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2/136 @Quebrandoquestões Direito Penal QUESTÕES COMENTADAS Penal - Parte Geral .............................................................................................................................. 3 Conceito, Fontes e Princípios .......................................................................................................... 4 Aplicação da Lei Penal ................................................................................................................... 11 Crimes .......................................................................................................................................... 18 Concurso de Pessoas ..................................................................................................................... 32 Concurso de Crimes ...................................................................................................................... 40 Penas & Extinção de Punibilidade ................................................................................................. 45 Penal - Parte Especial ........................................................................................................................ 61 Crimes Contra a Pessoa ................................................................................................................. 62 Crimes Contra a Administração Pública ......................................................................................... 83 Crimes Contra o Patrimônio .......................................................................................................... 93 Crimes Contra a Fé Pública .......................................................................................................... 105 Crimes Contra a Dignidade Sexual ............................................................................................... 114 Crimes contra a Propriedade Imaterial, Organização do trabalho, Sentimento Religioso e Respeito aos Mortos ................................................................................................................................. 119 Crimes Contra a família, a incolumidade pública e a paz pública .................................................. 126 https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 3/136 @Quebrandoquestões Direito Penal Penal - Parte Geral https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 4/136 @Quebrandoquestões Direito Penal Conceito, Fontes e Princípios https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 5/136 @Quebrandoquestões Direito Penal (MPDFT/MPDFT/2013) 01) Os princípios da insignificância penal e da adequação social se identificam, ambos caracterizados pela ausência de preenchimento formal do tipo penal. Comentário: Princípio da Adequação Social - Ocorre quando uma conduta é considerada crime formalmente, mas não é crime em sentido material devido à aceitação da sociedade, pois não afeta diretamente a sociedade. Porém, o princípio da adequação social não revoga tipos penais incriminadores. - Serve de parâmetro ao legislador, que deve buscar afastar a tipificação criminal de condutas consideradas socialmente adequadas. - O adultério é um exemplo do princípio, não sendo considerado mais crime. Princípio da Insignificância ou da Bagatela - Estabelece que as condutas que afetam os bens jurídico-penais de maneira ínfima, não são consideras crimes, pois não lesionam o sentimento social de paz de maneira eficaz. - O princípio da bagatela própria afasta a materialidade do delito, ou seja, implica a atipicidade material de condutas causadoras de danos ou de perigos ínfimos. - Requisitos Objetivos para aplicação do princípio da bagatela própria de acordo com o STF: * Mínima Ofensividade da Conduta; * Ausência de periculosidade social da Ação; * Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; * Inexpressividade da lesão jurídica. Mnemônico: MARI Gabarito: Errado. (MPE-GO/MPE-GO/2012) 02) Infração bagatelar imprópria é a que já nasce sem nenhuma relevância penal, ou porque não há desvalor da ação (não há periculosidade na conduta, isto é, idoneidade ofensiva relevante; ou porque não há desvalor do resultado não se trata de ataque intolerável ao bem jurídico); Comentário: Princípio da Bagatela Imprópria Estabelece que não existe necessidade de aplicação da pena, mesmo ocorrendo um fato típico, antijurídico e culpável. Em determinado julgamento do TJ-RS, este apresentou certos requisitos para a aplicação da bagatela imprópria. TJ-RS/AC Nº 70076016484 Para o reconhecimento da bagatela imprópria, exige-se sejam feitas considerações acerca da culpabilidade e da vida pregressa do agente, bem como se verifique a presença de requisitos permissivos post-factum, a exemplo da restituição da res à vítima, do ressarcimento de eventuais prejuízos a esta ocasionados e, ainda, o reconhecimento da culpa e a sua colaboração com a Justiça. Assim, mesmo se estando diante de fato típico, ilícito e culpável, o julgador poderá deixar de aplicar a sanção por não mais interessar ao Estado fazê-lo em detrimento de indivíduos cujas condições subjetivas sejam totalmente favoráveis. O STJ, reiteradamente, não concorda com tal princípio, nos delitos de violência ou grave ameaça contra mulher, pois sendo tipicamente formal e material o fato, existe crime. STJ/REsp 1.602.827/MS O Superior Tribunal de Justiça tem jurisprudência reiterada de que não incide os princípios da insignificância e da bagatela imprópria aos crimes e às contravenções praticados mediante violência ou grave ameaça contra mulher, no âmbito das relações domésticas, dada a relevância penal da conduta. Logo, a reconciliação do casal não implica no reconhecimento da atipicidade material da conduta ou a desnecessidade de pena (Precedentes). Cleber Rogério Masson¹ Em outras palavras, infração (crime ou contravenção penal) de bagatela imprópria é aquela que surge como relevante para o Direito Penal, pois apresenta desvalor da conduta e desvalor do resultado. O fato é típico e ilícito, o agente é dotado de culpabilidade e o Estado possui o direito de punir (punibilidade). Mas, após a prática do fato, a pena revela-se incabível no caso concreto, pois diversos fatores recomendam seu afastamento, tais como: sujeito com personalidade ajustada ao convívio social (primário e sem antecedentes criminais), colaboração com a Justiça, reparação do dano causado à https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 6/136 @Quebrandoquestões Direito Penal vítima, reduzida reprovabilidade do comportamento, reconhecimento da culpa, ônus provocado pelo fato de ter sido processado ou preso provisoriamente etc. Fonte¹: MASSON, Cleber. Direito Penal - Vol. 1 - Parte Geral. 8. ed. São Paulo: Método, 2014. P. 84. Gabarito: Errado. (CESPE/TRE-MT/2015) 03) Segundo a doutrina majoritária, os costumes e os princípios gerais do direito são fontes formais imediatas do direito penal. Comentário: Fontes do Direito Penal - O direito penal possui duas fontes: * Materiais ou substanciais; * Formais ou cognitivas. Materiais ou substanciais Órgãos encarregados de produzir o Direito penal. No Brasil apenas a União pode criar normas de Direito Penal. - CF/88, Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. Formais ou cognitivas É a exteriorização do direito penal, ou seja, é maneira que o Direito Penal se apresenta juridicamente. - As Fontes Formais podem ser: * Imediatas; * Mediatas ou secundárias. Imediatas O Direito Penal é apresentado de forma direta. No Brasil a Lei ordinária, em sentidoestrito, é a única fonte formal imediata. A CF/88 não pode criar crimes nem cominar penas. OBS: Existe a possibilidade dos tratados e convenções internacionais serem fontes imediatas do direito penal, tendo eficácia erga omnes. Mediatas ou secundárias Ajudam na formação periférica do Direito Penal por meio dos costumes, princípios gerais e atos administrativos. Gabarito: Errado. (CESPE/Câmara dos Deputados/2014) 04) O princípio da reserva legal aplica-se, de forma absoluta, às normas penais incriminadoras, excluindo- se de sua incidência as normas penais não incriminadoras. Comentário: Princípio da Reserva Legal - Apenas a lei em sentido estrito pode definir crime e estabelecer penas. As leis não podem ser vagas, pois este princípio tem a finalidade de proteger a segurança