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Avaliação da glicemia

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Profa. Rosângela Frade
Depto. de Bioquímica - UFPE
O pâncreas
Outra ação da 
insulina:
- Capitação de 
potássio na 
célula.
Deficiência:
Hiperpotassemia 
e 
hiperfosfastemia
Liberação da insulina
Controle da glicemia
Produção de insulina
Peptídeo C- Produzido na mesma proporção que a insulina, porém com depuração 
mais lenta (preferível, menos interferentes)
Ação da insulina
SS
SS
Insulina
Glucose
Transportador 
de Glucose
Receptor 
de Insulina
Diabetes
§ A diabetes melito é 
decorrente de uma 
anormalidade na 
produção (produção	
deficiente		pelas	células	beta	
do	pâncreas	ou	liberação	
anormal)	ou na utilização 
de insulina (disfunção de 
receptores celulares 
levando a resistência à 
insulina).
Deficiência/
resistência 
à insulina 
Acidose 
Hiperglicemia 
↑ Lipólise 
↑ AGL 
↑ Cetonas 
Vômito 
Diurese osmótica 
Glicosúria 
↓ Incorporação 
celular de glicose 
Hipotensão e 
Choque 
Desidratação 
Diabetes
§ Classificação (National Diabetes Data Group - 
NDDG):
ú Tipo I : insulino-dependente
ú Tipo II : não insulino-dependente
ú Outros: não-idiopáticas e gestacional
O déficit de insulina é 
grave. O glucagon atua 
sem oposição, 
resultando em intenso 
catabolismo protéico e 
lipídico, hiperglicemia 
(gliconeogênese 
elevada), 
hiperlipidemia e 
cetogênese aumentada. 
Há insulina em níveis 
suficientes para evitar a 
intensa lipólise vista no 
diabetes tipo 1. 
 Há intensa 
gliconeogênese e queda 
no consumo, gerando o 
acúmulo de glicose. A 
deposição de gordura 
no tecido adiposo está 
prejudicada (glicerol ↓). 
VLDL se acumula, 
gerando 
hipertrigliceridemia. 
Determinação da glicemia
§ Tipos de amostra
ú Soro separado das hemácias
ú Sangue total com fluoreto (plasma)
ú Sangue arterial e venoso apresentam mesmos 
valores no jejum
ú Após o desjejum, as amostras obtidas com 
sangue arterial (capilar) apresentam valores 
mais elevados.
Métodos de determinação da glicemia
Métodos	mais	utilizados	
– Enzimáticos	realizados	no	laboratório	ou	através	
de	glicosímetro	(confirmado	em	laboratório).	
Diagnóstico laboratorial da diabetes
§ Determinação da glicemia (método indireto)
§ Determinação aleatória : 	Segundo	recente	sugestão	da	
Associação	Americana	de	diabetes,	uma	glicemia	≥	a	200	mg/dL,	
colhida	a	qualquer	hora	do	dia,	desde	que	na	presença	de	
sintomas	de	diabetes,	também	é	suficiente	para	o	diagnóstico	de	
diabetes	mellitus.	
Diagnóstico laboratorial da diabetes 
Sistemas eletroquímicos
1. Glicose em jejum - GJ (70 a 99mg/dL)
2. Teste Oral de tolerância à glicose (TOTG)
ú Administração de grande dose de glicose para estimular os 
mecanismos homeostáticos do organismo.
ú Padronização para realização do teste: 
  Ingestão de pelo menos 100g de carboidratos/dia, 
durante 3 dias antes do teste.
  Jejum de pelo menos 10hs (não > 16hs).
  Administração de 75g ou 100g (gestantes) de dextrose 
em 300ml de água ingerida em 5min.
  O teste se inicia quando o paciente começa a ingerir.
ú A dosagem de glicose é realizada 
inicialmente e a cada 30min até o tempo 
total de 2 hs.
ú O pico é atingido geralmente entre 15min e 
1h.
ú Valor normal é obtido em 2 hs.
ú Pode haver uma pequena queda na glicemia 
que depois retorna aos valores de jejum.
ú O teste pode ser influenciado por obesidade, 
febre, variação diurna, stress, infarto agudo 
do miocárdio, traumatismos, queimaduras , 
idade , medicamentos, etc.
Glicose sanguínea
Pâncreas 
liberação de insulina
Glicose sanguínea
Monitorar processo em relação ao tempo
Absorção 
intestinal
Ingesta de 
glicose
Princípio
ú Interpretação da glicemia:
  Hipoglicemia no final da curva – Pode ocorrer 
no diabetes leve
­ Normalmente ocorre 3 a 5 hs após as 
refeições ou dose de carboidratos.
  TOTG achatado
­ Pico alcançado entre 20 – 40 mg/dL acima 
da GJ. Ex: má absorção de carboidratos e em 
menor proporção em indivíduos normais.
Interpretação da curva glicêmica
286 
214 
143 
 
