angular. Encontrando-a, traçar uma linha no sentido para esquerda, sendo oblíqua e outra linha vertical, seguindo inferiormente, delimitando na parte distal a região do piloro e da parte proximal da linha, o corpo do estômago. Na região pilórica há o antro pilórico, o canal pilórico e o esfíncter pilórico, onde a região do tecido do último é mais rígida, com muitas fibras musculares. 
As curvaturas são importantes pois os vasos se utilizam dela para se posicionarem em função de irrigar o estômago. 
Logo após o piloro, há o intestino delgado, dividido em três partes. A primeira é denominada de duodeno. Com o estômago sendo peritonizado, a primeira porção e o final (última parte da porção ascendente) do duodeno também será, voltada para anterior. Já quando nas regiões superior, descendente, transversal e ascendente não são peritonizadas. O duodeno então, é um órgão retroperitoneal. O duodeno é dividido em 4 partes: superior, descendente (local onde está o fígado e o pâncreas), horizontal e ascendente
Na parte descendente, há o ducto colédono. O ducto pancreático no seu trajeto ao duodeno, se junta com o colédono formando uma dilatação, chamada de ampola hepatopancreática/ampola de Vater
Na porção descendente ainda, há a papila duodenal maior (abertura da ampola hepapopancreática) e papila duodenal menor (onde se abre o ducto pancreático acessório para a ampola hepatopancreática)
Na parte ascendente, ela faz uma curvatura, subindo, entrando no peritônio e descendo. A estrutura pode ser chamada de junção duodeno-jejunal, e estrutura-se em forma de uma flexura. O ligamento de Treitz, ou ligamento suspensor do duodeno, dentro da sua estrutura, possui fibras musculares estradas esqueléticas, derivadas do diafragma. 
A primeira parte do pâncreas, é a cabeça. Logo após, há cólon do pâncreas, uma região com uma pequena diminuição da espessura do órgão, pois ele passa por cima de 2 vasos calibrosos,
a artéria e a veia mesentérica superior. É como se eles dessem uma apertada na estrutura pancreática, onde seria o cólon do pâncreas. Os vasos estão posicionados anatomicamente posterior ao pâncreas. A partir do cólon para esquerda, é a região do corpo do pâncreas. E a última porção desse corpo, será chamada de cauda do pâncreas, sendo solta (definição entre cólon e corpo). Ele é um órgão retroperitoneal também.
Camadas do estômago
- externa
- muscular: longitudinal, circular e oblíquas
- lateral 
- túnica mucosa
- interna: pregas gástricas 
Intestino grosso
O início, chama-se ceco, possui uma estrutura valvar que permite que o conteúdo do íleo venha e não volte, impedindo o refluxo. O cólon ascendente, segue desde a fossa ilíaca direita até o fígado (base hepática), ele avança e curvar-se, pois, tem o fígado lá no meio, faz uma queda, para frente depois segue para esquerda, chamada de flexura cólica direita, seguindo até a região do baço, seguindo para esquerda até a parede lateral onde ele se aproxima do baço. Com isso, chega no cólon descendente, que avança até a fossa ilíaca esquerda, fazendo uma curva para direita e inferiormente, buscando a linha mediana, chegando na região do cólon sigmoide, logo após uma curva, encontramos o reto e o ânus
Na região de junção do íleo com o ceco, pode ter o peritônio envolvendo o ceco ou vitalizando no íleo, e o ceco estando fora dele. O cólon ascendente será sempre retroperitoneal, ou seja, não será peritonizado. O cólon descendente se comporta da mesma forma, encontrado na cavidade retroperitoneal. Já o cólon transverso, mais desenvolvido e sem espaço na cavidade retro, ele automaticamente entra na cavidade de peritônio, então ele é peritonizado, localizado na cavidade intraperitoneal. A flexura marca de novo a transição do intestino grosso voltando para a cavidade retroperitoneal. A transição do cólon sigmoide para a fossa ilíaca, precisa passar por onde tem os grandes vasos e, quando ele faz isso, ele encontra o peritônio aderido aos vasos e para transitar, ele entra no peritônio, ou seja, o colo sigmoide é peritonizado. Na linha mediana, se aprofundando na pelve menor, competindo espaço com a bexiga, ele sai do peritônio, ou seja, o reto não é peritonizado, localizado na cavidade subperitoneal. No ceco, tem o apêndice vermiforme, de região oca internamente, então, o bolo fecal poderá se adentrar nesse apêndice e obstrua a passagem, podendo desenvolver quadros infecciosos – o apêndice funciona também de manutenção por período prolongado ou microorganismos que foram levados até ele -> propenso a quando inflamatório: extração do apêndice vermiforme. O apêndice pode fazer uma volta e se esconder atrás do ceco. P.s: se o ceco estiver peritonizado, o apêndice também estará. 
Para conseguir fazer com que os movimentos peristálticos sejam realizados, existem as tênias, umas fibras musculares posicionadas longitudinalmente, começando no ceco e indo até a região inicial do reto. Elas colaboram com a mobilidade do órgão e ainda para prender esse órgão em regiões específicas na cavidade do abdômen. Algumas dessas fibras saem da organização original, fazendo um trajeto contornando o ceco, adotando um trajeto circular, conseguindo tornar mais curta a região. AS pregas semicirculares: prolongamentos circulares realizados a partir da tênia livre, formam saculações, ganhando pequenos compartimentos, cuja extremidades são dotadas de fibras musculares circulares. Quando contraímos a tênia, uma extremidade avança para a outra, fazendo uma progressão de cavidade, mobilizando o conteúdo fecal
Existem 3 tipos de tênias:
Tênia livre: acessada em procedimentos cirúrgicos, sai da região cecal, evolui ascendentemente e depois descendentemente. Ela não se prende a nada, com única função de fazer a contração da musculatura que compõe ocasionando o encurtamento para mobilizar o conteúdo interno
Tênia omendal: omendo maior fica preso na tênia, pendurado; função de sustentar o omendo
Tênia mesocólica: sustenta o mesocólon – cólon transverso
Alças intraperitoniais
Parte abdominal do esôfago, indo para o estômago, fígado e primeira parte da porção superior do duodeno – forma bordas do parietal até o visceral; não há vasos passando entre elas
- esôfago (parte abdominal)
- fígado 
- estomago
- duodeno (parte proximal) 
Sustenta o jejuno e o íleo: mesentélio
Mesocólon – sustenta o cólon transverso do intestino grosso
Faz sustentação do cólon sigmoide: mesocólon sigmoide 
Peritônio formando um prolongamento, que desce e sobe com lâminas diferentes, entre elas uma cavidade Omento: o maior, com função de impedir que vísceras tenham contato direto com peritônio parietal com a parede anterior, que poderia limitar seu movimento. O menor, a lâmina dupla está entre fígado e estômago, com um espaço atrás, e logo depois, um peritônio parietal revestindo o pâncreas.
Victoria Martins - Anatomia

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais