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Prévia do material em texto

]JUÇARA DOS SANTOS GONÇALVES
RAIMUNDO SANTOS DO CARMO
GESTÃO ESCOLAR E O PROCESSO DE
TOMADA DE DECISÃO
BELÉM –PARÁ
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA
2001
��
GESTÃO ESCOLAR E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO
 JUÇARA DOS SANTOS GONÇALVES
 RAIMUNDO SANTOS DO CARMO
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC
apresentado ao Curso de Pedagogia do
Centro de Ciências Humanas e Educação da
UNAMA, como requisito de obtenção do grau
de Licenciado em Pedagogia – Administração
Escolar, orientado pela Professora Ms
Raimunda Lopes Rodrigues Mendes.
Belém – Pará
Universidade da Amazônia
2001
��
GESTÃO ESCOLAR E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISAO
 JUÇARA DOS SANTOS GONÇALVES
 RAIMUNDO SANTOS DO CARMO
Avaliado por:
 ________________________________
Data: ______/______/______
Belém – Pará
Universidade da Amazônia – UNAMA
2001
��
Criar uma nova cultura não significa apenas fazer
individualmente descobertas “originais”; significa
também, e sobre tudo, difundir criticamente verdades
já descobertas, “socializá-las” por assim se dizer;
transformá-las, portanto, em base de ações vitais,
em elemento de coordenação e de ordem intelectual
e moral.
(Gramsci, 1981)
��
 DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho a todos os
brasileiros excluídos pelo nosso sistema de
educação, e que não tiveram a oportunidade de
construir a sua história de forma crítica e
participativa, em prol de uma sociedade mais justa e
igualitária. Esperamos que, com a conclusão do
curso aprendamos a tomar decisões que venham
contribuir para as novas gerações na construção de
seus conhecimentos.
��
 
AGRADECIMENTO
Ao ser superior, Deus o grande
responsável por todo universo.
A nossa família, pela compreensão e
apoio dado durante as nossas jornadas
acadêmicas.
A todos os profissionais da educação
que direto e indiretamente contribuíram
para a elaboração deste trabalho.
Especialmente.
A nossa orientadora Ms Raimunda
Lopes Rodrigues Mendes, que não mediu
esforços para nos incentivar em
acreditarmos que era possível construir
esta tarefa educacional.
��
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 09
CAPÍTULO I – A DIALÉTICA DE RELEVÂNCIA 11
1 – Apresentação dos autores 11
2 – Justificativa e Problemática da Pesquisa 16
3 – Objetivo da pesquisa 17
3.1. Objetivo Geral 17
3.2 Objetivo Específico 17
4 – Metodologia 18
4.1. Pesquisa Bibliográfica 18
4.2. Pesquisa de Campo 19
CAPÍTULO II – ADMINISTRAÇÃO: SEU CAMPO DE
 RELEVÂNCIA NA GESTÃO ESCOLAR 20
 
1 – Administração e seus aspectos 20
1.1. Recorte Histórico 20
1.2. Administração Escolar 22
1.3. Elementos da Administração Escolar 25
1.3.1. Planejamento 25
1.3.2. Organização 25
1.3.3. Execução 26
1.3.4. Avaliação 26
2 – Gestão 27
2.1. Gestão da Escola 28
2.1.1. Gestão Democrática 31
2.1.2. Gestão Participativa 34
CAPÍTULO III – TOMADA DE DECISÃO – CONCEITOS E
 LIDERANÇAS 38
3.1. Conceitos 38
3.2. Tipos de lideranças 40
3.2.1. Liderança Autocrática 40
��
3.2.2. Liderança Democrática 42
3.2.3. Liderança Laissez – Faire 44
4 – Gestão Escolar e a Liderança 45
4.1. Liderança Participativa 46
4.2. Estilo de comportamento do líder 50
4.2.1 Liderança Diretiva 50
4.2.2. Liderança de Instrução 51
4.2.3. Liderança de Auxílio 51
4.2.4. Liderança Delegada 51
CAPÍTULO IV – TOMADA DE DECISÃO UM PROCESSO
 EM DISCUSSÃO 53
4.1. Tipos de Decisão 54
4.2. Instrumentos para a tomada de decisão 54
4.3. Método de tomada de decisão 55
4.4. Procedimentos para o processo de tomada 58
 de decisão
CAPÍTULO V – A NATUREZA DETERMINANTE DO PROCESSO
 ADMINISTRATIVO – TOMADA DE DECISÃO 66
I – PARTE: SÓCIO ECONÔMICO CULTURAL DOS
 GESTORES DAS ESCOLAS INVESTIGADAS 68
II – PARTE: O PROFISSIONAL E SEU SABER 70
III – PARTE: EXERCÍCIO DA TAREFA
(REVISÃO DO TRABALHO) 74
CONSIDERAÇÕES GERAIS 80
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 85
ANEXOS 87
��
INTRODUÇÃO
Movidos pela inquietação de gerenciar com coerência e de forma
acertada, foi em princípio o que nos levou a optar pelo tema Gestão Escolar e o
Processo de Tomada de Decisão. Esta é uma das preocupações iniciais que
norteiam a proposta deste trabalho.
A medida que fomos levantando dados através das pesquisas, maior era
a nossa preocupação a respeito do Processo de Gestão e suas Tomadas de
Decisões.
É nesse contexto que o nosso trabalho trata dos assuntos relacionados
com a Administração Escolar e seus aspectos, fornecendo orientações
teóricas e práticas para uma forma participativa de gestão. Tomada de Decisão
seus conceitos e lideranças baseadas na evolução desses conceitos que
ocorreram na administração por haver medidas de importância relacionado ao
fator humano.
Estes processos que estão ocorrendo no Brasil como estratégia para a
democratização do ensino, mostra a Tomada de Decisão como um processo
em discussão abordando os tipos de decisões, os instrumentos para a Tomada
de Decisão, os métodos de tomada de decisão.
Para se chegar a um conhecimento prático, este estudo abordará
também uma pesquisa de campo onde se propõe encaminhar e buscar dados
consistentes e concreto, que permeiam a função da administração escolar
envolvendo a delegação de poder e o Processo de Tomada de Decisão.
��
Neste estudo apresentamos: capítulo I A Dialética da Relevância com a
apresentação dos autores, justificativa, objetivos da pesquisa e metodologia
empregada no desenvolvimento do trabalho; capítulo II , versa sobre a
Administração com o seu campo de relevância e seus aspectos, bem como a
gestão, um dos tema gerador do nosso trabalho, capítulo III Tomada de
Decisão e seus conceitos e lideranças abrangendo uma discussão sobre o
processo através dos tipos de decisões, os instrumentos, métodos e
procedimentos para o Processo de Tomada de Decisão; capítulo V, trata dos
passos da investigação sobre a natureza determinante do Processo
Administrativo comporto de três partes: I – perfil sócio – econômico cultural dos
gestores investigados, II O profissional e seu saber e por ultimo a III parte que
aborda o como fazer do gestor e as nossas considerações gerais da
investigação efetuada no trabalho.
Por fim as referências bibliográficos que serviram como alicerço para o
pleno êxito alcançado neste trabalho. Assim posto, convidamos você a ler e a
refletir sobre os diversos assuntos abordados nesta obra e fazer uso nas suas
Tomadas de Decisões
��
CAPÍTULO I
A DIALÉTICA DE RELEVÂNCIA
1. Apresentação dos autores:
a) Meu nome é Juçara dos Santos Gonçalves, nascida em Belém, a cinco de
julho de mil novecentos e setenta e um. Iniciei o meu primeiro grau na Escola
Estadual Bento XV, onde estudei até a 4ª série, voltando novamente no ano de
mil novecentos e noventa e um a Escola Estadual Paulo Maranhão onde
conclui o meu primeiro grau após quatro anos letivos.
Durante o período do meu 1º grau tive dificuldades, pois a escola não
oferecia um ensino de qualidade desejada, fato esse, que contribuiu
negativamente no restante do meu processo de ensino – aprendizagem.
Em razão da minha convivência com a profissão de enfermagem
exercida pela minha mãe, iniciei no ano de mil novecentos e noventa e quatro o
meu 2º grau na área de Ciências Biológicas, na Escola Estadual Paes de
Carvalho, após três anos concluir o mesmo.
É importante ressaltar que, minha mãe foi a pessoa que mais me
incentivou e apoiou nos meus estudos, acreditou na minha capacidade de
evoluir no campo profissional.
No ano de mil, novecentos e noventa e sete, com objetivo de fazer um
curso superior, comecei a fazer cursinho de preparação para o vestibular no
Colégio Vera Cruz e no ano de mil, novecentos e noventa e oito conseguir a
aprovação na Universidade da Amazônia, para o curso de Pedagogia.
��
Em contato com as disciplinas curriculares, passei a descobrir teorias,
métodos e técnicas de aprendizagem, o que me proporcionam um
desenvolvimento bastante significativo.
A partir de tais descobertas que o curso meproporciona, senti a
importância que a educação exerce na vida do homem, pois todo ser humano
consciente tem a necessidade de evoluir no seu conhecimento na busca de
atingir o nível emancipatório, sendo capaz de compreender e distinguir o seu
papel na sociedade da qual está inserido. Foi através de leituras como de
Paulo Freire, Moacir Gadotti e outros pesquisadores da educação que,
elevaram o meu grau de conhecimento, possibilitando assim uma compreensão
mais ampla do processo de formação do ser humano.
Nesta perspectiva, estimula-se a formação do homem e a partir do
desenvolvimento de sua capacidade de utilização do questionamento
reconstrutivo e análise crítica para a Tomada de Decisão, desta forma:
“ a escola como instituição social tem a
possibilidade de construir a democracia como
forma política de convivência humana. (HORA,
1999: 53).
