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DST- Aula 3

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ISTs 
Infecções agudas do aparelho reprodutor 
O objetivo de uma consulta em uma consulta de doenças geniturinárias é se chegar a uma conclusão: 
o diagnóstico ou a exclusão da doença. Esse objetivo pode ser alcançado somente com a avaliação da 
história, exame e investigação. 
Anormalidades estruturais podem ser causadas por doenças ou anomalias anatômicas; outros 
sintomas podem ser causados por processos patológicos ou fisiológicos. 
Anamnese – sintomas atuais (quando há) e duração. A terapêutica atual e recente (por prescrição ou 
automedicação). Estado geral atual. IST ou outras doenças do trato geniturinário anteriores, 
antecedentes médicos e histórico familiar. Quando e de que tipo foram as relações sexuais mais 
recentes (marital, casual, homossexual) e profilaxia usada. Presença ou ausência de sintomas 
geniturinários no parceiro(a) sexual. 
A anamnese e exame físico devem ser sistemáticos: os sintomas e sinais vão determinar a 
investigação a ser feitas. É importante não utilizar o vernáculo médico em situações onde isso pode 
dificultar o entendimento por parte do paciente. 
A variação do “normal” é uma causa frequente de consulta, ou uma anomalia pode ser um achado de 
exame e confundida com uma ist. 
As ilustrações que se seguem representam uma seleção de anomalias observadas na prática médica. 
• Abaulamento inguinal: 
Não ganglionar – hérnia (inguinal; femoral), testículo ectópico, hidrocele, varizes de safena, 
aneurisma arterial. 
Ganglionar – doença maligna (primária; secundária), febre ganglionar, sífilis (primária; secundária), 
linfo granuloma venéreo, granuloma inguinal, secundária a lesão piogênica ( ano genital ), 
secundário a balanopostite, uretrite, vulvite ou vaginite e infecção HIV. 
 
• Doenças do pênis 
Bacterianas: sífilis, cancro mole, linfo granuloma venéreo e donovanose 
Virais: herpes, HPV e molusco contagioso 
Fúngicas: candidíase - albicans ( balanopostite ), epidermophyton floccosum, trichophyton rubrum e 
( tinha cruris ) e microsporon furfur ( tinha versicolor ) 
Uretra – g e não g ( tricomonas, vírus, candidíase, clamídia; secundarias a infecções do trato urinário 
superior; secundárias a lesões intrauretrais – cancro e verrugas ); secundárias a trauma mecânico ou 
químico. E uretrites inespecíficas – causas desconhecidas. 
Infecções parasitárias – pediculose e escabiose 
 
• Síndrome de behçet (síndrome tripla ) 
É um estado caracterizado por ulceração genital e oral recorrente, frequentemente associada a lesões 
oculares e pioderma e, às vezes, em estágios tardios, com o desenvolvimento de lesões neurológicas, 
gastrintestinais, cardíacas ou pulmonares. Formas frustas são provavelmente mais comuns do que se 
reconhece, principalmente porque o curso da doença pode ser prolongado. 
A primeira manifestação geralmente é o aparecimento de úlceras morfologicamente semelhantes na 
genitália e na boca, mas as lesões podem não ocorrer simultaneamente. As úlceras são geralmente 
muito dolorosas, com diâmetro de 5 a 20mm, e com halo eritematoso e base forrada por uma 
secreção amarelada. Lesões únicas são muito comuns, e podem ser vistas cicatrizes e antigas lesões. 
Em pacientes homens a úlcera genital geralmente ocorre no escroto mas pode ser encontrada no 
pênis; em pacientes mulheres a ulceração geralmente ocorre nos lábios maiores. 
Lesões orais ocorrem com maior frequência na mucosa do lábio inferior, mas podem ser encontradas 
em qualquer parte da mucosa oral. Lesões ulceradas geralmente cicatrizam em uma ou duas semanas, 
mas às vezes persistem por mais tempo. 
Sintomas oculares incluem conjuntivite, uveitee hipópio. O intervalo entre as recaídas geralmente é 
maior que um ano e é muito variável. 
O diagnóstico é feito com base na anamnese, achados clínicos e exclusão de outras doenças. Não há 
exame patognomônico. 
• Eritrasma 
Eritrasma da região inguinal é uma infecção cutânea crônica relativamente comum, sem importância. 
