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5a SÉRIE 6oANO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS Caderno do Professor Volume 1 EDUCAÇÃO FÍSICA Linguagens 5 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 15 SERIE 6ANO_EDFIS_CP.indd 1 11/6/13 8:35 AM11/6/13 8:35 AM11/6/13 8:35 AM11/6/13 8:35 AM11/6/13 8:35 AM MATERIAL DE APOIO AO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO CADERNO DO PROFESSOR EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS 5a SÉRIE/6o ANO VOLUME 1 Nova edição 2014-2017 governo do estado de são paulo secretaria da educação São Paulo book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 1 29/10/13 19:00 Governo do Estado de São Paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Voorwald Secretário-Adjunto João Cardoso Palma Filho Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Subsecretária de Articulação Regional Rosania Morales Morroni Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP Silvia Andrade da Cunha Galletta Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Ione Cristina Ribeiro de Assunção Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares Ana Leonor Sala Alonso Coordenadora de Orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE Barjas Negri Senhoras e senhores docentes, A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo- radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor- dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação — Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien- tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia- ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo. Bom trabalho! Herman Voorwald Secretário da Educação do Estado de São Paulo book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 2 29/10/13 19:00 Senhoras e senhores docentes, A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo- radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor- dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação — Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien- tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia- ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo. Bom trabalho! Herman Voorwald Secretário da Educação do Estado de São Paulo book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 3 29/10/13 19:00 Sumário orientação sobre os conteúdos do volume 5 Tema 1 – Jogo e esporte – competição e cooperação 7 Situação de Aprendizagem 1 – Os jogos de ontem e os jogos de hoje 10 Situação de Aprendizagem 2 – Jogos cooperativos 14 Situação de Aprendizagem 3 – Jogos pré-desportivos 15 Situação de Aprendizagem 4 – Esporte coletivo: princípios gerais 18 Atividade Avaliadora 21 Proposta de Situações de Recuperação 22 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 24 Tema 2 – organismo humano, movimento e saúde – capacidades físicas: noções gerais (agilidade, velocidade e flexibilidade) e a importância do alongamento e do aquecimento 25 Situação de Aprendizagem 5 – Todos somos capazes 27 Atividade Avaliadora 31 Proposta de Situações de Recuperação 31 Recursos para ampliar a perspectivado professor e do aluno para a compreensão do tema 32 Tema 3 – Esporte – modalidade coletiva: futsal 33 Situação de Aprendizagem 6 – Descobrindo novas possibilidades com o futsal 37 Situação de Aprendizagem 7 – A desconstrução e a reconstrução do futsal 40 Atividade Avaliadora 46 Proposta de Situações de Recuperação 46 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 48 Tema 4 – organismo humano, movimento e saúde – capacidades físicas: noções gerais (força e resistência) e a importância da postura adequada 50 Situação de Aprendizagem 8 – Fazendo força 53 Situação de Aprendizagem 9 – Aguenta, coração! 56 Situação de Aprendizagem 10 – Atenção à postura 59 Atividade Avaliadora 62 Proposta de Situações de Recuperação 62 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 65 Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 66 book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 4 29/10/13 19:00 5 Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1 Por Cultura de movimento entende-se o conjunto de significados, sentidos, símbolos e códigos que se produzem e reproduzem dinamicamente nos jogos, esportes, danças e atividades rítmicas, lutas, gi- násticas etc., os quais influenciam, delimitam, dinamizam e/ou constrangem o Se-Movimentar dos sujeitos, base de nosso diálogo expressivo com o mundo e com os outros. O Se-movimentar é a expressão individual e/ou grupal no âmbito de uma Cultura de Movimen- to; é a relação que o sujeito estabelece com essa cultura a partir de seu repertório (informações, conhecimentos, movimentos, condutas etc.), de sua história de vida, de suas vinculações sociocul- turais e de seus desejos. oriEnTAção SobrE oS ConTEúdoS do VoLumE Até a 4a série/5o ano do Ensino Fundamen- tal os alunos vivenciaram um amplo conjunto de experiências de Se-Movimentar, acumula- ram informações e conhecimentos sobre jogo, esporte, ginástica, luta e atividade rítmica etc., decorrentes não só da participação nas aulas de Educação Física, mas do contato com as mídias e com a Cultura de Movimen- to dos grupos socioculturais a que se vincu- lam (família, amigos, comunidade local etc.). Agora, entre a 5a série/6o ano e a 8a série/9o ano, trata-se de evidenciar os significados, os sentidos e as intencionalidades presentes em tais experiên cias, cotejando-os com os signifi- cados, os sentidos e as intencionalidades pre- sentes nas codificações das culturas esportiva, lúdica, gímnica, rítmica e das lutas. Assim, pretende-se que as Situações de Aprendizagem aqui sugeridas para os temas “Jogo e esporte”, “Esporte coletivo: futsal” e “Organismo humano, movimento e saúde” possibilitem que os alunos diversifiquem, sis- tematizem e aprofundem suas experiências do Se-Movimentar no âmbito das culturas lúdica e esportiva, tanto para proporcionar novas experiências de Se-Movimentar, per- mitindo aos alunos estabelecer novas signi- ficações, como para ressignificar experiências já vivenciadas. Espera-se que o enfoque ado- tado para o desenvolvimento dos conteúdos deste volume seja compatível com as inten- cionalidades do projeto político-pedagógico de cada escola. No primeiro tema, “Jogo e esporte”, a re- lação entre esses dois elementos culturais será abordada, com ênfase na transição do jogo para o esporte, partindo de jogos populares, transitando pelos jogos cooperativos e pré- desportivos, até chegar aos princípios gerais do esporte coletivo. Pretende-se que os alu- nos diferenciem os tipos de jogos e seus signi- ficados socioculturais, bem como percebam as diferenças básicas entre jogo e esporte. No tema “Organismo humano, movi- mento e saúde”, a ênfase estará na com- preensão inicial sobre algumas capacidades físicas necessárias para a prática de várias manifestações da Cultura de Movimento e sobre a importância do alongamento e do aquecimento prévios, que são conteúdos im- portantes para promover o acesso e a parti- cipação dos alunos em algumas experiências de Se-Movimentar. Pretende-se que os alu- nos identifiquem a presença das capacida- des físicas nas manifestações da Cultura de Movimento, reconhecendo sua importância para uma participação mais qualificada em tais manifestações. book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 5 29/10/13 19:00 6 As estratégias escolhidas – que incluem a realização de gestos, movimentos, par- ticipação em jogos, encenações, busca de informações, análise de vídeos, entrevistas, análise de dados, vivência de exercícios, dis- cussões em grupo, elaboração e adaptação de jogos, circuitos etc. – procuram ampliar as possibilidades de aprendizagem e com- preensão dos alunos no âmbito da Cultura de Movimento. A avaliação é proposta de modo integra- do ao processo de ensino e aprendizagem, sem se restringir a procedimentos isolados e formais (como uma prova, por exemplo). Su- gere-se privilegiar a proposição de Ativida- des Avaliadoras que, integradas ao percurso da aprendizagem, favoreçam a elaboração de sínteses relacionadas aos temas e conteúdos abordados e a aplicação, em situações-pro- blema, das habilidades e competências pre- tendidas aos alunos. As Atividades Avaliadoras devem favo- recer a geração, por parte dos alunos, de informações ou indícios, qualitativos e quan- titativos, verbais e não verbais, que serão in- terpretados pelo professor, nos termos das competências e habilidades em relação aos conteúdos. Nesse sentido, o professor pode valer-se de observações sistemáticas sobre interesse, participação e capacidade de coo- peração por parte do aluno, autoavaliação, trabalhos e provas escritas, resolução de situa ções-problema, elaboração e apresenta- ção de situações táticas nos esportes, drama- tizações, entre outros recursos. Por fim, é importante lembrar que a avalia- ção não tem como finalidade primeira atribuir conceitos e notas aos alunos, mas conscientizá- -los sobre suas aprendizagens, assim como pro- blematizar e aperfeiçoar a prática pedagógica para que essas competências sejam atingidas. A quadra é o tradicional espaço da aula de Educação Física, mas algumas Situações de Aprendizagem aqui sugeridas poderão ser desenvolvidas no espaço da sala de aula, no pátio externo, na biblioteca, na sala de infor- mática ou de vídeo, bem