 O que busca é a formação plena do homem capaz de participação
eficiente na sociedade e produtiva nas relações do trabalho.
Nosso interesse em investigar o Processo de Tomada de Decisão
decorre por ser um tema até então desafiador dentro da nossa perspectiva
profissional, pois entendemos que tomar decisão dentro do processo de gestão
é algo que faz parte do cotidiano de todo gestor e como futuros gestores,
��
entendemos que existe a necessidade de nós estarmos capacitados para
tomarmos as mais corretas e coerentes decisões.
É por esse motivo, e ainda por acreditar na educação, é que eu vejo que
a mesma é o caminho para se chegar a uma consciência crítica, podendo
desta forma contribuir para a organização efetiva da nossa sociedade.
Respaldam assim minhas ações como futura profissional da educação.
b) Sou Raimundo Santos do Carmo, nascido em Belém a oito de junho de mil
novecentos e cinqüenta e seis. Iniciei a minha vida de estudante um tanto fora
do previsto, por razões econômicas e até por questão de estrutura familiar.
Somente no ano de mil novecentos e setenta e cinco, é que concluir o meu 1º
grau na Escola Estadual Placídia Cardoso.
No ano seguinte, prosseguindo minha caminhada de estudante, iniciei
meu 2º grau na Escola Técnica Federal do Pará, fazendo o curso de Técnico
em Mecânica. No entanto, por razões econômicas, fui obrigado a abandonar o
curso, com isso, acabando um sonho de infância, que era estudar na referida
instituição.
Com o propósito de continuar meus estudos, mesmo diante das
dificuldades, reiniciei no ano de mil novecentos e setenta e sete, o curso de
Técnico de Administração, hoje equivalente ao curso médio, na Escola
Estadual de 2º Grau Deodoro de Mendonça e no ano de mil novecentos e
setenta e nove concluir o mesmo.
É importante ressaltar que, esta fase de estudante, hora discreta, foi na
pessoa da minha mãe que tive o maior incentivo e apoio, por acreditar na
educação como o caminho mais eficaz para vencer na vida.
��
Por ter constituído família e trabalho, parei durante dezessete anos de
estudar e somente no ano de mil novecentos e noventa e cinco, foi quando eu
decidir fazer um curso superior, ou seja, passei a fazer cursinho com objetivo
de preparar-me para o vestibular, o que culminou com a minha aprovação no
ano de mil novecentos e noventa e oito, no curso de Pedagogia, na
Universidade da Amazônia.
Esta decisão foi mais em razão da necessidade de evoluir, crescer
profissionalmente, pois na profissão que exerço, mantenho constantemente
relacionamento com pessoas, onde sou gestor de um processo que envolve
seres humanos e atividades correlatas. Com certeza este foi o motivo mais
importante que me levou a escolher este curso, e ainda por acreditar - sem
querer ser dogmático – que a educação é a ferramenta mais eficaz na busca
da emancipação de um povo e assim ter a capacidade de compreender as
relações entre os homens.
Durante estes anos de estudo, tive contatos com vários leituras de
autores como Paulo Freire, Moacir Gadotti, Vigotks e outros pesquisadores da
educação, que contribuíram para a elevação do meu grau de conhecimento e
possibilitando uma compreensão mais ampla do processo de formação do ser
humano. Para refletirmos sobre o contexto vejamos o que Freire (1991) diz:
“ A Escola Pública que desejo é a escola onde
tem lugar de destaque, a apreensão critica do
conhecimento significativo, através da relação
dialógica. É a escola que estimula o aluno a
perguntar, a criticar, a criar; onde se propões a
��
construção do conhecimento coletivo,
articulando o saber popular e o saber pelas
experiências no mundo” (p.81).
A partir de tais descobertas que o curso me proporciona verifiquei a
importância que a educação exerce sobre a vida do homem, pois todo ser
humano consciente tem a necessidade de evoluir no seu conhecimento na
busca de atingir o nível emancipatório, capaz de compreender e distinguir o
seu papel na sociedade da qual está inserido.
Nesta perspectiva, estimula-se a formação do homem e a partir do seu
desenvolvimento intelectual, moral e político, aguçando esta capacidade para
questões sociais, formando um ser crítico para o processo de Tomada de
Decisão, bem como a formação plena do homem capaz de participação
eficiente na sociedade e nas relações de trabalho.
Nosso interesse em investigar a Tomada de Decisão na Administração
Escolar, por ser um tema, até então desafiador, dentro da nossa perspectiva
profissional, por entendermos que tomar decisão dentro do processo de gestão
é algo que faz parte do cotidiano de todo gestor, e como futuros gestores,
entendemos que existe a necessidade de estarmos de posse de gama de
informações, possamos desempenhar com precisão e coerência as decisões
pertinentes aos processos em questão.
Ao concluirmos este, esperamos que tenha acrescentado um rol mais
amplo de dados bibliográfico para contribuir na nossa vida profissional e
pessoal, e que estes conhecimentos que subsidiem reconhecer o nosso papel
��
na sociedade e ao mesmo tempo, contribuir positivamente para a formação
desta sociedade.
2 – Justificativa e Problemática da Pesquisa
Num modelo de gestão em que os lideres são anti - democráticos, onde
o compromisso sócio – político com os interesses reais e coletivos estão
comprometidos, pesa sobre nós administradores a decisão dos rumos do
processo educacional vigente. É certo que essas constatações não são por
acaso que aparecem, são na verdade próprias de um modelo administrativo,
que se fundamente nas falácias de um sistema comprometido e excludente que
é o ensino brasileiro, onde uma pequena camada da população e beneficiando,
enquanto que a maioria tida como pobre são penalizadas e excluídas do
processo ensino-aprendizagem.
É comum acreditar que tomar decisão parece ser simples para aqueles
que tomam decisão de forma intuitiva ou então através das experiências
acumuladas, ou baseadas em temas já comprovados, como cita Werneck,
(1997). “Quem decidi pode errar, Quem não decidi já errou”.
 Mas, o que se observa é que o processo de tomada de decisão arrolar
conhecimentos teóricos profundos, por se tratar de assunto complexo e digno
de investigação.
 Os processos investigados nos revelam que o conhecimento sobre a
temática, requer um levantamento mais técnico – científico, respaldado por
atos ou fenômenos que desencadeiam e norteiam o estudo.
��
Consideramos que o processo Tomada de Decisão ocorre quando
surgem uma situação problema que precisa ser referência ou investigada,
assim o gestor no seu papel de chefe ou mesmo de assessor deverá recorrer
a princípios teóricos x práticos que oriente a sua caminhada para a solução.
Baseado nessa perspectiva e embuído de solucionar uma temática
inovadora, é que escolhemos esse tema como investigação e assim contribuir
para demonstrar que a administração pode se tornar mais justa e eficaz,
somando desta forma positivamente para as mudanças e transformações que
se faz necessário dentro do processo educacional desenvolvido no país.
3 – Objetivo da Pesquisa
3. 1. – Objetivo Geral
Investigar a Gestão Escolarquanto aos procedimentos que ocorrem na
Tomada de Decisão em administração.
3. 2. Objetivos Específicos
- Identificar o Processo Tomada de Decisão em Gestão Escolar vinculados a
Escola Pública.
- Detectar como ocorre os processos de Tomada de Decisão dos gestores nas
Escolas Públicas.
- Analisar a Administração Escolar e suas aproximações sucessivas na
Tomada de Decisão.
��
4 – Metodologia
Este trabalho, a princípio se norteará através da investigação
bibliográfica e de campo a luz da pesquisa qualitativa e quantitativa, por
entender que os indivíduos são formados por estruturas significativas que
determinem sua conduta.
O ponto inicial tratará de identificar as influências de uma tomada de
decisão no processo de gestão escolar, investigando com mecanismos
(questionários) as manifestações das idéias e dos valores em relação a
observação e a interação dos investigadores.
Será desenvolvido entre duas etapas, pesquisas bibliográficas e de
campo.
4.1 – Pesquisa Bibliográfica:
Será realizada uma leitura na literatura sobre a temática que enfoque os
autores pesquisadores do tema Gestão Democrática, em seguida será feito
fichamento e compilação das obras pesquisadas para a organização do
capítulo teórico.
Os conceitos serão analisados em termos teórico e prático e
organizados a partir de uma visão global do objetivo pesquisado, sem
entretanto, perder as peculiaridades e os aspectos particulares que deverão
enriquecer a compreensão do fenômeno pesquisado.
��
4.2 – Pesquisa de Campo
Será realizada na Escola Jarbas Passarinho, Colégio Nazaré, CEDAR,
Centro Educacional Vovó Paula, Escola Hermínio Calvinho Filho e Escola
Antônio Teixeira Gueiros, através de entrevistas com o corpo técnico
administrativo, afim de que possamos desenvolver uma análise através do
seguinte roteiro.
- aspecto geral – tipos de liderança;
- procedimentos administrativos adotados;
- trabalho administrativo e o coletivo escolar;
- tomada de decisão no processo educativo.
A análise da investigação pretendida obedecerá estágios sistemáticos
de coleta de dados, já abordados, buscando se detectar os princípios achados
que fundamentarão essa pesquisa.
Ao final, será realizado a elaboração do capítulo de campo, comparando
os procedimentos de campo com a teoria estudada.
Temos clareza, que esse trabalho de pesquisa indicará caminhos para a
realização da Gestão Democrática como um processo de Tomada de Decisão
na escola de forma clara e buscando o campo democrático.
