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1 ANÁLISE DE VIBRAÇÕES Prof. Msc. Jairo Machado. Carazinho, 2019. Administração da Manutenção Industrial PRO116 2 Agenda ▪ Introdução; ▪ Porque Medir?; ▪ Porque Medir Vibrações?; ▪ Fundamentos do Princípio da Análise de Vibrações; ▪ Como Quantificar as Vibrações?; ▪ Características de um Sinal Temporal; ▪ Módulos de um Sistema de Medição; ▪ Frequência de Ressonância; ▪ Instrumentos de Medição de Vibração; ▪ Transdutores; ▪ Sistemas de Instrumentação; ▪ Bibliografia. 3 Introdução 4 ▪ A vibração mecânica é um tipo de movimento, no qual se considera uma massa reduzida a um ponto ou partícula submetida a uma força. ▪ A ação de uma força sobre o ponto obriga-o a executar um movimento vibratório. F Massa Reduzida ▪ A análise de vibrações possibilita detectar falhas em componentes de máquinas. Agenda ▪ Introdução; ▪ Porque Medir?; ▪ Porque Medir Vibrações?; ▪ Fundamentos do Princípio da Análise de Vibrações; ▪ Como Quantificar as Vibrações?; ▪ Características de um Sinal Temporal; ▪ Módulos de um Sistema de Medição; ▪ Frequência de Ressonância; ▪ Instrumentos de Medição de Vibração; ▪ Transdutores; ▪ Sistemas de Instrumentação; ▪ Bibliografia. 5 6 Porque Medir? “O conhecimento amplo e satisfatório sobre um processo ou fenômeno somente existirá quando for possível medi-lo e expressá-lo através de números”. Lord Kelvin, 1883. Ciência da Medição “Metrologia” Agenda ▪ Introdução; ▪ Porque Medir?; ▪ Porque Medir Vibrações?; ▪ Fundamentos do Princípio da Análise de Vibrações; ▪ Como Quantificar as Vibrações?; ▪ Características de um Sinal Temporal; ▪ Módulos de um Sistema de Medição; ▪ Frequência de Ressonância; ▪ Instrumentos de Medição de Vibração; ▪ Transdutores; ▪ Sistemas de Instrumentação; ▪ Bibliografia. 7 8 ▪ Alguns motivos tornam a medição de vibração mecânica fundamental: ❑ Ocorrência de condições de ressonância, devido a exigências de produtividade, resultando em velocidades de operação mais altas; ❑ Essencial para garantir a segurança das máquinas e estruturas; ❑ A medida da vibração é um indicador de falha ou necessidade de manutenção; ❑ As características da vibração de uma máquina ou estrutura calculadas teoricamente podem ser diferentes dos valores reais por causa de premissas adotadas na análise. ❑ A medição das frequências naturais é útil para selecionar as velocidades de operação e evitar a condição de ressonância; ❑ Para verificar se as frequências e amplitudes não excederam os limites do material (curvas de Wholer); Porque Medir Vibrações? Agenda ▪ Introdução; ▪ Porque Medir?; ▪ Porque Medir Vibrações?; ▪ Fundamentos do Princípio da Análise de Vibrações; ▪ Como Quantificar as Vibrações?; ▪ Características de um Sinal Temporal; ▪ Módulos de um Sistema de Medição; ▪ Frequência de Ressonância; ▪ Instrumentos de Medição de Vibração; ▪ Transdutores; ▪ Sistemas de Instrumentação; ▪ Bibliografia. 9 Fundamentos do Princípio da Análise de Vibrações 10 ▪ Para que o movimento oscilatório de um ponto ‘P’ seja considerado uma vibração, ele deverá percorrer a trajetória ‘2*D’, conhecida como ‘Período’. ▪ Pode-se medir três parâmetros mecânicos básicos: A m p lit u d e T 𝐓 = 𝟏 𝐟 (𝐬) 𝐟 = 𝟏 𝐓 (𝐇𝐳) Tempo Grandeza ❑ Deslocamento; ❑ Velocidade; ❑ Aceleração. Deslocamento 11 ▪ É a medida do grau de distanciamento do ponto ‘P’ no espaço, em relação a sua posição de repouso sobre o ‘eixo X’. ▪ O valor máximo de deslocamento, em ambos os lados do ‘eixo X’, é chamado de amplitude (μm). A m p lit u d e T 𝐓 = 𝟏 𝐟 (𝐬) 𝐟 = 𝟏 𝐓 (𝐇𝐳) Tempo Grandeza D ▪ Para que haja vibração o ponto ‘P’ precisa realizar um período ‘T’ de movimento. ▪ Trabalha-se na prática com frequência ‘f’, que é a quantidade de vezes, por unidade de tempo, que um fenômeno se repete. Velocidade 12 ▪ O ponto ‘P’ tem velocidade nula nas posições de amplitude máxima de deslocamento. ▪ A velocidade máxima (mm/s) será observada no momento em que o ponto ‘P’ passa pelo ‘eixo X’. A m p lit u d e T 𝐓 = 𝟏 𝐟 (𝐬) 𝐟 = 𝟏 𝐓 (𝐇𝐳) Tempo Grandeza 𝐕 = 𝟎 𝐕 = 𝐕𝐦𝐚𝐱 ❑ Aceleração; Aceleração 13 ▪ A velocidade no ponto ‘P’ varia com o tempo (vai de um valor máximo até um valor mínimo), definindo assim uma certa aceleração a ele. ▪ A aceleração será nula sobre o ‘eixo X’, pois, sobre ele a velocidade será máxima. A m p lit u d e T 𝐓 = 𝟏 𝐟 (𝐬) ❑ Deslocamento; ❑ Velocidade; 𝐟 = 𝟏 𝐓 (𝐇𝐳) Tempo Grandeza ❑ Frequência; ❑ Amplitude. 𝐚 = 𝐚𝐦𝐚𝐱 ▪ Assim, o movimento vibratório fica caracterizado pelas seguintes grandezas: Agenda ▪ Introdução; ▪ Porque Medir?; ▪ Porque Medir Vibrações?; ▪ Fundamentos do Princípio da Análise de Vibrações; ▪ Como Quantificar as Vibrações?; ▪ Características de um Sinal Temporal; ▪ Módulos de um Sistema de Medição; ▪ Frequência de Ressonância; ▪ Instrumentos de Medição de Vibração; ▪ Transdutores; ▪ Sistemas de Instrumentação; ▪ Bibliografia. 14 Como Quantificar as Vibrações? ▪ Medindo e analisando os resultados nos domínios do tempo e frequência. ❑ A0 e A1 representam as amplitudes de vibração de dois componentes. ❑ Todos os componentes de um nível vibratório são representados sobre a forma de picos. 15 ▪ Os níveis de vibrações de uma máquina podem ser apresentados de várias maneiras. ▪ A maneira mais usual de representação é a espectral, também chamada de representação no domínio da frequência. ▪ Através do espectro é possível distinguir as diferentes frequências, bem como suas amplitudes. Coleta de dados (Sinal no Domínio do Tempo) Conversão do Sinal (Domínio da Frequência)_FFT Demodulação de Frequências (envelope e peak view) Como Quantificar as Vibrações? 16 Agenda ▪ Introdução; ▪ Porque Medir?; ▪ Porque Medir Vibrações?; ▪ Fundamentos do Princípio da Análise de Vibrações; ▪ Como Quantificar as Vibrações?; ▪ Características de um Sinal Temporal; ▪ Módulos de um Sistema de Medição; ▪ Frequência de Ressonância; ▪ Instrumentos de Medição de Vibração; ▪ Transdutores; ▪ Sistemas de Instrumentação; ▪ Bibliografia. 17 Características do Sinal Temporal ▪ Valor de Pico: ❑ Indica a amplitude máximo ocorrida, sem levar em conta a história temporal da onda. ▪ Valor Médio: ❑ Leva em conta a história temporal da onda em questão, porém, tem sua utilização limitada, devido a não existência de relação direta com nenhuma quantidade física de uso prático. ▪ Valor RMS (Root Mean Square): ❑ Leva em conta a história da onda e dá um valor de amplitude diretamente relacionado com o conteúdo energético do sinal, informando assim a capacidade destrutiva de tal onda. Tempo Amplitude 18 Agenda ▪ Introdução; ▪ Porque Medir?; ▪ Porque Medir Vibrações?; ▪ Fundamentos do Princípio da Análise de Vibrações; ▪ Como Quantificar as Vibrações?; ▪ Características de um Sinal Temporal; ▪ Módulos de um Sistema de Medição; ▪ Frequência de Ressonância; ▪ Instrumentos de Medição de Vibração; ▪ Transdutores; ▪ Sistemas de Instrumentação; ▪ Bibliografia. 19 20 Módulos de um Sistema de Medição ▪ De maneira genérica, um sistema de medição pode ser representado de acordo com o ilustrado abaixo: Sensor e/ou Transdutor Unidade de Tratamento de Sinal Dispositivo Mostrador e/ou Registrador Receptor Mensurando ✓ Sinal de baixa energia; ✓ Sinal proporcional; ✓ Transforma efeito físico. ✓ Amplifica sinal; ✓ Processa sinal; ✓ Fonte de energiapara o transdutor. ✓ Torna o sinal perceptível. 