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(Vcp): nesta situação poderá ser notada uma intensa gaseificação. Só deve ser usada em caso de emergência. Quanto menor a tensão de flutuação, maior será a vida da bateria, maior o tempo de carga e maior a possibilidade de não se manter com 100% de carga. Para baterias alcalinas a tensão de flutuação varia entre os seguintes valores (Vf1 = 1,38 a 1,12 V/elemento).Enquanto que para baterias chumbo- ácidos os valores estão compreendidos entre Vf1 = 2,15 a 2,2 V/elemento. d) Valores Característicos de Fabricantes (por elemento) A tabela 2, a título de ilustração, mostra uma comparação entre as tensões de operação das baterias de diversos fabricantes. Adicionalmente também é realizada uma comparação com a norma do GCOI. Tabela 2- Tensões de operação de baterias de vários fabricantes NIFE EXIDE C & D GCOI TENSÕES DE OPERAÇÕES V V V V Vf1 2,15 – 2,22 Rec. 2,20 2,15 – 2,18 Rec. 2,18 2,20 – 2,25 Rec. 2,20 2,15 – 2,22 Vfn 1,75 1,75 1,75 1,75 – 1,82 Veq 2,35 – 2,40 Rec. 2,40 2,20 – 2,45 Rec. 2,33 2,33 – 2,40 Rec. 2,33 2,30 – 2,45 Vcp 2,60 – 2,70 ⎯ ⎯ 2,60 a 2,75 354 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 19 e) Número de Elementos Para a escolha do número de elementos que irão compor a bateria é necessário que se defina as tensões máxima e mínima de funcionamento dos equipamentos que o sistema irá alimentar. A tensão mínima a ser considerada no cálculo do número de elementos de uma bateria deverá ser superior à mínima permitida pelos equipamentos. Tal justificativa deve-se à queda de tensão introduzida pelos cabos que interligarão a bateria aos mesmos. O número de elementos de uma bateria é definido através das seguintes relações: eqV máxV1n = fnV mínV2n = 1fV nV3n = Onde: Vmáx = Tensão máxima admitida pelos equipamentos; Vmín = Tensão mínima admitida pelos equipamentos. Quando n1 = n2 = n3 , a solução encontrada é a ideal, com o aproveitamento máximo da bateria. Normalmente o que ocorre é encontrarmos valores diferenciados para n. 355 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 20 Neste caso, o valor de n não deve ser superior à relação Vmáx / Vf1, pois neste caso, a tensão de flutuação da bateria será maior que a tensão máxima admitida pelos equipamentos. Por outro lado, o valor de n não deve ser inferior à relação Vmín / Vfn , pois a tensão final de descarga por elemento será menor que a normalmente adotada para o cálculo da capacidade da bateria. f) Tempo de Recarga O tempo necessário para a bateria atingir sua plena capacidade após uma descarga, será função da tensão aplicada nos elementos e da corrente disponível para a bateria. A tabela 3 , ilustra o tempo de carga para as baterias tipo chumbo-ácidos da NIFE. Tabela 3 – Tempo de carga para baterias chumbo- ácidos da NIFE TEMPO DE CARGA EM HORAS TENSÃO DE CARGA V / Ele. Ic = 0,1 C10 Ic = 0,2 C10 2,2 100 – 120 65 – 80 2,3 60 – 80 25 – 35 2,35 45 – 60 20 – 30 2,4 25 – 30 17 – 20 2,5 15 – 18 10 – 12 Em função do ciclo de descarga será definido o tempo mais apropriado para a recarga da bateria e consequentemente, a tensão de equalização a ser adotada e ainda a limitação da corrente inicial. Para subestações e centrais elétricas o tempo de recarga é de 10 horas. 356 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 21 Caso o tempo selecionado para efetuar a recarga da bateria, implique em um valor da tensão de equalização acima da permitida pelo sistema, tem-se duas opções: 9 Dotar o sistema de diodos de queda; 9 Desligar os consumidores quando da aplicação da carga de equalização. A tentativa de uma ou outra solução deverá ser analisada em função do esquema adotado para a alimentação das cargas. Verifica-se também, que somente com uma determinada tensão de equalização, a bateria pode atingir 100% de sua capacidade. Com base nas curvas típicas de carga com tensão constante, determina-se qual poderá ser a capacidade recolocada na tensão e tempo escolhido. Se for, por exemplo 90%, acrescenta-se 10% da capacidade necessária ao sistema quando a bateria estiver com 90% de sua capacidade. g) Variação da Resistência Interna (Ri) Durante a descarga de um acumulador e, portanto segundo seu estado de carga, ocorre variação da resistência interna do elemento. Nos acumuladores chumbo- ácidos, durante um ciclo de descarga, a densidade do eletrólito diminui e, portanto, também à tensão, aumentando, por conseguinte, a resistência interna. 357 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 22 h) Classificação quanto ao Serviço Os acumuladores podem ser classificados em: • Estacionários • Tracionários Os estacionários destinam-se a fornecer energia elétrica em casos de picos de consumo, ou em caso de falha dos correspondentes carregadores. Os tracionários destinam-se a fornecer energia para partida de motores de combustão interna, acionamento de freios magnéticos, etc. 5.1.2 – CARREGADORES – RETIFICADORES a) Equação geral A figura 7 mostra o circuito elétrico de um carregador-retificador A VAC I Ip Ic ItRetifi- cador Figura 7 – circuito elétrico de um carregador de bateria Com base na figura 7, pode-se escrever: I = Ip + Ic + It (1) Onde: 358 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 23 Ip – perdas na baterias (por auto-descarga); Ic – consumo permanente; It – consumo transitório. b) Tipos de Carregadores – Retificadores Podem ser encontrados os seguintes tipos de carregadores – retificadores: • Não regulados, não ajustáveis (manual); • Não regulados, mas com ajuste da tensão de carga e corrente de saída (semi-automático); • Regulados (automático). A equação (1) definida acima, só é inteiramente satisfeita pelo retificador automático. Desta forma, para subestações e centrais elétricas o tipo de retificador apropriado é o automático para carga com tensão constante e limitação de corrente. O carregador-retificador automático consiste de um sistema de transdutores ou SCR, que processam uma realimentação da informação de saída para a entrada da ponte retificadora.A figura 8 ilustra o comentário realizado. 359 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 24 Vnom. V IInom.(%) figura 8 – curva característica de um carregador-retificador. A partir do joelho da curva o retificador funciona como gerador de corrente constante e não de tensão. É uma auto-proteção contra solicitações excessivamente altas. c) Características Principais De entrada: • Tensão nominal • Faixa de variação de tensão (± 15%) • Frequência nominal • Faixa de variação de frequência (± 5%) • Fator de potência (0,6 a 0,85) De saída: • Corrente nominal (limitada ao valor nominal In – ajustável de 50% a 105% de In) • Regulação estática e dinâmica da tensão de saída • Tensão de “ripple” 360 CAPÍTULO 12 – NOÇÕES SOBRE SISTEMAS AUXILIARES UTILIZADOS NAS SUBESTAÇÕES 25 • Tensão de recarga • Tensão de Flutuação • Eficiência OBSERVAÇÕES: 1) Regulação estática da tensão de saída Variação permissível da tensão de saída, em regime de flutuação ou de carga, sem o emprego de baterias em paralelo com os carregadores. Na condição de funcionamento