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Saltos e Lançamentos

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PUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 1
PROVAS DE CAMPO: SALTOS E LANÇAMENTOS 
FUNDAMENTOS TEÓRICOS BÁSICOS 
 
1. Considerações Gerais 
No programa das provas de campo são disputados os saltos e os lançamentos. 
 
Provas de Campo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características gerais: 
- atuação de um atleta de cada vez; 
- execução competitiva breve; 
- necessita a aprendizagem e automatização de gestos técnicos específicos; 
- necessita de instalações e implementos específicos. 
 
2. Mecânica Aplicada aos Saltos e Lançamentos 
O salto e o lançamento consistem na projeção de um corpo (o próprio corpo do atleta ou um 
implemento) para cima e para frente, fazendo-o permanecer um certo tempo suspenso no espaço. 
Do ponto de vista da mecânica, os saltos e os lançamentos podem ser classificados como 
movimentos do corpo sob a influência da força da gravidade e analisados segundo a lei de 
lançamento oblíquo. 
Existem dois tipos de saltos/lançamentos: vertical, quando o corpo é projetado em função 
apenas de uma força dirigida para cima, e oblíquo, quando é resultante da composição de duas 
forças, uma vertical dirigida para cima e outra horizontal dirigida para frente. No contexto do 
Atletismo, prevalecem os saltos oblíquos, sendo que nos saltos horizontais predomina a 
componente horizontal das forças e no saltos verticais irá predominar a componente vertical. 
O resultado do salto depende inicialmente da velocidade inicial de projeção do corpo e do seu 
ângulo de saída (ângulo de projeção). 
 
 
 
Saltos 
Lançamentos 
Objetivo da prova: 
Verticais 
Altura 
Com Vara 
Triplo 
Horizontais 
Arremesso do Peso 
Lançamento do Dardo 
Lançamento do Disco 
Lançamento do Martelo 
Projeção horizontal dos implementos 
Projeção horizontal do corpo 
Projeção vertical do corpo 
Distância 
PUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 2
� Salto em distância e triplo: 
 
 
 
� Salto em altura: 
 
 
 
� Salto com vara: apresenta particularidades em função da ação da vara. 
 
O resultado do lançamento irá depender basicamente da velocidade inicial de projeção (Vo), 
do ângulo de lançamento (α) e da altura (h) de liberação do implemento. Irá influir também a forma 
aerodinâmica do implemento. 
 
 
 
 
 
 
Vinicial
α
Vinicial
α
Vinicial
α
h
Vinicial
α
h
Vinicial
α
h
Vinicial
α
h
PUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 3
SALTOS 
 
1. Introdução 
No Atletismo, as provas de saltos são aquelas em que o Brasil, ao longo de sua história 
esportiva, mais se destacou, especialmente na prova de salto triplo. Nomes como Nelson 
Prudêncio, Adhemar Ferreira da Silva, João Carlos de Oliveira (com a excepcional marca de 
17,89m) e, atualmente, o atleta Jadel Gregório, tornaram o Brasil conhecido nas pistas de 
Atletismo. É importante ressaltar ainda nomes como: Esmeralda de Jesus e Maurren Maggi. 
As provas de saltos disputadas no Atletismo convencional são: 
- salto em distância; 
- salto triplo; 
- salto em altura; e 
- salto com vara. 
 
2. Objetivos 
• Saltos horizontais: salto em distância e triplo - objetiva alcançar a maior distância possível. 
• Saltos verticais: salto em altura e com vara - objetiva ultrapassar o sarrafo que é elevado 
de forma gradativa, na maior altura possível, sem derruba-lo. 
 
3. Conceitos 
3.1 Salto em distância 
Prova realizada num “corredor” medindo entre 40 e 45 m de comprimento, usado para a 
corrida preparatória do salto, contendo próximo ao final uma “tábua de impulsão” e depois uma 
caixa de areia (área de queda) para amortecer a queda do saltador. 
Após uma corrida rápida, o atleta salta impulsionando com um só pé, sem ultrapassar a “tábua 
de impulsão”, projetando o corpo no ar para cima e principalmente para frente, caindo com os dois 
pés na caixa o mais distante possível. 
 
3.2 Salto triplo 
Prova que utiliza o mesmo setor do salto em distância, porém, necessitando-se de maior 
distância entre a “tábua de impulsão” e a caixa de areia. 
Depois de uma corrida rápida, o atleta executa a impulsão em um só pé, sem ultrapassar a 
“tábua” e salta sucessivamente três vezes: o 1o. salto deve ser dado de forma que o competidor 
caia com o mesmo pé com que foi dada a 1ª. impulsão, na finalização do 2o. ele deve cair com o 
outro pé e, a partir daí, completar o salto realizando a queda na caixa de areia o mais longe 
possível. 
 
3.3 Salto em altura 
Prova que consiste na transposição de uma barra (“sarrafo”) colocada horizontalmente e 
apoiada em dois postes (“saltômetros”). 
Após a corrida preparatória, não muito rápida, o atleta ao se aproximar do sarrafo executa a 
impulsão em um só pé, elevando-se e transpondo-o sem derrubá-lo. A área de queda é protegida 
por colchão. 
 
3.4 Salto com vara 
Prova que consiste na transposição de um sarrafo colocado horizontalmente sobre dois 
suportes com auxílio de uma vara. 
Esta prova é realizada num “corredor” de 40m que possui no final um “encaixe” para a vara, 
próximo aos postes que sustentam o sarrafo e de uma área de queda protegida por colchões. 
Ao final de uma corrida preparatória rápida, o atleta introduz uma das extremidades da vara no 
encaixe. A vara, por sua vez, servirá de alavanca para o atleta se elevar de modo a transpor o 
sarrafo. 
 
Observações adicionais: 
- os saltos em distância, triplo e altura são executados com as possibilidades dinâmicas do 
aparelho locomotor; 
PUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 4
- o salto com vara acrescenta a ajuda de um instrumento – vara – diferenciando-se dos 
outros saltos principalmente a partir da impulsão; 
- corrida preparatória = corrida de impulso = corrida de aproximação = corrida de 
aceleração. 
 
4. Fases Básicas dos Saltos 
Os saltos constam basicamente de uma corrida prévia, o salto propriamente dito (impulsão, 
vôo e queda), e a finalização do salto. Esta organização de vôo e queda é feita para fins didáticos, 
pois, parte da queda se faz presente na fase aérea do salto. Portanto, o vôo refere-se à 
suspensão/flutuação e a queda às ações realizadas na aterrissagem propriamente dita. 
 
4.1 Preparação/Concentração – refere-se aos procedimentos do atleta durante a preparação para 
o salto. 
 
4.2 Corrida preparatória – o saltador utiliza uma corrida prévia até o local da impulsão, onde a 
velocidade horizontal será convertida em componentes vertical e horizontal, predominando aquela 
que estiver associada ao objetivo do saltador. A 1ª. fase da corrida visa adquirir a velocidade ótima 
para o salto e na 2ª. fase o saltador se prepara para a impulsão sem diminuição da velocidade, 
podendo ocorrer a adaptação da corrida nos passos finais para uma impulsão mais eficiente. 
 
4.3 Impulsão – realizada através de um dos membros inferiores. Nesta fase o saltador dependerá 
de sua potência muscular para converter velocidade horizontal em velocidade vertical, aspecto 
este que será maior ou menor em função do objetivo do salto. As ações do atleta neste momento 
determinarão sua trajetória durante a fase aérea. 
 
posicionamento do corpo na impulsão; 
ângulo de projeção do corpo; 
velocidade de projeção do corpo. 
 
 
4.4 Vôo – a trajetória estará em função dos elementos associados ao impulso executado, sendoque o posicionamento corporal irá influir diretamente no alcance do corpo em distância ou em 
altura. A trajetória do CG será uma parábola, curta e alta em algumas provas (ex.: salto em altura) 
e baixa e longa em outras (ex.: salto em distância), predominando no primeiro caso a velocidade 
vertical e no segundo, a horizontal. 
 
4.5 Queda – executada conforme a característica da prova. 
 
5. Fatores que Condicionam a Distância do Salto 
• Força aplicada no momento da impulsão. 
• Velocidade de projeção do corpo: velocidade horizontal e vertical. 
• Ângulo de saída (ângulo de projeção do corpo). 
• Posicionamento do corpo na fase final da impulsão. 
• Queda (ações realizadas na aterrissagem). 
 
Observações adicionais: 
- no salto em distância e triplo predomina-se a velocidade horizontal (conseqüência da 
velocidade da corrida); no salto em altura predomina-se a velocidade vertical (transferência 
da velocidade horizontal para velocidade vertical – dependente da impulsão). 
- ângulos de saída dos saltos: distância: 18 – 25º 
triplo: 15 – 20º 
altura: 60 – 70º 
vara (flexível) 15 – 20º 
 
 
 
determinam a fase seguinte do 
salto – fase de vôo. 
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LANÇAMENTOS 
 
1. Introdução 
Estas provas consistem em lançar um engenho (implemento) o mais longe possível. 
As provas de lançamentos disputadas no Atletismo são: 
- arremesso do peso; 
- lançamento do dardo; 
- lançamento do disco; e 
- lançamento do martelo. 
Cada prova possui seu implemento próprio com medidas de sua massa, diâmetro e 
comprimento. 
O peso, o martelo e o disco são lançados de um círculo e o dardo de um corredor. 
 
2. Conceitos 
2.1 Arremesso do Peso 
Consiste do arremesso de uma esfera de bronze ou ferro do interior de um círculo, delimitado 
em parte por um anteparo, em um setor de queda. 
 
