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]JUÇARA DOS SANTOS GONÇALVES RAIMUNDO SANTOS DO CARMO GESTÃO ESCOLAR E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO BELÉM –PARÁ UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA – UNAMA 2001 �� GESTÃO ESCOLAR E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO JUÇARA DOS SANTOS GONÇALVES RAIMUNDO SANTOS DO CARMO Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado ao Curso de Pedagogia do Centro de Ciências Humanas e Educação da UNAMA, como requisito de obtenção do grau de Licenciado em Pedagogia – Administração Escolar, orientado pela Professora Ms Raimunda Lopes Rodrigues Mendes. Belém – Pará Universidade da Amazônia 2001 �� GESTÃO ESCOLAR E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISAO JUÇARA DOS SANTOS GONÇALVES RAIMUNDO SANTOS DO CARMO Avaliado por: ________________________________ Data: ______/______/______ Belém – Pará Universidade da Amazônia – UNAMA 2001 �� Criar uma nova cultura não significa apenas fazer individualmente descobertas “originais”; significa também, e sobre tudo, difundir criticamente verdades já descobertas, “socializá-las” por assim se dizer; transformá-las, portanto, em base de ações vitais, em elemento de coordenação e de ordem intelectual e moral. (Gramsci, 1981) �� DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho a todos os brasileiros excluídos pelo nosso sistema de educação, e que não tiveram a oportunidade de construir a sua história de forma crítica e participativa, em prol de uma sociedade mais justa e igualitária. Esperamos que, com a conclusão do curso aprendamos a tomar decisões que venham contribuir para as novas gerações na construção de seus conhecimentos. �� AGRADECIMENTO Ao ser superior, Deus o grande responsável por todo universo. A nossa família, pela compreensão e apoio dado durante as nossas jornadas acadêmicas. A todos os profissionais da educação que direto e indiretamente contribuíram para a elaboração deste trabalho. Especialmente. A nossa orientadora Ms Raimunda Lopes Rodrigues Mendes, que não mediu esforços para nos incentivar em acreditarmos que era possível construir esta tarefa educacional. �� SUMÁRIO INTRODUÇÃO 09 CAPÍTULO I – A DIALÉTICA DE RELEVÂNCIA 11 1 – Apresentação dos autores 11 2 – Justificativa e Problemática da Pesquisa 16 3 – Objetivo da pesquisa 17 3.1. Objetivo Geral 17 3.2 Objetivo Específico 17 4 – Metodologia 18 4.1. Pesquisa Bibliográfica 18 4.2. Pesquisa de Campo 19 CAPÍTULO II – ADMINISTRAÇÃO: SEU CAMPO DE RELEVÂNCIA NA GESTÃO ESCOLAR 20 1 – Administração e seus aspectos 20 1.1. Recorte Histórico 20 1.2. Administração Escolar 22 1.3. Elementos da Administração Escolar 25 1.3.1. Planejamento 25 1.3.2. Organização 25 1.3.3. Execução 26 1.3.4. Avaliação 26 2 – Gestão 27 2.1. Gestão da Escola 28 2.1.1. Gestão Democrática 31 2.1.2. Gestão Participativa 34 CAPÍTULO III – TOMADA DE DECISÃO – CONCEITOS E LIDERANÇAS 38 3.1. Conceitos 38 3.2. Tipos de lideranças 40 3.2.1. Liderança Autocrática 40 �� 3.2.2. Liderança Democrática 42 3.2.3. Liderança Laissez – Faire 44 4 – Gestão Escolar e a Liderança 45 4.1. Liderança Participativa 46 4.2. Estilo de comportamento do líder 50 4.2.1 Liderança Diretiva 50 4.2.2. Liderança de Instrução 51 4.2.3. Liderança de Auxílio 51 4.2.4. Liderança Delegada 51 CAPÍTULO IV – TOMADA DE DECISÃO UM PROCESSO EM DISCUSSÃO 53 4.1. Tipos de Decisão 54 4.2. Instrumentos para a tomada de decisão 54 4.3. Método de tomada de decisão 55 4.4. Procedimentos para o processo de tomada 58 de decisão CAPÍTULO V – A NATUREZA DETERMINANTE DO PROCESSO ADMINISTRATIVO – TOMADA DE DECISÃO 66 I – PARTE: SÓCIO ECONÔMICO CULTURAL DOS GESTORES DAS ESCOLAS INVESTIGADAS 68 II – PARTE: O PROFISSIONAL E SEU SABER 70 III – PARTE: EXERCÍCIO DA TAREFA (REVISÃO DO TRABALHO) 74 CONSIDERAÇÕES GERAIS 80 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 85 ANEXOS 87 �� INTRODUÇÃO Movidos pela inquietação de gerenciar com coerência e de forma acertada, foi em princípio o que nos levou a optar pelo tema Gestão Escolar e o Processo de Tomada de Decisão. Esta é uma das preocupações iniciais que norteiam a proposta deste trabalho. A medida que fomos levantando dados através das pesquisas, maior era a nossa preocupação a respeito do Processo de Gestão e suas Tomadas de Decisões. É nesse contexto que o nosso trabalho trata dos assuntos relacionados com a Administração Escolar e seus aspectos, fornecendo orientações teóricas e práticas para uma forma participativa de gestão. Tomada de Decisão seus conceitos e lideranças baseadas na evolução desses conceitos que ocorreram na administração por haver medidas de importância relacionado ao fator humano. Estes processos que estão ocorrendo no Brasil como estratégia para a democratização do ensino, mostra a Tomada de Decisão como um processo em discussão abordando os tipos de decisões, os instrumentos para a Tomada de Decisão, os métodos de tomada de decisão. Para se chegar a um conhecimento prático, este estudo abordará também uma pesquisa de campo onde se propõe encaminhar e buscar dados consistentes e concreto, que permeiam a função da administração escolar envolvendo a delegação de poder e o Processo de Tomada de Decisão. �� Neste estudo apresentamos: capítulo I A Dialética da Relevância com a apresentação dos autores, justificativa, objetivos da pesquisa e metodologia empregada no desenvolvimento do trabalho; capítulo II , versa sobre a Administração com o seu campo de relevância e seus aspectos, bem como a gestão, um dos tema gerador do nosso trabalho, capítulo III Tomada de Decisão e seus conceitos e lideranças abrangendo uma discussão sobre o processo através dos tipos de decisões, os instrumentos, métodos e procedimentos para o Processo de Tomada de Decisão; capítulo V, trata dos passos da investigação sobre a natureza determinante do Processo Administrativo comporto de três partes: I – perfil sócio – econômico cultural dos gestores investigados, II O profissional e seu saber e por ultimo a III parte que aborda o como fazer do gestor e as nossas considerações gerais da investigação efetuada no trabalho. Por fim as referências bibliográficos que serviram como alicerço para o pleno êxito alcançado neste trabalho. Assim posto, convidamos você a ler e a refletir sobre os diversos assuntos abordados nesta obra e fazer uso nas suas Tomadas de Decisões �� CAPÍTULO I A DIALÉTICA DE RELEVÂNCIA 1. Apresentação dos autores: a) Meu nome é Juçara dos Santos Gonçalves, nascida em Belém, a cinco de julho de mil novecentos e setenta e um. Iniciei o meu primeiro grau na Escola Estadual Bento XV, onde estudei até a 4ª série, voltando novamente no ano de mil novecentos e noventa e um a Escola Estadual Paulo Maranhão onde conclui o meu primeiro grau após quatro anos letivos. Durante o período do meu 1º grau tive dificuldades, pois a escola não oferecia um ensino de qualidade desejada, fato esse, que contribuiu negativamente no restante do meu processo de ensino – aprendizagem. Em razão da minha convivência com a profissão de enfermagem exercida pela minha mãe, iniciei no ano de mil novecentos e noventa e quatro o meu 2º grau na área de Ciências Biológicas, na Escola Estadual Paes de Carvalho, após três anos concluir o mesmo. É importante ressaltar que, minha mãe foi a pessoa que mais me incentivou e apoiou nos meus estudos, acreditou na minha capacidade de evoluir no campo profissional. No ano de mil, novecentos e noventa e sete, com objetivo de fazer um curso superior, comecei a fazer cursinho de preparação para o vestibular no Colégio Vera Cruz e no ano de mil, novecentos e noventa e oito conseguir a aprovação na Universidade da Amazônia, para o curso de Pedagogia. �� Em contato com as disciplinas curriculares, passei a descobrir teorias, métodos e técnicas de aprendizagem, o que me proporcionam um desenvolvimento bastante significativo. A partir de tais descobertas que o curso meproporciona, senti a importância que a educação exerce na vida do homem, pois todo ser humano consciente tem a necessidade de evoluir no seu conhecimento na busca de atingir o nível emancipatório, sendo capaz de compreender e distinguir o seu papel na sociedade da qual está inserido. Foi através de leituras como de Paulo Freire, Moacir Gadotti e outros pesquisadores da educação que, elevaram o meu grau de conhecimento, possibilitando assim uma compreensão mais ampla do processo de formação do ser humano. Nesta perspectiva, estimula-se a formação do homem e a partir do desenvolvimento de sua capacidade de utilização do questionamento reconstrutivo e análise crítica para a Tomada de Decisão, desta forma: “ a escola como instituição social tem a possibilidade de construir a democracia como forma política de convivência humana. (HORA, 1999: 53). O que busca é a formação plena do homem capaz de participação eficiente na sociedade e produtiva nas relações do trabalho. Nosso interesse em investigar o Processo de Tomada de Decisão decorre por ser um tema até então desafiador dentro da nossa perspectiva profissional, pois entendemos que tomar decisão dentro do processo de gestão é algo que faz parte do cotidiano de todo gestor e como futuros gestores, �� entendemos que existe a necessidade de nós estarmos capacitados para tomarmos as mais corretas e coerentes decisões. É por esse motivo, e ainda por acreditar na educação, é que eu vejo que a mesma é o caminho para se chegar a uma consciência crítica, podendo desta forma contribuir para a organização efetiva da nossa sociedade. Respaldam assim minhas ações como futura profissional da educação. b) Sou Raimundo Santos do Carmo, nascido em Belém a oito de junho de mil novecentos e cinqüenta e seis. Iniciei a minha vida de estudante um tanto fora do previsto, por razões econômicas e até por questão de estrutura