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Aula 05 apostila

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Prévia do material em texto

CONTABILIDADE 1 
Prezado aluno, 
 
Esta apostila é a versão estática, em formato .pdf, da disciplina online e contém 
todas as informações necessárias a quem deseja fazer uma leitura mais linear do 
conteúdo. 
Os termos e as expressões destacadas de laranja são definidos ao final da 
apostila em um conjunto organizado de texto denominado NOTAS. Nele, você 
encontrará explicações detalhadas, exemplos, biografias ou comentários a 
respeito de cada item. 
Além disso, há três caixas de destaque ao longo do conteúdo. 
A caixa de atenção é usada para enfatizar questões importantes e implica um 
momento de pausa para reflexão. Trata-se de pequenos trechos evidenciados 
devido a seu valor em relação à temática principal em discussão. 
A galeria de vídeos, por sua vez, aponta as produções audiovisuais que você 
deve assistir no ambiente online – aquelas que o ajudarão a refletir, de forma 
mais específica, sobre determinado conceito ou sobre algum tema abordado na 
disciplina. Se você quiser, poderá usar o QR Code para acessar essas produções 
audiovisuais, diretamente, a partir de seu dispositivo móvel. 
Por fim, na caixa de Aprenda mais, você encontrará indicações de materiais 
complementares – tais como obras renomadas da área de estudo, pesquisas, 
artigos, links etc. – para enriquecer seu conhecimento. 
Aliados ao conteúdo da disciplina, todos esses elementos foram planejados e 
organizados para tornar a aula mais interativa e servem de apoio a seu 
aprendizado! 
Bons estudos! 
 
 
 
CONTABILIDADE 2 
Introdução 
Na aula anterior aprendemos sobre o conjunto das demonstrações financeiras a 
ser elaborado pelas empresas. Você provavelmente já observou em jornais de 
grande circulação a publicação de demonstrações contábeis de muitas empresas. 
Este fato tem como objetivo a prestação de contas à comunidade dos negócios. 
Tais demonstrativos, além de atenderem à legislação, são a base para a empresa 
embasar seu planejamento e para que investidores e outros usuários dessas 
informações tomem decisões sobre estas empresas. 
Nesta aula, serão abordados os índices utilizados para analisar as demonstrações 
financeiras, suas interpretações e como produzir os relatórios conclusivos. 
 
Objetivo: 
• Discutir sobre os objetivos da análise das demonstrações financeiras. 
 
• Apresentar os métodos e índices de análise das demonstrações 
financeiras. 
 
Conteúdo 
Análise das demonstrações contábeis 
Diversos são os motivos para análise dos demonstrativos contábeis. De acordo 
com Bruni (2010), podemos citar: 
 
Planejamento estratégico: 
 
 
CONTABILIDADE 3 
envolve a necessidade da identificação da estrutura econômica do negócio, da 
mensuração da performance das diferentes unidades da empresa e de 
competitividade. Faz-se necessário entender o crescimento das vendas e a 
evolução da rentabilidade, dos fluxos de caixa e do nível de utilização dos ativos. 
 
Desenvolvimento do plano de negócios: 
associado à projeção dos demonstrativos financeiros de projetos, à avaliação da 
viabilidade econômica do negócio, com a análise das projeções de fluxo de caixa, 
estimativas de valor terminal e obtenção de taxas de desconto ajustada ao risco. 
 
Avaliação do negócio: 
envolve a estimativa de um preço para a operação, geralmente por meio de um 
fluxo de caixa descontado, da análise de transações comparáveis e de padrões 
financeiros. 
 
Análise da competitividade: 
associada à estimativa da estrutura do custo para os competidores e à 
identificação de restrições financeiras. 
 
Fusões e aquisições: 
compreende a busca pela estimativa de um preço de negociação, associadas à 
quantificação do valor da decisão estratégica de aquisição. Envolve projeções 
sobre o fluxo de caixa combinado e o valor conjunto do negócio, o que também 
demanda o cálculo de taxas de desconto e a análise de índices. 
 
