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CONTABILIDADE 1 Prezado aluno, Esta apostila é a versão estática, em formato .pdf, da disciplina online e contém todas as informações necessárias a quem deseja fazer uma leitura mais linear do conteúdo. Os termos e as expressões destacadas de laranja são definidos ao final da apostila em um conjunto organizado de texto denominado NOTAS. Nele, você encontrará explicações detalhadas, exemplos, biografias ou comentários a respeito de cada item. Além disso, há três caixas de destaque ao longo do conteúdo. A caixa de atenção é usada para enfatizar questões importantes e implica um momento de pausa para reflexão. Trata-se de pequenos trechos evidenciados devido a seu valor em relação à temática principal em discussão. A galeria de vídeos, por sua vez, aponta as produções audiovisuais que você deve assistir no ambiente online – aquelas que o ajudarão a refletir, de forma mais específica, sobre determinado conceito ou sobre algum tema abordado na disciplina. Se você quiser, poderá usar o QR Code para acessar essas produções audiovisuais, diretamente, a partir de seu dispositivo móvel. Por fim, na caixa de Aprenda mais, você encontrará indicações de materiais complementares – tais como obras renomadas da área de estudo, pesquisas, artigos, links etc. – para enriquecer seu conhecimento. Aliados ao conteúdo da disciplina, todos esses elementos foram planejados e organizados para tornar a aula mais interativa e servem de apoio a seu aprendizado! Bons estudos! CONTABILIDADE 2 Introdução Na aula anterior aprendemos sobre o conjunto das demonstrações financeiras a ser elaborado pelas empresas. Você provavelmente já observou em jornais de grande circulação a publicação de demonstrações contábeis de muitas empresas. Este fato tem como objetivo a prestação de contas à comunidade dos negócios. Tais demonstrativos, além de atenderem à legislação, são a base para a empresa embasar seu planejamento e para que investidores e outros usuários dessas informações tomem decisões sobre estas empresas. Nesta aula, serão abordados os índices utilizados para analisar as demonstrações financeiras, suas interpretações e como produzir os relatórios conclusivos. Objetivo: • Discutir sobre os objetivos da análise das demonstrações financeiras. • Apresentar os métodos e índices de análise das demonstrações financeiras. Conteúdo Análise das demonstrações contábeis Diversos são os motivos para análise dos demonstrativos contábeis. De acordo com Bruni (2010), podemos citar: Planejamento estratégico: CONTABILIDADE 3 envolve a necessidade da identificação da estrutura econômica do negócio, da mensuração da performance das diferentes unidades da empresa e de competitividade. Faz-se necessário entender o crescimento das vendas e a evolução da rentabilidade, dos fluxos de caixa e do nível de utilização dos ativos. Desenvolvimento do plano de negócios: associado à projeção dos demonstrativos financeiros de projetos, à avaliação da viabilidade econômica do negócio, com a análise das projeções de fluxo de caixa, estimativas de valor terminal e obtenção de taxas de desconto ajustada ao risco. Avaliação do negócio: envolve a estimativa de um preço para a operação, geralmente por meio de um fluxo de caixa descontado, da análise de transações comparáveis e de padrões financeiros. Análise da competitividade: associada à estimativa da estrutura do custo para os competidores e à identificação de restrições financeiras. Fusões e aquisições: compreende a busca pela estimativa de um preço de negociação, associadas à quantificação do valor da decisão estratégica de aquisição. Envolve projeções sobre o fluxo de caixa combinado e o valor conjunto do negócio, o que também demanda o cálculo de taxas de desconto e a análise de índices. Análise de crédito: preocupa-se com o curto prazo, focando-se na análise de liquidez e do fluxo de caixa, preocupando-se com uma eventual incapacidade do negócio em honrar suas obrigações. Análise de criação de valor: CONTABILIDADE 4 enfatiza o longo prazo e se preocupa com a discussão dos efeitos sobre a rentabilidade do negócio. Análise horizontal e análise vertical Vamos agora conhecer de que maneira podemos analisar os demonstrativos contábeis. Basicamente