2.2 Lançamento do Dardo 
Consiste em lançar uma haste “cilindrocônica” de metal, de um corredor que termina num arco 
de círculo marcado no solo, em um setor de queda com um ângulo de 29o. 
 
2.3 Lançamento do Disco 
Consiste em lançar um disco construído de madeira e/ou metal do interior de um círculo 
protegido por “gaiola” de rede em um setor de queda com um ângulo de 34,92o. 
 
2.4 Lançamento do Martelo 
Consiste em lançar uma esfera de bronze ou ferro presa a um cabo de aço, do interior de um 
círculo igual ao do arremesso do peso, porém, protegido por uma “gaiola” de rede, em um setor de 
queda com ângulo de 34,92o. 
 
3. Especificações dos Implementos – Massa 
 Segundo o dicionário Aurélio, implemento é aquilo que é indispensável para executar 
alguma coisa. No Atletismo, a palavra implemento refere-se, normalmente, aos materiais utilizados 
nos lançamentos – dardo, disco, martelo e peso. 
 Peso Dardo Disco Martelo 
Masc. 7,260 kg 800g 2 kg 7,260 kg 
Fem. 4 kg 600g 1 kg 4 kg 
 
4. Formas para a Projeção do Implemento 
4.1 Lançamento – o membro superior é levado completamente estendido para trás, obtendo-se 
maior alcance, mesmo porque o objeto a ser projetado, normalmente, tem menor massa. 
Adquire maior velocidade na fase de sua aceleração. O membro que empunha o objeto parte 
de posição estendida podendo durante a sua trajetória ser flexionado, sendo estendido 
novamente na fase final do movimento. As ações realizadas envolvem, normalmente, o puxar e 
o empurrar o implemento. 
 
4.2 Arremesso – o movimento é originário de um trabalho de braço, limitado pelo peso e forma do 
objeto não totalmente adaptável à mão; esta, não podendo apreender o objeto, impede que o 
membro possa ser estendido completamente para trás. No arremesso, os membros executam 
a ação de empurrar, partindo de posição próxima ao corpo. 
 
5. Classificações dos Lançamentos 
• Pesados: peso e martelo. 
• Ligeiros: disco e dardo. 
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• Lineares: peso e dardo. 
• Circulares (rotatórios): disco e martelo, e variação do peso. 
6. Fases Básicas dos Lançamentos 
Os lançamentos constam basicamente de uma fase preparatória, a fase de aceleração 
(deslocamento), o lançamento/arremesso propriamente dito, a fase de recuperação do equilíbrio 
corporal e a saída de setor de lançamento/arremesso. 
 
6.1 Preparatória/Concentração – refere-se aos procedimentos do atleta durante a preparação para 
a execução do lançamento/arremesso, incluindo a empunhadura do implemento. 
 
6.2 Deslocamento – fase de aceleração – corrida de aproximação (dardo), “arrasto” (peso) e giros 
(disco, martelo e peso). 
 
6.3 Lançamento propriamente dito – lançamento (dardo, disco e martelo) ou arremesso (peso). 
 
6.4 Recuperação (com reversão) – retomada do equilíbrio – recuperação do equilíbrio após o 
lançamento ou arremesso propriamente dito que deverá acontecer integralmente dentro do setor 
de lançamento/arremesso. 
 
6.5 Finalização do lançamento – refere-se à saída do círculo de lançamento ou arremesso e do 
corredor de lançamento. 
 
7. Fatores que Condicionam a Distância do Lançamento 
• Força aplicada. 
• Tempo de aplicação da força. 
• Velocidade imposta ao implemento (V0). 
• Ângulo de lançamento (α). 
• Altura de liberação (h). 
• Técnica empregada. 
• Fatores aerodinâmicos (disco e dardo). 
 
Observações complementares: 
- a força deve ser aplicada com a maior velocidade possível; 
- o ângulo em que o implemento é lançado é fundamental; 
- as técnicas desenvolvidas e usadas dependem dos itens regulamentares, da massa do 
implemento e das leis da biomecânica; 
- a intervenção inicial com a finalidade de vencer a força de repouso (inércia) é feita pelas 
pernas como elemento locomotor, transmitindo-se depois a aceleração aos braços, 
portadores do implemento, segmentos estes que executam a rápida ação final. Todos os 
grupos trabalham em cadeia. Este é um aspecto comum a todos os lançamentos: o fato de 
que a ação das pernas é determinante. São elas que permitem a mobilização em cadeia 
de todos os segmentos, desde os pés até os dedos das mãos, passando pelo quadril e 
tronco; 
- os balanceios e molinetes também visam a superação da inércia; 
- ângulos de lançamento dos implementos: dardo: 30 – 40º 
 peso: 40 – 45º 
 disco: 35 – 40º 
 martelo: 40 – 45º 
 
 
 
 
 
 
 
 
PUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 7
ORGANIZAÇÃO GERAL E REGULAMENTAÇÃO BÁSIC 
DAS PROVAS DE SALTOS E LANÇAMENTOS 
(IAFF, Regras Oficias 2002-2003) 
 
• A ordem de realização das tentativas será definida por sorteio. 
• Em todas as provas de campo, exceto salto em altura e salto com vara, quando houver 
mais de 8 competidores, a cada competidor será permitido 3 tentativas e aos oito 
competidores com as melhores marcas será permitido 3 tentativas adicionais. Em caso de 
empate, este se resolverá verificando o 2º. melhor resultado dos competidores empatados. 
Se for necessário, o 3º. Quando houver 8 competidores ou menos, a cada competidor será 
permitido 6 tentativas. Em ambos os casos, a ordem da competição para a 4ª. e 5ª. 
tentativas será inversa ao ranking anotado depois das 3 primeiras. A ordem de competição 
para a rodada final (6ª. tentativa), será inversa ao ranking registrado após a 5ª. tentativa. 
Nestas mesmas provas, os competidores poderão dispensar uma tentativa e, mesmo 
assim, terão direito às tentativas subseqüentes. 
• Para a realização das provas de saltos, os competidores deverão impulsionar-se em um só 
pé. 
• A partir da autorização para a realização da tentativa, o atletaterá 1 min para a execução 
da mesma. Neste item existem variações do tempo para a realização da tentativa em 
algumas situações específicas. 
• Nas provas de campo, exceto para o salto em altura e com vara, em caso de empate, o 2º. 
melhor resultado dos competidores decidirá o empate. Se necessário, o 3º. melhor e assim 
por diante. 
• Nos saltos horizontais, os mesmos serão medidos a partir do ponto de queda mais próximo 
da tábua, feito por qualquer parte do corpo ou membros do atleta na caixa de areia, até a 
linha de medição. A medição deverá ser perpendicular à linha de medição e paralela às 
laterais do corredor. Imediatamente à frente da linha de medição (ou linha de impulsão) 
estará colocada uma tábua indicadora para identificar se o atleta ultrapassa a linha de 
medição no momento de executar o impulso. A medida de cada tentativa será feita 
imediatamente após cada tentativa. 
• Especificamente em relação ao salto em distância, o competidor irá cometer uma falta se 
empregar qualquer forma de salto mortal. 
• Nos saltos verticais, os empates serão decididos como se segue: (a) o competidor com o 
número menor de saltos na altura em que ocorrer o empate, será considerado o vencedor; 
(b) se o empate permanecer, o competidor com o menor número total de saltos falhos em 
toda a prova, até e incluindo a última altura ultrapassada, será considerado o de melhor 
colocação. 
• Para os saltos verticais, antes do início da competição, o Árbitro Chefe anunciará aos 
competidores a altura inicial e aquelas subseqüentes para as quais a barra será elevada 
ao fim de cada rodada. Um competidor pode iniciar a saltar em qualquer altura 
previamente anunciada. Três falhas consecutivas, independente da altura na qual as falhas 
ocorreram, desclassificam o saltador. Se um competidor dispensa uma tentativa em 
determinada altura, ele não poderá realizar outra tentativa na mesma altura. A barra não 
será elevada em menos de 2 cm no salto em altura e 5 cm no salto com vara, após cada 
rodada, a menos que reste um competidor e que ele tenha vencido a competição. Nesta 
última situação, a altura para a qual a barra será elevada deve ser decidida pelo atleta. 
• No caso do salto com vara os competidores podem usar suas próprias varas, sendo que 
nenhum competidor tem permissão para utilizar a vara de outro atleta, sem o 
consentimento do mesmo. A vara pode ser feita de qualquer material ou combinação de 
materiais e de qualquer comprimento ou diâmetro, mas a superfície básica deve ser lisa. 
• No arremesso do peso e lançamentos do disco e do martelo, os implementos serão 
arremessados/lançados de dentro do círculo. O dardo será lançado de um corredor. No 
caso das tentativas feitas dentro do círculo, o competidor deve iniciar o 
arremesso/lançamento a partir de uma posição estacionária. É permitido ao competidor 
tocar a parte interna do aro ou anteparo. 
PUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 8
• O peso deve ser maciço, de ferro ou qualquer outro metal; deve ter forma esférica e sua 
superfície deve ser totalmente lisa. O disco pode ser sólido ou oco e será de madeira ou 
outro material adequado, com um arco de metal; a borda deve ser arredondada; toda 
superfície do disco deverá ser lisa. O martelo se compõe de três partes: cabeça de metal, 
cabo e empunhadura; a cabeça do martelo é similar ao peso. O dardo consistirá de três 
partes: cabeça, corpo e empunhadura com corda; o corpo será construído completamente 
de metal ou outro material similar homogêneo e terá fixado a ele uma cabeça metálica, 
terminando em uma ponta aguda; o corpo e a cauda deverão ser lisos; a empunhadura 
presente no corpo cobrirá o CG, podendo ter uma superfície não escorregadia. 
• Será um lançamento falho se o competidor no decorrer de uma tentativa: (a) soltar 
impropriamente o peso ou o dardo; (b) após ter entrado no círculo e ter iniciado sua 
tentativa, tocar com qualquer parte de seu corpo o terreno fora do círculo ou na parte 
superior do aro ou do anteparo (no caso do arremesso do peso). Desde que no desenrolar 
de uma tentativa, as regras precedentes a cada arremesso/lançamento não tenham sido 
infringidas, o competidor pode interromper a tentativa e reiniciá-la, dentro do tempo 
estabelecido. Para que uma tentativa seja válida, o peso, o disco, a cabeça do martelo ou 
a ponta da cabeça metálica do dardo devem cair completamente dentro dos limites do 
setor de queda. O competidor não pode sair do círculo ou corredor antes que o implemento 
tenha tocado o solo. Para arremessos/lançamentos feitos dentro do círculo, ao deixar o 
mesmo após a realização da uma tentativa, o competidor deverá fazê-lo pela metade de 
trás, ou seja, completamente atrás da linha branca traçada fora do círculo e que passa, 
teoricamente, pelo centro. No caso do lançamento do dardo, ao deixar o corredor após a 
execução da tentativa, a saída deverá ser feita por trás da linha demarcatória do arco que 
finaliza o corredor. Após cada tentativa, os implementos devem ser trazidos para a área 
próxima ao círculo ou corredor e nunca lançados de volta. 
• A medida de cada arremesso/lançamento será feita imediatamente após a tentativa: (a) a 
partir do 1º. ponto de contato feito pela queda do peso, do disco e da cabeça do martelo, 
até a borda interna do aro do círculo, ao longo da linha do centro do círculo; (b) no 
lançamento do dardo, a partir do local onde a ponta da cabeça do dardo tocar o solo pela 
1ª. vez até a borda interna do arco, ao longo de uma linha que vai desde o local de queda 
até o centro do círculo de que o arco faz parte. 
• No arremesso do peso, este deverá ser arremessado partindo do ombro com uma só mão. 
No momento em que o competidor assumir a posição no círculo e começar o arremesso, o 
peso deverá tocar ou estar bem próximo ao pescoço ou ao queixo e a mão não deverá ser 
abaixada dessa posição durante a ação do arremesso. O peso não deve ser arremessado 
detrás da linha dos ombros. O dardo será seguro na empunhadura e será lançado por 
sobre o ombro, não podendo ser lançado com movimentos rotatórios (estilos não 
ortodoxos não são permitidos); para que uma tentativa seja válida, a ponta da cabeça 
metálica do dardo deve tocar o solo antes de qualquer outra parte; em nenhum momento, 
durante o lançamento, e até que o dardo tenha sido solto no ar, o competidor pode girar 
completamente de modo que suas costas fiquem na direção do arco de lançamento. 
• Todos os lançamentos do disco e do martelo devem ser realizados de dentro de uma 
proteção ou gaiola para garantir a segurança dos espectadores, árbitros e competidores. A 
gaiola deve ser projetada e conservada para ser capaz de suportar o impacto de um disco 
de 2 kg movendo-se a uma velocidade de 25 m/s e de um martelo de 7,260 kg movendo-
se a uma velocidade de 32 m/s. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 9
 
