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Prévia do material em texto

Dermatologia Estética
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Flavia Maria Pirola Pelá
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Anatomia e Fisiologia da Pele − Anexos Cutâneos
• Anatomia da Pele;
• Epiderme;
• Células da Camada Basal;
• Junção Dermoepidérmica;
• Derme;
• Classificação da Pele.
 · Compreender a estrutura da pele e anexos.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Anatomia e Fisiologia da Pele −
Anexos Cutâneos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Anatomia e Fisiologia da Pele − Anexos Cutâneos
Anatomia da Pele
A superfície do corpo é envolta por um órgão complexo, a pele. Pele é uma 
membrana resistente e flexível que envolve todo o corpo protegendo o organismo 
contra a perda de água por evaporação e impede a penetração de agentes químicos 
ou bacteriológicos. O peso da pele corresponde a 15% do peso corporal, sua su-
perfície mede aproximadamente 1,50 m e a quantidade de sangue que está contida 
nos vasos cutâneos pode chegar a 1.800 ml., ou seja, 30% do sangue circulante.
A espessura da pele varia de acordo com a região do corpo, o sexo, a idade e 
o indivíduo. A cor é determinada fundamentalmente pela existência em maior ou 
menor quantidade de melanina, e secundariamente pela espessura da epiderme e 
conteúdo sanguíneo nos vasos da derme. Existem em toda a superfície dois tipos 
de orifícios distintos: “óstium folicular” ou folículo pilosebáseo, orifício este, de 
onde sai o pelo e também desemboca a glândula sebácea, são visíveis a olho nu 
e estão dilatados na pele seborreica. Há também os poros que correspondem ao 
orifício do canal da glândula sudorípara e são visíveis a olho nu.
A anatomia da pele ou cutânea se divide em duas camadas: epiderme, mais externa; e 
a derme, mais profunda. O movimento das células em direção à superfície (se deslocam 
para fora e morrem progressivamente) assegura a renovação contínua da epiderme. Abaixo 
da epiderme está a derme, sobre a qual se assentam numerosas estruturas anatômicas 
importantes à função cutânea, como vasos, nervos, terminações nervosas e os anexos 
cutâneos, constituindo assim o chamado sistema tegumentar ou tegumento. Logo abaixo 
da derme situa-se a hipoderme, constituída por tecido adiposo ou células de gordura, 
conforme mostram as figuras 1a e 1b.
Ex
pl
or
a b
Figuras 1a e 1b – Representação da Anatomia da Pele
Fonte: iStock/Getty Images
8
9
Epiderme
Na superfície, o manto hidrolipídico ou emulsão epicutânea consta de um com-
plexo de substâncias hidrossolúveis e lipossolúveis procedentes da camada córnea, 
das glândulas sebáceas e sudoríparas. De acordo com a produção sebácea e o 
grau de umidade forma-se sobre a pele uma emulsão de água em óleo ou óleo 
em água. Sua elevada concentração em ácidos graxos não saturados impede que 
os microorganismos se desenvolvam na superfície cutânea. Esses ácidos podem 
intervir diretamente no metabolismo das bactérias e junto com o manto hidrolipí-
dico estabelecer eficiente barreira antibacteriana e antimicótica, protege a pele do 
ressecamento e a mantém flexível e elástica.
A epiderme é a camada que recobre toda a superfície corporal, com valor 
aproximado de 0,07mm a 1,6 mm de espessura na maior parte do organismo. 
Composta por tecido epitelial do tipo estratificado pavimentoso queratinizado, 
dependente de irrigação sanguínea advinda da derme e dividida em cinco camadas 
distintas, continuamente substituídas, com cinco tipos de células.
Importante!
As camadas da epiderme são: basal, espinhosa, granulosa, lúcida ou de transição e 
córnea, abordadas a seguir. 
Importante!
Camada Germinativa ou Brasal
(Extrato Basal ou Germinativo)
A camada mais profunda da epiderme fazendo limite com a derme. Encontra-
se assentada na membrana basal e se apresenta regularmente ondulada, essas 
ondulações se introduzem profundamente na derme, constituindo prolongamentos 
digitais denominados brotos interpapilares. As porções de derme que se introduzem 
na epiderme chamam-se papilas dérmicas.
