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LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA

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LEI DE 
DROGAS 
ESQUEMATIZADA 
PARA CONCURSOS 
 
 
 
 
Alison Rocha 
Atualiza com a jurisprudência do STF e STJ, doutrina e legislação (Lei nº 13.840/2019) 
 
ABRANGE: 
• Ponto de maior incidência nas provas 
• Esquemas e macetes 
• Processo avançado de memorização 
• Questões comentadas 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
UNIDADE 1 Antinomia aparente de normas penais na lei de drogas 
 
UNIDADE 2 Delito de posse de drogas ilícitas para consumo pessoal 
2.1 Semeia, cultiva e colhe pequena quantidade para consumo pessoal 
2.2 Critérios utilizados para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal 
2.3 Garantia do cumprimento das medidas socioeducativas 
UNIDADE 3 Vedação da prisão em flagrante para o usuário de drogas 
UNIDADE 4 Repressão à produção não autorizada de drogas 
UNIDADE 5 Tráfico ilícito de drogas (art.33 caput e § 1º) 
5.1 Outras condutas de tráfico 
5.2 Delito de induzimento, auxílio ou instigação ao uso indevido de droga 
5.3 Delito do uso compartilhado 
5.4 Causa de diminuição de Pena nos delitos tráfico 
 
UNIDADE 6 Apetrechos de fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas 
 
UNIDADE 7 Delito de associação para o tráfico 
 
UNIDADE 8 Financiamento do tráfico 
8.1 Entendimento doutrinário 
 
UNIDADE 9 Informante do tráfico 
 
UNIDADE 10 Prescrição ou ministração culposa de drogas 
 
UNIDADE 11 Condução de embarcação ou aeronave sob o efeito de drogas 
 
UNIDADE 12 Causas de aumento de pena 
UNIDADE 13 Delação premiada 
UNIDADE 14 Aplicação da pena 
LEI DE DROGAS ESQUEMATIZADA (LEI Nº 11.343/06) 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
UNIDADE 15 Vedações 
 
UNIDADE 16 Imputabilidade 
16.1 Semi-imputabilidade 
 
UNIDADE 17 Da investigação, procedimentos e inquérito policial 
 
UNIDADE 18 Competência 
 
UNIDADE 19 Diversos entendimentos jurisprudenciais 
 
UNIDADE 20 Referência Bibliográfica 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
 
CONCEITO: A doutrina define que “há um conflito estabelecido, entre duas ou mais normas aparentemente aplicáveis 
ao mesmo fato”. Por isso, o conflito é aparente, pois há mais de uma norma pretendendo regular o mesmo fato; 
entretanto, somente uma delas será aplicada ao caso. Destarte, para solucionar tal conflito, torna-se necessário que 
busquemos a aplicação de alguns princípios, como por exemplo: Subsidiariedade, Especialidade, Consunção e 
Alternatividade – S E C A (Grifei). 
 
O QUE É PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE? 
O princípio da especialidade evidencia que a norma especial afasta a incidência da norma geral. Neste viés, a “norma 
se diz especial quando contiver os elementos de outra (geral) e acrescentar pormenores. Não há leis ou disposições 
especiais ou gerais, em termos absolutos. Resultam da comparação entre elas, da qual se aponta uma relação de 
espécie a gênero. A norma será preponderante quando especial” (Grifei). 
EXEMPLO: Tico, imputável, entrega cola de sapateiro para Ricardo, de 15 anos completos, em ato continuo, Tico é 
detido em flagrante por policiais que passavam próximo ao local e presenciaram o fato. Nesta situação hipotética, o 
Delegado de polícia, Alison Rocha, ao lavrar o auto de prisão em flagrante, indiciará Tico na conduta tipificada no art. 
243 do Estatuto da Criança e Adolescente – ECA (8.069/90), porquanto tal dispositivo menciona que: Art. 
243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a 
adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência 
física ou psíquica (...) (Atualizada pela Lei nº 13.106, de 2015). De acordo com a Portaria SVS/MS no344, de 12 de maio 
de 1998, não aparece em sua lista, cola de sapato (componente tolueno). Nesse caso, aplica-se o princípio da 
especialidade por ter envolvido um adolescente, porque não foi explicitado o termo “DROGA ILÍCITA”, se fosse, 
haveria a conduta delituosa preceituada na nova lei de drogas (Lei nº 11.343/06), em tese, no art.33, c/c inciso VI, do 
art. 40, ambos da lei 11.343/06. 
 
 
IMPORTANTE:A norma Especial será aplicada, seja ela mais grave ou não. 
UNIDADE 1 
Antinomia Aparente de Normas Penais na Lei de Drogas (Conflito Aparente de Normas Penais) 
QUADRO SINÓTICO 
COM OUTRO EXEMPLO 
CONTRABANDO 
ART. 334-A do CP 
TRÁFICO INTERNACIONAL 
DE DROGAS 
ART. 33, CAPUT 
QUALQUER 
MERCADORIA 
PROIBIDA 
A MERCADORIA PROIBIDA 
É, ESPECIFICAMENTE, 
SUBSTÂNCIA 
ENTORPECENTE 
NORMA GERAL NORMA ESPECIAL 
ATENÇÃO: Trabalharei somente o princípio da especialidade, por ser o cerne da obra, porquanto esse assunto está 
atrelado diretamente às leis especiais ou extravagantes. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 QUESTÕES DE PROVAS 
 
(DELEGADO DE PC/ES – CESPE) 
1. Considere a seguinte situação hipotética. O comerciante Ronaldo mantém em estoque e 
frequentemente vende para menores em situação de risco (meninos de rua) produto industrial conhecido 
como cola de sapateiro. Flagrado pela polícia ao vender uma lata do produto para um adolescente, o 
comerciante foi apresentado à autoridade policial competente. Nessa situação hipotética, caberá ao 
delegado de polícia a autuação em flagrante de Ronaldo, por conduta definida como tráfico de substância 
entorpecente. 
 
(AGENTE DE PC/ES – CESPE) 
2. O agente que infringe o tipo penal da lei de drogas na modalidade de importar substância entorpecente 
será também responsabilizado pelo crime de contrabando, visto que a droga, de qualquer natureza, é 
também considerada produto de importação proibida. 
 
 
 GABARITOS COMENTADOS 
1. COMENTÁRIO: O item está errado. O examinador testa o candidato mais uma vez, porquanto cobra um 
tema moderno, o conflito aparente de normas penais, em um de seus princípios, o da especialidade. Vejamos 
com a explanação: o Comerciante terá que responder pela a conduta na lei nº 8.069/90, no art. 243 (...), 
produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica (...), porque a conduta de vender 
cola de sapato envolveu adolescente e a droga não está na portaria nº344 SVS/MS. 
 
 
2. COMENTÁRIO: O item está errado. Neste sentido, o conflito aparente de normas penais, em um de seus 
princípios, o da especialidade. Vejamos com a explanação: o agente criminoso, ao introduzir substância 
entorpecente (droga ilícita) no Brasil, ele pratica o crime do art.33, caput, da lei 11.343/06, na elementar – 
IMPORTAR. Não pode, o criminoso, nessas circunstâncias apresentadas no item, sofrer a reprimenda do 
art. 334-A (contrabando) do Cód. Penal, por mais que tal dispositivo tenha a elementar IMPORTAR, visto 
que neste pune-se qualquer mercadoria proibida (norma geral) e naquele (lei de drogas) pune-se 
especificamente os casos que envolvam mercadoria proibida, mas que seja considerada droga ilícita, de 
acordo com a portaria do Ministério da Saúde. Aplica-se, assim, o princípio da especialidade e o agente 
delitivo responderá somente pelo tráfico de drogas (art. 33,caput ). 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA! 
1. O STF sedimentou que por ter o legislador excluído do preceito secundário da norma as penas privativas 
de liberdade, estabelecendo penas educativas e restritivas de direito, gerou um grande conflito (ver RE 
430.105-9-RJ), posto que embora tenha ocorrido a exclusão das penas privativas de liberdade (detenção ou 
reclusão), não houve a abolitio criminis, mas somente a despenalização. No entanto, há um Recurso 
Extraordinário nº 635659, que pode descriminalizar o consumo e o porte para uso da maconha. 
“O STF sinaliza que o artigo 28 da Lei de Drogas fere os princípios da CRFB e, portanto, defendem a sua 
inconstitucionalidade, visto que a criminalização do consumo e porte de maconha podem ser declarados 
inconstitucionais, baseados nos princípios da individualidade e da vida privada, pois o Estado não pode se 
meter na privacidade das pessoas tampouco pode criminalizar uma conduta quenão fere direitos de 
terceiros. A autolesão é um exemplo claro. Se alguém desferir uma facada nela mesma, não se trata de crime, 
pois não ofende terceira pessoa”. 
 
Professor Alison, o que faço na prova? 
Pois bem, na prova objetiva, enquanto não for declarada a inconstitucionalidade do art.28 da lei em 
comento você irá marcar a alternativa que apresente como resposta que não houve a descriminalização do 
art.28 caput, que continua sendo considerado crime pelo ordenamento jurídico pátrio. 
Na prova discursiva e oral você irá complementar sua resposta com a atual discussão no STF sobre a 
constitucionalidade do art. 28 da lei de drogas. 
A doutrina majoritária diz que houve a despenalização ou a descarcerização do art.28 da lei de drogas. 
 