Raramente é a única razão da consulta, e muitas vezes, é a única razão da consulta. É causada pelo 
corynebacterium minutissimum, que pode ser visto em esfregaço corado, coletado das áreas 
comprometidas. 
A infecção comumente ocorre nas dobras da pele; na região anogenital ela pode ser encontrada na 
pube, escroto, coxa, região inguinal e sulco interglúteo. 
As lesões geralmente são bem delimitadas, de coloração rósea ou castanha, seca e descamativa. Pode 
ocorrer prurido discreto, mas muitas vezes são assintomáticas. O exame das áreas afetadas com 
lâmpada de wood revela uma coloração coral-rosa fluorescente característica. 
• Hidroadenite (acne apócrina) 
Glândulas apócrinas da região anogenital são encontradas na região inguinal, e nas áreas escrotal, 
vulvar e perianal. Essas glândulas podem ser o sítio de uma infecção crônica que pode eventualmente 
resultar em destruição tecidual considerável. A doença geralmente se inicia com pequeno e discretos 
nódulos subcutâneos, que formam abscessos, os quais posteriormente costumam confluir e drenar 
para a pele através de uma ou várias fístulas. Lesões ativas e cicatrizes de lesões anteriores são 
comumente encontradas. 
• Infecções fúngicas 
As infecções por cândida albicans ( monília ) é a infeção fúngica mais comum na prática 
genitourinária. Dermatomicose genital também pode ser causada por outras espécies de candida ou 
por outros fungos. 
A candidíase pode ser transmitida ou exacerbada pelo contato sexual, mas a maioria das infecções ( 
particularmente em mulheres ) resulta de auto-inoculação do reto. 
Os sintomas podem ser causados por hipersensibilidade ou por infecção. O fungo é frequentemente 
encontrado como um saprófita assintomático da boca, reto e região genital. É comum na gestante, 
diabetes, terapia antibiótica ou imunossupressora e contraceptivos orais. Fatores físicos como 
obesidade e hiper-hidrose são significativos. 
Na prática médica a doença pode se manifestar com sintomas em apenas um dos parceiros, mas é 
essencial examinar o parceiro assintomático para reduzir a chance de reinfecção. Problemas graves 
com candida pode acontecer em pacientes imunodeficientes ( hiv ). Nestes pacientes a cavidade oral 
está muitas vezes seriamente comprometida; a infecção pode se estender para o esôfago e 
ocasionalmente para outras partes do tubo digestivo. 
A candida albicans pode ser encontrada na forma de micélio ( hifa ) ou de levedura, as quais podem 
ser vistas germinando. 
Em esfregaços, corados pelo gram, a c. Albicans é quase sempre gram positivas. O fungo também 
pode ser identificado em culturas. 
O período de incubação é impossível de determinar pois a infestação assintomática é comum. Às 
vezes os sintomas podem aparecer alguns minutos após o contato sexual ( como resultado de 
hipersensibilidade ) ou pode demorar vários dias até o desenvolvimento da infecção. 
• Candidíase em mulheres 
O padrão é muito variável e os sintomas e sinais muitas vezes não se correlacionam. Irritação ( 
prurido ) quase sempre ocorre em casos sintomáticos, geralmente afetando lábios e vulva. Também 
pode afetar o períneo, sulco interglúteo e região inguinal. Fluido vaginal grumoso, escasso ou 
abundante; edema dos lábios e dispareunia superficial; pode ocorrer uma erupção labial, da pube ou 
da região inguinal; algumas mulheres se queixam de odor genital “azedo”. 
Os achados de exame são igualmente variáveis: os lábios estão muitas vezes discretos ou 
moderadamente edemaciados e podem estar hiperemiados; o intertrigo muitas vezes se estende para 
a região perianal e inguinal; podem ser vistas lesões foliculares às margens das regiões afetadas. A 
vulvite pode ser leve ou severa; frequentemente há vaginite associada; placas de exsudado 
amarelado, caseoso, podem ser encontradosna vulva, vagina e colo. O corrimento vaginal pode ser 
típico, ou ralo e acinzentado. Erosões rasas ( provocados pela coçagem ) podem ser encontradas nos 
lábios e períneo. 