Modelo de Súmula para Saltos em Distância e Triplo, e Lançamentos 
 
(Dados da Competição) 
 
 
PUC Minas 
ICBS - Curso de Educação Física 
Prova: Categoria: 
No. NOME Entidade Tentativas 
Final Clas. 
 1a. 2a. 3a. Melhor Resultado 4a. 5a. 
Melhor 
Resultado 6a. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  - Tentativa dispensada / X – Tentativa falhaPUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 10
 
 
 
Modelo de Súmula para Saltos em Altura e com Vara 
 
(Dados da Competição) 
 
 
ENTIDADE 
SEQÜÊNCIA DAS ELEVAÇÕES 
RESULTADO 
FINAL COLOCAÇÃO NO. NOME 
 
TENTATIVAS 
1A. 2A. 3A. 1A. 2A. 3A. 1A. 2A. 3A. 1A. 2A. 3A. 1A. 2A. 3A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinais convencionais --- = Tentativa não realizada Elevações da barra 
X = Tentativa falha Inicial: 
0 = Altura ultrapassada Subseqüentes: 
Altura do sarrafo. 
PUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 11 
SALTOS – DESCRIÇÃO DOS SETORES E DAS TÉCNICAS 
 
1. Setores do Salto em Distância e Salto Triplo 
 
CORREDOR
CAIXA DE AREIATÁBUA DE
IMPULSÃO
1,25m
40m
1,21m
20cm
1 a 3m
10m
3m
� Linha de Medição
� Terra fofa ou areia.
� Tábua de Plasticina
� Largura: 10cm
� Areia molhada e fofa.
� Superfície nivelada com a
tábua de impulsão.
Homens – 13m
Mulheres – 11m
2. Salto em Distância 
Para poder se destacar nesta prova, é necessário que o saltador tenha uma grande 
capacidade de impulsão e domínio da técnica e ser, principalmente, um “velocista”, sendo que a 
falta desta última qualidade dificultará formar um atleta de bom nível. 
 
2.1 Fases específicas 
• Corrida preparatória. 
• Impulsão. 
• Vôo. 
• Queda. 
• Saída da caixa de areia. 
 
Corrida preparatória 
• Objetivo: obter a velocidade ótima para a execução do salto (tanta velocidade quanto 
possa controlar a eficiência do salto – se possível a velocidade máxima); 
• Distância da corrida: varia de acordo com a capacidade de adquirir velocidade elevada e 
com o nível técnico do saltador. Deve ser a menor distância em que o saltador alcance a 
sua velocidade máxima. 
• Sub-fases da corrida preparatória: 
- preparação; 
- aceleração / manutenção; 
- adaptação: varia de 2 a 3 passos – últimos passos dados pelo saltador. 
PUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 12 
• Ajuste da corrida preparatória: este ajuste tem o objetivo de fazer com que o saltador não 
cometa uma falta ao realizar o salto (não ultrapasse a tábua de impulsão). Métodos para 
estabelecer o local de início da corrida: método de tentativas, método da corrida inversa e 
método de transferência (ou matemático – transferência da corrida na pista para o 
corredor). 
 
Impulso 
• Objetivo: obter velocidade de subida (componente vertical) procurando manter a 
velocidade horizontal tão alta quanto possível. 
• Fases: 
- apoio/absorção (através de pequena “flexão” das articulações do tornozelo, joelho e 
quadril); e 
- extensão (impulsão propriamente dita). 
• Ângulo de saída: 18 a 25o. 
 
Vôo 
Técnica Grupado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica em Arco (Extensão ou Entrada de Peito) 
 
Técnica de Passos no Ar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Inicia-se com a perda do contato com o solo e caracteriza a técnica usada pelo atleta: 
grupado, em arco (entrada de peito) ou passos no ar (2,5 ou 3,5 passos). 
• Após ter perdido o contato com o solo, o saltador não poderá modificar a trajetória da 
parábola do CG. 
• O saltador tentará tomar uma posição ótima do corpo para obter uma queda controlada. 
• As pernas, no momento em que o saltador inicia a descida em direção ao solo, devem ser 
mantidas elevadas (isto requer músculos abdominais fortes e muita prática). 
 
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Disciplina: Atletismo 
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• Termina na aproximação do saltador com a areia. 
 
Queda 
• Objetivo: posicionar o corpo de modo a facilitar as ações na aterrissagem, ações estas que 
visam obter um melhor resultado no salto. 
• Uma queda bem executada é aquela em que o ponto mais baixo dos glúteos cai muito 
próximo dos calcanhares no momento em que estes tocam o solo. 
• Ao realizar o contato com a areia o saltador deve executar a flexão dos tornozelos, joelhos 
e quadril, como forma de dissipar a reação existente sobre o corpo. 
• Técnicas: rotação frontal ou rotação lateral – projeção do corpo à frente ou lateralmente. 
 
Saída da caixa de areia 
• Deverá ser realizada à frente da marca de referência para a medição do salto, podendo ser 
pelas laterais da caixa. 
 
3. Salto Triplo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 Fases específicas 
• Corrida preparatória. 
• 1a. impulsão. 
• 1o. vôo – aterrissagem (mesma perna de impulsão). 
• 2a. impulsão (mesma perna da 1a. impulsão) – 2o. vôo – aterrissagem (perna oposta à de 
impulsão). 
• 3a. impulsão (perna oposta à 1a. e 2a. impulsão). 
• 3o. vôo. 
• Queda. 
• Saída da caixa de areia. 
 
Corrida preparatória 
• Objetivos: 
- adquirir velocidade horizontal (velocidade ótima); 
- preparar para uma eficaz e equilibrada 1a. impulsão. 
• Sub-fases: 
- aceleração; 
- adaptação – preparação para a 1a. impulsão (executado sobre a tábua de impulsão). 
 
1o. salto (hop) – (impulso – vôo – queda) 
• Executado geralmente com a perna mais forte. 
• Tempo de contato com o solo menor que no salto em distância (menor diminuição da 
velocidade horizontal). 
• Ângulo resultante de saída inferior ao salto em distância – 14 a 16o. 
• Grande importância do equilíbrio e da coordenação de movimentos, o que irá determinar 
as próximas sub-fases. 
• Troca de pernas na fase de vôo, sendo que o saltador realiza a queda com o mesmo pé 
com que fez a impulsão – executa uma passada no ar. 
 