Nesta perspectiva, estimula-se a formação do homem a partir do
desenvolvimento de sua capacidade de utilização do questionamento
reconstrutivo e da análise crítica para a Tomada de Decisão. O que se busca é
a formação plena do homem, capaz de participar eficiente na sociedade e
produção nas relações de trabalho.
��
CAPÍTULO II
 ADMINISTRAÇÃO: SEU CAMPO DE RELEVÂNCIA NA
 GESTÃO ESCOLAR
1 – Administração e seus aspectos
 De acordo com PARO (1996), a administração geral pode ser vista, tanto
na teoria quanto na prática, dois campos se interpenetram, a racionalização do
trabalho e a coordenação, levando em conta respectivamente, os elementos
materiais e conceptuais, de um lado, e o esforço humano coletivo de outro.
1.1. Recorte Histórico
A administração surgiu nas sociedades mais primitivas em razão da
necessidade de resolver problemas de interesse comum. Começando pela
família, pela tribo, igreja, exército ou do Estado e acompanhando o
desenvolvimento da complexidade da sociedade humana, com passar dos
tempos surgiram novas propostas de administração.
 As exigências modernas, tanto do setor público como no privado, foram
determinantes para o surgimento de estudos formais no campo da
administração, onde TAYLOR, estabelece dentro dos princípios, a eliminação
de desperdícios, o caráter científico dos processos produtivos e a eficiência da
empresa. Por sus vez FAYOL propõe a precisão, a organização, o comando, a
coordenação e o controle com suas fases fundamentais através da
administração como ciência.
��
 Outros estudos surgiram: WEBER cria a burocracia que estabelece uma
estrutura de poder e autoridade onde propões que o trabalho só se torne
possível se baseado na competência técnica do indivíduo, e os cargos, na
organização, baseiam-se nos princípios de hierarquias e níveis de autoridades
graduadas. MAYO (1940) apresenta a abordagem sistêmica que permite uma
análise dos sistemas sociais considerando o relacionamento com o ambiente.
Mas adiante KUNT LEWIN estabelece uma ligação entre a teoria social e a
ação social através das ciências do comportamento, contribuindo relativamente
para os estudos da administração.
Historicamente, a Administração da Educação no Brasil, em nome da
racionalização, tem oscilado entre as ênfases na burocratização, na
tecnocracia, na estrutura escolar e na gerência de verbas, com maior ou menor
centralização e com todas as variações do uso das leis, das máquinas e dos
modelos.
Hoje, mais do que nunca reivindicam-se e esperam-se melhorias
também na qualidade de serviços educacionais de modo geral e da formação
básica de modo particular, apostando e considerando a capacidade de cada
pessoa para a construção do conhecimento, na condição de agente, de sujeito
que pensa, age, faz, reflete.
O mundo da educação diz respeito as pessoas e ao seu contexto sócio-
cultural, aos sujeitos, aos acontecimentos, aos conflitos de liberdade e de
decisão e as condições de vida, tanto em plano individual como coletivo.
��
A globalização do processo educativo torna imperioso que se busque um
nível de interdisciplinaridade e complementaridade epistemológica para dar
conta da consecução dos fins educacionais.
1.2. Administração Escolar
 Como parte da administração pública a administração escolar é o estudo
da organização e do funcionamento de uma escola ou de um sistema escolar,
de acordo com uma finalidade de satisfazer as exigências da política da
educação e aos requisitos da moderna pedagogia. É uma administração
especializada, referindo-se também a empreendimentos particulares visto que
várias instituições mantém estabelecimentos de diferente grau de ensino porém
com os mesmos princípios administrativos.
 A Administração Escolar pressupões uma filosofia e uma política que a
norteiam, seguindo prioridade estabelecida para a educação resultante de uma
reflexão profunda, sistemática e contextual dos problemas educacionais da
realidade.
 PARO Apud Silva Júnior (1994) assim se expressão quanto a
Administração Escolar:
Se a ótica de quem estabelece a política
educacional prioriza o intelectualismo e o
professor como centro do processo educacional,
tem-se uma educação tradicional. Se prioriza o
aluno ativo e centro do progresso educativo,
tem-se uma educação escolar novista. Se
prioriza o aluno concreto, projeto político na
sociedade, tem-se uma educação progressista.
MAYO in: Silva Junior,1993.
��
 A administração tem por finalidade conseguir economia do tempo,
enquanto que a administração escolar o objetivo é educar as crianças, os
jovens e os adultos. É tarefa diferente de qualquer outra administração, muito
mais complexa. A administração escolar envolve não só as crianças, pais,
mestres e funcionários, mais toda a coletividade, envolve também os próprios
interesses nacionais.
 A educação é um trabalho não - material em que o produto não se
separa do processo de produção, não se escrevendo portanto na esfera da
produção material de cujo âmbito emergiu o modelo empresarial de
administração.
A apropriação do conhecimento sobre o trabalho pelo administrador,
sua categorização, classificação, estruturação etc., constituem para Taylor o
primeiro grande princípio da organização do trabalho “dos outros”. Por ele o
processo de trabalho se dissocia das especialidades dos trabalhadores.
BRAVERMAN, destaca efetivamente o que ocorreu na escola das
relações humanas. Pois,não ocorreu o deslocamento da preocupação com a
situação de trabalho para a preocupação com a pessoa do trabalhador. O que
houve foi a descoberta, logo incorporada após fatores de incremento da
produtividade.
Indiferente à felicidade ou a infelicidade pessoal do trabalhador, o
capitalista persegue o objetivo básico (e necessário a expansão do seu capital.
Pode-se reduzir, sem duvida, a diferença entre trabalho necessário e
trabalho excedente, aumentando a remuneração do trabalhador pela
utilização de sua força de trabalho.
��
A gerência “científica”, nos termos de Taylor e as “relações humanas no
trabalho”, como querem Mayo e seguidores , encarregam-se de referendar e
legitimar o paradoxo da condição humana no trabalho.
 Diante desta constatação está fadado a erro aqueles que desejo aplicar
à Administração Escolar as inovações hoje introduzida na Administração de
Empresa, pois a diferença entre ambos é inegável. Na escola não se tem
setores de produção como compra, venda, distribuição, mercado que tem nas
empresas onde o lucro faz peso nos objetivos. A escola deve ter objetivos
muito mais elevados: - formar cidadãos íntegros, que venham ser úteis à
comunidade e capazes de dirigir os destinos da pátria, ou seja, trabalhar com
pessoas e suas diferenças individuais. Deve-se considerar a mão de obra
especializada exigida (hoje pela lei federal 9394/96 – cap. X, para todos os
profissionais da educação) . Essa mão-de-obra é tanto mais eficiente quanto
mais possuída pelo elevado ideal de educar.
Assim examinar a importância da administração na escola e suas
peculiaridades, há que se considerar a influência e a relação da escola no seu
contexto social e político, especialmente, a subjetividade na construção do
conhecimento, os valores e a hierarquia desses valores que presidem o
estabelecimento de metas e prioridade.
O comportamento administrativo manifesta seu alcance pedagógico de
várias maneiras, considerando os conceitos relevantes e esclarecedores,
relativos a administração, que podem subsidiar a prática administrativa escolar.
1.3. Elementos da Administração Escolar
��
 Segundo MACIEL (1986) nos revela que os elementos estabelecidos por
FAYOL para administração em geral científica são basicamente os mesmos
elementos da administração escolar, apenas substituindo a previsão por
planejamento. Mas não se trata somente de substituir palavras, pois há uma
diferença significativa, na prática:
1.3.1. Planejamento:
Tem como ponto de partida o conhecimento da realidade onde o
processo educativo se desenvolverá. Para tal é necessário que se façam
coletas de informações sobre os aspectos significativos da realidade,
seguindo-se `a análise e interpretação das mesmas e cujo o resultado será
subsidio ao planejamento. O planejamento deverá considerar os múltiplos
aspectos que deverão ser abrangidos pela ação administrativa.
 O Planejamento deverá ser realizada com maior esmero, devido a
importância que representa quanto ao êxito da administração escolar e aos
benefícios que oferecerá aos educadores e a sociedade.
1.3.2 – Organização:
É o ato de compor a estrutura da instituição escolar. Estruturação das
unidades operacionais colocando-os no setor correspondente. Seleção de
pessoal capaz de desempenhar satisfatoriamente as tarefas. Estabelecimento
claro das funções de cada um, especificando as inter-relações hierárquicas.
Elaboração de documentos, o manual de organização que contenha todas as
informações necessárias ao bom funcionamento da instituição. Providências
��
quanto aos recursos físicos, materiais e financeiro que garantam o êxito do
empreendimento. A estrutura do sistema educacional já está estabelecido e
qualquer alteração necessita da aprovação do Poder Legislativo.
1.3.3 – Execução:
Nesta etapa o administrador deve utilizar-se dos melhores recursos da
comunicação, bom senso, da empatia, e, acima de tudo, integra-se ao grupo,
pois o autoritarismo e a omissão são abomináveis.
 Mas a priori o administrador escolar deve verificar se todos os recursos
necessários estão disponíveis, antes de iniciar a execução da atividade
educativa, a fim de que os seus executores não tenham seus trabalhos
prejudicados.
 O administrador durante a execução deve ter uma postura de
acompanhamento, apoio e cobrança, bem como de coordenação de esforços
visando ao alcance de objetivos comum.
1.3.4 – Avaliação:
É realizada sobre os aspectos quantitativos e qualitativos. Em termos
qualitativos são considerados: número total de matrículas, freqüência,
rendimento escolar, evasão e repetência, recursos financeiros aplicados,
cumprimento de cronograma. Em termo qualitativo a avaliação se traduz na
credibilidade que a ação educativa adquiriu no seio do sistema social em que
se desenvolveu, em face da satisfação, das necessidades e expectativas do
mesmo, sem deixar de estabelecer critérios de parâmetros, valores de
��
concepção educativas que venham atender somente as classes dominantes
em detrimento das classes populares.