• Candidiase em homens 
A queixa mais comum é o prurido na glande e prepúcio, muitas vezes associado a erupção e edema 
das partes afetadas. Ocasionalmente a erupção pruriginosa pode afetar a pube, o escroto ou região 
inguinal e, em pacientes homossexuais, a região perianal. Sintomas de uretrite com irritação intensa 
de meato ou uretra distal ocorre ocasionalmente; outros sintomas são raros. Homens não 
circuncizados têm maior chance de serem afetados. 
O exame revela eritema folicular ou difuso da glande e do prepúcio, frequentemente mais intenso no 
sulco coronal. As lesões nos pacientes não circuncizados são úmidas, mas em pacientes 
circuncizados são secas e mostram um padrão centrífugo típico de infecções fúngicas. Descamação 
da pele ou mucosa e exsudato mucopurulento são comumente encontrados e placas típicas são menos 
comuns. 
Geralmente há algum grau de edema e em casos mais graves pode ocorrer fimose. Eritema difuso do 
escroto e região inguinal, muitas vezes com foliculite marginal, é encontrado ocasionalmente. Pode 
ser encontrada uretrite, quase sempre leve. 
• Infecções fúngicas outras 
Infecções fúngicas da região anogenital são comuns e podem afetar o pênis, região inguinal, escroto, 
coxa, vulva e região perianal; os homens são afetados mais frequentemente do que as mulheres. 
A lesão da coxa e escroto é conhecida como tinea cruris ( em muitos casos se encontra também tinea 
pedis associada ). O diagnóstico é feito pelo achado de elementos fúngicos em preparações com koh 
ou pela cultura. Epidermophyton floccosum e tricophyton rubrum são agentes causais mais 
frequentes. 
A lesão, em geral, é moderadamente pruriginosa e se alastra lentamente. A borda da área é 
avermelhada e muitas vezes há pequenas lesões satélites. Na região central, a pele comprometida é 
menos eritematosa e descamativa. Eventualmente pode ocorrer vesículas. 
DERMATOLOGIA: 
Tinea versicolor, causada pelo microsporon furfur, é outra doença fúngica que afeta comumente 
a parte superior do corpo, mas também pode afetar a genitália. Máculas discretas, redondas, de 1 
a 10mm de diâmetro, isoladas ou confluentes e, pode acometer áreas consideráveis. 
As lesões são de cor café-com-leite. O diagnóstico é feito pelo exame micológico. 
• Líquen simples 
• Líquen plano 
• Líquen nítido 
• Pênfigo vulgar 
• Pseudocantose nigricans 
• Ptiríase rósea 
• Psoríase 
• Dermatite seborreica 
• Reações a drogas 
• Lesões distróficas ( kraurose, leucoplasia, atrofia vulvar primária, líquen esclero-atrófico, 
balanite xerótica obliterante ) 
• Doenças venéreas são aquelas que se transmitem por meio de contato sexual entre uma 
pessoa sadia e outra portadora da afecção, exigindo, pois, para sua transmissão, o contato 
direto representado fundamentalmente pelo coito. O modo de transmissão dessas doenças 
dificilmente poderá realizar-se por meio de objetos contaminados, roupas íntimas, sanitários, 
bancos de passeio público, etc. É necessário o contato direto, enfatizando-se o contato sexual 
como o meio mais importante de transmissão.A maioria dos agentes etiológicos das doenças 
venéreas apresenta baixa resistência ao meio ambiente, não conseguindo sobreviver fora do 
corpo humano, particularidade que os condiciona à transmissão direta.Embora os agentes 
patogênicos sejam bem conhecidos, com diagnóstico em geral simples e correto, tratamento 
eficaz, tem sido constante, nos últimos decênios, o aumento da prevalência mundial das dst 
• Fatores que contribuiram para este aumento: 
- Modificação co comportamento sexual de pessoas e grupos sociais, envolvendo liberação pessoal e 
liberação sexual. 
- homossexualidade masculina e feminina. 
- uso generalizado de anticoncepcionais. 
- a parceira feminina como portadora assintomática. 
- prostituição. 
- aumento da resistência aos antibióticos, devido à administração não controlada e em doses 
insuficientes. 
- declínio da influência familiar e religiosa. 
- fatores que multiplicam as ocasiões de contato sexual ( industrialização, turismo, emprego 
feminino, trabalhadores migrantes ... ). 
• Gonorréia 
O agente etiológico é a neisseria gonorrhroeae um diplococo gram negativo. É uma infecção 
bacteriana, muito comum e altamente contagiosa, afeta o epitélio colunar e de transição ( uretral ). 
