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Direitos da Personalidade

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DTOS DA PERSONALIDADE
1. DTO DA PERSONALIDADE DA PESSOA NATURAL
-Inerentes a condição de pessoa humana. 
-Natureza não patrimonial: o sentido econômico é secundário e aflorará qdo transgredidos, impõe-se reparação pecuniária indenizatória pela violação.
-Decorrentes da noção da dignidade da pessoa humana, art 1º, III, CF. 
-Os dtos da personalidade tem por fim resguardar sua dignidade.
-Personalidade não é dto é ela que sustenta os dtos.
-O rol não é taxativo, conceito não se pode conter.
-Personalíssimos pois relacionam-se com Dto Natural.
-DANO MORAL 
Danos que ocorrem na violação dos direitos de personalidade possuem caráter moral.
É no campo dos danos morais que se situa a transgressão dos direitos da personalidade, não há danos morais fora dos dtos da personalidade.
- CARACTERÍSTICAS:
- Intransmissível;
- Irrenunciável;
- Inatos /Originalidade;
- Extrapatrimonial - não podem ser mensurados;
- Vitalício;
- Absoluto/ Oponível;
- Impenhorável - não podem ser utilizado como pagamento;
- Imprescritível - a proteção ao dto não prescreve;
- Ilimitado - rol não taxativo;
- Não esta sujeito a desapropriação - dtos inatos indestacáveis da pessoa humana
- CLASSIFICAÇÃO: - Integridade física: -Direito à vida, 
					 -Dto ao próprio corpo.
		 - Integridade Psíquica/Moral: -Dto à honra, 
						 -Dto à imagem; 
						 -Dto ao nome; 
						 -Dto à vida privada, 
						 -Dto à liberdade; 
						 
- LIMITES:- Impossibilidade de ter caráter permanente, deve ser por tempo certo/definido; 
 	 - Impossibilidade de cessão genérica de direitos da personalidade, deve ser específica.		
 - Impossibilidade de violar a dignidade do titular. 
Art. 11, CC. 
Os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo seu exercício sofrer limitação voluntária, salvo os casos previstos em lei. 
Os direitos da personalidade são relativamente indisponíveis, pois permite-se limitar o exercício do direito da personalidade nos casos previstos em lei. Ex.: doação de órgãos, ceder imagem, etc.
En 4, Jornada de Direito Civil: “o exercício dos direitos da personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral.” 
En 139, Jornada de Direito Civil: “Os direitos da personalidade podem sofrer limitações, ainda que não especificamente previstas em lei (autonomia privada), não podendo ser exercidos com abuso de direito de seu titular, contrariamente à boa-fé objetiva e aos bons costumes”. 
Art. 12, CC. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos (reparação pecuniária), sem prejuízo de outras sanções previstas em lei (conseq. no âmbito civil, penal e adm).
- §ú, Para proteger os dtos da personalidade de pessoa morta são legítimos o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
(PS.: diferente da proteção do direito de imagem de pessoa falecida que são legitimos apenas cônjuge, os ascendentes ou os descendentes.)
DTOS DA PERSONALIDADE EM SI
I. DTO À INTEGRIDADE FÍSICA:
- DTO Á VIDA 
Relativizada em tempos de guerra.
- DTO AO CORPO 
	a. CORPO VIVO
Art. 13, CC. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
	→Titular pode livremente dispor do seu corpo se não gerar diminuição permanente da integridade física.
	→Só com comprovação da exigência médica é que o indivíduo pode dispor do seu corpo diminuindo permanentemente sua integridade física. 
	Ex.: transgenitalização - STJ na SE 1058 - Itália - realizada a cirurgia de mudança de sexo, o transexual tem direito à mudança no registro civil do nome e ao estado sexual. (redesignação) e STJ - REsp. 1.008.398 SP.
	→Wannabe: repulsa por uma determinada parte do próprio corpo e querem amputá-la. Proibido na medida em que implicaria na redução permanente da integridade física.
	→Dano estético pode ser cumulado com dano moral. STJ 387: prevê cumulação de danos morais de diferentes categorias. Dano estético não precisa ser permanente, pode ser sequela transitória, já ensejam dano. Dano estético é a violabilidade da integridade física. (STJ, REsp.575.576/PR).