2. Os oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que participaram do julgamento em 15.06.11 foram 
unânimes em liberar as manifestações pela legalização das drogas, como a Marcha da Maconha, no Brasil. 
Eles consideraram que as manifestações são um exercício da liberdade de expressão e não apologia ao 
crime, como argumentavam juízes que já proibiram a marcha anteriormente. 
 
3. Classifica-se como "droga", para fins da Lei nº 11.343/2006 (Lei de Drogas), a substância apreendida que 
possua "canabinoides" (característica da espécie vegetal Cannabis sativa), ainda que naquela não haja 
tetrahidrocanabinol (THC) (STJ/2016). 
 
UNIDADE 2 
Delito de posse de drogas ilícitas para consumo pessoal (art. 28, caput) 
Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas 
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes 
penas (...). 
A nova lei de drogas aboliu as penas privativas de liberdade cominadas na antiga lei, estabelecendo as 
seguintes sanções como medidas restritivas de direito: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
DOUTRINA! 
Consoante a doutrina clássica, o crime se consuma com a realização de alguma das condutas descritas na 
norma penal. Além disso, a doutrina majoritária sedimentou entendimento no qual, nessa conduta, 
tipificadas no do art. 28, da presente lei, não há possibilidade de tentativa. 
A conduta em análise é classificada pela doutrina moderna como tipo misto alternativo, conhecido também 
como crime de forma livre ou conteúdo variado, porquanto o legislador descreveu um tipo misto, ou seja, 
várias ações na mesma norma penal, exigindo-se para a consumação do delito a prática de apenas 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
O crime previsto no art. 28 da lei especial tem prazo prescricional fixado em dois anos. 
 
 
(DELEGADO DA PC/PE – CESPE) 
3. Se determinada pessoa, maior e capaz, estiver portando certa quantidade de droga para consumo 
pessoal e for abordada por um agente de polícia, ela poderá ser submetida à pena de advertência sobre os 
efeitos da droga, de prestação de serviço à comunidade ou de medida educativa de comparecimento a 
programa ou curso educativo. 
 
(AGENTE PENITENCIÁRIO – SEJUS/ES – CESPE) 
4. De acordo com a legislação que tipifica o tráfico ilícito e o uso indevido de drogas, são consideradas 
entorpecentes aquelas capazes de produzir dependência física ou psíquica, constantes nas relações 
publicadas em conjunto com a lei específica, por esta constituir norma penal em branco. 
 
(DEFENSOR PÚBLICO- DPE/ES – CESPE) 
5. O STF rejeitou as teses de abolitio criminis e infração penal sui generis para o delito de posse de drogas 
para o consumo pessoal, afirmando a natureza de crime da conduta perpetrada pelo usuário de drogas, não 
obstante a despenalização operada pela Lei n.º 11.343/2006. 
 
 
3. COMENTÁRIO: O item está certo. Essa questão, em relação ao tema de drogas, está expressa no art. 28: 
- Advertência; 
- Prestação de serviços à comunidade; 
- Medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
4. COMENTÁRIO: O item está certo. À luz da doutrina moderna, considera-se norma penal em branco (cegas 
ou abertas): normas nas quais o preceito secundário (cominação da pena) está completo, permanecendo 
indeterminado o seu conteúdo. Trata-se, portanto, de uma norma cuja descrição da conduta está 
incompleta, necessitando de complementação por outra disposição legal ou regulamentar. O item se refere 
a norma penal em branco, mas podemos especificar ainda mais esta norma, dizendo que ela é norma penal 
em branco em sentido estrito ou heterogêneo, porquanto o complemento provém de fonte formal diversa; 
a lei é complementada por ato normativo infralegal, como uma portaria ou um decreto. Destarte, o rol de 
substâncias entorpecentes, é elencado pela Lei 11.343/06 (Lei de Drogas) e Portaria do Ministério da Saúde. 
EXEMPLO: A, imputável, adquiriu, para consumo pessoal, substância conhecida como cloreto de etila (lança 
perfume), transportou e guardou tal substância em sua casa. Nessa situação, A, se flagrado, será 
responsabilizado apenas pela conduta de ADQUIRIR, pois os núcleos do tipo TRANSPORTAR e GUARDAR que 
também constituem elementos objetivos do crime não serão aplicados, uma vez que o agente delitivo 
responderá por um único crime. 
Entretanto, se o agente adquirir o lança perfume, transportar cocaína e guardar maconha haverá três crimes 
diferentes em concurso material, haja vista que uma conduta não tem ligação com a outra, dado a 
diversidade do contexto fático. Classifica-se também como delito de perigo abstrato, por sua configuração 
não exigir dano real a terceiro. Ademais, a doutrina tradicional define tal conduta (art.28) como norma penal 
em branco heterogênea, porque o termo “DROGA” tem a necessidade de ser complementado por norma 
de caráter administrativo, de hierarquia diferente, como por exemplo, a Portaria SVS/MS 
QUESTÕES DE PROVAS 
GABARITOS COMENTADOS 
http://www.questoesdeconcursos.com.br/provas/cespe-2009-dpe-es-defensor-publico
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
5. COMENTÁRIO: 
 
O item está certo. O STF sedimentou que a Lei de Drogas não descriminalizou o fato, mas 
promoveu uma despenalização, a pena não deixa de existir, mas foi radicalmente reduzida em relação à 
norma legal anterior. Despenalização significa adotar penas alternativas para o ilícito penal de modo que 
suavize a resposta penal e evite a aplicação da pena privativa de liberdade. Enquanto que descriminalizar 
seria retirar o caráter ilícito do comportamento, legalizando-o ou transferindo-o para outra área do Direito 
a aplicação de penalidades. Além disso, rechaçou a tese da abolição do crime e da conduta sui generi. 
 
 
 
 
Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas 
destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência 
física ou psíquica (§1º do art. 28). 
 
 
(ANALISTA JUDICIÁRIO/STF - CESPE) 
6. É atípica a conduta do agente que semeia plantas que constituam matéria-prima para a preparação de 
drogas, ainda que sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar. 
 
(Juiz Federal/TRF - CESPE) 
7. A mencionada lei não contém previsão expressa para o agente que semeia, cultiva ou realiza a colheita de 
planta destinada à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar 
dependência física ou psíquica, para consumo compartilhado, eventualmente e sem objetivo de lucro, com 
pessoa de seu relacionamento. 
(Juiz Federal/TRF – CESPE) 
8. Aquele que semeia, cultiva ou colhe, para consumo pessoal, planta destinada à preparação de pequena 
quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica, responde por tráfico, 
dada a ausência dos verbos “semear, cultivar e plantar” na descrição do art. 28 da referida norma. 
 
6. COMENTÁRIO: O item está errado. Consoante estipula o art. 28, §1º, da Nova Lei de Drogas: "Às mesmas 
medidas submete-se quem, para seu consumopessoal, SEMEIA, cultiva ou colhe plantas destinadas à 
preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou 
psíquica". Data máxima vênia destacar que o examinador não trouxe no item riqueza de detalhes, como por 
exemplo, para consumo pessoal e pequena quantidade, com isso podemos concluir que seria mais adequado 
o enquadramento nas regras do art. 33, § 1º, II: - SEMEIA, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para 
a preparação de drogas. 
 
 
 
 
 
7. COMENTÁRIO: O item está certo. Conforme o art. 28, §1º, da Nova Lei de Drogas: "Às mesmas medidas 
2.1 Semeia, Cultiva e Colhe pequena quantidade para consumo pessoal 
ATENÇÃO! Na antiga redação da lei de drogas (6.368/76), essa conduta em epígrafe era tratada como 
crime de tráfico de drogas. Com o novo advento da lei 11.343/06 (nova lei de drogas), o legislador corrigiu 
uma desproporcionalidade, para aqueles que semeiam, cultivam e colhem plantas para preparação de 
drogas destinadas ao consumo pessoal e em pequena quantidade. 
QUESTÕES DE PROVAS 
GABARITOS COMENTADOS 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de 
pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica". Destarte, 
não há previsão expressa para o agente que semeia, cultiva ou realiza a colheita de planta destinada à 
preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou 
psíquica, para consumo compartilhado, eventualmente e sem objetivo de lucro, com pessoa de seu 
relacionamento (conduta tipificada no § 3º do art. 33). 
 
8. COMENTÁRIO: O item está errado. Nosso inimigo tenta confundir a gente, haja vista existir tal tipificação: 
o art. 28, §1º, da Nova Lei de Drogas: "Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, 
semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto 
capaz de causar dependência física ou psíquica”. 
 
 
 
 
Preste atenção em um macete que ensino aos meus alunos. 
 
NA QUA LO CO CI CO: 1) NAtureza da substância apreendida 
 
2) QUAntidade da substância apreendida 
 
3) LOcal em que se desenvolveu a ação 
 
4) COndições em que se desenvolveu a ação 
 
5) CIrcunstâncias sociais e pessoais do agente 
 
6) COnduta e antecedentes do agente 
 
 
 
(OFICIAL DE JUSTIÇA /RR – CESPE) 
9. A quantidade da substância entorpecente apreendida é circunstância que, por si só, justifica o aumento 
da pena base acima do mínimo legal. 
 
(PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/ES – CESPE) 
10. Segundo a lei Antidrogas, para determinar se a droga apreendida sob a posse de um indivíduo destina- 
se a consumo pessoal, o juiz deve-se ater à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às 
condições em que se desenvolveu a ação, desconsiderando as circunstâncias sociais e pessoas e também a 
conduta e os antecedentes do agente, sob pena de violação do princípio da presunção de inocência. 
2.2 Critérios utilizados para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal (§2º, art.28) 
Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da 
substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e 
pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. 
CUIDADO! A quantidade da droga, por si só, não é determinada como único elemento a ser considerado 
para classificar a conduta de crime de tráfico ou de porte ilegal de drogas para consumo pessoal, já que 
todos os elementos citados acima serão analisados em conjunto. 
QUESTÕES DE PROVAS 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
(POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL/2º CURSO DE FORMAÇÃO – CESPE) 
11. Considere que, no decorrer de uma ação policial, foi encontrado no parachoque de um veículo de passeio 
cerca de 300 gramas de cocaína acondicionados em pequenos envelopes plásticos. Indagado a respeito da 
destinação da droga, o condutor e único ocupante do veículo declarou que a droga se destinava a consumo 
próprio. Nessa situação, caberá à autoridade policial competente a prisão em flagrante do infrator por tráfico 
de drogas, considerando, exclusivamente, a quantidade da substância apreendida. 
 
 
9. COMENTÁRIO: O item está errado. Observe que o examinador da banca, nosso inimigo, adora esse tema, 
você tem obrigação de dominá-lo. As regras previstas, no §2º, do art.28 são analisadas em conjunto pelo 
juiz, todos os elementos. A pegadinha frequente que o inimigo traz é de exclusão de um deles, como 
apresentado na questão, assim, o item fica incorreto, uma vez que há necessidade de serem analisados pelo 
magistrado todos os elementos do NA QUA LO CO CI CO: 
 
1º – NAtureza da substância apreendida; 
2º – QUAntidade da substância apreendida; 
3º – LOcal em que se desenvolveu a ação; 
4º – COndições em que se desenvolveu a ação; 
5º – CIrcunstâncias sociais e pessoais do agente; 
6º – COnduta e antecedentes do agente. 
As questões 10 e 11 estão erradas e seguem a mesma justificativa da questão 9. 
 
 2.3 Garantia do cumprimento das medidas socioeducativas (§2º, art.28) 
 
 
 QUESTÕES DE PROVAS 
 
(ESCRIVÃO DA PC/ES – CESPE) 
12. Caso, em juízo, o usuário de drogas se recuse, injustificadamente, a cumprir as medidas educativas que 
lhe foram impostas pelo juiz, este poderá submetê-lo, alternativamente, a admoestação verbal ou a 
pagamento de multa. 
 
(POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL/2º CURSO DE FORMAÇÃO – CESPE) 
13. Considere que Joaquim, penalmente imputável, foi abordado em uma barreira policial e, após vistoria 
em seu veículo, foi encontrada pequena quantidade de maconha. Indagado a respeito, Joaquim alegou que 
a droga se destinava a consumo pessoal. Nessa situação, uma vez demonstrada a alegação de Joaquim, o 
policial responsável pela diligência deverá apreender a substância e liberar o usuário mediante admoestação 
verbal. 
GABARITOS COMENTADOS 
Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III do art. 
28 (I advertência sobre os efeitos das drogas; II prestação de serviços à comunidade; III medida educativa de 
comparecimento a programa ou curso educativo) a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz 
submetê-lo, sucessivamente a: I - admoestação verbal; II – multa. 
 
IMPORTANTE! O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, 
estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado (§7º, art. 28). 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 GABARITOS COMENTADOS 
 
12. COMENTÁRIO: O item está errado. O examinador cobrou a lei seca, como também a atenção do 
candidato, pois trocou o termo sucessivo por alternativo, sendo essa a casca de banana. 
Vejamos a legis: Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II 
e III do ART. 28: 
I advertência sobre os efeitos das drogas; 
II prestação de serviços à comunidade; 
III medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo 
 
(...) A que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I - 
admoestação verbal; II – multa. 
 
13. COMENTÁRIO: O item está errado. O inimigo tenta mais uma vez confundir o candidato, ao afirmar que 
o policial irá admoestar verbalmente o condutor que transportava pequena quantidade de droga ilícita. A 
pegadinha se situa nesse momento, já que tanto a advertência quanto a admoestação verbal quem realiza é 
o juiz e nunca o policial, Delegado ou Promotor de Justiça. Vide: Para garantia do cumprimento das medidas 
educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III do ART. 28 (I advertência sobre os efeitos das drogas; 
II prestação de serviços à comunidade; III medida educativa de comparecimentoa programa ou curso 
educativo) a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: I -
admoestação verbal; II – multa. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(OFICIAL DE JUSTIÇA /RR – CESPE) 
14. Se a conduta de um agente caracterizar porte ilegal de drogas para consumo pessoal, em regra, esse 
agente deverá ser submetido à prisão em flagrante, uma vez que a mencionada conduta não foi 
descriminalizada. 
 
(AGENTE DE PC/RR– CESPE) 
15. Considere a seguinte situação hipotética. Após consumir, por inteiro, um cigarro contendo substância 
entorpecente, um indivíduo foi preso por polícias e levado à delegacia mais próxima. Nessa situação, deverá 
ser lavrado auto de prisão em flagrante pela prática do crime de porte de drogas. 
 
(Juiz Federal/TRF 5ª Região – CESPE) 
16. Reincidindo o agente na prática do crime de uso de substância entorpecente, caberá a sua prisão em 
flagrante, devendo ser ele imediatamente encaminhado ao juiz competente. 
 
(Juiz Federal/TRF 1ª Região – CESPE) 
17. Tratando-se de posse de drogas para consumo pessoal, o agente deve ser processado e julgado no 
juizado especial criminal competente, ainda que a conduta tenha sido praticada em concurso com o tráfico 
de drogas, situação em que deve haver separação dos processos. 
UNIDADE 3 
Vedação da prisão em flagrante para o usuário de drogas (§ 2º, art. 48) 
Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, devendo o autor 
do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de 
a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisições dos exames e 
perícias necessários. 
ATENÇÃO! O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, SALVO se houver concurso 
com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts. 60 e 
seguintes da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais (§ 
1º). 
QUESTÕES DE PROVAS 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 GABARITOS COMENTADOS 
 
14. COMENTÁRIO: O item está errado. Esse item é muito importante, porque traz uma regra própria para o 
agente que adquire (...) droga para consumo pessoal. Essa regra está preceituada no art. 48, §2º. O 
procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título rege-se pelo disposto neste Capítulo, 
aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal. 
Com isso, reza o § 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em flagrante, 
devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo competente ou, na falta deste, assumir o 
compromisso de a ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado (aplica-se as regras do Juizado 
Especial Criminal, art.60 da lei 9.999/95) e providenciando-se as requisições dos exames e perícias 
necessários. 
 
15. COMENTÁRIO: O item está errado. Aborda dois entendimentos: O 1º está tipificado no §2º do art.48 da 
lei de drogas, que proíbe a prisão em flagrante do usuário de drogas (art. 28, caput). O 2º está em 
consonância com a doutrina, as condutas tipificadas no art. 28 da nova lei de drogas não podem ser punidas 
como pretéritas (fatos passados). 
Assim, na questão, o agente já havia consumido por inteiro o cigarro de maconha, nesse caso, os policias 
nada podiam fazer, sob pena de cometerem abuso de autoridade, pois não há materialidade de tal conduta 
para ocorrer uma intervenção. 
 
16. COMENTÁRIO: O item está errado. Ainda que o agente seja reincidente nas condutas do art. 28, ele não 
poderá ser preso em flagrante delito. 
 
17. COMENTÁRIO: O item está errado. Se o agente que adquiri (...) droga para consumo pessoal estiver 
traficando também, além de ocorrer à absorção (princípio da consunção) da conduta menos grave (art. 28) 
pela conduta mais grave (art. 33), ele perderá o benefício do JECRIN: 
18. § 1º O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, SALVO se houver concurso com 
os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei será processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes 
da Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais (JECRIN). 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
 
BIZU! 
Na lei de drogas no que diz respeito à destruição: 
1. A destruição das Plantações de drogas: Será realizada imediatamente pelo delegado (sem Autorização 
Judicial) 
2. A destruição das drogas apreendidas COM prisão em flagrante : 15 dias (a contar da determinação do 
Juiz) 
3. A destruição das drogas apreendidas SEM prisão em flagrante: 30 dias (a contar da apreensão/ Modo: 
Incineração / Obs: Guardar amostra. Sempre na presença do MP e autoridade sanitária. 
 