Ela pode, portanto, ser encontrada na uretra ou no reto em homens; na uretra, canal cervical e reto 
em mulheres; na faringe e amigdalas em ambos; no saco conjuntival ( principalmente em recém-
nascidos ) em ambos; e na vagina e vulva de mulheres pré-puberes. 
Na maioria dos casos em homens, a doença é aguda e as complicações decorrentes de disseminação 
local são raras. Nas mulheres a doença muitas vezes é assintomática, consequentemente, diagnóstico 
e tratamento demoram, e complicações locais podem ser o que levam a paciente ao médico. 
Em ambos os casos pode ocorrer bacteremia e isso resulta em envolvimento metastático de tecidos 
distantes ( lesões de pele, artrite séptica ou, muito raramente, endocardite ou meningites. Em 
homens, a estenose de uretra pós gonocócica é atualmente muito rara. 
O período de incubação é geralmente de 3 a 7 dias. Na mulher o período de incubação é mais difícil 
devido à ausência de sintomas significativos. 
O sintoma mais precoce é a disúria, a qual pode ser extremamente severa. A leucorréia começa como 
secreção mucóide, que logo se torna copiosa e macroscopicamente purulenta, às vezes com laivo de 
sangue. Edema de meato, balanopostite e linfadenopatia dolorosas podem ocorrer. 
O diagnóstico é obtido por esfregaços corados pelo gram mostrando diplococos gram negativos intra 
e extracelulares. 
Proctite gonocócica é encontrada em homossexuais passivos, alguns dos quais apresentam também 
uretrite concomitante. 
• Infecção genital não gonocócica 
O período de incubação geralmente é de 2 a 4 semanas. Algumas infecções se manifestam poucos 
dias após o contato e em casos leves os sintomas podem não ser notados por vários meses. 
Os sintomas geralmente são leves, porém ocasionalmente são intensos. Alguns casos são totalmente 
assintomáticos e detectados apenas em exames de rotina; às vezes o desenvolvimento de uma 
complicação é o primeiro sinal da infecção. 
Sintomas urinários variam de prurido meatal leve até disúria intensa, com ou sem urgência miccional 
e polaciúria. Fluido uretral é frequentemente notado pelo paciente mas em casos leves pode ser 
detectado somente pela manhã. O fluido geralmente é mucóide ou mucopurulento, porém muitas 
vezes pode simular uretrite gonocócica típica. Balano postite e linfadenite regional são raras. 
Raramente complicações locais como epididimite podem ocorrer; estenose uretral ocasionalmente 
desenvolve-se posteriormente. Após a resolução da uretrite, a secreção prostática muitas vezes 
apresenta um número aumentado de leucócitos, porém não se sabe se o achado é primário ou 
secundário. 
Proctite não gonocócica pode ocorrer em homossexuais passivos. Ela geralmente é assintomática 
mas pode causar corrimento retal ou tenesmo. 
Em mulheres é comum a ausência total de sintomas e de achados anormais ao exame. 
Ocasionalmente o desenvolvimento de uma complicação como a bartolinite ou salpingite indica a 
presença de infecção genital inespecífica. 
O diagnóstico é feito por esfregaços do fluido uretral corados pelo gram, de homens com ung 
revelam leucócitos e células epiteliais, e tanto pode haver ausência de flora bacteriana como conter 
flora uretral normal. Os resultados de cultura e outros exames laboratoriais geralmente só estarãodisponíveis de 4 a 7 dias após a coleta; esses resultados podem revelar a causa ( p.ex. Clamídia ), 
porém frequentemente não revelam nenhum patógeno reconhecido ( infecção genital inespecífica ). 
A clamídia trachomatis é um organismo intracelula obrigatório. O período de incubação em homens 
varia de 14 a 28 dias, em média. 
Três métodos diagnósticos foram desenvolvidos – cultura, elisa e imunofluorescência – para 
demonstrar o organismo intracelular. 
Doença de reiter é uma tríade formada por infecção genital inespecífica, artrite e conjuntivite. O 
diagnóstico é clínico e radiológico. 
• Tricomoníase 
Trichomonas vaginalis é um parasita protozoário que pode ser encontrado na vagina ou uretra em 
mulheres e na uretra e prepúcio em homens. O parasita é facilmente identificado em amostras 
frescas, ao exame microscópico. O período de incubação é em torno de uma ou duas semanas. 