2o. salto (step) – (impulso – vôo – queda) 
1o. salto 2o. salto 3o. salto 
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Disciplina: Atletismo 
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• Tem a característica de um grande passo realizado no ar. A queda é feita sobre a perna 
contrária à de impulso. 
• É o menor dos três saltos devido à maior dificuldade de elevação. 
• Inicia-se com o contato da perna de impulsão (geralmente perna mais forte) tocando o 
solo. O contato é feito inicialmente pelo calcanhar, sendo este o mais breve possível, 
objetivando a menor redução da velocidade horizontal. 
• Pequena flexão da perna de impulsão que sofre grande tensão. 
• Tempo de contato com o solo maior que o 1o. salto. 
• O impulso é realizado com um movimento brusco da perna para trás e para cima. 
• Ângulo resultante de saída entre 15 e 18o. 
 
3o. salto (jump) – (impulso – vôo – queda) 
• Corresponde a um salto em distância com um menor impulso, mas com a mesma 
seqüência (emprega-se normalmente a técnica “grupado”). 
• O contato do pé com o solo inicia-se no calcanhar, sendo este o mais rápido possível. 
Apesar disto, este impulso pode ser caracterizado como aquele que apresenta maior 
tempo de contato com o solo. 
• Movimento executado visando minimizar a perda de velocidade horizontal. 
• Fase de vôo próximo ao salto em distância, contudo, a menor velocidade horizontal 
provoca menor fase de vôo, o que leva à utilização da técnica grupado. 
• Ângulo resultante de saída entre 18 e 25o. 
 
Saída da caixa de areia 
• Deverá ser realizada à frente da marca de referência para a medição do salto, podendo ser 
pelas laterais da caixa. O processoé o mesmo utilizado no salto em distãncia. 
 
 
4. Salto em Altura 
Seqüência de ações realizadas pelo saltador com o objetivo de transpor uma barra transversal 
sem derrubá-la. 
 
4.1 Setor e Equipamentos 
 
 
4.2 Técnicas básicas 
• Tesoura (Fig 1). 
• Rolo ventral (Fig. 2). 
• “Fosbury flop” ou salto de costas (Fig. 3). 
 
 
 
 
 
 
Poste de medição - Saltômetro Barra transversal - Sarrafo 
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FIG. 1 FIG. 2 FIG. 3 
 
 
4.3 Fases específicas 
• Corrida preparatória. 
• Impulsão. 
• Elevação-Transposição. 
• Queda sobre o colchão. 
 
Corrida de aceleração 
• Objetivos: 
- produzir uma velocidade horizontal que possa ser convertida em velocidade vertical ; 
- preparar uma impulsão equilibrada e eficiente; 
- proporcionar um ângulo de saída favorável. 
• Sub-fases: 
- aceleração; 
- adaptação para impulsão – passos finais. 
• Observações técnicas: 
- a velocidade deve ser controlada de modo a permitir uma eficiente impulsão; 
- a direção da aproximação varia de acordo com a técnica a ser utilizada e a perna de 
impulso. 
• Aproximação: 
- rolo ventral – do mesmo lado da perna de impulsão; 
- tesoura – lado oposto ao da perna de impulsão; 
- “flop” – lado oposto ao da perna de impulsão. 
 
Impulsão 
• Objetivos: 
- converter a velocidade horizontal em vertical; 
- desenvolver uma ótima velocidade e ângulo de saída; 
- produzir momentos de rotação necessários para a transposição do sarrafo – rotação 
no eixo longitudinal do corpo. 
 
Elevação-Transposição 
• Objetivos: 
- levar as várias partes do corpo às posições mais favoráveis relativamente uma à outra, 
com o objetivo de transpor o sarrafo sem derrubá-lo (boa utilização dos segmentos 
corporais) – rotação no eixo transversal do corpo; 
- criar condições favoráveis a uma queda segura e equilibrada. 
 
Queda 
Para a queda deverão ser ensinadas técnicas de amortecimento visando reduzir os 
impactos no colchão e evitar as rotações que possam levar a uma queda do mesmo. 
 
4.4 Considerações sobre a Técnica “Tesoura” 
• Forma mais simples e natural de se executar um salto em função do movimento das 
pernas. 
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• Sua execução, a exemplo do salto em distância grupado, independe de um aprendizado 
especial. 
• Forma ultrapassada para competição, porque os seus resultados são sempre inferiores 
aos conseguidos com outras técnicas, desde que razoavelmente empregadas. 
• Excelente educativo auxiliar das outras técnicas, especialmente, a técnica de costas 
(“Fosbury flop”). 
 
 
5. Salto com Vara 
Seqüência de movimentos realizados pelo saltador com o auxílio de uma vara visando transpor 
uma barra transversal sem derrubá-la. 
 
5.1 Setor e equipamentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vara 
• Material: fibra de carbono coberto com fibra de vidro – vara flexível. 
• Há necessidade ainda de usar varas rígidas, de bambu, em função da dificuldade de se ter 
varas de fibra em todos os locais e nas quantidades necessárias. 
• Recomenda-se a iniciação generalizada com as varas de bambu ou outra vara rígida – sua 
execução é mais fácil. 
 
5.2 Formas de energia envolvidas 
• Energia muscular. 
• Energia cinética: 
- corrida de impulso; 
- impulsão. 
• Energia elástica: 
- envergadura da vara. 
• Energia potencial: 
- impulsão; 
- repulsão (proporcionada pela vara). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Colchão para Salto com Vara 
Encaixe para Vara 
Corredor 
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5.3 Fases específicas 
• Concentração, empunhadura e posicionamento inicial da vara. 
• Corrida (com transporte da vara) – corrida com posicionamento da vara para o encaixe. 
• Encaixe. 
• Entrada-Impulsão. 
• Pêndulo. 
• Grupamento (rolamento). 
• Elevação-Extensão-Giro 
• Impulso final na vara / Transposição. 
• Queda. 
 
Empunhadura 
• Forma de segurar a vara. Mão de cima com a palma voltada para cima (ou para dentro) e a 
outra mão com a palma voltada para baixo (ou para fora), com um afastamento entre elas 
correspondendo à largura dos ombros do saltador. 
• Braço correspondente à mão de cima (posicionada atrás) semi-flexionado 
(aproximadamente 90º). Braço colocado à frente do corpo também com o cotovelo 
flexionado em aproximadamente 90o. 
• Altura da empunhadura: em função da altura a ser ultrapassada – a prática ajudará a 
determinar. 
 
Corrida preparatória 
• Transporte da vara: lado oposto ao da perna de impulsão. 
• Corrida ritmada e coordenada. 
• Posição mais verticalizada do corpo. 
• Adquirir velocidade para a impulsão (a velocidade deve ser crescente). 
• Passos finais – posicionamento da vara para colocação no encaixe. 
• Transferência de energia para a vara no momento do encaixe. 
 
Encaixe 
• Entende-se o local onde se apóia a vara e o ato de encaixar a vara neste local. 
• Os últimos passos da corrida são usados para a colocação da vara no encaixe. 
 
Entrada-Impulsão 
• Se faz mais na procura de uma progressão horizontal do que vertical (vara flexível). 
• Resultante de duas forças transferidas para os movimentos de pêndulo vara-solo e 
homem-vara. 
 
Suspensão 
• Movimento de pêndulo: a partir da impulsão para o salto, as pernas e o quadril continuam o 
movimento à frente devido à ação da inércia – continuam sua progressão que ocorre 
inicialmente para a horizontal e a seguir para cima, pela existência do ponto fixo que são 
as mãos fixas à vara. 
• Grupamento: ação de trazer a perna de impulso ao encontro da perna livre, com o 
movimento de flexão dos quadris, ocasionando a aproximação dos joelhos do tronco. 
• Elevação-Extensão: ocorre elevação nas fases anteriores, porém nesta seqüência de 
ações ela aparece de forma mais nítida. Nesta etapa do salto as pernas elevam-se 
próximos à vertical. O corpo será estendido. 
• Giro: o giro ocorre simultaneamente à elevação. 
 
Impulso final / Transposição 
• Devido ao afastamento das mãos, o saltador terá que largar a mão posicionada mais baixa 
logo a seguir ao giro. O impulso final é executado principalmente pela extensão do braço 
superior. 
Suspensão 
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• A transposição inicia-se pelas pernas. 
• Realizada de forma ventral. 
• Quando ocorre a transposição das pernas estas caem o que eleva o quadril. 
• Ao transpor o quadril os braços são jogados para trás e para cima, procurando elevar o 
ombro e a cabeça, e para que não haja contato com a barra transversal (sarrafo). 
 
Queda 
• Deve ser feita de costas com a utilização do movimento dos braços para amortecer o 
impacto da queda. Ocorre como continuação normal dos movimentos anteriores. 
 