Esta camada é composta por dois tipos de células: as basais e os melanócitos.
As células basais de grande capacidade reprodutiva evoluem gradualmente 
para células basais de grande capacidade reprodutiva evoluem gradualmente para 
as células espinhosas, granulosas e córneas, que são empurradas para a periferia. 
As células recém-formadas atravessam assim a espessura epidérmica animadas 
de grande vitalidade no início, para irem degenerando progressivamente até 
atingirem o extrato córneo (renovação celular). As células que são impelidas para 
a periferia, são imediatamente substituídas por células novas que surgem nas 
camadas germinativas, graças ao índice mitótico que permite o equilíbrio deste 
tecido. Esta diferenciação faz-se aproximadamente em 28 dias.
9
UNIDADE Anatomia e Fisiologia da Pele − Anexos Cutâneos
Estágios da Renovação Celular: https://goo.gl/5Ad7Tg
Ex
pl
or
Células da Camada Basal
Células Basais
Cilíndricas, de eixo maior perpendicular à superfície cutânea, justapostas cons-
tituindo fileiras únicas, possuem núcleo alongado ou oval, disposto também per-
pendicularmente à superfície cutânea. As células da camada germinativa unem-se 
entre si com a camada malpighiana por tonofibrilas intercelulares.
Melanócitos ou Melanoblastos
Também chamadas células claras ou dendríticas. Distribuem-se entre as células 
cilíndricas basilares, em número reduzido, com aspecto de células claras, centradas 
por núcleo intensamente corado, bem menor que o das células basais. Produzem 
pigmento melânico (melanina). As partículas citoplasmáticas de pigmento chamam-
-se melanossomos; estes são transferidos dos melanócitos para as células espinho-
sas e, nesse processo, se distribuem também pela epiderme no deslocamento das 
células do corpo mucoso para a camada córnea.
O melanócito consegue transferir melanina para o interior de 36 queratinóci-
tos (figura 2), cuja função é proteger o DNA dos núcleos celulares; consequen-
temente, bloqueia formação de radicais livres, protegendo a pele contra ação 
danosa dos raios ultravioletas A e B.
Importante!
A produção de melanina acontece através da hidroxilação do aminoácido tirosina, que se 
transforma em DOPA (3,4-di-hidroxifenilalanina) atravésda enzima tirosinase. Esta é produzida 
pelo retículo endoplasmático rugoso (RER), que oxida a DOPA em dopaquinona, gerando 2 tipos 
de melanina, conforme figura 3, tornando possível a classificação dos tipos de pele, conforme 
tabela 1:
 • eumelanina: de cor castanho-escuro, presente em peles de tonalidade mais escura;
 • feomelanina: de cores vermelha e amarela, presente em peles de tom mais claro.
Importante!
10
11
Figura 2 – Representação da Estrutura do Melanócito
Fonte: iStock/Getty Images
Tirosina
Tirosinase
Tirosinase
DOPA
DOPAquinona
DOPAcisteína DOPAcromo
Feomelamina
Eumelanina
DHI DHICA
Figura 3 – Produção de Melanina
11
UNIDADE Anatomia e Fisiologia da Pele − Anexos Cutâneos
O número de melanócitos não interfere na coloração da pele, mas sim o tama-
nho dos melanossomas e o aumento da atividade da tirosinase.
Existem outros pigmentos que estão relacionados à produção endógena, como 
os carotenoides (tonalidade amarelada em nível epidérmico pela ação de certos 
alimentos), oxihemoglobina (cor avermelhada, derme papilar) e hemoglobina redu-
zida na pele (cor azulada).