	→Proteção do corpo vivo alcança tb partes separadas do corpo humano - prof. Cristiano Chaves de Farias. (STF, Rcl 2040/DF – caso Glória Trevis presa no Brasil, engravidou na carceragem, a PF, com intuito de saber quem era o pai, subtraiu a placenta e fez DNA, sem autorização de Gloria, a placenta seria partes do corpo humano).
→TEMA CONTROVERSO - CASO DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
	- Resolução 1995 (diretrizes antecipadas da vontade dos pacientes), menciona a possibilidade do paciente decidir sobre os tratamentos que quer ou não receber. 
	- CC, Art 15 - Testemunha de Jeová maior e capaz, não é obrigada a se submeter a procedimento; 
	- CP, Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda. 
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo: 
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida;
	-CFM, Res 1.021/80. Havendo recusa para a transfusão de sangue, o médico, obedecendo a seu Código de Ética Médica, deverá: 1º - Se não houver iminente perigo de vida, o médico respeitará a vontade do paciente ou responsáveis. 2º - Se houver iminente perigo de vida, o médico praticará a transfusão de sangue, independ. de consentimento do paciente ou responsáveis.
	- Mas não cabe escolha qto aos menores de 18 anos ou incapazes, incide o ECA, os pais não podem dispor em relação aos filhos.
	► MAS.... PGR ajuizou perante o STF a ADPF 618 com pedido de medida cautelar, para assegurar às Test de Jeová maiores e capazes o dto de não se submeter a transfusões de sangue por convicção pessoal. A recusa, segundo a procuradora-geral, não significa desejo de morte ou desprezo pela saúde e pela vida, pois as pessoas que integram essa comunidade religiosa aceitam se submeter a métodos alternativos à transfusão de sangue. Mas, na sua impossibilidade, preferem se resignar à possibilidade de morte a violar suas convicções religiosas. A PGR pede para que seja afastada, por medida cautelar, qq entendimento que obrigue médicos a realizarem transfusão qdo houver expressa recusa dos pacientes maiores de idade e capazes, mantendo-se a obrigatoriedade apenas qdo o paciente for menor, nos casos em que o tratamento for indispensável para salvar a vida da criança, independ de oposição dos responsáveis. Pede, ainda, que seja confirmado em julgamento de mérito da ADPF.
→ Gestação Substituta/ Barriga Solidária/ Útero de Substituição
CFM, Res 2.121/15 - normas éticas de rep assistida.
a) Capacidade das partes;
b) Ato voluntário, sem finalidade lucrativa;
c) Provada incapacidade gestacional da mãe biológica;
d) Mãe biológica e mãe hospedeira devem integrar o mesmo núcleo familiar. As doadoras do útero - familiar de um dos parceiros em parentesco consanguíneo até o 4º grau (Mãe, Irmã/ Avó, Tia, Prima)
e) Presentes os requisitos o médico pode realizar o procedimento mesmo sem autorização judicial. 
→Esterilidade humana artificial (planejamento familiar)
CF, art. 226, § 7º e Lei 9.263/96.
Requisitos: 
a) Lapso temporal mínimo de 60 dias entre a manifestação de vontade e o procedimento cirúrgico (direito a arrependimento); 
b) Ter mais de 25 anos ou, ter mais de 18 anos e mais de 02 filhos. 
Essa esterilização é feita pelo SUS, reclamando o direito à saúde (assistência social, psicológica, acompanhamento médico)
Art. 15, CC. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.→ Paciente é sujeito do tratamento, não é objeto, tto dependerá da sua vontade, livre consentimento informado.
	→ Médico não pode deixar de informar o paciente e seus familiares, sob pena de responder civilmente, por violação do dever de informação. 
	→ Por esse artigo, a internação forçada é excepcional e está de forma taxativa prevista na Lei 10.216/01.	
	b. CORPO MORTO
Art. 14, CC. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.
	→ Testamento vital (living will) - diretivas antecipadas: disposição do corpo para depois da morte ou durante estado de inconsciência. Resolução CFM 1.995/12. Essa diretiva prevalece sobre opinião medica ou de familiares.
