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Aula 4 - MPA (27/08) Na prova ela vai cobrar cálculo de dose, vai pedir para você escolher qual dose irá usar em cada medicamento (e colocar na fórmula). A única coisa que ela vai dar são as informações que contém nos frascos dos medicamentos - a concentração (que também se usa para fazer o cálculo de dose). A medicação pré-anestésica utilizamos em 90% dos pacientes. Ela faz parte do planejamento da anestesia, da avaliação do paciente e do planejamento cirúrgico para escolher a MPA. Para isso, precisamos avaliar a condição do paciente, seu temperamento, o resultado dos exames, qual o tipo de cirurgia será feita, qual medicação irá usar na indução anestésica, qual medicação irá usar na operação, e o que desejo de pós-operatório - que o animal esteja sedado, que recupere tranquilamente e que demore mais para acordar. Ou se desejo que o animal recupere e acorde rapidamente - tudo isso influencia nos medicamentos que iremos escolher no pré-anestésico. MPA - Objetivos: ● Promover sedação, analgesia e relaxamento muscular: Ajuda a reduzir o estresse para conseguir fazer uma indução mais tranquila e segura. Já que em muitos casos, o animal está nervoso e estressado por estar num ambiente diferente, e alguns até são naturalmente bravos. Quando o animal está estressado, fica com pico de adrenalina e catecolaminas, e se fizer um anestésico geral direto deprimirá todo seu sistema, por isso é preciso muito cuidado. ● Potencializar a ação dos anestésicos: para usar menor quantidade de anestésico geral. Se fizer uma cirurgia sem MPA, apenas na indução, usará muito mais propofol do que um animal com MPA que está muito bem sedado. A melhor situação é quando o animal seja anestesiado de uma maneira suave e acorde de uma maneira suave, que nada seja bruto. ● Coibir o 2° estágio da anestesia: Excitação, tosse, vômito ● Promover indução e recuperação suaves ● Diminuir secreções das vias aéreas, salivação: O que é controverso pois a atropina que faz essa função, não utilizamos para esse fim. Existem outras mediações com uma certa ação antiemética mas no pós operatório, muitos animais que passam por anestesia geral tem muita náusea e salivação, pela própria anestesia geral e o MPA não consegue reduzir isso. ● Diminuir reflexos autonômicos e Suprimir ou prevenir o vômito e a regurgitação: Se o animal vomitar quando já estiver sedado, tem chance de aspirar pois o grau de consciência dele já está reduzido. E também, a boca fica suja de vômito dificultando a inserção da sonda até a traquéia. MPA – Requisitos para o anestesista ● Conhecer as características de cada fármaco: pois se aplicar um fármaco que dura meia hora mas o anestesista quer induzir dali a duas horas, não funciona. ● Efeitos no sistema (card/resp/renal): É importante saber se depende do fígado para metabolizar tal fármaco, pois se o animal for hepatopata é contra indicado usar tal medicamento que necessita da metabolização no fígado. ● Latência: precisa saber quanto tempo o fármaco demora para fazer efeito. Se demora por exemplo, 15 minutos para fazer efeito, não adianta aplicar e querer induzir o animal em 5 minutos, precisa esperar fazer o efeito. Caso contrário, o efeito irá acontecer quando o animal já estiver sob anestesia geral e neste caso não saberemos o que está causando o que: a FC reduziu porque induzi ou diminuiu porque começou a fazer o efeito da MPA? ● Duração de ação: para saber planejar o tempo da cirurgia, se precisará reaplicar e se sim, quando. Ou se por exemplo, aplicou o MPA de manhã e quer fazer a cirurgia a tarde: Quando chegar o horário da cirurgia, não adiantará de nada porque o efeito já terá passado. MPA - ESCOLHA ● Estado geral do paciente ● Grau de sedação e analgesia desejada: existem situações de emergência onde não podemos realizar exames para fazer a analgesia ideal para aquele paciente específico. Então utilizamos a medicação mais segura para tentar salvar o paciente. ● Tipo de procedimento cirúrgico: se é procedimento rápido ou longo, doloroso ou não. Tem que pensar conforme a necessidade do paciente e o tipo de cirurgia: se for fazer uma pequena remoção de tumor no rosto onde fará um corte e dois pontos, se pesar no MPA, o animal ficará 5 minutos anestesiado e no pós-operatório vai demorar 2 horas para acordar. ● Fármacos e equipamentos disponíveis: não adianta querer utilizar acepromazina e não ter acepromazina. Tudo isso faz parte do planejamento anestésico! AGENTES ● Anticolinérgicos: atropina, escopolamina (buscopan), glicopirrolato (não tem, interessa mais os outros). Todos esses não são MPA propriamente dita, são usados em situações bem específicas que falaremos mais pra frente. ● Fenotiazínicos: acepromazina (acepran), clorpromazina, prometazina (fenergan - anti). Um tranquilizantes e um anti alérgicos são da mesma classe, então prometazina também tem um nível leve de tranquilização e a acepromazina também pode ter um nível leve de anti histamínico, já que são parentes. Só muda o que cada um tem maior efeito. Por isso que fenergan dá sono. ● Butirofenonas: azaperone. Ele é de eleição para sedar suínos, já que eles não funcionam bem com outros fármacos. ● Agonistas do receptor α2: dexmedetomidina, detomidina, xilazina. ● Benzodiazepínicos: midazolam (droga da verdade), diazepam, clonazepam (que é o rivotril) também faz parte mas ela falou em sala mais por curiosidade esse último. ● Opióides: morfina, meperidina, metadona, butorfanol, tramadol. ATROPINA E ESCOPOLAMINA (ANTICOLINÉRGICO) - EFEITOS Anticolinérgicos nos interessa a atropina e escopolamina. Em cão e gato utiliza a escopolamina