Tabela 1 – Sistema de Classificação de Fitzpatick
Tipo de Pele Cor da Pele Características
I Branca Sempre queima, nunca bronzeia
II Branca Frequentemente queima, bronzeia menos que a média
III Branca Algumas vezes queima suavemente, bronzeia na média
IV Branca Raramente queima, bronzeia mais que a média
V Morena Raramente queima, bronzeia profundamente
VI Negra Nunca queima, pigmentação profunda
Camada de Malpighi ou Camada Espinhosa 
(Estrato Malpighiano)
Camada composta de 4 a 8 fileiras de queratinócitos, células poliédricas, com 
núcleo volumoso. Tem como característica as tonofibrilas, que são filamentos 
intercelulares que mantém a aderência entre as células, constituindo a camada 
mais espessa da epiderme. Os queratinócitos parecem células com espinhos em 
sua superfície.
Camada Granulosa (Estrato Granuloso)
Possui de 1 a 4 fileiras de células poligonais. Contém os primeiros elementos ce-
lulares vivos da epiderme. Os citoplasmas das células contêm numerosos grânulos 
que até há pouco tempo se pensava que fossem precursores da queratina, hoje se 
prefere considerá-los como subproduto da queratinização ou basófilos de querato-
-hialina, que conferem resistência a esta camada.
Camada Lúcida ou de Transição (Estrato Lúcido)
Formada de 2 a 3 fileiras de células achatadas, ricas em eleidina (substância de 
aspecto oleoso com grande capacidade de refratar a luz incidente, é clara e homo-
gênea). Considerada uma camada adicional, encontrada apenas na região palmar 
e plantar, bem como no bico do seio e lábios que nunca se bronzeiam devido à 
presença de eleidina.
12
13
Camada Córnea (Estrato Córneo ou Disjuntivo)
É formada por células mortas, anucleadas, desidratadas, com um aspecto de 
finas lâminas superpostas. Compõe-se de uma substância albuminoide especial, a 
queratina, resultante da modificação de proteínas das células epiteliais (queratini-
zação). Também o atrito repetido influencia a queratinização, constituindo os ca-
los. Estas células possuem uma substância gordurosa, amarelada, de consistência 
comparada à cera de abelhas, o que confere proteção contra agentes químicos, 
concorrendo também para a impermeabilidade da pele. Não foram observados 
nervos, filetes ou terminações nervosas na epiderme. É possível identificar as 
camadas na figura a seguir.
Representação das Camadas da Epiderme: https://goo.gl/6tsSEB
Ex
pl
or
Junção Dermoepidérmica
Estrutura importante que compõe a pele e assegura a aderência entre a epider-
me e a derme, propiciando trocas metabólicas necessárias à pele. Composta por 
prolongamentos basais, denominados hemidesmossomas e parte de fibras dérmi-
cas; a epiderme penetra na derme através das cristas epidérmicas, e a derme se 
projeta na epiderme através das papilas dérmicas; estas apresentam uma série de 
elevações, constituindo as impressões digitais ou dermatóglios (caracterizam a indi-
vidualidade da pessoa), como mostra o link a seguir.
Junção Dermoepidérmica: https://goo.gl/FVsj2f
Ex
pl
or
Derme
É constituída de tecido conjuntivo e em sua maior parte pelos fibroblastos, 
produtores de fibras colágeno e elatina, fibras reticulares, enzimas como colage-
nase e estromelisina, matriz extracelular, macrófagos, linfócitos e mastócitos, re-
lacionados ao sistema imunológico. Contêm ainda vasos sanguíneos e linfáticos, 
nervos, musculatura lisa, folículo piloso, glândulas sebáceas, canais excretores 
das glândulas sudoríparas e órgãos sensoriais.
13
UNIDADE Anatomia e Fisiologia da Pele − Anexos Cutâneos
A derme está dividida em duas camadas pouco distintas, conforme figura 4:
Figura 4 – Representação da Derme
Fonte: inis.iaea.org
Camada Papilar
Mais externa, mais delgada, formada por tecido conjuntivo frouxo, localizada 
imediatamente após a epiderme – separada pela camada basal. É ela que penetra 
nas papilas dérmicas. Contém maior quantidade de matriz extracelular, menos 
colágeno e elastina, rede vascular de capilares pequenos e terminações nervosas.
