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APOSTILA DE SEMIOLOGIA Profº Sérgio Kignel Profª Florence Z. Mistro Aula 01 Algumas definições: Saúde: estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças ou invalidez. Diagnóstico: dia = através de e gnosis = conhecimento. (através do conhecimento) O que é semiologia? semio – sinal e logos - estudo Então, semiologia é o estudo dos sinais (tudo o que o profissional observa) e dos sintomas (tudo o que o paciente relata). Exemplo: febre é um sinal ou sintoma? Pode ser os dois, se for aferido pelo profissional é um sinal e se o paciente relatar é um sintoma. Como se divide a Semiologia? → Semiogênesis: estuda como as patologias se iniciam → Semiotécnica: estuda a técnica de coleta dos sinais e dos sintomas → Clínica Propedêutica: significa dar valor aos sinais e sintomas (dar valor as características das lesões (formato, textura, tamanho, consistência) até chegar a uma patologia que reúne tais características, exemplo das frutas, através da apalpação é possível descobrir qual fruta é pelas suas características). O profissional atribui valores aos achados colhidos através da semiotécnica. O profissional analisa os dados sob a ótica de seus conhecimentos e experiência, de modo a indicar ou sugerir possibilidades diagnósticas. Definições: Entidade diagnóstica: patologia tão característica que pela simples visualização é possível identifica-la e definir o diagnóstico. Ex. Hemangioma, quando visualizamos está patologia já temos certeza de qual é, pois é extremamente característica. Sinal patognomônico: sinal muito característico de uma patologia, ele a define. Ex. se o paciente, por telefone diz que não consegue encostar o mento no esterno, a patologia só pode ser meningite, pois este é um sinal característico desta doença, papila invertida na GUNA (gengivite ulcerativa necrotizante aguda); o sinal de Nikolski para o pênfigo vulgar. Sintoma patognomônico: sintoma característico de uma patologia Síndrome: (do grego syndromos, significando "que correm juntos, que acompanham"): é um conjunto de sinais e sintomas que se apresenta para definir uma entidade mórbida e que se relacionam entre si por uma particularidade anatômica, física ou bioquímica. Ex.: Síndrome de Sjõgren que ocorre basicamente em pacientes do sexo feminino e é caracterizada por xerostomia, ceratoconjuntivite seca e artrite reumatoide Sinal ou sintoma prodrômico: sinal ou sintoma que acontece antes da patologia principal (prova). Ex. pacientes com convulsão, antes de ter ele vê uns flashes, ou sente uma tontura e já sabe que vai ter convulsão. Herpes, uns 3 dias antes de aparecer o local coça, arde e fica vermelho e neste momento já se deve usar a medicação, antes das lesões aparecerem. Indício diagnóstico: por si só não define o diagnóstico. Ex: dor, febre, xerostomia, aumento de volume.. Critério diagnóstico: manobra que executamos frente a uma determinada lesão. Ex. se há uma placa esbranquiçada na boca, é necessário raspá-la pra ver se ela cede ou não a raspagem. Quando há alguma alteração de cor de uma lesão, realiza-se uma manobra chamada vitropressão ou diáscopia (dia: através de - scopy: visão) que consiste em pressionar uma lâmina de vidro na lesão e vê-la através da lâmina e vidro. _________________________________________________________________________ Exemplo do S. João → Queixa: ferida avermelhada na mucosa jugal, com dor, há 6 dias. O que pode ser (e porque podemos excluir cada um)? Afta, Carcinoma Espinocelular, lesão traumática (paciente não relata ter mordido a bochecha ou sofrido trauma no local), sialolito (é um problema de glândula, do ducto da parótida), papiloma ( é um nódulo e tem um crescimento tecidual, e no caso há apenas uma ferida), mucosa mordiscada (ocorre espessamento da mucosa), herpes (formado por múltiplas vesículas transparentes), pênfigo (antes de aparecer a ferida aparece alguma bolha antes e no caso não apareceu), grânulos de fordyce (coloração amarelada, branco), Hemangioma (é uma bolha vermelha e não uma ferida), hiperqueratose (lesão branca), Mucocéle (é uma bolha e não uma ferida), Leucoedema (é uma variação de normalidade da mucosa e é branco-acinzentado), candidíase (placa esbranquiçada no caso da candidíase pseudomembranosa) Sobraram: Afta ou Carcinoma Espinocelular Conduta: provavelmente é uma afta, medica o paciente e pede pra ele voltar dai uma semana, se a lesão desaparecer ou apresentar tendência de regressão, então é uma afta. Se não regredir ou aumentou, ai o correto é realizar uma biópsia. _______________________________________________________________________________ ASPECTOS PRECEDENTES TRANSCORRENTES E DECORRENTES DO DIAGNÓSTICO Sintomas Quadro Hipóteses de Diagnóstico final Sinais → Clínico → diagnóstico → (provisório ou definitivo) → Prognóstico →Tratamento → Proservação (Semiotécnica) (Semiogênese) Com a coleta de sintomas e sinais montamos o quadro clinico com a sintomatologia do paciente. Depois, com este quadro clinico, formula-se uma série de hipóteses de diagnóstico, e destas, chegamos ao diagnóstico final. Então, faz-se o prognóstico, para depois realizar o tratamento, e por fim a proservação. Definições: - Hipóteses de diagnóstico: rol (lista) de patologias que tem alguma coisa em comum com o quadro clínico do paciente. - Exames complementares (talvez sejam necessários ou não): Existem três tipos, podem ser: 1 – Específicos: dão um diagnóstico especifico para determinada patologia. Ex. exames sorológicos, por exemplo, se o paciente tem suspeita de sífilis ele faz um exame especifico para sífilis, e se der positivo já constata que ele possui a doença. O mesmo ocorre com suspeita de câncer, que se confirma através de uma biópsia. 2 – Semiespecificos: dá a localização, mas não da o diagnóstico da lesão (por exemplo, radiografia periapical, no caso de uma lesão periapical que pode ser um abcesso, um cisto, um granuloma ou outra patologia, porém, em alguns casos este exame é especifico, como por exemplo, em caso de uma fratura dental, óssea, radicular) 3 – Inespecíficos: dá pra ver que tem alguma alteração, mas não dá a localização nem a patologia. Ex. hemograma, ele mostra que existe alguma alteração, mas ele não fala nem a patologia e nem a localização desta. Por exemplo, no caso de uma leucocitose (um aumento do número de leucócitos), que pode indicar uma infecção, alergia. Mostra que existe alteração, mas não mostra nem o que é e nem onde está. Tipos de exames complementares (exemplos): biópsia, exames laboratoriais, exames imaginológicos. Exames complementares (entram em qualquer uma destas etapas). - Prognóstico: É dizer o que provavelmente vai acontecer. Depende de: • Depende das condições orgânicas do paciente: ex. paciente tem uma patologia simples, com dando anatômico pequeno, porém ele precisa operar e não possui condições orgânicas pra isso. Ou, por exemplo, paciente precisa se tratar com um medicamento e tem alergia à ele. • Dano anatômico: exemplo, uma cárie, o prognóstico depende muito de sua extensão, forma, etc • Dano funcional: ex. uma cárie no molar inferior, pequena, porém acometeu uma cúspide de suporte, a vestibular, então o dano funcional é grande, mesmo o que o dano anatômico seja pequeno • Efetividade de recursos terapêuticos disponíveis: por ex. um paciente se machuca no meio da floresta e outro próximo a um grande hospital, o prognostico do segundo é mais favorável e vista dos recursos terapêuticos disponíveis. • Colaboraçãodo paciente: se o paciente toma a medicação corretamente, segue as instruções pós- operatórias certinhas ou não, se ele se comporta no momento do tratamento. • Condições emocionais do paciente: paciente precisa querer se curar, não pode desistir. Existem patologias que tem origem emocional (ex. líquen plano). Todas as patologias (menos câncer e autismo) quando tem preferência por gênero, preferem mais as mulheres. • Tipo de doença (tumoral, metabólica, traumática, de desenvolvimento) • Se a doença tem curso rápido ou lento. - Tratamento: a primeira coisa é que ele não prejudique. Deve trazer mais benefícios do que malefícios. Existem cinco tipos: 1 – Tratamento de suporte: é aquele que visa melhorar as condições orgânicas do paciente, quer como coadjuvante do tratamento especifico ou no aguardo de patologias que involuam espontaneamente. 2 – Tratamento expectante: esperar a lesão ir embora sozinha, quando a patologia não necessita de nenhum tratamento, o profissional deve esclarecer o fato ao paciente de modo a acalmá-lo. 3 – Tratamento sintomático: visa tratar os sintomas (ex. tem dor, analgésico. Inflamação, anti- inflamatório. Ânsia, anti-hermético. Ansiedade, ansiolítico). 4 – Tratamento etiológico ou especifico: trata a patologia especificamente. (ex. infecção, tem um antibiótico especifico pra ela, o câncer tem a radioterapia e quimioterapia, remoção cirúrgica da patologia, etc), é o tratamento ideal quando se conhece o agente etiológico e visa o seu combate. 