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MAPA-INTRODUÇÃO AO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

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	Acadêmico: Daniela Maria Lima Bastos Franco
	R.A.: 19844135
	Curso: Administração
	
	Disciplina: Introdução ao direito público e privado 
AGORA É COM VOCÊ!
Considerando o exposto e os estudos sobre Pessoa Natural e Responsabilidade Civil, responda ao que se pede:
	1. No caso das 28 pessoas, ainda desaparecidas no desastre de Brumadinho, como se dá o término da pessoa natural? Explique como se justifica tal situação perante o ordenamento jurídico.
	 A personalidade inicia com o nascimento com vida e termina com o fim da existência da pessoa natural, ou seja, com a morte, como se observa no artigo 6º do Código Civil (CC). No mesmo artigo é possível observar que no caso em tela, presumir-se-á a morte das pessoas desaparecidas, já que é extremamente provável sua morte, devido às incansáveis buscas e averiguações inexitosas, como dispõe o artigo 7º, I: 
 Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
 Portanto, o término da pessoa natural das pessoas desaparecidas nos desastres ocorrerá com a presunção da morte, após esgotadas todas as buscas e averiguações. Esta morte, depois de reconhecida judicialmente e registrada em registro público, como dispõe o artigo 9º do CC, surtirá os seus efeitos para seus familiares, já que apesar de muitos direitos e deveres se esgotarem com a morte, outros direitos serão transmitidos e, por isso precisam dessa declaração do término da pessoa natural, inclusive para garantir herança, pensões, seguros e indenizações.
	2. A partir dos casos citados, juridicamente, como fica a responsabilidade civil da pessoa jurídica? Ela pode responsabilizar seus empregados? Fundamente sua resposta com base nos estudos sobre Responsabilidade Civil.
	A responsabilidade civil é o dever jurídico de reparar um dano causado. Nos casos em tela, a responsabilidade civil é objetiva, pois o parágrafo único do artigo 927 do Código civil dispõe que: “Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, (…) quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.” Como o dano foi causado por uma empresa autorizada pelo Estado a exercer suas atividades, todos os danos decorrentes do rompimento das barragens deverão ser indenizados pela empresa. Há entendimentos de que alguns funcionários da Vale teriam assumido o risco de produzir o resultado, por terem conhecimento de possíveis falhas, mas de qualquer modo a pessoa jurídica destes casos terá a obrigação de reparar os danos, independentemente de quem é a culpa. 
	3. A Responsabilidade Civil se divide em responsabilidade civil objetiva e subjetiva. Sabendo disso, como se configura tal responsabilidade nos desastres de Mariana e Brumadinho? Justifique sua resposta, abordando juridicamente em que situações se aplica tal teoria.
	A responsabilidade civil é objetiva, tendo em vista que não é necessária a comprovação da culpa para gerar o dever de reparar os danos, bastando comprovação da ação, omissão, dano e nexo de causalidade. Como em ambas as tragédias ficou evidente um grande dano ambiental às vidas, ao patrimônio e a relação entre o acidente e o causador foi comprovado, há o dever de indenização. Portanto, não é essencial comprovar a culpa por parte de algum agente, pois todos os demais fatos, juridicamente já estabelecem a responsabilidade objetiva.
No caso da responsabilidade subjetiva será necessária ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, conforme artigo 186 do CC, como no caso de um acidente de trânsito onde o motorista foi imprudente e acabou colidindo com outro veículo. Esta seria a responsabilidade dos empregados que estavam em tese, cientes das falhas, caso sejam considerados culpados, pois foram negligentes com as informações e não tomaram as precauções necessárias.
	4. Hipoteticamente, considere duas situações: a) você é familiar de uma das vítimas e; b) você é representante legal da empresa em questão. A partir disso, se posicione em cada situação, apresentando possíveis decisões que você tomaria em relação ao caso.
	Familiar: Entraria com ação judicial contra a empresa requerendo indenização pelos danos materiais pelos bens perdidos, bem como danos morais decorrente de todo o sofrimento causado material e psicologicamente. Também requereria os lucros cessantes, por não poder estar trabalhando, caso fosse um profissional liberal e pensão, considerando todo prejuízo, principalmente se a vítima fosse o provedor da casa.
 Representante legal da empresa: Particularmente, como representante legal, tentaria amenizar minha responsabilidade, indicando os possíveis responsáveis, como os funcionários que foram cientificados de algumas falhas e não tomaram nenhuma atitude. Entretanto, considerando a responsabilidade objetiva e a obrigação de reparar o dano, tentaria um acordo judicial com as vítimas e apresentaria planos de recuperação ou compensação ambiental. Ademais, realizaria planos de prevenção em outras filiais para que o mesmo desastre não viesse novamente a acontecer.

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