 71 
 0
0 60 120
Ex:Curva 
diabética
Ex:Curva 
normal
Minutos após a ingestão de 75 g de glicose
  Diabetes melito
­ Sintomas clássicos (poliúria, cetúria, perda de peso, 
etc.) e GJ > 200mg/dL.
­ GJ > 126mg/dL em mais de uma ocasião (sem 
nenhuma condição que eleve a glicemia).
­ GJ menor que 126mg/dL, porém valores de 2hs do 
TOTG superiores a 200mg/dL. 
ú TOTG em crianças
  GJ > 200mg/dL e sintomas
­ 1,75g/Kg de peso até 75g
  GJ > 126mg/dL e valores de 2h> 200mg/dL
ú TOTG alterado por outros fatores
  Anormalidades dos hormônios supra-renais 
(adrenalina e cortisol), tiroxina, insuficiência 
renal, etc.
  Reprodutibilidade baixa (50-66%)
3. Testes de triagem (TOTG incompleto)
• GJ < 99mg/dL
• e Após 2h da ingestão do dextrosol < 200mg/dL
• Glicose pós-prandial (em pacientes já 
diagnosticados) - GPP < 200mg/dL
4. Dosagem de insulina
• Interferência de anticorpos anti-insulina, 
preferível peptídeo C
Glicose de jejum
≤ 99 ≥ 100 ≤ 125 ≥126 (2 amostras)
Normal Teste de sobrecarga à 
glicose (75 g de dextrosol 
via oral, zero e 120 min)
Diabetes 
mellitus
Zero: ≥ 100 e ≤ 125 
120 min: <140
Zero: ≥ 100 e ≤ 125 
120 min: ≥140 e ≤ 199
Zero: ≥100 e ≤ 125 
120 min : ≥200
Intolerância à 
glicose em jejum
Intolerância à 
glicose
Diabetes mellitus
 Dosagem de auto-anticorpos
• Anti-insulina (antes do tratamento com 
insulina); Anti ilhota; anti descarboxilase do 
ác. glutâmico. Importância no LADA 
(diabetes autoimune latente no adulto) e 
outros casos atípicos de diabetes.
Jovem obeso Adulto magro
Intolerância à lactose
Intolerância à lactose
A deficiência da lactase nas vilosidades intestinais causa o 
acúmulo de lactose, a lactose acumulada pode sofrer ação 
da lactase das bactérias intestinais produzindo gás 
hidrogênio, dióxido de carbono e ácidos orgânicos.
Curva de Tolerância à Lactose
-Procedimento: após um jejum de 10 h; colher amostras basal, 
30 e 60 minutos após lactose.
Dose administrada: 50 g de lactose (em crianças, 1 a 2 g de 
lactose / kg de peso corporal) deve ser consumida em 10 
minutos. 
-Valor de referência: elevação de 20 a 25 mg/dL na glicemia, 
após administração da lactose.
5. Hemoglobina glicada
• Dosagem utilizada no monitoramento de 
pacientes diabéticos.
• Percentual de hemoglobinas: HbA – 97,98%, 
HbA2 – 2,5%, Hb F – 0,5%
HbA
HbA0 HbA1
HbA1a2 HbA1b HbA1c
Também chamada A1C, 
corresponde a 80% 
da HbA1 (glicada) 
total. 
Valores de referência: 
4-6% da HbA.
Frutose 1,6-difosfato
Na valina 
aminoterminal 
da cadeia beta 
da HbA1: GlicoseGlicose 6-fosfato
Ácido pirúvico
HbA1a1
A	hemácia	é	permeável	à	
glicose
A	ligação	entre	a	Hb	e	a	
glicose	é	lenta	e	
irreversível	
Na	primeira	fase	gera	um	
composto	intermediário:	
pré-A1C	(HbA1c	lábil	e	
instável)
Na	segunda	fase	um	
composto	estável	é	
gerado:	tipo	cetoamina	
(não	dissociável)
A	HbA1c	se	acumula	nas	
hemácias	apresentando	
uma	meia	vida	
dependente	delas
Qual a utilidade da determinação dos níveis 
sanguíneos de hemoglobina glicada?
A	elevação	dos	níveis	de	glicose	sanguínea	
promove	a	glicação	de	proteínas,	