familiar. Somente no ano de mil novecentos e setenta e cinco, é que concluir o meu 1º grau na Escola Estadual Placídia Cardoso. No ano seguinte, prosseguindo minha caminhada de estudante, iniciei meu 2º grau na Escola Técnica Federal do Pará, fazendo o curso de Técnico em Mecânica. No entanto, por razões econômicas, fui obrigado a abandonar o curso, com isso, acabando um sonho de infância, que era estudar na referida instituição. Com o propósito de continuar meus estudos, mesmo diante das dificuldades, reiniciei no ano de mil novecentos e setenta e sete, o curso de Técnico de Administração, hoje equivalente ao curso médio, na Escola Estadual de 2º Grau Deodoro de Mendonça e no ano de mil novecentos e setenta e nove concluir o mesmo. É importante ressaltar que, esta fase de estudante, hora discreta, foi na pessoa da minha mãe que tive o maior incentivo e apoio, por acreditar na educação como o caminho mais eficaz para vencer na vida. �� Por ter constituído família e trabalho, parei durante dezessete anos de estudar e somente no ano de mil novecentos e noventa e cinco, foi quando eu decidir fazer um curso superior, ou seja, passei a fazer cursinho com objetivo de preparar-me para o vestibular, o que culminou com a minha aprovação no ano de mil novecentos e noventa e oito, no curso de Pedagogia, na Universidade da Amazônia. Esta decisão foi mais em razão da necessidade de evoluir, crescer profissionalmente, pois na profissão que exerço, mantenho constantemente relacionamento com pessoas, onde sou gestor de um processo que envolve seres humanos e atividades correlatas. Com certeza este foi o motivo mais importante que me levou a escolher este curso, e ainda por acreditar - sem querer ser dogmático – que a educação é a ferramenta mais eficaz na busca da emancipação de um povo e assim ter a capacidade de compreender as relações entre os homens. Durante estes anos de estudo, tive contatos com vários leituras de autores como Paulo Freire, Moacir Gadotti, Vigotks e outros pesquisadores da educação, que contribuíram para a elevação do meu grau de conhecimento e possibilitando uma compreensão mais ampla do processo de formação do ser humano. Para refletirmos sobre o contexto vejamos o que Freire (1991) diz: “ A Escola Pública que desejo é a escola onde tem lugar de destaque, a apreensão critica do conhecimento significativo, através da relação dialógica. É a escola que estimula o aluno a perguntar, a criticar, a criar; onde se propões a �� construção do conhecimento coletivo, articulando o saber popular e o saber pelas experiências no mundo” (p.81). A partir de tais descobertas que o curso me proporciona verifiquei a importância que a educação exerce sobre a vida do homem, pois todo ser humano consciente tem a necessidade de evoluir no seu conhecimento na busca de atingir o nível emancipatório, capaz de compreender e distinguir o seu papel na sociedade da qual está inserido. Nesta perspectiva, estimula-se a formação do homem e a partir do seu desenvolvimento intelectual, moral e político, aguçando esta capacidade para questões sociais, formando um ser crítico para o processo de Tomada de Decisão, bem como a formação plena do homem capaz de participação eficiente na sociedade e nas relações de trabalho. Nosso interesse em investigar a Tomada de Decisão na Administração Escolar, por ser um tema, até então desafiador, dentro da nossa perspectiva profissional, por entendermos que tomar decisão dentro do processo de gestão é algo que faz parte do cotidiano de todo gestor, e como futuros gestores, entendemos que existe a necessidade de estarmos de posse de gama de informações, possamos desempenhar com precisão e coerência as decisões pertinentes aos processos em questão. Ao concluirmos este, esperamos que tenha acrescentado um rol mais amplo de dados bibliográfico para contribuir na nossa vida profissional e pessoal, e que estes conhecimentos que subsidiem reconhecer o nosso papel �� na sociedade e ao mesmo tempo, contribuir positivamente para a formação desta sociedade. 2 – Justificativa e Problemática da Pesquisa Num modelo de gestão em que os lideres são anti - democráticos, onde o compromisso sócio – político com os interesses reais e coletivos estão comprometidos, pesa sobre nós administradores a decisão dos rumos do processo educacional vigente. É certo que essas constatações não são por acaso que aparecem, são na verdade próprias de um modelo administrativo, que se fundamente nas falácias de um sistema comprometido e excludente que é o ensino brasileiro, onde uma pequena camada da população e beneficiando, enquanto que a maioria tida como pobre são penalizadas e excluídas do processo ensino-aprendizagem. É comum acreditar que tomar decisão parece ser simples para aqueles que tomam decisão de forma intuitiva ou então através das experiências acumuladas, ou baseadas em temas já comprovados, como cita Werneck, (1997). “Quem decidi pode errar, Quem não decidi já errou”. Mas, o que se observa é que o processo de tomada de decisão arrolar conhecimentos teóricos profundos, por se tratar de assunto complexo e digno de investigação. Os processos investigados nos revelam que o conhecimento sobre a temática, requer um levantamento mais técnico – científico, respaldado por atos ou fenômenos que desencadeiam e norteiam o estudo. �� Consideramos que o processo Tomada de Decisão ocorre quando surgem uma situação problema que precisa ser referência ou investigada, assim o gestor no seu papel de chefe ou mesmo de assessor deverá recorrer a princípios teóricos x práticos que oriente a sua caminhada para a solução. Baseado nessa perspectiva e embuído de solucionar uma temática inovadora, é que escolhemos esse tema como investigação e assim contribuir para demonstrar que a administração pode se tornar mais justa e eficaz, somando desta forma positivamente para as mudanças e transformações que se faz necessário dentro do processo educacional desenvolvido no país. 3 – Objetivo da Pesquisa 3. 1. – Objetivo Geral Investigar a Gestão Escolarquanto aos procedimentos que ocorrem na Tomada de Decisão em administração. 3. 2. Objetivos Específicos - Identificar o Processo Tomada de Decisão em Gestão Escolar vinculados a Escola Pública. - Detectar como ocorre os processos de Tomada de Decisão dos gestores nas Escolas Públicas. - Analisar a Administração Escolar e suas aproximações sucessivas na Tomada de Decisão. �� 4 – Metodologia Este trabalho, a princípio se norteará através da investigação bibliográfica e de campo a luz da pesquisa qualitativa e quantitativa, por entender que os indivíduos são formados por estruturas significativas que determinem sua conduta. O ponto inicial tratará de identificar as influências de uma tomada de decisão no processo de gestão escolar, investigando com mecanismos (questionários) as manifestações das idéias e dos valores em relação a observação e a interação dos investigadores. Será desenvolvido entre duas etapas, pesquisas bibliográficas e de campo. 4.1 – Pesquisa Bibliográfica: Será realizada uma leitura na literatura sobre a temática que enfoque os autores pesquisadores do tema Gestão Democrática, em seguida será feito fichamento e compilação das obras pesquisadas para a organização do capítulo teórico. Os conceitos serão analisados em termos teórico e prático e organizados a partir de uma visão global do objetivo pesquisado, sem entretanto, perder as peculiaridades e os aspectos particulares que deverão enriquecer a compreensão do fenômeno pesquisado. �� 4.2 – Pesquisa de Campo Será realizada na Escola Jarbas Passarinho, Colégio Nazaré, CEDAR, Centro Educacional Vovó Paula, Escola Hermínio Calvinho Filho e Escola Antônio Teixeira Gueiros, através de entrevistas com o corpo técnico administrativo, afim de que possamos desenvolver uma análise através do seguinte roteiro. - aspecto geral – tipos de liderança; - procedimentos administrativos adotados; - trabalho administrativo e o coletivo escolar; - tomada de decisão no processo educativo. A análise da investigação pretendida obedecerá estágios sistemáticos de coleta de dados, já abordados, buscando se detectar os princípios achados que fundamentarão essa pesquisa. Ao final, será realizado a elaboração do capítulo de campo, comparando os procedimentos de campo com a teoria estudada. Temos clareza, que esse trabalho de pesquisa indicará caminhos para a realização da Gestão Democrática como um processo de Tomada de Decisão na escola de forma clara e buscando o campo democrático. Nesta perspectiva, estimula-se a formação do homem a partir do desenvolvimento de sua capacidade de utilização do questionamento reconstrutivo e da análise crítica para a Tomada de Decisão. O que se busca é a formação plena do homem, capaz de participar eficiente na sociedade e produção nas relações de trabalho. �� CAPÍTULO II ADMINISTRAÇÃO: SEU CAMPO DE RELEVÂNCIA NA GESTÃO ESCOLAR 1 – Administração e seus aspectos De acordo com PARO (1996), a administração geral pode ser vista, tanto na teoria quanto na prática, dois campos se interpenetram, a racionalização do trabalho e a coordenação, levando em conta respectivamente, os elementos materiais e conceptuais, de um lado, e o esforço humano coletivo de outro. 