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na forma de um diagrama unifilar o exposto acima. 329 CAPÍTULO 11 – PROTEÇÃO DE GERADORES 7 Figura 3 - Proteção de gerador contra curto-circuito interno entre fases. Falta à carcaça do estator – Se o neutro da rede for aterrado no ponto neutro do gerador, a proteção de falta à terra restrita é usada. No entanto, se o neutro do gerador for aterrado em um ponto diferente do neutro da rede, as faltas à carcaça do estator são detectadas por: • Uma proteção de sobrecorrente homopolar no disjuntor do gerador, quando o mesmo estiver conectado a rede, • Um dispositivo de monitoração da isolação para sistemas de neutro isolado, quando o gerador estiver desligado da rede. Se o neutro for flutuante, a proteção contra faltas à estrutura é assegurada por um dispositivo que monitora a isolação. Este dispositivo opera detectando a tensão homopolar ou injetando uma corrente contínua entre o neutro e a terra. 330 CAPÍTULO 11 – PROTEÇÃO DE GERADORES 8 Falta à carcaça do rotor – Quando o circuito de excitação for acessível, as faltas à massa são monitoradas por um medidor permanente de isolação. Perda de excitação – Este tipo de falta é detectada medindo a potência reativa absorvida ou monitorando o circuito de excitação (se acessível), ou então medindo a impedância nos terminais da máquina. Funcionamento como motor – É detectado por um relê sensível ao retorno de potência ativa absorvida pelo gerador. Variações de tensão e freqüência – São monitoradas, respectivamente, por uma proteção de sobretensão e subtensão e uma proteção de sobrefreqüência e subfrequências. Estes dispositivos de proteção são temporizados, pois estes fenômenos não necessitam de uma ação instantânea. Na maioria das vezes, os reguladores de tensão e velocidade, por si só reagem, e retornam o sistema na sua condição normal. 4 – EXEMPLOS DE APLICAÇÃO As figuras 4, 5 e 6 exemplificam as principais proteções utilizadas nos geradores de pequeno e médio porte. 331 CAPÍTULO 11 – PROTEÇÃO DE GERADORES 9 Figura 4 - Proteções para geradores de pequeno porte. Figura 5 - Proteções para geradores de médio porte. 332 CAPÍTULO 11 – PROTEÇÃO DE GERADORES 10 Figura 6 - Proteções para bloco gerador de médio porte. 5 – RECOMENDAÇÕES PARA OS AJUSTES DAS PROTEÇÕES A tabela 1 fornece as recomendações necessárias para os ajustes das proteções dos geradores em função das anormalidades impostas ao mesmo. 333 CAPÍTULO 11 – PROTEÇÃO DE GERADORES 11 Tabela 1 - Recomendações para os ajustes das proteções dos geradores Tipos de falta Ajustes Sobrecarga Imagem térmica – os parâmetros devem ser adaptados às características nominais do gerador. Desequilíbrio Máximo permissível para a corrente de seqüência negativa. Na falta de dados, o ajuste deverá ser de aproximadamente 15% de In, com tempo inverso. Curto-circuito externo Sobrecorrente com retenção de tensão, ajuste entre 1,2 a 2 In, temporização de acordo com a seletividade. Curto-circuito interno Proteção diferencial de alta impedância, ajuste em aproximadamente 10% de In. Fuga à carcaça Neutro do gerador e da rede aterrados em pontos distintos: sobrecorrente homopolar, ajuste entre 10 e 20% da máxima corrente de falta à terra, temporização de aproximadamente 0,1 s ou instantânea. Neutro aterrado no ponto neutro do gerador: proteção de terra restrita, caso não haja proteção diferencial de alta impedância. Perda de excitação Retorno de potência reativa, ajuste em 40% de Qn, temporização de alguns segundos. Operação