	→ Transplantes em vida e pós mortem. Lei n.9.434/97
	▪Transplantes entre vivos: 
▫Gratuidade; 
▫Órgãos dúplices ou regeneráveis; 
▫Beneficiário pessoa da mesma família, caso contrário apenas por autorização judicial, exceto medula óssea; 
▫Não há mais previsão de fiscalização do Ministério Público (médico não é mais obrigado a comunicar ao MP)
	▪Transplantes pós mortem: 
▫Gratuidade; ▫Qualquer órgão aproveitável; 
▫Respeito à fila de transplantes que obedecem critério da urgência; 
▫Extração com o reconhecimento da morte encefálica ou parada cardíaca irreversível, diag por critérios circulatórios (D9.175/17); 
▫Indigentes não ter órgãos removidos para transplante. ▫O CC remeteu a matéria transplantes para Lei Especial, afastando dele a questão, portanto, mesmo com a autodeclaração do doador pós mortem, os familiares devem anuir a doação. (Lei n.9.434/97, 4º). 
→En 277, Jornada de Direito Civil: “O art. 14 do Código Civil, ao afirmar a validade da disposição gratuita do próprio corpo, com objetivo científico ou altruístico, para depois da morte, determinou que a manifestação expressa do doador de órgãos em vida prevalece sobre a vontade dos familiares, portanto, a aplicação do art. 4º da Lei n. 9.434/97 ficou restrita à hipótese de silêncio do potencial doador.” 
- Para a prova, esse enunciado não é aplicável, doação de órgãos pos mortem somente com anuência da família:
	- D9.175/17 
	- Art. 19, 20 - Autorização para doação é do conj/ comp/ parente consang na linha reta ou col até 2º grau (nessa ultimo deverá estar circunstanciada, no termo de autorização, as razões de impedimento dos familiares de 1º grau).
 	- Art. 20, §3º, Incapazes: autorização expressa de ambos os pais, se vivos, ou de quem lhes detinha, ao tempo da morte, o poder familiar exclusivo, a tutela ou a curatela.
	- Art 20, § 4º demais casos dependerão de prévia autorização judicial.
	- Art 21 e §ú, Proibida a doação em casos de não identificação do doador falecido. E não supre o simples reconhecimento de familiares se nenhum dos documentos de identificação do falecido for encontrado, exceto nas hipóteses em que autoridade oficial que detenha fé pública certifique a identidade.
II. INTEGRIDADE PSIQUICA/ MORAL
-DTO AO NOME CIVIL 
Art. 16, CC: toda pessoa tem dto ao nome: prenome e sobrenome.
Prenome: identifica pessoa.
Sobrenome: identifica a ancestralidade.
Agnome: partícula diferenciadora que distingue pessoas da mesma família com nomes iguais (filho, junior, neto, sobrinho...)
Pseudônimo/ Heterônimo/ Cognome: nome utilizado para as atividades profissionais lícitas, goza da mesma proteção, mas não integra o nome. Art. 19, CC
Hipocorístico: alcunha, apelido de cunho pessoal e profissional, pode ser acrescido ao nome.
Titulos de nobreza/ Títulos pessoais: não integram o nome (conde, barão, mestre, doutor)
→A tutela jurídica do nome é autônoma e independente: 
-não há necessidade da violação da honra para se proteger a utilização do nome que exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. Ou ainda, não pode-se utilizar sem autorização o nome para fins comerciais.
Se alguém viola seu nome e a sua honra, irá gerar dois danos, e duas indenizações
Art. 17, CC. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art. 18, CC. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19, CC. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.
→Escolha do nome
-Pais/ responsáveis indicam um nome que não pode expor o titular ao ridículo ou a situações vexatórias.
- Por ser titular do nome, ao adquirir a maioridade civil / emancipação, o titular possui o prazo decadencial de 1 ano para alterar seu nome: única hipótese de mudança imotivada do nome LRP (6.015/73) art 56. Sobrenome pode ser modificado desde que não tenha ruptura da ancestralidade, não pode ficar sem a referência familiar.
 →Divergência entre o interessado e o Oficial do cartório do RC:
LRP 6.015/73, arts 198 e 203.
− Oficial, imotivadamente, não aceita registrar: Jurisprudência reconheceu o chamado procedimento de dúvida inversa, ou seja, aquele suscitado pelo interessado, através de uma petição ao juízo.
LRP: Procedimento de dúvida do ofical:
−Tem natureza adm, mas da sentença judicial cabe recurso de apelação
− Apelação pode ser interposta pelo interessado, 3º prejudicado (996, CPC), pelo MP, mesmo que este tenha atuado como fiscal 
da lei (Súmula 99 do STJ).
