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PRÁTICA DE ENSINO - INTEGRAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE

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Autores: Prof. Wanderlei Sérgio da Silva
 Profa. Raquel Maia Bokums
Prática de Ensino: Integração 
Escola x Comunidade
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
Professores conteudistas: Wanderlei Sérgio da Silva / Raquel Maia Bokums
Wanderlei Sérgio da Silva
Doutor em Geociências e Meio Ambiente pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), 
mestre em Ciências (Geografia Humana) e graduado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP). Durante 15 
anos, trabalhou no Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), com pesquisas relacionadas às 
geociências e ao meio ambiente. Atuou como consultor em trabalhos da área durante seis anos, totalizando cerca de 
100 projetos de pesquisa, em muitos deles atuando como coordenador de equipe. Em 2001, ingressou na Universidade 
Paulista (UNIP) e lecionou disciplinas do curso presencial de Turismo relacionado à Geografia, ao meio ambiente e ao 
planejamento, bem como disciplinas didático-pedagógicas do curso presencial de Psicologia (licenciatura).
Atualmente, é membro da Coordenadoria de Estágios em Educação e professor nos cursos de Letras e Matemática 
da UNIP Interativa, sendo responsável pelas disciplinas relacionadas à Prática de Ensino, Didática Geral, Estrutura e 
Funcionamento da Educação Básica e Planejamento e Políticas Públicas da Educação.
Raquel Maia Bokums
Mestre em Ciências (Educação Física) pela Universidade de São Paulo (EEFE/USP), pós-graduada em Formação em 
Educação a Distância pela Universidade Paulista (UNIP) e em Educação Física Escolar pela Faculdades Metropolitanas 
Unidas (UniFMU). Graduada (licenciatura e bacharelado) em Educação Física pelo Centro Universitário Nove de Julho 
(Uninove) e em Letras (licenciatura em andamento) pela Universidade Paulista (UNIP). De 2007 a 2009, foi integrante 
do Laboratório de Comportamento Motor (Lacom) da EEFE/USP, com pesquisas realizadas nessa área. Entre os anos de 
2008 e 2010, foi bolsista da Capes e integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Capacidades e Habilidades Motoras 
(Gepcham) da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP (Each/USP), ocasião em que teve trabalhos e artigos 
publicados.
Desde 2011, é membro da Coordenadoria de Estágios em Educação e uma das professoras responsáveis pelas 
disciplinas Prática de Ensino: Observação e Projeto e Integração Escola e Comunidade. Por conta disso, desenvolve 
trabalhos e artigos nos seguintes temas: educação, prática de ensino, educação a distância e metodologia da pesquisa.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Carla Moro
 Lucas Ricardi
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Sumário
Prática de Ensino: Integração Escola x Comunidade
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA .........................................................................................................9
2 CARACTERIZAÇÃO........................................................................................................................................... 10
2.1 Escola......................................................................................................................................................... 11
2.2 Comunidade ........................................................................................................................................... 12
2.3 Escola e Comunidade .......................................................................................................................... 13
3 PESQUISA DE CAMPO .................................................................................................................................... 14
3.1 Questionário e entrevista .................................................................................................................. 15
4 INTEGRAÇÃO ESCOLA-COMUNIDADE .................................................................................................... 16
5 O PAPEL DO PROFESSOR .............................................................................................................................. 19
6 PROJETO .............................................................................................................................................................. 21
6.1 Projeto de Integração ......................................................................................................................... 22
7 VISÃO GERAL DAS ATIVIDADES ................................................................................................................. 22
8 SUGESTÕES DE LEITURA ............................................................................................................................... 24
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APRESENTAÇÃO
Prezado (a) aluno (a), 
Dada a relevância que o tema “integração escola x comunidade” apresenta, principalmente nos 
nossos dias, em que, na maioria das vezes, a comunidade não participa dos assuntos pertinentes da 
escola, e nem a escola se preocupa em conhecer e envolver a comunidade ao seu redor, a disciplina 
Prática de Ensino: Integração Escola x Comunidade visa ampliar a sua visão sobre o tema, por meio do 
estudo sobre caracterização, escola, comunidade, integração escola x comunidade e projeto. 
Todo o conteúdo teórico desenvolvido neste livro-texto e as atividades solicitadas têm por objetivo 
mostrar a você a importância da integração escola e comunidade, levando-o a refletir de forma crítica 
em sua futura atuação.
Você não estudará apenas conceitos teóricos, mas terá a oportunidade de vivenciar situações reais, 
a fim de compreender a realidade de uma escola, seu futuro ambiente de trabalho, e da comunidade ao 
redor, e identificar, dentre outros aspectos importantes, suas características, necessidades e expectativas. 
Com isso, será capaz de investigar e propor projetos inovadores, aperfeiçoando a articulação entre a 
escola e a comunidade.
Dessa forma, de acordo com os objetivos gerais da disciplina, o processo de construção da sua 
identidade profissional será desenvolvidopela vivência e familiarização nos contextos educacionais 
da escola pública e/ou particular do ensino básico, e pela sua habilitação, como futuro educador, em 
programar suas futuras atividades.
Os objetivos específicos são: 
• identificar características de uma instituição escolar no contexto da realidade socioeconômica e 
cultural da comunidade na qual se insere; 
• caracterizar a instituição escolar nos aspectos relativos à infraestrutura física, humana e 
pedagógica existentes;
• caracterizar a comunidade ao redor, sob o aspecto socioeconômico e cultural, visando conhecer a 
realidade em que vive o aluno; 
• elaborar uma proposta de ação, articulando a escola e a comunidade a que serve, e integrando a 
ao contexto sociocultural.
Ao longo do processo, você terá a oportunidade de selecionar e organizar dados, programar 
atividades de maneira crítica e reflexiva, culminando na elaboração de um projeto acadêmico, uma 
proposta de ação, com o objetivo de atender a uma das necessidades e/ou expectativas observadas, 
buscando aproximar, assim, a escola com a comunidade e vice-versa.