em clínica para fazer a via do buscopan, em um animal com gastroenterite ou dor abdominal. Já em anestesio, utiliza a atropina para cão e gato e a maioria das espécies. Só usa a escopolamina em equino já que a atropina diminui a motilidade e por isso é contra indicado. Mecanismo de ação: antagonista competitivo dos receptores colinérgicos muscarínicos (acetilcolina). Tem ação vagolítica – Bloqueiam efeitos do vago. Ou seja, é antagonista competitivo da acetilcolina, que tem a ver com o parassimpático, tendo ação vagolítica (contra o vago, bloqueando os efeitos do nervo vago). Efeitos opostos ao simpático. É um parassimpatolítico! Por isso que se usa colírio de atropina para dilatar pupila. Utiliza atropina hoje para aumentar a frequência cardíaca. Ela era utilizada muito para reduzir secreções (sialorréia), mas ela não reduz a secreção de fato, só deixa mais viscosa (por isso melhora a aparência) e causando isso, aumenta a chance do animal se engasgar. Hoje pode até usar como MPA mas para aumentar a frequência cardíaca no trans-anestésico, ou se fez muito opióide e precisa aumentar a FC, ou se o animal tem algum tipo de arritmia, ela é o tratamento. É uma droga de emergência. ATROPINA - INDICAÇÕES ● Ritmos bradicárdicos (trans-operatório ou preventiva):para aumentar a FC no trans-operatório, ou no caso preventivo se o animal tiver naturalmente FC baixa, ou no caso de parada sinusal (às vezes o coração para mas volta ao normal). Se usar, tomar cuidado luz na retina do animal pois a atropina causa midríase e a luz pode causar lesão de retina. ● BAV: bloqueio atrioventricular, que é um tipo de arritmia (tem vários graus) ● Diminuição secreções: vale a pena aumentar a FC para diminuir secreção? Depende da condição do animal. ATROPINA - EFEITOS ADVERSOS ● Midríase (cuidado com lesão de retina) ● Taquicardia: ICC (tomar cuidado com animais com insuficiência cardíaca congestiva), taquiarritmia (arritmia com FC alta). Se o coração ficar batendo muito rápido, não dá tempo de encher e com isso o débito cardíaco não será bom e a pressão não ficará boa. Se o animal já tiver uma predisposição pode causar arritmia. Só usa quando julgar necessário de fato. ● Obstrução das vias aéreas pois as secreções ficam mais espessas. ● Diminui a motilidade do TGI - equinos não utiliza. ATROPINA - DOSES E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ● Cão e gato: varia de 0,02 / 0,04 mg/kg (no HOVET usam 0,044 mg/kg). A dose faz conforme o grau do paciente. Atropina não faz tão lento, escolheu a dose e faz aquela dose direto já que ela tem um tempo de efeito. Inclusive, no início do efeito, ela pode diminuir um pouco a FC. Num animal que a FC já está baixa e você atropina e a FC diminui ainda mais, o intúito é puxar mais e fazer mais atropina. Mas aí o efeito acaba dobrando quando finalmente der o tempo certo de fazer efeito. É preciso lembrar que ela demora 1 min para começar a fazer efeito e em 5 min chega no efeito máximo (3 min já vê bem o resultado) e por isso precisa esperar o efeito máximo para ver se precisa fazer novamente de fato. ● Suíno: 0,06 - 0,08 mg/kg ● Pequenos ruminantes: 0,7 mg/kg ● Vias de adm: IV (em emergência) / IM (quando quer um efeito em tempo moderado) / SC (a via mais lenta de todas) ● 70% dos coelhos tem presença de atropinase: enzima que quebra atropina, não fazendo efeito. ● Felinos e ratos possuem degradação mais rápida que cães ● Latência: IV - 1 min, 5 min - provoca elevação de 30 - 40% da FC por um período de 30 min Lembrando que latência é o tempo entre a administração até o aparecimento do primeiro efeito Escopolamina: 0,01 - 0,02 mg/kg (utiliza em equinos) - antiespasmódico TRANQUILIZANTES: Dentro dos tranquilizantes temos duas classes (fenotiazínicos e butirofenonas). As duas classes possuem ação a nível cortical e não tem perda de consciência - por serem tranquilizantes. Mecanismo de ação: bloqueio dos receptores de dopamina pré e pós sináptico. FENOTIAZÍNICOS - Para MPA, a mais importante é a acepromazina. ● Acepromazina: dentro dos efeitos dela, é considerado com o melhor efeito tranquilizante. Porém, ela é o que causa mais hipotensão que os outros (por isso seu efeito tranquilizante é melhor) ● Clorpromazina: é melhor efeito antiemético comparando com os outros fenotiazínicos. ● Levomepromazina: tem o melhor efeito anti-histamínico. Mas ainda ainda sim, o anti-histamínico verdadeiro é a prometazina. Lembrar que a acepromazina tem duas apresentações: ou ela é 0,2% ou é 0,1% de concentração, que tem uma diferença ao fazer o cálculo de dose. FENOTIAZÍNICOS - PROMETAZINA: Anti-histamínico verdadeiro. Mecanismo de ação Central: bloqueio dos receptores de dopamina, histamina e serotonina. Periférico: bloqueios α1 - adrenérgico (pode causar hipotensão e vasodilatação) Se utiliza em casos de reações alérgicas durante o trans-anestésico. FENOTIAZÍNICOS - ACEPROMAZINA - VANTAGENS É a que mais utiliza. ● Poder de tranquilização ● Ação antiemética - bloqueia 50% da êmese causada pela morfina (a prof acha pouco, que não vale a pena usar para essa função). Como ela está dentro dos fenotiazínicos ela tem efeito antiemético leve, mas a Clorpromazina é melhor para este fim. ● Efeito anti-histamínico: o que é bom em caso de animais super alérgicos (por ser parente da prometazina) ● Reduz a dose de agentes anestésicos ● Latência: IV de 2 a 3 minutos / IM de 5 a 10 min. Mas lembrando que sempre que faz acepromazina intravenosa, utiliza doses bem menores, de maneira lenta e é bom estar com o animal de preferência monitorado. Porque ela faz uma tranquilização bem rápida e por isso ele pode ter uma hipotensão bem mais