 
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QUADRO DIDÁTICO DAS FASES DOS SALTOS 
 
Fases Básicas Salto em Distância Salto Triplo Salto em Altura Salto com Vara 
Concentração Concentração Concentração Concentração 
Concentração 
Empunhadura da vara 
Posicionamento inicial da 
vara 
Corrida preparatória Corrida preparatória Corrida preparatória Corrida preparatória 
Corrida preparatória com 
transporte da vara 
Posicionamento da vara 
para o encaixe 
Encaixe 
ImpulsãoImpulsão Impulsão (1a.) Impulsão Entrada – Impulsão 
Vôo Vôo 
1o. vôo – Aterrissagem 
(mesma perna de 
impulsão) 
 
Elevação / 
Transposição 
Pêndulo 
2a. impulsão – 2o. vôo – 
Aterrissagem (perna 
contrária à de impulsão) 
Grupamento 
3a. impulsão – 3o. vôo 
Elevação – Extensão – 
Giro 
Impulso final – 
Transposição 
Queda Queda Queda Queda Queda 
Finalização do salto Saída da caixa de areia Saída da caixa de areia 
 
 
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LANÇAMENTOS – DESCRIÇÃO DOS IMPLEMENTOS, SETORES E TÉCNICAS 
 
1. Formas Disputadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Arremesso do Peso – consiste no arremesso de uma esfera de bronze ou ferro, do 
interior de um círculo em um setor de aproximadamente 34o. Técnicas: ortodoxa, “Parry 
O’Brien” e com giro. 
• Lançamento do Dardo – consiste em lançar uma haste cilindrocônica de madeira ou 
metal de uma pista medindo aproximadamente 35m em um setor de 29o. 
• Lançamento do Disco – consiste em lançar um disco biconvexo construído de madeira 
e/ou metal do interior de um círculo em um setor de aproximadamente 34o. 
• Lançamento do Martelo – consiste em lançar uma esfera de ferro ou bronze, presa a um 
cabo de aço medindo 1,22m do interior de um círculo em um setor de aproximadamente 
34o. 
 
2. Implementos 
 
DARDO
DISCO
PESO
MARTELO
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. Conceitos 
• O termo lançamentos inclui o arremesso do peso. A diferença básica entre o lançamento e 
o arremesso está associada ao gesto executado pelo atleta para projetar o implemento no 
ar. Neste sentido, verifica-se que o peso é empurrado e o disco, o dardo e o martelo são 
projetados de forma diferente. Por este motivo, será usado o termo arremesso para a 
prova do Atletismo que envolve especificamente o implemento peso, e lançamento para as 
provas que utilizam o dardo, o disco e o martelo. Contudo, o grupo constituído por estas 4 
provas será identificado como “provas de lançamentos do Atletismo”. 
• Estas provas consistem em lançar um engenho (implemento) o mais longe possível, 
considerando suas características, os fatores mecânicos (Física) e biomecânicos (melhor 
rendimento humano), e ainda, os itens regulamentares. 
• Os lançamentos são provas individuais que exigem um alto grau de força e velocidade 
(potência), e coordenação. 
 
4. Classificações dos Lançamentos 
• Em relação aos movimentos preparatórios: 
- realização de giros: lançamento do disco e do martelo, e variação do arremesso do 
peso; 
- deslocamento linear: lançamento do dardo e variação do arremesso do peso. 
 
• Em relação à conformação dos implementos: 
- pesados: arremesso do peso e lançamento do martelo; 
- leves: lançamentos do dardo e do disco. 
 
5. Fatores que Condicionam a Distância dos Lançamentos 
A distância alcançada pelos implementos nos lançamentos é conseqüência dos fatores 
apresentados a seguir. As técnicas empregadas para a execução das provas (projeção dos 
implementos) visam considerar da forma mais abrangente possível todos os itens regulamentares, 
os elementos constitucionais dos implementos e os fatores biomecânicos relacionados às mesmas. 
 
5.1 Itens regulamentares 
Os itens regulamentares interferem no desenvolvimento da técnica de cada uma das provas. 
As regras referem-se a aspectos como: 
• características das áreas de impulso do implemento (círculo ou corredor); 
• limitação das áreas de impulso; 
• limitações dos setores de queda; 
• massa, forma e constituição dos implementos; 
• maneira como executar os lançamentos. 
O lançamento realizado em desacordo com as regras não é considerado válido. Qualquer 
técnica de lançamento poderá ser usada desde que esteja de acordo com o regulamento oficial. 
Conhecendo bem as regras do esporte, o atleta terá maiores possibilidades de adaptar a técnica 
de acordo com as suas condições físicas e motoras. 
 
5.2 Inovações materiais 
O aperfeiçoamento tecnológico dos implementos, das instalações e até mesmo dos calçados 
pode influenciar sobre as técnicas executadas. 
 
5.3 Possibilidades do sistema locomotor humano 
O implemento é projetado devido à ação propulsora do corpo humano. 
O desempenho do atleta está também condicionado ao desenvolvimento de seu potencial 
físico. A velocidade de liberação do implemento e, por sua vez, a distância alcançada, está 
condicionada, entre outros fatores, ao nível de força e velocidade (potência) empregada pelo 
atleta. 
 
 
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5.4 As leis mecânicas 
Os princípios da Física, ou seja, as leis do movimento apresentam uma grande relação com a 
distância a ser alcançada no lançamento. Podem ser destacados os seguintes 
 
Velocidade de projeção (Vo) 
Este fator depende da aceleração desenvolvida durante os movimentos preparatórios e no 
lançamento propriamente dito. Este aspecto, por sua vez, está associado ao nível de força e 
velocidade (potência) desenvolvido pelo atleta durante o lançamento propriamente dito. 
A aceleração obtida e, por sua vez, a velocidade inicial de projeção do implemento, está 
condicionada ao deslocamento durante o qual é exercida a ação sobre o implemento. 
Analise a fórmula a seguir: 
 
 
 
 
Esta fórmula, baseada na 2ª. lei de Newton (relação entre o movimento e a força que o 
produziu), mostra que a velocidade é proporcional à força exercida no implemento e ao tempo de 
aplicação da força, e inversamente proporcional à massa do implemento. 
Tal condição apresentada possibilita concluir que o atleta dotado de maior força muscular 
possui possibilidade de lançar o implemento a uma maior distância. Contudo, é importante que o 
atleta desenvolva a força de forma específica para as provas de lançamentos, no caso, a força 
desenvolvida em elevada velocidade. 
Também se pode concluir que a duração da aplicação da força influi sensivelmente na 
velocidade de projeção do implemento. Tal fato pode ser ilustrado no exame da evolução da 
técnica do arremesso do peso, quando o atleta procura aumentar o caminho a ser percorrido pelo 
implemento ainda na sua mão, sofrendo a ação de sua força muscular. A evolução da técnica 
ortodoxa para a técnica clássica “Parry O’Brien” e, desta última, para a técnica com giro que 
apresentou como alteração o aumento do tempo de aceleração do peso, entre outros fatores. 
Obviamente que no caso dos lançamentos atléticos existem valores ótimos para o tempo de 
aplicação da força. 
O 3o. elemento da fórmula, a massa, representada pela letra “m”, é fixada pelas regras do 
Atletismo. 
Nas provas de lançamentos, o atleta tem como objetivo conseguir a maior velocidade de 
projeção do implemento, para tal é importante que as ações sejam realizadas de forma seqüencial, 
sendo algumas das ações executadas simultaneamente. Contudo, visa-se o somatório das ações, 
seguindo uma mesma referência que está orientada para o ponto de aplicação da força no 
implemento. 
Sintetizando, tem-se que a grandeza e a direção da “velocidade inicial”, ou seja, a grandeza 
da rapidez e do ângulo de liberação são fatores determinantes do resultado a ser obtido no 
lançamento. Sendo que a velocidade é um elemento a ser destacado porque para um determinado 
ângulo de projeção, a distância a ser alcançada é proporcional ao quadrado da velocidade de 
projeção (Vo), conforme é demonstrado na fórmula a seguir. 
Em mecânica, a distância alcançada por um objetolançado obliquamente no vácuo, obedece 
a seguinte fórmula: 
 
 
 
 
d = distância; 
Vo = velocidade inicial de projeção; 
α = ângulo de projeção; 
g = aceleração da gravidade. 
 
 
 
V = 
m 
V → ∆F : variação da força exercida no implemento. 
V → ∆t : duração da aplicação da força. 
m : massa (fixada pelas regras). 
d = 
Vo² sen 2α 
g 
∆F x ∆t 
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Ângulo de projeção (α) 
No lançamento de um projétil no vácuo, este alcançará sua maior distância quando for 
projetado em um ângulo de 45o em relação com a horizontal (o solo). Porém, isto é válido quando o 
ponto de queda estiver na mesma altura do ponto de impulsão (saída). 
Lembre-se que sen 0 = 0 e sen 90o = 1; considerando que o maior valor para sen 2α será 1, 
tem-se que: 
sen 2α = 1 
 2α = 90o 
 α = 45o 
No caso dos lançamentos atléticos, o ponto de liberação do implemento está a uma altura 
diferente do ponto de queda do mesmo, o que possibilita concluir que o ângulo de projeção nos 
lançamentos deve ser inferior a 45o. 
 
 
Com base em estudos realizados, os ângulos de projeção aproximados são (FERNANDES, 
1978): 
- arremesso do peso - 38 a 41o; 
- lançamento do dardo - 28 a 32o; 
- lançamento do disco - 35 a 40o; 
- lançamento do martelo - 42 a 44o. 
 
Altura de liberação 
Para uma determinada velocidade e ângulo de projeção, se o ponto de liberação do 
implemento estiver na altura h sobre a horizontal do solo, a distância alcançada apresentará um 
relação direta com h. 
 
 
 
 
 
Vy 
Vx 
Vo 
60o 
45o 
30o 
sen
αααα 
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Fatores aerodinâmicos 
Para os lançamentos do disco e do dardo, a distância a ser alcançada depende também dos 
fatores aerodinâmicos. 
Estes fatores estão associados aos seguintes itens: 
- forma e massa do implemento; 
- área da superfície; 
- velocidade e direção do vento; 
- ângulo de incidência ou ângulo de posição do implemento; 
- ângulo de aplicação da força; 
- movimentos em relação ao eixo de rotação. 
Para as provas de arremesso do peso e lançamento do martelo, os fatores aerodinâmicos não 
exercem influência significativa no resultado, devido à forma esférica que possuem. 
 