LEI DE DROGAS 
Antes da Lei nº 13.840/2019 Depois da Lei nº 13.840/2019 
(atualmente) 
Art. 50-A. A destruição de drogas 
apreendidas sem a ocorrência de 
prisão em flagrante será feita por 
incineração, no prazo máximo de 30 
(trinta) dias contado da data da 
apreensão, guardando-se amostra 
necessária à realização do laudo 
definitivo, aplicando-se, no que 
couber, o procedimento dos §§ 3º a 
5º do art. 50. 
Art. 50-A. A destruição das drogas 
apreendidas sem a ocorrência de 
prisão em flagrante será feita por 
incineração, no prazo máximo de 30 
(trinta) dias contados da data da 
apreensão, guardando-se amostra 
necessária à realização do laudo 
definitivo. 
 
 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA! 
1) O Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que poderá ser afastada a expropriação de terra na qual foram 
cultivadas plantas psicotrópicas desde que o proprietário comprove que não teve culpa. STF. Plenário. RE 
635336/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/12/2016 (repercussão geral) (Info 851). 
UNIDADE 4 
Repressão à produção não autorizada de drogas 
 
IMPORTANTE! As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no 
art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor (§ 4º da Lei 11.343/06). 
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais 
de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas 
à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem 
prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. 
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo 
especial com destinação específica, na forma da lei. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
2) Entende o STJ que a expropriação de bens em favor da União, decorrente da prática de crime de tráfico ilícito 
de entorpecentes, constitui efeito automático da sentença penal condenatória. 
“A expropriação de bens em favor da União pela prática do crime de tráfico ilícito de entorpecentes tem previsão 
em foro constitucional, nos termos do art. 243, parágrafo único, da Constituição da República e decorre da 
sentença penal condenatória, conforme regulamentado, primeiramente e de forma geral, no art. 91, II, do 
Código Penal, e posteriormente, de forma específica no art. 63 da Lei n. 11.343/2006.” (AgRg no AREsp 
1.333.058/MS, j. 11/12/2018) 
 
3) A respeito, aliás, da interpretação a ser conferida ao art. 243 no tocante aos bens utilizados para a prática 
criminosa do tráfico de drogas, decidiu o STF que, para o confisco, basta a simples constatação de que 
determinado bem foi utilizado para o cometimento do crime, independentemente de qualquer prova de 
habitualidade ou de exclusividade (RE 638.491/PR, j. 17/05/2017). 
 
 QUESTÕES DE PROVAS 
(Inspetor da PC/CE – CESPE) 
18. As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão desapropriadas por interessepúblico, mediante 
indenização ao proprietário por meio de títulos da dívida pública resgatáveis apenas após a comprovação de 
que as plantações ilícitas foram eliminadas da propriedade. 
 
(Delegado de PC/ MG – FUMARC/2018) 
19. Considerando exclusivamente o disposto na Lei nº 11.343/06 acerca do procedimento de destruição de 
drogas apreendidas no curso de investigações, é CORRETO afirmar: 
a) Nos termos da Lei nº 11.343/06, a destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em 
flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da determinação 
judicial. 
b) Na hipótese de ocorrência de prisão em flagrante, a Lei nº 11.343/06 estabelece que a destruição das 
drogas apreendidas será executada pelo delegado de polícia competente, no prazo de 15 (quinze) dias, na 
presença do Ministério Público e da autoridade sanitária, levando em consideração a necessária 
determinação judicial para a destruição. 
 c) Na hipótese de ocorrência de prisão em flagrante, a Lei nº 11.343/06 estabelece que a destruição das 
drogas será executada pelo delegado de polícia competente, no prazo de 15 (quinze) dias, sem necessidade 
de presença do Ministério Público e da autoridade sanitária, guardando-se amostra necessária à realização 
do laudo definitivo 
d) A destruição de drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, 
no prazo máximo de 15 (quinze) dias, contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à 
realização do laudo definitivo. 
 
 
(Delegado de PC/SC – ACAFE- adaptada) 
20. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia, que recolherá 
quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições 
encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
 
18. COMENTÁRIO: O item está errado. A banca misturou os conceitos: As glebas cultivadas com plantações 
ilícitas serão expropriadas, conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a 
legislação em vigor (§ 4º). 
 
19. COMENTÁRIO: A opção B está correta segundo a literalidade do artigo 50,§ 4º , da Lei nº 11.343/06. 
Aleternativa A está incorreta, haja vista a Lei de Drogas constar que, a destruição de drogas apreendidas sem 
a ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados 
da data da APREENSÃO (Artigo 50- A,caput, Lei n º11.343/06). 
A letra C está incorreta, porquanto na hipótese de ocorrência de prisão em flagrante, a Lei nº 11.343/06 
estabelece que a destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente, no prazo de 
15 (quinze) dias, na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária (Artigo 50,§ 4º ,da Lei nº 
11.343/06). 
A opção D está incorreta porque de acordo com a Lei de Drogas, a destruição de drogas apreendidas sem a 
ocorrência de prisão em flagrante será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados 
da data da APREENSÃO (Artigo 50- A,caput, Lei nº 11.343/06). 
 
19. COMENTÁRIO: O item está correto. Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo 
delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo 
lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as 
medidas necessárias para a preservação da prova. MEDIDAS ASSECURATÓRIAS 
Medidas assecuratórias (em sentido estrito) são medidas cautelares de natureza patrimonial que têm como 
objetivo garantir que o acusado não se desfaça de seu patrimônio e, assim, se for definitivamente 
condenado, possa arcar com os efeitos secundários extrapenais genéricos da condenação, previstos no art. 
91 do CP (indenização quanto aos danos causados pelo crime e perda em favor da União dos instrumentos, 
produtos e proveitos do delito). 
 
TEMA POTENCIAL! 
 
Atente-se para a inovação legislativa a seguir: 
As medidas assecuratórias são o sequestro, o arresto e a hipoteca legal. 
A Lei nº 13.840/2019 promoveu mudanças no art. 60 da Lei nº 11.343/2006, que trata sobre medidas 
assecuratórias que podem ser decretadas pelo juiz em processos envolvendo os crimes da Lei de Drogas. 
Foram três as mudanças mais importantes nesse dispositivo: 
1) o magistrado não pode mais determinar a concessão das medidas assecuratórias de ofício; 
2) foi inserida a previsão expressa de que o assistente de acusação pode requerer ao juízo a concessão de 
medidas assecuratórias; 
3) o art. 60 possuías dois parágrafos trazendo regras de procedimento para essas medidas, tendo 
revogado esses dispositivos e remetido a regulamentação para o CPP. 
 
CUIDADO! 
MP 885/2019 
Alguns dias depois da publicação da Lei nº 13.840/2019, foi editada a MP 885/2019, que também alterou a 
Lei de Drogas e inseriu o art. 60-A também tratando sobre as medidas assecuratórias do art. 60 acima 
explicadas. Veja o art. 60-A acrescido à Lei nº 11.343/2006: 
GABARITOS COMENTADOS 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%83%C2%A7ao.htm#art243
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
Art. 60-A. Quando as medidas assecuratórias de que trata o art. 60 recaírem sobre moeda estrangeira, 
títulos, valores mobiliários ou cheques emitidos como ordem de pagamento, será determinada, 
imediatamente, a conversão em moeda nacional. 
§ 1º A moeda estrangeira apreendida em espécie será encaminhada a instituição financeira ou equiparada 
para alienação na forma prevista pelo Conselho Monetário Nacional. 
§ 2º Em caso de impossibilidade da alienação a que se refere o § 1º, a moeda estrangeira será custodiada 
pela instituição financeira até decisão sobre o seu destino. 
§ 3º Após a decisão sobre o destino da moeda estrangeira, caso seja verificada a inexistência de valor de 
mercado, a moeda poderá ser doada à representação diplomática do seu país de origem ou destruída. 
§ 4º Os valores relativos às apreensões feitas antes da data de entrada em vigor da Medida Provisória nº 885, 
de 17 de junho de 2019, e que estejam custodiados nas dependências do Banco Central do Brasil serão 
transferidos, no prazo de trezentos e sessenta dias, à Caixa Econômica Federal para que se proceda à 
alienação ou custódia, de acordo com o previsto nesta Lei. 
 
Existe polêmica sobre a constitucionalidade desta MP. Isso porque ela trata sobre direito penal e processual 
penal, matérias que não podem ser veiculadas por meio de medida provisória, conforme estabelece o art. 
62, § 1º, I, “b”, da CF/88: 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com 
força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I – relativa a: 
(...) 
b) direito penal, processual penal e processual civil; 
 
APREENSÃO E DESTINAÇÃO DOS BENS DO INVESTIGADO/ACUSADO 
Destinação dos bens apreendidos 
Os arts. 61 e 62 da Lei nº 11.343/2006 tratam sobre a apreensão e utilização dos bens apreendidos. 
A Lei nº 13.840/2019 realizou grandes alterações nesses dispositivos. 
 