evidente. ● Duração de ação: 2 a 3 horas. ACEPROMAZINA - DESVANTAGENS Não se utiliza em paciente chocado, desidratado (que tende a ter hipotensão), que é hipotenso, anêmico ou braquicefálico. ● Vasodilatação periférica (igual prometazina) causando hipotensão e hipotermia. Numa vasodilatação o animal recebe mais sangue nas extremidades e é também onde perde mais calor para o ambiente (deitando em um chão frio, por exemplo) e tem o risco de já entrar na cirurgia hipotérmico dependendo de onde estiver. Por isso, ao fazer a acepromazina na MPA deve-se deixar o animal em uma coberta e não colocar em chão ou mesa fria - cuidados para evitar a perda de temperatura. ● Reduz limiar convulsivo: quando um animal é epiléptico a chance dele convulsionar com acepromazina é maior, já que ela reduz ele limiar. Porém, não se deixa de usar com paciente epiléptico, toma cuidado em quantas vezes convulsiona - não chega a ser um impedimento. ● Paralisia peniana: tomar cuidado com equinos que são garanhões. ● Reduz ação de vasopressores: a acepromazina causa hipotensão e por isso não usa em paciente chocado, desidratado e que tende a hipotensão. Se em um paciente “normal” precisar usar um vasopressor durante a anestesia e tiver usado acepromazina, não tem problema pois não irá anular o efeito do vasopressor, pode até reduzir mas não vê esse efeito tão pronunciado - por não se usar acepran num paciente tão mal assim. ● Esplenomegalia: NÃO PODE USAR QUANDO IRÁ FAZER ESPLENECTOMIA - questão de prova!! (que é a remoção completa ou parcial de baço) Porque a acepromazina causa esplenomegalia - aumenta o tamanho do baço porque sequestra hemácia e a hemoglobina para o baço, então além de causar esplenomegalia, reduz o hematócrito e hemoglobina circulante. Se coletar o sangue do animal para fazer um hematócrito antes de fazer acepran e depois, vai dar diferente. Isso é muito visto principalmente em animal bravo que não consegue coletar sangue, seda, faz acepran e coleta sangue após a cirurgia e acha que está anêmico. Mas não estava anêmico, é porque o sangue foi todo para o baço. Não pode fazer em cirurgia de esplenomegalia pois se vai tirar um baço aumentado, o animal perde mais sangue, sendo uma contra indicação. Animal anêmico também não usa acepromazina!! ● Braquicefálicos: são mais sensíveis a acepromazina e a classe dos fenotiazínicos em geral! Hoje em dia até usa mas em uma dose BEM menor porque os efeitos serão bem mais evidentes. Usa muitas vezes porque tem certos animais loucos que precisa usar… Mas tem que tomar muito cuidado na dose. E falando de qualquer fármaco,animal de porte pequeno precisa usar uma dose maior (metabolismo mais acelerado), e animal de grande porte se usa dose menor (metabolismo mais lento) e por isso em braquicefálicos é complicado o uso de acepromazina. PS: ela vai cobrar mais na prova o que não pode fazer! Ela vai colocar na questão de um animal anêmico ou que vai fazer cirurgia de baço ou que é braquicefálico. Nesses casos não pode colocar acepromazina!!! Por isso em cada fármaco que for estudar, deve lembrar mais o que for contra indicado, no que não pode usar ele. FENOTIAZÍNICOS - ACEPROMAZINA - DOSES ● Cães: 0,02 - 0,05 mg/kg - em livro vai até 0,1 mg/kg mas não utiliza 0,1 mais. Foi provado que a dose de 0,05 até 0,1 mg/kg a sedação é a mesma, apenas aumenta os efeitos adversos. ● Gatos: 0,05 - 0,1 mg/kg - dose maior porque são mais resistentes que cães. ● Equinos: 0,03 - 0,05 mg/kg ● Ruminantes: 0,03 - 0,05 mg/kg ● Não ultrapassar 3 mg totais: pensar nos cães gigantes ● Vias de adm: IV, IM e SC ● Faz protusão de terceira pálpebra - deixa mais proeminente. TRANQUILIZANTES - BUTIROFENONAS ● Esses medicamentos causam poucos efeitos cardiovasculares e respiratórios ● São potentes antieméticos ● Fazem parte da neuroleptoanalgesia (tranquilizante + analgésico), assim como a acepromazina. Então nesse caso, o azaperone ou droperidol juntamente com um opióide, faz a neuroleptoanalgesia. ● Pouco utilizadas: até a professora nunca usou nenhum dos dois medicamentos exemplificados dessa classe. Azaperone: melhor tranquilizante para suínos Dose de 1 a 4 mg/kg IM Droperidol: a dose pode ser adm IV ou IM Cães e gatos: 0,1 a 0,4 mg/kg - duração de 2 a 5 horas SEDATIVOS - ALFA 2 - AGONISTAS (muito utilizados) ● Xilazina: utiliza bastante em equino ● Detomidina: só usa em equino! ● Dexmedetomidina: cão e gato - usado em animais ASA 1 (hígidos) por conta dos efeitos negativos que causa ● Romifidina: não é tão relevante quanto as 3 acima ● Medetomidina: também não é tão relevante quanto as 3 primeiras. ★ Fazem rápida absorção ★ A metabolização é hepática (cuidado com hepatopata) ★ Excreção renal Mecanismo de ação: ★ Alfa 2 agonistas. Fazem estimulação de receptores alfa - adrenérgicos: estimula o receptor alfa 1 (causando vasoconstrição) e o alfa 2 (que faz a inibição da recaptação de NA) ★ Atua diminuindo a liberação de noradrenalina e com isso diminui a atividade simpática. E também tem diminuição de catecolaminas e outros hormônios de estresse. O problema deles é que não conseguem estimular somente o receptor alfa 2, que é o que desejamos para fazer sedação. Eles também estimulam o alfa 1 que faz o efeito de vasoconstrição. Na tabela temos a relação do quanto esses medicamentos conseguem ser específicos para alfa 2 em relação a alfa 1. A xilazina é 160 vezes mais específica, enquanto a Dex é 1620 vezes mais específica… ou seja, a dex é mais segura do que a xilazina (por ser mais específica no receptor alfa 2, que é o que desejamos para causar a sedação). Por isso que em cães e gatos está sendo substituída na prática a xilazina pela