hiperosmolaridade	e	aumento	dos	níveis	
intracelulares	de	sorbitol.
A	elevação	da	glicemia	leva	ao	aumento	dos	
níveis	de	hemoglobina	glicada
Utilizada	como	um	índice	de	glicemia	média	
a	partir	das	médias	diárias	de	glicemia	
durante	os	últimos	2	a	3	meses.Os	níveis	de	A1C	acima	de	7%	estão	
associados	com	maior	risco	de	complicações	
crônicas	na	diabetes.
Impacto das 
glicemias na A1C 
50% - 1 mês 
25% - 2 meses 
25% - 3 meses 
The Effect of Intensive Treatment of Diabetes on the Development 
and Progression of Long-Term Complications in Insulin-Dependent 
Diabetes Mellitus 
The Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) Research Group 
N Engl J Med 1993; 329:977-986September 30, 1993 
Para	cada	1%	de	
redução	na	A1C	
↓43%	
Amputação	
ou	óbito	por	
DVP	
↓37%	
complicações	
microvascula-
res	
↓21%	
Óbito	
relacionado	a	
diabetes	
↓21%	
qualquer	
desfecho	
relacionado	a	
diabetes	
↓14%			
IM	fatal	e	
não	fatal	
Microalbuminúria	
Neuropa1a	
Nefropa1a	
Re1nopa1a	
A1C > 7% 
Risco relativo de 
complicações 
microvasculares 
Estudo DCCT, 1993 
Os	níveis	de	A1C	não	
retornam	ao	normal	
imediatamente	após		
a	normalização	da	
glicose	sanguínea	
Para	avaliação	da	eficácia	do	
tratamento,	os	níveis	de	A1C	
devem	ser	avaliados	somente		
um	ou	dois	meses	após	o	início	
ou	modificação	da	terapia	
Cálculo: http://professional.diabetes.org/
glucosecalculator.aspx
Em pacientes diabéticos a meta é: A1C até 7%
Cálculo da glicemia média estimada
Laudo	composto	de	três	resultados:HbA1c	
mmol/mol,	%	e	a	glicose	média	em	mg/dL
Não muito difundido 
no Brasil
Reatividade	química
• Colorimétrico:	
formação	do	5-
hidroximetil	furfural	
(5HMF)	
Metodologias mais utilizadas
Diferença	de	carga	
iônica
• Cromatografia	de	
troca	iônica	(HPLC)	
• Microcromatografia	
em	minicolunas	
contendo	resina	de	
troca	iônica
Características	
estruturais
• Cromatografia	de	
afinidade	(HPLC)	
• Imunoensaio	
turbidimétrico
O sangue é estável por uma semana sob refrigeração 
(2 a 8°C) ou a -70°C por pelo menos 12 meses
Utilizar sangue venoso ou arterial em EDTA 
Não é necessário jejum, porém amostras 
decorrentes de hipertrigliceridemia interferem 
nos resultados. Ideal: coleta pelo menos 2h 
após a ingestão de alimentos.
Interferentes	no	teste	de	A1C	
Diminuição	do	número	de	eritrócitos,	de	
hemoglobina	e	do	hematócrito,		níveis	
elevados	de	vitamina	C	e	E		
• Redução	do	valor	real	da	A1C	
Uremia,	aumento	do	número	de	glóbulos	
vermelhos,	níveis	elevados	de	ácido	
ace>lsalicílico,	álcool	
• Elevação	do	valor	real	da	A1C	
Frutosamina 
6. Frutosamina	(205	a	285µmol/L)	
ú Ligação da glicose a albumina e outras 
proteínas
ú Apresenta meia vida entre 20 e 30 dias
ú Reflete o controle glicêmico nas últimas 2 a 
3 semanas
ú Útil em monitoramento de pacientes 
diabéticos com hemoglobinopatias
ú Sofre interferência dos valores protéicos
  Geralmente é feito juntamente com a 
dosagem de proteínas 
ANÁLISE DA URINA
 Glicose na Urina
 A glicosúria permite o monitoramento e uma boa varredura inicial do 
Diabetes mellitus.
Limiar renal = 160 a 180 mg/dL.
 