• Sífilis 
É uma doença contagiosa causada pelo treponema pallidum. É uma doença sistêmica que, quando 
não tratada, tem fases manifestas e fases latentes. A doença geralmente é adquirida por contato 
sexual. 
A sífilis adquirida é normalmente dividida em 2 períodos ou fases: recente ou tardia. A fase recente é 
representada pelo cancro duro, pelo secundarismo e pela sífilis latente com menos de 1 ano de 
duração. A fase tardia é representada pela sífilis com mais de 1 ano de duração, incluindo as 
manifestações cutâneo-nervosas, cardiovasculares e outras. 
O período de incubação geralmente é de 2 a 4 semanas. A lesão inicial é conhecida como cancro 
primário, cancro duro ou protossifiloma. Esta lesão localiza-se geralmente na região genital: sulco 
balanoprepucial, prepúcio, lábios maiores e fúrcula vaginal. Localizações extragenitais – ânus, 
amígdalas, dedos, lábios, língua e mucosa oral. 
A lesão primária inicia-se com pequena mácula vermelha, que evolui para pápula, erosiona formando 
uma úlcera, em geral, única, indolor, com superfície limpa e base endurecida. Ocasionalmente lesões 
múltiplas e adenopatias podem estar presentes. Submetido a tratamento adequado, dentro de 24 hs, o 
cancro duro perderá sua capacidade de infectar e cicatrizará. A involução dos gânglios pode demorar 
vários meses. 
Quando não tratado, o cancro primário involuirá em 4 a 6 semanas, sem deixar cicatriz. Após 6 a 8 
semanas surgirão os sinais de sífilis secundária. O secundarismo é a etapa mais contagiosa da sífilis, 
caracterizando-se por pleomorfismo lesional e generalização das lesões cutâneas. A maioria dos 
pacientes procuram tratamento na fase de erupção cutânea. 
O quadro dermatológico inicia-se, em geral, com erupções maculares e roseolares, evoluindo para 
lesões máculo-papulosas, pápulo-escamosas e pustulosas. Poderá haver dores ósseas, cefaléia, 
rouquidão, febre e queda de cabelos ( alopécia sifilítica ). 
O diagnóstico é feito pela pesquisa direta do treponema em campo escuro. Reações não treponêmicas 
-fixação de complemento ( wasserman ) e testes de floculação – vdrl ( torna-se positivo após uma a 
três semanas do surgimento do cancro. E reações treponêmicas – tpi, mha tp e fta abs. 
Tratamento 
– fase recente ( sífilis primária, secundária, latente ou com menos de 1 ano ) – penicilina benzatina 
2,4 milhões u, im. Em caso de alergia utiliza-se tetraciclina ou eritromicina 500mg 6/6 hs, 15 dias. 
-fase tardia ( sífilis latente ou indeterminada, cardiovascular ou tardia benigna ) – penicilina 
benzatina 2,4 milhões u, im, uma vez por semana, durante 3 semanas consecutivas. Em caso de 
alergia utiliza-se tetraciclina ou eritromicina 500mg, 6/6 hs, 30 dias. 
Neuro-sífilis – penicilina benzatina 6 a 9 milhões u, im 3-4 semanas. 
Cancro mole venéreo simples, cancrela ou cancróide, o cancro mole é uma doença aguda transmitida 
sexualmente de alta contagiosidade, auto inoculável, que se caracteriza por ulceração genital 
dolorosa, acompanhada, ou não de adenite inguinal. 
O agente etiológico é um bacilo gram negativo chamado haemophilus ducreyi. O período de 
incubação é curto, em média de 2 a 3 dias. A lesão clínica começa como uma pápula vesicular, que 
logo se torna pustulosa, sofre ulceração e começa a crescer. As lesões geralmente são múltiplas, 
arredondadas ou ovais, dolorosas, com bordas moles e salientes. O fundo é sujo, recoberto por 
secreção purulenta, circundado por margens inclinadas e um halo eritematoso que sangra com 
facilidade. É comum existir infecção secundária, podendo haver considerável destruição de tecidos. 
A adenopatia pode surgir 1 ou 2 semanas após o contato sexual ( bulbão inguinal – associação de 
gânglios infartados e aderentes a pele ). Se não tratados, podem romper e drenar seu conteúdo através 
de orifício fistuloso, geralmente único. 