6. Fases do Lançamento 
• Fase preparatória 
Concentração. 
Empunhadura. 
Posicionamento inicial. 
• Fase de aceleração 
Balanceios (peso, disco e martelo) e molinetes (martelo). 
Deslocamentos: 
- corrida (lançamento do dardo); 
- arrasto (arremesso do peso); 
- giros (arremesso do peso e lançamentos do disco e do martelo). 
• Lançamento ou arremesso propriamente dito. 
• Recuperação 
Reversão e continuidade do movimento do giro. 
• Finalização 
Saída do setor de lançamento ou arremesso. 
 
 
 
Vy 
Vx 
Vo 
senαααα 
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7. Medição dos Lançamentos 
A medição é feita imediatamente após cada lançamento ou arremesso, a partir da marca mais 
próxima feita pelo implemento, até a parte interna do aro (para os lançamentos do disco e do 
martelo), até a borda interna do arco (para o lançamento do dardo), e até a parte interna do 
anteparo de madeira (para o arremesso do peso). A medição objetiva verificar a menor distância 
entre o 1o. ponto de contato do implemento e o limite do círculo ou corredor, voltado para o local de 
queda, sendo necessário para tal, esticar a trena ao longo de uma linha reta que passe pelo centro 
do círculo do qual faz parte o “arco” que limita os setores de arremesso/lançamento e de queda. 
Portanto, o setor de queda pode ser identificado como uma superfície plana compreendida dentro 
de uma circunferência, delimitada por um arco (limite do setor de lançamento/arremesso), e os dois 
raios separados por um ângulo pré-determinado. 
As Figuras a seguir exemplificam os procedimentos para medição da distância alcançada na 
prova do arremesso do peso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. Desenhos dos Círculos para o Arremesso do Peso e Lançamentos do Disco 
 
 
34,92o 
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9. Proteção para os Lançamentos do Disco e do Martelo (“Gaiolas”) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os lançamentos do disco e do martelo devem ser realizados do círculo localizado no interior 
de uma “gaiola” (tela de proteção), para garantir a segurança dos espectadores, oficiais e 
competidores. 
Considerando que os setores (círculos) para a realização das provas de lançamento do disco 
e do martelo não possuem as mesmas dimensões, a proteção a ser utilizada numa prova também 
poderá ser utilizada na outra, seja instalando círculos concêntricos de 2,135 e 2,5 m, seja 
utilizando uma versão ampliada da proteção com a colocação de um segundo círculo para o disco 
atrás do círculo do martelo. 
 
 
 
 
34,92o 
PUC Minas 
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10. Análise das Fases dos Lançamentos
10.1 Lançamento do dardo 
Concentração Momento preparatório para o início do lançamen
Empunhadura 
Com o polegar e o indicador (americana).
Com o polegar e o dedo médio (finlandesa).
Com os dedos indicador e médio.
Corrida 
fase cíclica 
Inicia-se na posição de partida e vai até a marca pré
estabelecida (ponto de referência). O dardo 
conduzido sobre o ombro, mais ou menos na altura da 
cabeça e paralelo ao solo (transporte do dardo). Objetivo de 
conseguir a velocidade ótima de aproximação.
Corrida 
fase acíclica – 
fase de transição 
(fase 
preparatória para 
o lançamento 
ppd.) 
Inicia-se com o recuo do dardo e termina com o “duplo apoio”. 
Objetivo de preparação do dardo e do corpo, colocando
em condições biomecânicas ideais para executar o 
lançamento. 
Conforme o pé esquerdo
aproximadamente cinco pass
final de lançamento, o recuo do dardo inicia. Existem modos 
diferentes de se executar esta fase, sendo o que caracteriza 
a técnica utilizada pelo atleta. O número de passos depende 
do estilo praticado. 
“Passo cruzado”: deu
àquele em que o atleta adota a sua posição final de 
lançamento (momento do duplo apoio). O objetivo do passo 
cruzado é colocar o pé do atleta à frente de sua parte 
superior do corpo, de modo que, conforme toque o solo com 
o pé direito ao final do passo, seja capaz de passar a uma 
posição ótima a partir da qual execute o lançamento.
Duplo Apoio 
(fase 
intermediária 
entre a corrida e 
o lançamento 
ppd.) 
Instante em que ocorre o bloqueio da velocidade horizontal 
(corrida) na qual o atleta encontra uma base ótima para que o 
corpo projete o dardo adiante.
O duplo apoio acontece quando o pé 
sendo que isto ocorre primeiro com o calcanhar a alguma 
distância para a esquerda
O objetivo deste é o de frear (desacelerar) imediatamente o 
deslocamento. A tarefa motora consiste em transmitir os 
efeitos das forças reativas resultantes da desaceleração ao 
membro final da cadeia que segura o implemento, para 
transmitir a este último um impulso.
Lançamento 
propriamente 
dito 
Ocorre, portanto, uma “freada” dos membros inferiores, daí 
tem-se a transferência da velocidade adquirida para as 
demais partes do corpo e ao implemento. Tem
de um “arco de lançamento”. O pésolo com sua ponta voltada para dentro, estando a perna 
estendida. Os movimentos são transmitidos dos membros 
inferiores para os membros superiores, ocorrendo a puxada 
do dardo. Esta puxada faz
cotovelo a uma trajetória ascendente 
contato com o dardo feito pelos dedos polegar e indicador ou 
médio, dependendo da empunhadura.
Recuperação do 
equilíbrio com 
reversão 
Após o desequilíbrio gerado pela ação do lançamento, o 
atleta deve colocar o corpo em uma posiç
executa-se um passo de recuperação a fim de dissipar o 
impulso proporcionado pelos movimentos anteriores.
Finalização O atleta deverá sair do setor de lançamento pelas laterais (por trás do arco que finaliza o corredor).
 
PUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 
10. Análise das Fases dos Lançamentos 
Momento preparatório para o início do lançamento. 
Com o polegar e o indicador (americana). 
Com o polegar e o dedo médio (finlandesa). 
Com os dedos indicador e médio. 
se na posição de partida e vai até a marca pré-
estabelecida (ponto de referência). O dardo é geralmente 
conduzido sobre o ombro, mais ou menos na altura da 
cabeça e paralelo ao solo (transporte do dardo). Objetivo de 
conseguir a velocidade ótima de aproximação. 
 
se com o recuo do dardo e termina com o “duplo apoio”. 
Objetivo de preparação do dardo e do corpo, colocando-os 
em condições biomecânicas ideais para executar o 
esquerdo do lançador toca o solo 
aproximadamente cinco passos antes de alcançar a posição 
final de lançamento, o recuo do dardo inicia. Existem modos 
diferentes de se executar esta fase, sendo o que caracteriza 
a técnica utilizada pelo atleta. O número de passos depende 
“Passo cruzado”: deu-se este nome ao passo que precede 
àquele em que o atleta adota a sua posição final de 
lançamento (momento do duplo apoio). O objetivo do passo 
cruzado é colocar o pé do atleta à frente de sua parte 
superior do corpo, de modo que, conforme toque o solo com 
ao final do passo, seja capaz de passar a uma 
posição ótima a partir da qual execute o lançamento. 
 
 
Instante em que ocorre o bloqueio da velocidade horizontal 
ual o atleta encontra uma base ótima para que o 
corpo projete o dardo adiante. 
O duplo apoio acontece quando o pé esquerdo toca o solo, 
sendo que isto ocorre primeiro com o calcanhar a alguma 
esquerda da linha de lançamento. 
te é o de frear (desacelerar) imediatamente o 
deslocamento. A tarefa motora consiste em transmitir os 
efeitos das forças reativas resultantes da desaceleração ao 
membro final da cadeia que segura o implemento, para 
transmitir a este último um impulso. 
 
Ocorre, portanto, uma “freada” dos membros inferiores, daí 
se a transferência da velocidade adquirida para as 
demais partes do corpo e ao implemento. Tem-se a formação 
de um “arco de lançamento”. O pé esquerdo assenta-se no 
solo com sua ponta voltada para dentro, estando a perna 
estendida. Os movimentos são transmitidos dos membros 
inferiores para os membros superiores, ocorrendo a puxada 
do dardo. Esta puxada faz-se com o adiantamento do 
cotovelo a uma trajetória ascendente da mão, sendo o último 
contato com o dardo feito pelos dedos polegar e indicador ou 
médio, dependendo da empunhadura. 
 
Após o desequilíbrio gerado pela ação do lançamento, o 
atleta deve colocar o corpo em uma posição estável. Para tal, 
se um passo de recuperação a fim de dissipar o 
impulso proporcionado pelos movimentos anteriores. 
O atleta deverá sair do setor de lançamento pelas laterais (por trás do arco que finaliza o corredor).
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O atleta deverá sair do setor de lançamento pelas laterais (por trás do arco que finaliza o corredor). 
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Disciplina: Atletismo 
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10.2 Arremesso do peso 
Técnica: Ortodoxa – linear 
 
Concentração 
 
Empunhadura 
 
Posição Inicial 
Estacionária 
Nesta fase o atleta posiciona-se lateralmente para a direção do 
arremesso. Nesta posição o peso do corpo deverá estar sobre a 
perna correspondente ao braço de arremesso; o outro pé se coloca 
um pouco atrás em contato com sua parte anterior no solo. O braço 
contrário ao de arremesso pode ser elevado na vertical ou projetado 
à frente, flexionado ou estendido.Fazer a empunhadura com o dedo 
mínimo e polegar nas extremidades da esfera, os demais dedos na 
sua parte mais central. Outra forma de empunhadura do peso é 
manter o dedo mínimo próximo aos demais dedos, estando apenas 
o polegar posicionado mais lateralmente ao implemento. Neste 
caso, o peso será suportado pelos dedos indicador, médio, anular e 
mínimo. O peso não tem contato com a palma da mão. 
O peso será colocado em contato com o pescoço e o maxilar estará 
sobre o mesmo. 
 