21 Módulos de um Sistema de Medição ▪ Esquema de um SM destinado a medição de vibração: ▪ O movimento (ou força dinâmica) do corpo vibratório é convertido em um sinal elétrico pelo transdutor ou sensor de vibração. ▪ O instrumento de conversão de sinal serve para amplificar o sinal, até um valor desejado. ▪ O registrador serve para informar o valor da medição, o qual será analisado posteriormente. Agenda ▪ Introdução; ▪ Porque Medir?; ▪ Porque Medir Vibrações?; ▪ Fundamentos do Princípio da Análise de Vibrações; ▪ Como Quantificar as Vibrações?; ▪ Características de um Sinal Temporal; ▪ Módulos de um Sistema de Medição; ▪ Frequência de Ressonância; ▪ Instrumentos de Medição de Vibração; ▪ Transdutores; ▪ Sistemas de Instrumentação; ▪ Bibliografia. 22 23 Frequência de Ressonância ▪ Todo sistema de medição de vibração possui sua faixa útil, a qual se encontra abaixo da frequência de ressonância. ❑ Frequência de Ressonância em Circuitos RCL: é aquela onde a indutância e a capacitância são iguais, tornando o circuito puramente resistivo. ~ Circuito RCL R jWL 1/jWCV Zc = ZL 1 ω ∗ C = ω ∗ L ω = 2 ∗ π ∗ f 1 2 ∗ π ∗ f ∗ C = 2 ∗ π ∗ f ∗ L 𝐟𝟐 = 𝟏 𝟒 ∗ 𝛑 ∗ 𝐂 ∗ 𝐋 ✓ Sendo ‘f’ a frequência de ressonância. ❑ O cálculo da Frequência de Ressonância irá mudar de acordo com o circuito analisado. Agenda ▪ Introdução; ▪ Porque Medir?; ▪ Porque Medir Vibrações?; ▪ Fundamentos do Princípio da Análise de Vibrações; ▪ Como Quantificar as Vibrações?; ▪ Características de um Sinal Temporal; ▪ Módulos de um Sistema de Medição; ▪ Frequência de Ressonância; ▪ Instrumentos de Medição de Vibração; ▪ Transdutores; ▪ Sistemas de Instrumentação; ▪ Bibliografia. 24 25 Instrumentos de Medição de Vibração ▪ Dependem da quantidade de vibração medida ❑ Vibrômetro; ❑ Velocímetro; ❑ Acelerômetro; ❑ Medidor de fase; ❑ Medidor de frequência. ▪ Aspectos a considerar na determinação do instrumento de medição de vibração: ❑ Faixas esperadas das frequências e amplitudes; ❑ Tamanho das máquinas/estruturas envolvidas; ❑ Condições de operação das máquinas/equipamentos/estruturas; ❑ Tipo de processamento de dados utilizado. Vibrômetro Laser Agenda ▪ Introdução; ▪ Porque Medir?; ▪ Porque Medir Vibrações?; ▪ Fundamentos do Princípio da Análise de Vibrações; ▪ Como Quantificar as Vibrações?; ▪ Características de um Sinal Temporal; ▪ Módulos de um Sistema de Medição; ▪ Frequência de Ressonância; ▪ Instrumentos de Medição de Vibração; ▪ Transdutores; ▪ Sistemas de Instrumentação; ▪ Bibliografia. 26 27 Transdutores ▪ Os transdutores utilizados na medição de vibração devem possuir boa linearidade e tempo de resposta rápido. ▪ Transdutores de Resistência Variável ❑ Um movimento mecânico produz uma mudança na resistência elétrica (de um reostato, extensômetro ou semicondutor) gerando uma ddp de saída. ❑ A mudança na resistência elétrica provoca uma ddp de saída. Fixação Extensômetro 28 Transdutores ▪ Transdutores de Resistência Variável ❑ Quando o extensômetro é fixado a uma estrutura, sofrerá a mesma deformação (𝛆). ❑ A mudança resultante na resistência elétrica do extensômetro é dada por: 𝐤 = ∆𝐑/𝐑 ∆𝐋/𝐋 ✓ K → fator de ganho do arame (dado pelo fabricante); ✓ R → resistência inicial; ✓ ΔR → mudança na resistência; ✓ Δl → mudança no comprimento do arame. ✓ L → comprimento inicial do arame; 𝛆 = ∆𝐋 𝐋 𝛆 = ∆𝐑 𝐑 ∗ 𝐊 Deformação 29 Transdutores ▪ Transdutores de Resistência Variável ❑ A mudança na resistência do arame ΔR pode ser medida com um circuito de ponte de Wheatstone (circuito divisor de tensão). 