como em espaços da comunidade local, desde que compatíveis com as atividades programadas. Algumas etapas também podem ser realizadas pelos alunos como atividade extra-aula (pesquisas, produ- ção de textos etc.). As Situações de Aprendizagem aqui pro- postas também poderão ser enriquecidas com leitura de textos (adequados ao nível do Ensi- no Fundamental) e exibição de filmes relacio- nados aos temas. Este Caderno foi elaborado para servir de apoio ao trabalho pedagógico cotidiano com a 5a série/6o ano do Ensino Fundamen- tal. As orientações e sugestões a seguir têm a intenção de oferecer subsídios para o de- senvolvimento dos temas apresentados. Não pretendem apresentar as Situações de Apren- dizagem como as únicas a serem realizadas, nem restringir a criatividade do professor para outras atividades ou variações de abor- dagem dos mesmos temas. Isso posto, professor, bom trabalho! book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 6 29/10/13 19:00 7 Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1 A relação entre jogo e esporte será desta- cada no início deste ciclo de escolarização, possibilitando aos alunos a compreensão de que o esporte existente hoje, presente nas mí- dias, organizado em federações, com regras universais, não existiu sempre e nem da mes- ma forma. Sabe-se que o esporte moderno surgiu no século XVIII, a partir da trans- formação de jogos populares realizados com outros significados, tais como celebrações públicas, festas de colheita, comemorações e rituais de passagem. Em razão da rápida in- dustrialização e urbanização vivenciadas nos séculos XIX e XX, a burguesia e as classes médias emergentes apropriaram-sede vários desses jogos populares ou criaram outras modalidades. Esse foi o momento em que muitas federações esportivas nacionais fo- ram criadas. Logo, o esporte tornou-se hege- mônico na Cultura de Movimento em todo o mundo. Durante o século XX, o esporte ser- viu como demonstração de poder político de determinados países. Atualmente, é um dos principais fenômenos econômicos do mundo, sendo responsável por grande mobilização de pessoas e de dinheiro e alvo importante dos interesses midiáticos. Segundo Bracht (2005), o esporte pode ser compreendido a partir de um esquema dual, sendo tomado tanto como prática de alto rendimento (ou espetáculo) quanto como atividade de lazer. Segundo o autor, se o es- porte de rendimento ou espetáculo relacio- na-se com o esporte como lazer, por meio de seus ídolos e das transmissões televisivas, não deveria, contudo, influenciar apenas no sen- tido de apreciação do espetáculo esportivo. O esporte como atividade de lazer é um direito de todos os cidadãos, e as aulas de Educação Física podem contribuir para a afirmação desse direito à medida que pos- TEmA 1 – Jogo E ESporTE – CompETição E CoopErAção sibilitam aos alunos entender seus códigos, praticar as várias modalidades esportivas e atuar de modo ativo diante desse patrimô- nio cultural. O fato de alguns jogos terem se transfor- mado em esportes com regras mais rígidas não quer dizer que não possam ser praticados com variados significados e intencionalidades. Os alunos de 1a série/2o ano a 4a série/5o ano, nas aulas de Educação Física e mesmo fora delas, em seus bairros, grupos sociais e familiares, ti- veram a oportunidade de praticar vários tipos de jogos. Neste momento da escolarização, pretende-se partir desse acervo cultural de jo- gos, valorizando-os inicialmente e, em seguida, mostrar a organização da cultura esportiva. A sequência proposta neste Caderno con- sidera que os jogos populares não são expres- sões menos importantes que os esportes ou outros conteúdos da Cultura de Movimento, mas se constituem em uma manifestação cul- tural em seus variados contextos, reunindo pessoas e contribuindo para a socialização e a preservação de tradições. Posteriormente, serão abordados os jo- gos cooperativos, com a intenção de rever e discutir a competitividade exacerbada na prática de jogos e esportes. Pretende-se mostrar que é plenamente possível tratar os jogos valorizando a cooperação entre os alunos, reafirmando que o jogar contra im- plica necessariamente o jogar com, e que não é necessário “destruir” o oponente para se jogar com prazer. A questão da cooperação mostra-se re- levante em um momento em que os valores individuais parecem ser colocados acima dos coletivos e que se deve vencer (em todas as book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 7 29/10/13 19:00 8 situações da vida) a qualquer custo, fazendo que os fins justifiquem os meios. A própria prática esportiva, em qualquer nível e em todos os contextos, está hoje impregnada de valores competitivos, com algumas manifesta- ções exacerbadas. Em seguida, serão abordados os jogos pré-desportivos, com a intenção de mostrar a maior organização em termos de regras e procedimentos, característica dos esportes contemporâneos. Esses jogos, que estão a meio caminho entre os jogos populares tradi- cionais e a organização das modalidades es- portivas, são tomados em muitas aulas como fins e também como meios para a prática das modalidades do esporte coletivo, tratada em outros volumes. Finalmente, serão abordados os princí- pios gerais do esporte coletivo, enfatizando que as várias modalidades coletivas apresen- tam semelhanças estruturais, que permitem incluir em uma mesma categoria o basquete- bol, o handebol, o futebol, o futsal, o voleibol e outras. Nessas modalidades, a circulação de bola para fazê-la alcançar o alvo é um requisito necessário; em todas, há a neces- sidade de organização da defesa para me- lhor proteção do alvo e, ao mesmo tempo, a organização do ataque a fim de otimizar as chances de ponto por parte da equipe. Essa di- mensão do esporte, em todas as suas vertentes, possibilidades e significados, será alvo de abor- dagem nas aulas de Educação Física em outros volumes, incluindo as do Ensino Médio. É importante ressaltar também que não se pretende esgotar essa temática neste Caderno, em tão poucas aulas. Tanto os jogos, em suas várias formas e com seus diferentes significa- dos, quanto as formatações do esporte serão abordados outras vezes ao longo do ciclo de escolarização. Figura 1 – Ponte de corda. Exemplo de jogo cooperativo © C on ex ão E di to ri al book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 8book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 8book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 8book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 8book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 8book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 8book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 8 29/10/13 19:0029/10/13 19:0029/10/13 19:0029/10/13 19:0029/10/13 19:00 9 Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1 © E lz a F iu za /A B r Figura 2 – Basquetebol. Algumas modalidades esportivas que podem ser reunidas sob o conceito de esporte coletivo possibilidades interdisciplinares Professor, o tema “Jogo e esporte” poderá ser desenvolvido de modo integrado com as disciplinas de História, Geografia, Arte, Língua Portuguesa e Língua Estrangeira, na medida em que envolvem conteúdos relacionados às manifestações culturais de diferentes contextos, regiões e épocas. Con- verse com os professores responsáveis por essas disciplinas em sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais global e integrada pelos alunos. Figura 3 – Voleibol. © W ils on D ia s/ A B r book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 9 29/10/13 19:00 10 SITuAçãO DE APRENDIzAGEM 1 OS JOGOS DE ONTEM E OS JOGOS DE HOJE Os alunos vivenciarão jogos já conhecidos por eles e também jogos propostos por familiares. Conteúdo e temas: jogos populares e seu contexto. Competências e habilidades: identificar diferentes tipos de jogos e reconhecer seus significados sociocul- turais; valorizar jogos tradicionais da comunidade e do país. Sugestão de recursos: computador com acesso à internet; canetas; lápis coloridos; folhas de papel sulfite. desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 1 Professor, antes de iniciar a Etapa 1, você poderá trabalhar as atividades a seguir. Assim, os alunos poderão abordar alguns conhecimentos pré- vios, o que auxiliará no desenvolvimento desta Situação de Aprendizagem. Agora, vamos tratar de um tema muito po- pular: o jogo! Você vai aprender que os jogos populares existem há muito tempo e perceber que o esporte a que você assiste hoje, na tele- visão ou ao vivo, nem sempre foi jogado dessa maneira. Vai ver também que, em alguns tipos de jogo, não há vencedores nem perdedores, há pessoas que cooperam entre si e todos ga- nham. Mas, para começo de conversa... 