Camada Reticular ou Córium
Mais interna, mais espessa, formada de tecido conjuntivo denso. É formada por 
fibras colágenas entrelaçadas e por fibras elásticas reticulares. É nessa camada que 
as fibras perdem a elasticidade com a idade, tornando a pele enrugada.
O tecido conjuntivo compreende um gel viscoso, rico em mucopolissacarídeos, 
denominado substância fundamental amorfa (SFA). Um complexo viscoso e alta-
mente hidrofílico de macromoléculas de glicosaminoglicanas, proteoglicanas e de 
glicoproteínas, que conferem resistência mecânica à pele diante de compressões e 
estiramentos. Tem a função de tixotropia, que é a capacidade de passar do estado 
líquido para o estado gel e vice-versa. 
Células da Derme
Fibroblastos (figura 5): são as células produtoras de colágeno e elastina, bem 
como glicoproteínas, proteoglicanas e ácido hialurônico contidos na derme; atuam 
na reparação tecidual.
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Fibroblasto
Núcleo
Nucléolo
Citoplasma
Aparelho de Golgi
Mitocôndria
�brilas de 
colágeno
Ribossomos
Retículo
endoplasmático 
rugoso
Figura 5 – Fibroblasto
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
O colágeno (figura 6) é uma glicoproteína formada pelos aminoácidos glicina, 
prolina e hidroxiprolina, formando cadeias polipeptídicas, fazendo parte de uma 
família de mais de vinte tipos no nosso organismo.
Figura 6 – Fibras de Colágeno
Fonte: renovatio.zaytuna.edu
Há prevalência do colágeno do tipo III na derme papilar com um padrão tensional 
na mesma direção, denominado linhas de Langer ou linhas de tensão ou clivagem 
da pele; e do colágeno tipo I na derme reticular; este, quando recebe a radiação 
solar, sofre com o aumento da produção da colagenase, gelatinase e estromelisina, 
que são metaloproteinases que degradam o colágeno e a elastina.
Funções da Pele
• Base para a epiderme e anexos cutâneos;
• Impermeabilidade cutânea/barreira protetora: previne a penetração de irritantes;
15
UNIDADE Anatomia e Fisiologia da Pele − Anexos Cutâneos
• Equilíbrio hídrico: retenção de água e prevenção do ressecamento da pele por 
conta do fator de hidratação natural ou NMF (Natural Moisturizing Factor);
• Auxilia a manutenção da pressão sanguínea normal e mecanismo ter- 
mo regulador;
• Confere flexibilidade à pele (fibra elásticas), força tensora (fibras colágenas) 
amortecendo o corpo contra traumatismos mecânicos;
• Atua como órgão sensorial por abrigar receptores cutâneos como recep-
tores de Krause (frio), de Ruffini (calor), discos de Merkel (tato e pressão), 
de Valter-Pacini (pressão), de Meissner (tato) e terminações nervosas livres 
(principalmente dor);
Receptores Cutâneos: https://goo.gl/iLUj3y
Ex
pl
or
• Barreira imunológica: defesa do organismo contra a invasão de agentes estranhos;
• Controla a secreção sebácea para a manutenção do manto hidrolipídico;
• Produção de vitamina D;
• Metabolismo de substâncias proteicas, lipídicas e dos glicídeos (açúcares)e 
sais minerais;
• Regula o ph superficial.
Anexos da Pele
A figura 7 representa a pele e seus anexos.
Figura 7 – Anexos da Pele
Fonte: nanocell.org
16
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Pelos
Estão contidos nos folículos pilosebáceos que resultam da invaginação da 
epiderme. O pelo tem crescimento cíclico em 3 fases:
Fases de Crescimentos dos Pelos: https://goo.gl/Gw5JEy
Ex
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• ANÁGENA: as células germinativas se multiplicam intensamente, produzindo 
a haste, o que se manifesta pelo crescimento constante do pelo. Duração mé-
dia: 3 anos.
• CATÁGENA: fase de regressão, em que se interrompe a atividade das células 
matrizes, a mitose se detém, o pelo se desprende da papila e o bulbo se que-
ratiniza. Esta etapa dura em média de 15 a 20 dias.