Obs. O nível de glicose na urina é o reflexo da glicemia integrada durante 
o tempo de formação da urina.
 Cetonas na urina/plasma
 Os corpos cetônicos: acetona, acetoacetato e β-hidroxibutirato, são 
produzidos em resposta a má utilização da glicose sérica.
4Existem, ainda, exames para detecção das complicações 
secundárias ao diabetes que devem ser feitos esporadicamente, 
segundo orientação do médico.
Microalbuminúria
 É uma taxa de excreção intermediária entre a normalidade 
(2,5-30 mg/dia) e a macroalbuminúria ( > 300 mg/dia).
Amostra: urina de 24 h.
Importância: é um sinal precoce e reversível de lesão renal.
 
Perfil lipídico
 Dosagem de colesterol total (CT), LDL, HDL, triglicerídeos. Um 
perfil lipídico adverso, CT alto, LDL alto e HDL baixo são fatores 
de risco para formação de ateromas. Este aumento pode ser 
decorrente da lipólise aumentada na diabetes.
 
Hipoglicemia
A hipoglicemia - nível de glicose sanguínea abaixo de 
45 mg/dL. 
Sinais e sintomas:
 Sudorese
 Taquicardia
 Fraqueza
 Tremores
 Náuseas.
Hipoglicemia
Diagnóstico Laboratorial 
 
- Glicose sanguínea
- Insulina plasmática – diagnóstico do insulinoma
- Razão insulina/glicose – até 0,30
- Peptídeo C do plasma – pode diferenciar entre a hipoglicemia 
devida ao insulinoma (peptídeo C alto) e aquela devida à insulina 
exógena (peptídeo C baixo)
Hipoglicemia
Hipoglicemia em pacientes diabéticos insulino-dependentes:
- Ingestão insuficiente de carboidratos
- Excesso de insulina ou de sulfoniluréia
- Exercício vigoroso
- Ingestão excessiva de álcool
Hipoglicemia
Hipoglicemia do jejum
 - insulinoma 
 - câncer
 - doença hepática
 - doença de Addison – deficiência de glicocorticóide
 - sépsis
Hipoglicemia reativa
 - medicamentos
 - alimento (resposta exagerada - insulina)
 - álcool
Hipoglicemia
Hipoglicemia neonatal
- Retardo de crescimento intra-uterino 
 Bebês muito pequenos podem conter reservas inadequadas de 
glicogênio, como também bebês prematuros. 
- Erros hereditários do metabolismo
 
Galactosemia e a doença de armazenamento do glicogênio.
Hipoglicemia
Galactosemia
 É um distúrbio genético raro transmitido como um caráter recessivo 
autossômico.
O metabolismo da galactose envolve as seguintes etapas:
 Galactose + ATP galactose 1-PO4 + ADP
 Galactose 1-PO4 + glicose UDP galactose UDP + glicose 1-PO4
 Galactose UDP glicose UDP 
 
I. Galactoquinase – catarata juvenil
II. Galactose-1-fosfato uridil transferase - falha no desenvolvimento, retardo mental, 
icterícia, cirrose e catarata juvenil
III. Uridina difosfato (UDP) glicose-4-epimerase – é rara e relativamente assintomática
I
II
III
“Os céus declaram a glória de 
Deus e o firmamento anuncia a 
obra das suas mãos”. Salmos 19:1

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