como motor Proteção direcional de potência ativa, ajuste entre 5 e 20% de Pn, temporização maior ou igual a 1 s. Variação de tensão Se a tensão não estiver compreendida entre 0,8Un < U < 1,1Un, a temporização deve ser ajustada em aproximadamente 1 s. Variação de velocidade Se a freqüência não estiver compreendida entre 0,95fn < f < 1,05fn, a temporização deve ser ajustada em alguns segundos. A título de ilustração mostra-se na figura 7, um exemplo mais completo dos possíveis dispositivos de proteção normalmente utilizados para a proteção de geradores. 334 CAPÍTULO 11 – PROTEÇÃO DE GERADORES 12 25 46 49 51 32P 32Q 51 V 27 59 59N 51 67 67N ∼ 49T Ponto estrela do gerador 51G 87G 64F E 81 Proteções mecânicas do gerador 49T - Temperatura do estator (para gerador acima de 2 MVA) 49T - Temperatura dos rolamentos (para geradores acima de 8 MVA) 64F - Proteção de terra do rotor Proteções conectadas aos TC’s de linha (para operação em paralelo) 67 - Sobrecorrente direcional (não aplicável se a função 87G for usada) 67N - Falta direcional a terra Resistor de aterramento Proteções conectadas aos TC’s do neutro do gerador 32P - Potência ativa reversa 32Q - Potência reativa reversa 46 - Seqüência negativa 49 - Imagem térmica 51 - Sobrecorrente 51G - Falta a terra 51V - Sobrecorrente de tensão restrita 87G - Proteção diferencial Proteções conectadas aos TP’s 25 - Verificação de Sincronismo (para operação em paralelo) 27 - Subtensão 59 - Sobretensão 59N - Sobretensão de neutro 81 - Sobre e subfrequências Figura 7 – Proteções recomendadas aos geradores. 335 CAPÍTULO 11 – PROTEÇÃO DE GERADORES 13 A tabela 2 mostra os ajustes para cada função de proteção, e qual a ação a ser tomada. Estas informações devem ser verificadas com o fabricante do gerador para cada aplicação específica. Tabela 2 – Ajustes recomendados para reles e suas ações. Função Ajustes típicos Ação 27 0,75 Un, T≈3s, T deve ser o maior valor entre 51, 51V e 67 Desligamento 32P 1-5% para turbina, 5-20% para diesel , T = 2s Desligamento 32Q 0,3 Sn, T=2s Desligamento 46 0,15 In, curva de tempo inverso Desligamento 49 80% da capacidade térmica = alarme 120% da capacidade térmica = desliga Tempo constante de operação de 20 minutos Tempo constante de parada de 40 minutos Alarme, sobrecarga pode ser temporária 51 1,5 In, T=2s Desligamento 51G 10 A, T=1s Desligamento 51V 1,5 In, T=2,5s Desligamento 59 1,1 Un, T=2s Desligamento 81 Sobrefrequencia: 1,05 Fn, T=2s Subfrequências: 0,95 Fn, T=2s Desligamento 87G 5% In Desligamento 67 In, T=0,5s Desligamento 67N Is0 ≈ 10% da corrente de falta a terra, T=0,5s Desligamento 25 Freqüência < 1Hz, tensão <5%, ângulo de fase <10 o (condições para realizar o paralelismo) Inibe o fechamento durante a sincronização. 49T 120oC Alarme, sobrecarga pode ser temporária. 64F 10 A, T=0,1s Desligamento Proteção mecânica Desligamento sem bloqueio 336 CAPÍTULO 12 NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 337 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 2 NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 1 – INTRODUÇÃO Ao analisar as fontes de alimentação de serviços auxiliares em corrente alternada e corrente contínua para uma subestação, deve-se levar em consideração a complexidade do sistema de serviços auxiliares. Isto se justifica, pois os serviços auxiliares crescem em proporção com subestação de maior porte, ou então onde as cargas a serem alimentadas tenham que ter uma alimentação de alta confiabilidade, como são os casos de algumas indústrias