Análise de crédito: 
preocupa-se com o curto prazo, focando-se na análise de liquidez e do fluxo de 
caixa, preocupando-se com uma eventual incapacidade do negócio em honrar 
suas obrigações. 
 
Análise de criação de valor: 
 
 
CONTABILIDADE 4 
enfatiza o longo prazo e se preocupa com a discussão dos efeitos sobre a 
rentabilidade do negócio. 
 
Análise horizontal e análise vertical 
Vamos agora conhecer de que maneira podemos analisar os demonstrativos 
contábeis. Basicamente são utilizados para cálculos o Balanço Patrimonial e a 
DRE, todavia, para se chegar a uma análise correta e substancial é necessário 
que se observe todo o conjunto de demonstrativos, principalmente as notas 
explicativas que, conforme visto, detalha a movimentação das contas, e que 
também se faça uma comparação entre dois anos, pelo menos. As análises 
horizontal e vertical são a forma mais elementar de se analisar um demonstrativo. 
 
Análise horizontal 
 
Na análise horizontal o ano anterior é tomado como base. Veja como é o cálculo 
a ser feito: 
 
 
 
Análise vertical 
 
Na análise vertical, o total do ativo ou passivo se estivermos analisando o Balanço 
é a receita líquida se a análise for da DRE. Os cálculos a serem feitos são: 
 
 
 
As análises horizontal e vertical dão uma ideia inicial sobre a empresa e devem 
ser complementadas com os indicadores apresentados a seguir. 
 
 
 
CONTABILIDADE 5 
Índices de endividamento 
Estes índices ajudam a entender como a empresa financia o seu ativo e sua 
dependência de capital de terceiros. Neste contexto é importante ressaltar que o 
ativo circulante deve ser financiado por passivos circulante e o ativo considerado 
permanente (máquinas, prédios etc.) por passivo de longo prazo. 
 
Participação do capital de terceiros 
 
Participação do capital de terceiros no montante de recursos da empresa. Quanto 
maior for o percentual, mais cuidados requer da área financeira. O exigível total 
é igual ao passivo circulante + passivo não circulante: 
 
 
 
Grau de endividamento 
 
O Grau de endividamento compara o montante de recursos de terceiros com o 
de recursos próprios. Para um resultado acima de 1, deve ser analisado a relação 
custo/benefício para a utilização de recursos de terceiros. Seu cálculo é: 
 
 
 
Composição do endividamento 
 
Composição do endividamento - neste índice analisamos o montante das dívidas 
de curto prazo com relação ao total das obrigações. Varia de 0 a 1 e quanto mais 
próximo de 1 maiores são as obrigações de curto prazo. 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 6 
Análise de endividamento 
De acordo com Ching, Marques e Prado, uma análise de endividamento requer a 
observação dos seguintes aspectos: 
 
1ª observação 
 
Os itens do ativo circulante, basicamente, estoques e contas a receber, devem 
ser financiados por endividamento de curto prazo, isto é, fornecedores, contas a 
pagar e empréstimos. 
 
2ª observação 
 
As aplicações de recursos em ativo permanente (por exemplo: modernização do 
parque fabril ou aumento do número de lojas de uma rede de fast-food), devem 
ser financiadas por recursos de longo prazo (empréstimo e capital) de forma a 
propiciar uma perfeita sincronia entre geração de caixa e pagamento de recursos 
(empréstimos e dividendos). 
 
3ª observação 
 
A empresa deve ter sempre como meta o alongamento de suas dívidas, visando 
aliviar a pressão no caixa em honrar compromissos de curto prazo. 
 
4ª observação 
 
Nada contra a participação de capital de terceiros na estrutura de capital da 
empresa, desde que o retorno auferido pelo negócio seja superior ao custo 
financeiro dos financiamentos. 
 
5ª observaçãoCONTABILIDADE 7 
Deve-se sempre ter em mente que uma participação de capital de terceiros muito 
elevada em relação ao capital próprio pode tornar a empresa vulnerável a 
qualquer imprevisto, pois, em um momento de revés, ela pode ser forçada a se 
desfazer de estoques a qualquer preço, a fim de quitar encargos financeiros e o 
valor do principal dos empréstimos em aberto, garantindo, dessa maneira, sua 
sobrevivência. 
 