 Estabelecidos os objetivos e desencadeadas as ações, é preciso saber
se realmente essas ações se dirigem para os objetivos e até que ponto esses
objetivos estão sendo alcançados na educação.
 Durante longo período a administração da educação, construiu uma
tarefa bastante rudimentar. As transformações que surgiram, tanto no interior
do sistema do ensino, quanto no meio social provocaram mudanças na
concepção da educação, do papel da escola na sociedade bem como do seus
gestores.
2 - Gestão
 O conceito está associado ao fortalecimento da democratização do
processo pedagógico, à participação responsável de todos nas decisões
necessárias e na sua efetivação mediante a um compromisso coletivo com
resultados educacionais cada vez mais significativos.
 Gestão é uma expressão que ganhou destaque no contexto educacional
acompanhando uma mudança de paradigmas no caminho das questões desta
área, ou seja, é caracterizada pelo reconhecimento da importância da
participação consciente e esclarecida das pessoas nas decisões sobre a
orientação e planejamento do seu trabalho.
A tomada de consciência política reveste de importância fundamental
para a participação e a criação de um sistema gemônico, constituindo assim
uma consciência crítica que não se dar espontaneamente, mais ocorre em uma
��
ação organizada, assim a gestão como um novo modo de ser do novo
intelectual que deve consistir ativamente na vida prática. Como construtor e
organizador permanente. (Gramsci, 1978 a: 18) a mesma unidade que deve
existir entre teoria e prática Gramsci(1978 b:18) na qual são elaborados e
tomados correntes “os princípios e os problemas que as nossas colocam” com
sua atividade prática, constituindo assim um bloco cultural e social ( Gramsci,
1978 c: 18). Considerando ainda que, “todos os homens são intelectuais”
(Gramsci,1978 b:7).
2.1. Gestão da Escola
Considerando o já exposto, podemos afirmar que ser administrador não
é a razão da existência da escola, mas sim o ser espaço - tempo da prática
pedagógica em que a criança e o jovem relacionam-se entre si, com os
professores, idéias, valores, ciências e arte cultural, livros equipamentos,
problemas e desafios, concretizando a missão da escola de criar a
oportunidade para que ele se desenvolva, construam e reconstruam o saber.
Não será a eliminação dos especialistas, nem a abertura ou delegação
de suas funções especificas a todos os professores, ou ainda a eleição direta
para diretor de escola a garantia de sucesso no alcance de resultados
satisfatórios da prática pedagógica de sua gestão democrática
Caminhar na direção da democracia na escola, na construção de sua
identidade como espaço - tempo como organização e com um projeto político
pedagógico próprio, com base nas convicções que envolvem o processo como
construção coletiva, VEIGA (2001:51), assim supõe ser necessário:
��
• Rompimentocom as estruturas mentais e organizacionais fragmentadas;
• Definição clara e princípios e diretrizes contextualizada, que projetem o vir –
a - ser da escola;
• Envolvimento e vontade política da comunidade escolar para criar a utopia
pedagógica que rompe com os individualismo e estabelece a parceria e o
diálogo franco;
• Conhecimento da realidade escolar baseado em diagnóstico sempre
atualizado e acompanhado;
• Análise e avaliação diagnostica para criar soluções às situações -
problemas da escola, dos grupos, dos indivíduos;
• Planejamento participativo que aprofunde compromissos, estabeleça metas
claras e exeqüíveis e crie consciência coletiva com base nos diagnósticos:
geral, das áreas, por componentes curriculares, por setor escolar, por
grupos de professores, por pessoas nos grupos.
Diante destas categorias podemos afirmar o quão é preciso pensar que
existe uma administração escolar instalada, e que essa é conduzida por
profissionais autorizados a um exercício legal com o mínimo de processo
decisório. Sobre o que e a partir de que o administrador decide e o que deverá
ser encetado, como:
As decisões mais freqüentes do diretor da escola são as do ponto de vista
técnico que segundo CELESTINO JUNIOR (1990), são “decisões operativas”
que dizem respeito apenas ao modo de execução de deliberações
estabelecidas em instância mais altas do sistema.
��
O que temos observado é que o mais das vezes, o diretor da escola decide
como será a atuação mais aceitável que virá colaborar para que administração
do sistema resolva seus próprios problemas.
Gramsci, o dirigente é ao mesmo tempo participe e o condutor do processo
que dirige. Para isso ele precisa decidir delegando de forma simples uma força
institucionalizada. Que é credenciado pelo seu saber, ele detém o poder de
decisão, pois é ele quem autoriza, credencia e detém a confiança de seus
pares.
Ainda hoje, na administração escolar, encontra-se gestores exercendo sua
própria autoridade, misturando os diversos modelo e estilo de gestão, nosso
trabalho no entanto se prende a falar de gestão que esteja voltada para uma
participação coletiva o que tornará mais abrangente o Processo de Tomada de
Decisão.
 É importante notar que a idéia de gestão educacional desenvolve-se
associada a outras idéias globalizantes e dinâmicas em educação, como por
exemplo, o destaque a sua dimensão política e social, a ação para a
transformação, participação, práxis, cidadania, etc.
 Pela crescente complexidade das organizações e dos processos sociais
caracterizado pela diversificação e pluralidade de interesses que envolvem e a
dinâmica das interações desses interesses, não se pode aceitar que essas
organização sejam administradas dentro de uma visão conceitual da
administração científica, onde a organização e as pessoas que nela atuam,
são consideradas como componente de uma máquina manejada e controlada
de fora para dentro. Ainda segundo esse enfoque os problemas recorrente
��
seriam sobretudo encarados como insumos em desconsideração ao seu
processo e dinamização de energia social.
Os estabelecimentos de ensino, como unidades sociais, são organismos
vivos e dinâmicos e como tal devem ser entendidos ao se caracterizarem por
uma rede de relações entre os elementos que nelas interferem, direta ou
indiretamente a sua direção demanda um novo enfoque de organização. E é a
essa necessidade que a gestão tenta responder.
Tipos de Gestão Escolar
1 – Gestão Democrática
2 – Gestão Participativa
2.1.1 Gestão Democrática
 Hoje nas escolas ocorre a administração autocrática, centralizada, na
qual todas as decisões e todo o poder estão nas mãos do diretor. Com a LDB
9394\96, ficou estabelecido a democratização da gestão escolares. Esta gestão
busca a apropriação coletiva das salas de aula pelos pais, professores,
funcionários e alunos, que possuem liberdade tomada de decisão no processo
educacional, para melhorar a qualidade de ensino.
 Nesta gestão democrática, em uma administração colegiada, a educação
é tarefa de todos, família, governo e sociedade, para tanto é necessário o
envolvimento de todos os sujeitos participantes do processo educacional, que
devem entender e participar deste como um trabalho coletivo, pois é dinâmico
e exige ações concretas. Para tanto, é necessário que a gestão democrática
seja vivenciada no dia-a-dia das escolas, seja incorporada ao cotidiano e se
torne tão essencial à vida escolar, quanto é a presença de professor e alunos.
��
 Na gestão democrática é importante a presença organizada da
sociedade na escola, acompanhando e participando do processo educacional,
onde o diretor descentralizando o poder distribuído responsabilidades entre
todos. Outro fator importante é a estrutura física, pois em um ambiente
agradável a aprendizagem torna-se eficaz, contribuindo para que o aluno
permaneça na escola. Para isso é necessário também criar condições.
Condições essas que implicam entre
outras providências, em: Construção
cotidiana e permanente de sujeitos sócio -
políticos capazes de atuar de acordo com
as necessidades desse novo que – fazer
pedagógico – político, redefinição de
tempos e espaços escolares que sejam
adequados a participação, condições
legais de encaminhar e colocar em prática
propostas inovadoras, respeito aos
direitos elementares dos profissionais da
área de ensino (plano de carreira, política,
salarial, capacitação profissional). (Ciseski,
1997: 66 e 67).
 Em uma gestão democrática todas as pessoas ligadas a escola podem
fazer-se representar e decidir sobre os aspectos administrativos, financeiros e
pedagógicos. Isto ocorre devido a integração da sociedade com a escola
mediante a efetivação do Conselho Escolar com representações da
comunidade.
 A autonomia da escola pública é produto de um processo que se
constrõe a partir de três eixos fundamentais: a capacidade de identificar os
problemas e de apresentar alternativas para solucioná-las e a capacidade de
��
administrar recursos financeiros próprios consonantes com as alternativas, ou
seja, trata-se de elaborar um planejamento que gere as condições necessárias
para o exercício de uma gestão democrática e participativa, na qual o colegiado
tem poder relevante, sendo que o êxito da gestão depende de seu pleno
funcionamento. Assim o colegiado não torna-se somente um canal de
participação, mais um instrumento de gestão da própria escola.
 A democratização da gestão escolar aponta alguns preceitos e alguns
parâmetros que possibilitam uma escola de melhor qualidade como: capacitar
todos os seguimentos, que por sua vez as secretárias de educação deve se
responsabilizar com a capacitação dos indivíduos interno e externo da escola,
consultar a comunidade escolar, institucionalizar a gestão; agilização das
informações e transparências nas negociações.
 A democratização da gestão escolar é de grande importância no início de
uma jornada transformadora, para melhoria na qualidade no desempenho
escolar, lembrando que não é o único caminho, pois algumas condições legais,
políticas e estruturais devem ocorrer em um ambiente favorável, com apoio dos
secretários de educação, bem como não devemos esquecer que para este
processo acontecer com significância é preciso a motivação e a capacitação
das pessoas.