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
INTRODUÇÃO
Para atingirmos nossos objetivos, você entrará em contato com os conceitos de caracterização, 
escola e comunidade; entenderá um pouco mais sobre o que diferentes autores e leis apresentam sobre 
a integração entre escola e comunidade e o papel do professor nesta questão. Por fim, relembrará 
conceitos importantes sobre a elaboração de um projeto acadêmico para, novamente, desenvolver um 
projeto com foco nesta integração.
Além dos aspectos teóricos, você receberá diretrizes para a realização das atividades obrigatórias 
de avaliação propostas neste semestre. Solicita-se, primeiramente, a elaboração de um relatório de 
caracterização de uma escola juntamente com a caracterização da comunidade que a cerca, e com base 
nisso, num segundo momento, o desenvolvimento de um projeto de integração escola e comunidade, 
com o intuito de propiciar uma reflexão crítica sobre sua ação pedagógica e colocar em efetiva prática 
os conteúdos teóricos da disciplina.
Você está pronto para essa caminhada? Que desafio!
Para isso, você não estará sozinho! Além de todo o suporte técnico e pedagógico da UNIP, oferecendo 
orientações nos materiais didáticos que fazem parte da disciplina, você terá a oportunidade de realizar 
as atividades propostas com outros colegas do mesmo curso e polo, ou seja, formar um grupo de até no 
máximo vinte alunos, a fim de enriquecer a discussão sobre o tema e a qualidade dos trabalhos.
Fique atento também, no livro-texto, nas sugestões de leituras de livros e artigos sobre o tema. Essas 
leituras, com certeza, enriquecerão o seu conhecimento na área e poderão servir como base para o 
referencial teórico do seu projeto.
Aproveite cada oportunidade que a UNIP oferece, especialmente durante esta disciplina, para seu 
crescimento acadêmico e profissional. Estude todo o material disponível com atenção e realize as 
atividades com uma postura crítica e consistente.
Esperamos que esta disciplina produza bons frutos em sua prática, bons resultados em sua jornada 
como futuro docente e boas reflexões sobre o tema integração escola e comunidade.
Bons estudos!
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PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA X COMUNIDADE
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA DISCIPLINA
De início, é importante relembrar o contexto em que se insere esta atividade na dimensão prática 
do curso. A prática de ensino é desenvolvida em seis semestres, com atividades distribuídas ao longo de 
todo esse período. Naturalmente, deve haver uma articulação entre as fases desse processo, perpassando 
todo o curso. Sobre isso, observe o quadro a seguir:
Quadro 1 – Atividades relacionadas à prática de ensino
Prática de ensino
1º semestre 2º semestre 3º semestre 4º semestre 5º semestre 6º semestre
Introdução à 
docência
Observação e 
projeto
Integração escola-
comunidade
Vivência no 
ambiente educativo Trajetória da práxis Reflexões
 Legenda:
 Atividades já cumpridas
 Atividades em andamento
 Atividades a serem cumpridas
De modo geral, a disciplina Prática de Ensino: Integração Escola e Comunidade, ora em 
desenvolvimento, busca oferecer diretrizes para a realização das atividades solicitadas, tendo 
como base a parte teórica já estudada e alguns conceitos novos. A orientação aqui proposta 
relaciona-se diretamente com os trabalhos vinculados à disciplina, sobre os quais você será 
orientado. De antemão, deve-se ressaltar que a entrega dos trabalhos solicitados é obrigatória, 
uma vez que nesta disciplina, bem como em todas as outras do âmbito de prática de ensino, não 
haverá prova.
De modo ideal, num primeiro momento, em Prática de Ensino: Introdução à Docência, o objetivo 
foi levá-lo a perceber que existe uma educação (ou, de fato, educações) acontecendo ao seu redor; 
ela perpassa sua vida e o influencia, bem como a todos os que o rodeiam, e, ainda, não se restringe ao 
ambiente escolar, mas ocorre também em outros espaços educativos.
Em seguida, em Prática de Ensino: Observação e Projeto, o objetivo foi analisar os conceitos 
dos termos observação e projeto, além de levá-lo a uma aproximação com a educação que o 
rodeia, dirigindo o seu olhar para observar mais de perto as escolas e outros ambientes em que 
a educação ocorre (como teatros, parques, ginásios de esporte etc.). Posteriormente, solicitamos 
que elaborasse um pequeno projeto pedagógico de integração entre um ambiente não escolar e 
uma escola.
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Agora, em Prática de Ensino: Integração Escola x Comunidade, o objetivo é levá-lo a uma aproximação 
ainda maior em relação à educação, por meio da observação e do estudo integrado entre uma unidade 
escolar e a comunidade em que ela se insere.
 Observação
Esta disciplina apresenta um tema fundamental na formação do 
professor: a integração entre escola e comunidade.
Para isso, você estudará a importância de articular a escola com a comunidade ao seu redor e vice-
versa, e o papel do professor nessa questão. Por fim, entenderá a relevância de elaborar projetos no 
âmbito desta tão esperada integração.
Pela primeira vez em seu curso, durante a elaboração das atividades desta disciplina, no contexto 
específico das atividades de ensino-aprendizagem (escolas e demais instituições educativas), será 
necessário ingressar diretamente em uma unidade escolar, ou seja, no seu futuro ambiente 
de trabalho.
 Observação
As atividades previstas buscam dar início a sua inserção no ambiente 
escolar, propiciando a vivência de situações reais e ajudando-o a 
compreender melhor a realidade de seu futuro campo de atuação.
Como futuro professor, é necessário que você se familiarize com o contexto educacional 
das escolas de Educação Básica e seja gradativamente habilitado a entender como programar 
suas futuras atividades. Além disso, é necessário dar início a uma visão crítica sobre a ação 
pedagógica. Para tanto, pretende-se dirigir o seu olhar à necessidade de relacionar a escola à 
comunidade em que se insere, identificando, em ambas, características que permitam promover 
sua articulação. 
Assim, pode-se afirmar que as atividades propostas em Prática de Ensino: Integração Escola X 
Comunidade apoiam-se nos conceitos de observação e projeto (já estudados em Prática de Ensino: 
Observação e Projeto) e nos conceitos de caracterização, escola e comunidade, que serão apresentados 
sucintamente a seguir, naquiloque se refere especificamente a esta disciplina. 