1. Quais os jogos que você conhece? Resposta pessoal. Espera-se que o aluno consiga relacionar alguns jogos que, tradicionalmente, são praticados pelas crianças e jovens, como taco, queimada, amarelinha etc. 2. Entre estes, qual você joga com mais fre- quência? Onde? Com quem? Resposta pessoal. Você já se perguntou como foi a infância dos Você já se perguntou como foi a infância dos V seus pais e avós? Será que eles brincavam das mesmas coisas que você brinca? Que tal descobrir? Resposta pessoal. Etapa 1 – Valorizando os jogos populares Organize os alunos em grupos, formados preferencialmente por meninos e meninas, e peça-lhes que apresentem os jogos que mais gostam. Vivencie pelo menos um dos jogos propostos por grupo, com toda a turma, de acordo com as condições (material e espaço) disponíveis. Etapa 2 – relembrando os jogos populares Solicite aos alunos que entrevis- tem adultos de diversas faixas etá- rias (pais, avós, tios, conhecidos de seus familiares, moradores antigosdo bairro). Para isso, você pode trabalhar a atividade “Pesquisa de campo”, do Caderno do Aluno. Vamos descobrir como e o que jogavam as pessoas mais velhas? Que tal entrevistar alguns parentes (avós, pais, tios), vizinhos ou amigos da família? Veja, a seguir, algumas perguntas que você pode fazer a eles. Inclua outras perguntas, se achar que deve, sobre algum assunto de seu interesse ou curiosidade. Anote as respostas para depois compa- rá-las com as dos seus amigos. Verifique os diferentes tipos de jogos que as pessoas prati- cavam em outras épocas, o que elas faziam e o que você também faz. 11 Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1 Sugestões de perguntas para a entrevista: 1. Você se incomodaria de me dizer a sua idade? 2. O que você jogava quando tinha a mi- nha idade? (Fale a sua idade para os entrevistados.) 3. Quantas pessoas participavam desse jogo? 4. Em que local era praticado? 5. Que material era necessário? 6. Com quem você aprendeu o jogo? 7. Como ele era jogado? 8. Quais eram as suas regras? 9. Outra pergunta (se você desejar fazê-la). Registre as respostas no quadro a seguir: perguntas respostas idade nome do jogo no de participantes Local de jogo material necessário Quem ensinou o jogo o jogo As principais regras do jogo outra pergunta Responda às questões a seguir, tendo como base os dados que você conseguiu nas entrevistas: 1. Os jogos variam de acordo com a idade das pessoas? Explique. O objetivo da pesquisa é estabelecer comparações entre di- ferentes jogos praticados em outras épocas. Espera-se que os alunos consigam perceber que os jogos variam de acordo com a idade e que, quanto mais velho o entrevistado, maior a probabilidade de encontrarem jogos populares e brinquedos confeccionados por eles, pois os brinquedos industrializados (e os jogos eletrônicos) eram muito caros e menos frequentes. 2. Onde essas pessoas jogavam? Você também pratica seus jogos nesses lugares? Espera-se que os alunos percebam que as condições para a prática foram mudando em razão da urbanização – me- nos espaços nas ruas, menos práticas em ambientes abertos (praças e campos), preocupação com a violência e o trânsi- to, entre outras possibilidades de resposta, podendo apontar que suas práticas, hoje, estão mais voltadas para espaços em condomínios, clubes, quintais das casas, shoppings e outros ambientes com maior controle da segurança. 3. Dos jogos citados, você ficou com vontade de jogar algum que não conhecia? Qual? Por quê? Resposta pessoal. Etapa 3 – Vivenciando os jogos populares Os jogos serão apresentados pelos alunos e vivenciados por todos. Dis- cuta com eles o contexto histórico, as intencionalidades presentes, os significados específicos e os valores envolvidos em cada jogo. Agora, professor, solicite a algum aluno que registre (desenhe) algumas das situa- ções vivenciadas em cada jogo, gerando um grande painel de jogos populares apontados pela turma, como proposto no Caderno do Alu- no, na “Lição de Casa”. book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 11 29/10/13 19:00 12 Preparando um painel de jogos populares Depois de vivenciar os jogos escolhi- dos por você, seus colegas e seu professor, chegou a hora de visualizar os vários jogos populares e, então, confeccionar um painel. Você pode desenhar, recortar figuras, captar imagens da internet, fazer composições e tudo o mais que a sua criatividade permitir. Leve esse material para a escola, onde rece- berá orientações para a confecção do pai- nel. Se possível, fotografe o painel quando estiver pronto. Professor, retomando o Caderno do Alu- no, proponha aos alunos o seguinte desafio. desafio! brincadeiras de infância Vamos ver quantas brincadeiras e jogos você conhece. Observe atentamente a charge (ilustração em forma de sátira, valendo-se de caricaturas) de jogos e brincadeiras populares apresentada a seguir. Seu desafio é nomear o maior número possível de jogos e brin- cadeiras, a partir do que vivenciou em aula, em casa ou dos resultados das entrevistas. Liste o nome dos jogos e brincadeiras que você conseguir identificar. 1. Beijo, abraço e aperto de mão 4. Pular corda (foguinho) 7. Taco (bétis) 10. Pula-sela 2. Queimada 5. Pega-pega 8. Esconde-esconde 11. Passa anel 3. Amarelinha 6. Elástico 9. Cabra-cega © J un iã o 11 109 8 4 3 5 2 1 7 6 book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 12 29/10/13 19:00 13 Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1 Observe a imagem a seguir e responda: Brincadeiras de criança, de 1560: o quadro de Pieter Bruegel (1525-1569) apresenta várias brincadeiras e jogos típi- cos da época, muitos ainda existentes na atualidade (óleo sobre tela, 118 cm × 161 cm). Acervo Kunsthistorisches Museum, Viena. © A li M ey er /C or bi s/ L at in st oc k a) Embora o quadro se chame Brincadeiras de criança, são apenas crianças que estão brincando? Espera-se que o aluno identifique jovens e adultos partici- pando dos jogos. b) As brincadeiras do quadro de Pieter Bruegel são semelhantes às da charge da página anterior? Elas se parecem com as que você costuma brincar? Explique em que elas são semelhantes. Espera-se que o aluno responda que as brincadeiras do qua- dro são semelhantes às da charge e que alguns jogos tam- bém são praticados por ele. c) Você conhece alguma brincadeira que os adultos também costumam brincar? Qual? Resposta pessoal. book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 13 29/10/13 19:00 14 desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 2 Etapa 1 – pega-pega com bola salvadora Distribua os alunos por toda a quadra ou pátio. Escolha um para atuar como pegador e outro para ser o salvador que começará com a posse da bola. Enquanto o primeiro tenta pe- gar os alunos, tocando-os, quem estiver com a bola não poderá ser pego. A bola deverá ser passada rapidamente entre todos, na tentativa de salvar os alunos do pegador. Quem for pego passará a ser o pegador. Conforme o desenvol- vimento do jogo e de acordo com a facilida- de do pegador para tocar os colegas, poderão ser introduzidas mais bolas no jogo, gerando dinâmicas cooperativas para que todos sejam salvos. A intenção é que os alunos cooperem entre si, fazendo a bola “correr” mais que o pe- gador e, assim, salvando os colegas antes que estes sejam pegos. Discuta com os alunos os valores envolvidos na dinâmica, bem como as estratégias por eles utilizadas. Etapa 2 – Jogo de rebatida O objetivo do jogo é rebater a bola e ocu- par as bases. Ao redor de uma quadra de voleibol, ou equivalente, marque as bases numeradas (com um giz, desenhe círculos com aproximadamente 1 metro de diâmetro, com os números ao centro). Solicite aos alu- nos que, em duplas, ocupem as bases (dese- nhe uma base para cada dupla). uma dupla começa como lançador e rebatedor no centro da quadra, com bola e bastão (ou um cabo de vassoura). O jogo tem início com o lançador arremessando a bola para que o rebatedor faça a rebatida. Quando isso ocorre, o reba- tedor grita o número de uma das bases. A dupla que estiver na base do número chama- do deve buscar a bola rebatida e, de posse dela, entrar em qualquer uma das bases. En- quanto isso, todas as duplas devem trocar de base simultânea e aleatoriamente, inclusive o lançador e o rebatedor. A dupla que ficar sem base passa a ser o próximo par de lança- dor e rebatedor. Caso seja necessário, pode ser combinado que cada aluno deverá passar pela condição de lançador e rebatedor, que cada rebatedor terá determinada quantidade de tentativas para rebater (três, por exemplo) e que o bastão de- verá ser deixado no solo pelo aluno logo após realizar a rebatida. Pode haver variações: peça que as duplas cor- ram de mãos dadas, com exceção da dupla cha- mada para buscar a bola; substitua a rebatida com o bastão por um chute ao gol, arremesso à cesta ou lançamento a um alvo; após a rebatida, e antes de entrar em uma nova base, peça aos SITuAçãO DE APRENDIzAGEM 2 JOGOSCOOPERATIVOS Os alunos vivenciarão jogos com situações de competição e com certa semelhança ao esporte, mas com ênfase na cooperação. Conteúdo e temas: jogo e esporte: competição e cooperação; jogos cooperativos. Competências e habilidades: identificar semelhanças e diferenças entre jogo e esporte; identificar prin- cípios de competição e cooperação em diferentes tipos de jogos. Sugestão de recursos: bola; bastonetes de giz; bastão ou cabo de vassoura. book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 14 29/10/13 19:00 15 Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1 por eles, nas discussões anteriores, quanto à interação ocorrida entre os membros das equipes, às condutas e aos valores vivencia- dos e às estratégias implementadas. Solicite aos alunos que, em grupos, elaborem um novo jogo ou adaptem algum já conhecido, incluindo nele os elementos cooperativos dis- cutidos. Proponha que a turma vivencie todas as criações. Etapa 5 – bola no ar O objetivo deste jogo cooperativo