dexmedetomidina em MPA, por ser mais segura e por precisar de uma dose muito menor de anestésico geral para fazer a cirurgia, já que com a dexmedetomidina eles ficam muito sedados. Já que os equinos se dão muito bem com alfa 2 e por isso se usa xilazina e detomidina tranquilamente neles. ALFA 2 - AGONISTAS: EFEITOS ● Sedação ● Relaxamento muscular ● Analgesia Visceral Discreta: importante isso pois não dá para fazer uma cirurgia com o alfa 2 agonista por ser uma analgesia DISCRETA. ● Ataxia: sintomas que afetam a coordenação dos movimentos - por ser um sedativo ● Hiperglicemia: porque o alfa 2 agonista pode interferir na liberação de insulina. Isso não é problema para diabético porque o diabético está recebendo externamente a insulina e por interferir na LIBERAÇÃO de insulina e não da ação, não tem problema porque ele recebe de fora. ● Redução da motilidade intestinal: tem uma redução por ser sedativo… mas não é igual a atropina, continua usando em equino independente. ● Prolapso peniano: característica de sedação ● Ptose palpebral: característica de sedação ● Abaixamento de cabeça: característica de sedação. Efeitos Simpatolíticos ● Bradicardia: pelo medicamento causar vasoconstrição, isso faz um aumento da pressão arterial, causando uma bradicardia reflexa porque o coração diminui a FC para tentar diminuir a pressão. ● BAVs - bloqueio atrioventricular: Que é quando aumenta a distância do complexo QRS com a onda T (BAV de 1° grau). Até que começa a ter a onda P sem seguir pelo complexo QRS, significando um BAV de 2° grau e assim por diante. Importa saber que alfa 2 agonistas causam sim BAV e animais que já possuem BAV não podem usar esses medicamentos. Usavam atropina (com efeito parassimpatolítico) como MPA porque ela causa os efeitos opostos dos sedativos, revertendo o efeito negativo do outro. Mas depois viram que a atropina e os alfa 2 agonistas agem de maneiras diferentes. Se o coração está tentando diminuir a FC para baixar a pressão por conta do alfa 2 agonista, estraga esse efeito dando atropina. Só usa atropina junto com os alfa 2 agonistas quando está tendo muita BAV e o coração não está mais dando conta sozinho (normalmente quando o animal já tem algum grau de BAV, mas aí nem seria indicado usar esses medicamentos). ● Inotropismo negativo: diminui a força de contração ● Hipertensão arterial transitória seguida por hipotensão arterial: faz um pico de hipertensão e depois faz hipotensão. Por interferir tanto em pressão arterial, vaso, etc., só se usa esses medicamentos em animais HÍGIDOS, sem problemas com o coração. ● Depressão respiratória ● Salivação ● Pode causar êmese Débito Cardíaco: redução 20 - 30%. Tudo precisa estar bem para o débito sair bom. XILAZINA ● Mais empregado no Brasil ● Efeito sedativo mais prolongado do que o analgésico: tomar cuidado pois muitas vezes o animal está sedado ainda mas o pouco efeito analgésico já passou, precisando adm analgésico. ● Dose 0,2 a 1 mg/kg para cão/gato/cavalo ● 0,03 - 0,1 mg/kg para ruminantes: são extremamente sensíveis aos alfa 2 agonistas Latência: IV - imediata / IM - de 3 a 5 min Duração da ação: 30 a 40 min Efeito: dose-dependente - quanto maior a dose, maior o efeito. DETOMIDINA ● Só empregado em equinos ● Mais potente sedativo e analgésico: utilizar quando precisa sedar melhor o cavalo. Normalmente seda o cavalo com alfa 2 agonista e escolhe se faz xilazina ou detomidina, mas normalmente escolhe a xilazina porque não quer uma sedação imensa. ● Menor ataxia ● Dose: 5 a 20 mcg/kg (IV) / de 10 a 40 mcg/kg (IM) Latência: IV - imediata / IM - 3 a 5 min Duração da ação: 45 a 90 min Efeito: dose-dependente - quanto maior a dose, maior o efeito. ALFA 2 AGONISTAS - ANTAGONISTAS Ioimbina: manipulada ● Reversor mais empregado no Brasil ● Melhor efeito sobre a xilazina ● Pode causar excitação e mioclonia ● Pode causar taquicardia Atipamezole ● Melhor efeito sobre os outros α2-agonistas(puro) ● Menos efeitos colaterais ● Efeito imediato: dependendo da via adm Utiliza esses antagonistas quando seda para contenção, como um raio x que o animal não para quieto, por exemplo. E depois do exame adm o antagonista para o animal acordar e ir embora. Usa bastante também em campanha de castração para diminuir a dose da anestesia geral, e para quando terminar a cirurgia fazer o antagonista para acordar logo o animal e ele poder ir embora para evitar hipotermias no pós. BENZODIAZEPÍNICOS Diazepam Midazolam Zolazepam: vende sempre associado a tiletamina que é um parente da quetamina. Então não consegue ele sozinho, é utilizado também para contenção química não só para MPA pois um anestésico nessa associação fica um anestésico dissociativo. BENZODIAZEPÍNICOS - EFEITOS ● Efeito sedativo ● Hipnótico ● Anticonvulsivante (curta duração): faz na emergência diazepam mas só de imediato, depois usa o tratamento por ter curta duração. ● Amnésia retrógrada ● Miorrelaxante ● Alta ligação às proteínas plasmáticas: o medicamento não faz efeito enquanto estiver ligado às proteínas plasmáticas. Se o benzodiazepínico tem alta afinidade a elas, chega no organismo e se liga e com isso tem pouca forma livre para atuar. Se adm num animal com hipoproteinemia, o benzodiazepínico vai entrar no organismo e não vai ter onde se ligar e por isso fará muito mais ação, necessitando reduzir a dose nesses casos. ● Pode causar excitação paradoxal: invés de dormir causa excitação - em cão e gato é comum. Na indução usa midazolam para fazer um bom relaxamento e se começar a excitar faz propofol. Mas tomar cuidado porque a chance de causar excitação é grande, mas associado com outros medicamentos diminui essas chances. ● Sofre