2 CARACTERIZAÇÃO
De acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2009, p. 398), “caracterização” 
– termo utilizado como conceito-chave nesta atividade − tem o sentido de “destacar as 
particularidades de algo, com o intuito de torná-lo conhecido”. Ao caracterizar a escola, 
devem-se destacar os elementos estruturais que possam ser utilizados pela e para a 
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comunidade onde ela se insere, ou seja, deve-se identificar quais os elementos que, se 
explorados de forma adequada, podem promover a articulação da escola com a comunidade 
que a circunda.
 Lembrete
Caracterizar uma escola envolve sua identificação, análise crítica do 
ambiente físico, gestão escolar, organização administrativa e pedagógica, 
outras atividades desenvolvidas pela escola e, principalmente, o 
levantamento das expectativas dos alunos em relação a ela.
O mesmo conceito de caracterização também pode ser aplicado à comunidade, ou seja, deve-se 
procurar identificar suas particularidades e características a fim de levantar dados para promover a 
esperada articulação com uma escola.
 Lembrete
Caracterizar a comunidade envolve: localização geográfica, 
equipamentos sociais, densidade demográfica, perfil econômico da 
população, uso do solo predominante e levantamento das expectativas da 
população em relação ao trabalho da escola.
2.1 Escola
Para os fins desta atividade, escola trata-se de um “estabelecimento público ou privado 
destinado a ensino coletivo” (HOUAISS, 2009, p. 800) vinculado à Educação Básica, ou seja, 
escolas de Educação Infantil, de Ensino Fundamental e/ou de Ensino Médio. A escola deve 
ser devidamente reconhecida, registrada no Ministério da Educação e, ao se promover a sua 
caracterização, deve-se dar ênfase especial à sua estrutura física, organizacional e pedagógica.
A principal função social e pedagógica da escola é a de assegurar o 
desenvolvimento das capacidades cognitivas, operativas, sociais e morais 
pelo seu empenho na dinamização do currículo, no desenvolvimento dos 
processos de pensar, na formação da cidadania participativa e na formação 
ética (LIBÂNEO, 2004, p. 137). 
Para Libâneo (2004, p. 34), “há uma dimensão cultural que caracteriza cada escola, para além das 
prescrições administrativas e das rotinas burocráticas”. Por isso, quando estudamos a organização de 
uma escola, dois aspectos são importantes: a dinâmica organizacional já existente na escola e a cultura 
da organização escolar, própria de cada escola.
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Nesse aspecto, o professor deve estar atento a esse conhecimento a fim de saber tomar decisões 
coerentes, formular projetos pedagógicos, saber trabalhar em equipe, assumir responsabilidades e 
desenvolver o exercício do seu trabalho, não esquecendo que “a escola não é apenas um serviço, mas 
uma instituição” (MEIRIEU, 2005, p. 22). 
A escola é lugar de compartilhamento de valores e de aprender conhecimentos, 
desenvolver capacidades intelectuais, sociais, afetivas, éticas, estéticas, mas 
também lugar de formação de competências para a participação na vida 
social, econômica e cultural (LIBÂNEO, 2004, p. 139).
Logo, faz-se necessário, nesta disciplina, focar no estudo de uma instituição escolar com sua 
identificação, análise crítica do seu ambiente físico, a forma de utilização de suas dependências, as 
características da gestão, a organização administrativa e pedagógica, saber as atividades desenvolvidas 
na escola e, principalmente, as expectativas dos alunos em relação a ela.
2.2 Comunidade
Segundo o conceito adotado nesta atividade, comunidade corresponde à “população que vive num 
dado lugar ou região, ligada por interesses comuns” (HOUAISS, 2009, p. 509).
Tanto o lugar enfocado quanto a população que ali reside são de interesse da pesquisa, pois compõem, 
juntamente com a escola, um só objeto de estudo, em que nada ocorre isoladamente, mas de modo integrado.
Por comunidade se entende, portanto, “a população que reside no entorno escolar, no bairro onde se 
localiza a escola e em localidades circunvizinhas que a escola procura servir” (SUNG, 2003, p. 5). Assim, 
são fatores de vital importância as populações usuárias da escola (efetivas e potenciais), bem como o 
espaço físico que ela ocupa.
Conforme Freire (1996), a formação dos professores devia insistir na constituição deste saber 
necessário que é o contorno ecológico, social e econômico em que vivemos. Além disso, o saber teórico 
desta influência teria que ser associado ao saber teórico-prático da realidade concreta em que os 
professores trabalham. Freire (1996) ainda aponta a importância de o professor estar atento e abrir-se 
à realidade dos seus alunos, com quem partilha a atividade pedagógica, ou seja, entender as condições 
materiais nas quais vivem seus educandos. Precisa, portanto, tornar-se, se não absolutamente íntimo de 
sua forma de ser, no mínimo, menos estranho e alheio a ela, a fim de diminuir a sua distância da realidade 
(às vezes hostil) em que vivem seus alunos. Melo (2012) também afirma que o papel do educador é 
conhecer o aluno, sua vida, sua prática social, as contradições da vida que levam em comunidade, suas 
necessidades etc.
Nota-se, portanto, que a comunidade em torno da escola não se limita às pessoas que lá estudam 
e a seus familiares, mas se estende a todos aqueles que moram nos bairros próximos à escola 
(SILVA; MENIN, 2012). Assim, comunidade não deve ser confundida com comunidade escolar, 
cujo conceito engloba o conjunto de docentes e especialistas, o pessoal técnico-administrativo 
e de serviços, lotados e em exercício na instituição escolar, bem como os pais ou responsáveis 
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pelos educandos e os próprios alunos matriculados na instituição e com frequência regular na 
instituição (BRASIL, 1998).
Um dos resultados mais importantes de seu aprendizado será o conhecimento da realidade 
em que vivem os alunos da escola objeto de estudo, principalmente em termos socioeconômicos 
e culturais. Somente conhecendo a realidade escolar e a comunidade em que ela se insere será 
possível idealizar projetos de interação entre ambas, objetivo final da atividade proposta nesta 
disciplina.