5 – Prova terapêutica: é quando se tem um diagnóstico final provisório, então se propõe um tratamento final de forma provisória, se ele funcionar, vira definitivo. Exemplo: infecções virais, tratamento sintomático e de suporte (pois não há um remédio especifico, então não é um tratamento etiológico). - Proservação ou Follow-up ou acompanhamento: Pode ser: • Cura completa: sem nenhuma sequela daquela patologia (ex. sinusite, tomou antibiótico e sarou) • Estado estacionário: a patologia não melhora e nem piora, não muda • Estado indeterminável: paciente em coma por exemplo, não dá pra definir se melhora ou piora • Piora do quadro clínico: paciente piora. • Óbito Em pacientes com diagnóstico de neoplasias malignas, considera-se: • Cura clínica: após 5 anos sem sinais ou sintomas da doença. • Sobrevida: tempo de vida após o diagnóstico da patologia Informações: Quanto a herpes é contagiosa e por quanto tempo? Ela é altamente contagiosa na época em que há as vesículas com liquido. Aula 02 Exame Clínico: se divide em Anamnese (coleta dos sintomas) → Geral → Regional → Extra Bucal e Intra Bucal ANAMNESE – recordação • Quanto mais cuidadoso for o exame clinico, mais dados uteis são obtidos. Tudo o que o paciente disser deve ser anotado com as palavras dele. Pode ser usada a palavra “SIC” que significa conforme disse. PROVA – Como começa a anamnese? Pela identificação do paciente Identificação: nome, sobrenome do paciente, gênero, idade, raça (algumas patologias tem preferencia por gênero, idade ou raça), estado civil (um pouco sobre a vida do paciente), profissão (não escrever aposentado, mas sim perguntar onde o paciente trabalhava antes), procedência (de que lugar vem), nacionalidade (país). • O paciente é prolixo (fala muito) em dados inúteis e conciso (fala pouco, resume) em dados importantes. E não dão ordem cronológica aos fatos. É importante diferenciar o que é importante do que não é. Considerações sobre o fenômeno dor: Comportamentos: silêncio, pacientes prolixos (fala muito), sintomas múltiplos, ansiedade (explicar ao paciente a importância da anamnese), raiva e hostilidade, choro, sexualmente atraentes ou sedutores. Generalidades: alterações vocais, anotações com as palavras do paciente, pesquisa dos sintomas, coleta dos sintomas, maior número de dados, cronologia dos fatos. Anamnese: identificação, queixa principal/duração, história da doença atual, antecedentes pessoais, antecedentes familiares, condições econômicas e sócio culturais do paciente, pesquisar os sintomas. 1º Identificação: nome, sexo, raça, idade, estado civil, procedência, nacionalidade. 2º Queixa principal/duração: o que sente? Há quanto tempo? 3º História da doença atual ou história da moléstia atual: como começou? Fatos correlatos (exemplo: dente dói, porém, depois de comer doce), se tentou tratar a doença, que medicamento usou. 4º Antecedentes pessoais: antecedentes mórbidos (doenças, cirurgias, medicações, alergias, patologias de pele, tumores, etc), hábitos (gesto repetitivo) e vícios (hábito nocivo a saúde). Exemplo: álcool e fumo. 4 perguntas para saber se tem dependência ao álcool: 1 – já deixou de fazer algo por estar bêbado 2 – se alguém já disse que a pessoa bebe muito 3 – precisa beber para fazer alguma atividade? 4 – alguma vez você achou que bebe muito? Para se mensurar o grau de "dependência" do fumante, além da quantidade de cigarros perguntar: 1 - Geralmente, quando fuma o primeiro cigarro do dia? 2 - Costuma acordar no meio da noite para fumar? 3 - Acontece de sair do recinto onde esta acontecendo uma reunião para fumar? 4 - Depois que utiliza o "primeiro cigarro do dia" consegue ficar mais de duas horas sem fumar EXAME FÍSICO – Generalidades (após Anamnese), procura de sinais: ,Condições mínimas: sentidos aguçados, segurança (no que fala, no conhecimento), bom conhecimento anatômico, boas condições de visualização, secar e afastar as estruturas (sugador, gaze, etc), cooperação Exame físico (coleta dos sinais) Anquiloglossia: Língua Presa (anquilo – preso, glosso – língua). Queilite: inflamação no lábio (queilos – lábio) Glossite: inflamação na língua. Dislalia: alterações da fala de origem fonoaudiológicas. Disartrias: alterações da fala de origem anatômica, exemplo: trismo, Anquiloglossia. Lábio leporino em latim: Queilos (lábio) gnatus (rebordo alveolar) palatus (palato duro) uranos (palato mole) stafilos quises (ruptura). do paciente. MANOBRAS DE SEMIOTÉCNICA - podem ser feita de maneira: → Direta – usando apenas os sentidos → Indireta – usando aparelho, um instrumento que potencialize os sentidos. • Inspeção: visualiza as lesões, 1º manobra. Pode ser direta (olhos) ou indireta (lupa, microscópio) • Palpação: polpa digital, depende da sensibilidade táctil, pode ser direta (ex. palpar gânglios) ou indireta (exemplo: sonda exploratória para palpar um sulco de molar) • Percussão: Direta – com os dedos, crepitação e estalido na atm. Indireta – por exemplo, na endodontia percussão vertical (ver se há periapicopatias), e percussão horizontal (periodontopatias) e Choc retourn (quando um cisto cresce, ele adelgaça a cortical óssea, e esta fica com aspecto pergamináceo ou papiriforme, quando toca ele afunda e volta, isso se chama Choc de Retourn), • Olfação: algumas patologias tem mau cheiro. Ex. GUNA ou gengivite de trincheiras, diabete (odor cetônico – cheiro de maçã verde), câncer. • Punção: introduzir agulha de grosso calibre dentro da lesão. Pode vir sangue (vaso ou Hemangioma), pus (abcesso), saliva (Mucocéle, ramalumo), liquido citrino (amarelado, indica cisto), linfa (liquido cristalino, linfangioma), se não vir nada, significa que o conteúdo é sólido ou semissólido – punção negativa ou punção branca. • Diáscopia ou Vitropressão • Exploração de trajetos fistulosos – cone de guta percha na fistula. • Fotografia • Raspagens • Audição: direta (ouvido) e indireta (estetoscópio) EXAME FÍSICO GERAL: • Urgências odontológicas:dor, infecção (se houver febre, cansaço e dificuldade de respiração) e hemorragia: - Tecido mole mais fácil, pois da pra suturar - Tecido duro (mais difícil de lidar, fazer pressão). Pede pro paciente morder a gaze três vezes por 10 minutos em cada vez, no relógio. → Fazer Exame Clínico o mais completo possível, exceto em urgências → Estado Geral – bom, mau e regular. → Biótipo do paciente – longilíneo, normolíneo, brevelíneo. → Ambulação do paciente (jeito de andar) ex. claudicante é quem manca → Tegumento – pele → Postura EXAME FISICO REGIONAL EXTRA BUCAL: → face do paciente, pele, cabeça e pescoço, fâneros cutâneos (pelos, pintas, manchas), efélides (alteração de cor na mucosa), olhos do paciente (exoftalmia), nariz (epistaxe – sangramento nasal), ouvido. _______________________________________________________ MUCOSA Mucosa de revestimento: elasticidade. Palato mole, ventre da língua, assoalho, rebordo, lábio, mucosa jugal, fundo de sulco. Mucosa mastigatória: dureza. Gengiva e palato duro Mucosa especializada: presença de papilas e corpúsculos gustativos. Dorso da língua. Diabetes mellitus (doce)- urina com excesso de glicose. Diabetes insipidus (sem sabor) – a urina não apresente excesso de glicose Papiriforme: papiro. Aula 03 – Prof.ª Florence Variações de normalidade da cavidade Bucal • Exame físico intra bucal – devemos realiza-lo de maneira sistemática seguindo uma ordem frequente determinada pelo cirurgião dentista. → importante tracionar a língua para observar as bordas laterais! C.E.C representa 95% das neoplasias malignas bucais e tem tratamento e cura se estiver no começo. MUCOSA LABIAL EXTERNA: Avaliar: inspeção do vermelhão dos lábios, comissuras labiais (direita e esquerda), linha úmida dos lábios. Patologias que podem aparecer nesta região: ◘ Queilite Actinica → provocada pela radiação solar (lesão potencialmente maligna), os lábios ficam descamados. Pode ser encontrados em qualquer idade, principalmente em indivíduos cuja ocupação natural os mantém expostos às radiações solares. Região: vermelhão dos lábios. ◘ Queilite Angular → quando há ausência de dentes, o ângulo bucal pode apresentar-se ulcerado ou erosivo, por conta da perda de dimensão vertical de oclusão, a região torna-se quente e úmida propiciando o aparecimento de fungos no local (cândida albicans). Pode ser bilateral ou unilateral OBS: é uma forma clinica da candidíase. MUCOSA LABIAL INTERNA SUPERIOR E INFERIOR – avaliar: mucosa de fundo de sulco, inserção de freios e bridas laterais. MUCOSA DE ASSOALHO BUCAL – avaliar: carúnculas. MUCOSA DE LINGUA – avaliar: dorso, ventre e bordas laterais. MUCOSA PALATINA – avaliar: rafe, palato duro e palato mole PORÇÃO ANTERIOR DA OROFARINGE MUCOSA GENGIVAL MUCOSA JUGAL – avaliar: ducto parotídeo patologia que pode ocorrer: hiperplasia fibrosa inflamatória (pacientes que usam prótese total) avaliar mucosa palatina e região de fundo de sulco. Prova! FOSSETAS PALATINAS – variação de normalidade. PARTE VISIVEL DA OROFARINGE – avaliar: úvula, arcos amidalianos, tonsilas. BORDA LATERAL DA LÍNGUA – importância fundamental (C.E.C. 95% dos canceres da cavidade bucal, se não tracionar a língua, não visualiza) variação de normalidade: prolongações epiteliais → franjas linguais (coloração rósea), pode ser confundida com hiperplasia. Fica na borda lateral da língua e em uma porção do ventre lateral VARIAÇÕES DE NORMALIDADE: 1 – Carúnculas Sublinguais: Definição: agrupamento de pápulas que são chamadas de carúnculas, nelas desemboca todo o produto produzido pelas glândulas sublinguais e submandibulares. Localização: fica a frente do freio lingual, no assoalho bucal. 