são utilizados para cálculos o Balanço Patrimonial e a DRE, todavia, para se chegar a uma análise correta e substancial é necessário que se observe todo o conjunto de demonstrativos, principalmente as notas explicativas que, conforme visto, detalha a movimentação das contas, e que também se faça uma comparação entre dois anos, pelo menos. As análises horizontal e vertical são a forma mais elementar de se analisar um demonstrativo. Análise horizontal Na análise horizontal o ano anterior é tomado como base. Veja como é o cálculo a ser feito: Análise vertical Na análise vertical, o total do ativo ou passivo se estivermos analisando o Balanço é a receita líquida se a análise for da DRE. Os cálculos a serem feitos são: As análises horizontal e vertical dão uma ideia inicial sobre a empresa e devem ser complementadas com os indicadores apresentados a seguir. CONTABILIDADE 5 Índices de endividamento Estes índices ajudam a entender como a empresa financia o seu ativo e sua dependência de capital de terceiros. Neste contexto é importante ressaltar que o ativo circulante deve ser financiado por passivos circulante e o ativo considerado permanente (máquinas, prédios etc.) por passivo de longo prazo. Participação do capital de terceiros Participação do capital de terceiros no montante de recursos da empresa. Quanto maior for o percentual, mais cuidados requer da área financeira. O exigível total é igual ao passivo circulante + passivo não circulante: Grau de endividamento O Grau de endividamento compara o montante de recursos de terceiros com o de recursos próprios. Para um resultado acima de 1, deve ser analisado a relação custo/benefício para a utilização de recursos de terceiros. Seu cálculo é: Composição do endividamento Composição do endividamento - neste índice analisamos o montante das dívidas de curto prazo com relação ao total das obrigações. Varia de 0 a 1 e quanto mais próximo de 1 maiores são as obrigações de curto prazo. CONTABILIDADE 6 Análise de endividamento De acordo com Ching, Marques e Prado, uma análise de endividamento requer a observação dos seguintes aspectos: 1ª observação Os itens do ativo circulante, basicamente, estoques e contas a receber, devem ser financiados por endividamento de curto prazo, isto é, fornecedores, contas a pagar e empréstimos. 2ª observação As aplicações de recursos em ativo permanente (por exemplo: modernização do parque fabril ou aumento do número de lojas de uma rede de fast-food), devem ser financiadas por recursos de longo prazo (empréstimo e capital) de forma a propiciar uma perfeita sincronia entre geração de caixa e pagamento de recursos (empréstimos e dividendos). 3ª observação A empresa deve ter sempre como meta o alongamento de suas dívidas, visando aliviar a pressão no caixa em honrar compromissos de curto prazo. 4ª observação Nada contra a participação de capital de terceiros na estrutura de capital da empresa, desde que o retorno auferido pelo negócio seja superior ao custo financeiro dos financiamentos. 5ª observaçãoCONTABILIDADE 7 Deve-se sempre ter em mente que uma participação de capital de terceiros muito elevada em relação ao capital próprio pode tornar a empresa vulnerável a qualquer imprevisto, pois, em um momento de revés, ela pode ser forçada a se desfazer de estoques a qualquer preço, a fim de quitar encargos financeiros e o valor do principal dos empréstimos em aberto, garantindo, dessa maneira, sua sobrevivência. Índices de rentabilidade Os índices de rentabilidade medem o lucro de uma empresa com relação aos investimentos realizados. Quanto maior este retorno, melhor para a empresa em termos de geração de valor. Todavia, é necessário avaliar os riscos envolvidos, pois em geral, são proporcionais às rentabilidades oferecidas. Saiba como clicando em cada item a seguir: ROA (return on assets) Retorno sobre o Ativo – ROA (return on assets): CONTABILIDADE 8 Indica eficiência no gerenciamento dos ativos. ROI (return on investiment) Retorno sobre o Investimento – ROI (return on investiment): Indica o retorno para investimentos de médio e longo prazos. O ativo operacional médio é o total do ativo deduzido do ativo circulante. ROE (return on equity) Retorno sobre o PL – ROE (return on equity): indica o retorno obtido pelos sócios através de seus investimentos. CONTABILIDADE 9 Índices de liquidez Já os índices de liquidez representam a capacidade de a empresa em saldar suas dívidas. Veja quais são eles clicando em cada um: Índices de liquidez 1 Liquidez corrente Indica a capacidade da empresa em saldar suas dívidas de curto prazo. Valores encontrados maiores que 1 revelam capacidade de honrar tais compromissos. CONTABILIDADE 10 2 Liquidez seca Este índice elimina os efeitos dos estoques que por ventura demorem a serem vendidos. 