Logo, faz-se necessário, nesta disciplina, focar também no estudo da comunidade ao redor da 
escola, estudando a sua localização, os equipamentos sociais presentes ao redor dela, sua densidade 
demográfica, o perfil econômico da população, o uso predominante do solo e, principalmente, as 
expectativas da população em relação ao trabalho da escola. 
Para o levantamento das expectativas dos alunos e da comunidade, conteúdo fundamental para esta 
disciplina, você poderá aplicar questionários ou entrevistas, a fim de levantar informações pertinentes 
para sua pesquisa sobre as reais necessidades dos alunos e comunidade e, com isso, propor, num segundo 
momento, um projeto de integração entre eles.
2.3 Escola e Comunidade
Tendo adquirido o conhecimento sobre caracterização, escola e comunidade, você deverá realizar 
uma tarefa prática que servirá como uma de suas avaliações nesta disciplina, culminando na elaboração 
de um Relatório de Caracterização da Escola e da Comunidade.
 Observação
A partir desta atividade será necessário ingressar numa unidade escolar. 
Não perca tempo e inicie a atividade em conformidade com as orientações presentes no Manual de 
Orientação. Vocêterá a oportunidade de colocar em prática o conhecimento adquirido.
 Observação
Você encontrará todas as instruções referentes ao relatório solicitado 
no Manual de Orientação das atividades, no AVA. Leia com atenção 
esse material.
Fique atento(a) aos avisos no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) para verificar os procedimentos 
e períodos de entrega.
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 Observação
Qualquer relatório diferente do que está sendo proposto pela disciplina 
poderá leva-lo à reprovação, ou seja, o relatório com a caracterização da 
escola e da comunidade não poderá ser substituído por quaisquer outros 
tipos de relatório.
Ressalta-se que a realização dessa atividade é obrigatória para a sua 
avaliação na disciplina. 
3 PESQUISA DE CAMPO
É importante que o universitário pesquise em diferentes livros, artigos, e em tantos outros recursos, 
os diversos temas abordados em sala de aula, como forma de complementação do aprendizado, bem 
como para a realização efetiva dos trabalhos acadêmicos.
Mas por onde começar? Como transformar a pesquisa em pesquisa científica?
Em sentido amplo, “pesquisar” significa realizar empreendimentos para 
descobrir, para conhecer algo. A pesquisa constitui um ato dinâmico de 
questionamento, indagação e aprofundamento. Consiste na tentativa 
de desvelamento de determinados objetos. É a busca de uma resposta 
significativa a uma dúvida ou problema (BARROS; LEHFELD, 2007, p. 81). 
A pesquisa, em nossos dias, não fica restrita apenas aos cientistas e pesquisadores de grandes 
centros de pesquisas, mas está ao alcance de todas as pessoas inseridas na sociedade. Entretanto, 
para ser caracterizada como “científica”, ela precisa obedecer a alguns critérios e técnicas para a 
obtenção de dados pertinentes ao conhecimento e para a compreensão do problema levantado 
da realidade.
O interessante é verificar que, por meio da pesquisa científica, pode-se chegar a um conhecimento 
novo, reformular novos problemas, construir teorias científicas, ampliar o conhecimento já adquirido, 
gerar maior precisão teórica sobre os diferentes fenômenos presentes ao nosso redor, bem como 
contribuir para a formação de uma postura crítica e científica do pesquisador.
Segundo Barros e Lehfeld (2007, p. 82), “a pesquisa científica consiste na observação dos fatos 
tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados e no registro de variáveis presumivelmente 
relevantes para análises posteriores”.
Para isso, existem diferentes técnicas de investigação científica, que dizem respeito ao método da 
pesquisa (como fazer?) e à coleta de dados de um determinado fenômeno. 
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Em Prática de Ensino: Observação e Projeto você teve a oportunidade de colocar em prática a 
observação. Vale relembrar que a observação científica é uma técnica de coleta de dados que diz respeito 
ao método científico que utiliza os sentidos para conseguir informações dos aspectos da realidade e 
obriga o investigador a um contato direto com a realidade estudada (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007). 
Você também aprendeu sobre os diferentes tipos de observação, bem como suas vantagens e limitações 
em comparação às outras técnicas.
Segundo Libâneo (2004), quando a técnica da observação é utilizada nas escolas e na sala de aula, o 
objetivo é o desenvolvimento profissional dos professores por meio da melhoria das condições de ensino 
e da aprendizagem dos alunos. Ainda para o autor, “a principal qualidade do observador é saber prestar 
atenção. O bom observador é aquele que sabe ver, identificar e descrever diversos tipos de interações e 
situações” (LIBÂNEO, 2004, p. 297).
Em pesquisas de campo, além da observação como um elemento básico para qualquer pesquisa 
desse tipo, é comum o uso de questionários e entrevistas. O pesquisador deve escolher qual será seu 
instrumento de pesquisa de acordo com o tipo de informação que ele busca obter. 
3.1 Questionário e entrevista
O questionário é um dos instrumentos utilizados para levantar informações do que se deseja. Pode 
apresentar perguntas fechadas ou abertas e, ainda, a combinação dos dois tipos. As perguntas fechadas 
são aquelas que apresentam alternativas de respostas fixas. Já as perguntas abertas são as que levam o 
informante a responder livremente sobre o assunto (BARROS; LEHFELD, 2007).
Da mesma forma que a técnica da observação, o questionário também apresenta algumas vantagens 
e limitações. Conforme Barros e Lehfeld (2007, p. 107), algumas vantagens são: 
Possibilita ao pesquisador abranger maior número de pessoas e de 
informações em curto espaço de tempo; facilita a tabulação e o tratamento 
dos dados obtidos; economiza tempo e recursos tanto financeiros como 
humanos na sua aplicação (BARROS; LEHFELD, 2007, p. 107).
Uma das limitações, conforme os autores, é exatamente “a necessidade de elaborar questionários 
específicos para cada segmento da população, a fim de obter maior compreensão das perguntas, além 
de não se poder aplicá-los para pessoas analfabetas” (BARROS; LEHFELD, 2007, p. 107). 
Outra técnica utilizada para levantar dados para uma pesquisa é a entrevista, ou seja, uma ação que 
envolve uma conversa entre duas ou mais pessoas, com um objetivo determinado.