2 – Ducto Parotídeo ou Ducto de Stenon: 3 – Leucoedema Definição: é considerado um edema intra-epitelial, apresenta maior predileção pela raça negra. Não apresenta sintomatologia, sendo um achado clinico. São restos epiteliais da vida intra-uterina. É uma variação de coloração da mucosa, branco-acinzentada, faz o tracionamento da mucosa, se desaparecer é Leucoedema, se não desaparecer, pode ser Líquen Plano (tem ardência) que também ocorre só na mucosa jugal. Predileção pela raça negra. Clinicamente: apresenta-se como uma mancha branco-acinzentada, difusa, assintomática, localizada, preferencialmente, na mucosa jugal. Localização: exclusivamente na mucosa jugal, bilateral. 4 – Pigmentação racial melânica Definição: Variação de normalidade comum na raça negra. Ocorre por conta de uma maior síntese dos melanócitos e maior produção de melanina por eles. Localização: mucosa gengival, porém não se restringe apenas ela. Não invade a gengiva marginal livre, somente a inserida, a tonalidade varia e é simétrico. Diagnóstico diferencial: carcinoma epidermóide pigmentado e pigmentação por AZT (paciente portador de HIV) Manobras de semiotécnica: palpação, inspeção e ordenha (prova) Se traumatizar pode aparecer MUCOCELE (Trauma na região lingual dos inferiores. Os ductos de saliva podem ser afetados e produzir essa patologia, forma uma bolha na região). Definição: nódulo ou pápula, pouco consistente a palpação, podendo ser plano ou proeminente, fibroso, e de mesma coloração da mucosa jugal, localizado na face vestibular do segundo molar superior, observamos um orifício de exteriorização do ducto parotídeo. São responsáveis pela maior quantidade de saliva que banha a cavidade bucal Localização: bilateralmente na mucosa jugal, na altura do 1º e 2º Molar superior. Se necessário, ordenhar a glândula com a mão espalmada (pode estar aumentado). Manobra de semiotécnica: inspeção, palpação e ordenha. 5 – Exostose e Tórus Definição: são excrecências ósseas que limita-se a cortical óssea. Sua nomenclatura depende da localização anatômica. Localização: se tiver na lingual da mandíbula ou na palatina da maxila – TÓRUS. O Tórus é simétrico, rígido e não aumenta de tamanho. É indicada a remoção apenas se o paciente começar a traumatizar, ou for necessário para utilização de prótese. Todo Tórus é uma exostose, mas nem toda exostose é um Tórus. É apenas uma variação da normalidade, porém nesta região do palato pode ter adenoma, uma neoplasia benigna bem semelhante, porém mais mole. Tórus mandibular (prova): • Plano • Nodular - base individual e múltiplas protuberâncias • Lobular – massa lobulada de base única. Manobra de semiotécnica: inspeção e palpação. Importante palpar pra ver se é endurecido! 6 – Grânulos de Fordyce Definição: São consideradas glândulas sebáceas ectópicas, por serem órgãos anexos da pele e, neste caso, estão localizadas na mucosa. Apresentam-se, clinicamente como múltiplas pápulas de coloração branco-amarelada, com mucosa íntegra. Localização: na mucosa jugal (geralmente bilateral), mucosa retro comissural e mucosas labiais. Maior concentração perto da mucosa do trígono retro-molar. São assintomáticos e, sendo assim, geralmente são achados clínicos. 7 – Glossite Romboide mediana Definição: é originada da persistência do tubérculo ímpar, uma estrutura que emerge entre o primeiro e o segundo arcos branquiais que normalmente cresce pelos tubérculos laterais da língua. Durante o desenvolvimento da língua, o tubérculo ímpar está fixado ao forame cego e ocorre crescimento tecidual por todos os lados. Consequentemente, o tubérculo ímpar não é visível na língua normal, porém persistindo sua presença daria origem a glossite rombóide mediana. Então, é a presença do tubérculo impar. Clinicamente, observa-seárea despapilada, discretamente avermelhada com forma rombóide ou oval. 8 – Língua pilosa: Papilas filiformes em maior concentração na língua forram todo o dorso! Nos pacientes que elas são maiores, isso chama Língua Pilosa. As papilas filiformes alongadas agem como um absorvente de toda dieta ingerida pelo paciente principalmente as ricas em corantes como fumo, coca- cola, café, chá, entre outros, assumindo, assim, uma pigmentação muitas vezes. 9 – Língua fissurada ou língua escrotal Definição: Clinicamente, apresenta-se como um sulco central no dorso da língua e destes saem fissuras secundárias em direção à borda lateral da língua. Ocorre com maior frequência em indivíduos com síndrome de Down. Pode passar de um quadro assintomático para sintomático. Isso ocorre quando o paciente deixa seguidamente de fazer a higienização da língua, acumulando nas fissuras e sulcos restos alimentares os quais irão promover um processo inflamatório local. Assim, o paciente deverá ser orientado para a higienização local, através da descontaminação do local com uso de cremes dentais a base de camomila, leite de magnésia com gaze, raspadores linguais e escovação da língua. Ver se há infecção por cândida albicans, e neste caso, prescrever antifúngico. 10 – Língua geográfica ou glossite migratória benigna ou glossite migratória Definição: Caracteriza-se por várias erosões eritematosas, circunvaladas por um halo esbranquiçado e ligeiramente elevado. O aspecto migratório da afecção predomina, evidenciando erosões eritematosas que desaparecem em um intervalo de 1 a 2 semanas de um local da língua e reaparecem em outro. Etiologia: relacionada à disturbios psicogênicos (estresse emocional) Para muitos autores a língua geográfica é hereditária constituindo uma má formação. 11 – Varicosidades linguais Definição: dilatações de veias Aspecto clínico: manchas ou pápulas localizadas na borda lateral e ventre da lingua, de coloração violácea ou arroxeada. (prova) Se por algum motivo traumatizar, faz-se uma esclerose química. 12 – Mucosa mordiscada: Definição: é um espessamento epitelial de origem traumática. Pode estar na linha de oclusão ou espalhada. Aspecto clinico de roido de traça, placa esbranquiçada. Trauma de baixa intensidade e longa duração. 13 – Linha alba ou linha de oclusão Definição: espessamento epitelial, porém na linha de oclusão. Paciente pressiona a mucosa jugal entre os dentes quando estes estão em oclusão. Clinicamente, encontramos uma placa esbranquiçada retilínea, rugosa e geralmente bilateral em mucosa jugal, na região do plano oclusal. 14 – Assoalho Bucal protruido Definição: em pacientes que apresentam perda parcial ou total dos dentes geralmente constata-se reabsorção do rebordo alveolar que pode ser observada ao examinarmos o assoalho bucal. Esta reabsorção ocorre devido à presença de forças mastigatórias locais (diretamente sobre o rebordo alveolar) Caracteristicas clínicas: apresenta processo de despapilação e repapilação. As papilas filiformes presentes na maior parte do dorso e borda lateral da lingua apresentam-se atrofiadas. É uma condição Crônica e ciclica. Alguns sintomas podem ser relatados pelo paciente. (onde tem retração das papilas fica mais sensível podendo causar ardencia – região avermelhada circunscrita por halo esbranquiçado) provocando sua reabsorção fisiológica. Com esta reabsorção o assoalho bucal protrui e invade o espaço onde há ausência do elemento dental. 15 – Nódulos de Bohn ou Pérolas de Epstein Definição: apresentam-se como cistos desenvolvidos. Durante o processo de proliferação da lâmina dentária, estes pequenos cistos são encontrados na crista do rebordo alveolar em recém nascidos. Não tem tratamento, desaparece depois de uns 3 ou 4 meses. Clinicamente, o cisto gengival apresenta-se como um nódulo branco, de base larga medindo aproximadamente 2 mm de diâmetro. 16 – Língua crenada Definição: a língua crenada recebe esta denominação pelo aspecto morfológico que apresenta decorrente da pressão da língua sobre a superfície lingual dos dentes, demarcando-a. 17 – Hiperplasia linfóide (por conta do tecido linfoide) reacional (uma resposta imunológica) Definição: o terço posterior da lingua e as tonsilas amidalianas são ricas em tecido linfóide (barreira imunológica), este tecido responde às agressões. Papilas no terço posterior da lingua, na lateral ficam elevadas. Definição (livro) - um agrupamento de tecido linfóide localizado na região póstero-lateral do dorso da língua é uma estrutura anatômica denominada de papila foliácea. Essas estruturas também são chamadas de tonsilas linguais ou acessórias e, em decorrência da ação de estímulos inflamatórios locais, tornam-se aumentadas. _____________________________________________________________________________ Lesões Fundamentais: As lesões fundamentais são modificações dos tegumentos determinada por processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, tumorais, metabólicos ou por defeito de formação. Com o conhecimento das estruturas da cavidade bucal, reconhecendo as mesmas e sabendo de suas possíveis variações, torna-se mais acessível o reconhecimento de um processo patológico. As lesões fundamentais são descritas de modo a servir como um marco inicial para a descrição do processo. (quando se pede pra descrever a lesão, não é pra falar o nome dela, e sim falar sobre a lesão fundamental). O conhecimento das lesões fundamentais é o primeiro passo para estabelecermos hipóteses de diagnósticos. Elas nos auxiliam a formular estas hipóteses. São as principais lesões fundamentais: MANCHA, EROSÃO, ULCERA, FISSURA, BOLHA/VESÍCULA, NÓDULO/PÁPULA e PLACA. A