é, atra- vés da ação coletiva e simultânea dos alunos, manter as bolas no ar ou em uma área deli- mitada. Distribua uma bola (bexiga, peteca, bola de meia etc.) para cada aluno. Ao sinal, todos deverão lançar as bolas para o alto e deslocar-se, procurando rebater outra bola que não a sua. Variações: f aos pares, com uma toalha de rosto (saco de lixo, camiseta, pano de chão, colchone- te, colete ou outro material maleável e com- patível) e uma bola; f dentro de uma área delimitada, trocar pas- ses, com as mãos, com uma bola para cada aluno; f aos pares, de mãos dadas, com uma bola para cada dupla, trocar passes com os pés. alunos para trocarem de parceiro, com exceção da dupla que busca a bola. Discuta com o grupo a mobilização coletiva desenvolvida e os valores envolvidos no jogo. Etapa 3 – inversão do artilheiro Pode ser realizado no futsal, no hande- bol, no basquetebol ou em qualquer outro jogo que implique a consecução de ponto quando a bola atingir um determinado alvo, como a cesta, a meta, a linha de fundo etc. Solicite que o marcador do ponto mude de time imediatamente após pontuar. O ponto será contado para o time que marcou, mas o artilheiro vai para o time adversário sempre que este estiver em desvantagem no placar. A intenção é cooperar com o time que está perdendo o jogo, tentando sempre equilibrar as ações entre as duas equipes. Podem ser feitas variações, como o time que tomou o ponto escolher o jogador que deverá migrar para sua equipe. Etapa 4 – um por todos e todos por um Discuta com o grupo a intenção das dinâ- micas de valorizar a equipe mais que o indi- víduo. Procure resgatar elementos apontados SITuAçãO DE APRENDIzAGEM 3 JOGOS PRÉ-DESPORTIVOS Conteúdo e temas: jogo e esporte: competição e cooperação; jogos pré-desportivos; esporte coletivo: princípios gerais de ataque, defesa e circulação da bola. Competências e habilidades: identificar semelhanças e diferenças entre jogo e esporte; identificar dife- rentes tipos de jogos e reconhecer seus significados socioculturais; identificar princípios de competição e cooperação em diferentes tipos de jogos; identificar alguns princípios comuns do esporte coletivo. Sugestão de recursos: bolas de basquetebol e futsal; bastonetes de giz. book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 15 29/10/13 19:00 16 desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 3 Etapa 1 – bola na torre (modalidade de quadra) Organize os alunos em grupos de seis, formando equipes que terão como objeti- vo a troca de passes para levar uma bola de basquetebol a um alvo, a “torre”, represen- tada por um aluno da mesma equipe dentro de um pequeno círculo desenhado no chão com giz. Os alunos deverão trocar passes e poderão driblar a bola para alcançar o alvo. Sempre que o objetivo for cumprido, a equipe marca um ponto. Recomende aos alunos que evitem tocar no corpo do adver- sário, tirar-lhe a bola das mãos ou impedir que o aluno que tem a posse de bola faça o passe. No entanto, os passes poderão ser interceptados. Ao aluno que estiver com a bola nas mãos, é permitido dar apenas dois passos. Algumas regras poderão ser estabe- lecidas ao longo do jogo, a fim de otimizar a circulação da bola e a comunicação entre os alunos, como vetar arremessos de longa distância para a “torre”, impedir que o alu- no que fez o último passe receba a bola em seguida etc. Ao final desse jogo pré-despor- tivo, aponte as semelhanças e aproximações com o basquetebol. Variações: f divida a quadra em dois ou três cam- pos, segundo o número de alunos da turma, para otimizar a participação. Estabeleça rodízio entre as equipes de modo que os adversários não se repitam. Caso haja alunos excedentes, o rodízio pode ser estipulado conforme um tempo ou um placar previamente acordado; f explore outras modalidades de quadra, como o handebol ou o futebol, nos quais no lugar da “torre” delimita-se uma área que simule o gol (com dois cones ou outro objeto), por onde a bola deverá passar. Outra variação possível se refere aos es- portes que utilizam o rebater no lugar dos passes, como o voleibol. Caso haja disponi- bilidade de material, utilize a bola corres- pondente da modalidade. Etapa 2 – Três contra três (futebol) Organize os alunos em trios para uma si- tuação de ataque contra defesa, com o obje- tivo de fazer um gol. Para evitar os chutes de longa distância, determine que o gol somente poderá ser feito dentro da área. Não se pre- tende enfatizar, neste momento, os chutes de longa distância, mas a troca de passes e a mo- vimentação da bola e dos jogadores para as equipes em situação de ataque, assim como as dinâmicas de marcação para os trios em situa- ção de defesa. O jogo com equipes compostas por poucos alunos (neste caso, três, mas pode haver outras configurações) favorece a parti- cipação de todos, tanto no ataque como na defesa, além de tornar possíveis ações técnico- -táticas mais simples, favorecendo a com- preensão e a aprendizagem. Etapa 3 – do jogo ao esporte Após realizar os jogos pré-desportivos, pergunte aos alunos sobre a relação entre os elementos constitutivos do jogo e as moda- lidades esportivas, definindo e registrando, se possível, as aproximações e as diferenças. Solicite também que os alunos, divididos em grupos, criem jogos “preparatórios” para ou- tras modalidades esportivas, que poderão ser apresentados e vivenciados por todos. Etapa 4 – pebolim ou totó humano O objetivo deste jogo pré-desportivo é vivenciar os princípios gerais de ataque e defesa, fazer a bola chegar à meta dos opo- book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 16 29/10/13 19:00 17 Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1 nentes, entretanto, sem soltarem uma corda (ou outro meio) que os una e impeça que saiam da formação linear preestabelecida. Pergunte aos alunos quem conhece ou já jogou pebolim de mesa. Curiosidade É possível que algum aluno conheça o jogo por outro nome. Solicite que façam uma pesquisa para verificar outras nomen- claturas possíveis. No Brasil, nas regiões Norte, Nordeste e também no Estado do Rio de Janeiro, ele se difundiu como totó, que representa a abreviação de toque-toque. Em São Paulo, Paraná e sul de Minas, é cha- mado pebolim. Na região Sul, é conhecido como pacau e, em Porto Alegre, como fla-flu. Peça que mostrem, graficamente, como são distribuídos os jogadores. Estenda oito cordas transversalmente na área que servirá de cam- po de jogo e peça que os alunos demarquem, no solo, as posições e se coloquem sobre elas, conforme o esquema a seguir: 1a corda – um jogador – goleiro da equipe A 2a corda – dois jogadores – defesa da equipe A 3a corda – três jogadores – ataque da equipe B 4a corda – cinco jogadores – meio de campo da equipe A 5a corda – cinco jogadores – meio de campo da equipe B 6a corda – três jogadores – ataque da equipe A 7a corda – dois jogadores – defesa da equipe B 8a corda – um jogador – goleiro da equipe B Figura 4 – Pebolim humano.© C on ex ão E di to ri al Solicite aos alunos que identifiquem as posições dos jogadores, conforme o jogo de futebol de campo, e proponham as regras do jogo, baseados no jogo de pebolim de mesa. A bola é rolada para o centro e os jogadores da equipe tentarão fazê-la chegar, por meio de chutes, até a meta do oponente, sem soltarem as mãos das cordas, mas podendo locomover- -se lateralmente. Variações: f idem, mas com a formação do jogo de fut- sal (apenas cinco jogadores); f idem, mas prendendo a corda nos pés ou na cintura e utilizando as mãos para rebater a bola, passá-la e arremessá-la ao gol; f idem, mas sem as cordas para referência. Professor, atividades como carimbador maluco, pique-bandeira e estafetas também contemplam esse objetivo. book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 17 29/10/13 19:00 18 SITuAçãO DE APRENDIzAGEM 4 ESPORTE COLETIVO: PRINCíPIOS GERAIS Conteúdo e temas: jogo e esporte: competição e cooperação; jogos pré-desportivos; esporte coletivo: princípios gerais de ataque, defesa e circulação da bola. Competências e habilidades: identificar semelhanças e diferenças entre jogo e esporte; identificar prin- cípios de competição e cooperação em diferentes tipos de jogos; identificar alguns princípios comuns do esporte coletivo. Sugestão de recursos: bolas; garrafas PET. Os alunos se envolverão em dois jogos, utilizando bola, para enfatizar alguns princípios de ata- que e defesa no esporte coletivo. desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 4 Etapa 1 – “passa-dez” Organize equipes com quatro, cinco ou seis alunos, formados, preferencialmente, por meni- nos e meninas. Duas equipes dividem o mesmo espaço de jogo e uma bola. O objetivo é otimi- zar a circulação da bola entre os alunos de uma equipe. Toda vez que uma equipe fizer dez passes seguidos, marca-se um ponto. Pode haver restri- ção quanto à volta da bola para quem fez o passe anterior, por exemplo, perder a posse de bola. uma variação pode ser o “passa-dez” por tempo, em que os passes serão contados cumulativamente pelas equipes, vencendo a equipe que trocar mais passes no tempo determinado. Os passes poderão ser feitos também com os pés. Outra variação possível é o “passa-dez” com alvo, no qual os joga- dores e a bola devem se dirigir ao alvo em área oponente, alternativa que oferece uma noção espacial da quadra e um início de