Segundo Libâneo (2004), existem três tipos de entrevistas: dirigida (quando existe um roteiro prévio 
de questões); não dirigida (quando não há um roteiro prévio e a conserva flui livremente) e, por fim, a 
mista (quando utilizam-se ambos os procedimentos).
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Para Barros e Lehfeld (2007, p. 109), as principais vantagens da entrevista são:
O pesquisador consegue maior flexibilidade. A entrevista pode ser aplicada 
em qualquer segmento da população, isto é, o entrevistador pode formular 
e reformular as questões para melhor entendimento do entrevistado; 
o entrevistador tem oportunidade de observar atitudes e ainda há a 
possibilidade de obter dados relevantes e mais precisos sobre o objeto de 
estudo (BARROS, LEHFELD, 2007, p. 109).
Para os mesmos autores, uma das limitações quanto ao uso das entrevistas é o tempo que o 
pesquisador despenderá para coletar todas as informações necessárias.
4 INTEGRAÇÃO ESCOLA-COMUNIDADE
A integração entre escola e a comunidade é um assunto de relevância tamanha que merece um 
destaque especial no programa de prática de ensino dos cursos de licenciatura da UNIP.
A partir de 1988, com a promulgação da atual Constituição da República Federativa do Brasil, 
propostas de participação da comunidade na escola se intensificaram, especialmente devido à 
insatisfação quanto ao quadro caótico vislumbrado pela educação, especialmente no que se referia 
ao ensino público brasileiro. Sob certa pressão da sociedade civil, as administrações públicas 
do setor educacional voltaram suas atenções para a escola, que passou a ocupar o centro das 
preocupações educacionais (SUNG, 2003).
As propostas de reforma do setor pautaram-se, em grande parte, no discurso sobre a importância 
de ampliar a participação da comunidade na vida escolar. A partir dessas iniciativas, a participação 
da comunidade na escola ganhou sustentação legal, amparada pela Constituição e pela nova Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/1996), ficando os estabelecimentos de ensino 
com “a incumbência de articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração 
da sociedade com a escola” (BRASIL, 1996).
A partir de então,vários dispositivos legais e institucionais começaram a surgir, convocando 
a sociedade a participar da vida escolar. Essas propostas de integração da comunidade à escola, no 
Brasil, foram inovadoras, e o país passou a se rearticular e a dar um novo significado à educação. O 
mesmo discurso de democratização da escola, que já era comum nos meios chamados progressistas 
da sociedade, encontrou eco nos setores sociais tidos como conservadores, que passaram também a 
defender a participação da comunidade no meio escolar.
Contudo, para Assumpção (2005), existe até uma busca de interações mais efetivas em algumas 
instituições escolares, mas essa relação escola-comunidade está muito impregnada no discurso e pouco 
na prática. Ainda nesse aspecto, Moran (2013) também confirma que temos hoje, no Brasil, muitas 
iniciativas de escolas abertas para a comunidade que procuram as competências no bairro, mas ainda 
são projetos pontuais. A maior parte das escolas permanece distante da inserção da comunidade.
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A abertura da escola implica numa reorganização do tempo e espaço da instituição escolar e 
mudança de atitude das pessoas envolvidas. Não adianta abrir os portões nos finais de semana, mas no 
dia a dia continuar com os mesmos mecanismos de exclusão da comunidade, tanto no currículo quanto 
nas vivências cotidianas na escola (ALMEIDA, 2005).
A prática participativa deve ir além do discurso e da implantação de mecanismos de participação 
institucional de âmbito geral. Não se pode perder de vista as particularidades de cada escola e os 
aspectos que, juntos, a tornam única, diferenciada das demais. Assim, a prática participativa envolve 
um caminhar próprio e particular de cada escola e de cada comunidade que a circunda. O desafio é 
conhecer e reconhecer esses aspectos, de modo que propicie uma integração que seja benéfica para 
ambas as partes – escola e comunidade –, e isso é possível com o conhecimento intrínseco de cada 
uma delas.
Logo, existe uma necessidade de descobrir formas inovadoras de convivência com a comunidade, para 
que esse convívio qualificado realmente aconteça. A escola não pode concentrar todos os seus esforços 
só na melhoria do ensino e das atividades didáticas. Ela precisa de gestão eficiente, de envolvimento com 
a comunidade, dos pais, das competências da cidade e de integração aos vários órgãos governamentais 
na vida escolar (MORAN, 2013).
 Saiba mais
Para mais informações sobre o tema, procure os livros:
ALMEIDA, J. G. Como se faz escola aberta? São Paulo: Paulus, 2005;
CODY, F.; SIQUEIRA, S. Escola e comunidade: uma parceria necessária. 
São Paulo: Ibis, 1997.
MELO, A. Relações entre escola e comunidade. Curitiba: InterSaberes, 2012.
MORAN, J. M. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar 
lá. Campinas: Papirus, 2013.
Segundo Melo (2012, p. 7), “a participação da comunidade na escola tem como premissa 
fundamental que a educação das novas gerações não pode ser tarefa unicamente da escola”. Para 
o autor, a educação é muito mais que aprendizado de conhecimentos; ela leva em conta outras 
questões, como a vida familiar, a situação econômica e, no caso, a participação da comunidade na 
escola, resultando na melhoria da qualidade da educação.
Para Bezerra et al. (2010), essa relação deve ser pautada pelo diálogo, pela participação e pela confiança. 
Para os autores, todos os participantes do processo educativo têm capacidade para elaborar propostas de 
melhoria na educação, propostas que partam das necessidades reais da comunidade. Para isso, “a escola 
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deve oportunizar ‘situações de encontro’, a fim de conhecer os recursos da comunidade e os aspectos da 
sua realidade, visando à melhoria do ensino – aprendizagem” (BEZERRA et al., 2010, p. 282).
Vale salientar, todavia, que essa relação deve ser construída pela escola, pois é provável que a 
comunidade não tenha essas iniciativas (SILVA; MENIN, 2011).