− O oficial não tem legitimidade recursal, pela falta 
de interesse de agir, que acaba qdo a dúvida é suscitada.
Art. 198. O oficial indicá-la-á por escrito. Não se conformando o apresentante com a exigência do oficial, ou não a podendo satisfazer, será o título, a seu requerimento e com a declaração de dúvida, remetido ao juízo competente (vara cívil de RC) para dirimí-la, obedecendo-se ao seguinte: 
I - no Protocolo, anotará o oficial, à margem da prenotação, a ocorrência da dúvida;
Il - após certificar, no título, a prenotação e a suscitação da dúvida, rubricará o oficial todas as suas folhas;
III - em seguida, o oficial dará ciência dos termos da dúvida ao apresentante, fornecendo-lhe cópia da suscitação e notificando-o para impugná-la, perante o juízo competente, no prazo de 15 dias;
IV - certificado o cumprimento do disposto no item anterior, remeterse-ão ao juízo competente, mediante carga, as razões da dúvida, acompanhadas do título.
Art. 199 - Se o interessado não impugnar a dúvida no prazo de 15 dias referido, será ela, ainda assim, julgada por sentença. 
Art. 200 - Impugnada a dúvida com os documentos que o interessado apresentar, será ouvido o Ministério Público, no prazo de 10 dias. 
Art. 201 - Se não forem requeridas diligências, o juiz proferirá decisão no prazo de 15 dias, com base nos elementos constantes dos autos. 
Art. 202 - Da sentença, poderão interpor apelação, com os efeitos devolutivo e suspensivo, o interessado, o Ministério Público e o 3º prejudicado. Sum99, STJ
Art. 203 - Transitada em julgado a decisão da dúvida, proceder-se-á do seguinte modo: 
I - se julgada procedente, os documentos serão restituídos à parte, independentemente de translado, dando-se ciência da decisão ao oficial, para que a consigne no Protocolo e cancele a prenotação;
II - se julgada improcedente, o interessado apresentará, de novo, os seus documentos, com o respectivo mandado, ou certidão da sentença, que ficarão arquivados, para que, desde logo, se proceda ao registro, declarando o oficial o fato na coluna de anotações do Protocolo.
Art. 204 - A decisão da dúvida tem natureza administrativa e não impede o uso do processo contencioso competente. 
→Princípio da Inalterabilidade Relativa do nome
O nome pode ser modificado nos casos previstos em Lei ou por decisão judicial por motivo relevante.
Art. 57.  A alteração posterior de nome, somente por exceção e motivadamente, após audiência do Ministério Público, será permitida por sentença do juiz a que estiver sujeito o registro, arquivando-se o mandado e publicando-se a alteração pela imprensa, ressalvada a hipótese do art. 110 desta Lei
 Art. 110.  O oficial retificaráo registro, a averbação ou a anotação, de ofício ou a requerimento do interessado, mediante petição assinada pelo interessado, representante legal ou procurador, independentemente de prévia autorização judicial ou manifestação do Ministério Público, nos casos de: 
I - erros que não exijam qualquer indagação para a constatação imediata de necessidade de sua correção;         
II - erro na transposição dos elementos constantes em ordens e mandados judiciais, termos ou requerimentos, bem como outros títulos a serem registrados, averbados ou anotados, e o documento utilizado para a referida averbação e/ou retificação ficará arquivado no registro no cartório; 
III - inexatidão da ordem cronológica e sucessiva referente à numeração do livro, da folha, da página, do termo, bem como da data do registro; 
IV - ausência de indicação do Município relativo ao nascimento ou naturalidade do registrado, nas hipóteses em que existir descrição precisa do endereço do local do nascimento; 
V - elevação de Distrito a Município ou alteração de suas nomenclaturas por força de lei. 
§ 5o Nos casos em que a retificação decorra de erro imputável ao oficial, por si ou por seus prepostos, não será devido pelos interessados o pagamento de selos e taxas.
→Mudança de nome previsto em Lei:
- Casamento, dependendo da vontade do titular;
- Divórcio, dependendo da vontade do titular, STJ, art. 1.578, CC, EC 66.;
- Lei Clodovil (11.924/09 - LRP art. 57, §8º), acréscimo de sobrenome de padrasto/ madrasta, desde que haja anuência, sem prejuízo dos da família. 