jurídica das pessoas. É possível medida provisória tratar sobre matéria de direito penal? * 1º Corrente: Não, pois a CF/88 veda. * 2º Corrente: O STF entende que pode, no caso de matéria favorável ao réu. (Prevalece essa corrente). Norma penal que não incrimina não precisa da reserva legal, podendo ser feita mediante Medida Provisória. Gabarito: Correto. (FCC/MPE-SE/2013) 05) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Trata-se do postulado constitucional que se consagrou com a denominação de A) presunção de inocência. B) devido processo legal. C) in dubio pro reo. D) estrita legalidade. E) princípio da culpabilidade. Comentário: https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 7/136 @Quebrandoquestões Direito Penal Princípio da Legalidade - CF/88, Art. 5º, XXXIX - não há· crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; Anterioridade da Lei - CP/84, Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. - Em razão do princípio da legalidade penal, a tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio de lei em: * Sentido material; * Sentido formal. Sentido material É o conteúdo, a ocorrência real da lesão jurídica, no caso concreto, estabelecido em lei. Sentido formal É a descrição, anotação ou tipificação do crime no ordenamento jurídico. - O princípio da legalidade compreende a obediência às formas e aos procedimentos exigidos na criação da lei penal e, principalmente, na elaboração de seu conteúdo normativo. - O Princípio da Legalidade se divide em: * Princípio da Reserva Legal; * Princípio da Anterioridade da Lei Penal; Princípio da Reserva Legal - Apenas a lei em sentido estrito pode definir crime e estabelecer penas. As leis não podem ser vagas, pois este princípio tem a finalidade de proteger a segurança jurídica das pessoas. É possível medida provisória tratar sobre matéria de direito penal? * 1º Corrente: Não, pois a CF/88 veda. * 2º Corrente: O STF entende que pode, no caso de matéria favorável ao réu. (Prevalece essa corrente). Princípio da Anterioridade da Lei Penal ou Irretroatividade - Estabelece que a lei tenha que ter sido criada antes de ocorrer à criminalização para considerar a prática da conduta. Pode ser considerado sinônimo do princípio da irretroatividade da lei penal. - É possível a retroatividade da lei penal, quando for para beneficiar o réu. CF/88, Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. - No caso de Leis temporárias, a lei principal continua produzindo seus efeitos mesmo após o término da vigência das leis temporárias. - CP/40. Art. 2º, parágrafo único, CP. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Princípio da Presunção de Inocência ou Presunção de Não Culpabilidade - É o maior pilar do Estado Democrático de Direito. - CF/88, Art.5, LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; - Enquanto não existir uma sentença criminal condenatória irrecorrível, não é possível o acusado ser considerado culpado. Princípio In dubio pro Reo Existindo dúvidas acerca da culpa ou não do acusado, deverá o Juiz decidir em favor deste devido à falta de comprovação de culpa. Princípio da Culpabilidade Estabelece que a pena só pode ser imposta a quem, agindo com dolo ou culpa, e merecendo juízo de reprovação, cometeu um fato típico e antijurídico. Gabarito: Letra D. (CESPE/MPE-TO/2014) 06) Norma penal em branco homogênea, ou em sentido amplo, é aquela cujo complemento é oriundo da mesma fonte legislativa que editou a norma que necessita desse complemento. Comentário: Normas Penais em Branco São normas que dependem de outra norma para que sua aplicação seja possível. (Não violam o princípio da reserva legal). - As normas penais em branco são divididas pela doutrina em: * Homogêneas/Sentido Amplo/Imprópria; * Heterogêneas/Sentido Estrito/Própria. https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 8/136 @Quebrandoquestões Direito Penal Homogêneas/Sentido Amplo/Imprópria A complementação da norma é feita pelo mesmo órgão que produziu a norma penal em branco. O complemento da norma é outra lei, ou seja, o complemento tem a mesma origem e mesma natureza jurídica da lei penal a ser complementada. Heterogêneas/Sentido Estrito/Própria A complementação da norma é realizada por órgão diverso do que produziu a norma penal em branco. A norma penal e seu complemento estão em diploma legais diversos. Gabarito: Correto. (CESPE/PC-SE/2016) 07) O princípio da anterioridade, no direito penal, informa que ninguém será punido sem lei anterior que defina a conduta como crime e que a pena também deve ser prevista previamente, ou seja, a lei nunca poderá retroagir. Comentário: Princípio da Anterioridade da Lei Penal ou Irretroatividade - Estabelece que a lei tenha que ter sido criada antes de ocorrer à criminalização para considerar a prática da conduta. Pode ser considerado sinônimo do princípio da irretroatividade da lei penal. - É possível a retroatividade da lei penal, quando for para beneficiar o réu. CF/88, Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. - No caso de Leis temporárias, a lei principal continua produzindo seus efeitos mesmo após o término da vigência das leis temporárias. - CP/40. Art. 2º, parágrafo único, CP. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Gabarito: Errado. (CESPE/TJ-DFT/2014) 08) É vedado ao juiz fixar a mesma pena base aos corréus, sob pena de violação ao princípio da individualização da pena, ainda que as circunstâncias judiciais sejam comuns. Comentário: STF/HC 94.655/MT I - Esta Corte já assentou entendimento no sentido de que não viola o princípio da individualização da pena a fixação da mesma pena-base para corréus se as circunstâncias judiciais são comuns. Precedentes. II - De acordo com a jurisprudência desta Corte, somente em situações excepcionais é que se admite o reexame dos fundamentos da dosimetria levada a efeito pelo juiz a partir do sistema trifásico, o que não se verifica no caso sob exame. Princípio da Individualização da Pena Conforme PRADO¹, a pena deve estar proporcionada ou adequada à intensidade ou magnitude da lesão ao bem jurídico representada pelo delito e a medida de segurança a periculosidade criminal do agente. CF/88, Art.5º, XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; - Este princípio possui três fases correlacionadas: * Legislativa: Estabelecimento de penas mínimas e máximas e cominação de punições proporcionais à gravidadedos crimes. (Fase Abstrata) * Judicial: Análise, pelo juiz, do caso concreto. (Fase Concreta) * Administrativa: É a fase da execução da pena, momento em que o condenado será classificado, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal. CF/88, Art. 5º, XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; Fonte¹: PRADO, Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro, volume 1: parte geral, arts. 1º a 120. 6. ed. rev. atual e ampl. São Paulo: RT, 2006. p. 141. Gabarito: Errado. https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 9/136 @Quebrandoquestões Direito Penal (CESPE/PC-SE/2018) 09) O princípio da individualização da pena determina que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, razão pela qual as sanções relativas à restrição de liberdade não alcançarão parentes do autor do delito. Comentário: Princípio da Intranscendência da Pena ou Responsabilidade Pessoal ou Pessoalidade - CF/88, Art.5º XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens serem, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. - A multa não é considerada uma vinculação a reparação do dano, pois não é direcionada à vítima. Caso o infrator morra, a punibilidade é extinta. Gabarito: Errado. (CESPE/PF/2018) 10) A fim de garantir o sustento de sua família, Pedro adquiriu 500 CDs e DVDs piratas para posteriormente revendê-los. Certo dia, enquanto expunha os produtos para venda em determinada praça pública de uma cidade brasileira, Pedro foi surpreendido por policiais, que apreenderam a mercadoria e o conduziram coercitivamente até a delegacia. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item subsequente. O princípio da adequação social se aplica à conduta de Pedro, de modo que se revoga o tipo penal incriminador em razão de se tratar de comportamento socialmente aceito. Comentário: Princípio da Adequação Social - Uma conduta sendo considerada crime, mas que não é capaz de afetar o sentimento social de Justiça não é crime em sentido material devido à aceitação da sociedade. Porém, o princípio da adequação social não revoga tipos penais incriminadores. - Serve de parâmetro ao legislador, que deve buscar afastar a tipificação criminal de condutas consideradas socialmente adequadas. - O adultério é um exemplo do princípio, não sendo considerado mais crime. - O STJ não aceita o princípio da adequação social em relação à conduta de expor à venda CD’s e DVD’s Piratas. - Súmula 502/STJ - Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no art. 184, § 2º, do CP, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas. Gabarito: Errado. (FCC/DPE-PR/2017) 11) O princípio da intervenção mínima no Direito Penal encontra reflexo A) no princípio da fragmentariedade e na teoria da imputação objetiva. B) no princípio da subsidiariedade e na teoria da imputação objetiva. C) nos princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade. D) no princípio da fragmentariedade e na proposta funcionalista sistêmica. E) na teoria da imputação objetiva e na proposta funcionalista sistêmica. Comentário: Princípio da Intervenção Mínima ou Última Ratio - Tal princípio estabelece a limitação do Estado em relação ao poder punitivo. - O princípio da intervenção mínima no Direito Penal encontra reflexo nos princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade. - O Direito penal é a considerado a última maneira de resolver o problema. - As condutas do indivíduo serão criminalizadas apenas quando existir a real necessidade de tutela aos bens jurídicos e não seja possível que esse indivíduo, com os seus atos, conviva harmônica e pacificamente em sociedade. Gabarito: Letra C. (CESPE/TRF - 5ª REGIÃO/2015) https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 10/136 @Quebrandoquestões Direito Penal 12) O princípio do ne bis idem está expressamente previsto na CF e preconiza a impossibilidade de uma pessoa ser sancionada ou processada duas vezes pelo mesmo fato, além de proibir a pluralidade de sanções de natureza administrativa sancionatórias. Comentário: Princípio do Ne Bis In Idem - Uma pessoa não pode ser punida nem processada pelo mesmo fato duas vezes. - No processo penal não existe a revisão pro societate. - Ocorrendo o trânsito em julgado, a pessoa não pode ser processada novamente pelo mesmo fato. - Um mesmo fato não pode ser considerado para fixação da pena mais de uma vez. Gabarito: Errado. (CESPE/TJ-CE/2018) 13) Assinale a opção que apresenta princípios que devem ser observados pelas leis penais por expressa previsão constitucional. A) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal, economicidade, individualização da pena B) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal, presunção da inocência, eficiência da pena C) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal, presunção da inocência, individualização da pena. D) legalidade, irretroatividade, moralidade, presunção da inocência, individualização da pena E) legalidade, impessoalidade, irretroatividade, presunção da inocência, individualização da pena. Comentário: Princípios do direito penal explícitos na CF/88 Legalidade ou Reserva Legal; Anterioridade; Retroatividade da lei penal mais benéfica; Dignidade da pessoa humana; Devido processo Legal; Proibição de prova ilícita; Juiz e Promotor natural; Contraditório e ampla defesa; Presunção de Inocência; Celeridade e razoável duração do processo; Personalidade ou da responsabilidade pessoal; Individualização da pena; Humanidade. Princípios do direito penal implícitos na CF/88 Proporcionalidade; Razoabilidade; Duplo grau de jurisidção; Intervenção Mínima ou Subsidiariedade; Fragmentariedade; Lesividade ou Ofensividade; Taxatividade Penal ou da Determinação; Adequação dos meios aos fins; Proibição do Excesso; Culpabilidade ou da Responsabilidade Subjetiva; Adequação social; Insignificância ou da Bagatela. Gabarito: Letra C. https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 11/136 @Quebrandoquestões Direito Penal Aplicação da Lei Penal https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 12/136 @Quebrandoquestões Direito Penal (IESES/TJ-PA/2016) 14) Atinente à aplicação da Lei penal no tempo e no espaço, é correto afirmar: A) No que tange ao tempo do crime, o código penal adotou a teoria da ubiquidade. B) Leis temporárias e excepcional (art. 3, CP) são hipóteses excepcional de ultra atividade maléfica. C) Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. Tal instituto é denominado Extraterritorialidade. D) De acordo com o princípio da territorialidade, não é possível, por conta de regras internacionais, que um crime cometido no Brasil não sofra as consequências da Lei Brasileira. Comentário: Letra A: Errada. Tempo do Crime - É dividido em Três teorias explicando quando ocorre a prática do crime: * Teoria da Atividade; (CP ADOTA) * Teoria do Resultado; * Teoria da Ubiquidade ou Mista. Teoria da Atividade O crime é considerado praticado devido a sua ação ou omissão, sem a importância do momento do resultado. (ADOTADO PELO CP) CP/84, Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão,ainda que outro seja o momento do resultado. (Tempo do Crime); Teoria do Resultado O crime é considerado praticado no momento do resultado, independente do momento da ação ou omissão. Teoria da Ubiquidade ou Mista O crime é considerado praticado tanto no momento do resultado quanto da ação ou omissão. - Nos crimes permanentes é aplicável a lei em vigência, ainda que mais gravosa, assim como nos crimes continuados, em é aplicada a lei vigente à época do último crime praticado, não ocorrendo retroatividade, apesar de ser mais grave, pois o crime estava em execução e não finalizado. - Súmula 711/STF - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. Letra B: Correta. Leis Intermitentes * Leis Excepcionais: Leis produzidas para vigorar em determinada situação; * Lei Temporária: Lei editada que tem vigência em certo período sendo a sua revogação automática ao termo de sua vigência; - No caso de Leis Intermitentes (Leis Excepcionais e Temporárias), a pessoa que cometeu o delito, em sua vigência, responderá, mesmo após o término do prazo da norma. São hipóteses excepcionais de ultra-atividade maléfica. - Sendo criada, após o termino das leis intermitentes, lei abolitiva revogando o crime previsto na lei temporária, estas não mais produziram efeitos. - CP/84, Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Lei excepcional ou temporária). Letra C: Errada. Territorialidade - A lei penal é aplicada nos crimes cometidos no território nacional, sendo ele comedito por estrangeiro ou contra estrangeiro. - CP/84, Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. Princípio da Territorialidade Mitigada ou Temperada - Adotado pelo CP https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 13/136 @Quebrandoquestões Direito Penal - O Território é o espaço que o Estado possui sua soberania política, compreendendo: * Mar Territorial; * O Espaço Aéreo; * Subsolo; * Navios e aeronaves públicos, dentro ou fora do Brasil; * As aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, em alto-mar ou no espaço aéreo. - A Lei penal do Brasil é aplicada aos crimes cometidos a bordo de aeronaves estrangeiras quando estiverem no espaço aéreo brasileiro ou em pouso no território nacional. - A Lei penal do Brasil é aplicada no caso das embarcações quando estiverem em porto ou mar territorial brasileiro. CP/40. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) § 2º - É também aplicável à lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984) Letra D: Errada. Territorialidade - A lei penal é aplicada nos crimes cometidos no território nacional, sendo ele comedito por estrangeiro ou contra estrangeiro. - CP/84, Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional. Gabarito: Letra B. (MPE-RS/MPE-RS/2014) 15) Considere, abaixo, a norma disposta no art. 7º, inciso II, alínea c, do Código Penal. “Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro [...], os crimes [...] praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados”. Esse inciso II, em sua alínea c, define o princípio da A) proteção. B) justiça universal. C) representação. D) defesa. E) territorialidade. Comentário: Princípio da Representação ou da Bandeira ou do Pavilhão - A Lei penal brasileira é aplicada nos crimes praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e neste não sejam julgados. - Considera-se uma Extraterritorialidade condicionada, ou seja, deve existir uma série de condições para ser considerado crime; - CP/84, Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: II - os crimes: c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados. Gabarito: Letra C. (FUNDATEC/PGE-RS/2010) https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 14/136 @Quebrandoquestões Direito Penal 16) Em razão do princípio da atividade, a lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. Comentário: Trata-se do princípio da Ultratividade. Leis Intermitentes * Leis Excepcionais: Leis produzidas para vigorar em determinada situação; * Lei Temporária: Lei editada que tem vigência em certo período sendo a sua revogação automática ao termo de sua vigência; - No caso de Leis Intermitentes (Leis Excepcionais e Temporárias), a pessoa que cometeu o delito, em sua vigência, responderá, mesmo após o término do prazo da norma. São hipóteses excepcionais de ultra-atividade maléfica. - Sendo criada, após o termino das leis intermitentes, lei abolitiva revogando o crime previsto na lei temporária, estas não mais produziram efeitos. - CP/84, Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. (Lei excepcional ou temporária). Gabarito: Errado. (FGV/PC-MA/2012) 17) Reconhecida a abolitio criminis, causa de extinção da punibilidade, os efeitos penais se apagam, permanecendo os efeitos civis. Comentário: Abolitio Criminis - Ocorre quando um fato deixa de ser crime depois que uma lei penal que incrimina acaba sendo revogada; - A Lei que revoga a anterior acaba produzindo efeitos retroativos, alcançando fatos praticados antes de sua entrada em vigor e cessando a pena e os efeitos penais da condenação. Porém, existindo o ressarcimento, os efeitos civis continuam existindo. - CF/88, Art.5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; - CP/84, Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória. (Lei penal no tempo) Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. (Lei penal no tempo) Gabarito: Correto. (CESPE/TRF - 2ª REGIÃO/2013) 18) Assinale a opção correta acerca da interpretação da lei penal A) A interpretação extensiva é admitida em direito penal para estender o sentido e o alcance da norma até que se atinja sua real acepção. B) A interpretação analógica não é admitida em direito penal porque prejudica o réu. C) A interpretação teleológica consiste em extrair o sentidoe o alcance da norma de acordo com a posição da palavra na estrutura do texto legal. D) A analogia penal permite ao juiz atuar para suprir a lacuna da lei, desde que isso favoreça o réu. E) A interpretação judicial da lei penal se manifesta na edição de súmulas vinculantes editadas pelos tribunais. Comentário: Letra A: Correta. Interpretação Extensiva - É a extensão da lei, ou seja, o aumento do seu alcance; Letra B: Errada. É aplicada. Interpretação Analógica https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 15/136 @Quebrandoquestões Direito Penal É um método de interpretação. Retira o sentido da norma a partir dos próprios elementos fornecidos por ela. Há uma lei regulando a hipótese apresentada, mas de forma genérica, sendo necessário o uso da via interpretativa. Não se confunde com a Analogia. Letra C: Errada. Interpretação Gramatical - É a interpretação literal da lei; - Extrai o sentido e o alcance da norma de acordo com a posição da palavra na estrutura do texto legal. Interpretação Teológica ou Lógica - Tem por finalidade alcançar os fins sociais para o qual a lei foi criada. - Procura descobrir a vontade do legislador, além da finalidade da lei. Letra D: Errada. Interpretação Analógica É um método de interpretação. Retira o sentido da norma a partir dos próprios elementos fornecidos por ela. Há uma lei regulando a hipótese apresentada, mas de forma genérica, sendo necessário o uso da via interpretativa. Não se confunde com a Analogia. Analogia da Lei Penal É um método de integração da norma - É uma técnica utilizada para suprir a falta de uma lei, ou seja, é uma técnica de integrativa em que o aplicador do Direito irá utilizar outra norma para utilizar no caso concreto; - A analogia da lei só é utilizada para o benefício do réu (analogia in bonam partem), nunca para prejudicá-lo (analogia in malam partem); Não se admite o emprego de analogia para normas incriminadoras, uma vez que não se pode violar o princípio da reserva legal. Letra E: Errada. Interpretação Judicial - Interpretação realizada por membros do Poder judiciário a partir de suas decisões em processos nos casos concretos; O juiz não tem a obrigação a dar à lei a mesma interpretação dada, anteriormente, por outro juiz, ou pelo tribunal. - Não vinculam os operadores do Direito, salvo no caso de Súmulas vinculantes do STF. Gabarito: Letra A. (CESPE/TJ-DFT/2003) 19) Considerando o princípio da especialidade, que rege o conflito aparente de normas penais, é correto afirmar que norma que define o crime de homicídio é especial em relação à que define o infanticídio. Comentário: O infanticídio é especial em relação ao crime de homicídio. Princípio da Especialidade - É utilizado no conflito de duas normas, uma geral e outra especial. A norma especial é aquela que possui todos os elementos da norma geral com algumas características a mais. - Existindo conflito nesse caso, a norma especial é aplicada no lugar da norma geral, mesmo aquela tendo uma penalidade maior que esta; - Existindo norma especial, o código penal é aplicado subsidiariamente aos crimes previstos na especial, caso nesta não exista regulamentação sobre o assunto; - CP/40, Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso. https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 16/136 @Quebrandoquestões Direito Penal - Lex specialis derrogat lex generalis, ou seja, a lei especial afasta a norma geral; Gabarito: Errado. (ESAF/CGU/2012) 20) Em relação às noções fundamentais do Direito Penal, resolva: Quanto ao Lugar do crime, o Direito brasileiro adotou a Teoria da Atividade segundo a qual o Lugar do delito é aquele em que se verificou o ato executivo. Comentário: Lugar do Crime - Possui três teorias: * Teoria da Atividade; * Teoria do Resultado; * Teoria Mista ou da Ubiquidade. (CP ADOTA) Teoria da Atividade O local do crime é considerado aquele em que a conduta foi praticada; Teoria do Resultado O local do crime é o local onde ocorre a consumação do crime, independentemente de onde foi praticada a conduta; Teoria Mista ou da Ubiquidade O local do crime pode ser tanto o lugar onde se praticou a conduta, quanto o lugar do resultado; (ADOTADA PELO CP) - CP/84, Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Gabarito: Errado. (CESPE/PC-RN/2009) 21) Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão, de detenção ou prisão simples, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa. Comentário: Crime ou Delito Sentido Formal ou Legal Crime é a infração penal que a lei estabelece pena de reclusão ou detenção, podendo ser de maneira isolada, alternativa ou cumulativa com multa. CP/40, Art 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente. Contravenção Penal - São consideradas penas com uma menor relevância para sociedade, como a pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. - LICP/41, Art 1º Considera-se...contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente. Gabarito: Errado. (MPE-GO/ MPE-GO/2010) 22) Ocorre o crime progressivo ou progressão criminosa quando o agente, para alcançar o resultado mais gravoso, passa por outro, necessariamente menos grave. Comentário: Crime Progressivo e Progressão Criminosa são conceitos diferentes. Princípio da Consunção ou Absorção - É quando existe o conflito de duas normas, porém, neste conflito uma norma absorve a outra, ou seja, lex consumens derrogat lex consumptae; - O Princípio da Absorção pode ocorrer por: * Crime Progressivo; https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 17/136 @Quebrandoquestões Direito Penal * Progressão Criminosa; * Antefato Impunível; * Pós-fato Impunível. Crime Progressivo É quando existe uma gradação do crime, ou seja, o agente começou praticando um crime menos grave indo até um crime mais grave, prevalecendo o crime mais grave absorvendo todos os demais. Progressão Criminosa É quando o agente começa praticando um crime menos grave, porém, durante o mesmo inter criminis, acaba