 O processo de gestão democrática não é simples, de curto prazo, mais
também não é tão complexo ou irrealizável, de prazo indeterminado.
Constituem-se em uma ação, uma prática a ser construída pela escola, que
para acontecer deve associar-se a elaboração do projeto político – pedagógico
da escola à implantação do conselho escolar, pois os mesmos efetivamente
��
influenciam a gestão escolar como um todo, por fim com as medidas que
garantam a autonomia pedagógica e financeira da escola, sem eximir o Estado
de suas obrigações do ensino público.
 2.1.2 Gestão Participativa
A proposta de um modelo democráticojustificaria pelo modelo de
sociedade, pois quando essas são democráticas espera-se que suas
Instituições também assumam posturas semelhantes. Se esta verdade
prevalece para as empresas privadas de uma Sociedade Democrática, ele se
torna uma exigência quando se trata das Escolas, pois tem a finalidade última
de educar pessoas para viver no ambiente democrático.
A complexidade do processo de ensino depende, para o seu
desenvolvimento e aperfeiçoamento de ação coletiva, de espírito de equipe,
sendo este o grande desafio da gestão educacional.
Segundo PRAIS (1990), para acontecer a Administração Participativa na
escola é preciso que o diretor, professores, alunos e pais se proponham a isso.
O diretor pode estimular ou entravar o processo, mais o êxito da experiência
dependerá do aprendizado vivencial de participação construtiva de cada um e
de todos os componentes da Instituição. Para tanto o que importa não é o
resultado obtido a curto ou a médio prazo mas sim, o esforço empregado para
se alcançar o resultado desejado.
A descentralização dos processos de gestão ficam assim vinculados a
tomada de decisão em educação, a democratização dos processos de gestão
da escola, estabelecido na Constituição Nacional, e a conseqüente construção
��
da autonomia da escola demando o desenvolvimento de espírito de equipe e
noção de gestão compartilhada nas instituições de ensino em todos os níveis.
A própria concepção de gestão educacional como um processo de mobilização
do talento e da energia humana é capaz de promover nas instituições
educacionais experiências positivas e promissoras demandada da realização
de trabalhos conjuntos e integrado, considerando que a sinergia do grupo
constitui-se em um forte elemento cultural.
O papel do diretor neste processo é muito importante, isso se ele
acreditar que não há administração satisfatória sem a participação de todos, e
de que não haverá participação condizente de todos, sem o papel de
coordenador. Para que aconteça essa participação é preciso que o gestor se
proponha, conscientimente, a impor o menos possível; a aceitar a amorosidade
de um processo participativo; a superar o medo de ser julgado e ainda de
perder alguns privilégios; a de ter de conviver com idéias diferentes ou
contraditórias as suas e a de conter sua tendência mais ou menos
centralizadora, individualista ao tomar decisões.
A prática individualizada e mais ainda individualista e competitiva
empregadas em nome da defesa de área e territórios, expressadas de forma
camuflada, deve ser superada gradativamente em nome de uma ação coletiva
pela qual no final, todos ganhe no aprimoramento do exercício da democracia
ativa e da socialização como um caminho para o desenvolvimento individual.
Vale ressaltar que a participação não é o resultado de processos
automático espontâneo, mais sim uma conquista diária e conseqüência do
fortalecimento do sentido de responsabilidade dos indivíduos.
��
A descentralização dos processos de direção e de tomada de decisão
em educação bem como a democratização dos processos de gestão da escola,
demandam o desenvolvimento de espírito de equipe e noção de gestão
compartilhada nas instituições de ensino, em todos os níveis.
Para nós é o grande desafio mudar o estilo de gestão atual para os
modelos aqui em discussão. Os gestores em sua maioria, passam muitos anos
usando as abordagem autocráticas que vivenciaram e aprenderam, logo um
diretor com muitos anos de experiências de administração escolar tradicionais,
precisará de um tempo para livrar-se desses maus hábitos. Os conceitos de
liderança implicados nesses modelos precisará de um longo período de tempo
para orientação e treinamento.
A própria concepção de gestão educacional como um processo de
mobilização de talento, promove nas instituições educacionais experiências
positivas e promissoras de formação de seus jovens alunos, demandando a
realização de trabalhos, conjuntos e integrados. Por outro lado, o diretor da
escola como líder da comunidade escolar, é o instrumento essencial no
processo de mudança na instituição escolar. Por possui um papel essencial na
qualidade da educação oferecida na escola. Uma forma importante pela qual o
diretor pode efetuar mudanças nos estilos de gestão é tornando-se um modelo.
Ao dar o exemplo, este gestor estimula outros participantes do processo a
experimentar as novas concepções de administração.
Como construção social que é, a escola constrõe-se a si mesma ao
mesmo tempo em que constrõe os instrumentos de seu trabalho único. O que
preocupa as escolas é a questão do trabalho, fundamentalmente, encontrar as
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formas de encaminhamento de seus alunos ao mundo do trabalho. A escola é
um local de trabalho, e como tal, tem que ser concebida, organizada e
administrada sem usar o seu propósito critérios e caráter geral. Ela deve ser
pensada a partir desses conceitos no que se refere ao esforço humano,
coletivo e em prol da finalidade.
Cabe lembrar que democracia se aprende em muitas instâncias sociais,
mas é tarefa da escola promover esse aprendizado de forma sistemática, por
que somente uma Escola Democrática é capaz de formar pessoas
democráticas, portanto mudar apenas a denominação, em si, nada significa,
acima de tudo é necessário que a nova forma de representação de escola e de
gestão denote originalidade e a efetiva atuação.
��
CAPÍTULO III
TOMADA DE DECISÃO – CONCEITOS E LIDERANÇAS
Na organização escolar, que se quer democrática, em que a participação
é elemento inerente à consecução dos fins, em que se busca e se deseja
participar coletivas e individuais baseia-se em decisões tomadas e assumidas
pelo coletivo escolar, exigi-se da equipe diretiva, que é parte desse coletivo,
liderança e vontade firme para coordenar, dirigir e comandar o processo
decisório como tal e seus desdobramentos da execução. Liderança e firmeza
no sentido de caminhar e viabilizar decisões pedagógica, com ética e
profissionalização para assegurar e respaldar pedagógica e teoricamente os
agentes organizacionais.
3.1. Conceitos
A partir da década de 1930 a gestão, vem sendo estudada pela ciência
administrativa, vem recebendo diferentes apreciações e tratamentos e, hoje,
ainda concentra grande parte da atenção dos estudiosos da administração.
 Assim, o Processo de Tomada de Decisão exerce o topo da pirâmide da
interação, pois controla o grupo, coordena as decisões aproximando as
normais concretas abstratas, desenvolvendo resultados e promovendo o
equilíbrio com a sua liderança.
 Portanto, o processo de Tomada de Decisão, para Bueno F. A (1983)
pode ser analisada em dois momentos:
��
 Tomada - é uma conquista ou represa para fins industriais; Decisão - é
firmeza ou coragem na sentença ou resolução.
Segundo nossas reflexões podemos dizer que Tomada de Decisão é um
ato que exige firmeza ou coragem na resolução do problema, objetivando
conquistar resultados positivos tanto pessoal quanto econômico.
 Assim segundo FERREIRA. A. B. H. (1988) Tomada de Decisão é o ato
ou efeito de tomar, de decidir, resolução, determinação, deliberação,
desembaraço, disposição, coragem capacidade de decidir.
Paradigmaticamente KAZMIER L. J. (1975) afirma que:
“a habilidade em tomar decisões é a chave para
o planejamento bem sucedido em todos os níveis
da gestão. Isto envolve mais que uma simples
seleção de planos de ação que assume pelo
menos três fases: diagnóstico; descobertas de
alternativas e análises”.
Para o mesmo o diagnóstico é a primeira fase do Processo de Tomada
de Decisão que tem como função de identificar e aclarar o problema.
Descobertas de alternativas a criatividade do administrador é muito importante.
A análise, a qual inclui a comparação dos possíveis cursos de ação e a escolha
de uma das alternativas.
Assim, O Processo de Tomada de Decisão vai ser arrolada nos campos
da liderança. A história reflete tentativa para explicar a natureza da liderança.
Alguns autorestem dado ênfase a teoria do grande homem, conforme esta
teoria as principais tendências da sociedade teve início por grandes homens. A
��
teoria da liderança de que a época produzia o homem é defendida pelos seus
defensores, onde concluíram que os chamados grande homens eram o produto
do seu tempo de condições e tendências culturais, no qual eles vieram
trabalhando.
 A evolução destes conceitos ocorrem no conteúdo e no conceito de
administração, foi acompanhado por modificações no conteúdo e no conceito
de liderança. A medida que a importância do fator humano fazia-se sentir-se
em administração, as técnicas de lideranças tiveram que passar por revisão,
por conta disso foram feitas pesquisas rigorosas no campo do comércio e da
industria, estudando as reações dos indivíduos através de observação e
registro com relação aos vários tipos de liderança.
 Esses estudos mostraram que o líder deve valorizar o trabalho dos
indivíduos e das equipes, ressaltando os aspectos positivo do que foi realizado
e influindo na construção de um ambiente estimulante para a realização das
atividades, portanto a produção não depende apenas da qualidade da matéria
– prima e da perfeição do funcionamento das modernas máquinas, a
produtividade em geral de um grupo tem correlação com determinados tipos de
liderança.
3. 2 - Tipos de Liderança
3.2.1 – Liderança Autocrática
 É o tipo de liderança ditatorial. O ato de liderar está centralizado
exclusivamente na pessoa do líder. O cuidado e as considerações para com os
sentimentos das pessoas subalternas não existem. Espera-se a máxima
��
produção de cada indivíduo isoladamente, sem nenhuma atenção para com as
vantagens que poderiam resultar de um bem organizado trabalho de grupo.