O diagnóstico é feito em bases clínicas ( importante excluir uma afecção sifilítica que pode estar 
presente - cancro misto ou cancro de rollet ). 
Exame microscópico do material das lesões corado pelo giemsa ou gram. Cultura em meio de thayer 
martin. Intradermorreação de ito reenstierna. 
Tratamento – eritromicina 500mg, 6/6 hs, 10 dias. 
 smz + tmp 160/800mg, 12/12 hs, 10 dias. 
 tianfenicol 500mg, 8/8 hs, 5 dias ou 5g dose única. 
• Linfogranuloma venéreo 
É também conhecido como linfogranulomatose inguinal, quarta moléstia venérea, doença de nícolas 
favre, vulgarmente recebe o nome de mula. É uma doença crônica, sexualmente transmissível e 
caracteriza-se por uma lesão genital passageira, seguida de adenopatia. A sua característica 
importante é o comprometimento da drenagem linfática regional. 
O agente etiológico é um parasita intracelular obrigatório, membro do grupo clamydia. A chlamydia 
trachomatis sorotipos 1,2 e 3, é uma variante da clamídia associada a uretrite não gonocócica. 
O período de incudbação é geralmente de 7 a 15 dias. A lesão se inicia como uma pequena pápula 
indolor ou vesícula que se ulcera e desaparece rapidamente em torno de 3 ou 4 dias. A lesão é 
transitória, indolor, pequena, não sendo frequentemente notada pelo paciente. 
A doença geralmente se apresenta com a instalação da adenopatia, que ocorre em torno de 3 dias a 4 
semanas após o aparecimento da lesão inicial. A adenopatia ou bulbão inguinal é formado pela 
coalescência dos gânglios infectados. Pode ser uni ou bilateral e se encontra acima e abaixo do 
ligamento inguinal. Geralmente é doloroso, a princípio firme, depois flutuante e mole. O bulbão, se 
não tratado, sofre fistulização. O material purulento é drenado através de múltiplos orifícios 
fistulosos, sendo esta uma das características do linfogranuloma venéreo. 
Nos estágios tardios da doença, em consequência da obstrução dos canais linfáticos pela infecção, 
desenvolve-se edema distal, que pode levar a elefantíase da genitália ( a elefantíase vulvar é 
conhecida como estiomene ). A estenose anoretal pode ocorrer no lgv tardio consequente a dano da 
drenagem linfática paracólica. 
O diagnóstico se faz clinicamente ou mediante reações sorológicas. Pesquisa direta do material 
retirado da lesão inicial corado pelo giemsa ou macchiavello - identificar os corpos de inclusão 
dentro do citoplasma das células mononucleares. Cultura do material retirado por punção do bulbão 
inguinal. Reação de fixação de complemento. Intradermorreação de frei. 
Tratamento: 
Tetraciclina 500mg, 6/6 hs, pelo menos 2 semanas 
Doxiciclina 100mg, 12/12 hs, pelo menos 2 semanas. 
Eritromicina 500mg, 6/6 hs, pelo menos 2 semanas. 
Sulfametoxazol 1g, 12/12 hs, pelo menos 2 semanas. 
Obs.: os gânglios linfáticos flutuantes, devem ser aspirados. A incisão, drenagem e excisão dos 
gânglios são contra-indicados porque retardarão a cura. 
• Donovanose ( granuloma venéreo, granuloma contagioso, granuloma inguinal) 
É uma doença crônica, caracterizada por ulceração progressiva da pele e tecidos subcutâneos dos 
órgãos genitais, região perineal e inguinal. 
O agente etiológico é um parasita intracelular denominado donovania granulomatis. É uma bactéria 
gram negativa, imóvel, capsulada, classificada no gênero klebsiella. 
O período de incubação médio é de 10 dias a 2 meses. A lesão inicia-se com vesículas ou pápulas 
avermelhadas, indolores, que rapidamente se ulceram. Essa úlcera cresce irregularmente, de maneira 
centrífuga, apresentando uma base coberta por tecido de granulação rosado ( vermelho carnosa ), que 
sangra com facilidade, e com os bordos cortados verticalmente e bem definidos. Geralmente não 
apresenta adenopatia e não é dolorosa. 