mudando de intenção e pratica outro de maior gravidade; Ex: Pessoa pretende roubar o celular da pessoa, daí resolveu durante a ação matar por que o celular era muito peba; Antefato Impunível A pessoa pratica fatos até chegar ao crime principal, porém não responde por esses fatos, mas sim pelo crime principal; Pós-fato Impunível São fatos considerados criminosos, de forma isolada, porém por ser um desdobramento do crime final, não são puníveis; Gabarito: Errado. https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 18/136 @Quebrandoquestões Direito Penal Crimes https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 19/136 @Quebrandoquestões Direito Penal (VUNESP/TJ-SP/2008) 23) Após a morte da mãe, A recebeu, durante um ano, a pensão previdenciária daquela, depositada mensalmente em sua conta bancária, em virtude de ser procuradora da primeira. Descoberto o fato, A foi denunciada por apropriação indébita. Se a sentença concluir que a acusada (em razão de sua incultura, pouca vivência, etc.) não tinha percepção da antijuricidadede sua conduta, estará reconhecendo A) erro sobre elemento do tipo, que exclui o dolo. B) erro de proibição. C) descriminante putativa. D) ignorância da lei. Comentário: Erro de Proibição - É quando o agente comete um fato criminoso por pensar que a conduta não é proibida. - Ocorre quando o agente age pensando que sua conduta não é ilícita, ou seja, o agente representa a realidade da conduta, mas acredita que é uma conduta lícita. - O erro de proibição pode ser: * Escusável: O agente não tinha noção que sua conduta era contrária ao direito, excluindo a sua culpabilidade. * Inescusável: O agente tinha noção que sua conduta poderia ser considerada ilícita, não se excluindo sua culpa, respondendo com pena reduzida de um sexto a um terço. - CP/40, Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Gabarito: Letra B. (VUNESP/CRBio - 1º Região/2017) 24) De acordo com o Código Penal Brasileiro, A) nos crimes sem violência ou grave ameaça à pessoa, o arrependimento posterior isenta de pena o autor do crime, desde que reparado o dano até o recebimento da denúncia ou queixa. B) responde penalmente, a título de omissão, aquele que deixa de agir para evitar o resultado quando, por lei ou convenção social, tenha obrigação de cuidado, proteção ou vigilância. C) o crime é tentado quando, iniciada a execução, o agente impede a realização do resultado. D) fica sujeito à lei brasileira, embora praticado no estrangeiro, o crime contra o patrimônio dos municí- pios. O agente será punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido no estrangeiro. E) o crime praticado sob coação irresistível ou em obediência à ordem de superior hierárquico, desde que não manifestamente ilegal, é punido de forma atenuada. Comentário: Letra A: Errada. CP/40. Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. Letra B: Errada. Não existe previsão de convenção social. Art. 13, CP (...) § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. Letra C: Errada. Crime por Tentativa - CP/40, Art. 14 - Diz-se o crime: II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 20/136 @Quebrandoquestões Direito Penal Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. - Não estarão, em regra, presentes os elementos resultado e nexo de causalidade, pois o crime não foi consumado; - Como a punibilidade do crime de tentativa não é o mesmo do consumado, adota-se que o CP penal segue a teoria dualística, realista ou objetiva da punibilidade da tentativa. - Todos os crimes admitem tentativa, salvo: * Crimes Culposos: A vontade do agente não tem finalidade ilícita; * Crimes Preterdolosos: A primeira conduta é dolosa, mas a segunda é culposa; * Crimes Unissubsistentes: Crime realizado por um único ato, sem fracionamento da prática; * Crimes Omissivos próprios; * Crimes de Perigo abstrato; * Contravenções Penais; * Crime de Atentado; * Crimes habituais; Letra D: Correta. CP/40. Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os crimes: b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. Letra E: Errada. CP/40. Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. Gabarito: Letra D. (CESPE/TRE-MT/2015) 25) A legítima defesa sucessiva é inadmissível como causa excludente de ilicitude da conduta. Comentário: Legítima Defesa Sucessiva - Ocorre quando o agente que sofre a primeira lesão revida de maneira desproporcional e faz com que o primeiro que iniciou a lesão possa utilizar-se de legítima defesa. Gabarito: Errado. (CESPE/TRE-MT/2015) 26) A coação física irresistível configura causa excludente da culpabilidade. Comentário: Excludente de Ilicitude - Estado de necessidade; - Legítima defesa; - Estrito cumprimento de dever legal; - Exercício regular de direito. Excludente de Tipicidade - Caso fortuito; - Coação física irresistível; (é diferente de coação moral irresistível, que é excludente de culpabilidade) - Estado de inconsciência; - Erro de tipo inevitável (escusável); - Movimentos reflexos; - Princípio da Insignificância. https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 21/136 @Quebrandoquestões Direito Penal Excludente de Culpabilidade - Erro inevitável sobre a ilicitude do fato. - Coação moral irresistível. - Obediência à ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico. - Menoridade; - Doença Mental; - Desenvolvimento mental retardado ou incompleto; - Embriaguez completa e acidental; - Erro de proibição inevitável; - Coação moral irresistível; - Obediência hierárquica. Gabarito: Errado. (CESPE/TCE-PR/2016) 27) Caso a restituição da coisa ou a reparação do dano se dê até o recebimento da denúncia, configurar- se-á o arrependimento posterior. Caso se dê após o recebimento da denúncia e até a sentença, a restituição ou reparação será considerada circunstância atenuante. Comentário: Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz - São consideradas causas de exclusão da tipicidade; - CP/41, Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Desistência Voluntária - O agente desiste, por vontade própria de seguir os atos executórios, mesmo podendo prosseguir. - Desistência Voluntária: Resultado não é consumado devido à desistência do agente; Arrependimento Eficaz - O agente pratica todos os atos executórios, porém se arrepende e impede a consumação do resultado; OBS: Mesmo após tentar impedir o resultado e este vier a acontecer, o agente responde pelo crime, porém com atenuação da pena. - Ocorrendo à desistência voluntária ou arrependimento eficaz em crime de concurso de pessoas, a desistência ou arrependimento de um valerá para os demais; Arrependimento Posterior - Não exclui o crime, pois já foi realizado, porém diminui a pena. - Não é aplicável se o crime é cometido com violência ou grave ameaça, salvo, de acordo com a doutrina, se a violência for culposa, tendo o agente antes da queixa se arrependido e tomado as providências necessárias. - CP/41, Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. - Mesmo que a vítima se recuse de receber a reparação do dano, o agente tem direito a redução da pena; Gabarito: Correto. (CESPE/TCE-PR/2016) 28) No direito brasileiro, os atos preparatórios não são puníveis em nenhuma circunstância, nem mesmo como tipo penal autônomo. Comentário: Atos Preparatórios - O agentedar início aos preparativos, mas não inicia a prática do crime, sendo considerados não puníveis, pois o crime não está em execução, salvo quando se tratar de um delito autônomo, ou seja, o CP já criminaliza o ato preparatório. Gabarito: Errado. (CESPE/TCE-SC/2016) https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 22/136 @Quebrandoquestões Direito Penal 29) Caracteriza-se o dolo eventual no caso de um caçador que, confiando em sua habilidade de atirador, dispara contra a caça, mas atinge um companheiro que se encontra próximo ao animal que ele desejava abater. Comentário: Culpa Consciente - O agente vê que é possível o resultado, mas crê que não ocorrerá; Ex: Caçador que, confiando em sua habilidade de atirador, dispara contra a caça, mas atinge um companheiro que se encontra próximo ao animal que ele desejava abater. - Semelhante ao dolo eventual, porém neste o agente assume o risco, sem se importar com o resultado, ou seja, prevê o resultado como possível, mas com ele não se importa e na culpa consciente o agente não assume o risco, pois pensa que não ocorrerá. Gabarito: Errado. (FCC/SEFAZ-SC/2018) 