Índices de rentabilidade 
Os índices de rentabilidade medem o lucro de uma empresa com relação aos 
investimentos realizados. Quanto maior este retorno, melhor para a empresa em 
termos de geração de valor. Todavia, é necessário avaliar os riscos envolvidos, 
pois em geral, são proporcionais às rentabilidades oferecidas. Saiba como 
clicando em cada item a seguir: 
 
 
 
ROA (return on assets) 
 
Retorno sobre o Ativo – ROA (return on assets): 
 
 
CONTABILIDADE 8 
Indica eficiência no gerenciamento dos ativos. 
 
 
 
ROI (return on investiment) 
 
Retorno sobre o Investimento – ROI (return on investiment): 
Indica o retorno para investimentos de médio e longo prazos. O ativo operacional 
médio é o total do ativo deduzido do ativo circulante. 
 
 
 
ROE (return on equity) 
 
Retorno sobre o PL – ROE (return on equity): 
indica o retorno obtido pelos sócios através de seus investimentos. 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 9 
Índices de liquidez 
 
 
Já os índices de liquidez representam a capacidade de a empresa em saldar suas 
dívidas. Veja quais são eles clicando em cada um: 
 
Índices de liquidez 
 
1 
 
Liquidez corrente 
 
Indica a capacidade da empresa em saldar suas dívidas de curto prazo. Valores 
encontrados maiores que 1 revelam capacidade de honrar tais compromissos. 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 10 
2 
 
Liquidez seca 
 
Este índice elimina os efeitos dos estoques que por ventura demorem a serem 
vendidos. 
 
 
 
3 
 
Liquidez imediata 
 
Considera os recursos advindos do grupo Disponibilidades. Quando encontrado 
um valor pequeno acende um alerta no financeiro com relação à quitação de 
dívidas também imediatas. 
 
 
 
4 
 
Liquidez geral 
 
Analisa a quitação de dívidas de longo prazo e deve ser analisado em conjunto 
com a liquidez corrente. 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 11 
Índices de lucratividade 
Estes índices medem o retorno do lucro sobre a receita de vendas. Veja quais 
são eles: 
 
 
 
 
Atenção 
 É importante ressaltar que lucratividade é diferente de 
rentabilidade. O primeiro mede o retorno sobre as vendas e o 
segundo representa o retorno sobre o investimento. 
 
Índices de rotação relativos à produção e venda 
Os índices de rotação relacionam o Balanço Patrimonial e a DRE exibindo 
resultados expressos em períodos de tempo para efeito de prazos de 
recebimento, pagamento e movimentação de estoques. 
Para melhor representatividade, a empresa deve comparar seus resultados com 
empresas semelhantes no setor para avaliar sua competitividade. 
 
Giro dos Estoques 
 
Indica quantas vezes uma compra ou fabricação foi transformada em custo das 
vendas. Quanto maior a rotação, melhor a situação da empresa. 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 12 
 
PME 
 
Prazo Médio de Estocagem - Indica quanto tempo uma mercadoria 
permanece em estoque no caso do varejo ou quanto tempo uma matéria- 
-prima leva para ser transformada em produto. Deve ser utilizado em combinação 
com o giro dos estoques e auxilia a empresa a controlar sua operacionalidade e 
evitar falhas na reposição. 
 
 
 
Giro do contas a receber 
 
Indica quantas vezes se renova o saldo do contas a receber da empresa. Quanto 
maior a rotatividade, mais dinâmica é a empresa. 
 
 
 
PMR 
 
Prazo médio de recebimento - Indica o tempo médio que a empresa leva para 
receber suas vendas e deve ser combinado com o giro do contas a receber. 
 
 
 
PMP 
 
 
 
CONTABILIDADE 13 
Prazo médio de pagamento - indica o tempo médio entre a aquisição de 
mercadorias, ou matéria-prima, e o pagamento ao fornecedor. É utilizado em 
combinação com o giro do contas a pagar e estes, juntamente com o prazo médio 
de recebimento, auxiliam a empresa na administração dos recursos de curto 
prazo. 
 
