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dispositivos mais próximos, localizados à montante da falta. Desta forma, a interrupção no fornecimento de energia fica limitada a menor parte possível do sistema. Entretanto, o sistema de proteção também permite contingências. Pois, quando o sistema é projetado, leva-se em consideração a possibilidade de um dispositivo de proteção falhar. Neste caso, um outro dispositivo, localizado a montante deste, deve atuar para limitar os efeitos da falta. Estes dispositivos de proteção instalados em série na rede elétrica, representa para o sistema elétrico uma maior confiabilidade. Diante da importância deste assunto, este capítulo abordará as cinco principais técnicas de proteção seletiva utilizadas em subestações, a saber: seletividade amperimétrica, cronométrica, lógica, por proteção diferencial e direcional. 8 ix CAPÍTULO 10 - PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES O transformador, por se tratar de um importante equipamento presente nas instalações de uma subestação, o mesmo necessita de um eficiente sistema de proteção contra todas as faltas susceptíveis de danificá-lo. Por esta razão, discute-se neste capítulo os principais dispositivos empregados na sua proteção. CAPÍTULO 11 - PROTEÇÃO DE GERADORES De uma maneira semelhante ao realizado para transformadores, este capítulo tem por finalidade discutir a influência das anormalidades operacionais impostas ao gerador, dentre as quais destacam-se: sobrecargas, curtos- circuitos, desequilíbrios, etc. Adicionalmente, apresenta-se também os principais dispositivos e os esquemas elétricos característicos normalmente associados com a proteção destes equipamentos. CAPÍTULO 12 - NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES Sabe-se que existem basicamente dois tipos de serviços auxiliares utilizados nas subestações, quais sejam: fontes de serviços auxiliares em corrente alternada e em corrente contínua. Assim pretende-se neste capítulo abordar vários aspectos inerentes aos sistemas auxiliares citados acima, dentre os quais 9 x destaca-se: esquemas de manobra, especificação das fontes CA e CC, definições e conceitos básicos, tipos de carregadores-retificadores e dimensionamento dos acumuladores e dos retificadores. CAPÍTULO 13 - TARIFAÇÃO HORO-SAZONAL Até 1981 a tarifa imposta pelas concessionárias de energia elétrica, era única e se chamava “convencional”, não levando em conta as horas do dia e nem os meses do ano. A partir da ano citado, criou-se a tarifa horo-sazonal (azul e verde), em que foram instituídos preços diferenciados em função da demanda e da energia consumidas em períodos distintos do dia (ponta e fora de ponta) e do ano (úmido e seco). Assim, a titulo de ilustração, mostra-se neste capítulo as definições, expressões de cálculo e orientações gerais no que tange a sistemática envolvendo a tarifação convencional e a horo-sazonal. 10 CAPÍTULO 1 REVISÃO SOBRE OS CONCEITOS BÁSICOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 11 CAPÍTULO 1 – REVISÃO SOBRE OS CONCEITOS BÁSICOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 2 REVISÃO SOBRE OS CONCEITOS BÁSICOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1 – SISTEMAS ELÉTRICOS Antes de entrarmos no assunto associado ao tema subestações, deve-se fazer uma rápida revisão da teoria e fórmulas de cálculo, envolvidos nas instalações elétricas, com o objetivo de abordar os principais conceitos e extrair da extensa teoria aquilo que é mais importante para a compreensão dos princípios envolvidos na operação e no funcionamento dos dispositivos de seccionamento e proteção utilizados em subestações. 