completa descrição de todo o processo patológico de tecidos moles, além da lesão fundamental, deverá conter: • Forma: representa a forma geométrica • Localização: região anatômica • Coloração: branca, vermelha, enegrecida, acastanhada • Tamanho: se circular (diâmetro), outras em mm • Consistência: branda, consistente, fibrosa, elástica (resistencia frente a palpação) • Base: séssil, quando a base da lesão é maior que o equador (figurativamente, lembra a forma de uma montanha). Pediculada, quando a base é menor que o equador da lesão (figurativamente lembra a forma de um cogumelo). • Superficie: brilhante, opaca, lisa, aspera • Contorno: nitido/difuso, regular/irregular • Borda: elevada, deprimida • Número: única, multipla • Limites: são demarcadas estruturas anatomicas que cercam a lesão. Características clínicas - protuberância nodular de forma e tamanho variáveis. A superficie é lisa e brilhante sendo que a coloração varia de branco amarelada a vermelho intenso, o aumento tecidual é bilateral, indolor ou apresenta leve incômodo nos episódios de inflamação aguda. As lesões fundamentas são dividias em primárias (a lesão original), podendo ser alteradas por traumatismos, mastigação. E secundárias, sendo que estas derivam das primarias, são decorrentes de modificações que se associam ou se desenvolvem, nas lesões primárias previamente estabelecidas (aparecem consecutivamente às lesões primárias). ______________ 1 – PLACA Definição: é uma elevação tecidual mais extensa do que alta. Geralmente tem coloração esbranquiçada. Porque é esbranquiçado? O tecido epitelial não é vascularizado e é transparente. A camada de células do tecido epitelial passam da camada basal, subindo até chegar a camada córnea e sofrem esfoliação, se houver nessa superficie um trauma de baixa intensidade e longa duração, esse tecidoepitelial se espessa, pois as células não se esfoliam mais, então ele vai depositar todas as células ali, formando o que clinicamente vemos como a placa. Manobras de semiotécnica: inspeção, palpação e raspagem para observar se a placa cede a raspagem. Patologias: leucoplasia, hiperqueratose, nevus branco esponjoso. (hipóteses diagnóstica) 2 – MANCHA Definição: é uma alteração de coloração sem elevação ou depressão. • Puntiforme, realizar vitropressão • Coloração, origem da lesão: → Vascular (alteração no vaso sanguinéo, ele pode estar dilatado, por exemplo nas varicosidades linguais, ou ainda extravasamento de um vaso): hipocrômica (menos avermelhado) ou hipercrômica (mais avermelhado) → Pigmentar: exógena (vem de fora, exemplo: tatuagem por amálgama) e endógena (alguma droga, por exemplo AZT (presente no coquetel pra tratamento da AIDS.) Manobras de semiotécnica: inspeção, palpação, diascopia ou vitropressão (para saber se é pigmentar ou vascular, neste visualiza-se os vasos sanguineos, pressiona-se uma lâmina de vidro sobre a lesão). De origem vascular → Equimose (se for circular, de pequeno vaso): ou contusão é uma mancha hemorrágica idêntica, porém o tamanho é maior. (por exemplo causado por uma mordida) Patologia: nevus pigmentados ou pigmentar, sarcoma de kaposim, tatuagem por amalgama, hemangioma. 3 – EROSÃO Definição: é o rompimento do tecido epitelial sem a exposição do tecido conjuntivo, coloração mais avermelhada, geralmente é assintomática, porém pode ter um pouco de ardência. Sulco: é uma erosão retilinea. Patologias: líquen plano erosivo, queilite actinica e queilite angular (ambas no começo, depois podem evoluir para úlcera) Manobras de semiotécnica: inspeção e palpação. 4 – ÚLCERA Definição: rompimento do tecido epitelial com exposição do tecido conjuntivo. Importante: na forma de ulcera, aparece o Carcinoma Espino Celular que representa 95% das neoplasias malignas da cavidade bucal. Base: amolecida ou endurecida Bordas: elevadas, deprimidas ou destruidas Fundo: liso, necrótico (coloração mais acinzentada, amarelada) ou granulomatoso (coloração amarelada com vermelha e presença de grânulos) Natureza: águda/crônica Evolução/involução – analisar se evoluiu ou involuiu Halo: eritematoso ou esbranquiçado, circunda a úlcera Sintomas: indolores ou assintomáticos, ou extremamente sensíveis. Forma: circular ou oval serpinginosa Número: única ou multipla. Ex.: pizza → a base é a massa da pizza (amolecida ou endurecida), a borda é o que circunda a pizza, o fundo é o molho de tomate. Fora da borda, tem o halo que circunda a ulcera. C.E.C → base endurecida, pois é infiltrado, infiltra nos tecidos. Não involui apenas evolui, não cicatriza! é assintomático em seu inicio. 5 - FISSURA → é uma ulcera retilinea. 6 – BOLHA/VESÍCULA - lesões fundamentais que se diferenciam apenas pelo tamanho Definição: bolha – elevação tecidual de contéudo liquido menor que 3mm de diametro. vesícula: elevação tecidual de contéudo liquido maior ou igual que 3mm de diâmetro → observar tamanho, cor e conteúdo → membrana de revestimento pode ser fina ou espessa → conteúdo: seroso (soro), pustulosa, hemorrágicas e salivares (manobra – punção) Patologias: mucocele, herpes, mononucleose. 7 – FISTULAS Definição: são orificios na superficie cutânea ou mucosa, terminais dos trajetos sinuosos que põem em contato com o exterior focos ou cavidades supurativas (pus) internas. 8 – NÓDULO/PÁPULA – diferem de tamanho Definição: nódulo – elevação tecidual de conteudo sólido maior que 3mm pápula – elevação tecidual de conteúdo sólido menor ou igual a 3mm Base: séssil, pediculada Consistência: fibrosa, elástica, pétrea (endurecida) Evolução/involução Superficie: lisa, papulomatosa (cheia de papulas) Forma Crescimento pra fora: exofitico Crescimento pra dentro: endofitico Patologias: nódulo (ou pápula, se for pequeno) – hiperplasia fibrosa inflamatória, fibroma, papiloma _________ “Formular hipóteses diagnósticas significa nominar um grupo de entidades com caracteristicas clinicas comuns”. Aula 04 Exames complementares – Biópsia e Citologia esfoliativa BIÓPSIA: é um procedimento cirúrgico para elucidação de diagnóstico, que se utiliza de manobras cirúrgicas, ou seja, remoção de um tecido vivo para análise macro (avaliação a olho nu) e microscópica (na lâmina). Indicações: todas as lesões da cavidade bucal que necessitem a elucidação de um diagnóstico. - Úlceras que não cicatrizem em até 15 dias (Carcinoma Espinocelular aparece na forma de uma úlcera) - Nódulos associados à prótese - Nódulos e pápulas - Lesões brancas – OBRIGATÓRIO (leucoplasias são lesões potencialmente malignas, podem sofrer transformações malignas) - Doenças infectocontagiosas e relacionadas com o sistema imune - Lesões erosivas/ ulcerativas - Lesões enegrecidas da cavidade bucal - Raízes residuais com presença de lesões (tecido associado) - Lesões intraósseas - Lesões vermelhas, suspeita de Eritoplasia - Determinação histológica de tumor maligno Contra-indicações: de ordem geral – pacientes com problemas sistêmicos como hemofílicos, diabéticos, cardiopatas. Nos casos de processos malignos devemos nos cercar de todas as precauções que cada caso exige e realizar os exames o mais breve possível. - diabético descompensado - hipertenso descompensado adiar a biópsia até que o paciente tenha condições sistêmicas aceitáveis (se possível). - paciente muito nervoso • condições sistêmicas do paciente • casos de Hemangioma ou lesões vasculares – o hemangioma é uma lesão de origem vascular e é nutrido por vasos sanguíneo. Não fazer incisão – mandar pro médico. - alterações onde o diagnóstico é evidente. Biópsia – Classificação: • volume e instrumental: Em relação ao instrumental: 1 – Biópsia com bisturi (mais utilizada, lâmina 15) 2 – Biópsia por Punch (é igual bisturi, só que mais roliço, não precisa fazer incisão). 3 – Biópsia por punção e aspiração (onde tem conteúdo liquido) → tipos de líquidos: ◘ Citrino: indicativo de cistos ◘ Sangue: indicativo de hemangioma ◘ Saliva: Mucocéle ou rânula ◘ Pus: abcesso ◘ “Branca”: cavidade vazia (seringa fica vazia) 4 – Biópsia por congelação (utilizada para lesões de difícil acesso nas quais existem dúvidas no diagnóstico se a lesão é benigna ou maligna, o material é congelado cortado e analisado microscopicamente no centro cirúrgico com o paciente ainda anestesiado, após o resultado, conclui-se a cirurgia). Em relação ao volume – incisional e excisional 1 – Incisional: remove apenas um fragmento da lesão, geralmente lesão de difícil intervenção 2 – Excisional: remove a lesão inteira (lesão única, de pequeno volume, bem localizada, região anatômica de fácil visualização, fácil acesso). Biópsia não é tratamento BIÓPSIA – TECNICA CIRURGICA: - Instrumentais: anestesia, bisturi, descolador, pinça dente de rato, pinça allis, pinças kelly, tesoura, porta- agulha, sugador descartável. • Assepsia • Antissepsia intra e extra oral (tecido) - clorexidina 0,12% • Anestesia – maioria das vezes infiltrativa a distância, a agulha passa por baixo da lesão para a mesma insuflar. A anestesia nunca deve ser feita em cima da lesão, para que o anestésico não interfira no estudo anatomopatológico. • Diérese – incisão semilunar, pois tem uma melhor adaptação das bordas na hora da sutura – melhor cicatrização e reparo. 