• TELÓGENA: o bulbo continua sua ascensão até a superfície, pressionado 
por outro pelo, logo abaixo, em fase anágena. Esta fase dura entre 60 a 90 
dias. No tronco, membros e supercílios as fases de crescimento e repouso não 
excedem a 6 meses.
Em certas condições, cabelos em crescimento podem alcançar prematuramente 
a fase de repouso e serem eliminados mais facilmente. Os pelos em fase de cresci-
mento mais prolongada e de repouso mais curta são vulneráveis à ação de diversos 
fatores (período febril, gravidez, afecções sistêmicas, radioterapia).
Unhas
São formadas por células queratinizadas (mortas), que se originam na matriz, 
constituídas de epiderme com suas diversas camadas, exceto a granulosa.
Glândulas Sudoríparas
Colaboram na regulação térmica do corpo. Abrem–se na superfície cutânea 
por meio de poros (óstios) ou dos folículos pilosos, são mais numerosas nas regiões 
palmar, plantar e axilas. Existem 2 tipos: écrinas e apócrinas.
Glândulas Sudoríparas: https://goo.gl/e68SRz
Ex
pl
or
Glândulas Écrinas
Encontram-se dispersas por toda a pele, principalmente na palma das mãos, 
planta dos pés e axilas. São glândulas tubulares que desembocam na superfície 
através da epiderme. Sua porção secretora localiza-se na porção inferior da derme, 
17
UNIDADE Anatomia e Fisiologia da Pele − Anexos Cutâneos
é formada por células grandes, cilíndricas, de citoplasma claro. Estas célula, pelo 
seu poder contrátil, seriam responsáveis pela expulsão da secreção sudoral. O ori-
fício da glândula sudorípara, isto é, o poro apresenta-se rodeado por um anel de 
queratina. Algumas drogas estimulam a sudorese, outras a inibem. As glândulas 
écrinas são também estimuladas pela adrenalina, sendo o mecanismo dessa ativa-
ção discutido. A secreção sudoral écrina é incolor, inodora, hipotônica, composta 
de 99% de água e solutos encontrados no plasma, porém em concentrações me-
nores, especialmente sódio, cloretos, potássio, ureia, proteínas, lipídeos, aminoá-
cidos, cálcio, fósforo e ferro. Em condições adversas de temperaturas, a sudorese 
pode atingir a produção de 10 a 12 litros em 24 horas.
Glândulas Apócrinas
Pela sua própria embriogênese, a partir da invaginação formadora do folículo 
piloso, as glândulas apócrinas desembocam em geral nos folículos pilossebásseos 
e não diretamente na superfície epidérmica. As glândulas apócrinas distribuem–se 
localizadamente no organismo, isto é, axila, área perimamilar, região anogenital 
e ainda modificadamente, no conduto auditivo externo constituindo as glândulas 
ceruminosas, nas pálpebras constituindo as glândulas de Moll e, na mama, 
formando as glândulas mamárias. As glândulas apócrinas são tubulares e são 
compostas de uma porção dutal. A porção secretora é composta por células cuja 
morfologia varia com o decorrer do período secretor. De início são cuboides baixas, 
progressivamente estas células tem sua altura aumentada para, após eliminar sua 
secreção, tornarem-se novamente baixas e achatadas. As glândulas apócrinas 
secretam pequenas quantidades de secreção de aspecto leitoso a intervalos de 
tempos longos. A secreção apócrina contém proteínas, amônia, ácidos graxos 
e às vezes, cromógenos como o indoxil, que é oxidado pelo contrato com o ar, 
podendo-se explicar deste modo, certos casos de cromidrose. O odor produzido 
pela secreção apócrina decorre da ação de bactérias próprias das regiões onde 
estão as glândulas sebáceas, que em contato com a secreção alimenta-se dela 
resultando produtos secundários odoríferos. O verdadeiro significado funcional 
da secreção apócrina no homem é desconhecido, admitindo-se que represente 
alguma função sexual vestigial desde que surja apenas na puberdade.