30) À luz do que dispõe o Ordenamento Penal brasileiro, A) o agente que desiste de forma voluntária de prosseguir na execução do crime, ou impede que o resultado se produza, terá sua pena reduzida de um a dois terços. B) o arrependimento posterior, nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, deve ocorrer até o oferecimento da denúncia ou da queixa. C) não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. D) crime impossível é aquele em que o agente, embora tenha praticado todos os atos executórios à sua disposição, não consegue consumar o crime por circunstâncias alheias à sua vontade. E) diz-se crime culposo, quando o agente assumiu o risco de produzi-lo. Comentário: CÓDIGO PENAL: Art. 14 - Diz-se o crime: Crime consumado I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; Tentativa II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pena de tentativa Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. Desistência voluntária e arrependimento eficaz Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Arrependimento posterior Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. Crime impossível Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 23/136 @Quebrandoquestões Direito Penal Súmula 145 STF: Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. Gabarito: Letra C. (FCC/DPE-AP/2018) 31) Nos crimes comissivos por omissão, A) pelo critério nomológico, violam-se normas mandamentais. B) a tipicidade é a do tipo comissivo, mas pode também, excepcionalmente, ser a do tipo omissivo. C) a falta do poder de agir gera atipicidade da conduta. D) são delitos de mera atividade, que se consumam com a simples inatividade. E) no caso de ingerência, a conduta anterior deve ser a produtora do dano ou lesão. Comentário: Crimes Omissivos Os crimes omissivos são divididos em: * Crimes omissivos puros (próprios): Ocorre quando o tipo penal estabelece que a omissão do agente é tipificada como crime, ou seja, o agente deve agir para não responder ao crime. O resultado é considerado irrelevante; - CP/40, Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. * Crimes omissivos impuros (impróprios): O agente possuía o dever legal de agir para evitar o resultado, porém não agiu, respondendo pelo resultado lesivo que ocorrer. O resultado é relevante, sendo imputado ao agente que se omitiu. Nesses crimes a conduta de omissão do agente ao resultado é normativa e não física, com isso o resultado é a ele imputado por descumprir a lei. OBS: Os crimes comissivos possuem uma relação de causalidade física ou natural, já os crimes comissivos por omissão imprópria possuem uma relação de causalidade normativa. Relevância da omissão Art.13. § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. Gabarito: Letra C. (FCC/DPE-AM/2018) 32) O erro de tipo, no Direito Penal, A) exclui a culpabilidade subjetiva, impedindo a punição do agente. B) quando escusável, permite a punição por crime culposo. C) é incabível em crimes hediondos e equiparados. D) é inescusável nos crimes da Lei de Drogas, no desconhecimento da lei penal. E) incide sobre o elemento constitutivo do tipo e exclui o dolo. Comentário: Erro de Tipo - Erro em relação à existência fática de um dos elementos que possui o tipo penal. - Ocorre quando o agente pratica um fato típico por meio de um erro sobre algum de seus elementos, ou seja, o agente não sabia que estava praticando um ato que era considerado um elemento essencial do tipo penal. - O erro de tipo pode acontecer nos crimes omissivos impróprios, ou seja, os crimes comissivos por omissão em que o agente desconhece o dever de impedir o resultado. - Se o erro incidir no elemento normativo do tipo, a doutrina majoritária entende que é um erro de tipo e não de proibição. - O erro de tipo é considerado: * Escusável: Ocorre quando o agente não poderia conhecer a presença do elemento do tipo, mesmo através da racionalidade mental. Nesse caso, o agente não responderia pelo crime. https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 24/136 @Quebrandoquestões Direito Penal * Inescusável: Ocorre quando o agente erra perante o elemento essencial do tipo, porém, caso se esforçasse racionalmente, não teria praticado esse erro. Nesse caso o agente responderia pelo crime. OBS: O erro de tipo permissivo é o erro em relação aos pressupostos objetivos de uma causa de justificação (Excludente de ilicitude), ou seja, nesse erro o agente estaria amparado pela excludente de ilicitude. Art. 20, CP. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o DOLO, mas permite a punição por crime culposo se previsto em lei. Gabarito: Letra E. (FCC/TCE-SP/2011) 33) No estado de necessidade, A) há necessariamente reação contra agressão. B) o agente responderá apenas pelo excesso culposo. C) deve haver proporcionalidade entre a gravidade do perigo que ameaça o bem jurídico e a gravidade da lesão causada. D) a ameaça deve ser apenas a direito próprio. E) inadmissível a modalidade putativa. Comentário: Estado de Necessidade - Teoria unitária de estado de necessidade; - O bem jurídico deve ser de igual valor ou superior ao sacrificado; - Requisitos: * Perigoatual; * Ameaça a direito próprio ou alheio; * Situação de perigo não causada voluntariamente pelo sujeito; * Inexistência de dever legal de enfrentar o perigo * Inevitabilidade; * Inexigibilidade do sacrifício do direito ameaçado; * Elemento subjetivo do tipo permissivo. - CP/41, Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. - Caso o bem sacrificado seja de valor superior que o protegido o agente responderá pelo delito, porém com pena reduzida. - CP/41,Art.24 § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços. OBS: De acordo com o STJ, a mera alegação de miserabilidade não ocasiona o estado de necessidade para que seja excluída assim a ilicitude do fato, porém, ocorre exclusão de culpa quando inexigível conduta diversa. OBS: O agente pode ser protegido pelo estado de necessidade nos erros na execução. OBS: É possível o estado de necessidade recíproco, desde que as duas pessoas não tenham gerado situação de perigo. Gabarito: Letra C. (FCC/TCM-GO/2015) 34) Fernando deu início à execução de um delito material, praticando atos capazes de produzir o resultado lesivo. Todavia, aliou-se à sua ação uma concausa I. preexistente, absolutamente independente em relação à conduta do agente que, por si só, produziu o resultado. II. concomitante, absolutamente independente em relação à conduta do agente que, por si só, produziu o resultado. III. superveniente, relativamente independente em relação à conduta do agente, situada na mesma linha de desdobramento físico da conduta do agente, concorrendo para a produção do resultado. IV. superveniente, relativamente independente em relação à conduta do agente, sem guardar posição de homogeneidade em relação à conduta do agente e que, por si só, produziu o resultado. O resultado lesivo NÃO será imputado a Fernando, que responderá apenas pelos atos praticados, nas situações indicadas em A) I, II e IV. https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 25/136 @Quebrandoquestões Direito Penal B) III e IV. C) I e III. D) I e II. E) II, III e IV. Comentário: Teoria da Causalidade Adequada - Adotada pelo C.P em situações específicas; - Ocorre nos casos de concausa superveniente relativamente independente que, por si só, produz resultado. - Concausas: Circunstâncias que são exercidas paralelamente à conduta do agente para produzir o resultado. - As concausas podem ser: * Absolutamente independentes; * Relativamente independentes; Absolutamente Independentes Não se vinculam à conduta do agente para gerar o resultado, podendo existir antes da conduta, surgir durante e depois. Com isso a conduta do agente não contribui para o resultado, não respondendo por este. Relativamente Independentes Vinculam-se à conduta do agente para gerar o resultado, podendo existir antes da conduta, surgir durante e depois. Com isso, como a conduta do agente é causa para o resultado, aquele responde por este. OBS: Nas concausas supervenientes relativamente independentes, a causa superveniente pode produzir por si só o resultado ou se agregar ao desdobramento natural da conduta do agente e ajudar a produzir o resultado. Gabarito: Letra A. (FCC/TCE-CE/2015) 35) São elementos da tentativa: A) início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; dolo e