 
“Arrasto” 
O atleta executa um “balanço” com a perna “livre” e a projeta à 
frente (na direção do setor de queda do implemento), sendo que a 
outra perna movimenta-se arrastando. 
 
Posição Final - 
Rotação 
Terminada a ação do deslocamento (“arrasto”), o pé direito se 
coloca próximo ao centro do círculo, com a planta do pé toda 
assentada no solo em posição oblíqua e a perna semiflexionada no 
joelho, tendo o peso do corpo sobre ela. O pé esquerdo se coloca 
próximo da borda interna do anteparo. 
Nesta fase o atleta bloqueia o deslocamento e executa a rotação do 
tronco, voltando-se para frente. 
 
Arremesso 
propriamente dito 
Estando em duplo apoio e executado a rotação do “tronco”, 
transfere-se todo o movimento do corpo para o 
braço/antebraço/mão e, desta forma, para o peso. Faz-se a 
extensão completa das pernas e do braço de arremesso. 
 
Recuperação do 
equilíbrio com 
reversão 
Em função do desequilíbrio gerado pela ação do arremesso, o atleta 
deve colocar o corpo em uma posição estável. Para tal, executa-se 
um passo de recuperação. A perna esquerda é lançada para trás e 
a direita levada rapidamente à frente, ligeiramente flexionada para 
amortecer o impulso. 
Finalização O atleta deverá sair do setor de arremesso pela metade de trás do círculo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Disciplina: Atletismo 
 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 29
Técnica: “Parry O’Brien” – linear 
 
Concentração 
 
Empunhadura 
 
Posição Inicial 
Estacionária 
Fazer a empunhadura tal qual apresentado na técnica ortodoxa. 
Nesta fase o atleta posiciona-se de costas para a direção do 
arremesso. O peso do corpo deverá estar sobre a perna da 
frente, que é aquela correspondente ao braço de arremesso; o 
outro pé se coloca um pouco atrás em contato com o solo pela 
sua parte anterior. O braço contrário ao de arremesso pode ser 
elevado na vertical ou projetado à frente, estendido ou flexionado. 
Nesta fase o atleta toma uma posição “grupada”. 
 
 
“Arrasto” 
Nesta fase a perna livre executa um “balanço” e um movimento 
brusco para trás e para baixo. No momento em que o corpo se 
move para trás, o pé direito é trazido rapidamente para o centro 
do círculo, onde se assenta com a ponta voltada para a esquerda. 
O movimento deve ser constante e ininterrupto. O pé esquerdo 
posiciona-se próximo ao anteparo. 
 
Posição Final - 
Rotação 
Terminado o “arrasto”, o atleta bloqueia o deslocamento. Nesta 
ação o pé esquerdo que assentou próximo ao anteparo, 
ultrapassou o eixo do deslocamento, posicionando-se um pouco à 
direita do pé direito. Com isso, o quadril irá deslocar-se para a 
esquerda, acompanhando os movimentos determinados pelas 
pernas. Ocorre a partir daí a continuaçãoda rotação do “tronco” 
que irá voltar-se para frente. Esta formada a posição para o 
arremesso propriamente dito. 
Arremesso 
propriamente 
dito 
É o resultado do impulso executado para cima, iniciado na perna 
direita, passando por todo o corpo até chegar ao peso. Do 
momento da fixação do pé direito até o instante de soltar o peso, 
o corpo atua mediante um movimento complexo de “elevação-
avanço-rotação-extensão”. O lado esquerdo do corpo se eleva e 
avança até a vertical; os quadris e os ombros se voltam para 
frente; os segmentos previamente flexionados se estendem e 
assim o peso recebe uma impulsão na direção do arremesso. 
Recuperação 
do equilíbrio 
com reversão 
Após o desequilíbrio gerado pela ação do arremesso, o atleta 
deve colocar o corpo em uma posição estável. Para tal executa 
um passo de recuperação. A perna esquerda é lançada para trás 
e a direita levada rapidamente à frente, ligeiramente flexionada 
para amortecer o impulso. 
 
Finalização O atleta deverá sair do setor de arremesso pela metade de trás do círculo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
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Técnica: com giro ou rotacional 
 
Concentração 
 
Empunhadura 
 
Posição Inicial 
Estacionária 
De costas para o setor de arremesso e no lado oposto do anteparo, o arremessador fica em 
afastamento lateral, já com o peso empunhado. É o momento de sua concentração. 
A empunhadura é feita exatamente como as técnicas apresentadas anteriormente. 
Balanceio 
Nesta fase o arremessador faz uma movimentação preparatória que consiste em transferir o 
peso do corpo para a perna direita flexionando-a, ao mesmo tempo em que faz a rotação do 
tronco para o lado direito. 
No caso desta técnica, apenas um balanceio já é suficiente para iniciar a seqüência de giros. 
Giros 
Os giros iniciam-se a partir do ponto mais baixo do balanceio, com a transferência do peso do 
corpo para a perna esquerda e giro para trás, no lugar, feito na ponta do pé (esquerdo). 
Estando de frente para o setor de arremesso, o arremessador salta para o apoio da perna 
direita. O pé direito quando ainda no ar, gira para dentro, procurando um apoio no centro do 
círculo. O pé esquerdo, ao perder o contato com o solo, é levado para o seu apoio na parte 
anterior do círculo (próximo ao anteparo). Com isso forma-se a posição para o arremesso 
propriamente dito. 
Arremesso 
propriamente 
dito 
O arremesso ppd inicia-se efetivamente com o trabalho da perna direita. O pé esquerdo ao 
apoiar-se no solo com a ponta voltada para dentro, inicia uma ação impulsora conjugada com 
o término da ação da perna direita que foi de giro e extensão. O tronco gira para a direção do 
arremesso, simultaneamente com a ação de empurrar o peso com o braço, que se estende 
para frente, finalizando esta ação com a palma da mão voltada para fora. As pernas vão ao 
máximo possível de sua extensão. O tronco acompanha a extensão do braço indo também 
para frente. 
Recuperação do 
equilíbrio com 
reversão 
Após perder o contato com o peso, o arremessador tende a sair do círculo. Nesta condição, o 
pé direito assenta-se no lugar do esquerdo que vai para trás e aproveitando o restante da 
força de giro continua girando até ficar posicionado de frente para o local de queda do 
implemento. 
Finalização O atleta deverá sair do setor de arremesso pela metade de trás do círculo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PUC Minas 
 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012
10.3 Lançamento do disco 
 
Concentração 
 
Empunhadura 
 
Posição Inicial 
Estacionária 
De costas para o setor de lançamento e no lado oposto 
à área de queda do implemento. 
O disco é sustentado pelas falanges distais 
palma da mão apóiam lateralmente. O lançador fica com 
as pernas afastadas lateralmente de costas para o setor 
de lançamento e no lado oposto à área de queda do 
implemento, já com o disco empunhado.
Este é também o momento de sua concentração.
Balanceio 
Nesta fase o lançador faz uma movimentação 
preparatória que consiste em transferir o peso do corpo 
para a perna direita
que faz a rotação do 
A partir do balanceio o atleta inicia a seqüência dos 
giros. 
Giros 
Os giros iniciam-se a partir do ponto mais baixo/atrasado 
do balanceio, com a transferência do peso do corpo para 
a perna esquerda
esquerdo), no lugar, feito na ponta do pé (
Estando de frente para o setor de lançamento, o atleta 
salta para o apoio da perna 
ainda no ar, gira para dentro, procurando um apoio no 
centro do círculo. O pé 
com o solo, é projetado para o seu apoio na parte 
anterior do círculo. Com isso adota
lançamento propriamente dito.
Lançamento 
propriamente 
dito 
O lançamento ppd inicia
da perna direita. O pé 
com a ponta voltada para dentro inicia uma ação 
impulsora conjugada com o término da ação da perna 
direita que foi de giro e extensão. O tronco gira para a 
direção do lançamento, simultanea
tracionar o disco com o braço. O disco é trazido em linha 
ascendente, com o braço estendido até a linha dos 
ombros, sendo liberado pelo dedo indicador. Para o 
atleta destro o disco irá 
Recuperação 
do equilíbrio 
com reversão 
Após perder o contato com o disco, o lançador tende a 
sair do círculo. Nesta condição, o pé 
no lugar do esquerdo
restante da força de giro, continua girando até ficar
novamente de frente para o setor de queda do 
implemento. 
Finalização O atleta deverá sair do setor de lançamento pela metade de trás do círculo.
 
 
PUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 
De costas para o setor de lançamento e no lado oposto 
de queda do implemento. 
O disco é sustentado pelas falanges distais – polegar e 
palma da mão apóiam lateralmente. O lançador fica com 
as pernas afastadas lateralmente de costas para o setor 
de lançamento e no lado oposto à área de queda do 
com o disco empunhado. 
Este é também o momento de sua concentração. 
 