1.1 – SISTEMAS DE CORRENTE ALTERNADA MONOFÁSICA 1.1.1 – GENERALIDADES A corrente alternada se caracteriza pelo fato de que a tensão, em vez de permanecer fixa, como entre os polos de uma bateria, varia com o tempo, mudando de sentido alternadamente. O número de vezes por segundo que a tensão muda de sentido e volta à condição inicial é a freqüência do sistema, expressa em "ciclos por segundo" ou "hertz", simbolizada por "Hz". No sistema monofásico, uma tensão alternada U (Volt) é gerada e aplicada entre dois fios, aos quais se liga a carga, que absorve uma corrente I (Ampère), conforme mostrado na figura 1a. 12 CAPÍTULO 1 – REVISÃO SOBRE OS CONCEITOS BÁSICOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 3 I U Z (a) U, I Umax Imax tempo 1ciclo=360º (b) φ Figura 1 - (a) Sistema monofásico, (b) Formas de onda da tensão e da corrente para um circuito monofásico; Se apresentarmos em um gráfico os valores de U e I a cada instante, obtém-se a fig. 1b. Nesta figura estão também indicadas algumas grandezas que serão definidas em seguida. Nota-se que as ondas de tensão e de corrente não estão "em fase", isto é, não passam pelo valor zero ao mesmo tempo, embora possuam a mesma freqüência. Isto acontece para muitos tipos de cargas, por exemplo, motores, transformadores, reatores, etc. 1.1.2 – LIGAÇÕES SÉRIE E PARALELO Quando ligarmos duas cargas iguais a um sistema monofásico, esta conexão pode ser feita de dois modos: - Ligação em Série: As duas cargas são atravessadas pela mesma corrente total . Neste caso, a tensão em cada carga será a metade da tensão do circuito. De um modo geral, o somatório da tensão aplicada em cada carga resultará na tensão total do circuito. 13 CAPÍTULO 1 – REVISÃO SOBRE OS CONCEITOS BÁSICOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 4 - Ligação em Paralelo: Aplica-se às duas cargas, a tensão de alimentação. Neste caso, a corrente nas cargas será a metade da corrente total. De um modo geral, o somatório das correntes em cada carga será a corrente total do circuito. As figuras 2 e 3 esclarecem o comentário realizado. 10A 440V 220V 220V Z Z 20A 220V Z Z10A 10A Figura 2 - Ligação em Série Figura 3 - Ligação em Paralelo 1.2 – SISTEMAS DE CORRENTE ALTERNADA TRIFÁSICA 1.2.1 – GENERALIDADES O sistema trifásico é formado pela associação de três sistemas monofásicos de tensões, U1, U2 e U3, defasados entre si de120°, ou seja, os "atrasos" de U2 e U1 em relação a U3 são iguais a 120°, (considerando um ciclo completo de 360°), conforme mostrado na figura 4. Ligando entre si os três sistemas monofásicos e eliminando os fios desnecessários, tem-se um sistema trifásico de tensões defasadas de 120 ° e aplicadas entre os três fios do sistema. 14 CAPÍTULO 1 – REVISÃO SOBRE OS CONCEITOS BÁSICOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 5 U1 I1 U2 I2 U3 I3 (a) 120º 120º 1 ciclo = 360º U U1 U2 U3 (b) Figura 4 - (a) Três sistemas monofásicos independentes (b) Formas de onda de um sistema trifásico de tensões defasadas de 120º; 1.2.2 – LIGAÇÃO TRIÂNGULO Chamam-se "tensões e correntes de fase" as tensões e correntes de cada um dos três sistemas monofásicos considerados, indicados por Uf e If. Se ligarmos os três sistemas monofásicos entre si, como indicado na Fig. 5, pode-se eliminar três fios, deixando apenas um em cada ponto de ligação, e o sistema trifásico ficará reduzido a três fios U, V e W. 15 CAPÍTULO 1 – REVISÃO SOBRE OS CONCEITOS BÁSICOS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 6 A tensão entre dois quaisquer destes três fios chama-se "tensão de linha" (UL), que é a tensão nominal do sistema trifásico. A corrente em qualquer um dos fios chama-se "corrente de linha" (IL). Examinando o esquema elétrico da Fig. 6, observa-se que: 1) À carga é aplicada a tensão de