 
 
Giro do contas a pagar 
 
Indica quantas vezes no ano a empresa quita suas dívidas junto aos 
fornecedores. O valor das compras é obtido através do valor do estoque inicial 
adicionado do custo das vendas e subtraído do estoque final e advém do cálculo 
dos estoques (custo das vendas = estoque inicial + compras – estoque final). 
Quanto maior a rotatividade menos a empresa é financiada por fornecedores. 
 
 
 
Posicionamento relativo e ciclo financeiro (caixa) 
O posicionamento relativo correlaciona os prazos de estocagem, recebimento e 
pagamento e está diretamente ligado aos índices de liquidez. Quando maior que 
1, indica que os investimentos em clientes superam os financiamentos dos 
fornecedores. 
 
 
 
O ciclo financeiro ou ciclo de caixa se inicia com o pagamento da matéria-prima 
ou mercadorias até o recebimento das vendas. O ciclo de caixa indica o tempo 
entre o pagamento dos insumos e o recebimento das vendas. O ciclo operacional 
 
 
CONTABILIDADE 14 
indica o tempo total da empresa entre compra de matéria-prima ou mercadorias 
e o recebimento das vendas. O ciclo financeiro é melhor observado na linha do 
tempo abaixo: 
 
 
 
Índices de rotação do ativo 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 15 
Os índices de giro do ativo analisam a relação entre as vendas líquidas e os ativos 
da empresa. Quanto maior o valor encontrado maior o potencial de retorno da 
empresa. Neste contexto, é sempre bom lembrar que um retorno alto requer 
avaliação cuidadosa dos riscos envolvidos. Veja quais são estes índices de rotação 
do ativo: 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 16 
Análise do capital de giro 
 
 
Para uma gestão eficiente do capital de giro, alguns pontos devem ser 
observados: 
• Disponibilidade de matéria-prima e estoque. 
 
• Operação da linha de produção de forma contínua. 
 
• Concessão de crédito aos clientes e cobrança dos atrasados. 
 
• Aproveitamento de vantagens de compra a crédito e descontos por 
pagamento antecipado. 
 
 
CONTABILIDADE 17 
 
• Gestão de caixa e disponível. 
 
• Pagamento dos funcionários, impostos e demais obrigações em dia. 
 
 
Método Fleuriet 
Uma análise mais eficiente pode ser obtida através do Método Fleuriet que se 
baseia em três itens do Balanço Patrimonial: Capital de Giro (CDG), Saldo de 
Tesouraria (T) e Necessidade de Capital de Giro (NCG). Conheça um pouco mais 
sobre esta análise. 
 
 
 
Capital de Giro ou CCL (ativo circulante – passivo circulante): 
conhecido como capital circulante líquido consiste no investimento realizado na 
empresa para cobrir o espaço de tempo entre o pagamento aos fornecedores e 
recebimento dos clientes, denominada gap de caixa ou ciclo financeiro. 
 
Necessidade de Capital de Giro (ativo circulante operacional – passivo 
circulante operacional): 
 
 
CONTABILIDADE 18 
Indica se a empresa necessita de recursos de longo prazo para financiar suas 
atividades de curto prazo. A empresa deve percorrer a redução do ciclo 
financeiro. O ativo circulante operacional (ACO) compreende os estoques, contas 
a receber, PPDD, adiantamentos etc. O passivo circulante operacional (PCO) 
compreende os fornecedores, impostos a pagar, salários a pagar, provisões etc.Em uma situação favorável, temos: CCL > NCG 
 
Saldo de Tesouraria (ativo circulante financeiro – passivo circulante 
financeiro): 
Uma margem financeira que indica a capacidade da empresa em financiar um 
crescimento operacional. O ativo circulante financeiro (ACF) compreende o caixa, 
bancos, aplicações financeiras etc. O passivo circulante financeiro (PCF) 
compreende os empréstimos e financiamentos de curto prazo etc. 
 