1.1. Recorte Histórico A administração surgiu nas sociedades mais primitivas em razão da necessidade de resolver problemas de interesse comum. Começando pela família, pela tribo, igreja, exército ou do Estado e acompanhando o desenvolvimento da complexidade da sociedade humana, com passar dos tempos surgiram novas propostas de administração. As exigências modernas, tanto do setor público como no privado, foram determinantes para o surgimento de estudos formais no campo da administração, onde TAYLOR, estabelece dentro dos princípios, a eliminação de desperdícios, o caráter científico dos processos produtivos e a eficiência da empresa. Por sus vez FAYOL propõe a precisão, a organização, o comando, a coordenação e o controle com suas fases fundamentais através da administração como ciência. �� Outros estudos surgiram: WEBER cria a burocracia que estabelece uma estrutura de poder e autoridade onde propões que o trabalho só se torne possível se baseado na competência técnica do indivíduo, e os cargos, na organização, baseiam-se nos princípios de hierarquias e níveis de autoridades graduadas. MAYO (1940) apresenta a abordagem sistêmica que permite uma análise dos sistemas sociais considerando o relacionamento com o ambiente. Mas adiante KUNT LEWIN estabelece uma ligação entre a teoria social e a ação social através das ciências do comportamento, contribuindo relativamente para os estudos da administração. Historicamente, a Administração da Educação no Brasil, em nome da racionalização, tem oscilado entre as ênfases na burocratização, na tecnocracia, na estrutura escolar e na gerência de verbas, com maior ou menor centralização e com todas as variações do uso das leis, das máquinas e dos modelos. Hoje, mais do que nunca reivindicam-se e esperam-se melhorias também na qualidade de serviços educacionais de modo geral e da formação básica de modo particular, apostando e considerando a capacidade de cada pessoa para a construção do conhecimento, na condição de agente, de sujeito que pensa, age, faz, reflete. O mundo da educação diz respeito as pessoas e ao seu contexto sócio- cultural, aos sujeitos, aos acontecimentos, aos conflitos de liberdade e de decisão e as condições de vida, tanto em plano individual como coletivo. �� A globalização do processo educativo torna imperioso que se busque um nível de interdisciplinaridade e complementaridade epistemológica para dar conta da consecução dos fins educacionais. 1.2. Administração Escolar Como parte da administração pública a administração escolar é o estudo da organização e do funcionamento de uma escola ou de um sistema escolar, de acordo com uma finalidade de satisfazer as exigências da política da educação e aos requisitos da moderna pedagogia. É uma administração especializada, referindo-se também a empreendimentos particulares visto que várias instituições mantém estabelecimentos de diferente grau de ensino porém com os mesmos princípios administrativos. A Administração Escolar pressupões uma filosofia e uma política que a norteiam, seguindo prioridade estabelecida para a educação resultante de uma reflexão profunda, sistemática e contextual dos problemas educacionais da realidade. PARO Apud Silva Júnior (1994) assim se expressão quanto a Administração Escolar: Se a ótica de quem estabelece a política educacional prioriza o intelectualismo e o professor como centro do processo educacional, tem-se uma educação tradicional. Se prioriza o aluno ativo e centro do progresso educativo, tem-se uma educação escolar novista. Se prioriza o aluno concreto, projeto político na sociedade, tem-se uma educação progressista. MAYO in: Silva Junior,1993. �� A administração tem por finalidade conseguir economia do tempo, enquanto que a administração escolar o objetivo é educar as crianças, os jovens e os adultos. É tarefa diferente de qualquer outra administração, muito mais complexa. A administração escolar envolve não só as crianças, pais, mestres e funcionários, mais toda a coletividade, envolve também os próprios interesses nacionais. A educação é um trabalho não - material em que o produto não se separa do processo de produção, não se escrevendo portanto na esfera da produção material de cujo âmbito emergiu o modelo empresarial de administração. A apropriação do conhecimento sobre o trabalho pelo administrador, sua categorização, classificação, estruturação etc., constituem para Taylor o primeiro grande princípio da organização do trabalho “dos outros”. Por ele o processo de trabalho se dissocia das especialidades dos trabalhadores. BRAVERMAN, destaca efetivamente o que ocorreu na escola das relações humanas. Pois,não ocorreu o deslocamento da preocupação com a situação de trabalho para a preocupação com a pessoa do trabalhador. O que houve foi a descoberta, logo incorporada após fatores de incremento da produtividade. Indiferente à felicidade ou a infelicidade pessoal do trabalhador, o capitalista persegue o objetivo básico (e necessário a expansão do seu capital. Pode-se reduzir, sem duvida, a diferença entre trabalho necessário e trabalho excedente, aumentando a remuneração do trabalhador pela utilização de sua força de trabalho. �� A gerência “científica”, nos termos de Taylor e as “relações humanas no trabalho”, como querem Mayo e seguidores , encarregam-se de referendar e legitimar o paradoxo da condição humana no trabalho. Diante desta constatação está fadado a erro aqueles que desejo aplicar à Administração Escolar as inovações hoje introduzida na Administração de Empresa, pois a diferença entre ambos é inegável. Na escola não se tem setores de produção como compra, venda, distribuição, mercado que tem nas empresas onde o lucro faz peso nos objetivos. A escola deve ter objetivos muito mais elevados: - formar cidadãos íntegros, que venham ser úteis à comunidade e capazes de dirigir os destinos da pátria, ou seja, trabalhar com pessoas e suas diferenças individuais. Deve-se considerar a mão de obra especializada exigida (hoje pela lei federal 9394/96 – cap. X, para todos os profissionais da educação) . Essa mão-de-obra é tanto mais eficiente quanto mais possuída pelo elevado ideal de educar. Assim examinar a importância da administração na escola e suas peculiaridades, há que se considerar a influência e a relação da escola no seu contexto social e político, especialmente, a subjetividade na construção do conhecimento, os valores e a hierarquia desses valores que presidem o estabelecimento de metas e prioridade. O comportamento administrativo manifesta seu alcance pedagógico de várias maneiras, considerando os conceitos relevantes e esclarecedores, relativos a administração, que podem subsidiar a prática administrativa escolar. 1.3. Elementos da Administração Escolar �� Segundo MACIEL (1986) nos revela que os elementos estabelecidos por FAYOL para administração em geral científica são basicamente os mesmos elementos da administração escolar, apenas substituindo a previsão por planejamento. Mas não se trata somente de substituir palavras, pois há uma diferença significativa, na prática: 1.3.1. Planejamento: Tem como ponto de partida o conhecimento da realidade onde o processo educativo se desenvolverá. Para tal é necessário que se façam coletas de informações sobre os aspectos significativos da realidade, seguindo-se `a análise e interpretação das mesmas e cujo o resultado será subsidio ao planejamento. O planejamento deverá considerar os múltiplos aspectos que deverão ser abrangidos pela ação administrativa. O Planejamento deverá ser realizada com maior esmero, devido a importância que representa quanto ao êxito da administração escolar e aos benefícios que oferecerá aos educadores e a sociedade. 1.3.2 – Organização: É o ato de compor a estrutura da instituição escolar. Estruturação das unidades operacionais colocando-os no setor correspondente. Seleção de pessoal capaz de desempenhar satisfatoriamente as tarefas. Estabelecimento claro das funções de cada um, especificando as inter-relações hierárquicas. Elaboração de documentos, o manual de organização que contenha todas as informações necessárias ao bom funcionamento da instituição. Providências �� quanto aos recursos físicos, materiais e financeiro que garantam o êxito do empreendimento. A estrutura do sistema educacional já está estabelecido e qualquer alteração necessita da aprovação do Poder Legislativo. 1.3.3 – Execução: Nesta etapa o administrador deve utilizar-se dos melhores recursos da comunicação, bom senso, da empatia, e, acima de tudo, integra-se ao grupo, pois o autoritarismo e a omissão são abomináveis. Mas a priori o administrador escolar deve verificar se todos os recursos necessários estão disponíveis, antes de iniciar a execução da atividade educativa, a fim de que os seus executores não tenham seus trabalhos prejudicados. O administrador durante a execução deve ter uma postura de acompanhamento, apoio e cobrança, bem como de coordenação de esforços visando ao alcance de objetivos comum. 1.3.4 – Avaliação: É realizada sobre os aspectos quantitativos e qualitativos. Em termos qualitativos são considerados: número total de matrículas, freqüência, rendimento escolar, evasão e repetência, recursos financeiros aplicados, cumprimento de cronograma. Em termo qualitativo a avaliação se traduz na credibilidade que a ação educativa adquiriu no seio do sistema social em que se desenvolveu, em face da satisfação, das necessidades e expectativas do mesmo, sem deixar de estabelecer critérios de parâmetros, valores de �� concepção educativas que venham atender somente as classes dominantes em detrimento das classes populares. Estabelecidos os objetivos e desencadeadas as ações, é preciso saber se realmente essas ações se dirigem para os objetivos e até que ponto esses objetivos estão sendo alcançados na educação. Durante longo período a administração da educação, construiu uma tarefa bastante rudimentar. As transformações que surgiram, tanto no interior do sistema do ensino, quanto no meio social provocaram mudanças na concepção da educação, do papel da escola na sociedade bem como do seus gestores. 