culpa. B) início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; dolo. C) início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; culpa consciente. D) atos preparatórios; Início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; dolo e culpa. E) atos preparatórios; Início de execução do tipo penal; falta de consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente; dolo. Comentário: Crime por Tentativa - CP/41, Art. 14 - Diz-se o crime: II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. - Não estarão, em regra, presentes os elementos resultado e nexo de causalidade, pois o crime não foi consumado; - Como a punibilidade do crime de tentativa não é o mesmo do consumado, adota-se que o CP penal segue a teoria dualística, realista ou objetiva da punibilidade da tentativa. - Todos os crimes admitem tentativa, salvo: * Crimes Culposos: A vontade do agente não tem finalidade ilícita; * Crimes Preterdolosos: A primeira conduta é dolosa, mas a segunda é culposa; * Crimes Unissubsistentes: Crime realizado por um único ato, sem fracionamento da prática; * Crimes Omissivos próprios; * Crimes de Perigo abstrato; * Contravenções Penais; * Crime de Atentado; https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 26/136 @Quebrandoquestões Direito Penal * Crimes habituais; Gabarito: Letra B. (FCC/TCE-CE/2015) 36) São elementos do crime doloso: A) previsibilidade objetiva e dever de cuidado objetivo. B) previsibilidade subjetiva e dever de cuidado objetivo. C) desejo do resultado e assunção do risco de produzi-lo. D) previsão do resultado pelo agente, mas que não se realize sinceramente a sua produção e especificidade do dolo. E) elemento subjetivo do tipo e previsibilidade subjetiva. Comentário: Crime Doloso - Consiste na vontade de querer cometer o crime (dolo direto) ou assumir o risco de produzi-lo com a sua conduta (dolo eventual). - CP/40, Art. 18 - Diz-se o crime: I - doloso, quando o agente quis o resultado (Dolo direto) ou assumiu o risco de produzi-lo(dolo eventual); Gabarito: Letra C. (FCC/SEGEP-MA/2016) 37) O Código Penal, ao tratar da relação de causalidade do crime, considera causa a A) emoção ou a paixão. B) delação. C) ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. D) excludente de ilicitude. E) descriminante putativa. Comentário: Nexo de Causalidade - CP/40, Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. - É o elo da conduta com o resultado naturalístico; - Aplicado apenas aos crimes materiais; - O nexo de causalidade possui algumas teorias: * Teoria da Equivalência dos Antecedentes; * Teoria da Causalidade Adequada; * Teoria da Imputação Objetiva; Teoria da Equivalência dos Antecedentes - Estabelece que a causa é toda a ação ou omissão sem a qual o resultado não se teria produzido. - Tudo o que contribui, in concreto, para o resultado, é causa. - Estabelece que se uma das ações executadas pelo agente não tivesse ocorrido, o resultado teria deixado de acontecer. - Adotado pelo CP; - CP/40, Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Gabarito: Letra C. (FGV/SUSAM/2014) 38) São elementos do crime culposo: conduta voluntária, inobservância de um dever objetivo de cuidado; resultado lesivo não querido, tampouco assumido, pelo agente; nexo causal entre a conduta descuidada e o resultado; previsibilidade; tipicidade. Comentário: Crime Culposo - CP/40, Art. 18 - Diz-se o crime: II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. - O crime culposo ocorre quando o agente pratica uma conduta voluntária com uma finalidadelícita ou https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 27/136 @Quebrandoquestões Direito Penal ilícita, mas sem a intenção de produzir o resultado ocorrido. - O crime culposo viola o dever objetivo de cuidado podendo ocorrer por meio da negligência (o agente lesa um bem jurídico de outro por não tomar as medidas cautelares necessárias), imprudência (algo não recomendado por todos) ou imperícia (falta de conhecimento técnico). - No crime culposo o resultado gerado não foi o que o agente pretendia (resultado involuntário), salvo culpa imprópria. - O crime culposo possui como característica a Previsibilidade Objetiva, que é quando o resultado ocorrido era logicamente previsível. - O crime culposo abrange também a relação de causa e efeito entre a conduta e o resultado ocasionado, além da tipicidade, que é a previsão do fato como crime de maneira expressa na lei. Gabarito: Correto. (FGV/MPE-RJ/2016) 39) Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, e que o crime é culposo, quando o agente deu causa a resultado previsível por imprudência, negligência ou imperícia. Sobre o tema, é correto afirmar que: A) o dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de consequências necessárias; B) para a teoria finalista da ação, o dolo e a culpa integram a culpabilidade; C) no crime culposo, a imprudência se caracteriza por uma conduta negativa, enquanto a negligência, por um comportamento positivo; D) o crime culposo admite como regra a forma tentada; E) na culpa consciente, o agente prevê o resultado como possível, mas com ele não se importa. Comentário: Letra A: Correta. Dolo Direto de 2º Grau O agente não pretende produzir o resultado, porém aceita o resultado como consequência necessária dos meios empregados; Letra B: Errada. Teoria Psicológica - A culpabilidade é analisada de acordo com a imputabilidade e a vontade. - Culpabilidade do agente: Imputável no momento do crime + agir com dolo ou culpa. - Teoria usada por quem adota a teoria causalista da conduta uma vez que o dolo e a culpa se encontram na culpabilidade. - A teoria finalista que é adotada pelo CP estabelece que a culpa e o dolo esteja na conduta e no fato típico. Letra C: Errada. Crime Culposo - CP/40, Art. 18 - Diz-se o crime: II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. - O crime culposo ocorre quando o agente pratica uma conduta voluntária com uma finalidade lícita ou ilícita, mas sem a intenção de produzir o resultado ocorrido. - O crime culposo ocorre por meio da negligência (o agente lesa um bem jurídico de outro por não tomar as medidas cautelares necessárias), imprudência (algo não recomendado por todos) ou imperícia (falta de conhecimento técnico). Letra D: Errada. Crime Culposo - CP/40, Art. 18 - Diz-se o crime: II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. - O crime culposo ocorre quando o agente pratica uma conduta voluntária com uma finalidade lícita ou ilícita, mas sem a intenção de produzir o resultado ocorrido. Na Culpa própria (regra), a forma tentada não é possível, pois o agente não atua com vontade na causação https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 28/136 @Quebrandoquestões Direito Penal do resultado. No entanto, a culpa imprópria admite hipótese em que o agente possui consciência e vontade (dolo) de conseguir resultado que é previsível, mas atua em erro vencível. Letra E: Errada. Culpa Consciente - O agente vê que é possível o resultado, mas crê que não ocorrerá; - Semelhante ao dolo eventual, porém neste o agente assume o risco, sem se importar com o resultado, ou seja, prevê o resultado como possível, mas com ele não se importa e na culpa consciente o agente não assume o risco, pois pensa que não ocorrerá. Gabarito: Letra A. (CESPE/STM/2018) 40) A embriaguez acidental, proveniente de força maior ou caso fortuito, exclui a culpabilidade, ainda que o sujeito ativo possuísse, ao tempo da ação, parcial capacidade de entender o caráter ilícito do fato que praticou. Comentário: Inimputabilidade – Embriaguez - A embriaguez, em regra, é considerada imputável, ou seja, o agente responderá pelo crime. - CP/40, Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. - Conforme ALIC ou Teoria da Actio Libera In Causa (Ação Livre Na Causa) o agente é imputável embora não tenha a capacidade de avaliar as coisas na hora do fato, pois no momento em que ingeriu a substância tinha consciência do que estava fazendo. - A exceção ocorre quando o agente se embriaga em caso fortuito ou força maior, estando totalmente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. - CP/40, Art.28, § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. - CP/40, Art.28, § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Gabarito: Errado. (FCC/DPE-SP/2012) 41) Em Direito Penal, o erro A) de tipo, se for invencível, exclui a tipicidade dolosa e a culposa. B) que