biotransformação pelo citocromo P450: tomar cuidado com gatos! BENZODIAZEPÍNICOS - EFEITOS NO SISTEMA CARDIOVASCULAR ● Promove hipotensão: bem mais leve comparando com a xilazina e acepromazina O efeito hipotensor é menor no Diazepam do que no midazolam. ● Ritmo e FC: não interfere, o que é ótimo ● Débito cardíaco: deixa estável, por isso utiliza em animais doentes. Só não dá para fazer IM porque eles excitam. BENZODIAZEPÍNICOS - EFEITOS RESPIRATÓRIO ● Diminui o volume corrente: o volume de ar que é inspirado ou expirado pelo paciente. Mas não é uma depressão absurda. ● Principalmente na via IV - causa apnéia, por isso deixar tudo pronto para entubar. Se não for entubar, numa situação de raio x, por exemplo, não faz esses medicamentos pois a chance de causar apnéia é maior. ● VC: volume de ar inspirado ou expirado em cada respiração normal Diazepam já foi usado para estimular o gato a se alimentar porque dá fome. Mas hoje em dia existem medicamentos muito melhores para esse fim. BENZODIAZEPÍNICOS - USO EM ANESTESIA Indução da anestesia: pois reduz a dose do anestésico Reduz bastante a dose de anestésico associados com: cetamina, propofol, etomidato O etomidato é um anestésico geral com estabilidade cardiovascular muito boa, para pacientes cardiopatas para induzir é mais indicado. Mas ele sempre tem que ser associado a um benzodiazepínico pois se não, o paciente fica rígido (causa rigidez). BENZODIAZEPÍNICOS - MECANISMO DE AÇÃO Facilita a transmissão GABAérgica: neurotransmissor que é um inibitório do SNC. Se é inibitório, quando tem algo que facilita ele, resulta em sedação. Age diretamente no NT que é inibitório. ● Ele irá fazer os mecanismos inibitório dos sistemas adrenérgicos e noradrenérgicos de alerta e vigília. ● Produz sono semelhante ao fisiológico: como o rivotril. É semelhante mas não tem o descanso que tem o sono fisiológico GABA (ácido gama - aminobutírico): NT inibitório do SNC. BENZODIAZEPÍNICOS - DIAZEPAM ● Dose: 0,1 - 1 mg/kg (IV). Ele é oleoso e por isso não costuma aplicar IM porque dói. Se quiser aplicar IM faz midazolam, que não é oleoso e os dois são parentes. ● Equinos: 0,05 mg/kg - são muito sensíveis e por isso diminui muito a dose ● É metabolizado e se transforma em desmetildiazepam e nordiazepam (metabólitos mais ativos que eles). Meia vida de eliminação: 3 - 6 horas (cão) / 21 horas (gato) ● A eliminação é feita através da conjugação com o ácido glicurônico pela urina (por isso que é problemático no gato) BENZODIAZEPÍNICOS - MIDAZOLAM ● Dose: 0,2 - 0,5 mg/kg (IV / IM) ● Meia vida mais curta - preferência para que o efeito termine junto com o término da cirurgia. ● Causa maior hipnose ● Pode causar hipotensão em doses elevadas BENZODIAZEPÍNICOS - ANTAGONISTA Flumazenil - é caro! Costuma ter mais em zoológico pois silvestres erra mais fácil. Dose: 0,05 mg/kg (IV) Período hábil: 60 min OPIÓIDES ● Morfina ● Metadona ● Tramadol: não se sabe quanto tempo continuará sendo classificado como opióide ● Meperidina ou petidina (mesma coisa) ● Butorfanol ● Fentanil ou fentalina (mesma coisa) ● Codeína ● Civilizações antigas descobriram o ópio da papoula. ● Acreditava-se que promoviam excitação. ● Qualquer espécie animal pode receber opióide: gatos e equinos podem ficar excitados mas mesmo assim não justifica não utilizá-los, é só usar com cautela. ● Amplamente utilizados na MV ● São bons sedativos: além de ser analgésico, tem efeito sedativo. ● Analgésicos potentes ● Baixo custo ● Vários agentes disponíveis: analgesia fraca, forte, que não tem liberação de histamina, que tem sedação mas com analgesia fraca… São diversos os tipos de opióides para as diversas situações. ● Opióides potentes/fortes/melhores analgésicos: morfina, metadona, fentanil ● Opióides fracos/piores analgésicos: meperidina, tramadol, codeína, butorfanol OPIÓIDES Mecanismo de ação: Ligam-se de forma reversível a receptores específicos no SNC e medula espinhal. Quando se ligam a esses receptores vão interferir na nocicepção (mecanismo de reconhecimento da dor), vão interferir na percepção e na liberação de serotonina. OPIÓIDES - Classificação - dependem como agem nos receptores opióides (3 principais) Agonistas (agonista de todos os receptores): morfina, metadona, meperidina, tramadol, codeína, fentanil, remifentanil Agonistas parciais (pode ser agonista parcialmente de um receptor): buprenorfina Agonistas - antagonistas (em alguns receptores de opióide vão ser agonistas e em outros vão ser antagonistas): butorfanol e nalbufina Antagonistas (reverter todos os efeitos dos opióides): naloxona O antagonista usa em caso de overdose ou se errou a dose. Receptores: MI, Kappa e Delta. O receptor MI é o único que tem analgesica supra espinhal, os outros a analgesia é apenas espinhal. Com isso, o MI tem poder analgésico bem importante. Por isso um opióide que antagonista o MI quando quer analgesia, não é bom. O butorfanol é agonista Kappa, que é bom sedativo (principalmente para sedar em coleta de sangue para bolsa). Só que o problema é que ele é antagonista MI, em uma coleta de sangue não tem problema porque o animal não está com dor, não precisa de analgésico. Se for num caso que o animal estiver com dor, não usa o butorfanol pois o tempo que ele estiver agindo, nenhum opióide vai agir no receptor MI(vai ficar indisponível). E se usar a naloxona para reverter o caso, ele deixa todos os outros receptores opióides disponíveis. Se usa a naloxona é porque quer que acabe com os efeitos negativos dos opióides mas também não terá como ter efeito analgésico porque ele vai bloquear o receptor MI e todos os outros. OPIÓIDES - EFEITOS ADVERSOS ● Depressão