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – Temas Transversais, “a relação da escola com 
a comunidade é uma rica contribuição, principalmente, pelo vínculo que estabelece com a realidade” e os 
problemas da comunidade onde vivem seus alunos (BRASIL, 1998). O documento ainda cita que é essencial:
[...] mostrar a importância da participação da comunidade na escola, 
de forma que o conhecimento apreendido gere maior compreensão, 
integração e inserção do mundo; a prática escolar comprometida com a 
interdependência escola-sociedade tem como objetivo situar as pessoas 
como participantes da sociedade – cidadãos – desde o primeiro dia de sua 
escolaridade (BRASIL, 1998, p. 10).
Silva e Menin (2011) ainda apontam que a escola pode ser marcada por diversos elementos da 
comunidade em que está inserida, tais como: associação de pais, associação de bairro, igrejas e 
iniciativas de instituições municipais próximas à escola, entre outros. Entretanto, a escola também 
pode ser influenciada por muitos problemas da comunidade ao redor, como tráfico de drogas, 
banditismo, vandalismo, diversas formas de violência, precárias condições de saneamento básico e 
até mesmo por problemas ambientais ligados ao descaso do poder público ou, ainda, a acidentes da 
natureza, como enchentes.
Além desses aspectos, o que se observa geralmente é uma escola cheia de vícios, em que a preocupação 
maior está no cumprimento do programa, mesmo que este não tenha apresentado nenhuma relação 
com o mundo do aluno, e, portanto, não estimule o avançar no conhecimento. Também se observa a 
escola agindo de forma isolada, sem qualquer tentativa de relação com a comunidade ao seu redor e 
vice-versa (ASSUMPÇÃO, 2005).
A escola não é um órgão isolado do contexto global de que faz parte e deve estar presente 
no processo de organização de modo que as ações a serem desenvolvidas estejam voltadas 
para as necessidades comunitárias (HORA, 1994). Silva e Menin (2012) também destacam que 
essa integração se faz necessária para que a comunidade, e todos os seus membros, sintam-se 
responsáveis pela escola, pela educação dos alunos e, principalmente, pela realidade local, no 
sentido de corresponsabilidade.
Para Moran (2013, p. 68), “a escola pode incluir a comunidade ao seu redor, criar pontes para as 
situações reais de aprendizagem existentes, vivenciadas na prática. Pode oferecer espaços de atualização 
para famílias e comunidade”. Ainda para o autor,
[...] uma escola fechada com muros altos e grades é um exemplo de 
insucesso pedagógico. Se está situada em uma região carente, tem de 
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dialogar com as pessoas, os grupos, a comunidade. Se for mais rica que 
o ambiente que a rodeia, deve abrir-se com mais razão ainda, oferecer 
seus serviços, mostrar que o bairro ganha com essa integração (MORAN, 
2013, p. 69).
Dessa forma, pensar em projetos educacionais que busquem a integração entre a escola e a 
comunidade ao redor e vice-versa fortalece os vínculos entre elementos naturalmente indissociáveis 
e aprimora a qualidade do ensino. A escola precisa caminhar junto com a comunidade, pois 
“qualquer escola pode ser uma escola que se articule efetivamente com os pais, com a comunidade, 
que incorpore seus saberes, que preste serviço e aprenda com ela” (MORAN, 2013, p. 26).
Ainda refletindo sobre a relação entre escola e comunidade, Silva e Menin (2011) apontam que:
[...] a escola deve possibilitar situações para que a comunidade tenhavoz 
e participação na vida escolar para que, assim, seja possível identificar 
os problemas, os recursos e as especificidades daquela população. Por 
outro lado, a não integração entre a escola e a comunidade pode gerar 
um sentimento de não pertencimento e indiferença dos membros da 
comunidade em relação à escola (SILVA; MENIN, 2011, p. 9484).
Por isso, é de fundamental importância não apenas o envolvimento dos pais, mas também de pessoas 
que moram na comunidade local e que se interessam pelo êxito da instituição, podendo compartilhar e 
participar do contexto educacional.
Para Libâneo (2004, p. 138), “a participação da comunidade possibilita à população o conhecimento 
e a avaliação dos serviços oferecidos e a intervenção organizada na vida da escola”. Nesse aspecto, 
quando a comunidade está presente na escola e vice-versa, a escola deixa de ser um lugar fechado e 
isolado, separado da sociedade e cheia de problemas. Por outro lado, a comunidade passa a sentir-se 
responsável pelas decisões num âmbito mais amplo e que afetam a comunidade.
5 O PAPEL DO PROFESSOR
A inserção da comunidade na escola exige do professor práticas que venham a romper com 
o isolamento da escola em seus modelos pedagógicos (HORA, 1994). Essa mudança na educação, 
dentre outros, depende de uma ação educativa sólida do professor, caminhando para uma educação 
de qualidade.
Nesse contexto, na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº 9.394/1996), no 
Artigo 13, inciso VI, define o papel do professor nessa integração, declarando que os “docentes incumbir-
se-ão de colaborar com as atividades de articulação da escola com a família e a comunidade” (BRASIL, 
1996). A integração com a comunidade fortalece a escola, rompe com o isolamento dos professores em 
sua luta pela melhoria da aprendizagem, aperfeiçoa a qualidade do ensino e dá aos alunos um exemplo 
de prática de cidadania.
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Diante de tanto apelo e necessidade de uma real integração entre escola e comunidade, o professor 
precisa refletir constantemente em sua prática, a fim de favorecer a participação da comunidade nas 
decisões e necessidades da escola e a elaboração de projetos de integração, visando ao desenvolvimento 
de ambas (ALMEIDA, 2005).
Conforme Freire (1996), ensinar exige uma reflexão crítica sobre a prática e compreender que a 
educação é uma forma de intervenção no mundo. O professor deve vincular a sua relação com o aluno 
à prática social, ou seja, ter como parâmetros a própria prática cotidiana, possibilitando aos alunos o 
contato com a sua realidade social, por meio de uma participação e do convívio com a comunidade ao 
redor da escola (MELO, 2012).
Além do seu papel específico de docência na disciplina, o professor também tem algumas 
responsabilidades, e dentre elas, participar das atividades que envolvem a comunidade, cívicas, culturais 
ou recreativas (LIBÂNEO, 2001).