transição ataque-defesa. Nesse momento, como ainda não há a definição da modali- dade trabalhada, os alvos podem ser a cesta, a tabela, o gol ou mesmo a linha de fundo da quadra. É importante destacar que o jogo de “passa-dez” já deve ter sido vivenciado pe- los alunos. Nesse momento, porém, ele ad- quire o caráter de atividade estimuladora de alguns princípios do esporte coletivo, como a rápida circulação de bola, a demarcação e os deslocamentos. Etapa 2 – defesa e ataque ao cone Organize equipes com cinco ou seis alu- nos, formadas, preferencialmente, por meninas e meninos. O objetivo é que uma das equipes proteja um cone (ou uma garrafa PET cheia de areia) colocado no centro de um círcu- lo desenhado com giz na quadra, enquanto outra, trocando passes com a bola, tenta der- rubar o cone/garrafa com arremessos. Depois, inverta as funções. A intenção é estimular a cria- ção de uma organização entre os alunos, tanto na defesa quanto no ataque, em relação ao alvo. O jogo pode ser variado, ampliando ou dimi- nuindo a área do cone. Também se pode criar outro círculo mais externo, gerando uma área onde só a defesa possa permanecer, distancian- do as ações de ataque. Posteriormente, pode-se fazer a mesma atividade em torno do garrafão ou da linha de três pontos do basquetebol, da área do futsal ou do handebol. book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 18 29/10/13 19:00 19 Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1 Neste jogo, é importante que seja des- tacada para os alunos a necessidade da or- ganização do ataque e da defesa nas várias modalidades do esporte coletivo. Professor, antes da avaliação, você pode criar um momento para esclarecer dúvidas, por meio das atividades a seguir. Nas aulas, você vivenciou várias possi- bilidades de jogos. Pesquisou os jogos populares, comparou as brincadeiras de hoje com as do passado e viu que algu- mas permaneceram iguais e outras sofre- ram adaptações. Participou de jogos em que toda a turma tinha o mesmo objetivo, alcançado pela cooperação, e, em outras situações, competiu e ajudou sua equipe contra a outra. 1. Escreva a que tipo de jogo se refere cada imagem, cooperativo ou competitivo: a) Competitivo. © B or is S tr eu be l/B on ga rt s/ G et ty I m ag es © C on ex ão E di to ri al b) Cooperativo. © T im d e W ae le /C or bi s/ L at in st oc k c) Competitivo. 2. Os jogos populares representam a ma- nifestação da cultura de determinada sociedade e contribuem para divulgar e preservar as tradições ao longo do tem- po. São jogos com regras que variam de lugar para lugar, não exigem um espa- ço específico para sua prática e muitos, também, fizeram parte da infância de pessoas mais velhas, como nossos pais ou avós. Dos jogos a seguir, assinale com um X os que são considerados populares: ( X ) bolinha de gude ( ) voleibol ( X ) amarelinha ( ) basquetebol ( X ) pular corda ( X ) esconde-esconde ( X ) jogo de taco (bétis) 3. Se pensarmos em esportes coletivos, temos aqueles em que os jogadores das equipes se enfrentam diretamen- te, procurando, a cada ação, alcançar os objetivos do jogo (gol ou cesta, por exemplo) e evitar, ao mesmo tempo, book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 19 29/10/13 19:00 20 e) ( X ) © W ils on D ia s/ A B r f) ( ) © Y ve s H er m an /R eu te rs /L at in st oc k c) ( ) © E lz a F iú za /A B r d) ( X ) © W ils on D ia s/ A B r a) ( X ) © B or is S tr eu be l/B on ga rt s/ G et ty I m ag es b) ( ) © T im D e W ae le /C or bi s/ L at in st oc k que os jogadores da outra equipe alcan- cem a mesma finalidade. Temos, tam- bém, esportes coletivos em que as equipes cooperam entre si para um obje tivo comum. Há, ainda, modali- dades esportivas individuais nas quais, em certos momentos, são realizadas apresentações em grupo. Assinale com um X as figuras que cor- respondem aos esportes coletivos: book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 20 29/10/13 19:00 21 Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1 ATIVIDADE AVALIADORA Professor, você deve ter observado os alu- nos durante os vários jogos propostos, avalian- do suas ações no sentido tático enfatizado nas atividades. Em vez de avaliar a execução cor- reta de um arremesso ao alvo, ou se uma de- terminada ação levou à vitória da equipe, ou o número de pontos feitos por um aluno, procure analisar a movimentação tática dos alunos e a intenção de realizar os passes de forma mais inteligente e objetiva, gerando uma movimen- tação de defesa e de ataque mais organizada, tanto individual como coletivamente. Ao longo das Situações de Aprendizagem apresente aos alunos algumas questões, como: f Quais foram os tipos de jogos tratados? f Quais foram as semelhanças e as dife- renças percebidas entre os vários tipos de jogos e as modalidades do esporte? f Como podemos nos organizar melhor para jogar em equipe? f O que é cooperação e o que é competição? Como as percebemos durante o jogo? f Quais são os princípios do esporte coletivo? A B V X Z S T R O P L J E T R O P S E G P C J Z S D F G R T J H X N C L K J Ã R T Y W O D O F X J H W Q P L K B N I O D F Ç A C R T P P G Ç U E Ã P T G H F R O L K O J I G N M B U J O B R I N C A D E I R A W X Z P T U H Ç A L P M E V G T H E D S C X T N H G T E J K D V A W L B H T Y F F D Ã S P A X W Q L P R P L M R G T W J Y E A H N B A V Q U T H J M L A P K B V F R P S Y Ã W Q Ç R I U O C G B O X Z T L M T F E A Z S D F G R G P E K B N I C R I S I K A M Y K B N I G H F E X L F G R T C F G R T V W VP R E D E S P O R T I V O G D S A E W Q Ç O A desafio! Encontre dez palavras que se referem ao tema “Jogo e esporte”. As palavras podem estar invertidas, na diagonal, na vertical ou na horizontal. Ao encontrar a palavra no quadro, risque-a da lista acima. Ataque Brincadeira Cooperativo Competição Defesa Esporte Jogo Popular Pré-desportivo Regras book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 21 29/10/13 19:00 22 Durante o percurso pelas várias etapas das Situações de Aprendizagem, alguns alu- nos poderão não apreender os conteúdos da forma esperada. É necessário, então, que outras situações sejam propostas, permitin- do ao aluno revisitar o processo de maneira diferente. Tais estratégias podem ser de- senvolvidas durante as aulas ou em outros momentos, individualmente ou em peque- nos grupos, envolvendo todos os alunos ou apenas os que apresentaram dificuldades. Por exemplo: f roteiro de estudos com perguntas nortea- doras elaboradas por você, para posterior apresentação por escrito; f apreciação e análise de filmes ou documen- tários, orientadas por você; f apreciação e registro, por parte do aluno, dos próprios movimentos e dos colegas; f pesquisas em sites ou em outras fontes para posterior apresentação e análise; f resolução de situações-problema sugeridas pelo professor, referentes a princípios gerais do esporte coletivo; f reapresentação da Atividade Avaliadora de- senvolvida em outra linguagem (por exem- plo: descrever verbalmente ou com dese- nhos as atividades realizadas na quadra); f atividade-síntese de um determinado conteú- do, em que as várias atividades sejam refeitas em uma única aula e discutidas posterior- mente (por exemplo: circuito que contemple diferentes tipos de jogos). Professor, leia agora com a classe a seção “Aprendendo a aprender”, do Caderno do Aluno. Procure mostrar aos seus alunos que se trata de um texto com informações extras e que não está diretamente ligado às Situações de Aprendi- zagem. Caso haja necessidade, você pode con- textualizar a informação utilizando-se de seus próprios conhecimentos. PROPOSTA DE SITuAçõES DE RECuPERAçãO Além dos conteúdos vivenciados em aula, o Caderno do Aluno apresentará dicas de alimentação e postura para você e toda sua família. Dessa maneira, você poderá con- tribuir para a saúde de todos. Neste Cader- no, a nossa dica é sobre alimentação. Faça várias refeições Observe se seus hábitos alimentares estão corretos. Para ter uma alimentação saudável, devemos nos preocupar com a quantidade e a qualidade do que comemos. O ideal é fazer de cinco a seis refeições por dia. Precisamos comer a cada três horas para que nosso or- ganismo funcione bem e se torne mais ativo. E quais seriam essas refeições, então? f café da manhã; f lanche da manhã; f almoço; f lanche da tarde; f jantar; f lanche da noite (opcional). Você já ouviu falar que, na época em que o homem vivia nas cavernas, era preciso caçar para conseguir alimento? Então, não era todo dia que ele tinha alguma coisa para comer e, às vezes, passava vários dias sem comida. Sabe o que o organismo dele fazia para enfrentar esse problema? Quando ha- via muito alimento, seu corpo guardava a energia (combustível) que sobrava, pois não sabia quando se alimentaria novamente. Nos dias de hoje, não vivemos mais em cavernas, mas não mudamos muito desde book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 22 29/10/13 19:00 23 Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1 aquela época. Continuamos adaptados à falta de alimentos. Por isso, nosso corpo ainda guarda aquela informação de que é preciso armazenar quando há comida em grande quantidade. E ele faz isso acumu- lando a energia que sobra na forma de gor- dura em diferentes regiões do corpo. Então, o que fazer para não guardar tanta gordura? Precisamos comer mais vezes, po- rém em porções menores. Assim, nosso cor- po se acostuma a receber sempre o alimento e aproveita melhor os nutrientes de que tanto precisamos. Viu como é importante não pas- sar mais de três horas sem comer? Lanches saudáveis Lanches que devemos evitar f sanduíches com pão integral e grãos; f barras de cereais; f água de coco e sucos naturais; f bolo simples (sem recheio ou cobertura); f biscoitos simples (de amido de milho, com leite) ou rosquinhas; f bolachas salgadas, como as de água e sal; f bolachas fibrosas, como as de aveia e mel, e outras integrais; f bisnaguinhas com requeijão, queijo branco ou geleia; f frutas; f iogurte. f salgadinho de pacote; f minibolo recheado; f pipoca doce ou salgada; f bolacha recheada ou do tipo wafer; f biscoitos de polvilho; f doces, balas e chocolates; f refrigerantes e sucos artificiais (em pó); f biscoitos salgados que não sejam de água e sal; f amendoins; f salgadinhos (coxinha, empadinha, rissoles). Agora, em grupo, discutam as seguintes questões: 1. Quantas refeições você faz por dia? Resposta pessoal. 