O que pode ser apreendido? 
Segundo a nova redação do art. 61 da Lei nº 11.343/2006, poderão ser apreendidos: 
• veículos, embarcações, aeronaves e quaisquer outros meios de transporte; 
• maquinários 
• utensílios 
• instrumentos e 
• objetos de qualquer natureza utilizados para a prática dos crimes 
 
É possível a utilização dos bens apreendidos? 
SIM. 
Art. 62. Comprovado o interesse público na utilização de quaisquer dos bens de que trata o art. 61, os órgãos 
de polícia judiciária, militar e rodoviária poderão deles fazer uso, sob sua responsabilidade e com o objetivo 
de sua conservação, mediante autorização judicial, ouvido o Ministério Público e garantida a prévia 
avaliação dos respectivos bens. (Redação dada pela Lei nº 13.840/2019)TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condutas instântaneas, como, por exemplo, os 
núcleos adquirir e vender, permitem a 
forma tentada. 
Condutas permanentes, como, porexemplo, 
guardar, transportar, trazer consigo e ter em 
depósito, não admitem a forma tentada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 5 
Tráfico ilícito de drogas (art.33 caput e § 1º) 
À luz da orientação do STJ, seria possível a forma tentada, quando a correspondência 
contendo drogas não chegar ao seu destinatário por circunstâncias alheia à vontade do 
remetente; 
O crime de tráfico se caracteriza independentemente da ocorrência ou não de dano ao 
usuário, trata-se de crime de período abstrato; 
Ocorrendo dentro do mesmo contexto fático, o crime de tráfico absorve o crime de 
drogas para consumo pessoal; 
A dependência não determina a figura típica. Pode-se ter um traficante que seja 
consumidor de droga; 
Em face ao princípio da especialidade, havendo a importação de drogas ilícitas, haverá 
tráfico e não contrabando, porquanto o princípio da dupla penalização veda. 
Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em 
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer 
drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar (ART.33): 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) 
dias-multa. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
JURISPRUDÊNCIA! 
1. No informativo nº 569 do STJ, evidenciou-se que a conduta consistente em negociar por telefone a 
aquisição de droga e também disponibilizar o veículo que seria utilizado para o transporte do entorpecente 
configura o crime de tráfico de drogas em sua forma consumada (e não tentada), ainda que a polícia, com 
base em indícios obtidos por interceptações telefônicas, tenha efetivado a apreensão do material 
entorpecente antes que o investigado efetivamente o recebesse. Para que configure a conduta de 
"adquirir", prevista no art. 33 da Lei nº 11.343/2006, não é necessária a tradição do entorpecente e o 
pagamento do preço, bastando que tenha havido o ajuste. Assim, não é indispensável que a droga tenha 
sido entregue ao comprador e o dinheiro pago ao vendedor, bastando que tenha havido a combinação da 
venda. STJ. 6ª Turma. HC 212.528-SC, julgado em 1º/9/2015. 
 
2. Abolitio criminis e cloreto de etila (LANÇA PERFUME): 
 
1. º Posicionamento: Configura abolitio criminis, mesmo se for constatado erro da administração pública, 
corrigido imediatamente. É a atual orientação do Supremo Tribunal Federal, vide Habeas corpus número 
94397/BA de 09.03.2010. “Tráfico de entorpecentes. Comercialização de "lança-perfume". Edição válida da 
Resolução ANVISA nº 104/2000. Retirada do cloreto de etila da lista de substâncias psicotrópicas de uso 
proscrito. Abolitio criminis. Republicação da Resolução. Irrelevância. Retroatividade da lei penal mais 
benéfica. HC concedido. A edição, por autoridade competente e de acordo com as disposições regimentais, 
da Resolução ANVISA nº 104, de 7/12/2000, retirou o cloreto de etila da lista de substâncias psicotrópicas 
de uso proscrito durante a sua vigência, tornando atípicos o uso e tráfico da substância até a nova edição da 
Resolução, e extinguindo a punibilidade dos fatos ocorridos antes da primeira portaria, nos termos do art. 
5º, XL, da Constituição Federal”; 
 
2. º Posicionamento: Não há abolitio criminis. É a orientação do Superior Tribunal de Justiça vide Habeas 
Corpus número 79916 / PE DJ 01/10/2007 p. 327: “Inocorrente a abolitio criminis em face da exclusão, pela 
Resolução RDC 104, de 06/12/2000 (DOU 07/12/2000), tomada pelo Diretor-Presidente da Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária – ANVISA, ad referendum da Diretoria Colegiada, do cloreto de etila da Lista F2 – Lista 
de Substâncias Psicotrópicas de Uso Proscrito no Brasil e o incluiu na Lista D2 – Lista de Insumos Químicos 
Utilizados como Precursores para a Fabricação e Síntese de Entorpecentes e/ou Psicotrópicos. Resolução que 
foi republicada, desta feita com a decisão da Diretoria Colegiada da ANVISA incluindo o cloreto de etila na 
Lista B1 – Lista de Substâncias Psicotrópicas. Prática de ato regulamentar manifestamente inválido pelo 
Diretor-Presidente da ANVISA, tendo em vista clara e juridicamente indiscutível a não caracterização da 
urgência a autorizar o Diretor-Presidente a baixar, isoladamente, uma resolução em nome da Diretoria 
Colegiada”. 
Destarte, há divergência, porquanto o Supremo Tribunal Federal se orienta a favor da tese da abolitio 
criminis; o Superior Tribunal de Justiça se posiciona contra essa tese. 
 
 QUESTÕES DE PROVAS 
(DELGADO DE PC/PA – CESPE) 
21. Não constitui tráfico ilícito de entorpecente a cessão gratuita e eventual de pequena quantidade de 
substância entorpecente. 
 
(DELGADO DE PC/PE – CESPE) 
22. Segundo o STJ, configura crime consumado de tráfico de drogas a conduta consistente em negociar, por 
telefone, a aquisição de entorpecente e disponibilizar veículo para o seu transporte, ainda que o agente não 
receba a mercadoria, em decorrência de apreensão do material pela polícia, com o auxílio de interceptação 
telefônica. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
(DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL – CESPE) 
23. No dia 1.º/3/1984, Jorge foi preso em flagrante por ter vendido lança-perfume (cloreto de etila), 
substância considerada entorpecente por portaria do Ministério da Saúde de 27/1/1983. Todavia, no dia 
4/4/1984, houve publicação de nova portaria daquele Ministério excluindo o cloreto de etila do rol de 
substâncias entorpecentes. Posteriormente, em 13/3/1985, foi publicada outra portaria do Ministério da 
Saúde, incluindo novamente a referida substância naquela lista. Nessa situação, de acordo com o 
entendimento do STF, ocorreu a chamada abolitio criminis, e Jorge, em 4/4/1984, deveria ter sido posto em 
liberdade, não havendo retroação da portaria de 13/3/1985, em face do princípio da irretroatividade da lei 
penal mais severa. 
 
 GABARITOS COMENTADOS 
 
21. COMENTÁRIO: O item está errado. Cuidado, visto que o CESPE adora essa pegadinha. Vejamos: 
Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em 
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, 
ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar 
(ART.33). Essas elementares são de tráfico de drogas, que ocorrerá, ainda que seja gratuito, porquanto tal 
conduta pode ser realizada para aliciar pessoas (atrair, convidar...). 
 
22. COMENTÁRIO: O item está certo. Não é indispensável que a droga tenha sido entregue ao comprador 
e o dinheiro pago ao vendedor, bastando que tenha havido a combinação da venda. STJ. 6ª Turma. HC 
212.528-SC, julgado em 1º/9/2015. 
 
23. COMENTÁRIO: O item está certo. Configura abolitio criminis, mesmo se for constatado erro da 
administração pública, corrigido imediatamente. É a atual orientação do Supremo Tribunal Federal, vide 
Habeas corpus número 94397/BA de 09.03.2010. “Tráfico de entorpecentes. Comercialização de "lança- 
perfume". Edição válida da Resolução ANVISA nº 104/2000. Retirada do cloreto de etila da lista de 
substâncias psicotrópicas de uso proscrito. Abolitio criminis. Republicação da Resolução. Irrelevância. 
Retroatividade da lei penal mais benéfica. HC concedido. A edição, por autoridade competente e de acordo 
com as disposições regimentais, da Resolução ANVISA nº 104, de 7/12/2000, retirou o cloreto de etila da lista 
de substâncias psicotrópicas de uso proscrito durante a sua vigência, tornando atípicos o uso e tráfico da 
substância até a nova edição da Resolução, e extinguindo a punibilidade dos fatos ocorridos antes da primeira 
portaria, nos termos do art. 5º, XL, da Constituição Federal. Observe quea questão esta correta, ela se refere 
explicitamente ao posicionamento do STF; entretanto, se o examinador trouxesse o entendimento do STJ o 
item estaria incorreto. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 5.1 
Outras condutas de tráfico (art. 33,§§ 1º; 2º e 3º) 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em 
depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à 
preparação de drogas; 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza (pode ser carro, barco, casa, etc.) de que tem a propriedade, 
posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, 
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 5.2 
Crime de induzimento, instigação ou auxílio ao uso indevido de drogas 
Na antiga lei, esta conduta configurava crime de tráfico ilícito de drogas. Na nova lei, a pena passa a ser bem 
menos severa, privilegiando o legislador essa conduta, que não mais pode ser considerada crime de tráfico 
de entorpecente. 
Eventualidade: o oferecimeto deve ser eventual, ou seja, esporádico. Se for permanente 
desnatura-se a figura do uso compartilhado. 
Sem objetivo de lucro: caso haja o fito de lucro, configurar-se-á o delito de tráfico. 
Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga (crime autônomo) § 2º. 
CUIDADO! O auxílio não pode ser genérico, isto é, visar a todos indistintamente. Deve sempre visar a 
pessoa ou pessoas determinadas. 
As condutas induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga constitui crime autônomo, não 
caracteriza tráfico. Todavia, essa conduta pressupõe o dolo de não traficar, do contrário responderá pelo 
mesmo. 
UNIDADE 5.3 
A figura do uso compartilhado 
Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a 
consumirem (crime autônomo), §3º do art. 33. 
A doutrina majoritária entende que, a pessoa de seu relacionamento, sendo estas parentes 
consanguíneos em qualquer grau, colateral, inclusive amigos. 
Para juntos consumir: essa conduta, não admite que o agente tenha a intenção de 
arrecadação de clientes para o tráfico. Só se admite, por exemplo, a roda de fumo. 
ATENÇÃO! Consoante a doutrina moderna, as condutas do art. 28 caput, os §§ 2º e 3º do art.33, não são 
equiparados a delitos hediondos, porquanto é considerado crime de tráfico de drogas, somente aquele, cuja 
tipificação se encontra no art. 33, caput e § 1º, da Lei 11.343/2006, segundo expressa disposição 
constitucional (art. 5º, XLIII), considerado figura equiparada aos crimes hediondos assim definidos em lei (Lei 
8.072/90). 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
 
(ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL – CESPE) 
24. Se o dono de um imóvel consentir que nele se consumam ilegalmente substâncias entorpecentes, estará 
sujeito às penas previstas para o tráfico desta substância. 
 
(AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL- CESPE) 
25. Aquele que induz, instiga ou auxilia alguém a usar entorpecente ou substância que determine 
dependência física ou psíquica responderá penalmente segundo as penas cominadas ao crime de tráfico 
ilícito de entorpecentes. 
 
 
24. COMENTÁRIO: O item está errado. Um dos temas mais importante na nova lei de drogas, pois na antiga, 
esta conduta configurava crime de tráfico de drogas. Já na nova lei, a pena passa a ser bem menos severa, 
privilegiando o legislador essa conduta, que não mais pode ser considerada crime de tráfico de drogas. Com 
isso, a questão deixa claro que houve apenas um auxílio por parte do dono do imóvel que consentiu que nele 
se consumassem ilegalmente substâncias entorpecentes, aplicando as regras do §2º do art. 33 (Induzir, 
instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga). Agora, cuidado, porque se o dono do imóvel o cedesse 
para terceiro traficar, ainda que seja um auxílio, estaria o mesmo (dono) sujeito às penas previstas para o 
tráfico desta substância (§1º, inciso III do art. 33). 
 
25. COMENTÁRIO: O item está errado. Atualmente o item encontra-se completamente errado, uma vez que 
as condutas da questão (induzir, instigar ou auxiliar alguém a usar droga) são um delito autônomo previsto 
no §2º do art. 33, não se caracteriza como tráfico. 
 
 
 
Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois 
terços, VEDADA a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons 
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa (§4º). 
 
 
JURISPRUDÊNCIA! 
1. Ordem parcialmente concedida tão-somente para remover o óbice da parte final do art. 44 da Lei 
11.343/2006, assim como da expressão análoga “vedada a conversão em penas restritivas de direitos”, 
constante do § 4º do art. 33 do mesmo diploma legal. Declaração incidental de inconstitucionalidade, com 
efeito, ex nunc, da proibição de substituição da pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos; 
determinando-se ao Juízo da execução penal que faça a avaliação das condições objetivas e subjetivas da 
convolação em causa, na concreta situação do paciente (STF. HC97256/RS). 
QUESTÕES DE PROVAS 
GABARITOS COMENTADOS 
UNIDADE 5.4 
Causa de diminuição de Pena nos delitos tráfico (art. 33, §4º) 
IMPORTANTE! O Senado Federal, no dia 17.02.2012, publicou a Resolução n. 5, suspendendo, nos termos 
do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução de parte do § 4º do art. 33 da Lei nº 
11.343, de 23 de agosto de 2006, em decorrência dos entendimentos do STF e STJ. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
2. O chamado tráfico privilegiado, previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006 (Lei de 
Drogas) não deve ser considerado crime de natureza hedionda. STF. Plenário. HC 118533, Rel. 
Min. Cármen Lúcia, julgado em 23/06/2016. 
A Terceira Seção desta Corte, por decisão unânime, acolheu a tese segundo a qual o tráfico ilícito 
de drogas, na sua forma privilegiada (art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/06), não é crime equiparado a 
hediondo, revisando o entendimento consolidado por ocasião do julgamento do REsp n. 
1.329.088/RS – Tema 600, com o consequente cancelamento do enunciado n. 512 da Súmula 
deste Superior Tribunal de Justiça. 
 
Segundo a posição anterior Conforme o entendimento ATUAL 
Não tinha direito à concessão de anistia, 
graça e indulto. 
Passa a ter, em tese, direito à concessão 
de anistia, graça e indulto, desde que 
cumpridos os demais requisitos. 
Para a concessão do livramento 
condicional, o condenado não podia ser 
reincidente específico em crimes 
hediondos ou equiparados e teria que 
cumprir mais de 2/3 da pena. 
Para a concessão do livramento 
condicional, o apenado deverá cumprir 
1/3 ou 1/2 da pena, a depender do fato de 
ser ou não reincidente em crime doloso. 
Para que ocorresse a progressão de 
regime, o condenado deveria cumprir: 
2/5 da pena, se fosse primário; e 
 
3/5 (três quintos), se fosse reincidente. 
Para que ocorra a progressão de regime, o 
condenado deverá cumprir 1/6 da pena. 
Fonte: site Dizer o Direito 
 
2. (...) A quantidade e natureza da droga apreendida justificam o incremento da pena na primeira fase da 
dosimetria (art. 42 da Lei n.11.343/2006). 
2. Até recentemente, a jurisprudência desta Corte Superior estava consolidada no sentido de que o agente 
transportador de drogas, na qualidade de mula do tráfico, integra organização criminosa,não fazendo jus, 
portanto, à causa especial de diminuição da pena prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006. 
3. No julgamento do AgRg no AREsp n. 784.082/MS, da relatoria do Ministro Ribeiro Dantas, a Quinta Turma, 
lastreada na jurisprudência recente do Supremo Tribunal Federal, passou a adotar entendimento diverso 
acerca do tema, no sentido de que a simples atuação como mula, por si só, não induz que o réu integre 
organização criminosa, de forma estável e permanente, não constituindo, pois, fundamento idôneo para 
afastar a aplicação do redutor; ressalvando, no entanto, a possibilidade de que tal elemento subsidie a 
modulação do redutor, considerando que o réu, enquanto transportador, tem conhecimento de que auxilia 
o crime organizado no tráfico internacional. 
4. Como o novo entendimento encontra ressonância na jurisprudência recente do Supremo Tribunal 
Federal, não há motivo para insistir na manutenção da tese contrária, que até então vinha sendo acatada 
na Sexta Turma. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
5. No caso dos autos, além da condição de mula, o juízo processante não indicou nenhum elemento concreto 
que evidenciasse que a ora agravante integrasse organização criminosa ou se dedicasse ao tráfico de drogas, 
circunstância expressamente reconhecida no acórdão da apelação, que entendeu pela incidência do redutor 
especial no patamar mínimo (1/6); fração que deve ser mantida, considerando que o fundamento utilizado 
pelo acórdão - calcado na forma de acondicionamento da droga (oculta em amplificadores de som) - 
efetivamente indica um tráfico mais sofisticado, consubstanciado fundamento idôneo para a fixação do 
redutor no mínimo legal. 
6. Agravo regimental provido em parte, apenas para estabelecer que a ora agravante faz jus ao redutor 
especial da pena (art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006), no patamar originalmente fixado (1/6), sem reflexos 
na dosimetria da pena estabelecida na decisão agravada. (AgRg no AREsp 1052075/SP, Rel. Ministro 
SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 27/06/2017, DJe 01/08/2017) 
 
 QUESTÕES DE PROVAS 
 
(POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL – CESPE) 
26. A legislação em vigor acerca do tráfico ilícito de entorpecentes possibilita ao condenado por tráfico ilícito 
de entorpecente, desde que seja réu primário, com bons antecedentes e que não se dedique a atividades 
criminosas nem integre organização criminosa, a redução da pena de um sexto a dois terços de sua pena, 
bem como a conversão desta em penas restritivas de direitos. 
 
(ANALISTA PROCESSUAL – MPU- CESPE) 
27. Em relação ao crime de tráfico de drogas, considera-se, tráfico privilegiado o praticado por agente 
primário, com bons antecedentes criminais, que não se dedica a atividades criminosas nem integra 
organização criminosa, sendo-lhe aplicada a redução de pena de um sexto a dois terços, independentemente 
de o tráfico ser nacional ou internacional e da quantidade ou espécie de droga apreendida, ainda que a pena 
mínima fique aquém do mínimo legal. 
 
 GABARITOS COMENTADOS 
 
26. COMENTÁRIO: O item está certo. Na época foi considerado pela banca como errado (em 2008), mas 
atualmente está certo. Cuidado, a VEDAÇÃO não existe mais, haja vista O Senado Federal, no dia 17.02.2012, 
publicou a Resolução n.°5, suspendendo, nos termos do art. 52, inciso X, da Constituição Federal, a execução 
de parte do § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Em decorrência do entendimento do 
STF e STJ. 
 