respiratória ● Excitação, euforia, disforia: principalmente em equino e gato ● Sedação ● Bradicardia (devido ao estímulo vagal - bastante em fentanil que usa no trans-anestésico e metadona) E pode causar hipotensão (somente quando ele libera a histamina - no uso de meperidina, que por isso é contra indicada para fazer IV e morfina também pode liberar histamina). Por isso existem muitos casos que o indivíduo recebeu epidural com morfina, acorda e começa a se coçar muito por liberar histamina. ● Ofegante (por ação no centro termorregulador) ● Náusea, salivação e defecação seguida de constipação. Morfina causa vômito - prof não gosta de utilizar como MPA. OPIÓIDES - MORFINA ● Dose: 0,1 - 1 mg/kg (sempre IV, dose baixa, lento e muito diluído por poder liberar histamina) ● Epidural: 0,1 mg/kg (duração de 12 - 24 horas), pode promover retenção urinária - sondar se causar ● Latência: 5 - 10 min (IM) / 30 seg (IV) ● Pico de ação: 5 min IV ● Duração: 2 a 6 horas (a duração é muito mais perto de 2h do que 6h) ● Estabilidade SCV - por isso é preferida em cirurgias cardíacas. ● Boa analgesia ● Vômito: quando faz IV dificilmente vomita mas em IM sim. ● Pode promover a liberação de histamina - evita usar em mastocitoma (neoplasia de mastócitos onde a histamina irá estar). ● Reduz motilidade TGI OPIÓIDES - MEPERIDINA ● Dose: 1 - 4 mg/kg (geralmente usa acima de 2 mg/kg… normalmente 3 ou 4 mg/kg) ● Latência: 5 - 10 min (IM) ● Duração: 1 - 2 horas ● Liberação de histamina - Não aplicar IV (por liberar histamina), não pode utilizar em mastocitoma e pacientes com risco de anafilaxia (animais atópicos) ● Analgésico fraco, porém tem uma boa sedação. Então usa em MPA mas se o animal estiver com dor, não dá conta. OPIÓIDES - METADONA ● Dose: 0,1 - 0,5 mg/kg ● Latência: 5 - 10 min (IM) / 15 - 30 seg (IV) ● Pico de ação: 5 min (IV - usar dose menor para tudo que é IV), 10 min (IM) ● Se usar metadona no pós-operatório lembrar que ele irá sedar e então demorará mais para acordar. ● Duração: até 6 horas ● Boa sedação ● Efeito antagonista NMDA: NMDA é um receptor que só está disponível quando o animal está com dor. E precisa ter ação desse receptor para fazer uma analgesia multimodal (completa) e a metadona é o único opióide que tem ação nesse receptor NMDA, então se precisar dessa ação, precisa usar metadona. Outro fármaco que tem ação em receptor NMDA é a quetamina que faz em dose analgésica e tem ação, e a nortadina também tem ação nesse receptor. ● Depressão SCV: bradicardia evidente, o animal seda bastante! Precisando tomar certo cuidado. Principalmente quando associa com acepromazina - usar em situações específicas. Se não tiver mastocitose, é preferível usar meperidina. Numa limpeza de dente por exemplo, não convém usar metadona, melhor meperidina. OPIÓIDES - TRAMADOL ● Dose: 2 - 5 …. mg/kg: via oral pode ir doses muito maiores. A dose depende da via de adm e do grau de dor, quanto maior, mais terá os efeitos analgésicos e menos os efeitos adversos. E ao contrário também acontece: quando se usa opióide com animal sem dor, vê muito mais os efeitos adversos. ● Latência: 5 - 10 min (IM). Precaução IV - nunca passa da dose de 3mg/kg. Se tiver que dar uma dose de 4 mg/kg é melhor fazer IM. ● Duração de ação: 8 horas ● Analgésico de efeito moderado (não tão fraco como meperidina mas também é considerado fraco) ● Atua também inibindo a recaptação de NA e serotonina: em altas doses. OPIÓIDES - FENTANIL Principalmente utilizado no período trans-anestésico ● Dose: 2 - 5 mcg/kg ● IV: lento ● Latência: 30 seg (IV) ● Pico de ação: 3 min - deve esperar o tempo para ver o tempo de ação ● Ultra curta duração: 15 - 30 min (IV) / 20 - 40 min (IM) ● Normalmente usa como analgésico trans-anestésico. E como ter duração curta, usa com infusão contínua (durante todo o trans-anestésico). ● Potência 100 vezes maior do que a morfina. ● Bradicardia: é o que espera que causa, mas ter cuidado. ● Boa analgesia ● IM causa menor depressão Cardio Respiratório - mas pouco utiliza, é mais transoperatório. ● Bom sedativo ● Infusão Contínua: efeito cumulativo. Se começou a cirurgia coloca a infusão e no meio para o final da cirurgia tem que diminuir a dose porque estará acumulado na infusão contínua, assim tem o despertar do animal um pouco mais rápido. Nomeclatura: BOLOS - puxar o que quer fazer de medicação e fazer na veia. Pode ser lento mas vai fazer de uma vez. Já a infusão contínua faz o tempo todo e de forma lenta. OPIÓIDES - REMIFENTANIL - parente do fentanil. A prof colocou aqui porque ele não tem efeito cumulativo! Então não faz bolos com ele, coloca sempre em infusão contínua por não precisar de uma quantidade para atingir a concentração plasmática, por isso ele é melhor nesse ponto. Precisa ser em IC pois ele precisa ir determinada quantidade num determinado período. ● IC: 0,1 - 0,5 mcg-kg/min ● Bradicardia: bem evidente!! ● Não possui metabolização hepática: bom para hepatopata. Butorfanol: é bom para cólica por ter boa motilidade e não vai reduzir a motilidade tanto quanto os outros opióides, mas a analgesia não será efetiva porque não poderá usar opióide para dor. A potência é sempre baseada na morfina OPIÓIDES - ANTAGONISTA - NALOXONA Naloxona ● Dose: 0,04 mg/kg ● Antagonista de todos os receptores opiáceos ● Utilizado no tratamento de overdose ● Ausência de efeito deletérios e também não tem efeito analgésico. CASOS CLÍNICOS ➔ CASO 1: JOANINA ● Felina, SRD ● 1 ano ● Peso: 2,5 kg ● Temperamento agressivo ● Será submetida a OSH (ovário salpingo histerectomia) eletiva. Sugestões da aula de medicamentos: Acepromazina (0,1 mg/kg) + meperidina 3 mg/kg Usar esses acima