Almeida (2005), em seu livro Como se Faz Escola Aberta, citando um discurso de um dos professores 
entrevistados, coloca que:
[...] alguns professores acham que inovar é apenas passar o mesmo conteúdo 
de um modo diferente, envolvendo as mesmas práticas já ultrapassadas. 
Esquecem-se de que a grande inovação se dá de dentro para fora, começando 
primeiramente pela postura diante dos alunos, passando pela sensibilidade 
para saber quais as necessidades daquele grupo (ALMEIDA, 2005, p. 78).
Libâneo (2009) também recomenda aos professores e a toda equipe de dirigentes que tenham 
conhecimento e sensibilidade em relação às necessidades sociais e demandas da comunidade local e 
do próprio funcionamento da escola, de modo a ter clareza sobre as mudanças a serem esperadas nos 
alunos em relação ao seu desenvolvimento e aprendizagem.
Por isso, o desafio do professor é que o seu saber não se resuma apenas ao conhecimento técnico-
científico e à transmissão desse conteúdo, mas ao conhecimento dos educandos com os quais divide 
sua prática pedagógica e das necessidades da comunidade ao seu redor, a fim de se aperfeiçoar e se 
familiarizar, cada vez mais, com a escola e sua comunidade, sabendo promover uma integração coerente 
e significativa entre elas.
Dada a relevância que o tema apresenta, reservou-se um semestre da dimensão prática do curso, 
na UNIP, para a orientação da prática participativa, pois isso servirá para ampliar a sua visão sobre a 
educação e a escola, seu futuro ambiente de trabalho, além de contribuir para o estímulo à criatividade. 
Você tem toda liberdade de criar ideias e propor ações locais de integração que deem maior visibilidade 
à escola no contexto da comunidade e que ajudem a suprir necessidades e expectativas da sociedade. 
Essa é, portanto, uma oportunidade de agir com cidadania e de sentir-se um agente participativo e ativo 
nas mudanças que sua comunidade necessita.
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6 PROJETO
Vamos imaginar a seguinte situação: você é professor (a) de uma escola, mas percebe que a 
integração com a comunidade é falha, ou até mesmo inexistente. Começa a observar mais 
atentamente a realidade da escola e da comunidade por ela servida e não gosta do que vê. Com base 
em suas observações e levantamento de dados, chega às seguintes conclusões: a escola caminha 
sozinha, sem o apoio dos governantes e da comunidade local, os pais não se envolvem o suficiente no 
acompanhamento dos seus filhos, as estruturas físicas, como a quadra, a cantina, a biblioteca e outras 
salas da escola, estão precárias e faltando material e, por fim, a comunidade ao redor vive como se a 
escola não existisse naquela região. Com tudo isso em mente, você pensa em elaborar um projeto de 
integração entre essa escola com a comunidade, a fim de convocar familiares e moradores da região 
para uma ação conjunta e participativa em benefício de ambas. 
Mas por onde começar? Como planejar essa iniciativa?
Como já estudamos em Prática de Ensino: Observação e Projeto (PEOP), planejar é uma tarefa 
que sempre estamos fazendo, mesmo sem perceber. Pode ser um planejamento de maneira 
espontânea ou sistemática, para fins a curto, médio ou longo prazo, ou ainda pode envolver desde 
ações mais simples até as mais complexas, buscando alcançar com sucesso os objetivos traçados 
inicialmente.
Da mesma forma, o professor também deve planejar a sua prática pedagógica, a fim de garantir 
aos alunos e comunidade uma prática realmente efetiva, alcançando a todos e, principalmente, uma 
educação de qualidade.
Dentre as várias formas de o professor organizar seu trabalho está o uso de projetos em sua rotina. 
Por isso, qualquer professor pode adotar essa ferramenta e estratégia para o desenvolvimento pleno do 
currículo escolar, contribuindo para a formação integral do aluno. Além disso, pode elaborar projetos 
com ênfase na integração escola e comunidade.
Logo, elaborar projetos sólidos e competentes permite ao aluno se desenvolver não apenas na 
dimensão do conteúdo, mas também na dimensão ético-política e social, buscando a transformação do 
mundo ao seu redor.
Lembre-se de que existem diferentes significados para o termo projeto. Para esta disciplina, 
focaremos em um projeto acadêmico no âmbito da educação. Também é importante ressaltar que a 
forma com que cada projeto é apresentado varia conforme as características e as exigências para cada 
tipo de projeto. 
Trata-se de um termo que deriva do latim projectu, que significa lançar para diante. Em português, 
caracteriza-se como um dos possíveis resultados de um processo de planejamento, que leva à 
concretização de ideias. Em outras palavras, reflete um trabalhode elaboração mental, apresentado de 
modo escrito.
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Como já foi estudado em Prática de Ensino: Observação e Projeto (PEOP), um projeto tem por 
finalidade demonstrar o que se pretende fazer, como fazê-lo e aonde se quer chegar. É importante 
salientar que uma boa apresentação é fundamental, pois é delineado o seu perfil como aluno e 
futuro profissional, além do caminho que irá seguir em seu trabalho, possibilitando uma boa impressão 
a respeito de você.
6.1 Projeto de Integração
Com base nos dados levantados no relatório de caracterização da escola e da comunidade, 
especialmente em relação às necessidades e expectativas de ambas, você deverá verificar uma possível 
relação de integração e apoio entre elas. A partir disso, procure elaborar uma proposta de ação que 
possibilite o atendimento e, ao menos, uma das expectativas ou necessidades observadas, buscando 
uma aproximação entre a escola e a comunidade, de modo que haja uma ampliação da visibilidade da 
escola no local.
 Observação
Vale ressaltar que o grupo deverá propor uma nova ideia de integração 
entre a escola e a comunidade em questão, tendo como base os dados 
levantados na primeira atividade. Não poderá ser apresentado um projeto 
já existente na escola e/ou comunidade sobre esse tema.
Essa atividade servirá como uma das suas avaliações nesta disciplina, culminando na elaboração de 
um Projeto de Integração entre a Escola e a Comunidade.
