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cromatografia 1

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31/08/2018 
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Análise 
Instrumental 
Farmacêutica 
 
PRINCIPIOS DE 
CROMATOGRAFIA 
 
 
Profª Juliana C. Schmidt 
Farmácia 
CROMATOGRAFIA parte I 
 
Plano de Aula 
 
-Princípios da Cromatografia 
-Classificação dos métodos 
-Mecanismos de separação 
-Cromatografia em papel (CP) 
-Cromatografia em camada delgada (CCD) 
CROMATOGRAFIA 
Bibliografia 
 
BACCAN, Nivaldo (Et. al.) Quimica analitica quantitativa elementar. 3. ed. 
rev., ampl. e reestrut. Sao Paulo: E. Blucher, 2003-2005. 308 p. ISBN 85-
212-0011-0 
HARRIS, Daniel C. Análise química quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro: 
LTC, 2005. 876 p. ISBN 8521614233. 
HOLLER, F. James; SKOOG, Douglas A; CROUCH, Stanley R. Princípios 
de análise instrumental. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. 1055 p. ISBN 
9788577804603 (enc.). 
CROMATOGRAFIA 
Método analítico instrumental para separação de 
substâncias presentes em uma mistura 
 
Baseado nas diferentes propriedades físico-
químicas e nas forças de interação 
intermolecular presentes no sistema 
Histórico 
CROMATOGRAFIA 
Mikhail (Michael, Mikhael) Semenovich Tswett (1903), botânico 
russo  Separação de misturas de pigmentos vegetais em colunas 
recheadas com adsorventes sólidos e solventes variados. 
éter de 
petróleo 
CaCO3 
mistura de 
pigmentos 
pigmentos 
separados 
1906 Cromatografia = chroma [cor] + graphe [escrever] (grego) 
Princípios da Cromatografia 
Separação de misturas por interação diferencial dos seus 
componentes com uma FASE ESTACIONÁRIA (sólido, 
líquido retido em sólido ou gel) e uma FASE MÓVEL (líquido 
ou gás). 
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Separação de misturas por interação diferencial dos seus 
componentes com uma FASE ESTACIONÁRIA (sólido, 
líquido retido em sólido ou gel) e uma FASE MÓVEL 
(líquido ou gás). 
Princípios da Cromatografia 
Analogia 
 
O processo cromatográfico pode ser comparado a um grupo de 
abelhas e moscas sobrevoando uma certa região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao passarem por uma flor, espera-se algum efeito sobre as 
moscas e abelhas. 
Fase estacionária Analitos 
Princípios da Cromatografia 
Analogia 
 
Para uma mesma mistura, a simples troca da fase estacionária 
pode ser suficiente para alterar completamente a ordem de 
eluição de componentes da mistura. 
Fase estacionária Analitos 
Princípios da Cromatografia 
A separação depende da interação dos componentes da 
mistura com a fase móvel e com a fase estacionária. 
• A interação dos componentes da mistura com estas 
duas fases é influenciada por diferentes forças 
intermoleculares, incluindo iônica, dipolar, apolar, e 
específicos efeitos de afinidade e solubilidade. 
A identificação se dá mediante a comparação da 
interação de padrões com as fases estacionárias. 
A quantificação é feita também pela comparação com 
padrões de concentrações conhecidas, através de curvas 
analíticas. 
Princípios da Cromatografia 
• De acordo com o sistema cromatográfico 
 
• Em Coluna 
• Cromatografia Líquida (CL) 
• Cromatografia Gasosa (CG) 
 
 
• Planar 
• Cromatografia em Camada Delgada (CCD) 
• Cromatografia em Papel (CP) 
Classificação das técnicas Cromatográficas 
• De acordo com a Fase Móvel (FM) 
 
• Utilização de Gás 
• Cromatografia Gasosa (CG) 
• Cromatografia Gasosa de Alta Resolução (CGAR) 
 
• Utilização de Líquido 
• Cromatografia Líquida Clássica (CLC) 
• Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) 
 
• Utilização de Gás Pressurizado 
• Cromatografia Supercrítica (CSC) 
Classificação das técnicas Cromatográficas 
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• De acordo com a Fase Estacionária (FE) 
 
• Líquida 
• Sólida 
• Quimicamente Ligadas 
 
 
 
• De acordo com o modo de separação 
 
• Por Adsorção 
• Por Partição 
• Por Troca Iônica 
• Por Exclusão 
• Por Afinidade 
Classificação das técnicas Cromatográficas 
http://www.rpi.edu/dept/chem-eng/Biotech-Environ/CHROMO/be_types.htm 
Mecanismos de separação 
• De acordo com a Polaridade da Fase Estacionária (FE) 
 