Os 6 tipos de empresas 
Analisando em conjunto os três indicadores, podemos observar 6 tipos de 
empresas. Para entender cada tipo de empresa, clique na situação de cada uma 
delas: 
 
 
 
Excelente 
 
 
 
CONTABILIDADE 19 
Apresenta folga de recursos financeiros no curto prazo, com saldo de tesouraria 
positivo e ciclo financeiro reduzido. O que representa ameaça neste tipo de 
empresa é uma queda nas vendas. 
 
Sólida 
 
Neste tipo de empresa o passivo circulante operacional não financia o ativo 
circulante operacional que é suprido pela aplicação no ativo circulante financeiro, 
garantindo o saldo em tesouraria positivo. Um aumento nas vendas pode elevar 
o passivo circulante operacional tornando o saldo em tesouraria negativo. 
 
Insatisfatória 
 
Apresenta um CCL inferior à NCG, tornando o saldo em tesouraria negativo, 
ocasionando dependência de empréstimos de curto prazo. À medida que o CCL 
e a NCG se distanciam, mais dependente fica a empresa. 
 
Péssima 
 
Este tipo de empresa apresenta um desequilíbrio entre origem e aplicação de 
recursos, visto que um CCL negativo indica que a empresa utiliza recursos de 
curto prazo para financiar ativos não circulantes. Esta situação ameaça a 
expansão da empresa. 
 
Muito Ruim 
 
Esta situação é um pouco melhor que a anterior, visto que existe uma 
disponibilidade maior de recursos circulantes operacionais por conta de 
fornecedores e impostos a pagar, por exemplo. Havendo uma expansão de 
atividades a empresa pode melhorar sua situação financeira. 
 
Alto Risco 
 
 
CONTABILIDADE 20 
 
Neste tipo de empresa, há o desvio de recursos de curto prazo para o ativo não 
circulante e uma queda nas vendas diminuiria o saldo do passivo operacional que 
mantém o saldo em tesouraria positivo. 
 
Alavancagem 
O Grau de Alavancagem significa o esforço da empresa em transformar decisão 
financeira em lucro. Existem três tipos deles. 
 
1 
 
Grau de Alavancagem Operacional (GAO): 
Acontece quando a empresa consegue aumentar sua produção e venda no 
referido intervalo, havendo então o aumento da margem de contribuição para 
cobrir os gastos fixos e consequente aumento do lucro operacional (Lajir). 
No caso da alavancagem operacional, quanto maior o resultado encontrado, 
maior o risco, visto que uma redução nas vendas significa uma redução também 
na margem de contribuição (MC) que cobre os gastos fixos. 
 
 
 
2 
 
Grau de Alavancagem Financeira (GAF): 
Indica a rentabilidade do capital investido pelos sócios/acionistas e está 
relacionado com as despesas financeiras referentes aos juros incidentes sobre o 
capital de terceiros integrante da estrutura de capital da empresa. Quanto maior 
o resultado encontrado, maior o risco, visto que uma redução nas vendas significa 
um lucro operacional menor para cobrir as despesas financeiras fixas. 
 
 
 
CONTABILIDADE 21 
 
 
3 
 
Grau de Alavancagem Total: 
Reflete o impacto conjunto das alavancagens operacional e financeira medindo 
os efeitos dos gastos fixos e das despesas financeiras com juros sobre o lucro 
líquido com relação às alterações no volume de produção e vendas. 
 
 
 
Valor econômico agregado (EVA) 
 
 
Em contabilidade, o lucro líquido apurado é obtido após a dedução do custo de 
capital de terceiros (juros ou despesas financeiras) referentes a empréstimos, 
financiamentos e prazos de fornecedores e não leva em conta o custo do capital 
próprio empregado. 
 
 
CONTABILIDADE 22 
 
Para determinação da real geração de valor do resultado positivo apurado pela 
empresa adota-se o conceito EVA: 
 
Lucro Líquido - CMPC 
 
Para se obter o Custo Médio Ponderado do Capital (CMPC) multiplica-se o valor 
do Patrimônio Líquido pelo custo do capital próprio. 
 