2. Você chega a ficar mais de três horas sem se alimentar? Resposta pessoal. 3. Qual tipo de lanche você costuma fazer? Resposta pessoal. Dica! Então, lembre-se: faça de cinco a seis refei- ções diárias. Preste atenção na quantidade e na quali- dade dos alimentos que ingere, comendo mais vezes, porém em porções menores. Dica! No quadro a seguir, você encontra recomendações de lanches saudáveis e outros que você deve evitar. book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 23 29/10/13 19:00 24 Livros BRACHT, Valter. Sociologia crítica do espor- te: uma introdução. 3. ed. Ijuí: unijuí, 2005. O autor apresenta elementos teóricos para uma melhor compreensão das críticas que se fazem ao esporte. BROTTO, Fábio O. Jogos cooperativos: se o importante é competir, o fundamental é cooperar! Santos: Projeto Cooperação, 1997. O autor apresenta estratégias para diferentes situações que envolvem jogos, basea das na cooperação entre os participantes, com a in- tenção de questionar as condutas competiti- vas. ORLICK, Terry. Vencendo a competição. São Paulo: Círculo do Livro, 1989. O autor propõe os princípios dos jogos cooperativos – a coope- ração, a aceitação, o envolvimento e a diversão – como maneira de mudar as características presentes nos jogos competitivos, como a ex- clusão, a seletividade, a violência etc. Artigos CORREIA, Marcos Miranda. Jogos coope- rativos e Educação Física escolar: possibili- dades e desafios. Lecturas: Educación Fisica y Deportes, Buenos Aires, v. 12, n. 107, abr. 2007. Disponível em: <http://www.efdeportes. com/efd107/jogos-cooperativos-e-educacao- fisica-escolar.htm>. Acesso em: 28 out. 2013. O objetivo do autor é relatar sua experiência como professor e pesquisador interessado nos jogos cooperativos, fazendo uma revisão da li- teratura e apontando possibilidades e desafios para o trabalho na Educação Física escolar. DAOLIO, Jocimar. Jogos esportivos coletivos: dos princípios operacionais aos gestos técnicos – modelo pendular a partir das ideias de Claude Bayer. Revista Brasileira de Ciência & Movimento, Brasília, v. 10, n. 4, p. 99-103, 2002. Disponível em: <http://sistemas. eeferp.usp.br/myron/arquivos/7844237/ a10c682c8393639f3cd41cdbbb312991.pdf>. Acesso em: 22 maio 2013. Partindo das ideias de Claude Bayer sobre o esporte coletivo, este artigo propõe um modelo pendular para o ensino das modalidades coletivas, tendo na sua base os princípios operacionais e na extremidade os gestos técnicos. Sites Aracati – Caderno de Jogos Cooperativos. Dis- ponível em: <http://aracati.ning.com>. Aces- so em: 22 maio 2013. Site de uma organização não governamental que se propõe a contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de participação juvenil no Brasil. Apresenta a fundamentação pedagógica dos jogos coope- rativos e diversos exemplos. Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais. Disponível em: <www.educacao.mg. gov.br>. Acesso em: 22 maio 2013. Apresen- ta orientações curriculares para as disciplinas escolares, com pequenos textos quepodem auxiliar o professor em suas aulas, ou ser utili- zados como leitura para os alunos. Filme Uma aventura do Zico. Direção: Antônio Car- los de Fontoura. Brasil, 1998. 93 min. Livre. uma rede de TV promove uma “peneira” para escolher garotos que serão treinados pelo cra- que zico em uma escolinha de futebol. O filho mimado de um milionário não é selecionado, e o pai contrata um cientista, que cria um clo- ne de zico para treinar seu filho. Aí começam as confusões, com os diferentes estilos de trei- namento dos dois “zicos”: um mais lúdico, que inclui a participação de todos, e outro di- retivo, que busca apenas a vitória. RECuRSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR E DO ALuNO PARA A COMPREENSãO DO TEMA book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 24 29/10/13 19:00 25 Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1 A Educação Física possibilita aos alunos a elaboração de uma série de conheci- mentos relativos ao Se-Movimentar, e é ao compreender, sentir e manifestar seu movimento que os seres humanos interagem com o ambiente em que vivem. uma parte desses conhecimentos faz referência aos va- lores atribuídos à necessidade da prática regular de atividade física para a busca e a manutenção de uma melhor qualidade de vida. Para tanto, é preciso favorecer o pen- samento criterioso dos alunos com conheci- mentos sobre o funcionamento do organismo humano, de modo a possibilitar o acesso aos saberes que estão atrelados à prática de ativi- dades físicas. Na 5a série/6o ano do Ensino Fundamental, a introdução ao tema “Organismo humano, movimento e saúde” tem por finalidade levar os alunos a compreender a relação entre essas dimensões fundamentais da nossa vida. Neste Caderno, serão enfocadas algumas capacida- des físicas (flexibilidade, velocidade e agilida- de) de forma mais sistematizada, fazendo que os alunos não só as vivenciem em aula, mas identifiquem e se apropriem de alguns de seus princípios básicos, como parte do início da cons- trução da autonomia nas práticas da Cultura de Movimento. Outras capacidades físicas serão aborda- das no volume seguinte, e suas aplicações e relações com o esporte, a ginástica, a luta e o treinamento físico serão desenvolvidas ao longo do Ensino Fundamental. Paralela- mente às capacidades físicas, neste volume TEmA 2 – orgAniSmo humAno, moVimEnTo E SAúdE – CApACidAdES FÍSiCAS: noçÕES gErAiS (AgiLidAdE, VELoCidAdE E FLEXibiLidAdE ) E A imporTÂnCiA do ALongAmEnTo E do AQuECimEnTo também serão abordados o alongamento e o aquecimento, práticas necessárias para a exe- cução de algumas manifestações da Cultura de Movimento. As capacidades físicas Há um consenso de que as capacidades físicas possuem um componente inato ou intrínseco, modificável pelo ambiente, e que necessitem de ações que as estimulem para seu desenvolvimen- to. Essas capacidades físicas permitem melho- rar a realização de qualquer tipo de movimento, exceto quando há algum comprometimento na estrutura orgânica. Observa-se a importância das capacidades físicas tanto no desempenho dos atletas quanto no das pessoas que não bus- cam o alto rendimento no esporte, constituin- do-se em componentes importantes da saúde, da aptidão física e do bem-estar de qualquer ser humano. Para Tani e colaboradores (1988, p. 67), as capacidades físicas “são características funcionais essenciais na execução de uma habilidade motora. Quando desenvolvidas, proporcionam ao executante uma melhoria do nível de habilidade”. A compreensão das diferentes manifestações das capacidades físicas e suas contribuições para a melhoria funcional do organismo deve ser fo- mentada no âmbito escolar, para demonstrar a necessidade da realização de atividades físicas regulares, não só durante as aulas de Educação Física, mas por toda a vida. book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 25 29/10/13 19:00 26 Alongamento e aquecimento O organismo humano necessita de enca- minhamentos para responder adequadamente às necessidades contextuais e às demandas do ambiente. A intenção de conhecê-los é propi- ciar aos alunos informações que possibilitem o Se-Movimentar em conformidade com as soli- citações das diversas manifestações da Cultura de Movimento, como a percepção e a preserva- ção de uma boa qualidade da saúde orgânica em diferentes situações do cotidiano. Com relação ao alongamento, Saba (2004, p. 121-122) afirma que essa prática favo- rece a manutenção ou o aumento da capacida- de física de flexibilidade. Ainda para o autor, “o alongamento evita o encurtamento da mus- culatura em razão do seu fortalecimento ou enrijecimento e permite que os movimentos continuem sendo realizados em sua amplitude normal, evitando lesões; e ainda promove uma recuperação mais rápida após esforço com so- brecarga”. Barbanti (2003) classifica o alonga- mento em dois tipos: dinâmico e estático. Ao considerar o alongamento como um conteúdo a ser tratado neste ciclo de esco- larização, há que se pensar na prática, nas condutas e nos conceitos que podem ser so- cializados em Situações de Aprendizagem. Já a abordagem do aquecimento requer, inicial- mente, uma analogia com aquilo que o ato de aquecer produz no organismo. Se a expressão “aquecimento” pode ser utilizada para o organismo humano, isso significa que ele necessita de uma prepara- ção para realizar uma série de movimentos nas aulas de Educação Física, associados aos diversos elementos da Cultura de Mo- vimento. Olhando por outra perspectiva, o sujeito que Se-Movimenta pode perceber que a alteração do estado de repouso de seu organismo requer respostas fisiológicas e anatômicas compatíveis com as intenções de seus movimentos. Para Saba (2004, p. 122-124), “o aqueci- mento deve ser realizado no momento transi- tório entre o repouso ou um estado de menor intensidade fisiológica e o estado de esforço físico, de modo a preparar a estrutura ana- tômica e fisiológica do organismo humano para alcançar um desempenho desejável na atividade física, evitando, assim, o mal-estar ocasionado pela alteração fisiológica súbita e diminuindo os riscos de estiramentos muscu- lares, problemas cardíacos etc.”