Aparelho Pilossebáceo – Glândulas Sebáceas
Estão presentes em toda a pele, com exceção das regiões palmares e plantares. 
Desembocam sempre no folículo pilossebáceo com ou sem pelo, como mostra a 
figura 8.
O tamanho das glândulas sebáceas é em geral inversamente proporcional às 
dimensões do pelo presente no folículo correspondente. Assim, as maiores glân-
dulas sebáceas são encontradas nas regiões onde o sistema piloso é menos de-
senvolvido, como por exemplo, fronte e nariz. As glândulas sebáceas localizam-se 
heterotopicamente na mucosa bucal e lábio, constituindo-se os chamados grânulos 
de Fordyce. São compostos de vários lóbulos, cada um dos quais apresenta perife-
ricamente uma camada de célula cúbica basófila, as células germinativas e, central-
18
19
mente células de abundante citoplasma como uma delicada rede de malhas repletas 
de gorduras na qual predominam os glicérides neutros. As glândulas sebáceas são 
ativadas pelos andrógenos, sendo independentes de estimulação nervosa. Por este 
motivo são moderadamente desenvolvidas no recém-nascido por ação dos andró-
genos maternos passivamente transferidos. Esgotados os andrógenos transferidos 
passivamente, as glândulas sebáceas entram em acentuada regressão, somente se 
desenvolvendo novamente na puberdade por ação dos hormônios.
Figura 8 - Glândulas Sebáceas
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
Classifi cação da Pele
Tipos de Pele
Pele Normal
• Aspecto liso e aveludado, relevo fino, não é brilhante;
• Flexível e elástica;
• Tipo de pele de criança;
• As glândulas sebáceas funcionam bem, mas com pouca produção de sebo e 
um bom grau de hidratação;
• Suporta bem o sabonete, sem ressecamento, nem sensação de ardor.
Pele Seca
A pele pode ser considerada seca por falta de água (desidratada) ou por falta de 
gordura (alípica).
Pele Mista
Mistura dois tipos de pele, geralmente com oleosidade na zona T, podendo as 
outras áreas ser seca ou normal.
19
UNIDADE Anatomia e Fisiologia da Pele − Anexos Cutâneos
Pele Oleosa
Aspecto brilhante, óstios dilatados, e quando a oleosidade é excessiva, observa-
se frequentemente comedões e acne.
Hipoderme
Tecido celular subcutâneo ou panículo adiposo. Os feixes conjuntivos entre-
meados com fibras elásticas assumem disposição específica formando como que 
uma rede de malhas grandes, que contém em suas tramas as células adiposas. 
Quando há um empobrecimento deste tecido, aparecem pregas e rugas. Este estra-
to contém plexos nervosos e sanguíneos, bulbos pilosos, e, no limite com a derme, 
glândulas sudoríparas (figura 9).
Figura 9 – Camada Hipodérmica
Fonte: educacaoprofissional.seduc.ce.gov.br
É uma faixa tecidual, mais ou menos larga, situada abaixo da derme, à qual segue 
sem limites precisos, tendo volumosos lóbulos de células adiposas delimitados por 
septos conjuntivo-elásticos de diversas espessuras orientados obliquamente, ligando 
a derme à fáscia superficial, e onde alojam grossos vasos e nervos da profundidade 
dirigidos para a derme. 
A hipoderme é importante depósito de reserva calórica, variável conforme o 
estado de adiposidade do indivíduo, e valioso órgão amortecedor das agressões 
mecânicas externas.
O panículo adiposo, além de ser um depósito de calorias, protege o organismo de 
traumas e de variações de temperaturas, modela o corpo e permite a mobilidade da 
pele em relação às estruturas subjacentes. É composto por adipócitos que contém em 
seu citoplasma uma grande quantidade de lipídeos. Os lipídeos são fundamentalmente 
triglicerídeos, lipocrômio (pigmento), colesterol, vitaminas e água.O tecido adiposo é um tipo especial de conjuntivo onde se observa predominância 
de células adiposas (adipócitos). Essas células podem ser encontradas isoladas ou 
em pequenos grupos no tecido conjuntivo comum, porém a maioria delas se agrupa 
no tecido adiposo espalhado pelo corpo. Em pessoas de peso normal, o tecido 
adiposo corresponde a 20-25% do peso corporal na mulher e 15-20% no homem. 