EBITDA (Earnings Before Interests Taxes Depreciation and 
Amortization) 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 23 
Em português, é o lucro antes dos impostos, juros, depreciação e amortização – 
Lajida, é uma medida de desempenho representativa da geração de caixa das 
atividades operacionais. 
Calcula-se: 
Resultado líquido do período 
(+) Tributos sobre o lucro 
(+) Despesas financeiras líquidas das receitas financeiras 
(+) Das depreciações, amortizações e exaustões 
(=) Ebitda 
O cálculo do EBITDA traz mais um índice de lucratividade, a margem EBITDA 
(IME): 
 
 
 
Uma desvantagem do EBITDA é não considerar os gastos com investimentos no 
ativo fixo que consome parte do lucro. 
 
 
Atenção 
 Não se deve confundir com fluxo de caixa, pois é o EBITDA é 
calculado a partir da Demonstração de Resultados e existem, por 
exemplo, parcelas da receita não recebidas. 
 
 
 
CONTABILIDADE 24 
Elaboração do relatório de análise contábil 
 
 
Apenas calcular os índices não é suficiente para se ter informações úteis para 
tomada de decisão. Desta forma, para minimizar o erro, deve-se: 
 
• Conhecer previamente a empresa analisada: história, produtos ou 
serviços, marca, imagem, nível tecnológico, relacionamento com 
instituições financeiras. 
• Examinar detalhadamente as notas explicativas para obter informações 
adicionais relevantes. 
• Conhecer os índices anteriores da empresa para uma análise comparativa. 
 
 
CONTABILIDADE 25 
• Proceder à análise comparativa dos índices da empresa com os de 
concorrentes e com a média do setor, separando por tipos: liquidez, 
endividamento, rotatividade e rentabilidade. 
• Conhecer os pontos fortes e fracos da empresa através das árvores de 
rentabilidade (ROI e ROA) da empresa. 
• Analisar o preço da ação em comparação com o lucro da referida ação 
para saber as expectativas do mercado com relaçao à empresa. 
 
 
Atividade proposta 
Quando analisamos a Necessidade de Capital de Giro, vemos que uma variação 
nas vendas, nos recebimentos pode provocar um aumento da necessidade de 
capital de giro. Desta forma, faça a relação entre causa e efeito, relacionando a 
coluna da direita com a da esquerda: 
 
1 - Dificuldade de obtenção de matéria-prima/produto 
 
2 - Concessão de maiores prazos, novos produtos 
 
3 - Especulação, redução da demanda 
 
4 - Redução de prazos (oligopólio) escassez de matéria-prima/produtos 
 
5 - Redução nos prazos dos impostos 
 
6 - Novos Concorrentes 
 
(-) Fornecedores 
 
(-) Despesas Provisionadas 
 
 
 
CONTABILIDADE 26 
(+) Duplicatas a receber 
 
(-) Adiantamentos a Clientes 
 
(+) Estoques 
 
(+) Adiantamentos e Fornecedores 
 
Chave de resposta: 4, 5, 2, 6, 3, 1 
 
Análise de balanços e investimentos 
Ao analisar as demonstrações financeiras das empresas são necessários alguns 
cuidados. Qualquer informação isolada dificilmente trará observações relevantes. 
 
 
Aprenda Mais 
Ching, Marques e Prado. CHING,H. Y.; MARQUES, F.; PRADO, L. Contabilidade 
e finanças para não especialistas. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 
2010. 
 
Conheça Warren Buffet, o megainvestidor americano que acumulou fortunas ao 
desenvolver um método conservador de análise de balanços e investimentos. 
Este método, para se escolher os melhoresinvestimentos, é apresentado no livro 
Warren Buffet e a análise de balanços. 
 
Referências 
BRUNI, A.L. A análise contábil e financeira. São Paulo: Atlas, 2010. 
CHING, H.Y.; MARQUES, F.; PRADO, L. Contabilidade e finanças. 3. ed. São 
Paulo: Pearson, 2010. 
 