1º incisão 2º incisão• Exérese – remoção do fragmento • Hemostasia • Síntese – fio de sutura SEDA, de preferencia realizar ponto simples. Cuidados com o fragmento removido: o fragmento é depositado em uma gaze, e depois emergir o mesmo em um frasco de formol a 10%. O frasco deve conter boca larga, com tampa e o volume do fixador deve ser de 10x maior que o volume do fragmento. Relatório ao patologista: deve constar: a identificação do paciente, queixa, duração, resumo da história da doença, descrição da lesão, impressões trans-operatórias, hipótese de diagnóstico. É encaminhado também outros exames complementares como radiografias. Resultado do exame: • Nosológico: patologista da o nome da doença • Descritivo: descreve toda a lâmina. Grande expansão de uma lesão – escolhe área que foge do padrão. São áreas que podem ter mais atividade celular. Prova: qual a melhor região para coleta? Onde tem maior concentração da lesão ou onde está ulcerado. ______________________________________ CITOLOGIA ESFOLIATIVA A NÍVEL EPITELIAL: é um recurso auxiliar! Não fecha diagnóstico. - “Cito”: célula, “Logia”: estudo. - Esfoliativa: a esfoliação é a perda de aderência e coesão celular (processo fisiológico das células) Este exame indica se há alteração celular • utilizado quando o paciente se recusa a fazer biópsia ou não dá pra fazer. Citologia esfoliativa é o estudo microscópico da morfologia celular. Finalidade: detectar presença de células malignas. ◘ exame de triagem de câncer Bases: turnover celular – renovação fisiológica e frequente. → é colhido célula dessa ultima camada Tecido epitelial Critérios celulares (onde a célula passa de um padrão normal, para malignidade, passa por algumas etapas): - perda de relação núcleo-citoplasma - mitoses aumentadas Camada córnea Camada granulosa Camada espinhosa Camada Basal Membrana Basal - vários graus de mutação celular C.E.C tem origem epitelial Classificação de Papanicolau: • Classe 0 – material insuficiente para o exame • Classe I – células normais para a região • Classe II – células normais com presença de algumas atipias para a região (biópsia) • Classe III – suspeita de malignidade (biópsia) • Classe IV – fortemente sugestiva de malignidade (biópsia) • Classe V – malignidade confirmada (biópsia) Possui, como todo exame, uma margem de erro. Fidelidade do exame: - Falso negativo: 5% - Falso positivo: 1,7 % Prova! Vantagens: baixo custo, fácil realização, não tem cirurgia, não tem pós-operatório, menor trauma, não é invasivo, não necessita de anestesia, é um exame de triagem de câncer. Desvantagens: exame que não fecha diagnóstico, é um exame superficial, não fornece classificação morfológica das neoplasias, impossibilidade de avaliar infiltração nos tecidos, evidencia apenas lesões superficiais (prova) Indicações: quando paciente se nega a realizar a biópsia, pacientes descompensados. Contra-indicações: fechar diagnóstico com esse exame Técnica: espátula de ponta romba (24) - passar delicadamente na lesão e depositar na placa de microscopia eletrônica 2 a 3 lâminas Fixador de citologia esfoliativa – líquor de Hoffman: mistura em partes iguais de álcool e éter ou pode ser só álcool 100%. Deixar a Lâmina totalmente imersa. _____________________________________________ TESTE DE SHEED: indica qual a melhor área anatômica para fazer a coleta. Finalidade: utilizado quando precisamos fazer acompanhamento de uma lesão, usado em lesões muito extensas. Proservar lesões extensas. Marca região de maior atividade celular! Utiliza: → azul de toluidina como corante. → ácido acético remove o excesso de corante, deixando evidente a região de maior atividade celular Técnica: passa o corante e depois pede pro paciente fazer bochecho com ácido acético. O azul de toluidina → marca seletivamente grupos ácidos de componentes teciduais (radicais carboxílicos, sulfatos e fosfatos), apresentando afinidade pelo DNA dos núcleos celulares. A intensidade da coloração está na dependência do grau de comprometimento da superfície epitelial. Detecção de: displasias epiteliais, carcinomas in situ precocemente invasivos, na delimitação das margens do epitélio neoplásico. Aula 05 HEMOGRAMA – estuda apenas os elementos figurados. É possível pedir apenas um eritrograma (apenas a série vermelha), um leucograma (apenas série branca) ou apenas contagem de plaquetas. Sangue divide-se em duas partes, plasma e elementos figurados: - Plasma → substâncias orgânicas → proteínas (albumina, globulina e imunoglobulina), hormônio, água, lipídio, vitaminas. → substâncias inorgânicas → sais minerais. - Elementos figurados → hemácias ou eritrócitos, leucócitos (glóbulos brancos), plaquetas (ou trombócitos). • Quais as classificações do sangue? Sistema ABO – o sangue O- é o doador universal, o AB+ é receptor universal. Fator RH – positivo ou negativo. Pancitopenia → “Pan” = todos “Cito” = células e “Penia” = diminuição, ou seja, é quando ocorre uma diminuição de todas as células. ERITROGRAMA (apenas sobre a parte vermelha do sangue) 1 – Hemácias (número): • Aumentada – poliglobulia (aspectos clínicos: mucosa mais avermelhada) Porque aumenta o numero de hemácias? Pessoas que moram em altas altitudes possuem poliglobulia, pois, por conta do ar rarefeito, o organismo deles produzem mais hemácias para compensar a baixa quantidade de oxigênio. Mulheres que estão em pré-parto, o organismo precisa de maior oxigenação. • Diminuída – anemia (aspectos clínicos: palidez) Quais as causas da anemia? Desnutrição, hemorragia, patologias medulares (sangue é formado na medula óssea) Anemia ferropriva – falta de ferro Anemia falciforme – mudança na morfologia das hemácias. Normalmente uma hemácia tem formato bicôncavo. VCM – Volume corpuscular médio (saber se a hemácia está grande ou pequena): • Microcitose – hemácias pequenas • Macrocitose – hemácias grandes • Anisocitose – conjunto de células de diferentes tamanhos. Porque o sangue é vermelho? Por que dentro da hemácia temos a hemoglobina, e dentro da hemoglobina temos o ferro que possui quatro radicais. O sangue arterial possui mais oxigênio, oxida o ferro (o ferro se liga ao oxigênio), por isso o sangue é mais vermelho. O oxigênio vai até a célula, e está pega uma molécula de oxigênio e devolve uma de gás carbônico, então o que era oxihemoglobina, vira carbohemoglobina. O sangue arterial é rico é oxigênio, possui mais oxihemoglobina (cor mais vermelha). O sangue venoso é rico em CO2, possui mais carbohemoglobina (cor azulada). Porque a célula precisa de oxigênio? Porque a célula precisa de energia. As mitocôndrias são as “fabricas” de energia das células, para produzir energia, é necessário a realização do ciclo de Krebs, onde ocorre a transformação de ATP (trifosfato de adenosina) em ADP (difosfato de adenosina), e cada vez que isso ocorre, solta energia. Sem oxigênio → células do coração e do cérebro param de fabricar energia. 2 – Hemoglobina (número): • Hiperglobulinemia – aumento do numero de hemoglobina (mucosa mais avermelhada) • Hipogloblunimemia – diminuição do numero de hemoglobina (palidez) 3 – Hematócrito: porcentagem de glóbulos vermelhos sobre o volume total. • Alta: paciente com desidratação (hematócrito aumentado, existe maior porcentagem de glóbulos vermelhos do que de plasma) • Baixa: hemorragia, pois o coração tem que bombear um volume mínimo de sangue, em média de 5 a 6 litros, se há pouco volume de sangue, ocoração tem dificuldade para bombear. Então o organismo, para manter o volume mínimo circulante, coloca mais água no sangue. Deste modo, teremos mais plasma do que glóbulos vermelhos. 4 – Hemossegmentação ou eritrosegmentação: pode estar aumentado (em pacientes que vivem em locais de alta temperatura, mulheres em pré-parto, pós-cirúrgico) ou diminuído. Não usa mais, há uma discussão se isto é válido ou não. LEUCOGRAMA: Granulócitos: neutrófilos (maior número, + de 60%), eosinófilos e basófilos. Agranulócitos: linfócitos e monócitos. 1 – Neutrófilos: serve para combater bactérias • Neutrofilia: aumento do numero de neutrófilos – infecção bacteriana • Neutropenia: diminuição do número de neutrófilos – imunidade diminuída, principalmente por Corticoterapia OBS: toda vez que há uma leucocitose, temos uma Neutrofilia, pois o neutrófilo é a célula em maior número. Ciclo de maturação dos neutrófilos: Nós temos circulante no sangue, os neutrófilos em bastonetes e segmentados, pois estão mais preparados para combater as bactérias. Porém, se houver neutrófilos metamielócitos, ocorreu um desvio para a esquerda, o que significa que há uma infecção aguda ou crônica grave, onde o organismo está mandando todas as células possíveis, até as “despreparadas”, manda quem tem disponível. O desvio a esquerda é visível no hemograma. 2 – Eosinófilos: responsáveis por reações alérgicas • Eosinofilia: aumento – pacientes que possuem asma, bronquite, alergia medicamentosa. Tratamento: anti-histamínico, corticoide. • Eosinopenia: diminuição – tratamento: corticoide. 3 – Basófilos: • Basofilia: número aumentado de basófilos. Em casos de infecção, geralmente vermes. não existe basotopenia, pois é normal não ter basófilos circulantes. 