20
21
Do ponto de vista anatômico, estudos histológicos evidenciam que, no sexo 
masculino, os lóbulos adiposos são menores e os septos fibroconjuntivos orientados 
de modo oblíquo à superfície da pele, o que determina menor espessura e maior 
resistência mecânica ao panículo adiposo masculino. Já no sexo feminino, os 
septos de tecido conjuntivo são perpendiculares à epiderme, facilitando a herniação 
adiposa através da derme.
Quando considerados índices de massa corporal (IMC) semelhantes, os homens 
tendem a apresentar maior índice de massa magra que as mulheres. Além disso, o 
sexo masculino apresenta padrão central de distribuição de gordura com maiores 
taxas de gordura visceral e, por consequência, maior risco de complicações 
cardiovasculares. O sexo feminino, em contrapartida, predomina o padrão 
periférico de distribuição de gordura, com maior deposito adiposo nos membros 
e no quadril. Tais diferenças no padrão de distribuição de gordura entre os sexos 
devem-se tanto a fatores hormonais sistêmicos, hormônios sexuais circulantes, 
quanto a locais como a conversão dos andrógenos em estrógenos.
Há duas variedades de tecido adiposo, que apresentam distribuição no corpo, 
estrutura, fisiologia e patologia diferentes (figura 10). Uma variedade é o tecido 
adiposo comum, amarelo ou unilocular, cujas células, quando completamente 
desenvolvidas, contêm apenas uma gotícula de gordura, que ocupa quase todo o 
citoplasma. A outra variedade é o tecido adiposo pardo, ou multilocular, formado 
por células que contêm numerosas gotículas lipídicas e muitas mitocôndrias.
O tecido adiposo unilocular apresenta-se distribuído no corpo humano de 
acordo com o biotipo, sexo e idade, e constitui reserva de energia e proteção 
contra o frio.
Figura 10 – Tipos de Tecido Adiposo
Fonte: nanocell.org
As células de gordura, também conhecidas como adipócitos, frequentemen-
te são encontradas no tecido conjuntivo frouxo. As regiões onde os adipócitos 
constituem a maioria das células são denominadas tecido adiposo (gorduroso).
Especializado para armazenamento de gordura, este tecido constitui a principal 
reserva de energia do corpo em longo prazo; também o isola contra a perda de 
calor, preenche fendas, e suavemente acolchoa determinadas partes da anatomia.
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UNIDADE Anatomia e Fisiologia da Pele − Anexos Cutâneos
A gordura localizada apresenta-se como um desenvolvimento irregular do tecido 
conjuntivo subcutâneo. Neste caso, os adipócitos apresentam-se aumentados em 
regiões específicas com irregularidade do tecido e aparência ondulada. O processo 
de desenvolvimento de gordura corporal ocorre em razão do aumento no núme-
ro de células adiposas, a hiperplasia celular; do aumento no volume de células já 
existentes, a hipertrofia celular; bem como da combinação destes dois fenômenos.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Anatomia e Fisiologia da Pele
https://goo.gl/X7SYjQ
 Livros
Pele – do nascimento à maturidade
HARRIS, M. I. Pele – do nascimento à maturidade. Senac São Paulo, 2016.
 Leitura
Sistema Tegumentar
ANDERSON, B. A. Sistema Tegumentar. 2. ed. Traduzida. Elsevier, 2014, v.4.
https://goo.gl/27yRtm
A Pele e suas Conexões – 500 Questões Comentadas de Dermatologia
RIBEIRO, E. A. A Pele e suas Conexões – 500 Questões Comentadas de Dermatologia. 
Rubio, 2013.
https://goo.gl/e4rEjP
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UNIDADE Anatomia e Fisiologia da Pele − Anexos Cutâneos
Referências
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