27. COMENTÁRIO: O item está certo. Da análise do art. 33, § 4, da Lei de Drogas (n. 11.343/06) depreende-
se a certeza de que nos crimes de tráfico ilícito de drogas, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a 
dois terços, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades 
criminosas nem integre organização criminosa. Em verdade, o fato de o tráfico ser nacional ou internacional 
em nada irá influenciar, pois entendeu o STJ que a quantidade e a natureza da droga não irão impedir a 
aplicação da diminuição de pena decorrente do crime de tráfico privilegiado (STJ REsp 1133945 / MG 
15/04/2010). 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA! 
1. A prática do crime previsto no art. 33, caput, da Lei de Drogas absorve o delito capitulado no art. 34 da 
mesma lei, desde que não fique caracterizada a existência de contextos autônomos e coexistentes aptos a 
vulnerar o bem jurídico tutelado de forma distinta (STJ/2013). 
 
2. Responderá pelo crime de tráfico de drogas (art. 33) em concurso com o art. 34 o agente que, além de 
ter em depósito certa quantidade de drogas ilícitas em sua residência para fins de mercancia, possuir, no 
mesmo local e em grande escala, objetos, maquinário e utensílios que constituam laboratório utilizado para 
a produção, preparo, fabricação e transformação de drogas ilícitas em grandes quantidades. Não se pode 
aplicar o princípio da consunção porque nesse caso existe autonomia de condutas e os objetos encontrados 
não seriam meios necessários nem constituíam fase normal de execução daquele delito de tráfico de 
drogas, possuindo lesividade autônoma para violar o bem jurídico (STJ/2013). 
 
Preste atenção nessas decisões divergentes do STJ, pois na prova a questão que afirmar que o tema está 
“pacificado, firmado estará incorreta”, uma vez que há duas possibilidades. 
UNIDADE 6 
Apetrechos para fabricação, preparação, produção de drogas 
Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer título, possuir, 
guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto 
destinado à fabricação, preparação, produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar (art.34). 
 
IMPORTANTE! Consoante a doutrina moderna, a nova lei de drogas prevê expressamente a 
responsabilidade penal de condutas que, normalmente, seriam apenas atos preparatórios para o crime de 
tráfico. 
 
ATENÇÃO! Os tribunais superiores vêm entendendo pela não aplicação do concurso do crime do art. 34 
com o art.33 da lei de drogas, porquanto haveria aplicação do Princípio da consunção conhecido também 
como Princípio da Absorção, é um princípio aplicável nos casos em que há uma sucessão de condutas com 
existência de um nexo de dependência, de acordo com tal princípio o crime mais grave absorve o crime 
menos grave. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%83%C2%ADpio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conduta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Crime
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
 
 
 
Requisitos 
 
 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA! 
1. O juiz pode negar a aplicação do § 4º usando como argumento o fato de o réu, além do delito de tráfico 
(art. 33), ter praticado também o crime de associação para o tráfico (art. 35) (STJ/2013). 
 
2. Segundo o STJ e o STF, para configuração do tipo de associação para o tráfico, é necessário que haja 
estabilidade e permanência na associação criminosa. Dessa forma, é atípica a conduta se não houver ânimo 
associativo permanente (duradouro), mas apenas esporádico (eventual). 
 
3. O crime de associação para o tráfico de drogas, previsto no art. 35 da Lei 11.343/2006, não é hediondo 
nem equiparado. No entanto, mesmo assim, o prazo para se obter o livramento condicional é de 2/3 porque 
este requisito é exigido pelo parágrafo único do art. 44 da Lei de Drogas (STJ/2015). 
UNIDADE 7 
Crime de associação para o tráfico 
Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes 
previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei (ART.35). 
ATENÇÃO! Trata-se de delito permanente, a sua consumação não depende da apreensão da droga. 
 
A doutrina e a jurisprudência entendem que é perfeitamente possível o concurso entre o delito de tráfico 
(art.33,caput) com o art.35. Importante notar que para o delito de associação para o tráfico se caracterizar 
é preciso que haja um animus associativo, ou seja, um ajusteprévio e duradouro. Caso ocorra uma mera 
reunião ocasional de autores para realização de tráfico ilícito de entorpecente, haverá uma mera coautoria, 
em concurso eventual de agentes. 
Acordo prévio; 
Vínculo associativo defato; 
 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA! 
1. Se o agente financia ou custeia o tráfico, mas não pratica nenhum verbo do art. 33: responderá apenas 
pelo art. 36 da Lei de Drogas. 
Se o agente, além de financiar ou custear o tráfico, também pratica algum verbo do art. 33: responderá 
apenas pelo art. 33 c/c o art. 40, VII da Lei de Drogas (não será condenado pelo art. 36) (STJ/2013). 
UNIDADE 8 
Financiamento do crime de tráfico 
Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei 
(art.36). 
IMPORTANTE: A doutrina dominante entende que esse delito é habitual, não se aperfeiçoa com a prática 
de um ato eventual de financiamento. 
A doutrina majoritária entende que há necessidade de relevância do núcleo CUSTEAR, entendendo dessa 
forma que não seria coerente considerar qualquer tipo de contribuição para efeito de configurar esse crime. 
Em regra, o crime de financiamento do tráfico deveria caracterizar participação em tal delito; entretanto, 
com o advento da lei nº 11.343/06 (nova lei de drogas), o legislador trouxe mais uma exceção a teoria 
monística ou unitária, ao criar a figura penal autônoma preceituada no art. 36 (financiamento do delito de 
tráfico) da lei em comento. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA! 
1. O Supremo Tribunal Federal, por maioria dos votos, entendeu que a conduta do fogueteiro do tráfico, 
antes tipificada no artigo 12, parágrafo 2º, inciso III, da Lei 6.368/76 revogada pela Lei 11.343/06, encontra 
correspondentes na Nova Lei de Drogas Lei 11.343/06. A decisão ocorreu na análise do Habeas Corpus (HC) 
106155. 
 
2. NÃO é possível que alguém seja condenado pelo art. 35 e, ao mesmo tempo, pelo art. 37, da Lei de Drogas 
em concurso material, sob o argumento de que o réu era associado ao grupo criminoso e que, além disso, 
atuava também como “olheiro”, nesse caso, o agente deverá responder apenas pelo crime do art. 35 da 
LD, sem concurso material com o art. 37 (Grifei) (STJ/2013). 
 
 QUESTÕES DE PROVAS 
(PAPILOSCOPISTA DA PF/CESPE) 
28. O crime de associação para o tráfico de entorpecente e drogas afins exige, para sua consumação, a 
reiteração ou a habitualidade. 
 
(AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL/CESPE) 
29. É atípica, por falta de previsão na legislação pertinente ao assunto, a conduta do agente que 
simplesmente colabora, como informante, com grupo ou associação destinada ao tráfico ilícito de 
entorpecentes. 
 
(Agente de Polícia Federal – SIMULADO ) 
30. Tício, fogueteiro, avisa os traficantes, por meio de estampidos de fogos de artifício, o momento que o 
BOPE (Batalham de Operações Especiais) realizava uma operação na favela da Rocinha localizada no estado 
do Rio de Janeiro. Nesse caso hipotético, consoante a mais recente decisão do STF, a ação do fogueteiro é 
atípica em relação à conduta de colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação 
destinados à prática de tráfico de drogas. 
 
 
 GABARITOS COMENTADOS 
 
28. COMENTÁRIO: O item está errado. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, 
reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei (art.35). O 
legislador não exigiu que houvesse a reiteração ou habitualidade para o aperfeiçoamento do crime. Destarte, 
a questão está derrogada. 
UNIDADE 9 
Informante do tráfico 
Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos 
crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º, e 34 desta Lei (art.37). 
IMPORTANTE: Havendo ou não fim de obter lucro, o crime se aperfeiçoa no momento da colaboração 
com as informações. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
29. COMENTÁRIO: O item está errado à luz do art. 37 que tipifica essa conduta como crime. Neste caso, a 
pegadinha está na afirmação dela ser considerada atípica, haja vista existir a previsão no art.37 da LD. 
Interessante atentarmos para dois fatores: O 1º está no seguinte caso, imagine que um a agente realize a 
colaboração, como informante, a um usuário que transporta maconha para consumo pessoal, que na direção 
que o mesmo segue, policiais o esperam para realizar uma abordagem. Nessa situação, a conduta de tal 
informante é atípica, uma vez que o legislador especificou as práticas dos crimes (art. 33 caput e §1º e 34), 
não há previsão de punição para as condutas do art.28. O 2º está conforme os arts. 33 e 34, caso seja 
considerado partícipe do delito, o indivíduo será punido com uma sanção mais pesada que a prevista para o 
crime do informante. Assim, teríamos a seguinte incongruência: Se o informante avisa para grupo, 
organização ou associação, é punido com uma pena mais leve do que se informa somente para um indivíduo. 
Desta forma, com base na analogia in bonam partem, aceita em nosso ordenamento jurídico, entendem os 
Tribunais e o CESPE que a tipificação prevista no art. 37 da lei nº 11.343/06, apesar de só tratar de grupo, 
associação ou organização, também se aplica no caso em que o informante avisa só uma pessoa." 
 