• Fase normal  FE polar 
• Fase reversa FE apolar 
Classificação das técnicas Cromatográficas 
Técnica Planar Coluna 
FM 
FE 
Líquido 
Líq Sól 
Gás Líquido 
Líq Sól 
CP CCD CGL CGS CLL CLS CTI CB CLFL CE 
Exclusão Fase 
Ligada 
Troca 
Iônica 
Sól Líq Afinidade 
Tipo de 
cromato-
grafia 
Classificação das técnicas Cromatográficas 
Cromatografia em 
papel 
(CP) 
Desenvolvida por Consden, Gordon e Martin em 1944 
Bem simples e utiliza pequena quantidade de amostra 
Aplica-se na separação e identificação de compostos polares 
hidrossolúveis. 
Cromatografia em papel - CP 
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Cromatografia em papel - CP 
Fase estacionária líquida suportada na celulose. 
Fase móvel 
Separação 
É uma técnica de partição, utiliza dois líquidos (líquido-líquido) 
sendo um fixado em um suporte sólido (papel de filtro). 
Um bom exemplo é a separação da tinta verde. Com o processo 
de cromatografia é possível verificar que a cor verde é uma 
mistura de tintura azul e amarela. 
 
• Princípio: partição (solubilidade) 
• Quantidade de amostra necessária  10-3 a 10-6 g 
• Tipos: ascendente, descendente, bidimensional, circular 
• F.M. - Sistema de solventes 
• F.E. - Água retida na celulose (papel Whatman) 
• Métodos de detecção: físico-químicos 
 
 
• Análise qualitativa: Rf (fator de retenção) 
 problema : reprodutibilidade 
 
• Análise quantitativa: densitômetro, extração dos solutos 
Cromatografia em papel - CP 
Cromatografia em 
Camada Delgada 
(CCD) 
Teve início em 1938 com os trabalhos de Izailov e Shraiber, 
mas começou a ser largamente utilizada na dédaca de 1960. 
O processo de separação está fundamentado, principalmente, 
no fenômeno de adsorção. 
Cromatografia em Camada Delgada - CCD 
Cromatografia em Camada Delgada - CCD 
• Princípio: Adsorção (polaridade) 
- Componentes da mistura se distribuem entre FM e FE 
e alguns migram mais e outros menos 
• F.M. - sistema de solventes 
• F.E - Adsorventes (sílica, alumína, celite, amido) 
• Cuba cromatográfica  deve estar saturada pelos 
vapores da FM 
• Métodos de detecção: físicos, químicos ou biológicos 
Cromatografia em Camada Delgada - CCD 
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Revelação para componentes incolores 
• Métodos físicos (luz UV) 
• Métodos químicos (Iodo, cloreto ferrico,...) 
• Métodos biológicos (enzimas,...) 
 
Cromatografia em Camada Delgada - CCD 
• Método simples e barato 
• Rápido (20-40 min.) 
• Maior sensibilidade que C.P. (10-9 g) 
• Grande gama de compostos pode ser analisada 
• Desvantagem: difícil reprodutibilidade 
Cromatografia em Camada Delgada - CCD 
ANÁLISE DO RESULTADO 
Rf = “ratio to front” 
Cromatografia em Camada Delgada - CCD 
ANÁLISE DO RESULTADO 
solvente
mancha
f ΔS
ΔS
R 
s
a
R
af

s
b
R
bf

s
c
R
cf

c 
b 
a 
s 
https://www.youtube.com/watch?v=CmHFVxT
xkGs 
Cromatografia em Camada Delgada - CCD 
A B Após 
 Eluição 
Amostra não contém a espécie B 
Amostra pode conter a espécie A 
Para se certificar da presença, eluir em outros solventes 
Exemplo: 
Amostra 
ANÁLISE QUALITATIVA 
 
-Comparação com valores de Rf 
tabelados 
 
- Comparação com padrão eluído em 
conjunto 
 
- Extração e aplicação de métodos 
instrumentais 
Cromatografia em Camada Delgada - CCD 
Solvente 1 Solvente 2 
Cromatografia 
Bi-dimensional 
Cromatografia em Camada Delgada - CCD 
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Ponto de aplicação das amostrasPonto máximo de deslocamento da fase móvel 
Amostras A B C 
1. Qual das amostras apresentou maior afinidade pela fase 
estacionária e qual apresentou menor? 
2. Qual amostra apresentou maior e menor Rf? 
Vamos testar seus conhecimentos? Questões sobre Cromatografia 
1) Diferencie os tipos de cromatografia de acordo com a 
fase móvel ,a fase estacionária, o sistema cromatográfico 
e o mecanismo de separação. 
2) Explique os princípios básicos do método cromatográfico. 
3) Explique como a cromatografia permite identificar e quantificar 
substâncias presentes numa mistura. 
4) Diferencie a cromatografia em papel da CCD.

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