 
CONTABILIDADE 27 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Em uma empresa com Ebitda alto e lucro baixo, qual das alternativas a seguir 
não pode ser considerada uma explicação possível para esse fato? 
a) Valor alto de depreciação 
b) Valor alto de amortização 
c) Valor alto de receitas financeiras 
d) Alto valor de juros 
e) Juros inexistentes 
 
Questão 2 
Uma empresa que apresente um aumento no índice de liquidez corrente e uma 
redução no índice de liquidez seca tem como fato explicativo: 
a) Aumento das vendas 
b) Vendas estáveis 
c) Redução de fornecedores 
d) Aumento dos estoques 
e) Redução das vendas 
 
Questão 3 
Vamos supor que em uma empresa há um aumento de vendas de 30% e em 
contrapartida a conta clientes aumentou apenas 20%. Qual a explicação para 
este fato? 
 
 
CONTABILIDADE 28 
a) Alteração do prazo médio de pagamento 
b) O prazo médio de recebimento se manteve estável 
c) Houve alteração do prazo médio de estocagem 
d) Houve redução do prazo médio de recebimento 
e) O prazo médio de recebimento foi aumentado 
 
Questão 4 
O estoque inicial de uma empresa é metade do estoque final. Ao analisar esta 
situação, podemos dizer que: 
a) As compras têm valores menores que o CMV 
b) O prazo de estoque é maior que o prazo de pagamento 
c) As compras têm valores maiores que o CMV 
d) O prazo de estoque é menor que o prazo de recebimento 
e) As compras são iguais ao CMV 
 
Questão 5 
Qual dos eventos abaixo explica uma redução de ACF (Ativo Circulante 
Financeiro)? 
a) Recebimento de empréstimo 
b) Pagamento de fornecedores 
c) Recebimento de clientes 
d) Compra a prazo de mercadorias 
e) Venda à vista de mercadorias 
 
 
 
CONTABILIDADE 29 
Método Fleuriet: Não se trata de um modelo de equilíbrio financeiro, mas de 
um método para a gestão operacional e dinâmica da empresa, dando ênfase 
maior à liquidez e à gestão dos fluxos de caixa operacionais. Além disso, trata-
se de uma metodologia muito útil para determinar a situação financeira de uma 
empresa, pois fornece uma visão sistêmica do impacto das diversas áreas de 
decisão na empresa e de suas interações. 
 
 
 
Aula 3 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: As opções a, b e d reduzem os juros e ao serem extraídos para o 
cálculo do Ebitda aumentam o seu valor. Na letra e, se não existe juros, os lucros 
se elevam e o Ebitda não se altera em relação a estes. 
 
Questão 2 - D 
Justificativa: Os índices de liquidez analisam valores do circulante ativos e 
passivos. Então, se há um aumento dos estoques, há aumento do ativo 
circulante, numerados os índices de liquidez. Desta forma, haverá aumento no 
índice de liquidez corrente de um período para outro. No caso do índice de 
liquidez seca que elimina o saldo dos estoques haverá uma redução do seu saldo 
de um período analisado para outro. 
 
Questão 3 - D 
Justificativa: Mesmo com aumento das vendas a empresa passou a receber em 
menos dias, reduzindo o saldo da conta clientes no mesmo período. 
 
 
CONTABILIDADE 30 
 
Questão 4 - C 
Justificativa: Analisando a fórmula CMV = EI + C – EF, podemos concluir que a 
empresa comprou muito e vendeu pouco, restando muito estoque final. 
 
Questão 5 - B 
Justificativa: Um pagamento reduz o saldo do caixa e consequentemente do saldo 
do ACF. 
 
 
 
 
CONTABILIDADE 31 
Claudia Basilio é mestranda em Economia Empresarial pela Universidade 
Cândido Mendes (UCAM), Especialista em Auditoria na Universidade Federal 
Fluminense (UFF) e Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Veiga de 
Almeida (UVA). Na área empresarial, possui experiência com contabilização, 
contas a pagar e receber, conciliação e consultoria. Atualmente é Coordenadora 
Geral dos Cursos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira na Universidade 
Estácio de Sá, leciona em aulas presenciais e à distância nos cursos de Ciências 
Contábeis, Administração, Logística, Marketing e Gestão Financeira (graduação e 
pós-graduação). Possui nove anos de experiência no Magistério Superior. 
Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2186583286681345

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