não está errado mas a prof acha que não seria o suficiente, porque a acepromazina é um tranquilizante e para gato não faz tanto efeito, seria melhor um sedativo - ainda mais sendo um animal bravo. Outra sugestão: Cetamina (4 mg/kg) + xilazina (0,4 mg/kg) Essa junção seria suficiente para esse paciente. Mas existe um fármaco melhor que a xilazina, que é a dexmedetomidina. Outra sugestão: Dexmedetomidina (7 mcg/kg) + meperidina (3 mg/kg) Sendo uma cirurgia eletiva, ela escolheu meperidina (a prof usa bastante) para sedar mais ainda. Coloca opióide sempre no meio para ter uma analgesia. É uma boa opção. Ou ainda, a última opção que seria a junção de fármacos que a prof usaria: Acepromazina (0,05 mg/kg) Meperidina (3 mg/kg) Midazolam (0,2 mg/kg) Cetamina (3 mg/kg) Ela colocou doses baixas por ter feito junção de vários fármacos. Quando usa dexmedetomidina não precisa fazer união de todos esses como ela fez porque ele com a meperidina já é o suficiente para o animal sedar muito bem. Se não tivesse a dexmedetomidina(por ser cara) e o paciente fosse bravo como esse, aí sim faria todos esses fármacos. Todos juntos, na mesma seringa e em uma aplicação só. Cálculo de dose: Ela na prova vai dar as concentrações dos fármacos, precisaremos saber a dose que daremos. Concentrações: DEX: 500 ug/mL (micrograma a unidade pode ser ug ou pode ser mcg) Meperidina: 50 mg/mL Midazolam: 5 mg/mL Cetamina: 10% Acepromazina: 0,2% ou 1% Fórmula: OSE PESO CONCENTRAÇÃOD × ÷ Exemplo 1: Usando o protocolo Dexmedetomidina (7 mcg/kg) + meperidina (3 mg/kg). A concentração de dexmedetomidina é 500 ug/mL e a de meperidina é 50 mg/mL. O animal pesa 2,5 kg. Dexmedetomidina: mg/kg , kg 00 ug/mL7 × 2 5 ÷ 5 17, ug 500 ug/mL= 5 ÷ 0, 35 mL= 0 O resultado sempre dará em mL!!! O resultado deu em mL porque cortou a unidade de ug do 17,5 e cortou a unidade de ug dos 500… sobrando apenas o mL dos 500. O animal pesa 2,5 kg. Meperidina: 2, 50 3 × 5 ÷ 7, 50 = 5 ÷ 0, 5 mL= 1 Exemplo 2: Protocolo com Acepromazina (0,05 mg/kg) + Meperidina (3 mg/kg) + Midazolam (0,2 mg/kg) + Cetamina (3 mg/kg). A concentração de acepromazina é vem em 0,2% ou 1%. Para transformar o micrograma para miligrama, multiplica por mil e depois fazer regra de 3. 0,2 x mil = 200 mL em 100 mL. Mas preciso saber em 1 mL, pra isso faço regra de 3 ou corto os zeros dos 200 e os zeros dos 100, ficando 2 mg/mL. Regra de 3: 200 mL - 100 mL x - 1 mL x = 2 mg/mL. Mas é mais fácil fazer o macete, que é andar uma casa para direita!!! 0,2% vira 2 mg/ml. Mas isso em caso de miligrama por mL. Se precisar transformar micrograma para mL, precisa multiplicar por mil. Para outros fármacos que a dose também vem em porcentagem: Cetamina: 10% -> uma casa para direita fica 100 mg/mL Acepromazina: 0,2% ou 1% -> 0,2% como já vimos, fica 2 mg/mL. E o 1% fica 10 mg/mL. Acepromazina: vamos usar a concentração de 0,2% ou nesse caso, 2mg/mL. , 5 2, 2 0 0 × 5 ÷ 0, 25 2 = 1 ÷ 0, 6 mL= 0 Meperidina (3 mg/kg): 2, 50 3 × 5 ÷ 7, 50 = 5 ÷ 0, 5 mL= 1 Midazolam (0,2 mg/kg) , 2, 50 2 × 5 ÷ 0, mL= 1 Cetamina (dose de 3 mg/kg ou 4 mg/kg) com a concentração sendo 100 mg/mL: 2, 100 4 × 5 ÷ 0, mL= 1 ➔ CASO 2: SPIKE ● Macho ● Dogue alemão ● Peso: 50 kg ● Idade: 1,5 anos ● Será submetido a anaplastia em pálpebra inferior. Fez um corte na pálpebra e precisa fazer uns pontos na pele. O que faria de MPA? O que foi sugerido em aula: Acepromazina (0,03 mg/kg) + meperidina (3 mg/kg) ou tramadol (3mg/kg) ao invés da meperidina. O que a professora faria não muda muito disso. Ele tem um ano e meio e deve ser agitado e por isso não se faz apenas um opióide. Poderia fazer um dexmedetomidina? Não há necessidades… Se fosse um animal mais bravo, poderia ser. Se ela não quiser que a gente use a dexmedetomidina, ela falaria na questão que o animal tem BAV. Ou que não quisesse que usasse acepromazina, falaria que ele tem anemia. Acepromazina (0,03 mg/kg) na concentração de 0,2% -> 2 mg/mL ou se for na concentração de 1% -> 10 mg/mL , 3 0 20 0 × 5 ÷ , 3 50 100 0 × ÷ 0, 5 mL= 7 0, 5 mL= 1 Meperidina (3 mg/kg) na concentração de 50 mg/mL 50 50 3 × ÷ 3 mL= Tramadol (3 mg/kg) na concentração de 50 mg/mL 50 50 3 × ÷ 3 mL= Tanto de tramadol quanto de meperidina o resultado será o mesma porque a concentração e a dose é a mesma. ➔ CASO 3: SPARCO ● Macho ● Peso: 30 kg ● Bulldogue inglês ● Idade: 8 anos ● Comorbidades: Insuficiência cardíaca no lado direito ● Medicações para o coração: Pimobendam, enalapril - ambos medicamentos causam hipotensão. ● Será submetido a orquiectomia (castração) devido hiperplasia prostática. Obs: ao vermos esse caso, já sabemos que ele é braquicefálico e por isso a acepromazina não é recomendada. Também, sabemos que não podemos indicar um medicamento que cause mais hipotensão (os fenotiazínicos - acepromazina e prometazina -, ou qualquer alfa 2 agonista - dexmedetomidina, detomidina e xilazina). Na sala sugeriram morfina (0,4 mg/kg) - até poderia usar, mas a prof não gosta de usar morfina por ter grande chance de causar êmese. E nesse caso, um braquiocefálico vomitando não iria bem porque pode aspirar. Também sugeriram cetamina (ainda não tivemos aula sobre cetamina mas a prof disse não pode usar sozinha como dose analgésica) + diazepam. Essa junção usaria mais se fosse um animal bravo. Outra que sugeriram foi o dexmedetomidina - mas não pode porque é um alfa 2 agonista e diminui FC, tem hipertensão e depois hipotensão, alterando o SCV e o animal é cardiopata. Então a professora usaria apenas meperidina (4 mg/kg)! Porque tem uma boa sedação, não faz bradicardia e não precisa de uma super analgesia. Usaria para sedar um pouco e fazer a cirurgia. 