4 – Linfócitos: responsáveis pela imunidade. Infecções virais! • Linfocitose: aumentado • Linfocitopenia: diminuído Linfócitos B (baço dependente) – reconhecem material antigênico e produzem anticorpos Linfócitos T (timo dependente) – auxiliares: diferenciação e proliferação celular supressores: regulam os T auxiliares. citotóxicos: destroem células com antígenos diferentes. Vírus do HIV → Quando o vírus entra no organismo, ele manda vários linfócitos para combatê-lo, porém, ele se replica utilizando o DNA ou RNA dos linfócitos, então o vírus já invade estas células. Ou seja, é uma Linfocitose inútil, pois o vírus está usando estes linfócitos em seu beneficio, e não sendo destruído por ele. Para saber o grau de infecção do HIV – relação T4 e T8, especificamente. Elisa → não vê o vírus da AIDS, e sim o anticorpo, anti-HIV. É um exame de triagem, se der positivo, ai realiza-se outros exames. Se não for o vírus do HIV, os linfócitos combatem. 5 – Monócitos: são os “lixeiros”, eles aparecem em finais de infecção. • Monocitose: aumentado (infecções crônicas) • Monocitopenia: diminuído. 6 – Trombócitos – plaquetas • Trombocitose: mulheres em pré-parto, pré-menstrual, pós-cirúrgico. • Plaquetopenia ou trombocitopenia: 150 mil – está um pouco abaixo, mas dá pra operar. Com 100 mil, ver a urgência da cirurgia... E com 70 mil, não faz procedimento. AAS – não é um anticoagulante, e sim um anti-agregante! Evita a formação de trombos, então não precisa pedir pro paciente parar de tomar. ______________________________________________________________________________ SEMIOTÉCNICA DOS LINFONODOS Sistema linfático → a linfa corre por todo corpo Funções da linfa: drena o fluído não reabsorvido na porção venosa do capilar. Defesa (gânglios linfáticos ou linfonodos). Ajuda no retorno venoso, por exemplo, o sangue que está no dedo do pé, e precisa voltar para o coração, porém é mais difícil, então o sistema linfático ajuda a drenar um pouco do liquido do sangue pra ajuda-lo a retornar. Coração → bombeia sangue Vaso linfático → faz a linfa correr pelo corpo Vaso linfático: Linfonodo Os vasos linfáticos estão sempre do lado de músculos, quando eles tencionam, se mexem, apertam os vasos linfáticos, as valvas fecham e vão empurrando a linfa. Como o sistema linfático age no sistema imunológico? 1º Os linfonodos agem como um filtro, filtrando bactérias, retendo corpos estranhos e microorganismos. 2º Atuam na produção dos linfócitos Todo vaso linfático passa por uma cadeia de linfonodos, dentro dele tem um tecido que filtra, retém corpos estranhos. - Tamanho de um linfonodo: 2 a 3 mm - Formato de um linfonodo: lentililiforme (achatado) - Terminações nervosas: ficam na cápsula dos linfonodos (normalmente não são palpáveis, são macios) Linfonodos inflamatórios: aumenta de volume (incha), consistente a palpação, dolorido a palpação (palpa a terminação nervosa), é móvel, fugaz e de superfície lisa. Valva s Linfonodo com características tumorais: tumor – libera células – célula maligna para no linfonodo – começa a se duplicar - aumento de volume, muito consistente a palpação, superfície rugosa ou nodosa e é fixo (pois se adere aos tecidos adjacentes), é indolor a palpação (pois não palpa mais a terminação nervosa, ela está no meio do conjunto). Cadeias ganglionares: submandibular, submentoniana, pré e retro auricular, cervical – superficial, a média e profunda (acompanha o músculo esternocleidomastóide). Existem 12, 20 até 30 linfonodos em cada cadeia. De onde vem a linfa que é drenada na cadeia submandibular? Praticamente de toda a cavidade bucal (mais extensa de todas): assoalho de seio maxilar, assoalho de cavidade piriforme (nariz), todos os dentes da arcada superior, toda mucosa jugal, 2/3 posteriores da língua, assoalho de boca (com exceção da região mediana), dentes posteriores inferiores (PM pra trás), lábio inferior com exceção do 1/3 mediano, porção visível da orofaringe, arcos amidalianos. • Quando tem resfriado, dor de garganta (faringite), os linfonodos inflamatórios aparecem. De onde vem a linfa que é drenada na cadeia submentoniana? 1/3 anterior da língua, incisivos e caninos inferiores, 1/3 inferior da língua, 1/3 médio da língua, 1/3 mediano do lábio inferior, ápice da língua, região central de assoalho de boca, pele da região mentoniana, 1/3 médio do assoalho de boca. De onde vem a linfa que é drenada das cadeias pré-auricular? Lóbulo da orelha, trágus, todo pavilhão auricular externo, região parotidea. E retro auricular: couro cabeludo. _____________________________________________________________________________ ANATOMIA DA CAVIDADE BUCAL: mento, linha mento lábio, epitélio do lábio, semimucosa labial, vermelhão do lábio, linha úmida do lábio, mucosa labial, freio labial, gengiva inserida, gengiva livre por vestibular, gengiva livre por lingual, gengiva inserida por lingual, freio lingual, dorso da língua, ápice da língua ou 1/3 anterior, 1/3 médio, 1/3 posterior ou região de V lingual (formada pelas papilas circunvaladas), porção visível da orofaringe, úvula, palato mole, linha hamular, palato duro, região de rugosidades palatinas, região de fossa palatina, gengiva inserida por palatina, gengiva livre por palatina, gengiva livre por vestibular, gengiva inserida por vestibular, freio labial, mucosa labial, linha úmida do lábio superior, vermelhão do lábio, semimucosa do lábio, filtro, septo internasal, ápice nasal. Região mentoniana até a asa do nariz: região mentoniana, mucosa labial inferior, região de fundo de sulco, gengiva alveolar, gengiva inserida, gengiva livre por vestibular, assoalho de boca, carúnculas, língua, vai até as rugosidades palatinas (não tem fossa incisiva, pois estamos nalateral), região de canino e pré molar, gengiva inserida, gengiva livre por palatina, gengiva livre e inserida por V, gengiva alveolar, região de fundo de sulco ou região infraorbitária. De orelha a orelha: lóbulo da orelha, pré-auricular (mais pra cima), parotidea (mais pra baixo), região geniana ou de osso zigomático (indo mais pra frente), região retro comissural (pra baixo da região geniana) até chegar a comissura, epitélio e mucosa da comissura, região de carúncula, mucosa jugal na região de trígono, no rebordo alveolar – o próprio trígono retro-molar, pilar amidaliano ou arco amidaliano, porção visível da orofaringe. Aula 06 LESÕES ESCURECIDAS DA CAVIDADE BUCAL Patologias que aparecem escurecidas, a maioria aparece como uma mancha. As lesões escurecidas da cavidade bucal apresentam diferentes tecidos adjacentes devido ao: • Denso acúmulo de melanina (por ex. produção em excesso) • Material estranho pigmentado (corpo estranho levado a região) • Aumento da visibilidade dos vasos (distúrbio vascular, distúrbio da forma anatômica). A etiologia das lesões escurecidas está associada aos fatores fisiológicos (ex. aumento da na produção de melanina) externos (depósito de algo na mucosa) e sistêmicos (por ex. alteração no vaso) . • Fatores endógenos: deposição de hemoglobina, hemosiderina e melanina. • Fatores exógenos: depositados traumaticamente na submucosa ou ingerido e absorvidos e distribuídos hematologicamente para serem precipitados no tecido conjuntivo. ◘ Se por origem sanguínea, referem-se ao aumento do suprimento sanguíneo no local dos capilares ou pela proliferação dos tecidos vasculares (do tecido endotelial, que reveste o vaso, elas sendo estimuladas, pode provocar uma lesão escurecida). Lesões de origem vascular variam de tonalidade, vão de um vermelho mais vivo até coloração arroxeada. Este é um fator de origem interna. ◘ A melanina é um pigmento granular endógeno variando de coloração, sintetizada nos melanócitos. Distúrbios relacionado com essa síntese e produção apresentam diferentes etiologias. Coloração varia de castanho claro a um castanho mais escuro, ou acinzentada, ou mais enegrecida. VARIAÇÕES DE NORMALIDADE ESCURECIDAS: Varicosidades linguais, pigmentação racial melânica, efélides, língua negra pilosa. Efélides → aumento da síntese de melanina pelos melanócitos na camada basal. Manchas de coloração acastanhadas que variam de 2 a 4mm. Está presente na pele e não na mucosa (conhecidas como sardas) ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS: • MELANOSE POR DROGAS (pigmentação por drogas): induzidas pelo uso frequente de drogas que estimulam a produção de melanina. Tais drogas podem ser: antivirais, antimaláricos, imunossupressores (pacientes que fazem tratamento de AIDS, ex. AZT). Importante na Anamnese saber os antecedentes mórbidos do paciente. Apresenta manchas acastanhadas. Não é potencialmente maligna • MELANOSE DO FUMANTE: Definição: relacionada a componentes do tabaco que estimulam a produção de melanina. Local: Predileção pela mucosa gengival vestibular (maior contato com a fumaça). Aspectos clínicos: aparece na forma de uma mancha ou manchas múltiplas de superfície integra assintomática e que varia de uma coloração mais acastanhada a mais enegrecida. Nicotina e benzopirenos aumentam a atividade de produção de melanina, extremamente relacionados. Não é potencialmente maligna • MÁCULA MELANÓTICA: Definição: representa aumento na síntese de melanina sem aumento dos melanócitos. Etiologia: desconhecida. Aspectos clínicos: apresenta-se como uma única lesão que varia de coloração, não ultrapassando 7mm de diâmetro. Não tem haver com raça, não se sabe por que aparece. Local: mais incidente no vermelhão dos lábios. Não é potencialmente maligna • HEMANGIOMA: Definição: Considerado uma neoplasia benigna de vasos sanguíneos (proliferação de vasos, do endotélio), com dilatação das artérias e veias. Bastante comum. Temos dois tipos: → Congênitos: referem-se à morfogênese dos vasos na vida