2 - Gestão O conceito está associado ao fortalecimento da democratização do processo pedagógico, à participação responsável de todos nas decisões necessárias e na sua efetivação mediante a um compromisso coletivo com resultados educacionais cada vez mais significativos. Gestão é uma expressão que ganhou destaque no contexto educacional acompanhando uma mudança de paradigmas no caminho das questões desta área, ou seja, é caracterizada pelo reconhecimento da importância da participação consciente e esclarecida das pessoas nas decisões sobre a orientação e planejamento do seu trabalho. A tomada de consciência política reveste de importância fundamental para a participação e a criação de um sistema gemônico, constituindo assim uma consciência crítica que não se dar espontaneamente, mais ocorre em uma �� ação organizada, assim a gestão como um novo modo de ser do novo intelectual que deve consistir ativamente na vida prática. Como construtor e organizador permanente. (Gramsci, 1978 a: 18) a mesma unidade que deve existir entre teoria e prática Gramsci(1978 b:18) na qual são elaborados e tomados correntes “os princípios e os problemas que as nossas colocam” com sua atividade prática, constituindo assim um bloco cultural e social ( Gramsci, 1978 c: 18). Considerando ainda que, “todos os homens são intelectuais” (Gramsci,1978 b:7). 2.1. Gestão da Escola Considerando o já exposto, podemos afirmar que ser administrador não é a razão da existência da escola, mas sim o ser espaço - tempo da prática pedagógica em que a criança e o jovem relacionam-se entre si, com os professores, idéias, valores, ciências e arte cultural, livros equipamentos, problemas e desafios, concretizando a missão da escola de criar a oportunidade para que ele se desenvolva, construam e reconstruam o saber. Não será a eliminação dos especialistas, nem a abertura ou delegação de suas funções especificas a todos os professores, ou ainda a eleição direta para diretor de escola a garantia de sucesso no alcance de resultados satisfatórios da prática pedagógica de sua gestão democrática Caminhar na direção da democracia na escola, na construção de sua identidade como espaço - tempo como organização e com um projeto político pedagógico próprio, com base nas convicções que envolvem o processo como construção coletiva, VEIGA (2001:51), assim supõe ser necessário: �� • Rompimentocom as estruturas mentais e organizacionais fragmentadas; • Definição clara e princípios e diretrizes contextualizada, que projetem o vir – a - ser da escola; • Envolvimento e vontade política da comunidade escolar para criar a utopia pedagógica que rompe com os individualismo e estabelece a parceria e o diálogo franco; • Conhecimento da realidade escolar baseado em diagnóstico sempre atualizado e acompanhado; • Análise e avaliação diagnostica para criar soluções às situações - problemas da escola, dos grupos, dos indivíduos; • Planejamento participativo que aprofunde compromissos, estabeleça metas claras e exeqüíveis e crie consciência coletiva com base nos diagnósticos: geral, das áreas, por componentes curriculares, por setor escolar, por grupos de professores, por pessoas nos grupos. Diante destas categorias podemos afirmar o quão é preciso pensar que existe uma administração escolar instalada, e que essa é conduzida por profissionais autorizados a um exercício legal com o mínimo de processo decisório. Sobre o que e a partir de que o administrador decide e o que deverá ser encetado, como: As decisões mais freqüentes do diretor da escola são as do ponto de vista técnico que segundo CELESTINO JUNIOR (1990), são “decisões operativas” que dizem respeito apenas ao modo de execução de deliberações estabelecidas em instância mais altas do sistema. �� O que temos observado é que o mais das vezes, o diretor da escola decide como será a atuação mais aceitável que virá colaborar para que administração do sistema resolva seus próprios problemas. Gramsci, o dirigente é ao mesmo tempo participe e o condutor do processo que dirige. Para isso ele precisa decidir delegando de forma simples uma força institucionalizada. Que é credenciado pelo seu saber, ele detém o poder de decisão, pois é ele quem autoriza, credencia e detém a confiança de seus pares. Ainda hoje, na administração escolar, encontra-se gestores exercendo sua própria autoridade, misturando os diversos modelo e estilo de gestão, nosso trabalho no entanto se prende a falar de gestão que esteja voltada para uma participação coletiva o que tornará mais abrangente o Processo de Tomada de Decisão. É importante notar que a idéia de gestão educacional desenvolve-se associada a outras idéias globalizantes e dinâmicas em educação, como por exemplo, o destaque a sua dimensão política e social, a ação para a transformação, participação, práxis, cidadania, etc. Pela crescente complexidade das organizações e dos processos sociais caracterizado pela diversificação e pluralidade de interesses que envolvem e a dinâmica das interações desses interesses, não se pode aceitar que essas organização sejam administradas dentro de uma visão conceitual da administração científica, onde a organização e as pessoas que nela atuam, são consideradas como componente de uma máquina manejada e controlada de fora para dentro. Ainda segundo esse enfoque os problemas recorrente �� seriam sobretudo encarados como insumos em desconsideração ao seu processo e dinamização de energia social. Os estabelecimentos de ensino, como unidades sociais, são organismos vivos e dinâmicos e como tal devem ser entendidos ao se caracterizarem por uma rede de relações entre os elementos que nelas interferem, direta ou indiretamente a sua direção demanda um novo enfoque de organização. E é a essa necessidade que a gestão tenta responder. Tipos de Gestão Escolar 1 – Gestão Democrática 2 – Gestão Participativa 2.1.1 Gestão Democrática Hoje nas escolas ocorre a administração autocrática, centralizada, na qual todas as decisões e todo o poder estão nas mãos do diretor. Com a LDB 9394\96, ficou estabelecido a democratização da gestão escolares. Esta gestão busca a apropriação coletiva das salas de aula pelos pais, professores, funcionários e alunos, que possuem liberdade tomada de decisão no processo educacional, para melhorar a qualidade de ensino. Nesta gestão democrática, em uma administração colegiada, a educação é tarefa de todos, família, governo e sociedade, para tanto é necessário o envolvimento de todos os sujeitos participantes do processo educacional, que devem entender e participar deste como um trabalho coletivo, pois é dinâmico e exige ações concretas. Para tanto, é necessário que a gestão democrática seja vivenciada no dia-a-dia das escolas, seja incorporada ao cotidiano e se torne tão essencial à vida escolar, quanto é a presença de professor e alunos. �� Na gestão democrática é importante a presença organizada da sociedade na escola, acompanhando e participando do processo educacional, onde o diretor descentralizando o poder distribuído responsabilidades entre todos. Outro fator importante é a estrutura física, pois em um ambiente agradável a aprendizagem torna-se eficaz, contribuindo para que o aluno permaneça na escola. Para isso é necessário também criar condições. Condições essas que implicam entre outras providências, em: Construção cotidiana e permanente de sujeitos sócio - políticos capazes de atuar de acordo com as necessidades desse novo que – fazer pedagógico – político, redefinição de tempos e espaços escolares que sejam adequados a participação, condições legais de encaminhar e colocar em prática propostas inovadoras, respeito aos direitos elementares dos profissionais da área de ensino (plano de carreira, política, salarial, capacitação profissional). (Ciseski, 1997: 66 e 67). Em uma gestão democrática todas as pessoas ligadas a escola podem fazer-se representar e decidir sobre os aspectos administrativos, financeiros e pedagógicos. Isto ocorre devido a integração da sociedade com a escola mediante a efetivação do Conselho Escolar com representações da comunidade. A autonomia da escola pública é produto de um processo que se constrõe a partir de três eixos fundamentais: a capacidade de identificar os problemas e de apresentar alternativas para solucioná-las e a capacidade de �� administrar recursos financeiros próprios consonantes com as alternativas, ou seja, trata-se de elaborar um planejamento que gere as condições necessárias para o exercício de uma gestão democrática e participativa, na qual o colegiado tem poder relevante, sendo que o êxito da gestão depende de seu pleno funcionamento. Assim o colegiado não torna-se somente um canal de participação, mais um instrumento de gestão da própria escola. A democratização da gestão escolar aponta alguns preceitos e alguns parâmetros que possibilitam uma escola de melhor qualidade como: capacitar todos os seguimentos, que por sua vez as secretárias de educação deve se responsabilizar com a capacitação dos indivíduos interno e externo da escola, consultar a comunidade escolar, institucionalizar a gestão; agilização das informações e transparências nas negociações. A democratização da gestão escolar é de grande importância no início de uma jornada transformadora, para melhoria na qualidade no desempenho escolar, lembrando que não é o único caminho, pois algumas condições legais, políticas e estruturais devem ocorrer em um ambiente favorável, com apoio dos secretários de educação, bem como não devemos esquecer que para este processo acontecer com significância é preciso a motivação e a capacitação das pessoas. O processo de gestão democrática não é simples, de curto prazo, mais também não é tão complexo ou irrealizável, de prazo indeterminado. Constituem-se em uma ação, uma prática a ser construída pela escola, que para acontecer deve associar-se a elaboração do projeto político – pedagógico da escola à implantação do conselho escolar, pois os mesmos efetivamente �� influenciam a gestão escolar como um todo, por fim com as medidas que garantam a autonomia pedagógica e financeira da escola, sem eximir o Estado de suas obrigações do ensino público. 