3 Liquidez imediata Considera os recursos advindos do grupo Disponibilidades. Quando encontrado um valor pequeno acende um alerta no financeiro com relação à quitação de dívidas também imediatas. 4 Liquidez geral Analisa a quitação de dívidas de longo prazo e deve ser analisado em conjunto com a liquidez corrente. CONTABILIDADE 11 Índices de lucratividade Estes índices medem o retorno do lucro sobre a receita de vendas. Veja quais são eles: Atenção É importante ressaltar que lucratividade é diferente de rentabilidade. O primeiro mede o retorno sobre as vendas e o segundo representa o retorno sobre o investimento. Índices de rotação relativos à produção e venda Os índices de rotação relacionam o Balanço Patrimonial e a DRE exibindo resultados expressos em períodos de tempo para efeito de prazos de recebimento, pagamento e movimentação de estoques. Para melhor representatividade, a empresa deve comparar seus resultados com empresas semelhantes no setor para avaliar sua competitividade. Giro dos Estoques Indica quantas vezes uma compra ou fabricação foi transformada em custo das vendas. Quanto maior a rotação, melhor a situação da empresa. CONTABILIDADE 12 PME Prazo Médio de Estocagem - Indica quanto tempo uma mercadoria permanece em estoque no caso do varejo ou quanto tempo uma matéria- -prima leva para ser transformada em produto. Deve ser utilizado em combinação com o giro dos estoques e auxilia a empresa a controlar sua operacionalidade e evitar falhas na reposição. Giro do contas a receber Indica quantas vezes se renova o saldo do contas a receber da empresa. Quanto maior a rotatividade, mais dinâmica é a empresa. PMR Prazo médio de recebimento - Indica o tempo médio que a empresa leva para receber suas vendas e deve ser combinado com o giro do contas a receber. PMP CONTABILIDADE 13 Prazo médio de pagamento - indica o tempo médio entre a aquisição de mercadorias, ou matéria-prima, e o pagamento ao fornecedor. É utilizado em combinação com o giro do contas a pagar e estes, juntamente com o prazo médio de recebimento, auxiliam a empresa na administração dos recursos de curto prazo. Giro do contas a pagar Indica quantas vezes no ano a empresa quita suas dívidas junto aos fornecedores. O valor das compras é obtido através do valor do estoque inicial adicionado do custo das vendas e subtraído do estoque final e advém do cálculo dos estoques (custo das vendas = estoque inicial + compras – estoque final). Quanto maior a rotatividade menos a empresa é financiada por fornecedores. Posicionamento relativo e ciclo financeiro (caixa) O posicionamento relativo correlaciona os prazos de estocagem, recebimento e pagamento e está diretamente ligado aos índices de liquidez. Quando maior que 1, indica que os investimentos em clientes superam os financiamentos dos fornecedores. O ciclo financeiro ou ciclo de caixa se inicia com o pagamento da matéria-prima ou mercadorias até o recebimento das vendas. O ciclo de caixa indica o tempo entre o pagamento dos insumos e o recebimento das vendas. O ciclo operacional CONTABILIDADE 14 indica o tempo total da empresa entre compra de matéria-prima ou mercadorias e o recebimento das vendas. O ciclo financeiro é melhor observado na linha do tempo abaixo: Índices de rotação do ativo CONTABILIDADE 15 Os índices de giro do ativo analisam a relação entre as vendas líquidas e os ativos da empresa. Quanto maior o valor encontrado maior o potencial de retorno da empresa. Neste contexto, é sempre bom lembrar que um retorno alto requer avaliação cuidadosa dos riscos envolvidos. Veja quais são estes índices de rotação do ativo: CONTABILIDADE 16 Análise do capital de giro Para uma gestão eficiente do capital de giro, alguns pontos devem ser observados: • Disponibilidade de matéria-prima e estoque. • Operação da linha de produção de forma contínua. • Concessão de crédito aos clientes e cobrança dos atrasados. • Aproveitamento de vantagens de compra a crédito e descontos por pagamento antecipado. CONTABILIDADE 17 • Gestão de caixa e disponível. • Pagamento dos funcionários, impostos e demais obrigações em dia. Método Fleuriet Uma análise mais eficiente pode ser obtida através do Método Fleuriet que se baseia em três itens do Balanço Patrimonial: Capital de Giro (CDG), Saldo de Tesouraria (T) e Necessidade de Capital de Giro (NCG). Conheça um pouco mais sobre esta análise. Capital de Giro ou CCL (ativo circulante – passivo circulante): conhecido como capital circulante líquido consiste no investimento realizado na empresa para cobrir o espaço de tempo entre o pagamento aos fornecedores e recebimento dos clientes, denominada gap de caixa ou ciclo financeiro. Necessidade de Capital de Giro (ativo circulante operacional – passivo circulante operacional): CONTABILIDADE 18 Indica se a empresa necessita de recursos de longo prazo para financiar suas atividades de curto prazo. A empresa deve percorrer a redução do ciclo financeiro. O ativo circulante operacional (ACO) compreende os estoques, contas a receber, PPDD, adiantamentos etc. O passivo circulante operacional (PCO) compreende os fornecedores, impostos a pagar, salários a pagar, provisões etc.Em uma situação favorável, temos: CCL > NCG Saldo de Tesouraria (ativo circulante financeiro – passivo circulante financeiro): Uma margem financeira que indica a capacidade da empresa em financiar um crescimento operacional. O ativo circulante financeiro (ACF) compreende o caixa, bancos, aplicações financeiras etc. O passivo circulante financeiro (PCF) compreende os empréstimos e financiamentos de curto prazo etc. Os 6 tipos de empresas Analisando em conjunto os três indicadores, podemos observar 6 tipos de empresas. Para entender cada tipo de empresa, clique na situação de cada uma delas: Excelente CONTABILIDADE 19 Apresenta folga de recursos financeiros no curto prazo, com saldo de tesouraria positivo e ciclo financeiro reduzido. O que representa ameaça neste tipo de empresa é uma queda nas vendas. Sólida Neste tipo de empresa o passivo circulante operacional não financia o ativo circulante operacional que é suprido pela aplicação no ativo circulante financeiro, garantindo o saldo em tesouraria positivo. Um aumento nas vendas pode elevar o passivo circulante operacional tornando o saldo em tesouraria negativo. Insatisfatória Apresenta um CCL inferior à NCG, tornando o saldo em tesouraria negativo, ocasionando dependência de empréstimos de curto prazo. À medida que o CCL e a NCG se distanciam, mais dependente fica a empresa. Péssima Este tipo de empresa apresenta um desequilíbrio entre origem e aplicação de recursos, visto que um CCL negativo indica que a empresa utiliza recursos de curto prazo para financiar ativos não circulantes. Esta situação ameaça a expansão da empresa. Muito Ruim Esta situação é um pouco melhor que a anterior, visto que existe uma disponibilidade maior de recursos circulantes operacionais por conta de fornecedores e impostos a pagar, por exemplo. Havendo uma expansão de atividades a empresa pode melhorar sua situação financeira. Alto Risco CONTABILIDADE 20 Neste tipo de empresa, há o desvio de recursos de curto prazo para o ativo não circulante e uma queda nas vendas diminuiria o saldo do passivo operacional que mantém o saldo em tesouraria positivo. Alavancagem O Grau de Alavancagem significa o esforço da empresa em transformar decisão financeira em lucro. Existem três tipos deles. 1 Grau de Alavancagem Operacional (GAO): Acontece quando a empresa consegue aumentar sua produção e venda no referido intervalo, havendo então o aumento da margem de contribuição para cobrir os gastos fixos e consequente aumento do lucro operacional (Lajir). No caso da alavancagem operacional, quanto maior o resultado encontrado, maior o risco, visto que uma redução nas vendas significa uma redução também na margem de contribuição (MC) que cobre os gastos fixos. 