recai sobre a existência de situação de fato que justificaria a ação, tornando-a legítima, é tratado pelo Código Penal como erro de proibição, excluindo-se, pois, a tipicidade da conduta. C) de tipo exclui o dolo e a culpa grave, mas não a culpa leve. D) de proibição é irrelevante para o Direito Penal, pois, nos termos do caput do art. 21 do Código Penal, “o desconhecimento da lei é inescusável”. E) de proibição exclui a consciência da ilicitude, que, desde o advento da teoria finalista, integra o dolo e a culpa. Comentário: Letra A: Correta. Erro de Tipo Essencial - Erro em relação à existência fática de um dos elementos que possui o tipo penal. - Ocorre quando o agente pratica um fato típico por meio de um erro sobre algum de seus elementos, ou seja, o agente não sabia que estava praticando um ato que era considerado um elemento essencial do tipo penal. - O erro de tipo pode acontecer nos crimes omissivos impróprios, ou seja, os crimes comissivos por omissão em que o agente desconhece o dever de impedir o resultado. - Se o erro incidir no elemento normativo do tipo, a doutrina majoritária entende que é um erro de tipo e não de proibição. - O erro de tipo é considerado: * Escusável (Invencível): Ocorre quando o agente não poderia conhecer a presença do elemento do https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 29/136 @Quebrandoquestões Direito Penal tipo, mesmo através da racionalidade mental. Nesse caso, o agente não responderia pelo crime. * Inescusável: Ocorre quando o agente erra perante o elemento essencial do tipo, porém, caso se esforçasse racionalmente, não teria praticado esse erro. Nesse caso o agente responderia pelo crime. OBS: O erro de tipo permissivo é o erro em relação aos pressupostos objetivos de uma causa de justificação (Excludente de ilicitude), ou seja, nesse erro o agente estaria amparado pela excludente de ilicitude. Erro sobre elementos do tipo Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Descriminantes putativas § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõesituação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. Letra B: Errada. Erro de Proibição - É quando o agente comete um fato criminoso por pensar que a conduta não é proibida. - Ocorre quando o agente age pensando que sua conduta não é ilícita, ou seja, o agente representa a realidade da conduta, mas acredita que é uma conduta lícita. - O erro de proibição pode ser: * Escusável: O agente não tinha noção que sua conduta era contrária ao direito, excluindo a sua culpabilidade. * Inescusável: O agente tinha noção que sua conduta poderia ser considerada ilícita, não se excluindo sua culpa, respondendo com pena reduzida de um sexto a um terço. - CP/40, Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Letra C: Errada. Erro sobre elementos do tipo Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Letra D: Errada. Erro de Proibição - É quando o agente comete um fato criminoso por pensar que a conduta não é proibida. - Ocorre quando o agente age pensando que sua conduta não é ilícita, ou seja, o agente representa a realidade da conduta, mas acredita que é uma conduta lícita. - O erro de proibição pode ser: * Escusável: O agente não tinha noção que sua conduta era contrária ao direito, excluindo a sua culpabilidade. * Inescusável: O agente tinha noção que sua conduta poderia ser considerada ilícita, não se excluindo sua culpa, respondendo com pena reduzida de um sexto a um terço. - CP/40, Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Letra E: Errada. O Erro de Proibição faz parte da Culpabilidade e não da Tipicidade em que se encontram o dolo e a culpa. Gabarito: Letra A. (VUNESP/MPE-SP/2015) 42) Assinale a alternativa correta a respeito da imputabilidade penal. A) Comprovada a doença mental ou o desenvolvimento mental incompleto ou retardado, o agente será considerado inimputável para os efeitos legais. B) Aos inimputáveis e aos semi-imputáveis, comprovada essa condição por perícia médica, será substituída a pena por medida de segurança consistente em internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico. https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 30/136 @Quebrandoquestões Direito Penal C) A imputabilidade é um dos elementos da culpabilidade, ao lado da potencial consciência sobre a ilicitude do fato e a exigibilidade de conduta diversa. D) A imputabilidade, de acordo com o Código Penal, pode se dar por doença mental, imaturidade natural ou embriaguez do agente. E) A emoção e a paixão, além de não afastarem a imputabilidade penal do agente, podem ser consideradas como circunstâncias agravantes no momento da fixação da pena. Comentário: Letra A: Errada. Inimputabilidade – Doença Mental e Desenvolvimento Mental incompleto ou retardado - Critério Biopsicológico; - Caso o agente seja inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito da conduta será considerado inimputável, caso seja parcialmente, será semi-imputável, sendo a pena reduzida de uma a dois terços. - Mesmo o agente sendo inimputável por ser doente mental, o juiz aplica uma sentença absolutória imprópria, ou seja, o agente é absolvido, sendo que o juiz aplica uma medida de segurança como a sua internação ou tratamento. CP/40. Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. - Exclui a culpabilidade por ausência de imputabilidade. Letra B: Errada. Inimputabilidade – Doença Mental e Desenvolvimento Mental incompleto ou retardado - Critério Biopsicológico; - Caso o agente seja inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito da conduta será considerado inimputável, caso seja parcialmente, será semi-imputável, sendo a pena reduzida de uma a dois terços. - Mesmo o agente sendo inimputável por ser doente mental, o juiz aplica uma sentença absolutória imprópria, ou seja, o agente é absolvido, sendo que o juiz aplica uma medida de segurança como a sua internação ou tratamento. CP/40. Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. - Exclui a culpabilidade por ausência de imputabilidade. Letra C: Correta. Elementos da Culpabilidade - São considerados elementos da culpabilidade: * Imputabilidade Penal; * Potencial Consciência da Ilicitude; * Exigibilidade de Conduta Diversa. Letra D: Errada. Inimputabilidade Pode ocorrer por: - Menoridade; - Embriaguez acidental, decorrente de caso fortuito ou força maior; - Doença mental ou Desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Letra E: Errada. https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 31/136 @Quebrandoquestões Direito Penal A emoção pode ser uma atenuante genérica, mas não agravante. Gabarito: Letra C. https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 32/136 @Quebrandoquestões Direito Penal Concurso de Pessoas https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ https://www.instagram.com/quebrandoquestoes/ 33/136 @Quebrandoquestões Direito Penal (FCC/TCE-SP/2011) 43) Em matéria de concurso de pessoas, é correto afirmar que A) coautores são aqueles que, atuando de forma idêntica, executam o comportamento que a lei define como crime. B) partícipe é aquele que, também praticando a conduta que a lei define como crime, contribui, de qualquer modo, para a sua realização. C) é possível a coautoria nos crimes de mão própria. D) é admissível a coautoria nos crimes próprios, desde que o terceiro conheça a especial condição do autor. E) é inadmissível a participação nos crimes omissivos próprios. Comentário: Letra A: Errada. Não precisam atuar necessariamente de forma idêntica. Coautoria Funcional x Coautoria Material - A coautoria Funcional ou Parcial é quando os agentes possuem condutas diversas e essas condutas se somam, produzindo o resultado. - A coautoria Material ou Direta é quando os agentes possuem a mesma conduta, produzindo o resultado. Letra B: Errada. Modalidades de Concurso de Pessoas - São consideradas modalidades de concurso de pessoas: * Coautoria; * Participação; Coautoria - É quando duas ou mais pessoas realizarem uma conduta que se encontra determinada no núcleo do tipo penal, ou seja, quando dois ou mais indivíduos conjuntamente praticam uma conduta que configura o crime mediante uma ligação subjetiva. - Conforme a teoria restritiva, aplicada pelo CP, autor não se confunde com partícipe. - Autor é o que pratica a conduta apresentada na lei penal.
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