. Por exemplo, observar uma partida de voleibol com os jogadores alcançando a Algumas definições: flexibilidade, velocidade, agilidade Flexibilidade: é a capacidade que permite “a amplitude máxima de um movimento, em uma ou mais articulações” (GOBBI; VILLAR; zAGO, 2005, p. 184), sem causar lesão. Para Saba (2004, p. 104), “flexi- bilidade é a capacidade de realizar movimentos amplos, utilizando com facilidade a mobilidade articular”. Velocidade: é a capacidade de mover o corpo ou parte dele com rapidez ou no menor tempo possível. Na Educação Física, usualmente, é associada à velocidade máxima, que é “o limite superior de veloci- dade que um indivíduo consegue desenvolver na realização de uma tarefa motora” (GOBBI; VILLAR; zAGO, 2005, p. 129). Pode ser classificada em diferentes tipos: velocidade de reação, acíclica e cíclica. Agilidade: é a capacidade de “realizar movimentos de curta duração e alta intensidade com mudan- ças de direção ou alterações na altura do centro de gravidade do corpo, com aceleração ou desacelera- ção” (GOBBI; VILLAR; zAGO, 2005, p. 130). book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 26 29/10/13 19:00 27 Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1 bola para o ataque em alturas inimagináveis, observar a amplitude de movimentos de uma bailarina na apresentação de um espetáculo de dança, observar um jogador de basquete- bol, handebol ou futebol nas constantes cor- ridas de velocidade para a realização de um contra-ataque etc. permite entender que, para a manifestação daquele gesto, é preciso en- gajar o próprio organismo em um conjunto de ações que o preparem para aquela ação, e, entre elas, está o aquecimento. Além disso, é preciso que os alunos compreendam a im- portância do aquecimento nas mais variadas atividades cotidianas, de modo a favorecer um estado saudável demanutenção e funciona- mento do próprio corpo. SITuAçãO DE APRENDIzAGEM 5 TODOS SOMOS CAPAzES possibilidades interdisciplinares Professor, o tema “Organismo humano, movimento e saúde” poderá ser desenvolvido de modo integrado com outras disciplinas, na medida em que envolvem conteúdos comuns. Por exemplo: Ciên- cias (estudo do organismo humano, da saúde, da temperatura corporal) e Matemática (elaboração de critérios para quantificação de algumas características). Converse com os professores responsáveis por essas disciplinas em sua escola. Essa iniciativa facilitará a compreensão dos conteúdos de forma mais global e integrada pelos alunos. A princípio, abordam-se a necessidade e a importância da realização de um aqueci- mento prévio. Sugere-se desenvolver o con- teúdo de práticas de aquecimento de modo integrado com o tema “Jogo e esporte”. Em seguida, a realização de um circuito de exercícios permitirá vivenciar a velocidade e a agilidade e, a seguir, formular conceitos iniciais dessas capacidades. A etapa seguin- te propõe a vivência do alongamento como uma prática propiciadora da flexibilidade, relacionando-a com atividades físicas di- versas. Por fim, a avaliação prevê o envol- vimento dos alunos na elaboração de uma atividade que contemple os conhecimentos construídos. Conteúdo e temas: capacidades físicas: agilidade, velocidade e flexibilidade; alongamento e aquecimento. Competências e habilidades: identificar as capacidades físicas de velocidade, agilidade e flexibilida- de presentes nas atividades do cotidiano e em algumas manifestações da Cultura de Movimento; reconhecer a importância e as características do aquecimento; reconhecer a importância do alonga- mento para o organismo humano; relacionar as capacidades físicas de velocidade, agilidade e flexibi- lidade com as práticas de aquecimento e alongamento. Sugestão de recursos: bola; cronômetro; apito. book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 27 29/10/13 19:00 28 desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 5 Professor, antes de iniciar a Eta- pa 1, solicite aos seus alunos que realizem as atividades a seguir. Com elas você poderá levantar os conhecimentos prévios da classe acerca do assunto. Você vivenciou os jogos populares, cooperativos e competitivos. Algumas si- tuações de jogo foram prazerosas, outras frustrantes; em determinados movimentos você teve mais facilidade, em outros nem tanto. Chegou a hora de entender um pou- co mais sobre o que proporcionou todas es- sas experiências: seu corpo! Você conhece seu corpo? Tudo bem, é claro que você sabe onde está seu nariz, por onde entra e por onde sai o alimento ingerido e seu excesso. Mas sabe o que acontece com seu corpo en- quanto você joga, por exemplo? Vamos ver? Ao ler as frases a seguir, escreva: f Concordo. – se você concordar com a in- formação; f Discordo. – se você discordar; f Não sei. – se você não tiver certeza. 1. O aquecimento serve para preparar o cor- po para a atividade física. Concordo. 2. O suor é consequência do excesso de água no organismo. Discordo. 3. Sua velocidade, flexibilidade e agilidade são as mesmas antes e depois do aquecimento. Discordo. 4. Alongamento só serve para quem faz dan- ça ou ginástica. Discordo. Etapa 1 – Aquecendo para o jogo Organize o aquecimento destacando, distinta- mente, as duas fases, geral e específica, de modo que os alunos percebam o encadeamento de am- bas nos jogos que serão desenvolvidos. A fase ge- ral começa com caminhadas em ritmos variados, podendo ser introduzida uma leve corrida. Após o término dessa fase, inicie alguns movimentos de alongamento para as partes específicas do corpo que serão mais solicitadas no jogo e, por fim, crie com os alunos alguns exercícios que preparem, gradativamente, as estruturas articulares e mus- culares envolvidas. Problematize a questão do aquecimento junto aos alunos em quatro momentos: ini- cialmente, antes do aquecimento, levantando as principais ideias a respeito da atividade; segundo, após a fase geral; terceiro, após a fase específica; e quarto, no final da aula, para que os alunos reflitam sobre a relação entre o aquecimento e o desempenho no jogo. Sugere-se que, ao término dos quatro momentos de problematização, seja construí- do um painel com as principais hipóteses e confirmações de dados obtidos pelos alunos, para que possam anotá-los ao final da aula. Etapa 2 – Velozes e ágeis Os alunos vivenciaram as capacidades físi- cas de velocidade e agilidade ao longo do En- sino Fundamental dos Anos Iniciais. Agora, é possível ampliar essas capacidades físicas, explorando suas aplicações nas diversas ma- nifestações da Cultura de Movimento. Para isso, são sugeridos dois momentos: f organize um circuito de exercícios que exija organize um circuito de exercícios que exija or as capacidades de agilidade e velocidade di- retamente relacionadas. A capacidade de ve- locidade poderá ser desmembrada em tipos determinados, de acordo com a classificação e adequada à faixa etária: velocidade de rea- ção (exemplo: reagir a um estímulo para apa- 29 Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1 nhar uma bola e voltar ao local de origem), velocidade de deslocamento (exemplo: corri- da veloz em um espaço determinado) e velo- cidade acíclica (exemplo: corrida para saltos em distância no colchão). Para isso, organize pelo menos quatro estações no circuito, sen- do três específicas de velocidade e uma de agilidade (exemplo: levar o maior número de objetos de um ponto a outro, com mudança de direção); f organize um evento (gincana, torneio de jogos etc.) em que os alunos marquem pontos nas atividades sempre que executa- rem ações ágeis ou velozes. É importante que os alunos participem do processo de criação da atividade, o que possibilitará que percebam mais facilmente a presença das capacidades físicas em algumas mani- festações da Cultura de Movimento. Problematize esta atividade, enfatizando as características que definem cada uma das capacidades de velocidade e agilidade envolvi- das em cada exercício. Professor, concluída mais uma etapa desta Situação de Aprendi- zagem, dê continuidade à sistema- tização das vivências práticas dos alunos, propondo-lhes as atividades a seguir. Nas situações de jogo, além de com- preender a estrutura da atividade, as re- gras, a origem, cooperar e competir, você precisou correr, saltar, girar, arremessar, equilibrar-se, fintar, driblar (bater bola) etc. Para que você conseguisse fazer tudo isso, precisou usar suas capacidades físicas e já percebeu que, a cada ano, essas capacida- des melhoram. Isso acontece por dois moti- vos: pelo desenvolvimento da sua estrutura física e pela prática de atividades físicas. Já notou que, quando praticamos uma ati- vidade com frequência, fazemos isso cada vez melhor? Você trabalhará essas capa- cidades físicas com a turma; em especial, vocês vivenciarão a flexibilidade, a velocidade e a agilidade. Será que você teve algumas dessas capaci- dades diminuídas? Vamos descobrir! Pergunte a alguém que o conhece desde quando você era bebezinho, se você era bem “molinho” e se conseguia pôr o pé na boca. Pen- se um pouco no que lhe disseram e responda: 1. Você conseguia? Ainda consegue? Resposta pessoal. É possível que, nesta fase do desenvolvi- mento, o aluno já experimente uma diminuição da flexibili- dade. A intenção é que esta reflexão desperte a curiosidade para a capacidade física envolvida e o tipo de exercício que se pratica a fim de melhorá-la. 2. Qual capacidade está envolvida nessa execução? Flexibilidade. 