O pai, intimidado se menor, e o MP (se menor, 178, CPC) deveriam ser citados, 721, CPC.?
O simples acréscimo de sobrenome de padrasto não implica em consequência sucessória, de guarda ou alimentícia.
 Diferente da paternidade e maternidade socioafetiva, que gera todos os efeitos do vínculo de filiação (dtos e deveres0. Prov 63/2017.
Fundamento da Lei: afetividade.
- Adoção: Lei 12.010/09, é possível mudar prenome e sobrenome no ato de adoção. Se o menor tiver mais de 12 anos, deve consentir não apenas com a adoção, mas também com a mudança de nome proposta.
- Proteção às testemunhas: Lei 9.807/99, testemunhas e de todos os familiares. Cessado o perigo podem voltar a ter o nome anterior.
-Estatuto do Estrangeiro: Lei 6.815/80, qdo a pessoa adquiri a cidadania brasileira pode alterar seu nome estrangeiro.
 →Mudança de nome previsto em Jurisprudência;
-Viuvez
-Abandono Afetivo: STJ REsp. 66.643
-Cirurgia de transgenitalização: dto dos transexuais, operados ou não, de alterarem o nome e o estado sexual/gênero, dtamente no cartório sem intervenção judicial ou do MP, mediante autodeclaração, para que se preze sua dignidade física e psíquica; STF, ADIn 4275/DF
- Acréscimo nome da mãe: É possível que mãe divorciada altere o sobrenome no registro dos filhos, para acrescentar seu patronímico de solteira (STJ REsp. 1.041.751). 
-DTO À IMAGEM 
Duplo conteúdo: MORAL, porque direito de personalidade; PATRIMONIAL, porque assentado no princípio segundo o qual a ninguém é lícito locupletar-se à custa alheia.
Art 5º, CF
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
Art. 20, CC. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais
→Tridimensionalidade do direito à imagem:
1.Imagem-Retrato, (identificação através de caracteres fisionômicos)
2.Imagem-Atributo (identificação através de caracteres psicológicos)
3.Imagem-Voz (identificação através do timbre sonoro identificador)
 → Dto à imagem é UNA: apesar de tridimensional, por isso não cabe cumulação de indenizações por diferentes danos à imagem.
→O direito à imagem é constitucionalmente autônomo (CF, art. 5º, V , X e XXVIII, a), ou seja, é possível violar a imagem sem violar a honra. 
→Hipóteses:
CC, 20: 
a) Violando a honra, boa fama ou respeitabilidade;
b) Sem autorização para fins comerciais (desvio de finalidade);
- Dano está presumido (Sum 403, STJ. Uso indevido de imagem para fins comercial presume o dano.)
- Se violar as duas hipóteses, duas indenizações, uma por violar a honra e a outra por violar a imagem.
- CC, proteção não é autônoma.
CF, 5º, incisos V, X e XXVIII
a) Sem autorização, mesmo sem fins comerciais ou sem violar a honra, boa fama ou respeitabilidade.
- Dano não está presumido, dano é a própria utilização indevida.
Publicar imagem
1. Sem autorização, Sem violar honra e Sem destinação comercial: aplicação da CF, art. 5º, V, X, XXVIII, a. Pleiteando uma indenização pela proteção autônoma do direito à imagem.
2. Violando honra do titular, ou, Sem autorização para fins comerciais: aplicação do artigo 20, CC e CF, art. 5º, V, X, XXVIII, a. Nesse caso pleitearia uma indenização, seja pela honra violada ou pela falta de autorização para fins comerciais (nesse caso seria aplicável também a Sum 403, STJ). 
3. Violando honra e Sem autorização para fins comerciais: aplicação do artigo 20, CC , Sum 403, STJ e CF, art. 5º, V, X, XXVIII, a. -Pleiteando duas indenizações, uma para honra e outra pela destinação comercial sem autorização.
→Relativização do direito à imagem:
a) A função social da imagem: quando necessárias a administração da Justiça e manutenção da ordem pública, imagens de pessoas foragidas da justiça. 
b) Cessão expressa e tácita e o uso em local público. Escrita, falada ou pelo comportamento pode indicar a autorização, ex.: carnaval de Salvador, Pessoa deu entrevista.