2 Grau de Alavancagem Financeira (GAF): Indica a rentabilidade do capital investido pelos sócios/acionistas e está relacionado com as despesas financeiras referentes aos juros incidentes sobre o capital de terceiros integrante da estrutura de capital da empresa. Quanto maior o resultado encontrado, maior o risco, visto que uma redução nas vendas significa um lucro operacional menor para cobrir as despesas financeiras fixas. CONTABILIDADE 21 3 Grau de Alavancagem Total: Reflete o impacto conjunto das alavancagens operacional e financeira medindo os efeitos dos gastos fixos e das despesas financeiras com juros sobre o lucro líquido com relação às alterações no volume de produção e vendas. Valor econômico agregado (EVA) Em contabilidade, o lucro líquido apurado é obtido após a dedução do custo de capital de terceiros (juros ou despesas financeiras) referentes a empréstimos, financiamentos e prazos de fornecedores e não leva em conta o custo do capital próprio empregado. CONTABILIDADE 22 Para determinação da real geração de valor do resultado positivo apurado pela empresa adota-se o conceito EVA: Lucro Líquido - CMPC Para se obter o Custo Médio Ponderado do Capital (CMPC) multiplica-se o valor do Patrimônio Líquido pelo custo do capital próprio. EBITDA (Earnings Before Interests Taxes Depreciation and Amortization) CONTABILIDADE 23 Em português, é o lucro antes dos impostos, juros, depreciação e amortização – Lajida, é uma medida de desempenho representativa da geração de caixa das atividades operacionais. Calcula-se: Resultado líquido do período (+) Tributos sobre o lucro (+) Despesas financeiras líquidas das receitas financeiras (+) Das depreciações, amortizações e exaustões (=) Ebitda O cálculo do EBITDA traz mais um índice de lucratividade, a margem EBITDA (IME): Uma desvantagem do EBITDA é não considerar os gastos com investimentos no ativo fixo que consome parte do lucro. Atenção Não se deve confundir com fluxo de caixa, pois é o EBITDA é calculado a partir da Demonstração de Resultados e existem, por exemplo, parcelas da receita não recebidas. CONTABILIDADE 24 Elaboração do relatório de análise contábil Apenas calcular os índices não é suficiente para se ter informações úteis para tomada de decisão. Desta forma, para minimizar o erro, deve-se: • Conhecer previamente a empresa analisada: história, produtos ou serviços, marca, imagem, nível tecnológico, relacionamento com instituições financeiras. • Examinar detalhadamente as notas explicativas para obter informações adicionais relevantes. • Conhecer os índices anteriores da empresa para uma análise comparativa. CONTABILIDADE 25 • Proceder à análise comparativa dos índices da empresa com os de concorrentes e com a média do setor, separando por tipos: liquidez, endividamento, rotatividade e rentabilidade. • Conhecer os pontos fortes e fracos da empresa através das árvores de rentabilidade (ROI e ROA) da empresa. • Analisar o preço da ação em comparação com o lucro da referida ação para saber as expectativas do mercado com relaçao à empresa. Atividade proposta Quando analisamos a Necessidade de Capital de Giro, vemos que uma variação nas vendas, nos recebimentos pode provocar um aumento da necessidade de capital de giro. Desta forma, faça a relação entre causa e efeito, relacionando a coluna da direita com a da esquerda: 1 - Dificuldade de obtenção de matéria-prima/produto 2 - Concessão de maiores prazos, novos produtos 3 - Especulação, redução da demanda 4 - Redução de prazos (oligopólio) escassez de matéria-prima/produtos 5 - Redução nos prazos dos impostos 6 - Novos Concorrentes (-) Fornecedores (-) Despesas Provisionadas CONTABILIDADE 26 (+) Duplicatas a receber (-) Adiantamentos a Clientes (+) Estoques (+) Adiantamentos e Fornecedores Chave de resposta: 4, 5, 2, 6, 3, 1 Análise de balanços e investimentos Ao analisar as demonstrações financeiras das empresas são necessários alguns cuidados. Qualquer informação isolada dificilmente trará observações relevantes. Aprenda Mais Ching, Marques e Prado. CHING,H. Y.; MARQUES, F.; PRADO, L. Contabilidade e finanças para não especialistas. 3. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. Conheça Warren Buffet, o megainvestidor americano que acumulou fortunas ao desenvolver um método conservador de análise de balanços e investimentos. Este método, para se escolher os melhoresinvestimentos, é apresentado no livro Warren Buffet e a análise de balanços. Referências BRUNI, A.L. A análise contábil e financeira. São Paulo: Atlas, 2010. CHING, H.Y.; MARQUES, F.; PRADO, L. Contabilidade e finanças. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2010. CONTABILIDADE 27 Exercícios de fixação Questão 1 Em uma empresa com Ebitda alto e lucro baixo, qual das alternativas a seguir não pode ser considerada uma explicação possível para esse fato? a) Valor alto de depreciação b) Valor alto de amortização c) Valor alto de receitas financeiras d) Alto valor de juros e) Juros inexistentes Questão 2 Uma empresa que apresente um aumento no índice de liquidez corrente e uma redução no índice de liquidez seca tem como fato explicativo: a) Aumento das vendas b) Vendas estáveis c) Redução de fornecedores d) Aumento dos estoques e) Redução das vendas Questão 3 Vamos supor que em uma empresa há um aumento de vendas de 30% e em contrapartida a conta clientes aumentou apenas 20%. Qual a explicação para este fato? CONTABILIDADE 28 a) Alteração do prazo médio de pagamento b) O prazo médio de recebimento se manteve estável c) Houve alteração do prazo médio de estocagem d) Houve redução do prazo médio de recebimento e) O prazo médio de recebimento foi aumentado Questão 4 O estoque inicial de uma empresa é metade do estoque final. Ao analisar esta situação, podemos dizer que: a) As compras têm valores menores que o CMV b) O prazo de estoque é maior que o prazo de pagamento c) As compras têm valores maiores que o CMV d) O prazo de estoque é menor que o prazo de recebimento e) As compras são iguais ao CMV Questão 5 Qual dos eventos abaixo explica uma redução de ACF (Ativo Circulante Financeiro)? a) Recebimento de empréstimo b) Pagamento de fornecedores c) Recebimento de clientes d) Compra a prazo de mercadorias e) Venda à vista de mercadorias CONTABILIDADE 29 Método Fleuriet: Não se trata de um modelo de equilíbrio financeiro, mas de um método para a gestão operacional e dinâmica da empresa, dando ênfase maior à liquidez e à gestão dos fluxos de caixa operacionais. Além disso, trata- se de uma metodologia muito útil para determinar a situação financeira de uma empresa, pois fornece uma visão sistêmica do impacto das diversas áreas de decisão na empresa e de suas interações. Aula 3 Exercícios de fixação Questão 1 - C Justificativa: As opções a, b e d reduzem os juros e ao serem extraídos para o cálculo do Ebitda aumentam o seu valor. Na letra e, se não existe juros, os lucros se elevam e o Ebitda não se altera em relação a estes. Questão 2 - D Justificativa: Os índices de liquidez analisam valores do circulante ativos e passivos. Então, se há um aumento dos estoques, há aumento do ativo circulante, numerados os índices de liquidez. Desta forma, haverá aumento no índice de liquidez corrente de um período para outro. No caso do índice de liquidez seca que elimina o saldo dos estoques haverá uma redução do seu saldo de um período analisado para outro. Questão 3 - D Justificativa: Mesmo com aumento das vendas a empresa passou a receber em menos dias, reduzindo o saldo da conta clientes no mesmo período. CONTABILIDADE 30 Questão 4 - C Justificativa: Analisando a fórmula CMV = EI + C – EF, podemos concluir que a empresa comprou muito e vendeu pouco, restando muito estoque final. Questão 5 - B Justificativa: Um pagamento reduz o saldo do caixa e consequentemente do saldo do ACF. CONTABILIDADE 31 Claudia Basilio é mestranda em Economia Empresarial pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), Especialista em Auditoria na Universidade Federal Fluminense (UFF) e Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Veiga de Almeida (UVA). Na área empresarial, possui experiência com contabilização, contas a pagar e receber, conciliação e consultoria. Atualmente é Coordenadora Geral dos Cursos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira na Universidade Estácio de Sá, leciona em aulas presenciais e à distância nos cursos de Ciências Contábeis, Administração, Logística, Marketing e Gestão Financeira (graduação e pós-graduação). Possui nove anos de experiência no Magistério Superior. Currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2186583286681345
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