Além disso, lembre-se de que um bom projeto é aquele em que os agentes se sentem realmente 
responsáveis. Em outras palavras, embora o projeto não precise ser aplicado, (ou seja, basta que 
seja apenas escrito), é importante que você procure pensar sobre como envolver os alunos 
da escola no projeto do modo mais direto possível, pois eles são o maior elo entre a escola e a 
comunidade, o que faz com que representem, portanto, seu mais importante instrumento de 
trabalho no que concerne à promoção tão esperada da integração entre essas duas esferas da 
sociedade.
 Lembrete
Para fins da avaliação neste semestre, vale repetir, basta elaborar o 
projeto no papel, na teoria, sem a necessidade de aplicá-lo de fato.
7 VISÃO GERAL DAS ATIVIDADES 
Agora que você já tem o conhecimento teórico da disciplina, vamos relembrar, de forma resumida, a 
sequência de atividades que você deverá desenvolver:
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• inicialmente, você deverá identificar uma escola que sirva de base para a sua pesquisa. É 
importante ressaltar que a direção da escola precisa aceitar que você desenvolva as atividades 
necessárias naquele ambiente, o que pode envolver algumas conversações informais ou 
formais. Assim, faça contato com a escola o quanto antes para pedir autorização, pois há 
o risco de você não ser aceito (a) e ter que buscar outra escola para realizar as atividades 
solicitadas. Portanto, não perca tempo!
 Observação
Não é necessário nenhum documento formal comprovando a sua inserção 
na escola. Entretanto, se a direção da escola solicitar uma documentação 
da Universidade, você encontrará uma carta de apresentação, anexa, no 
final do Manual de Orientação das Atividades, no AVA.
• uma vez identificada a escola, você deverá dar início a uma caracterização dessa unidade escolar, 
buscando identificar suas necessidades e expectativas que possam ser supridas, totalmente ou em 
parte, pela comunidade em que a escola se insere. Da mesma forma, no mesmo relatório, deverá 
caracterizar a comunidade por ela servida, buscando identificar suas necessidades e expectativas 
que, eventualmente, possam ser supridas, totalmente ou em parte, pelo seu envolvimento na 
unidade escolar ali localizada; 
• com base nos dados do relatório das caracterizações, você deverá propor um projeto de integração 
entre a escola e a comunidade para dar maior visibilidade à escola na comunidade em que ela se 
insere e/ou vice-versa. 
 Lembrete
As principais atividades vinculadas a esta disciplina são: 1) o 
relatório de caracterização, tanto da escola quanto da comunidade 
por ela servida, buscando identificar as necessidades e expectativas de 
cada uma delas que possam ser supridas, no todo ou em parte; e 2) um 
projeto de integração entre a escola e a comunidade caracterizadas 
anteriormente. 
Todas as explicações detalhadas das atividades obrigatórias a serem elaboradas estão 
disponíveis no Manual de Orientação das atividades da disciplina Prática de Ensino: Integração 
Escola X Comunidade, no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA).
Fique atento (a) aos avisos no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) para verificar os procedimentos 
e períodos de entrega.
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8 SUGESTÕES DE LEITURA
BARROS, A.J.S.; LEHFELD, N.A.S. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2007.
BRAMBATTI, C. M. B. Família e Escola: rompendo barreiras, fortalecendo relações. Revista de Educação 
do IDEAU, v. 4, n. 9, 2009. 
COLL, C. Escola e comunidade: um novo compromisso. Pátio Revista Pedagógica, v. 3, n. 10, p. 9-12, 1999. 
CONCEIÇÃO, M. V.; ZIENTARSKI, C.; PEREIRA, S. M. Gestão democrática da escola publica: possibilidades 
e limites. UNIrevista, v. 1, n. 2, 2006. 
LIBÂNEO, J. C. Organização e Gestão da Escola – teoria e prática. 5. ed. Goiânia: Editora Alternativa, 2004.
MEIRIEU, P. O cotidiano da escola e da sala de aula: o fazer e o compreender. Porto Alegre: Artmed, 2005.
 Resumo
De início, é importante saber a contextualização da disciplina Prática 
de Ensino: Integração Escola X Comunidade na dimensão prática do curso. 
Essa prática encontra-se no terceiro semestre do curso e se articula às 
demais práticas.
Esta disciplina aborda um assunto extremamente relevante 
na formação do docente, que é a integração entre a escola e a 
comunidade. O professor, em seu papel, deve refletir constantemente 
sobre esse tema, a fim de garantir aos alunos e comunidade uma 
prática realmente efetiva, alcançando a todos e, principalmente, uma 
educação de qualidade. Para isso, a disciplina busca levar o aluno a 
identificar e conhecer por meio da elaboração de um relatório uma 
unidade escolar bem como a comunidade em que a escola está inserida. 
Em seguida, pretende estimular a elaboração de um projeto conforme 
as normas ABNT que busque apresentar uma proposta de ação capaz 
de possibilitar a integração entre a escola e a comunidade.
Os conceitos estudados são: caracterização, escola e comunidade. 
Com base nesse conhecimento teórico e da questão da integração escola-
comunidade, a disciplina propõe atividades a serem realizadas em grupo 
para a avaliação do aluno.
A primeira trata-se do relatório de caracterização da escola e da 
comunidade. A segunda atividade envolve a elaboração de um projeto 
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de integração, ou seja, uma proposta de ação em que o grupo apresente 
uma nova ideia de integração, tendo como base o conteúdo levantado no 
relatório, principalmente nas necessidades e nas expectativas da escola e 
da comunidade em questão.
Vale reiterar que a elaboração dessas atividades é obrigatória e não 
haverá prova na disciplina.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA, J. G. Como se faz escola aberta? São Paulo: Paulus, 2005.
ASSUMPÇÃO, T. M. T. de. Reflexões sobre a escola e sua interação com a comunidade: um estudo de caso. 
2005. 115f. Dissertação (Mestrado) – Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Joinville/SC, 2005. 
BARROS, A.J.S.; LEHFELD, N.A.S. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2007.
BEZERRA, Z. F. et al. Comunidade e Escola: reflexões sobre uma integração necessária. Educar em 
Revista, Curitiba, n. 37, p. 279-291, 2010.
BRAMBATTI, C. M. B. Família e Escola: rompendo barreiras, fortalecendo relações. Revista de Educação 
do IDEAU, v. 4, n. 9, 2009.
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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