- O uso de local público também, enquanto a imagem for do local, as pessoas que estão no local público consente tacitamente, desde que não haja desvio de finalidade/ exploração econômica.
O uso de foto em contexto genérico (STJ, REsp.85.905). O top less na Praia de Camboriu (STJ, REsp.595.600/SC).
c) O desvio de finalidade e o uso de imagem de artista conhecido com fins econômicos (STJ, REsp.74.473). - A utilização da imagem de atleta mundialmente conhecido, com fins econômicos, sem a devida autorização do titular, constitui locupletamento indevido ensejando a indenização, sendo legítima a pretensão dos seus sucessores.
d) Imagem de pessoas públicas (celebridades) pessoas que acompanham a pessoa pública.
→A tutela jurídica da imagem de pessoa morta e a restrição à legitimidade dos lesados indiretos (conjugues, descendentes, ascendentes): CC 20, § único + 12 (Enunciado 5, Jornada de Direito Civil). 
→En 278, JDC, Art. 18: A publicidade que divulgar, sem autorização, qualidades inerentes a determinada pessoa, ainda 
que sem mencionar seu nome, mas sendo capaz de identificá-la, constitui violação a direito da personalidade
-DTO À VIDA PRIVADA 
Art. 21, CC. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir (preventiva) ou fazer cessar (indenizatória) ato contrário a esta norma.
- Limitação ao dto de construir (1.301, 1.303, CC)
Teoria dos círculos concêntricos: Os círculos concêntricos corresponderiam as diferentes dimensões da vida privada. Quanto mais próximo do indivíduo estiver o circulo, maior a proteção dada.
A vida privada é o gênero: 
1º. Intimidade (no circulo interno, mais endógeno): são aquelas informações que pertencem ao titular e a mais ninguém, pensamentos, opiniões, cicatrizes, diário etc, que o indivíduo só compartilha com quem elequiser.
2º. Privacidade, (no circulo intermediário): são aquelas informações privadas que pertencem ao titular, mas que eventualmente podem ser compartilhadas com o Estado quando houver interesse público. movimentação bancária, telefônica, fiscal...
3º. Vida privada/ publicidade.
Publicidade→Privacidade→ Intimidade
Podemos dizer que toda intimidade é privada, mas nem toda privacidade é íntima.
→ A Proteção da vida privada é autônoma. A constituição protegeu autonomamente art. 5º, inciso XII, CF, proteção da vida privada não precisa da proteção da honra. São autônomas.
→Não permite exceção da verdade (exceptio veritatis): haveria uma dupla violação da vida privada.
→Biografia não autorizada:
-Segundo julgamento da ADIN 4.815/DF, STF decidiu que ela poderá ser relatada, até mesmo biografias não autorizadas. 
-Interpretação conforme a CF para o artigo 20 CC, para salvaguardar a liberdade de expressão e de imprensa que não podem sofrer limitações, para que não se permita a censura. 
-De todo modo, é possível ao titular (seus familiares ou coadjuvantes) se violar a honra e a imagem, responsabilidade civil e/ou penal. 
-No Brasil não se adota o "hate speech" liberdade absoluta de expressão. Por isso quem publica biografia eventualmente poderá responder civil ou penalmente.
→Pessoas Públicas e Celebridades
-Como pessoa humana tem proteção aos dtos de personalidade. -Porém tem sua imagem e privacidade relativizadas.
-Relativização alcança terceiros que os acompanha.
- Tem responsabilidade civil (solidaria com o fornecedor) pela propaganda enganosa que cometem.
- Proteção caso a imagem for usada com desvio de finalidade 
(fins comerciais), haverá uma ofensa ao direito de personalidade imagem, ensejando o dever de reparar o dano.
-DTO A HONRA
Art. 5º, X, CF.
- É o direito à boa fama, à honorabilidade, diz respeito à reputação construída por uma pessoa.
-Duas formas:
Honra subjetiva: Aquilo que o próprio titular pensa de si.
Honra objetiva: Aquilo que as demais pessoas pensam do titular do direito, reputação.
- Apesar de se manifestar de 2 formas, o direito à honra é uma só. Assim, mesmo se o dano for contra as ‘duas honras’, a indenização é uma só.