2.1.2 Gestão Participativa A proposta de um modelo democráticojustificaria pelo modelo de sociedade, pois quando essas são democráticas espera-se que suas Instituições também assumam posturas semelhantes. Se esta verdade prevalece para as empresas privadas de uma Sociedade Democrática, ele se torna uma exigência quando se trata das Escolas, pois tem a finalidade última de educar pessoas para viver no ambiente democrático. A complexidade do processo de ensino depende, para o seu desenvolvimento e aperfeiçoamento de ação coletiva, de espírito de equipe, sendo este o grande desafio da gestão educacional. Segundo PRAIS (1990), para acontecer a Administração Participativa na escola é preciso que o diretor, professores, alunos e pais se proponham a isso. O diretor pode estimular ou entravar o processo, mais o êxito da experiência dependerá do aprendizado vivencial de participação construtiva de cada um e de todos os componentes da Instituição. Para tanto o que importa não é o resultado obtido a curto ou a médio prazo mas sim, o esforço empregado para se alcançar o resultado desejado. A descentralização dos processos de gestão ficam assim vinculados a tomada de decisão em educação, a democratização dos processos de gestão da escola, estabelecido na Constituição Nacional, e a conseqüente construção �� da autonomia da escola demando o desenvolvimento de espírito de equipe e noção de gestão compartilhada nas instituições de ensino em todos os níveis. A própria concepção de gestão educacional como um processo de mobilização do talento e da energia humana é capaz de promover nas instituições educacionais experiências positivas e promissoras demandada da realização de trabalhos conjuntos e integrado, considerando que a sinergia do grupo constitui-se em um forte elemento cultural. O papel do diretor neste processo é muito importante, isso se ele acreditar que não há administração satisfatória sem a participação de todos, e de que não haverá participação condizente de todos, sem o papel de coordenador. Para que aconteça essa participação é preciso que o gestor se proponha, conscientimente, a impor o menos possível; a aceitar a amorosidade de um processo participativo; a superar o medo de ser julgado e ainda de perder alguns privilégios; a de ter de conviver com idéias diferentes ou contraditórias as suas e a de conter sua tendência mais ou menos centralizadora, individualista ao tomar decisões. A prática individualizada e mais ainda individualista e competitiva empregadas em nome da defesa de área e territórios, expressadas de forma camuflada, deve ser superada gradativamente em nome de uma ação coletiva pela qual no final, todos ganhe no aprimoramento do exercício da democracia ativa e da socialização como um caminho para o desenvolvimento individual. Vale ressaltar que a participação não é o resultado de processos automático espontâneo, mais sim uma conquista diária e conseqüência do fortalecimento do sentido de responsabilidade dos indivíduos. �� A descentralização dos processos de direção e de tomada de decisão em educação bem como a democratização dos processos de gestão da escola, demandam o desenvolvimento de espírito de equipe e noção de gestão compartilhada nas instituições de ensino, em todos os níveis. Para nós é o grande desafio mudar o estilo de gestão atual para os modelos aqui em discussão. Os gestores em sua maioria, passam muitos anos usando as abordagem autocráticas que vivenciaram e aprenderam, logo um diretor com muitos anos de experiências de administração escolar tradicionais, precisará de um tempo para livrar-se desses maus hábitos. Os conceitos de liderança implicados nesses modelos precisará de um longo período de tempo para orientação e treinamento. A própria concepção de gestão educacional como um processo de mobilização de talento, promove nas instituições educacionais experiências positivas e promissoras de formação de seus jovens alunos, demandando a realização de trabalhos, conjuntos e integrados. Por outro lado, o diretor da escola como líder da comunidade escolar, é o instrumento essencial no processo de mudança na instituição escolar. Por possui um papel essencial na qualidade da educação oferecida na escola. Uma forma importante pela qual o diretor pode efetuar mudanças nos estilos de gestão é tornando-se um modelo. Ao dar o exemplo, este gestor estimula outros participantes do processo a experimentar as novas concepções de administração. Como construção social que é, a escola constrõe-se a si mesma ao mesmo tempo em que constrõe os instrumentos de seu trabalho único. O que preocupa as escolas é a questão do trabalho, fundamentalmente, encontrar as �� formas de encaminhamento de seus alunos ao mundo do trabalho. A escola é um local de trabalho, e como tal, tem que ser concebida, organizada e administrada sem usar o seu propósito critérios e caráter geral. Ela deve ser pensada a partir desses conceitos no que se refere ao esforço humano, coletivo e em prol da finalidade. Cabe lembrar que democracia se aprende em muitas instâncias sociais, mas é tarefa da escola promover esse aprendizado de forma sistemática, por que somente uma Escola Democrática é capaz de formar pessoas democráticas, portanto mudar apenas a denominação, em si, nada significa, acima de tudo é necessário que a nova forma de representação de escola e de gestão denote originalidade e a efetiva atuação. �� CAPÍTULO III TOMADA DE DECISÃO – CONCEITOS E LIDERANÇAS Na organização escolar, que se quer democrática, em que a participação é elemento inerente à consecução dos fins, em que se busca e se deseja participar coletivas e individuais baseia-se em decisões tomadas e assumidas pelo coletivo escolar, exigi-se da equipe diretiva, que é parte desse coletivo, liderança e vontade firme para coordenar, dirigir e comandar o processo decisório como tal e seus desdobramentos da execução. Liderança e firmeza no sentido de caminhar e viabilizar decisões pedagógica, com ética e profissionalização para assegurar e respaldar pedagógica e teoricamente os agentes organizacionais. 3.1. Conceitos A partir da década de 1930 a gestão, vem sendo estudada pela ciência administrativa, vem recebendo diferentes apreciações e tratamentos e, hoje, ainda concentra grande parte da atenção dos estudiosos da administração. Assim, o Processo de Tomada de Decisão exerce o topo da pirâmide da interação, pois controla o grupo, coordena as decisões aproximando as normais concretas abstratas, desenvolvendo resultados e promovendo o equilíbrio com a sua liderança. Portanto, o processo de Tomada de Decisão, para Bueno F. A (1983) pode ser analisada em dois momentos: �� Tomada - é uma conquista ou represa para fins industriais; Decisão - é firmeza ou coragem na sentença ou resolução. Segundo nossas reflexões podemos dizer que Tomada de Decisão é um ato que exige firmeza ou coragem na resolução do problema, objetivando conquistar resultados positivos tanto pessoal quanto econômico. Assim segundo FERREIRA. A. B. H. (1988) Tomada de Decisão é o ato ou efeito de tomar, de decidir, resolução, determinação, deliberação, desembaraço, disposição, coragem capacidade de decidir. Paradigmaticamente KAZMIER L. J. (1975) afirma que: “a habilidade em tomar decisões é a chave para o planejamento bem sucedido em todos os níveis da gestão. Isto envolve mais que uma simples seleção de planos de ação que assume pelo menos três fases: diagnóstico; descobertas de alternativas e análises”. Para o mesmo o diagnóstico é a primeira fase do Processo de Tomada de Decisão que tem como função de identificar e aclarar o problema. Descobertas de alternativas a criatividade do administrador é muito importante. A análise, a qual inclui a comparação dos possíveis cursos de ação e a escolha de uma das alternativas. Assim, O Processo de Tomada de Decisão vai ser arrolada nos campos da liderança. A história reflete tentativa para explicar a natureza da liderança. Alguns autorestem dado ênfase a teoria do grande homem, conforme esta teoria as principais tendências da sociedade teve início por grandes homens. A �� teoria da liderança de que a época produzia o homem é defendida pelos seus defensores, onde concluíram que os chamados grande homens eram o produto do seu tempo de condições e tendências culturais, no qual eles vieram trabalhando. A evolução destes conceitos ocorrem no conteúdo e no conceito de administração, foi acompanhado por modificações no conteúdo e no conceito de liderança. A medida que a importância do fator humano fazia-se sentir-se em administração, as técnicas de lideranças tiveram que passar por revisão, por conta disso foram feitas pesquisas rigorosas no campo do comércio e da industria, estudando as reações dos indivíduos através de observação e registro com relação aos vários tipos de liderança. Esses estudos mostraram que o líder deve valorizar o trabalho dos indivíduos e das equipes, ressaltando os aspectos positivo do que foi realizado e influindo na construção de um ambiente estimulante para a realização das atividades, portanto a produção não depende apenas da qualidade da matéria – prima e da perfeição do funcionamento das modernas máquinas, a produtividade em geral de um grupo tem correlação com determinados tipos de liderança. 3. 