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FRAGMENTAÇÃO NO CONTEXTO DE BIOGEOGRAFIA DE ILHAS ECOLOGIA DE METAPOPULAÇÕES A DISTRIBUIÇÃO DAS ESPÉCIES NAS PAISAGENS NÃO É HOMOGÊNEA. Extensa área florestal contínua Mosaicos isolados Circundados por matriz Novo habitat Matriz Porção de habitat Corredores de vegetação O QUE ACONTECE APÓS A FRAGMENTAÇÃO? Fragmentação da floresta Diversidade média em uma localidade inserida em uma região contínua de floresta Diversidade resultante após a exclusão randômica Diversidade resultante após a reorganização da comunidade Fragmento grande Fragmento médio Fragmento pequeno Tempo D iv er si da de d e e sp éc ie s DeSouza et al. 2001 Um ecossistema é fragmentado O local é isolado O centro fica mais próximo da borda Indivíduos são perdidos Habitats são perdidos Os habitats diminuem Populações são perdidas MENOR RIQUEZA DE ESPÉCIES MAIOR RIQUEZA DO QUE ANTES RIQUEZA IGUAL A ANTES Efeitos de forma Efeitos de borda A quantidade de recursos diminui Novos habitats Problemas ambientais Populações diminuem Maior invasibilidade Explosão populacional dos populações remanescentes Nichos vagos são ocupados Efeitos de resgate Menor acesso Maior acesso Menos colonizadores Restrições demográficas Mais colonizadores + visitantes chegam ao local Aumento da competição Interações negativas são aliviadas Interações positivas são limitadas UM FRAGMENTO É UMA ILHA? BASE TEÓRICA TRADICIONAL A base teórica para manejar ecossistemas fragmentados foi oferecida em grande parte pelos estudos desenvolvidos em ilhas oceânicas. BIOGEOGRAFIA DE ILHAS: Modelo do Equilíbrio Insular. “A riqueza específica é resultado do balanço entre os eventos de imigrações e de extinções.” Implicações → Composição de espécies → Oscila. Riqueza é equilibrada. Extinção: Tamanho da ilha (+). “Efeito Resgate”. Imigrações: Forte correlação com a distância. “Efeito Alvo”. Introdução de um importante conceito: Curva espécie área. 0.5 1.0 1.5 2.0 20 30 40 50 60 70 Logaritmo da área do fragmento R iq ue za d e es pé ci es A DIVERSIDADE EM UMA ILHA QUALQUER Diversidade de espécies da ilha Imigração e colonização Especiação Extinção local Emigração - + - + O QUE DESENCADEIA A SAÍDA E A CHEGADA DE INDIVÍDUOS E ESPÉCIES? Baixa Disponibilidade de recursos Inadequação do ambiente biótico Inadequação do ambiente físico Falta de parceiros sexuais Acaso Desencadeadores de emigração dispersão Isolamento do local Área e forma Disponibilidade de recursos Adequação do ambiente físico Adequação do ambiente biótico Tamanho do propágulo Acaso Promotores de imigração e colonização O QUE FAZ COM QUE UMA ILHA PERCA ESPÉCIES ? Aumento da pressão de predação Alta competição intra e interespecífica Diminuição da quantidade e qualidade de recursos Ambiente físico e químico inadequado Isolamento geográfico Falta de espaço Reduzir a natalidade e a imigração Elevar a mortalidade e a emigração Redução na densidade populacional Extinção devido a endogamia hibridização, flutuação demográfica e/ou acaso TEORIA DO EQUILÍBRIO DE BIOGEOGRAFIA S imigração de novas espécies (I) Extinção de espécies (E) Ilha próxima Ilha distante Ilha pequena Ilha grande Colonização (I) Extinção (E) Número de espécies presentes, S BA SSSS1 2 3 4 BIOGEOGRAFIA DE ILHAS (DÉCADA 70) 1.Reserva grande ao invés de várias pequenas. Depende da heterogeneidade habitat. “Sloss” (single large ou several small) 2. Formato Circular. 3. Agrupadas. 4. Corredores Ecológicos. MAIS ARGUMENTOS! (FINAL DA AULA) TEORIA DE METAPOPULAÇÕES Após a fragmentação: “Surgem populações distribuídas no espaço, distantes geograficamente entre si e, que potencialmente podem trocar material genético a partir de reprodução sexuada”. Não ocorre apenas devido a fragmentação: Padrões de distribuição espacial. Mecanismos de dispersão. Limites naturais de distribuição. O QUE É UMA METAPOPULAÇÃO? Estabelecido por Richard Levins em 1969, rede de populações formada por subpopulações espacialmente estruturadas em agrupamentos, cujos indivíduos se reproduzem localmente e onde a migração entre as populações pode influenciar a dinâmica local e o fluxo gênico da região