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86 2.2.1 Produto agregado na macrocontingência. .................................................... 87 2.2.2 Produto agregado com contingência entrelaçada sem recorrência. ............. 89 2.2.3 Produto agregado na metacontingência. ...................................................... 90 2.3 Sistema Receptor ...................................................................................................... 94 2.4. Metacontingência..................................................................................................... 98 2.4.1 Metacontingência como seleção de contingências entrelaçadas favoráveis à sobrevivência física dos indivíduos participantes. ................................................ 99 2.4.2 Metacontingência como seleção de contingências entrelaçadas de modo análogo à seleção operante. ................................................................................. 101 2. 4.3 Relações entre meta e macrocontingência. ............................................... 106 2. 4.3.1 Macro e metacontingências: duas fontes de produtos agregados que afetam as chances de sobrevivência física dos indivíduos. ............................ 107 2.4.3.2 Macro e metacontingências: diferentes processos seletivos. ............. 108 3. Relações entre Evolução Cultural em B. F. Skinner e S. S. Glenn..................... 113 3.1 Unidades de Seleção ............................................................................................... 113 3.1.1 Prática cultural em Skinner e Glenn........................................................... 114 3.1.2 Contingência entrelaçada em Glenn e comportamento cooperativo em Skinner. ............................................................................................................... 115 3.1.3 Prática cultural versus contingência entrelaçada........................................ 117 3.1.4 Prática cultural em Skinner e as linhagens culturo-comportamentais e culturais em Glenn. ............................................................................................. 119 3.2 Consequência Cultural ............................................................................................ 124 3.3 Relações Entre o Processo de Evolução Cultural em Skinner e Glenn .................. 125 3.3.1 Sobrevivência da cultura em Skinner e metacontingência em 2.4.1. ......... 126 3.3.2 Sobrevivência da cultura e metacontingência em 2.4.2. ............................ 130 3.3.3 Sobrevivência da cultura como sobrevivência dos seus conjuntos de contingências de reforçamento social e a metacontingência............................... 133 Conclusão .................................................................................................................... 136 Referências Bibliográficas ......................................................................................... 140 Anexo I ......................................................................................................................... 148 Anexo II ........................................................................................................................ 224 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Representação esquemática dos relatos de eventos que controlam a emissão do conceito de prática cultural em S. S. Glenn................................................................86 Figura 2: Diagrama esquemático do experimento de Vichi, Andery & Glenn............104 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Bibliografia de B. F. Skinner Selecionada.....................................................26 Tabela 2: Bibliografia de S. S. Glenn Selecionada........................................................30 Tabela 3: Modelo de categoria de registro.....................................................................31 Tabela 4: Unidades de seleção cultural: Relações entre o tratamento de Skinner e Glenn a conceitos comuns e relatos de eventos (RE) agrupados na mesma classe..................124 Tabela 5: Relações entre conceitos e relatos de eventos aos quais eles são aplicados em Skinner e Glenn: unidade de seleção, consequência cultural e processo de evolução cultural...........................................................................................................................137 14 Introdução B. F. Skinner (1904-1990), principal teórico da Análise do Comportamento e fundador do Behaviorismo Radical, incluiu os fenômenos culturais como parte do objeto de estudo da Análise do Comportamento desde muito cedo (e.g., 1948, 1953, 1959). Já em 1948, com a publicação de seu livro ―Walden II‖, romance sobre uma comunidade utópica baseada em princípios filosóficos e tecnológicos fundamentados pela Análise do Comportamento, Skinner concebe a ciência não só como um meio de produzir uma vida mais feliz e produtiva para o indivíduo, mas que, de uma forma mais abrangente e desafiadora, incluiria a preocupação em promover a sobrevivência das culturas. Alguns anos mais tarde, em ―Ciência e Comportamento Humano‖ (1953) Skinner dedica-se extensivamente à investigação de fenômenos sociais. Entre os assuntos tratados neste livro destacam-se: o comportamento de pessoas em grupo, as agências controladoras do comportamento e o planejamento de uma cultura. A Análise do Comportamento passa a demonstrar uma capacidade teórica promissora para a análise e intervenção em contextos mais amplos. Assim, fenômenos sociais e culturais são considerados não somente parte do que se busca explicar para a previsão e controle do comportamento individual, mas estudar e intervir na cultura constitui por si parte do escopo de uma ciência do comportamento. Nas palavras de Skinner: The deliberate manipulation of the culture is therefore itself a characteristic of many cultures - a fact to be accounted for in a scientific analysis of human behavior. Proposing a change in a cultural practice, making such a change, and 15 accepting such a change are all parts of our subject matter. (Skinner, 1953/2014, p. 427) Embasando as propostas de intervenção da Análise do Comportamento está o modelo de seleção por consequências (Skinner, 1981/1987b), que prevê a ação de variáveis selecionadoras em três níveis de análise distintos, porém complementares. O primeiro destes níveis, a filogênese, refere-se às contingências de sobrevivência responsáveis pela seleção natural das espécies; o segundo nível, a ontogênese, diz respeito às contingências de reforçamento responsáveis pelo repertório adquirido por seus membros, incluindo contingências especiais mantidas por um ambiente social evoluído, que compõem o terceiro nível de seleção. A evolução das culturas torna-se um nível especial de análise devido à produção de outro tipo de consequência. De acordo com Skinner, ―it is the effect on the group, not the reinforcing consequences for the individual members, that is responsible for the evolution of the culture.‖ (Skinner, 1981/1987b, p. 54). As práticas de uma cultura não se mantêm apenas por serem reforçadoras para os membros de grupo, mas porque ―contribute to the survival of the group and are perpetuated because they do so‖ (Skinner, 1984/1987d, p. 74). Apesar de Skinner recorrer à contingência de reforçamento como a tecnologia oferecida pela Análise do Comportamento para a intervenção em escala social e conferir à Antropologia (Skinner, 1981/1987b, p. 54) a tarefa de investigar o nível cultural com mais afinco, muitos analistas do comportamento buscaram integrar estas duas áreas de conhecimento. Entre os autores que se dedicaram a este propósito,