3. Que tipo de exercício fazemos para melho- rar essa capacidade? Alongamento. Etapa 3 – Seres elásticos! Como assim? A proposta desta etapa é criar um am- biente de melhoria da amplitude de movi- mento nas diferentes situações cotidianas da atividade física, enfatizando a flexibilidade. É importante ressaltar que o objetivo não é aumentar o nível de flexibilidade dos alunos em poucas aulas,mas fazê-los compreender que, se essa capacidade for exercitada, é possí- vel realizar melhor diversas atividades da Cul- tura de Movimento. Sugira aos alunos que realizem exercícios específicos para a flexibilidade de determi- nadas articulações, envolvidas nos principais movimentos exigidos em alguma etapa de desenvolvimento do tema “Jogo e esporte”, como, por exemplo, em um jogo cooperativo ou pré-desportivo. book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 29 29/10/13 19:00 30 Problematize a atividade, levando em consi- deração o conceito de flexibilidade, sua relação com o alongamento e, consequentemente, com a necessidade de um aquecimento específico. Solicite aos alunos que façam as atividades a seguir. Elas são uma oportunidade de rever os conceitos vivenciados nesta Situação de Aprendizagem e solucionar dúvidas que ainda possam existir. Muito bem, foi dada a largada para o tema das capacidades físicas, mas antes precisamos “aquecer os motores”. Você vivenciou nas aulas a fase geral e a fase específica do aquecimento e aprendeu a importância do aquecimento na preparação para a atividade física, na prevenção das le- sões e no desempenho durante o jogo. Situação-problema Digamos que hoje é domingo e que, daqui a pouco, você vai jogar uma partida de taco, futebol ou vôlei ou brincar de esconde-es- conde ou pega-pega. Pensando no que você aprendeu nas aulas de Educação Física, como seria seu aquecimento? Resposta pessoal. É possível que, nesta fase do desenvolvimen- to, o aluno já experimente uma diminuição da flexibilidade. A intenção é que esta reflexão desperte a curiosidade para a capacidade física envolvida e o tipo de exercício que se pratica a fim de melhorá-la. Nas modalidades esportivas, todas as capacidades físicas são importantes. Mas, de acordo com a modalidade, uma capacidade é mais evidente na execução dos movimentos do que outras. Por exem- plo, um atleta de corrida precisa de flexibilidade e agilidade, mas a velocidade é a capacidade mais evidente no momento da corrida. Nas execuções seguintes, qual capacidade (agilidade, flexibilidade ou velocidade) está mais evidente? desafio! © N ik ol ae vi ch o/ St on e/ G et ty I m ag es © G re g C eo /T ax i/G et ty I m ag es f Capacidade: Velocidade. 1. Natação 2. Ginástica artística f Capacidade: Flexibilidade. book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 30 29/10/13 19:00 31 Educação Física – 5ª série/6º ano – Volume 1 1. Analise as seguintes situa- ções e anote a capacidade utili- zada em cada uma delas. a) Você dribla uma bola e um colega tenta tirá-la de você, mas você consegue fintá- -lo, passando por ele. Capacidade: Agilidade b) Você está frente a frente com um colega. Coloca o seu pé sobre o ombro dele e permanece na posição por 20 segundos. Capacidade: Flexibilidade c) Vocês estão em duas fileiras, uma de frente para a outra, a uma distância de dois metros. uma fileira se chama “dia” e a outra, “noite”. O professor chama o nome de uma das fileiras, que deve fugir da outra. Capacidade: Velocidade 2. Durante as aulas, você vivenciou diferentes atividades de agilidade, flexibilidade e velo- cidade. Descreva a que você mais gostou, por que e qual a capacidade utilizada. Resposta pessoal. Pretende-se verificar se o aluno identifica a capacidade estimulada na atividade escolhida por ele. 3. Apresente dois exercícios para melhorar a flexibilidade. Quais seriam? Resposta pessoal. Pretende-se verificar se o aluno identi- fica os alongamentos como exercícios para melhoria da flexibilidade. ATIVIDADE AVALIADORA Organize os alunos em três grupos res- ponsáveis por momentos distintos de uma sessão de atividades físicas: um grupo fica responsável pelo aquecimento; outro, por um jogo que envolva algumas das capacidades fí- sicas aprendidas; e o último se responsabiliza pelo alongamento final. Os alunos poderão consultar textos e sites para ampliar seu co- nhecimento. Será necessário que os grupos conversem entre si, de modo que os momen- tos distintos da aula tenham uma relação com os propósitos de cada grupo. O plano da sessão deverá ser apresentado por escrito, com as devidas fases registradas, e vivencia- do na quadra, com a participação de todos os alunos. Os indicadores de avaliação estão atrelados à participação dos alunos nas vivências e nas discussões propostas para os momentos de problematização, bem como na organização e reorganização da sessão de atividades físicas proposta pelos grupos, segundo os conheci- mentos elaborados ao longo das aulas. PROPOSTA DE SITuAçõES DE RECuPERAçãO Durante o percurso pelas várias etapas da Situação de Aprendizagem, alguns alunos poderão não apreender os conteúdos ou de- senvolver as habilidades da forma esperada. É necessário, então, professor, elaborar ou- tras Situações de Aprendizagem, permitindo ao aluno revisitar o processo de outra manei- ra. Tais estratégias podem ser desenvolvidas durante as aulas ou em outros momentos, individualmente ou em pequenos grupos, en- volvendo todos os alunos ou apenas os que apresentaram dificuldades. Por exemplo: book_EDFIS-SPFE-2014_5s_CP_vol1.indb 31 29/10/13 19:00 32 f roteiro de estudos com perguntas nortea- doras elaboradas por você, para posterior apresentação por escrito; f pesquisas em sites ou em outras fontes para posterior apresentação e análise; f apreciação e registro, por parte do aluno, dos próprios movimentos e dos colegas; f atividade-síntese do conteúdo em que as várias atividades sejam refeitas em uma única aula e discutidas posteriormente (por exemplo, circuito que contemple as capaci- dades físicas tratadas neste Caderno). RECuRSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR E DO ALuNO PARA A COMPREENSãO DO TEMA Livros BARBANTI, Valdir J. Dicionário de educa- ção física e esporte. 2. ed. São Paulo: Manole, 2003. O autor apresenta definições e conceitos das capacidades físicas na área de Educação Física e esporte. GOBBI, Sebastião; VILLAR, Rodrigo; zAGO, Anderson S. Bases teórico-práticas do condicionamento físico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Traz extensa abor- dagem sobre as diferentes capacidades físicas, caracterizando a relação de cada uma delas com a condição de saúde e seu desenvolvimento ao longo da vida. Destaca aspectos relacionados à infância, à adolescência e ao envelhecimento. SABA, Fábio. Mexa-se: atividade física, saú- de e bem-estar. São Paulo: Manole, 2004. Aborda a importância do alongamento e do aquecimento e suas implicações para as diver- sas situações do cotidiano. TANI, Go; MANOEL, Edison; KOKuBuN, Eduardo; PROENçA, José E. Educação Física escolar: fundamentos de uma abordagem desen- volvimentista. São Paulo: EPu/Edusp, 1988. Os autores apontam a importância e as caracterís- ticas das capacidades físicas, e suas implicações para a execução de diferentes habilidades. uLASOWICz, Carla; LOMÔNACO, José Fernando B. Educação Física escolar e mo- tivação: a influência de um programa de ensino sobre a prática de atividades físicas. Curitiba: CRV, 2011. O livro trata da in- fluência de um programa de ensino na mo- tivação para a prática de atividades físicas e verifica se as informações sobre os bene- fícios da atividade física e os malefícios do sedentarismo seriam capazes de motivar os alunos a praticar atividades físicas, aderin- do a elas não apenas na escola, mas, princi- palmente, na vida diária. Sites O Estudante e os Exercícios Físicos. Disponí- vel em: <http://www4.faac.unesp.br/pesquisa/ nos/mexa_se.htm>. Acesso em: 26 jul. 2013. O site traz informações sobre aquecimento e a importância do alongamento, acompanhadas de imagens. Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais. Disponível em: <http://www.educacao. mg.gov.br>. Acesso em: 22 maio 2013. Apresenta orientações curriculares divididas por disciplina escolar, com pequenos textos que podem auxiliar o professor em suas aulas, além de servirem como fonte de
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