 As técnicas empregadas resumi-se quase unicamente ao ato de dar
ordens, de dizer às pessoas o que devem fazer e ao ato de fiscalização e de
controle, como verificação relativamente ao cumprimento de ordens.
 Dentro de um ambiente rígido exercido pela liderança autocrática, os
colaboradores não tem oportunidades para desenvolverem o espirito de
iniciativa. As pessoas assim dirigidas não sentem estímulo para o
desenvolvimento de suas próprias qualidades de liderança. O líder oficial dá a
tarefa em partes, exigindo o cumprimento de uma parte sem revelar qual o
passo seguinte. Explicações sobre porquês e objetivos não são dadas. Na
avaliação dos resultados do trabalho o líder é subjetivo. Sua crítica e
reconhecimento são pessoais. O ambiente de trabalho é de comando, em que
as ordens muitas vezes se contradizem, interrompendo assim a boa caminhada
das atividades.
 Durante suas pesquisas Ronald Lippitt e Ralph K. White, estudiosos do
assunto observaram que as reações do grupo submetidos à Lideranças
Autocráticas eram de grande dependência em reação ao líder, verificando-se a
ausência de iniciativa própria por parte dos membros do grupo, e em muitos
casos apareceram sentimentos de depressão e frustração.
 Nas relações pessoais entre os membros do grupo de um lado, e o líder,
de outro, constatou um certo grau de agressividade. Observou-se também que
os comandados entre si, desenvolveram gradualmente um comportamento de
irritabilidade e agressividade. Quanto à produção , verificou-se que, durante a
��
ausência do líder, o grupo não tomava a iniciativa de começar um trabalho
novo, nem de terminar tarefas incompletas.
3.2.2 - Liderança Democrática
As principais características desse tipo de liderança são representadas
pela eqüidade de equilíbrio entre direitos e responsabilidades. O líder
democrático procura sempre que possível a participação dos membros do
grupo na formulação de programas de ação. Estimula e orienta discussões e
decisões dá a todos os participantes ampla perspectiva da razão e da
continuidade das atividades sugerindo uma melhor execução do trabalho, faz
de maneira a sempre permitir alternativas. Os participantes do grupo conhece o
padrão que se estabeleceu para a avaliação do seu produto e compreendem
as razões da necessidade de alcançar esse padrão.
 O líder não procura educar e instruir cada subordinado isoladamente.
Sua ambição é estimular e orientar cada pessoa no sentido de que ela passa
realizar-se em sua plena potência e sentir-se membro importante do grupo.
 Liderança em seu sentido democrático, deve ser um elo que faz com que
um grupo de trabalho não seja apenas uma coleção de indivíduos. Exercer
liderança deve ter como objetivo maior planejar, orientar , coordenar e controlar
os esforços de todos a fim de que em conjunto possam alcançar seus objetivos
mais eficientes. O líder democrático procura sem cessar estabelecer situações
favoráveis para que cada pessoa possa desenvolver-se ao máximo, e para que
possa alcançar sucesso e satisfação no trabalho.
��
 O líder democrático procura a objetividade em sua crítica e na sua
maneira de avaliar a produção de todos. Ele se identifica com o grupo,
fazendo-se um participante e colaborador.
 Em suas pesquisas Lippit e White observaram que o grupo de trabalhos
sob orientação democrática produziam bom trabalho quando acompanhados
pelo líder. A observação do grupo em geral revelou que a atuação do líder era
estimulante, tanto para a produção como para as relações interpessoais.
Verificou-se também que o pronome nós gradativamente foi substituindo o eu.
 Muito interessante torna-se observar um grupo que recebe determinado
tipo de liderança. Dentro de certo tempo a atitude do líder toma feição
contagiante servindo como exemplo para o grupo, logo:
Os líderes são os responsáveis pela
sobrevivência e pelo sucesso de suas
organizações. Chamamos de liderança a
dedicação, a visão, os valores e a integridade
que inspira os outros a trabalharem
conjuntamente para atingirem metas coletivas. A
liderança eficaz é identificada como a capacidade
de influenciar positivamente os grupos e de
inspirá-los a se unirem em ações comuns
coordenadas. Os líderes reduzem as nossas
incertezas e nos ajudam a cooperar e trabalhar
em conjunto para tomarmos decisões acertadas
(Chiavenato, 1994).
 Dentro desta perspectiva observa-se que o fator responsabilidade é visto
como base para averiguar o tipo de liderança que está sendo empregado,
exemplo disso, o líder autocrático concentra toda a responsabilidade em suas
��
próprias mãos, já o democrático compartilha com o grupo, enquanto que o tipo
laissez - faire deixa-a com cada indivíduo isoladamente.
 Em geral não é necessário que o líder faça longo discursos sobre o tipo
de liderança que adota, pois a sua maneira de agir fala mais alto do que
demoradas explicações, revelando principalmente pela teoria e pela ação de
que palavras, apenas não são convincentes.
3.2.3 - Liderança Laissez – Faire
É o tipo de liderança caracterizada pela atitude passiva do líder . Trata-
se do chefe amistoso, que nunca expressa uma crítica, que confia as decisões
a cada pessoa individualmente, se abstendo de dar sugestões. Willard S.
Elsbree e Harold Menally constataram que esse tipo de liderança é
normalmente confundido com liderança democrática, e muitos administradores,
quando permitem a todos que façam o que querem, acreditam que sejam um
líder democrático, que portanto exercem liderança democrática.
 Lippit e White, nas suas pesquisas sobre as lideranças Laissez-Faire
registraram que a produção de um grupo submetido a esse tipo de liderança é
baixa e que a intensidade das atividades não são influenciada pela presença
do líder.
 A Liderança Laissez-Faire costuma levar o grupo de trabalho ao
descontentamento para com a sua própria produção e eficiência. Um grupo de
trabalho necessita ver em seu líder a manifestação de firmeza e de clareza de
propósitos. Atitudes de incerteza e de confusão por parte do líder geram o
descontentamento entre o grupo.
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4 – Gestão Escolar e a LiderançaDirecionando a nossa pesquisa para a gestão escolar encontramos ainda
outros tipos de lideranças voltadas particularmente ao processo educacional.
Na medida que nos aproximamos do 3º milênio, os dirigentes de instituições
escolares do mundo descobriram que os modelos convencionais anterior
levando de liderança não são mais adequados para a nossa realidade, pois as
instituições de ensino atuais necessitam de lideres capazes de trabalhar e
facilitar a resolução dos problemas em grupo, ajudando-os a identificar suas
necessidades de capacitação e adquirir as habilidades necessárias e ainda
delegar autoridade e descentralizar o poder.
 Segundo Lück (2000), estamos vivendo no meio da 3ª onda em
administração, as décadas finais do século XX marcaram o surgimento de uma
revolução no pensamento administrativo. Atualmente, o nosso mundo é
marcado pela emergência de novas estruturas organizacionais que são,
significativamente mais democráticas, criativas e, potencialmente mais
produtivas do que foram em qualquer estágios anteriores da história. Níveis
maiores de educação, o crescimento do espirito democrático e o crescente
reconhecimento da interdependência do local de trabalho, como também do
ambiente global, tem levado à percepção de que a chave para um ambiente de
trabalho está em alcançar uma cooperação mais eficaz de gestão que supera o
modelo centralizado, autocrático, controlador, cuja ênfase situa-se em regras
de trabalho e na obediência. Nos dias de hoje, os lideres eficazes de escolas
concentram os seus esforços em liberar a energia escondida das escolas e da
outras organizações, pela construção de equipes participativas.
��
 Ainda segundo Heloísa Lück, a mudança vem de baixo para cima, porém
tem que haver um clima de liderança para que as pessoas do grupo expressem
os problemas, confiando um nos outros e resolvendo os problemas juntos, isto
contribui para uma atitude de se sentir capaz e livre para fazer as coisas.
4.1. Liderança Participativa
 É um tipo de liderança cuja a estratégia empregada e para aperfeiçoar a
qualidade educacional. É a chave para liberar a riqueza do ser humano que
está presa dentro do sistema de ensino. Baseada em bom senso – a delegação
de autoridades àqueles que estão envolvidos na produção de serviços
educacionais – é construída a partir de modelos de liderança compartilhada,
que são os padrões de funcionamento de organizações em todo o mundo, com
alto grau de desempenho.
 Características de um líder participativo, é um facilitador e estimulador da
participação dos pais, alunos, professores e demais funcionários, na tomada de
decisão e implementações de ações; promotor da comunicação aberta;
demonstrador de orientação pró – ativa; construtor de equipes participativas;
incentivador da capacitação e desenvolvimento dos funcionários e de todos os
da escola; criador de clima de confiança e receptividade; mobilizador de
energia, dinamismo e entusiasmo.
 Outra forma de analisar a liderança participativa é através da observação
das atividades pertinentes à liderança. Isto inclui criar e comunicar uma visão
compartilhada, ganhar a confiança e o comprometimento organizacional,
utilizar as competências da organização, desenvolver as equipes da
��
organização e motivá-las. Tudo isso irá contribuir para estabelecer um censo
de responsabilidade coletiva através da nova visão da escola, para tanto:
“ Os dirigentes com os melhores índice de
desempenho concentram sua atenção,
primeiramente, no aspecto humano dos
problemas dos seus subornados no
empenho em construir grupos de trabalho
eficazes com o objetivos desafiadores”
(Likert,1971)
 Com base no estudo questionado foi identificado ainda quatro aspectos
da liderança participativa.