2 - Tipos de Liderança 3.2.1 – Liderança Autocrática É o tipo de liderança ditatorial. O ato de liderar está centralizado exclusivamente na pessoa do líder. O cuidado e as considerações para com os sentimentos das pessoas subalternas não existem. Espera-se a máxima �� produção de cada indivíduo isoladamente, sem nenhuma atenção para com as vantagens que poderiam resultar de um bem organizado trabalho de grupo. As técnicas empregadas resumi-se quase unicamente ao ato de dar ordens, de dizer às pessoas o que devem fazer e ao ato de fiscalização e de controle, como verificação relativamente ao cumprimento de ordens. Dentro de um ambiente rígido exercido pela liderança autocrática, os colaboradores não tem oportunidades para desenvolverem o espirito de iniciativa. As pessoas assim dirigidas não sentem estímulo para o desenvolvimento de suas próprias qualidades de liderança. O líder oficial dá a tarefa em partes, exigindo o cumprimento de uma parte sem revelar qual o passo seguinte. Explicações sobre porquês e objetivos não são dadas. Na avaliação dos resultados do trabalho o líder é subjetivo. Sua crítica e reconhecimento são pessoais. O ambiente de trabalho é de comando, em que as ordens muitas vezes se contradizem, interrompendo assim a boa caminhada das atividades. Durante suas pesquisas Ronald Lippitt e Ralph K. White, estudiosos do assunto observaram que as reações do grupo submetidos à Lideranças Autocráticas eram de grande dependência em reação ao líder, verificando-se a ausência de iniciativa própria por parte dos membros do grupo, e em muitos casos apareceram sentimentos de depressão e frustração. Nas relações pessoais entre os membros do grupo de um lado, e o líder, de outro, constatou um certo grau de agressividade. Observou-se também que os comandados entre si, desenvolveram gradualmente um comportamento de irritabilidade e agressividade. Quanto à produção , verificou-se que, durante a �� ausência do líder, o grupo não tomava a iniciativa de começar um trabalho novo, nem de terminar tarefas incompletas. 3.2.2 - Liderança Democrática As principais características desse tipo de liderança são representadas pela eqüidade de equilíbrio entre direitos e responsabilidades. O líder democrático procura sempre que possível a participação dos membros do grupo na formulação de programas de ação. Estimula e orienta discussões e decisões dá a todos os participantes ampla perspectiva da razão e da continuidade das atividades sugerindo uma melhor execução do trabalho, faz de maneira a sempre permitir alternativas. Os participantes do grupo conhece o padrão que se estabeleceu para a avaliação do seu produto e compreendem as razões da necessidade de alcançar esse padrão. O líder não procura educar e instruir cada subordinado isoladamente. Sua ambição é estimular e orientar cada pessoa no sentido de que ela passa realizar-se em sua plena potência e sentir-se membro importante do grupo. Liderança em seu sentido democrático, deve ser um elo que faz com que um grupo de trabalho não seja apenas uma coleção de indivíduos. Exercer liderança deve ter como objetivo maior planejar, orientar , coordenar e controlar os esforços de todos a fim de que em conjunto possam alcançar seus objetivos mais eficientes. O líder democrático procura sem cessar estabelecer situações favoráveis para que cada pessoa possa desenvolver-se ao máximo, e para que possa alcançar sucesso e satisfação no trabalho. �� O líder democrático procura a objetividade em sua crítica e na sua maneira de avaliar a produção de todos. Ele se identifica com o grupo, fazendo-se um participante e colaborador. Em suas pesquisas Lippit e White observaram que o grupo de trabalhos sob orientação democrática produziam bom trabalho quando acompanhados pelo líder. A observação do grupo em geral revelou que a atuação do líder era estimulante, tanto para a produção como para as relações interpessoais. Verificou-se também que o pronome nós gradativamente foi substituindo o eu. Muito interessante torna-se observar um grupo que recebe determinado tipo de liderança. Dentro de certo tempo a atitude do líder toma feição contagiante servindo como exemplo para o grupo, logo: Os líderes são os responsáveis pela sobrevivência e pelo sucesso de suas organizações. Chamamos de liderança a dedicação, a visão, os valores e a integridade que inspira os outros a trabalharem conjuntamente para atingirem metas coletivas. A liderança eficaz é identificada como a capacidade de influenciar positivamente os grupos e de inspirá-los a se unirem em ações comuns coordenadas. Os líderes reduzem as nossas incertezas e nos ajudam a cooperar e trabalhar em conjunto para tomarmos decisões acertadas (Chiavenato, 1994). Dentro desta perspectiva observa-se que o fator responsabilidade é visto como base para averiguar o tipo de liderança que está sendo empregado, exemplo disso, o líder autocrático concentra toda a responsabilidade em suas �� próprias mãos, já o democrático compartilha com o grupo, enquanto que o tipo laissez - faire deixa-a com cada indivíduo isoladamente. Em geral não é necessário que o líder faça longo discursos sobre o tipo de liderança que adota, pois a sua maneira de agir fala mais alto do que demoradas explicações, revelando principalmente pela teoria e pela ação de que palavras, apenas não são convincentes. 3.2.3 - Liderança Laissez – Faire É o tipo de liderança caracterizada pela atitude passiva do líder . Trata- se do chefe amistoso, que nunca expressa uma crítica, que confia as decisões a cada pessoa individualmente, se abstendo de dar sugestões. Willard S. Elsbree e Harold Menally constataram que esse tipo de liderança é normalmente confundido com liderança democrática, e muitos administradores, quando permitem a todos que façam o que querem, acreditam que sejam um líder democrático, que portanto exercem liderança democrática. Lippit e White, nas suas pesquisas sobre as lideranças Laissez-Faire registraram que a produção de um grupo submetido a esse tipo de liderança é baixa e que a intensidade das atividades não são influenciada pela presença do líder. A Liderança Laissez-Faire costuma levar o grupo de trabalho ao descontentamento para com a sua própria produção e eficiência. Um grupo de trabalho necessita ver em seu líder a manifestação de firmeza e de clareza de propósitos. Atitudes de incerteza e de confusão por parte do líder geram o descontentamento entre o grupo. �� 4 – Gestão Escolar e a LiderançaDirecionando a nossa pesquisa para a gestão escolar encontramos ainda outros tipos de lideranças voltadas particularmente ao processo educacional. Na medida que nos aproximamos do 3º milênio, os dirigentes de instituições escolares do mundo descobriram que os modelos convencionais anterior levando de liderança não são mais adequados para a nossa realidade, pois as instituições de ensino atuais necessitam de lideres capazes de trabalhar e facilitar a resolução dos problemas em grupo, ajudando-os a identificar suas necessidades de capacitação e adquirir as habilidades necessárias e ainda delegar autoridade e descentralizar o poder. Segundo Lück (2000), estamos vivendo no meio da 3ª onda em administração, as décadas finais do século XX marcaram o surgimento de uma revolução no pensamento administrativo. Atualmente, o nosso mundo é marcado pela emergência de novas estruturas organizacionais que são, significativamente mais democráticas, criativas e, potencialmente mais produtivas do que foram em qualquer estágios anteriores da história. Níveis maiores de educação, o crescimento do espirito democrático e o crescente reconhecimento da interdependência do local de trabalho, como também do ambiente global, tem levado à percepção de que a chave para um ambiente de trabalho está em alcançar uma cooperação mais eficaz de gestão que supera o modelo centralizado, autocrático, controlador, cuja ênfase situa-se em regras de trabalho e na obediência. Nos dias de hoje, os lideres eficazes de escolas concentram os seus esforços em liberar a energia escondida das escolas e da outras organizações, pela construção de equipes participativas. �� Ainda segundo Heloísa Lück, a mudança vem de baixo para cima, porém tem que haver um clima de liderança para que as pessoas do grupo expressem os problemas, confiando um nos outros e resolvendo os problemas juntos, isto contribui para uma atitude de se sentir capaz e livre para fazer as coisas. 4.1. Liderança Participativa É um tipo de liderança cuja a estratégia empregada e para aperfeiçoar a qualidade educacional. É a chave para liberar a riqueza do ser humano que está presa dentro do sistema de ensino. Baseada em bom senso – a delegação de autoridades àqueles que estão envolvidos na produção de serviços educacionais – é construída a partir de modelos de liderança compartilhada, que são os padrões de funcionamento de organizações em todo o mundo, com alto grau de desempenho. Características de um líder participativo, é um facilitador e estimulador da participação dos pais, alunos, professores e demais funcionários, na tomada de decisão e implementações de ações; promotor da comunicação aberta; demonstrador de orientação pró – ativa; construtor de equipes participativas; incentivador da capacitação e desenvolvimento dos funcionários e de todos os da escola; criador de clima de confiança e receptividade; mobilizador de energia, dinamismo e entusiasmo. Outra forma de analisar a liderança participativa é através da observação das atividades pertinentes à liderança. Isto inclui criar e comunicar uma visão compartilhada, ganhar a confiança e o comprometimento organizacional, utilizar as competências da organização, desenvolver as equipes da �� organização e motivá-las. Tudo isso irá contribuir para estabelecer um censo de responsabilidade coletiva através da nova visão da escola, para tanto: “ Os dirigentes com os melhores índice de desempenho concentram sua atenção, primeiramente, no aspecto humano dos problemas dos seus subornados no empenho em construir grupos de trabalho eficazes com o objetivos desafiadores” (Likert,1971) Com base no estudo questionado foi identificado ainda quatro aspectos da liderança participativa. Apoio: comportamento que contribui para que o subordinado se sinta valioso e importante. Ênfase no objetivo: comportamento