0 504 × 3 ÷ 2, mL= 4 ➔ CASO 4: BELINHA ● SRD, canina. ● 20 kg ● Desidratada ● Anorexia ● Exame de sangue: Leucocitose, uréia e creatinina aumentadas. ● Suspeita clínica: piometra. Obs: pela cadela ser anêmica, já sabemos que não podemos escolher a acepromazina, que reduz o hematócrito e hemoglobina circulante. Ela também está desidratada e animal desidratado tende a hipotensão. Então igual ao caso anterior, não poderíamos usar fenotiazínicos - acepromazina e prometazina -, ou qualquer alfa 2 agonista - dexmedetomidina, detomidina e xilazina. E como sabemos que ela está com suspeita de piometra, temos que recomendar um bom analgésico porque deve estar com muita dor. Na sala sugeriram morfina (1 mg/kg): mas a prof não gosta por conta do vômito. Fora que, a dose que a pessoa escolheu está muito alta, ela não passa de 0,5 mg/kg de morfina na prática Na prova vamos falar a dose que iremos usar mas ela não vai julgar tanto isso. Fora que, ela vai dar os valores que doses vão, por exemplo: “na morfina vai de 0,1 a 1,0 mg/kg”. Se por exemplo, escolhermos um protocolo com todas as doses baixas ou todas altas, também é necessário justificar. Tudo que conseguirmos justificar ela vai considerar. Também falaram meperidina (3 mg/kg): a prof disse que meperidina é um analgésico fraco e não daria conta para um caso de piometra. Disseram tramadol (4 mg/kg): ela usaria se ela achasse que ele está muito mal. Só para analgesia, não está se importando nesse caso com a sedação porque ela já está prostrada e quietinha, não precisaria tanto de uma sedação. Depois sugeriram metadona (0,4 mg/kg): ela também faria esse mas disse que diminuiria a dose para 0,2 mg/kg, que é o máximo que ela faria na prática. E também usaria apenas se visse que o animal não está tão mal… Se tivesse, ficaria com o tramadol. A metadona é um bom analgésico MAS causa uma depressão CV, então a professora disse que avaliaria o animal e se estiver bem suficiente para receber esse medicamento - FC boa, alerta, faria. Se estivesse com a FC ruim, prostrado, vomitando mais do que o proprietário falou, não come há dias…melhor o tramadol. A metadona tem uma analgesia melhor que o tramadol mas se estiver insegura, vai no tramadol. Também falaram de fazer um benzodiazepínico (diazepam ou midazolam) e ela disse que daria sim mas que prefere fazer na indução juntamente com propofol na veia. Os benzodiazepínicos não são recomendados como MPA propriamente dito por conta do risco da excitação, mas são bons auxiliares na indução, diminuindo muito a dose do propofol. Ela não fez tranquilizante ou sedativo NESSE CASO porque quando o animal está muito mal (prostrado), ela não quer deprimir mais sedando, então não precisa! Acabamos escolhendo o tramadol por ser mais seguro nesse caso. Tramadol (4 mg/kg) com concentração de 50 mg/mL x 20 0 4 ÷ 5 1, mL= 6 ➔ CASO 5: TONINHO ● Canino ● SRD ● 3 meses ● Fratura de tíbia ● Anemia Obs: não pode usar acepromazina por conta da anemia. Meperidina: falta a analgesia OU Tramadol: é bom mas falta a sedação OU Metadona: ruim porque causa depressão da FC. Um filhote depende da FC alta para gerar débito cardíaco e por isso não usaria nesse caso. OU Midazolam: ruim porque causa excitação paradoxal e em um filhote com fratura de tíbia não ajudaria. Dexmedetomidina (um filhote que não para quieto) + meperidina (é um analgésico fraco mas se caso fosse fazer peridural resultando em uma boa analgesia, não precisaria de um analgésico forte). Caso não seja peridural, porque por exemplo: tem uma ferida no local. Aí faz um tramadol. E se fosse um filhote que está mais quieto e prostrado, tira a dexmedetomidina e faria apenas um opióide. Dexmedetomidina (3 mg/kg) na concentração de 500 mg/mL A prof não deu o peso desse animal, então vou inventar um para conseguirmos fazer o cálculo: 2kg. x 5 5003 ÷ 0, 3 mL= 0 ➔ CASO 6: GUNS ● Equino ● 7 anos ● Macho ● Será submetido a orquiectomia (castração) eletiva Se é um macho que vai ser submetido a uma castração, significa que ele é um garanhão e então tem um temperamento mais excitado. Se ele for um garanhão que deixou pegar a veia, faria: Detomidina (20 mcg ou 15 mcg) Se for um garanhão que não deixa chegar perto, faria uma acepromazina (0,03 mg/kg intramuscular porque não consegue pegar acesso), deixa ele quieto na baia pra relaxar e quando relaxar faz uma detomidina junto. Não fazemos opióide nesse caso porque é uma cirurgia eletiva e o opióide diminui a motilidade e pode causar excitação (sendo um garanhão é ruim). Só faz opióide em casos onde o equino está com dor e no pós (antes do cavalo acordar) e na recuperação. Acepromazina (0,03 mg/kg) na concentração de 0,2%. Ela também não deu o peso, vou inventar. , 3 x 500 20 0 ÷ 7, mL= 5 Detomidina (20 mcg/kg) na concentração de 1%. Nesse caso, como é MICROGRAMA a unidade, precisa multiplicar por mil, ficando 1.000 mg/mL de detomidina. 0 x 500 1.0002 ÷ 10 mL= ➔ CASO 7: LIA ● Égua ● Fêmea ● 9 anos ● Cólica Obs: está prostrada, não precisa de uma sedação muito grande. Detomidina: é mais potente que a xilazina para equino e quanto maior potente, mais efeito adverso tem! Se ela não tiver muito bem, pode fazer xilazina porque a detomidina diminui a FC e a xilazina em equinos tem menos efeitos adversos. Xilazina ( 0,05 mg/kg) na concentração de 20 mg/mL Ela também não deu peso, vou colocar 400 kg. , 5 x 400 200 0 ÷ 1 mL= OBS. IMPORTANTE: a prof só fez as contas até o caso 2!!! Eu decidi fazer o resto para deixar o resumo mais completo. Mas as que ela não deu o peso e algumas que tive que pesquisar a concentração, não sei se estão certas!
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