intrauterina, má formação de vasos. → Adquirido: aparece durante a vida do paciente. Neste, o cirurgião dentista pode atuar. O hemangioma adquirido tem uma classificação: Classificação – refere-se a diferença de diâmetro do vaso em questão: → Capilar: quando há um pequeno vaso envolvido (C.D. pode atuar) → Cavernoso: quando há um grande vaso envolvido (C.D. não atua, pois paciente pode ter hemorragia) Manobras de semiotécnica: inspeção, palpação e diáscopia (se for mesmo hemangioma, vai ter isquemia na área) – só isquemia se for de origem vascular! Exames complementares: ◘ Para grandes lesões – arteriografia ou ressonância magnética (injetado contraste, e este percorre toda a veia ou artéria que nutre o hemangioma até chegar a veia ou artéria principal) usa pra descobrir se está sendo nutrido por um grande vaso ou não. ◘ Pequenas lesões – diagnóstico apenas clinico (diáscopia fecha diagnóstico), faz fotografias. Porque as vezes ele é tão pequeno que não dá pra remover material pro exame anatomopatológico. Caracteristicas clinicas: mancha, vesícula ou bolha (se tiver dilatado) de superfície lisa, integra e brilhante e sua coloração varia de vermelho a arroxeado (origem vascular!!). Origem: pode ter sido um trauma que levou o vaso a se dilatar. Tratamento: esclerose química da lesão. Utiliza: ethamolin, anestésico e seringa de insulina. Coloca o ethamolin e o anestésico em partes iguais na seringa, insere dentro do vaso e aspira – se vir sangue significa que realmente está dentro do vaso, então injeta a substância. A quantidade depende do tamanho do hemangioma, às vezes precisa de três ou quatro aplicações. Remove se tiver em área de trauma!!! (a não ser que paciente se negue). Após a aplicação, não desaparece de imediato... depois de mais ou menos uma semana a lesão vai sumir. Diagnóstico diferencial: equimose, nevus, tatuagem por amalgama, sarcoma de kaposi. Não é potencialmente maligna. • TATUAGEM POR AMALGAMA – fator exógeno: Definição: é uma condição iatrogênica provocada pela introdução do amalgama no interior dos tecidos. A prata existente dentro do amalgama mancha as fibras reticulares do tecido conjuntivo. Em situações de retro obturações de canais radiculares, restaurações, coloração cinza-ardósia (mancha escurecida) Caracteristicas clinicas: mancha escurecida que varia de nuances cinza a cinza escuro, assintomática e de superfície integra. Pode aparecer no RX periapical, de forma radiopaca! Exames complementares: biópsia Manobra de semiotécnica: inspeção, palpação e diáscopia ou vitropressão. Tratamento: excisão cirúrgica da lesão. • NEVO PIGMENTADO OU NEVUS (naevus = marca de nascença) LESÃO POTENCIALMENTE MALIGNA - pode se malignizar em seu curso clinico Definição: composto por células névicas, é caracterizado por uma proliferação de células oriundas da crista neural que migram para a epiderme durante o desenvolvimento, que são as células névicas. Classificação histológica: depende da localização da célula histológica 1 – Nevo intradérmico: se a célula névica tiver alojada só no tecido conjuntivo 2 – Nevo juncional: se a célula névica tiver alojada na camada basal do tecido epitelial 3 – Nevo composto: se a célula névica tiver alojada no tecido epitelial e no tecido conjuntivo ao mesmo tempo. Nevo intradérmico Nevo Juncional Nevo composto Mudanças clinicas (se estiver evoluindo, já malignizou): sangramentos espontâneos, ardência local, discreto aumento de tamanho. → Intradérmico: 64 a 80% → Composto: 6 a 7%→ Juncional: 1% raros Local: mais comuns em mucosa palatina, fundo de sulco e mucosa jugal. O nevo que demonstra maior atividade é o juncional, tem considerável tendência de se malignizar. Pois ele está na área de maior atividade celular. Nevo juncional → malignização → melanoma → mudanças clinicas. O melanoma é extremamente raro, porém é muito agressivo e tem potencial de metástase. Exame clinico: durante o exame físico, realizar manobras de semiotécnica. Melanoma tem predileção pela mucosa palatina. Caracteristicas clinicas: mancha enegrecida, acastanhada. Rápida progressão clinica, pode levar o paciente a óbito rapidamente. Manobra de semiotécnica: inspeção, palpação e vitropressão ou diáscopia. Tratamento Nevo: excisão cirúrgica. Se estiver com características malignas, remover com margem de segurança. Etiologia: não se sabe ao certo. Toda lesão escurecida da cavidade bucal deve ser removida. • SARCOMA DE KAPOSI (HHV8 – HERPES VIRUS HUMANO TIPO 8) – Neoplasia branda Definição: proliferação de células de origem endotelial Etiologia: viral Agente etiológico: herpes vírus humano do tipo 8 Extremamente associado a pacientes com grandes problemas de imunossupressão (ex. pacientes com HIV) Caracteristicas clínicas: lesões em mucosas e pele (lesões de maior tamanho). Na pele aparece na forma de manchas de coloração avermelhada com predileção de dorso nasal. Origem vascular – membros inferiores. Lesão pouco agressiva. Aspecto clinico: Na cavidade bucal, aparece como uma mancha vermelha semelhante ao hemangioma. Tratamento: Quando é na pele, o dermatologista que realiza o tratamento. Na boca, o tratamento é feito a nível hospitalar com intérferon, injeção desta substancia dentro da lesão para promover uma diminuição do seu tamanho, utiliza seringa de insulina, aplica até a lesão desaparecer. Exame complementar: biópsia incisional. • LINFANGIOMA – não é uma patologia propriamente dita, é um distúrbio de desenvolvimento: Definição: é uma neoplasia benigna de vasos linfáticos, considerada um distúrbio de desenvolvimento. Originário de restos de vasos linfáticos oriundo no processo de formação desses vasos (ainda durante a vida intrauterina). O 1/3 posterior da língua, região de amidalas, arcos amidalianos são regiões onde temos maior concentração de cadeias linfáticas, é a primeira porta de defesa do organismo. Caracteristicas clinicas: é um nódulo de coloração avermelhada, arroxeada, aparece na época do nascimento e com o passar do tempo ele diminui de tamanho até ficar imperceptível. Localização: geralmente no 1/3 posterior da língua no dorso lingual, pode resultar em sensação de macroglossia – desconforto Tratamento: esperar regressão, proservando. Pode remover cirurgicamente, porém é um pouco contraindicado por causa da circulação linfática... Porém pode fazer se ele estiver aumentado e incomodando muito. Diagnóstico diferencial: hiperplasia fibrosa inflamatória, granuloma (por ser um aumento tecidual). ___________________________________________________________________________________ DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DAS LESÕES BRANCAS DA CAVIDADE BUCAL Definição: lesão fundamental – placa Classificação: espessamento epitelial, lesões superficiais, alterações de cor da submucosa. Lesões brancas → pois o tecido epitelial não é vascularizado, apenas o conjuntivo, e a maioria de suas células são os queratinócitos, então se ocorre o espessamento da camada córnea, será de cor branca. • Superficiais: caracteriza-se por apresentar deposição de material em sua superfície. ◘ Apresenta-se com aspecto opaco e rugoso. ◘ Manobra de semiotécnica: raspagem – ver se cede ou não. ◘ Normalmente cede a raspagem!! ◘ Lesões: candidíase pseudomembranosa, queimadura química, úlceras em cicatrização ou que tenha processo necrótico (pseudoplaca, placa falsa). • CANDIDÍASE PSEUDOMEMBRANOSA: Etiologia: fúngica Agente etiológico: cândida albicans Aspectos clínicos: recoberta por falsa placa branca que cede a raspagem. Aspecto rugoso, opaco, semelhante a nata de leite. Embaixo de cada pseudoplaca tem uma área erosiva, própria da candidíase. Diagnóstico diferencial: leucoplasia, hiperqueratose, líquen plano Tratamento: a base de antifúngicos. Pode pedir para o paciente fazer bochecho, passar antifúngico na prótese, tomar suspensão oral, passar pomada, comprimido, comprimido semanal, etc. Locais: mucosa palatina, mucosa jugal, mucosa retro comissural, língua, etc. A cândida albicans vive em equilíbrio, pois faz parte da microbiota, só manifesta exercendo ação patógena, se houver algum desequilíbrio na mucosa bucal, como diabetes, pacientes tratados com radioterapia e quimioterapia, presença de hipossalivação, etc. E fatores locais, por exemplo, paciente que usa prótese total mal higienizada. É um marcador de progressão da doença AIDS. Quando paciente que faz o uso do coquetel regularmente, e apresenta candidíase, é porque a imunidade está extremamente baixa, significa que o remédio não está servindo, precisa trocar. Pacientes oncológicos que fizeram radioterapia e quimioterapia, por conta de xerostomia e queda de resistência, eles são mais propensos a ter candidíase pseudomembranosa. • Alterações de submucosa: há diminuição da vascularização periférica, pela presença de mais fibras colágenas, tentando reparar a região. A vascularização do tecido conjuntivo da mucosa é substituída por um tecido menos vascularizado. Ocorre geralmente em processos cicatriciais, de reparação, geralmente em ulceras muito profundas. → Grânulos de fordyce, cicatrizes, fibrose na submucosa, úlceras profundas. Manobra de semiotécnica: raspagem – ceder ou não. • Espessamento epitelial: maioria das lesões. Geralmente não cede a raspagem ◘ Caracteriza-se pela deposição de queratina ◘ A queratina adicional produz aparência opaca ao invés de translucidez ◘ Manobra de semiotécnica: inspeção, palpação e raspagem (ver se cede) ◘ Lesões: hiperqueratose, leucoplasia, Queilite Actinica, líquen plano, nevo branco esponjoso, Leucoedema, candidíase hiperplásica, mucosa mordiscada. • HIPERQUERATOSE Etiologia: é a resposta do epitélio a fatores irritativos contínuos de baixa intensidade e longa duração. Ex. utilização de próteses mal adaptadas, gerando trauma – estimula o epitélio a se espessar, formando uma placa esbranquiçada Caracteristicas clinicas: placa branca que não cede a raspagem, assintomática e que dá para relacionar causa e efeito. Observar se existe trauma local, precisa procurar qual a causa que promoveu o aparecimento da placa branca. Exames complementares: biópsia incisional ou excisional Tratamento: remover cirúrgica da placa e remover o trauma. Também pode: Identificação do trauma → remoção do trauma → Proservar por 15 dias e esperar a regressão total ou parcial. Se regredir, é hiperqueratose. Ás vezes não some completamente, então remove o resto cirurgicamente. Mas sempre tratar a causa! Por exemplo, se for a prótese, precisa trocar ela. Se o paciente se negar a remover a prótese (se ela for a causa do trauma), pode reembasar a prótese com uma resina SOFT (macia), mais resiliente, então pode utilizar por 20 ou 30 dias no máximo, isto serve para aliviar a região do trauma. Como fazer: - Deixar a região áspera com uma maxi ou minicute - Pode fazer pequenas retenções (buraquinhos) - Preparar a resina e aplicar na área chapeável da prótese e levar em posição na boca do paciente - Remove os excessos com uma lâmina de bisturi - Isto promoverá alivio na região que está sendo traumatizada, então aguarda pra ver se a placa regride. Diagnóstico diferencial: leucoplasias, líquen plano• LEUCOPLASIA: (“leuco” é branco, e “plasia” é crescimento) segundo a OMS – “placa branca não removível a raspagem e que não pode ser classificada clinica ou patologicamente como outra enfermidade” Atualmente é utilizado o termo: É considerada uma lesão potencialmente maligna – 1 a 6% - população em geral. Se não houver fatores genéticos, nem fumo e nem álcool, ela não sofre transformações malignas. Se for maligna, haverá Displasia epitelial (variações celulares anormais no processo de multiplicação das células do tecido epitelial). Etiologia: desconhecida, multifatorial, porém sabe-se que está diretamente relacionada a tabagistas crônicos associados ao etilismo e também fatores genéticos (predisposição genética). - Álcool associado ao fumo: 80% de probabilidade - Atuam em sinergismo. O álcool promove uma desidratação da mucosa, deixando-a mais susceptível a trauma. - É 6 vezes mais comum em fumantes do que em não fumantes. A principal característica entre as leucoplasias e outras placas brancas bucais é a presença de displasia epitelial – a camada basal do tecido epitelial é a área de maior atividade celular, de maior replicação (pois a camada córnea é renovada fisiologicamente, e as células que vão pra lá, são produzidas na camada basal), ou seja, é a área de maior propensão para que ocorra um erro de divisão celular. Então, por exemplo, o paciente fuma muito e é etilista, então, os agentes carcinógenos que atuam no tecido podem alterar alguma divisão celular, então as células modificadas começam a se replicar, produzindo mais células modificadas – padrão de maturação celular patológico, misturado. A arquitetura do tecido epitelial acaba ficando completamente comprometida pois houve mutação nas células, gerando a displasia epitelial. Classificação das displasias epiteliais: • Leve (bem no inicio) • Moderada • Severa (todo o tecido afetado) Estas células alteradas levam a formação do câncer! A displasia é o primeiro passo para evolução de um carcinoma. Displasia epitelial: atipias celulares, aumento de mitoses, desequilíbrio núcleo-citoplasma, queratinização celular. Leucoplasia → (agentes agindo – fumo e álcool principalmente) então evolui para → displasia epitelial → que pode evoluir para → carcinoma Espinocelular ou carcinoma epidermóide. Muitas vezes a displasia epitelial é vista apenas por microscopia eletrônica. Tratamento: excisão cirúrgica, remove com margem de segurança. Se o paciente é fumante, observar principalmente vermelhão dos lábios, mucosa labial! Aspecto clinico: placa branca que não cede a raspagem. Porém... Temos 2 tipos de leucoplasias: ◘ leucoplasia homogênea: placa branca uniforme, bem delimitada ◘ leucoplasia não homogênea ou heterogênea: possui áreas nodulares, verrucosas e eritoplásicas (avermelhadas, erosivas), com maior frequência de transformações malignas, com semelhança clinica ao líquen plano (leucoplasia verrucosa proliferativa). AULA 07 – SEMIOLOGIA ÓSSEA – PROF SÉRGIO Introdução: Qual é a finalidade do osso? A principal é ser um depósito de cálcio. E ele é um depósito de cálcio de fácil acesso. A cada décimo de milímetros de osso, existe um vaso sanguíneo. E pra que serve o cálcio? Para as contrações musculares, impulsos nervosos, para manter a calcemia (concentração ideal de cálcio no sangue). Se faltar cálcio o coração não bate, não tem impulsos nervosos, ele é importantíssimo. Células ósseas: osteócitos (osteoblasto velho) osteoblastos (forma osso) e osteoclastos (reabsorve osso) Quando há falta de cálcio no sangue: o sangue passa pelo hipotálamo, e se a calcemia estiver baixa ele irá detectar, então ele estimula as paratireoides a produzirem paratormônio → estimula os osteoclastos a trabalharem → osteoclastos reabsorvem o osso → removem o cálcio do osso e mandam para o sangue, e a calcemia volta a normalidade. E se for excesso de cálcio no sangue: O sangue passa pelo hipotálamo → ele estimula as células C que estão nas paratireoides a produzirem calcitonina, esta estimula os osteoblastos a trabalharem, e estes removem o cálcio do sangue e colocam no osso. Do que depende o metabolismo ósseo? O osso tem um enorme metabolismo, em até oito anos todas as células do nosso esqueleto ósseo são substituídos. O metabolismo depende de: ◘ Duplo controle hormonal ◘ Forças de pressão (reabsorção) e tração (neoformação). – base do tratamento ortodôntico. ◘ Função – o osso se molda de acordo com a função E pra que serve o ligamento periodontal? As fibras do ligamento transformam pressão em tração. Tem mais osso na lamina dura porque tem tração o tempo todo! Porque quando perde o dente reabsorve o osso? Porque não existe mais as fibras do ligamento periodontal e porque o organismo não irá gastar energia com algo que não tem mais função. Qual parte do nosso organismo absorve o cálcio? O intestino grosso. Uma das finalidades dos rins é a retenção de cálcio. Alimentos que são fontes de cálcio: laticínios, sardinha, folhas verde escuras. A mulher grávida pode tomar leite desnatado? Sim! Pois terá cálcio. Por onde nós eliminamos mais quantidade de cálcio? Pela urina. __________________________ Semiologia óssea – aula propriamente dita. • Fisiologia, processo diagnóstico e aspecto das lesões. • Células: osteoclastos, osteoblastos e osteócitos. • Matriz extracelular: - Orgânica: colágeno tipo I - Mineral: cálcio, fosfato criando cristais de hidroxiapatita Fosfatase alcalina – é uma enzima fundamental para ter deposição óssea. Como saber a concentração? Exame de dosagem de fosfatase alcalina. TECIDO ÓSSEO: tecido dinâmico (se o osso fosse imutável, não teria osteoporose) que cresce até a idade adulta. • Após o crescimento, ele está em constante remodelação segundo estímulos adequados • Possui sistema de canalículos responsável pela troca de nutrientes e outras moléculas entre o sangue e as células, ou seja, a cada décimo de milímetro temos um vaso que alimenta, coloca cálcio, oxigênio e retira gás carbônico (canais de havers e volkman, eles também podem retirar o cálcio rápido do osso). • Não existe difusão pela matriz, apenas via canalículos. • Tecido epitelial que reveste por dentro e por fora – periósteo reveste externamente e endósteo internamente. MEMBRANAS CONJUNTIVAS DE REVESTIMENTO DE OSSO Endósteo – reveste internamente o osso Periósteo – reveste externamente o osso Canais de havers – revestidos por Endósteo Canais de volkman – revestido por Endósteo Osso tem sistema lamelar – lamelas concêntricas. Por quê? Estão ao redor de um vaso e vivem em relação a esse vaso. PARALELO ENTRE OSSO E CARTILAGEM • O crescimento do tecido ósseo só se dá de forma aposicional (síntese óssea), já a cartilagem pode crescer de forma aposicional e intersticial (como não possui vasos, ela vai se acrescentando). • O tecido ósseo possui um sistema canalicular especifico para nutrição, o cartilaginoso não apresenta, o tecido é alimentado pela própria matriz • O tecido ósseo possui um suprimento vascular direto, o cartilaginoso é avascular. Tecido ósseo Cartilagem Aposicional Aposicional e intersticial Sistema canalicular pra nutrição Não apresenta Suprimento vascular Avascular Do que depende a fisiologia óssea? • Fatores locais: tração, pressão e função. • Fatores sistêmicos: hormônios reguladores do cálcio (paratormônio e calcitonina), hormônios sexuais, fatores de crescimento e citocinas (sistema imune – o osso não precisa ser compacto, ele pode ser oco, no meio do osso temos a medula óssea que produz glóbulos brancos e glóbulos vermelhos, ou seja,
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