30. COMENTÁRIO: O item está errado. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, por maioria dos 
votos, entendeu que a conduta do fogueteiro do tráfico, antes tipificada no artigo 12, parágrafo 2º, inciso III, 
da Lei 6.368/76 revogada pela Lei 11.343/06, encontra correspondentes na Nova Lei de Drogas Lei 
11.343/06. A decisão ocorreu na análise do Habeas Corpus (HC) 106155. 
 
À luz da lei 11.343/06, art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação 
destinados a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
UNIDADE 10 
 
 
 
 
Prescrição ou ministração culposa de drogas 
 
 
 
 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA! 
1. O STF, nos autos do HC nº 104.382/RJ, afastou a tese de absorção do crime de exercício ilegal da medicina, 
descrito no art. 282 do Código Penal pelo crime de tráfico de drogas, entendendo que, na hipótese, o autor 
deva responder pelos dois crimes, ainda que em concurso formal, quando, ao se fazer passar por médico, 
prescreveu, nessa qualidade, em receituário médico, o uso de substâncias sujeitas ao controle especial da 
ANVISA. O julgado foi veiculado no Informativo 596 do STF. 
 
 
 
 
CUIDADO! Esse delito é classificado como formal, se consumando no momento da exposição do dano. 
Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou fazê-lo em doses 
excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar (art.38). 
ATENÇÃO! Os núcleos prescrever ou ministrar, para caracterizar o presente delito, devem ocorrer 
culposamente, do contrário, se as condutas forem dolosas, o agente deverá responder por crime de tráfico 
de drogas. 
CUIDADO! O sujeito ativo é o profissional autorizado para prescrever ou ministrar drogas, trata-se de 
crime próprio, podendo ser praticado por qualquer um destes. Entretanto se a ação for executada por um 
veterinário têm-se duas possibilidades: se agiu culposamente, a conduta é atípica, uma vez que não há 
analogia para prejudicar o réu; se for dolosa haverá crime de tráfico ilícito de drogas. 
UNIDADE 11 
Condução de embarcação ou aeronave sob o efeito de drogas 
Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade 
de outrem (art.39). 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
UNIDADE 12 
 
 
 
Causas de aumento de pena 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: 
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato 
evidenciarem a transnacionalidade do delito; 
 
II - o agente praticaro crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de 
educação, poder familiar, guarda ou vigilância; 
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de 
ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou 
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de 
qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades 
militares ou policiais ou em transportes públicos; 
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer 
processo de intimidação difusa ou coletiva; 
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; 
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, 
diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; 
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. 
 
JURISPRUDÊNCIA! 
1. Consoante o informativo nº 808 do STF, para que incida a causa de aumento de pena prevista no inciso V 
do art. 40, não se exige a efetiva transposição da fronteira interestadual pelo agente, sendo suficiente a 
comprovação de que a substância tinha como destino localidade em outro Estado da Federação. STF. 1ª 
Turma. HC 122791/MS, julgado em 17/11/2015. STJ. 6ª Turma. REsp 1370391/MS, julgado em 03/11/2015. 
 
2. No Informativo nº 586 do STJ julgado em 16/6/2016 ficou assentado que se o agente importa a droga 
com objetivo de vendê-la em determinado Estado da Federação, mas, para chegar até o seu destino, ele tem 
que passar por outros Estados, incidirá, neste caso, apenas a causa de aumento da transnacionalidade (art. 
40, I), não devendo ser aplicada a majorante da interestadualidade (art. 40, V) se a intenção do agente não 
era a de comercializar o entorpecente em mais de um Estado da Federação. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
2.1. Súmula 587 do STJ: Tráfico interestadual. Súmula 587 do STJ: Para a incidência da majorante prevista 
no artigo 40, inciso V, da lei 11.343/06 é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre Estados 
da Federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual. 
 
Súmula 607-STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas (art. 40, I, da Lei nº 11.343/2006) configura-
se com a prova da destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a transposição de 
fronteiras. 
 
3. À luz da atual posição majoritária do STF e STJ, o art. 40, III, da Lei de Drogas prevê como causa de 
aumento de pena o fato de a infração ser cometida em transportes públicos. Neste caso, se o agente leva a 
droga em transporte público, mas não a comercializa dentro do meio de transporte, NÃO haverá incidência 
da referida majorante, somente deve ser aplicada nos casos em que ficar demonstrada a comercialização 
efetiva da droga em seu interior. STF. 1ª Turma. HC 122258-MS/STF. 2ª Turma. HC 120624/MS/STJ. 6ª 
Turma. REsp 1443214-MS. 
 
4. A circunstância de o crime ter sido cometido nas dependências de estabelecimento prisional NÃO pode 
ser utilizada como fator negativo para fundamentar uma pequena redução da pena na aplicação da 
minorante prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/2006 e, ao mesmo tempo, ser empregada para 
aumentar a pena como majorante do inciso III do art. 40. Utilizar duas vezes essa circunstância configura 
indevido bis in idem. Desse modo, neste caso, esta circunstância deverá ser utilizada apenas como causa de 
aumento do art. 40, III, não sendo valorada negativamente na análise do § 4º do art. 33. 
 
5. A participação do menor pode ser considerada para configurar o crime de associação para o tráfico (art. 
35) e, ao mesmo tempo, para agravar a pena como causa de aumento do art. 40, VI, da Lei nº 11.343/2006 
(STJ/2015). 
 
 
 QUESTÕES DE PROVAS 
 
(SEJUS/ ES – CESPE) 
31. Suponha que um preso, durante a execução da pena prisional, seja flagrado comercializando substância 
entorpecente com os demais internos da unidade. Nessa situação, aquele que comercializou a droga deverá 
responder pelo crime de tráfico de substância entorpecente, com a pena aumentada de um sexto a dois 
terços, em razão do local onde foi cometida a infração. 
 
(Promotor de Justiça/PR) 
32. É desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da federação para incidência da 
majorante descrita no artigo 40, V, da Lei 11.343/2006. 
 
(Promotor de Justiça/PR) 
33. É necessária a efetiva comercialização da droga, no interior do transporte público, para incidência do 
aumento de pena previsto no artigo 40, III, da Lei 11.343/2006. 
ATENÇÃO! A causa de aumento prevista no inciso VII do art. 40, da presente lei, deve ter sua aplicação 
limitada para não constituir o bis in idem, isto é, a dupla apenação pelo mesmo fato, porquanto o legislador 
estabeleceu uma figura penal autônoma no art.36 (financiamento do tráfico). No entanto, de qualquer 
forma, pode ser aplicada tal majoração nas demais condutas, como por exemplo, a dos artigos 33, 35 ou 37. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 GABARITOS COMENTADOS 
31. COMENTÁRIO: O item está certo. O inimigo dessa vez foi benevolente, já que cobrou a lei seca, vejamos 
- Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: III - a 
infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais (...). 
32. COMENTÁRIO: O item está certo. Consoante o informativo nº 808 do STF, para que incida a causa de 
aumento de pena prevista no inciso V do art. 40, não se exige a efetiva transposição da fronteira 
interestadual pelo agente, sendo suficiente a comprovação de que a substância tinha como destino 
localidade em outro Estado da Federação (Grifei). 
 
33. COMENTÁRIO: O item está certo. À luz do da posição majoritária no STF e STJ, o art. 40, III, da Lei de 
Drogas prevê como causa de aumento de pena o fato de a infração ser cometida em transportes públicos. 
Neste caso, se o agente leva a droga em transporte público, mas não a comercializa dentro do meio de 
transporte, NÃO haverá incidência da referida majorante, somente deve ser aplicada nos casos em que ficar 
demonstrada a comercialização efetiva da droga em seu interior. 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 
 
 
 
 
O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo criminal na 
identificação dos demais coautores ou partícipes do crime e na recuperação total ou parcial do produto do 
crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois terços (art.41). 
 
 
 
 
JURISPRUDÊNCIA! 
1. A natureza e a quantidade da droga NÃO podem ser utilizadas para aumentar a pena-base do réu e 
também para afastar o tráfico privilegiado (art. 33, § 4º) ou para, reconhecendo-se o direito ao benefício, 
conceder ao réu uma menor redução de pena. Haveria, nesse caso, bis in idem (STJ/2014). 
 
2. O grau de pureza da droga é irrelevante para fins de dosimetria da pena. De acordo com a Lei nº 
11.343/2006, preponderam apenas a natureza e a quantidade da droga apreendida para o cálculo da 
dosimetria da pena (STJ/2016). 
 
3. A grande quantidade de droga pode justificar o afastamento da causa de diminuição de pena do art. 33, 
§ 4º da LD (STJ/2016). 
 
4. O fato de o réu ter ocupação lícita não significa que terá direito, necessariamente, à minorante do § 4º 
do art. 33 da LD (STJ/2016). 
 
5. Causa de diminuição de pena e ausência de confissão. O STJ, em decisão proferida nos autos do HC nº 
131.410/RJ, veiculado no Informativo nº 450, entendeu que, presentes os requisitos necessários à 
diminuição de pena do art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 em seu grau máximo, não constitui fundamento 
legal apto a influir na dosimetria a ausência de confissão ou arrependimento por parte do réu.

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