Apoio: comportamento que contribui para que o subordinado se sinta valioso e
importante.
Ênfase no objetivo: comportamento que estimula o entusiasmo em realizar o
trabalho e produzir resultados.
Facilitação do trabalho: remoção dos obstáculos e desvios, permitindo que os
funcionários realizem seus trabalhos.
Facilitação da interação: comportamento que viabiliza a transformação dos
funcionários em uma equipe de trabalho.
 Outro aspecto a se abordado na liderança participativa é a confiança,
fundamental e importante para manter uma organização unida, podendo
facilitar a boa comunicação assim como, corrigir ações ocorridas em momentos
inoportunos, possibilitando assim o entendimento de objetivos criando
condições para o sucesso organizacional, então:
��
“Sem confiança, desentendimentos
rotineiros são interpretados como traições;
ordens simples se tornam expressões
ríspidas; os planos mais bem concebidos
fracassam. Sem confiança, os indivíduos
tomam como pessoais as críticas e
buscam esconder os pontos fracos em seu
desempenho. Sem confiança a
comunicação se torna pouco objetiva,
vaga e defensiva, na medida em que os
indivíduos brigam sobre questões que
devem ser abertamente discutidas, caso a
organização deseje ser eficaz. Sem
confiança, assumir riscos, buscar
inovações e ter criatividade são ações
sufocadas. (Culbert e McDonough,1985)
 O relacionamento entre líderes e seus liderados é complexo e recíproco,
bons lideres são formados a partir dos impulsos positivos dos seus liderados,
caso tenham a oportunidade, irão geralmente selecionar bons lideres e
demandar que eles mantenham um alto padrão de desempenho.
 No entanto, nas burocracias educacionais rígidas há normalmente,
pouco espaço para a flexibilidade e evoluções no relacionamento entre o líder e
liderado. Uma das razões da burocracia se estagnada é tida pelo fato de
alguns executivos assumirem que, devido à sua posição e autoridade podem
liderar sem serem lideres, confundido o exercício de autoridade por liderança.
 A comunidade eficaz é tida como a base para criação de confiança da
interação entre o grupo. O líder tem que ser confiável, previsível e justo na sua
relação, essa confiança pode ser construída se os líderes delegarem poder aos
��
seus liderados, fortalecendo o seu pessoal e a instituição através de um estilo
eficaz de relacionamento.
 Outra característica marcante do trabalho do líder participativo é
identificar perspectivas de construção e construir com o envolvimento a
competência dos outros.
 “ Um leque totalmente novo de opções se
abre, quando o líder se orienta por esta
questão: como cada problema pode ser
resolvido de modo que permite o
desenvolvimento das capacidades e
comprometimento dos meus companheiro
de trabalho ?(Bradford e Cohen,1984: 62 e
63).
 A medida em que os associados buscam novas oportunidades,
compartilhando seus conhecimentos, isto aumentará as chances das tarefas
serem realizadas com qualidade e ao se sentirem comprometidos em levar as
decisões adiante isso criará situação de motivação em níveis alto.
 A motivação é o empurrão ou alavanca que estimula as pessoas a
agirem e a se superarem. Abre a porta para o desempenho com qualidade em
qualquer situação. Compreender a dinâmica geral da motivação é fundamental
para um gestão eficaz, logo este gestor deve compreender e ser capaz de
aplicar os princípios básicos da motivação humana.
 A motivação funciona em estrutura organizacionais em três âmbitos: o
indivíduo, o grupo imediato de trabalho e a organização como um todo.
 Uma atmosfera de equipe pode ser um grande fator motivador, pois
fortalece o comprometimento profissional e organizacional, bem como a
��
identidade profissional. Ela também aumenta as possibilidades de troca
profissional e de aprendizagem.
4.2. – Estilo de comportamento do líder
 Teorias administrativas escolares identificam quatro estilos de
comportamento de líder, que variam de acordo com as necessidades
individuais ou grupais de direcionamento e apoio, são: diretivo, de instrução,
auxiliador e delegador.
4.2.1 – Liderança Diretiva:
É aqueleonde os líderes tende a funcionar de maneira autônoma,
tomando decisões sozinho e dando instruções especificas sobre o que fazer e
como executar determinadas tarefas. Define objetivos, resolve problemas e,
normalmente, preferem que os subordinados sigam regras e regulamentos
específicos, baseando-se fortemente em recompensas, punições e fonte
legítima de poder para motivar os funcionários.
 Há situação em que o estilo de liderança diretiva é necessário para se
atingir um objetivo desejado, é particularmente, apropriado em situações de
emergência.
 Contudo, líderes que são, exclusivamente, diretivos tende a ser
consumidos pelo excesso de trabalho e stress, ao mesmo tempo que cerceiam
a observação de responsabilidade pelos seus funcionários, diminuindo o
desempenho do funcionário muito abaixo da sua capacidade normal.
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4.2.2 - Liderança de instrução:
Esse estilo permite participação limitada e evita os excessos da
liderança diretiva. Ao invés de proporcionar um alto grau de dimensionamento,
a liderança de instrução combina alguns direcionamento com encorajamento
pessoal para desenvolver a confiança dos subordinados. O seu líder decide,
após considerar os objetivos, então, explica os motivos da sua decisão e tenta
persuadir a todos a levá-la adiante .
4.2.3 - Liderança de Auxílio:
O líder auxiliador se baseia em objetivos desafiadores para motivar os
liderados. Este estilo é apropriado para profissionais gerenciais. Os integrantes
da equipe são convidados a influenciar no Processo de Tomada de Decisão,
onde é apresentado o problema, as informações históricas relevantes sobre o
mesmo e pede que o grupo sugira alternativas para sua superação. O líder,
então, seleciona as soluções desejadas.
4.2.4 - Liderança Delegada:
O líder que delega, envolve, como companheiro de trabalho, todos os
funcionários, no Processo de Tomada de Decisão, criando também, desta
forma, seu comprometimento com as decisões tomadas. Trata-se de uma ação
criadora de elevada sinergia, isto é, de força conjunta dinamizadora de ações
coletiva.
Ao participar do processo decisório, o líder concorda em mudar de
opinião de acordo com a decisão do grupo, além disso, os lideres hábeis em
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delegar são capazes de maiores conquistas, pois sua delegação de autoridade
desenvolve habilidades e o comprometimento dos integrantes da equipe.
 Considerando que o líder eficaz pode, em diferente momentos e em
diferentes circunstância, estar agindo adequadamente, usando qualquer um
dos estilos de liderança citado anteriormente. O que deve ser evidente é que a
seleção do estilo adequado depende da natureza do problema, da situação,
como também dos indivíduos e da natureza dos seus relacionamento. É
importante reconhecer que, dada a dinâmica social, estas condições não são
fixas num mesmo grupo, variando de momento a momento, cabendo portanto
ao líder fazer uma análise da situação vivenciada e assim adequar-se ao estilo
de liderança que julgar ser a mais correta.
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CAPÍTULO IV
TOMADA DE DECISÃO UM PROCESSO EM DISCUSSÃO
 O Processo de Tomada de Decisão, envolve um ciclo de eventos que se
pode discernir uma qualidade ou uma direção consistente, no entanto quando
se tem a percepção de uma quantidade de eventos dentro de um conjunto de
pressuposições explícitas, é possível observar a direção dos eventos. O
Processo de Tomada de Decisão em uma organização não é um assunto
pessoal, e sua eficácia não é produto da qualidade das decisões de apenas
uma pessoa, é sim um assunto da organização, assim:
“ A arte da decisão administrativa consiste
em não decidir questões que não são
pertinentes, em não decidir
prematuramente, em não tomar decisões
que não podem ser executado, e em não
tomar decisões que competem a outras
pessoas “. (Bernard, 1951).
 Pragmaticamente, a tomada de decisão tem um método que poderá
melhorar sua habilidade em tomar decisão, a priori para decidir deve-se fazer
uma apreciação sobre uma linha de conduta a ser adotado em todas as suas
atividades de planejamento, direção e controle.
 Muitos administradores acham difícil encarar o Processo de Tomada de
Decisão como um trabalho consciente, sujeito a princípios e regras. O
administrador profissional sabe que uma decisão lógica resulta da aplicação
sistemática de esforço mental, reconhecendo que a tomada de decisão é uma
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habilidade comporta de diferentes elementos que podem ser aprendidos como
qualquer outra habilidade.
4. 1. Tipos de Decisões
 Segundo Sperb (1963), podemos classificar as decisões como: Muito
importante, Importante e Sem Importância
- Muito Importante: o impacto é muito significativo.
Ex. desenvolvimento de política de trabalho;
 determinar objetivos básicos;
 desenvolver a estrutura de organização;
 promover pessoal.
- Importante: o impacto é significativo.
Ex. são as decisões de procedimentos não críticos.
- Sem importância: o impacto é insignificante.
Ex. são tomadas para a aquisição de materiais baratos;
 cuidar do serviço interno que são as decisões do agora.
4.2. Instrumentos para a tomada de decisão
 Algumas decisões são incrivelmente complexos. A tendência dos
administradores a terem que tomar esses tipos de decisão foi descrito por John
Swcaringen presidente da Standard Oil Company (Indiana) em uma palestra
sobre tomada de decisão executiva, ele disse: “O alcance das decisões tende a
sofrer uma escala, devido o grande número de competidores e centenas de
empregados que irão afetar milhares de dólares em ativo e que envolve
centenas de milhões”, “juntando-se ao problema, a uma crescente necessidade
de tomar decisões a prazo mais longo numa época em que a explosão
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tecnológica tem tornado o trabalho de previsão mais perigoso, tendo em vista
as exigências cada vez mais premente de tomar decisão com maior rapidez,
sobre a pressão da competência e da comunicação instantânea.