que estimula o entusiasmo em realizar o trabalho e produzir resultados. Facilitação do trabalho: remoção dos obstáculos e desvios, permitindo que os funcionários realizem seus trabalhos. Facilitação da interação: comportamento que viabiliza a transformação dos funcionários em uma equipe de trabalho. Outro aspecto a se abordado na liderança participativa é a confiança, fundamental e importante para manter uma organização unida, podendo facilitar a boa comunicação assim como, corrigir ações ocorridas em momentos inoportunos, possibilitando assim o entendimento de objetivos criando condições para o sucesso organizacional, então: �� “Sem confiança, desentendimentos rotineiros são interpretados como traições; ordens simples se tornam expressões ríspidas; os planos mais bem concebidos fracassam. Sem confiança, os indivíduos tomam como pessoais as críticas e buscam esconder os pontos fracos em seu desempenho. Sem confiança a comunicação se torna pouco objetiva, vaga e defensiva, na medida em que os indivíduos brigam sobre questões que devem ser abertamente discutidas, caso a organização deseje ser eficaz. Sem confiança, assumir riscos, buscar inovações e ter criatividade são ações sufocadas. (Culbert e McDonough,1985) O relacionamento entre líderes e seus liderados é complexo e recíproco, bons lideres são formados a partir dos impulsos positivos dos seus liderados, caso tenham a oportunidade, irão geralmente selecionar bons lideres e demandar que eles mantenham um alto padrão de desempenho. No entanto, nas burocracias educacionais rígidas há normalmente, pouco espaço para a flexibilidade e evoluções no relacionamento entre o líder e liderado. Uma das razões da burocracia se estagnada é tida pelo fato de alguns executivos assumirem que, devido à sua posição e autoridade podem liderar sem serem lideres, confundido o exercício de autoridade por liderança. A comunidade eficaz é tida como a base para criação de confiança da interação entre o grupo. O líder tem que ser confiável, previsível e justo na sua relação, essa confiança pode ser construída se os líderes delegarem poder aos �� seus liderados, fortalecendo o seu pessoal e a instituição através de um estilo eficaz de relacionamento. Outra característica marcante do trabalho do líder participativo é identificar perspectivas de construção e construir com o envolvimento a competência dos outros. “ Um leque totalmente novo de opções se abre, quando o líder se orienta por esta questão: como cada problema pode ser resolvido de modo que permite o desenvolvimento das capacidades e comprometimento dos meus companheiro de trabalho ?(Bradford e Cohen,1984: 62 e 63). A medida em que os associados buscam novas oportunidades, compartilhando seus conhecimentos, isto aumentará as chances das tarefas serem realizadas com qualidade e ao se sentirem comprometidos em levar as decisões adiante isso criará situação de motivação em níveis alto. A motivação é o empurrão ou alavanca que estimula as pessoas a agirem e a se superarem. Abre a porta para o desempenho com qualidade em qualquer situação. Compreender a dinâmica geral da motivação é fundamental para um gestão eficaz, logo este gestor deve compreender e ser capaz de aplicar os princípios básicos da motivação humana. A motivação funciona em estrutura organizacionais em três âmbitos: o indivíduo, o grupo imediato de trabalho e a organização como um todo. Uma atmosfera de equipe pode ser um grande fator motivador, pois fortalece o comprometimento profissional e organizacional, bem como a �� identidade profissional. Ela também aumenta as possibilidades de troca profissional e de aprendizagem. 4.2. – Estilo de comportamento do líder Teorias administrativas escolares identificam quatro estilos de comportamento de líder, que variam de acordo com as necessidades individuais ou grupais de direcionamento e apoio, são: diretivo, de instrução, auxiliador e delegador. 4.2.1 – Liderança Diretiva: É aqueleonde os líderes tende a funcionar de maneira autônoma, tomando decisões sozinho e dando instruções especificas sobre o que fazer e como executar determinadas tarefas. Define objetivos, resolve problemas e, normalmente, preferem que os subordinados sigam regras e regulamentos específicos, baseando-se fortemente em recompensas, punições e fonte legítima de poder para motivar os funcionários. Há situação em que o estilo de liderança diretiva é necessário para se atingir um objetivo desejado, é particularmente, apropriado em situações de emergência. Contudo, líderes que são, exclusivamente, diretivos tende a ser consumidos pelo excesso de trabalho e stress, ao mesmo tempo que cerceiam a observação de responsabilidade pelos seus funcionários, diminuindo o desempenho do funcionário muito abaixo da sua capacidade normal. �� 4.2.2 - Liderança de instrução: Esse estilo permite participação limitada e evita os excessos da liderança diretiva. Ao invés de proporcionar um alto grau de dimensionamento, a liderança de instrução combina alguns direcionamento com encorajamento pessoal para desenvolver a confiança dos subordinados. O seu líder decide, após considerar os objetivos, então, explica os motivos da sua decisão e tenta persuadir a todos a levá-la adiante . 4.2.3 - Liderança de Auxílio: O líder auxiliador se baseia em objetivos desafiadores para motivar os liderados. Este estilo é apropriado para profissionais gerenciais. Os integrantes da equipe são convidados a influenciar no Processo de Tomada de Decisão, onde é apresentado o problema, as informações históricas relevantes sobre o mesmo e pede que o grupo sugira alternativas para sua superação. O líder, então, seleciona as soluções desejadas. 4.2.4 - Liderança Delegada: O líder que delega, envolve, como companheiro de trabalho, todos os funcionários, no Processo de Tomada de Decisão, criando também, desta forma, seu comprometimento com as decisões tomadas. Trata-se de uma ação criadora de elevada sinergia, isto é, de força conjunta dinamizadora de ações coletiva. Ao participar do processo decisório, o líder concorda em mudar de opinião de acordo com a decisão do grupo, além disso, os lideres hábeis em �� delegar são capazes de maiores conquistas, pois sua delegação de autoridade desenvolve habilidades e o comprometimento dos integrantes da equipe. Considerando que o líder eficaz pode, em diferente momentos e em diferentes circunstância, estar agindo adequadamente, usando qualquer um dos estilos de liderança citado anteriormente. O que deve ser evidente é que a seleção do estilo adequado depende da natureza do problema, da situação, como também dos indivíduos e da natureza dos seus relacionamento. É importante reconhecer que, dada a dinâmica social, estas condições não são fixas num mesmo grupo, variando de momento a momento, cabendo portanto ao líder fazer uma análise da situação vivenciada e assim adequar-se ao estilo de liderança que julgar ser a mais correta. �� CAPÍTULO IV TOMADA DE DECISÃO UM PROCESSO EM DISCUSSÃO O Processo de Tomada de Decisão, envolve um ciclo de eventos que se pode discernir uma qualidade ou uma direção consistente, no entanto quando se tem a percepção de uma quantidade de eventos dentro de um conjunto de pressuposições explícitas, é possível observar a direção dos eventos. O Processo de Tomada de Decisão em uma organização não é um assunto pessoal, e sua eficácia não é produto da qualidade das decisões de apenas uma pessoa, é sim um assunto da organização, assim: “ A arte da decisão administrativa consiste em não decidir questões que não são pertinentes, em não decidir prematuramente, em não tomar decisões que não podem ser executado, e em não tomar decisões que competem a outras pessoas “. (Bernard, 1951). Pragmaticamente, a tomada de decisão tem um método que poderá melhorar sua habilidade em tomar decisão, a priori para decidir deve-se fazer uma apreciação sobre uma linha de conduta a ser adotado em todas as suas atividades de planejamento, direção e controle. Muitos administradores acham difícil encarar o Processo de Tomada de Decisão como um trabalho consciente, sujeito a princípios e regras. O administrador profissional sabe que uma decisão lógica resulta da aplicação sistemática de esforço mental, reconhecendo que a tomada de decisão é uma �� habilidade comporta de diferentes elementos que podem ser aprendidos como qualquer outra habilidade. 4. 1. Tipos de Decisões Segundo Sperb (1963), podemos classificar as decisões como: Muito importante, Importante e Sem Importância - Muito Importante: o impacto é muito significativo. Ex. desenvolvimento de política de trabalho; determinar objetivos básicos; desenvolver a estrutura de organização; promover pessoal. - Importante: o impacto é significativo. Ex. são as decisões de procedimentos não críticos. - Sem importância: o impacto é insignificante. Ex. são tomadas para a aquisição de materiais baratos; cuidar do serviço interno que são as decisões do agora. 4.2. Instrumentos para a tomada de decisão Algumas decisões são incrivelmente complexos. A tendência dos administradores a terem que tomar esses tipos de decisão foi descrito por John Swcaringen presidente da Standard Oil Company (Indiana) em uma palestra sobre tomada de decisão executiva, ele disse: “O alcance das decisões tende a sofrer uma escala, devido o grande número de competidores e centenas de empregados que irão afetar milhares de dólares em ativo e que envolve centenas de milhões”, “juntando-se ao problema, a uma crescente necessidade de tomar decisões a prazo mais longo numa época em que a explosão �� tecnológica tem tornado o trabalho de previsão mais perigoso, tendo em vista as exigências cada vez mais premente de tomar decisão com maior rapidez, sobre a pressão da competência e da comunicação instantânea. 4. 