𝛆 = ∆𝐑 𝐑 ∗ 𝐊 Deformação ❑ Inicialmente as resistências estão equilibradas, obedecendo a condição de equilíbrio: 𝐑𝟏 ∗ 𝐑𝟑 = 𝐑𝟒 ∗ 𝐑𝟐 𝐝𝐝𝐩𝐁𝐃 = 𝟎 𝐈𝐁𝐃 = 𝟎 𝐕𝐨𝐮𝐭 = 𝐄 ∗ ∆𝐑 𝐑 𝐕𝐨𝐮𝐭 = 𝐄 ∗ 𝐤 ∗ 𝛆 Transdutores ▪ Transdutores Piezelétricos ❑ Certos materiais naturais e fabricados (quartzo, turmalina, sulfato de lítio, etc.) geram carga elétrica quando sujeitos a uma deformação. ❑ Os mesmos podem se contrair ou se expandir. ❑ A carga gerada no cristal, resultante de uma força ‘Fx’ é dada por: 𝐐𝐱 = 𝐤 ∗ 𝐅𝐱 = 𝐤 ∗ 𝐀 ∗ 𝐩𝐱 ❑ A tensão de saída do cristal é dada por: 𝐄 = 𝛎 ∗ 𝐭 ∗ 𝐩𝐱 ✓ K → constante piezelétrica; ✓ 𝜈 → sensibilidade a tensão; ✓ t → espessura do cristal; 30 Transdutores ▪ Transdutores Piezelétricos ❑ Um transdutor piezelétrico típico é o ‘acelerômetro piezelétrico’ (mede a aceleração sobre os objetos). ❑ Um sinal proporcional a aceleração é gerado, e após uma integração, obtém-se a velocidade e o deslocamento do sinal. 31 ❑ O funcionamento do instrumento pode ser representado por um simples sistema massa_mola. Agenda ▪ Introdução; ▪ Porque Medir?; ▪ Porque Medir Vibrações?; ▪ Fundamentos do Princípio da Análise de Vibrações; ▪ Como Quantificar as Vibrações?; ▪ Características de um Sinal Temporal; ▪ Módulos de um Sistema de Medição; ▪ Frequência de Ressonância; ▪ Instrumentos de Medição de Vibração; ▪ Transdutores; ▪ Sistemas de Instrumentação; ▪ Bibliografia. 32 Sistemas de Instrumentação ▪ Classificando pelo grau de sofisticação, temos três tipos de sistemas de instrumentação para monitorar as condições das máquinas: ❑ Básico; ❑ Portátil; ❑ Computadorizado. ▪ Básico Medidor de Vibração Simples (de bolso) Fone de OuvidoEstroboscópio ❑ O medidor mede os níveis globais de vibração (RMS ou Valor de Pico de aceleração ou velocidade) em faixas de frequência adequadas; ❑ O estroboscópio indica a velocidade da máquina e o fone de ouvido serve para ouvir a vibração da máquina. 33 Sistemas de Instrumentação ▪ Portátil Analisador de Vibração Portátil (FFT) com Bateria ❑ Utilizado para detectar falhas mediante ao registro e armazenagem dos espectros de vibração dos pontos de medição; ❑ Os espectros registrados em campo são comparados com os registrados anteriormente (análise da evolução da falha). 34 Sistemas de Instrumentação ▪ Computadorizado ❑ Torna-se economicamente viável quando o número de máquinas, o número de pontos de monitoramento e a complexidade de detecção de falhas aumentam. ❑ Os dados são armazenados em um disco, o que permite que sejam utilizados para comparação de espectros ou para reproduzir gráficos tridimensionais. 35 Agenda ▪ Introdução; ▪ Porque Medir?; ▪ Porque Medir Vibrações?; ▪ Fundamentos do Princípio da Análise de Vibrações; ▪ Como Quantificar as Vibrações?; ▪ Características de um Sinal Temporal; ▪ Módulos de um Sistema de Medição; ▪ Frequência de Ressonância; ▪ Instrumentos de Medição de Vibração; ▪ Transdutores; ▪ Sistemas de Instrumentação; ▪ Bibliografia. 36 Bibliografia 37 [5] TELECURSO 2000 – Módulo Manutenção – SENAI, SESI, FIESP, IRS, Fundação Roberto Marinho. [4] Site: www.mecatronicaatual.com.br. [3] Site: www.bkvibro.com. [2] WILLEMANN, D. P.. Medições de Vibração. Notas de Aula: Mestrado em Engenharia Mecânica (UFSC), 2012. [1] RAO, S. S.. Vibrações Mecânicas. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
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