TEORIA DE METAPOPULAÇÕES O QUE É UMA METAPOPULAÇÃO? METAPOPULAÇÃO TEORIA DE METAPOPULAÇÕES – IDÉIA GERAL. Manchas menores e distantes atuam como “ralo”. Torezan 2011. Laboratório de Ecologia Vegetal-UEL. TEORIA DE METAPOPULAÇÕES Dinâmica: Distância entre as populações. Capacidade de dispersão. Extensas áreas fornecedoras de propágulos → probabilidade de colonização de áreas muito distantes. TEORIA DE METAPOPULAÇÕES – PADRÕES. Continente-ilha: onde as extinções locais ocorrem majoritariamente nas subpopulações menores, as ilhas. Essas extinções localizadas, têm pouco efeito sobre as populações maiores, os continentes, que servem como fonte de indivíduos para dispersão e fazem com que a metapopulação como um todo consiga se manter. GEF 103- ECOLOGIA FLORESTAL: Aula de Fragmentação da Vegetação Populações em Manchas: as subpopulações são dispostas em manchas de habitat ou habitats variáveis no tempo e espaço. Devido a altas taxas de dispersão, pode ser que essas subpopulações se unam em uma única grande população. Há então uma probabilidade muito baixa de extinção em populações locais discretas. Metapopulação em desequilíbrio: não existe interação entre as subpopulações, de forma que a recolonização é ausente ou insuficiente para balancear a extinção, fazendo com que a metapopulação desapareça gradativamente. (Relictos). Padrão Misto: conjuntos de subpopulações se balanceando entre extinções e colonizações de modo com que a metapopulação persista. METAPOPULAÇÃO O QUE INTERESSA NA PRÁTICA? Dinâmica de extinções locais e recolonizações Permeabilidade da matriz e conectividade entre manchas Mobilidade da espécie Tamanho efetivo Tamanho mínimo Da mancha de habitat PROBLEMAS PARA MANTER METAPOPULAÇÕES VIÁVEIS METAPOPULAÇÃO: PERMEABILIDADE METAPOPULAÇÃO: PERMEABILIDADE O PROBLEMA DAS PEQUENAS POPULAÇÕES Área Dinâmica Mínima (ADM) Determinada uma PVM, deve-se determinar a ADM, ou seja a extensão do habitat adequado para manter esta população. Onça pintada (Panthera onca): •Necessita áreas muito extensas para sobreviver • 12 km² (1200ha)/ onça ou casal de onça • Extensão da área •por ser grande precisa se alimentar de presas grandes. •Territorialista • Parque Nacional do Iguaçu (1.850 km²) • cerca de 150 onças • Parque Nacional da Tijuca (40 km²) • não existem mais onças FERNANDEZ , 2004 Tamanho mínimo de habitat PERDA DE VARIABILIDADE GENÉTICA Importante em adaptação Frequência alélica é variável Deriva Genética - baixa frequência de movimento minimiza perdas de variabilidade DEPRESSÃO ENDOGÂMICA Causada pelo acasalamento entre parentespróximos Permite a presença de alelos nocivos herdados de ambos os pais Em plantas, diminui quando são polinizadas por cruzamento com o pólen de plantas de grande porte DEPRESSÃO EXOGÂMICA Acasalamentos entre espécies diferentes Caracterizada por uma cria híbrida Entre subespécies diferentes Deve ser observada em criatórios Importante nas plantas VARIAÇÕES AO ACASO demográfica Aleatoriedade ambiental PLANEJAMENTO DE ÁREAS PROTEGIDAS Questões-chave: 1. Qual a extensão que reservas naturais devem ter para proteger as espécies? 2. É melhor criar uma única reserva ou muitas de tamanho menor? 3. Quantos espécimes de uma espécie ameaçada devem ser protegidos em uma reserva para evitar a extinção? 4. Que forma deveria ter uma reserva natural? 5. Quando várias reservas são criadas, elas deveriam estar próximas umas das outras ou bem distantes, e deveriam ser isoladas ou interligadas por corredores? PLANEJANDO ÁREAS PROTEGIDAS O dilema do tamanho da área a ser protegida. O que é melhor uma grande área ou várias pequenas áreas? SLOSS – Single Large or Several Small Grande área única (+) Várias áreas pequenas (+) Capacidade de manter populações de animais de grande porte em densidade ótima Podem incluir diversidade de tipo de habitas Minimiza o efeito de borda Mais populações de espécies raras Abriga mais espécies Efeitos catastróficos amenizados e diluídos mais diversidade de habitat dentro da mesma reserva Possibilidade de implantação em países de área reduzida Inserir figura 4.10
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