4. 3. Métodos de Tomada de Decisão
 O Processo de Tomada de Decisão está centrada nos moldes de
liderança, pois em qualquer empresa a tarefa de tomar decisões é a mais
árdua, mais séria e varia conforme a decisão do chefe.
PLANEJA
↑
ORGANIZA←CHEFE→ RESOLVE
↓
ORDENA
↓
O PESSOAL EXECUTA
 Este modelo é aplicado em lideranças com moldes totalitários,
autocráticos, onde a tomada de decisão é tarefa de solucionar, são os louros e
os fracassos do chefe.
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PROBLEMA
 Esse modelo deve ser visto e examinado pelo grupo. A liderança tem
moldes democrático, já que o problema é centrado no grupo. Para que seja
alicerçado na responsabilidade conjugada do grupo.
 O administrador profissional sabe que uma decisão lógica resulta da
aplicação sistemática de esforços mentais.
 Analisando esse método George B. Huszar, enumera 4(quatro) modos
sucintos das varias características do Processo de Tomada de Decisão:
4.3.1 – O numero de pessoas no grupo: e variável sendo de dez a doze
provavelmente o numero ideal. Grupos muitos numerosos costumam funcionar
com dificuldades, enquanto os de numero inferior a dez em geral tem pouca
eficiência.
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4.3.2 – Preservar a integridade do grupo: preservam a integridade do
indivíduo do grupo e lhe dão oportunidades para a aplicação do seu poder de
produzir e de participar.
4.3.3 – A participação do indivíduo no grupo: o indivíduo aparece destacado
no grupo, participando da decisão cujo o valor e superior a de cada pessoa
individualmente. Neste o todo e maior que a soma de suas partes, não se
tratando de um processo de adição, mais de fusão de pensamento.
4.3.4 – O problema e o centro das atenções: o problema localiza-se no
centro do grupo, como uma bola no jogo de futebol, desafiando as energias de
todos e estimulando a liberação de todo o poder do indivíduo.
 A organização em grupos centrados em torno do problema serve como
objetivo principal, a tomada de decisão. Assim:
“Quando os limites da racionalidade são
vistosdo ponto de vista do indivíduo, ele
caem em três categorias: ele e limitado por
suas habilidades, hábitos e reflexos
inconscientes, ele e limitado por seus
valores e concepções de objetivos, que
podem divergir os objetivos da
organização, ele e limitado pela extensão
do seu conhecimento e informação. O
indivíduo pode ser racional em termos dos
objetivos da organização somente na
medida em que e capaz de seguir um certo
pulso de ação, de ter uma concepção
correta do objetivo da ação e de esta
corretamente informado sobre as
condições que cercam sua ação. Dentro
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dos limites estabelecidos por estes fatores
suas escolhas são racionais e orientadas
para o objetivo” (Simon, 1950:241).
 Com relação a todas as variáveis acima nota-se as restrições colocadas
para os que tomam as decisões. Não só as alternativas são restringidas, mais
também os valores e o conhecimento do que toma a decisão, sem excluir a
possibilidade do indivíduo tomar uma decisão irracional.
O método definitivo de soluções de problemas possui os seguintes
passos: formule o problema; obtenha fatos e opiniões; escolha a melhor
solução; venda a solução; aplique e faça o acompanhamento da solução.
4.4. Procedimentos para o Processo de tomada de Decisão
obedece os seguintes passos:
4.4.1 – Identificar, definir e estabelecer os limites do problema
Embora seja este o primeiro passo formal do processo, a preparação
para um decisão em particular começou no passado daquele que toma a
decisão. Neste passo o problema se torna conhecido, e quem toma a decisão
cumpre o processo de definir e estabelecer os limites do problema, procurando
anunciar o problema em termos ou de seus objetivos ou dos objetivos da
empresa, e procura também enuncia-lo de tal forma que possa apreender seus
significado.
4.4.2 – Analisar e avaliar o problema
Estando o problema identificado, definido e limitado, segue-se sua
analise e avaliação.
E neste ponto do processo que entra em consideração aquilo que se
pode chamar as ocasiões para tomada de decisão. Com o problema
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identificado, o gestor precisa decidir se deve ou não tentar resolve-lo, pois e
necessário saber quando deve tomar uma decisão e quando não deve tomar
esta. Para tanto isto requer a capacidade do gestor para reconhecer coisas tais
como a urgência de uma citação, a origem do problema se existe ou não
alguém capaz de resolver o problema melhor que ele, e um mundo de outras
considerações, assim:
“ A arte da decisão administrativa consiste
em não decidir questões que não são
pertinentes, em não decidir
prematuramente, em não tomar decisões
que não podem ser executadas, e em não
tomar decisões que competem a outras
pessoas “ (Bernard, 1938)
Para o autor essas questões são as que sugerem de que cada
administrador deve colocar-se antes de tomar uma decisão.
 A análise e a avaliação dos problemas precisam ainda levar em
consideração a maneira como gestor percebe a situação, quer como indivíduo,
quer como membro da organização, e também a natureza do conjunto de
valores da organização. Estes fatores emprestam significado ao problema e
determinam o grau e a natureza da ação a ser desencadeada.
4.4.3 – Estabelecer critérios e julgamento
 Nesse ponto a atenção se volta para os critérios de avaliação das
soluções propostas para um problema. Esta é uma fase bastante crucial para
o Processo de Decisão, é aqui que são introduzidos no processo o sistema de
valores e as aspirações da organização ou do indivíduo.
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 Toda administração é orientada no sentido de alcançar certos objetivos e
só será possível saber se a solução encontrada é satisfatória, a partir que se
estabeleça os critérios para os julgamentos das soluções, pois só assim é que
se deverá se alcançou seu objetivo ou objetivo da organização.
 Os critérios de julgamento tem muitas fontes inclusive o nível de aspiração
do gestor ou dos membros da organização, os valores de cada um a as
percepções e os motivos das pessoas envolvidas.
4.4.4 – Coligir dados
 Neste passo, são coligidos dados que serviram de base para a tomada de
decisão.
 Convém ressaltar que os dados coligidos precisam ser relevantes, isto é,
ou isentos de viés ou com o viés claramente indicado, e precisam ser passíveis
de repetição, isto é, precisam ser os mesmos dados, quer quando usados por
outros, quer quando usados pelo tomador de decisão.
 A Coleta de dados é, ao menos em parte, uma das razões para a
existência da organização formal. É proveitoso conceber a organização em
termos de canais pelos quais os dados fluem para os lugares em que são
tomadas as decisões.
4.4.5 – Escolher a solução preferida
 Este passo é o ponto de decisão. Tudo o que foi feito antes culmina em
uma decisão. Este passo está dividido em três partes: 1) formulação de
diversas soluções em decisões, 2) consideração das conseqüências de cada
solução (atribuição de probabilidade), 3) seleção de uma só solução como a de
maior probabilidade de sucesso.
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 A formulação de múltiplas soluções exige o uso de inventividade para que
sejam consideradas todas as soluções possíveis, podendo ser este momento
uma excelente ocasião para a utilização de grupo para formulação de decisões,
podendo também o gestor consultar pessoas, dentro e fora da organização, de
maneira a ampliar as possibilidades de soluções. Ele deve ter sempre em
mente que, entre estas soluções possíveis, está a de não decidir, que tem
tanto de decisão como qualquer outra.
 Nesta fase do processo, ocorre também a consideração das
conseqüências de cada solução. Estas conseqüências são previstas com base
naquilo que o gestor sabe sobre as probabilidades de sucesso de cada
solução, sendo que algumas destas probabilidades podem ser enunciada
matematicamente, porém mais freqüentemente será estabelecida apenas uma
aproximação, por não ser possível determinar a probabilidade. Isto é
comumente em relação à administração escolar, em que os superidente pode
apenas avaliar, de maneira bastante grosseira, o sucesso provável de um
curso de ação escolhida.
4.4.6 – Por em execução a solução
 Este é o último passo no Processo de Tomada de Decisão, envolve tanto
a execução da decisão, quanto sua modificação em termos das condições que
ocorrem quando a decisão se torna operacional. Embora esteja sendo
executada uma decisão principal, isto não significa cessado o Processo de
Tomada de Decisão, pois durante a execução há necessidade de tomada de
numerosas decisões secundárias, o que destaca ainda mais a natureza
seqüencial do processo de decisão.
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As decisões secundárias da solução, para que se torne efetiva tem que
ser consideradas três fases: a- programação, b- controle, c- avaliação.
a) Programação é procedimento usado para criar ou utilizar a estrutura
necessário para fazer aquilo que a decisão requer, nesta fase há momentos em
que é necessário construir uma nova estrutura, outro momento pode ser
necessário um grau qualquer de ação entre estes dois extremos.
Tão logo uma decisão é tomada e vão ser posta em execução, cria-se
na organização um estrutura que torna possível a previsão das futuras inter-
relações referente a decisão.
b) Controle é o processo de assegurar que o desempenho corresponda aos
planos. Todo aqueles que tomam decisões operam dentro de um conjunto de
limites, as vezes esses limites são amplos ou muito estreitos. O principal
motivo para o estabelecimento de limitações ao poder do que toma decisões é
o de aperfeiçoar a qualidade das decisões tomadas, porque quando as
limitações são estabelecidas ficam prescritas formas e meios para a tomada de
decisão, bem como o conteúdo das mesmas. A maneira habitual de fazer isto
em uma organização é através do estabelecimento de uma orientação. Um
conjunto eficaz de orientações deveria indicar quem deve tomar as decisões, a
que a decisão deve referir-se, e alguma informação sob como a decisão deve
ser tomada. Os membros

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