O diagnóstico – pesquisa direta no material colhido da margem da lesão ativa, corada pelo giemsa; a 
biópsia da lesão é importante meio diagnóstico. A cultura é difícil. 
Tratamento- tetraciclina 500mg, 6/6 hs, 2 a 4 semanas 
 smz + tmp, 80/400mg, 8/8 hs, 2 a 4 semanas. 
• Doenças virais 
Herpes – as lesões herpéticas são as mais frequentes úlceras genitais. A infecção inicial é 
frequentemente seguida de ataques recorrentes em intervalos irregulares, frequentemente superiores 
à vários anos. 
A infecção pode ser transmitida acidentalmente ou sexualmente ( às vezes orogenital ) em um 
primeiro contato, mas as recorrências não são necessariamente relacionadas com a atividade sexual. 
É considerado como uma doença incurável e contagiosa. Sabe-se que fatores emocionais, fadiga 
nervosa, excesso fisico e sexual, gripes e resfriados podem desencadear novos surtos. 
Agente etiológico – é um vírus, herpes virus hominis ( herpes virus simplex ) da família dos herpes, 
onde existem mais de 50 vírus. Existem 2 tipos principais, o tipo i e o tipo ii. 
O período de incubação geralmente é curto, de 3 a 6 dias. Antes que a lesão apareça pode ocorrer 
formigamento, prurido ou dor fraca. 
A lesão inicial pode ser em forma de pequenas pápulas pruriginosas ou dolorosas, evoluem para 
vesículas, que posteriormente se rompem, formando pequenos pontos de ulcerações superficiais. 
Podem evoluir para cura ou confluir formando uma úlcera maior, de contornos policíclicas ou 
irregulares. A cura pode ocorrer em 5 a 10 dias, porém pode demorar mais tempo, principalmente se 
ocorrer infecção bacteriana secundária, bastante dolorosas. 
O diagnóstico é feito com base clínica, considerando os pródromos, aspectos das lesões e ataques 
recidivantes. Entretanto o diagnóstico laboratorial pode ser feito através do material colhido da 
vesícula íntegra pelo método de giemsa, identificando lesões multicêntricas e corpúsculos de 
inclusão nuclear ( característico da lesão do herpes simples ). 
Tratamento com antivirais oral e tópico. 
O herpes zooster – os achados clínicos são semelhantes ao herpes simples, mas os sintomas são 
geralmente mais severos, e as lesões persistem por várias semanas. A primeira manifestação da 
infecção é uma hiperestesia localizada, seguida pela erupção vesicular. A recorrência é rara, embora 
uma hiperestesia localizada ( neurite ) possa persistir por algum tempo. 
• Molusco contagioso 
É causado por um vírus, pox vírus, que é transmitido por contato direto, e é um achado comum em 
jovens. 
Período de incubação de 2 a 7 semanas. Aparecem no local de inoculação pequenas, brilhantes, 
umbelicadas, hemisféricas, pápulas brancas. Apresentam crescimento gradual, pode ser encontrado 
em qualquer parte do corpo; na região genital normalmente se localiza no pube ou no pênis. 
As lesões são assintomáticas ou levemente irritativas. Às vezes podem se tornar eritematosas devido 
a escoriação. 
Tratamento – curetagem. 
• Condiloma acuminado 
Ou verrugas anogenitais, vulgarmente conhecidas como crista de galo, são lesões papilomatosas 
semelhantes à couve-flor, que se localizam preferencialmente nas áreas de maior atrito sexual. 
Geralmente é transmitido sexualmente, sendo possível a localização extra-genital. 
Habitualmente, no homem, localiza-se na glande, sulco bálano-prepucial, prepúcio, frênulo, meato 
uretral, uretra e ânus. Na mulher, na fúrcula vaginal, nos grandes e pequenos lábios, vagina, colo 
uterino, meato, uretra e ânus. 
O agente etiológio – vírus do grupo papovavírus – papiloma vírus humano 
O período de incubação é de difícil previsão, entretanto é, geralmente, de 4 a 6 semanas. O 
diagnóstico é feito rotineiramente com bases clínicas e pode ser realizado biópsias. Há vários 
subtipos já reconhecidos; os tipos 6, 11, 16 e 18 são relacionados às verrugas genitais. 
• HPV 
• Síndrome de Fournier 
• Orquite 
• Prostatite

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