Nesta fase o lançador faz uma movimentação 
preparatória que consiste em transferir o peso do corpo 
direita flexionando-a, ao mesmo tempo em 
que faz a rotação do tronco para o lado direito. 
A partir do balanceio o atleta inicia a seqüência dos 
 
se a partir do ponto mais baixo/atrasado 
do balanceio, com a transferência do peso do corpo para 
esquerda e giro para trás (para o lado 
), no lugar, feito na ponta do pé (esquerdo). 
Estando de frente para o setor de lançamento, o atleta 
salta para o apoio da perna direita. O pé direito quando 
ainda no ar, gira para dentro, procurando um apoio no 
centro do círculo. O pé esquerdo, ao perder o contato 
com o solo, é projetado para o seu apoio na parte 
anterior do círculo. Com isso adota-se a posição para o 
lançamento propriamente dito. 
O lançamento ppd inicia-se efetivamente com o trabalho 
. O pé esquerdo ao apoiar-se no solo 
com a ponta voltada para dentro inicia uma ação 
impulsora conjugada com o término da ação da perna 
que foi de giro e extensão. O tronco gira para a 
direção do lançamento, simultaneamente com a ação de 
tracionar o disco com o braço. O disco é trazido em linha 
ascendente, com o braço estendido até a linha dos 
ombros, sendo liberado pelo dedo indicador. Para o 
o disco irá girar no sentido horário. 
Após perder o contato com o disco, o lançador tende a 
sair do círculo. Nesta condição, o pé direito assenta-se 
esquerdo que vai para trás e, aproveitando o 
restante da força de giro, continua girando até ficar 
novamente de frente para o setor de queda do 
 
O atleta deverá sair dosetor de lançamento pela metade de trás do círculo.
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O atleta deverá sair do setor de lançamento pela metade de trás do círculo. 
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 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 32
10.4 Lançamento do martelo 
Concentração 
 
Empunhadura 
 
Posição Inicial 
Estacionária 
A “empunhadura” é segurada pelas segundas falanges da mão 
esquerda sobreposta pela mão direita. A empunhadura deve 
assegurar o longo trajeto para o martelo. O atleta posiciona-se de 
costas para o setor de lançamento, com os pés afastados e o peso 
do corpo distribuído proporcionalmente sobre os dois pés. 
Este é também o momento de sua concentração. 
 
Balanceio 
De costas para o setor de queda do martelo, o lançador realiza um 
movimento de pêndulo com o martelo objetivando tirá-lo do estado 
de repouso e conseguir velocidade inicial para execução da fase 
seguinte. 
 
Molinetes 
Objetiva realizar o impulso inicial do martelo. 
O martelo é projetado para cima e à esquerda, na frente do corpo. 
Nesta ação a cabeça do martelo se movimenta sobre uma trajetória 
oblíqua, tendo o seu ponto baixo à direita do atleta e o mais alto à 
esquerda. Durante os molinetes, ocorrerá um arqueamento do corpo 
para o lado contrário à posição do martelo, a fim de resistir à sua 
tração. São realizados 2 ou 3 movimentos (molinetes). Os braços 
deverão estar totalmente estendidos quando estiverem à frente do 
corpo. 
 
 
 
 
 
Giros 
Objetiva acelerar ao máximo o martelo. 
Os giros iniciam-se no momento em que a cabeça do martelo se 
encontra na diagonal, à direita próximo a seu ponto mais baixo. 
Para a realização do giro, o peso do corpo estará sobre a perna 
esquerda que não abandona o solo e inicia o giro com a elevação 
da ponta do pé. O giro será executado girando-se inicialmente no 
calcanhar e a seguir pela parte externa (lateral) do pé. Durante esta 
fase o martelo caminha para o ponto mais alto. Os braços 
permanecem totalmente estendidos até o final do lançamento. O pé 
direito abandona o solo, eleva-se e passa rapidamente e muito 
próximo em volta da perna esquerda. O tronco inclina-se para o lado 
esquerdo enquanto se volta para o setor de lançamento. Deverá 
haver o equilíbrio entre o lançador e o martelo. A parte final do giro 
do pé esquerdo se fará sobre a parte anterior do mesmo, 
terminando no plano do solo. O pé direito retoma seu apoio no chão 
rapidamente, colocando-se paralelamente ao esquerdo e 
propiciando outra vez o “duplo apoio”. O quadril adianta-se em 
relação à trajetória do martelo que estará em fase descendente, 
indo para o ponto mais baixo. Todos os 3 a 4 giros são 
semelhantes. A velocidade dos giros e, por sua vez, da 
movimentação do martelo, deve ser crescente. O último giro irá 
diferenciar-se, pois sendo o giro do lançamento, termina com o peso 
do corpo sobre as duas pernas. 
 
 
 
 
 
Lançamento 
ppd 
Finalizando o último giro, no momento em que o pé direito se coloca 
no solo, o martelo se encontra à direita do atleta que se encontra de 
costas para a direção do lançamento. É realizada a puxada do 
martelo da direita para a esquerda e de baixo para cima. Ocorre a 
extensão das pernas e do tronco e a elevação dos braços. 
 
Recuperação Não se realiza a reversão. O lançador apenas recupera seu equilíbrio integral posicionando-se de frente para o setor de queda. 
Finalização O atleta deverá sair do setor de lançamento pela metade de trás do círculo. 
PUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 33
QUADRO SINÓPTICO DAS FASES DOS LANÇAMENTOS 
 
Fases Básicas 
Lançamentos 
Fases Específicas 
Martelo Dardo Disco Peso 
“Parry O’Brien” Com giro 
Preparatória 
Concentração Concentração Concentração Concentração Concentração 
Empunhadura Empunhadura Empunhadura Empunhadura Empunhadura 
Posição inicial # Posição inicial Posição inicial Posição inicial 
Deslocamento 
(Aceleração) 
Balanceio 
Corrida – fase de 
aceleração inicial 
(fase cíclica) 
Balanceio “Arrasto” Balanceio 
Molinetes 
Corrida – fase de 
preparação do corpo e do 
dardo (fase acíclica – 
passo cruzado) 
Giros Posição final Giros 
Giros 
Duplo apoio – fase 
intermediária entre o final 
da corrida e o lançamento 
ppd. 
Lançamento 
propriamente dito 
Lançamento 
ppd. 
Lançamento 
ppd. 
Lançamento 
ppd. 
Arremesso 
ppd. 
Arremesso 
ppd. 
Recuperação Recuperação sem 
reversão 
Recuperação com 
reversão 
Recuperação com 
reversão e 
continuidade do giro 
Recuperação com 
reversão 
Recuperação 
com reversão e 
continuidade do 
giro 
Finalização do 
lançamento 
Saída do círculo 
de lançamento 
Saída do corredor de 
lançamento 
Saída do círculo de 
lançamento 
Saída do círculo 
de arremesso 
Saída do círculo 
de arremesso 
 
PUC Minas – ICBS – Curso de Educação Física 
Disciplina: Atletismo 
 Prof. José Mauro Silva Vidigal 1/2012 34
11. Orientações pedagógicas gerais a serem consideradas no processo de ensino-
aprendizagem de técnicas relativas às provas de saltos e lançamentos 
• Experimentação de movimentos gerais, em seguida direcionados e, por último, os movimentos 
específicos. 
• Para a apresentação de movimentos gerais e direcionados pode-se trabalhar com o método 
global de ensino. Para a apresentação de movimentos mais direcionados e específicos deve-
se trabalhar com o método analítico de ensino. 
• Explorar os espaços, bem como os recursos disponíveis nos mesmos. 
• Utilizar de instrução verbal, demonstrativa e tátil-cinestésica. 
• Proporcionar a experimentação bilateral dos gestos. 
• Iniciar com movimentos mais conhecidos, indo em direção aos movimentos menos conhecidos 
e os desconhecidos. 
• Iniciar com movimentos mais fáceis, indo em direção aos movimentos mais difíceis. 
• Iniciar com movimentos mais simples, indo em direção aos movimentos mais complexos. 
• Iniciar com movimentos realizados mais lentamente, indo em direção à execução dos 
movimentos com maior velocidade. 
• Acrescentar gradualmente elementos associados à técnica de referência nos movimentos 
realizados. 
• Apresentar os itens regulamentares básicos. 
• Adequar os itens regulamentares à capacidade física e habilidades dos praticantes. 
• Apresentar desafios graduais na execução das atividades. 
• Proporcionar a repetição dos gestos para melhor compreensão e para a automatização dos 
mesmos. 
• Acrescentar gradualmente elementos técnicos no gesto realizado. 
• Considerar a condição física do praticante para apresentar os elementos técnicos a serem 
executados. 
 
11.1 Orientações pedagógicas específicas para as provas de saltos 
• Utilizar recursos alternativos visando a melhor compreensão e execução dos gestos técnicos. 
• Utilizar de meios visando ampliar o tempo de voo visando a execução dos movimentos durante 
o mesmo. 
 
11.2 Orientações pedagógicas específicas para as provas de lançamentos 
• Atenção máxima aos implementos lançados. Não ficar de costas para o local de onde é 
realizado o lançamento. 
• Organizar a turma em grupos com um número de praticantes simultâneos que possibilite um 
ótimo controle e acompanhamento dos lançamentos. 
• Dispor de forma adequada os praticantes. 
• Organizar os momentos de lançar e buscar os implementos. 
• Utilizar “implementos” alternativos – mais leves, menores, com diferentes formas e 
possibilidades de empunhadura. 
• Vivenciar diferentes formas de arremessar e lançar. Experimentar diferentes formas de 
aceleração dos

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