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das cargas é realizado pelo carregador. Nas situações de defeito,ou manutenção do retificador, o sistema de bateria assumi a alimentação de todas as cargas. Em condições normais de operação, carregador alimenta as cargas e mantém a bateria em regime de flutuação. b) Centrais Elétricas/Subestações de grande porte A figura 6, mostra um diagrama unifilar típico de uma subestação, onde destaca-se o sistema auxiliar representado por duas fontes auxiliares de corrente contínua, sendo dois carregadores retificadores e duas baterias. Conforme ilustra o diagrama unifilar da figura 6, na ausência de um conjunto carregador e bateria haverá uma comutação manual ou automática dos disjuntores “A”, “B” e “C” de forma que o outro conjunto supra as cargas de ambas as barras. Em condições normais de operação, cada carregador pode alimentar as cargas da barra a ele associado com a recarga da bateria sendo feita por ele ou não. 347 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 12 CARREGADOR RETIFICADOR 1 CARREGADOR RETIFICADOR 2 BATERIA 1 BATERIA 2 Intertravamento Elétrico A C B Normal Segurança 125 Vcc figura 6 – diagrama auxiliar de uma SE de grande porte/central elétrica; 4 – DIMENSIONAMENTO DAS FONTES C.A. 4.1 – DIMENSIONAMENTO DOS TRANSFORMADORES 13,2 / 0,22 KV ou 13,2 / 0,44 KV. Conforme apresentado anteriormente, cada transformador deve ser capaz de alimentar todas as cargas da subestação. Nesta deve-se dividir as cargas em dois tipos: - CARGAS ESSENCIAIS: São aquelas que não podem ficar desligadas a não ser por curtos períodos de tempo, para evitar prejuízos operacionais à subestação.São normalmente as seguintes: 348 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 13 - Refrigeração dos transformadores - Carregadores retificadores - Iluminação parcial e tomadas das edificações - Serviços auxiliares dos grupos geradores Diesel - Iluminação externa suplementar - Controle dos comutadores sob carga - Motores de disjuntores e seccionadores - Sistemas supervisivos. - CARGAS NÃO ESSENCIAIS: São aquelas que podem ficar desligadas por períodos mais longos de tempo sem causar prejuízos operacionais à subestação. São normalmente as seguintes: - Ar condicionado - Iluminação complementar das edificações - Iluminação e aquecimento dos quadros e caixas dos equipamentos - Iluminação externa normal - Tomadas externas - Iluminação de áreas administrativas - Tratamento de óleo - Água potável Para a especificação dos transformadores deve-se levantar os valores nominais das cargas descritas acima. A partir dos dados nominais dos equipamentos, aplica-se os fatores de demanda normalmente considerados, de acordo com a tabela 1. 349 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 14 Tabela 1 – Valores do fator de demanda em função das cargas Refrigeração 100% Ar condicionado 100% Iluminação 100% Tomadas 20% Carregadores-retificadores 50% Controle de comutador 100% Motor disjuntor e seccionador 20% Serviços auxiliar grupo diesel l80% Deve-se realizar a somatória das cargas acima descrita com seus respectivos fatores de demanda. Este fator é definido como sendo a relação entre a demanda máxima e a carga instalada. Enquanto que, o fator de diversidade entre as cargas é definido pela relação entre a somatória das demandas máximas individuais e a demanda máxima do conjunto. Para subestações do tipo ETT, pode-se considerar como demanda máxima do conjunto a somatória das demandas máximas de refrigeração de 50% dos bancos de transformadores, de 100% da iluminação, ar condicionado e carregadores, com 50% das demandas máximas de refrigeração de 50% dos bancos de transformadores, tomadas, controle de comutador, motor de disjuntores e seccionadores e serviços auxiliares do grupo gerador-diesel . 350 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 15 4.2 – DIMENSIONAMENTO DOS GRUPOS GERADORES DIESEL O(s) grupo(s) diesel gerador(es) devem alimentar apenas as cargas essenciais. Sendo assim, deve-se fazer a somatória das cargas essenciais já aplicadas sobre as mesmas os fatores de demanda descritos no item 4.1, e sobre esta somatória, aplica-se o fator de diversidade. Nesta situação, chega-se ao valor da potência do(s) grupo(s) geradores diesel. Para determinar o fator de diversidade para subestações do tipo ETT, considera-se como demanda máxima do conjunto a somatória das demandas máximas de refrigeração de 50% dos bancos de transformadores, de 100% da iluminação parcial e carregadores, com 50% das demandas máximas de refrigeração dos bancos de transformadores, controle de comutador, motor de disjuntores e seccionadores e serviços auxiliares do grupo diesel . 5 - DIMENSIONAMENTO DE FONTES C.C. 5.1 – DEFINIÇÕES E CONCEITOS BÁSICOS 5.1.1 – ACUMULADORES ELÉTRICOS a) Definições É o dispositivo capaz de transformar energia química em energia elétrica e vice-versa, em reações quase completamente reversíveis, destinado a 351 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 16 armazenar sob forma de energia química, a energia elétrica que lhe tenha sido fornecida e restituí-la em condições determinadas. São classificados em dois tipos: • Alcalinos (Ni – Cd, tipo bolsa) • Chumbo- ácidos Os tipos chumbo- ácidos, divide-se em: - Placas positivas e negativas empastadas com grades de chumbo- antimônio ou chumbo-cálcio; - Placas positivas planté (rosetas) e por placas negativas do tipo Box; - Placas positivas tubulares com grades Pb-Sb e Pb-Ag e placas negativas empastadas. b) Comparação Alcalina x Chumbo- ácida As baterias do tipo alcalina apresentam melhor desempenho técnico nas seguintes condições: • Auto descarga; • Não há formação de gases corrosivos; • Facilidade de armazenamento; • Resistência mecânica; • Menor possibilidade de ocorrência de curtos internos; • Maior vida útil; • Menor peso e volume; • Menor custo de manutenção em Hh. 352 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 17 As baterias do tipo chumbo-ácido apresentam melhor desempenho técnico nas seguintes condições: • Verificação do estado da carga (proporcional à densidade do eletrólito. Para alcalinas a densidade é aproximadamente constante.); • Menor influência da alta temperatura; • Menor necessidade de troca do eletrólito (nas alcalinas o hidróxido empregado não é estável e reage com o ar absorvendo CO2 formando carbonato de potássio.); • Maior capacidade para atender o mesmo ciclo de descarga; • Maior número de fornecedores. As baterias alcalinas resultam em uma capacidade menor (até 50%), que as chumbo- ácidos desde que ocorram picos elevados durante o ciclo de descarga, mas mesmo assim o seu custo é 30% maior. c) Características Principais • Tensão de flutuação (Vf1): é a tensão utilizada no processo de carga pela qual são compensadas as perdas por auto-descarga de um acumulador, no estado de plena carga. • Tensão Final de Descarga (Vfn): é a tensão mínima na qual o consumidor pode operar. • Tensão de Equalização (Veq): é a tensão mínima utilizada no processo de carregar uma bateria com uma tensão elevada. 353 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 18 • Tensão de Carga Profunda