3. Métodos de Tomada de Decisão O Processo de Tomada de Decisão está centrada nos moldes de liderança, pois em qualquer empresa a tarefa de tomar decisões é a mais árdua, mais séria e varia conforme a decisão do chefe. PLANEJA ↑ ORGANIZA←CHEFE→ RESOLVE ↓ ORDENA ↓ O PESSOAL EXECUTA Este modelo é aplicado em lideranças com moldes totalitários, autocráticos, onde a tomada de decisão é tarefa de solucionar, são os louros e os fracassos do chefe. �� PROBLEMA Esse modelo deve ser visto e examinado pelo grupo. A liderança tem moldes democrático, já que o problema é centrado no grupo. Para que seja alicerçado na responsabilidade conjugada do grupo. O administrador profissional sabe que uma decisão lógica resulta da aplicação sistemática de esforços mentais. Analisando esse método George B. Huszar, enumera 4(quatro) modos sucintos das varias características do Processo de Tomada de Decisão: 4.3.1 – O numero de pessoas no grupo: e variável sendo de dez a doze provavelmente o numero ideal. Grupos muitos numerosos costumam funcionar com dificuldades, enquanto os de numero inferior a dez em geral tem pouca eficiência. �� 4.3.2 – Preservar a integridade do grupo: preservam a integridade do indivíduo do grupo e lhe dão oportunidades para a aplicação do seu poder de produzir e de participar. 4.3.3 – A participação do indivíduo no grupo: o indivíduo aparece destacado no grupo, participando da decisão cujo o valor e superior a de cada pessoa individualmente. Neste o todo e maior que a soma de suas partes, não se tratando de um processo de adição, mais de fusão de pensamento. 4.3.4 – O problema e o centro das atenções: o problema localiza-se no centro do grupo, como uma bola no jogo de futebol, desafiando as energias de todos e estimulando a liberação de todo o poder do indivíduo. A organização em grupos centrados em torno do problema serve como objetivo principal, a tomada de decisão. Assim: “Quando os limites da racionalidade são vistosdo ponto de vista do indivíduo, ele caem em três categorias: ele e limitado por suas habilidades, hábitos e reflexos inconscientes, ele e limitado por seus valores e concepções de objetivos, que podem divergir os objetivos da organização, ele e limitado pela extensão do seu conhecimento e informação. O indivíduo pode ser racional em termos dos objetivos da organização somente na medida em que e capaz de seguir um certo pulso de ação, de ter uma concepção correta do objetivo da ação e de esta corretamente informado sobre as condições que cercam sua ação. Dentro �� dos limites estabelecidos por estes fatores suas escolhas são racionais e orientadas para o objetivo” (Simon, 1950:241). Com relação a todas as variáveis acima nota-se as restrições colocadas para os que tomam as decisões. Não só as alternativas são restringidas, mais também os valores e o conhecimento do que toma a decisão, sem excluir a possibilidade do indivíduo tomar uma decisão irracional. O método definitivo de soluções de problemas possui os seguintes passos: formule o problema; obtenha fatos e opiniões; escolha a melhor solução; venda a solução; aplique e faça o acompanhamento da solução. 4.4. Procedimentos para o Processo de tomada de Decisão obedece os seguintes passos: 4.4.1 – Identificar, definir e estabelecer os limites do problema Embora seja este o primeiro passo formal do processo, a preparação para um decisão em particular começou no passado daquele que toma a decisão. Neste passo o problema se torna conhecido, e quem toma a decisão cumpre o processo de definir e estabelecer os limites do problema, procurando anunciar o problema em termos ou de seus objetivos ou dos objetivos da empresa, e procura também enuncia-lo de tal forma que possa apreender seus significado. 4.4.2 – Analisar e avaliar o problema Estando o problema identificado, definido e limitado, segue-se sua analise e avaliação. E neste ponto do processo que entra em consideração aquilo que se pode chamar as ocasiões para tomada de decisão. Com o problema �� identificado, o gestor precisa decidir se deve ou não tentar resolve-lo, pois e necessário saber quando deve tomar uma decisão e quando não deve tomar esta. Para tanto isto requer a capacidade do gestor para reconhecer coisas tais como a urgência de uma citação, a origem do problema se existe ou não alguém capaz de resolver o problema melhor que ele, e um mundo de outras considerações, assim: “ A arte da decisão administrativa consiste em não decidir questões que não são pertinentes, em não decidir prematuramente, em não tomar decisões que não podem ser executadas, e em não tomar decisões que competem a outras pessoas “ (Bernard, 1938) Para o autor essas questões são as que sugerem de que cada administrador deve colocar-se antes de tomar uma decisão. A análise e a avaliação dos problemas precisam ainda levar em consideração a maneira como gestor percebe a situação, quer como indivíduo, quer como membro da organização, e também a natureza do conjunto de valores da organização. Estes fatores emprestam significado ao problema e determinam o grau e a natureza da ação a ser desencadeada. 4.4.3 – Estabelecer critérios e julgamento Nesse ponto a atenção se volta para os critérios de avaliação das soluções propostas para um problema. Esta é uma fase bastante crucial para o Processo de Decisão, é aqui que são introduzidos no processo o sistema de valores e as aspirações da organização ou do indivíduo. �� Toda administração é orientada no sentido de alcançar certos objetivos e só será possível saber se a solução encontrada é satisfatória, a partir que se estabeleça os critérios para os julgamentos das soluções, pois só assim é que se deverá se alcançou seu objetivo ou objetivo da organização. Os critérios de julgamento tem muitas fontes inclusive o nível de aspiração do gestor ou dos membros da organização, os valores de cada um a as percepções e os motivos das pessoas envolvidas. 4.4.4 – Coligir dados Neste passo, são coligidos dados que serviram de base para a tomada de decisão. Convém ressaltar que os dados coligidos precisam ser relevantes, isto é, ou isentos de viés ou com o viés claramente indicado, e precisam ser passíveis de repetição, isto é, precisam ser os mesmos dados, quer quando usados por outros, quer quando usados pelo tomador de decisão. A Coleta de dados é, ao menos em parte, uma das razões para a existência da organização formal. É proveitoso conceber a organização em termos de canais pelos quais os dados fluem para os lugares em que são tomadas as decisões. 4.4.5 – Escolher a solução preferida Este passo é o ponto de decisão. Tudo o que foi feito antes culmina em uma decisão. Este passo está dividido em três partes: 1) formulação de diversas soluções em decisões, 2) consideração das conseqüências de cada solução (atribuição de probabilidade), 3) seleção de uma só solução como a de maior probabilidade de sucesso. �� A formulação de múltiplas soluções exige o uso de inventividade para que sejam consideradas todas as soluções possíveis, podendo ser este momento uma excelente ocasião para a utilização de grupo para formulação de decisões, podendo também o gestor consultar pessoas, dentro e fora da organização, de maneira a ampliar as possibilidades de soluções. Ele deve ter sempre em mente que, entre estas soluções possíveis, está a de não decidir, que tem tanto de decisão como qualquer outra. Nesta fase do processo, ocorre também a consideração das conseqüências de cada solução. Estas conseqüências são previstas com base naquilo que o gestor sabe sobre as probabilidades de sucesso de cada solução, sendo que algumas destas probabilidades podem ser enunciada matematicamente, porém mais freqüentemente será estabelecida apenas uma aproximação, por não ser possível determinar a probabilidade. Isto é comumente em relação à administração escolar, em que os superidente pode apenas avaliar, de maneira bastante grosseira, o sucesso provável de um curso de ação escolhida. 4.4.6 – Por em execução a solução Este é o último passo no Processo de Tomada de Decisão, envolve tanto a execução da decisão, quanto sua modificação em termos das condições que ocorrem quando a decisão se torna operacional. Embora esteja sendo executada uma decisão principal, isto não significa cessado o Processo de Tomada de Decisão, pois durante a execução há necessidade de tomada de numerosas decisões secundárias, o que destaca ainda mais a natureza seqüencial do processo de decisão. �� As decisões secundárias da solução, para que se torne efetiva tem que ser consideradas três fases: a- programação, b- controle, c- avaliação. a) Programação é procedimento usado para criar ou utilizar a estrutura necessário para fazer aquilo que a decisão requer, nesta fase há momentos em que é necessário construir uma nova estrutura, outro momento pode ser necessário um grau qualquer de ação entre estes dois extremos. Tão logo uma decisão é tomada e vão ser posta em execução, cria-se na organização um estrutura que torna possível a previsão das futuras inter- relações referente a decisão. b) Controle é o processo de assegurar que o desempenho corresponda aos planos. Todo aqueles que tomam decisões operam dentro de um conjunto de limites, as vezes esses limites são amplos ou muito estreitos. O principal motivo para o estabelecimento de limitações ao poder do que toma decisões é o de aperfeiçoar a qualidade das decisões tomadas, porque quando as limitações são estabelecidas ficam prescritas formas e meios para a tomada de decisão, bem como o conteúdo das mesmas. A maneira habitual de fazer isto em uma organização é através do estabelecimento de uma orientação. Um conjunto eficaz de orientações deveria indicar quem deve tomar as decisões, a que a decisão deve referir-se, e alguma informação sob como a decisão deve ser tomada. Os membros
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