- É possível mitigar a honra quando se trate de interesse público (ex: crime e exceção da verdade, caso de calúnia)
As diferentes espécies de honra é importa para diferenciar difamação (honra objetiva - reputação) e injúria (honra subjetiva, o que a pessoa pensa dela).
-DTO LIBERDADE 
Ir e vir, sem restrição a não ser...
- CONFLITO ENTRE DTOS DA PERSONALIDADE E LIBERDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
- Liberdade de Comunicação Social: liberdade de imprensa e de expressão.
- Princípio da concordância prática: Conflito de dois valores importantes (dtos da personalidade x dto de imprensa), resolve-se pela ponderação de interesses, sendo sempre uma solução casuística. Ex.: Luis R. Barroso: Duas notícias sobre adultério: 1ª. Ministro de estado teria amante em cargo de confiança. 2ª. Senhora de 60 anos teria amante mais novo. Na 1º hipótese justifica a notícia, dto de imprensa sobrepuja o direito de privacidade do ministro, pois há interesse público na informação, diferente do 2º caso. Princípio da concordância prática. Ponderação de interesses. Análise casuística.
→ Autor e proprietário do veículo de divulgação respondem solidariamente pelo ressarcimento de dano - STJ Súm 221.
→ "não existiria ilícito civil, afastando a responsabilização da empresa jornalística pelo pagamento de indenização, pois teria atuado nos limites do exercício de informar e do princípio da liberdade da imprensa. [...] Em se tratando de matéria veiculada pela imprensa, a responsabilidade civil por danos morais emerge quando a reportagem for divulgada com a intenção de injuriar, difamar ou caluniar. Nessas hipóteses, a responsabilidade das empresas jornalísticas seria de natureza subjetiva, dependendo da aferição de culpa, sob pena de ofensa à liberdade de imprensa. Se o fato divulgado for verídico e estiver presente o interesse público na informação, não há que falar em abuso na veiculação da notícia, caso em que, por consectário, inexiste o dever de indenizar.[....] REsp 1.268.233-DF, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 15/3/2012. 
→DANO MORAL. DIREITO DE INFORMAR E DIREITO À IMAGEM. 
O direito de informar deve ser analisado com a proteção dada ao direito de imagem. Para verificação da gravidade do dano sofrido pela pessoa cuja imagem é utilizada sem autorização prévia, devem ser analisados: 
(i) o grau de consciência do retratado em relação à possibilidade de captação da sua imagem no contexto da imagem do qual foi extraída; 
(ii) o grau de identificação do retratado na imagem veiculada; 
(iii) a amplitude da exposição do retratado;
(iv) a natureza e o grau de repercussão do meio pelo qual se dá a divulgação. 
De outra parte, o direito de informar deve ser garantido, observando os seguintes parâmetros: 
(i) o grau de utilidade para o público do fato informado por meio da imagem; 
(ii) o grau de atualidade da imagem; 
(iii) o grau de necessidade da veiculação da imagem para informar o fato; e 
(iv) o grau de preservação do contexto originário do qual a imagem foi colhida . [...]
Precedentes citados: REsp 267.529-RJ (DJ de 18/12/2000); REsp 1.219.197-RS, (DJe de 17/10/2011); REsp 1.005.278-SE ( DJe de 11/11/2010); REsp 569.812 -SC (DJ de 1º/8/2005) . REsp 794.586-RJ, Rel. Min. Raul Araújo, julga do em 15/3/2012. Inf. 493 4 turma 
→ TUTELA JURIDICA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE
- Tutela Preventiva: obstar a ocorrência do dano.
- Tutela Reparatória: sancionar e reparar o dano ocorrido.
Nada obsta a ocorrência delas simultaneamente.
Ex.: Baiano que fabricava uma bicicleta de maneira artesanal, mas incluía a marca Calói em suas bicicletas. A Calói descobriu isso e moveu uma ação pedindo que ele parasse de fazer aquilo (preventiva) e que pagasse a ele uma indenização pelo uso indevido da marca (reparatória).
Art. 12, CC. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. 
 
Cesse a ameaça - Tutela preventiva inibitória (preventiva - específica): Busca-se evitar que o dano ou ilícito ocorra. 
Lesão - Tutela preventiva reintegratória (remoção do ilícito – específica): Aqui o ilícito ocorreu, buscando-se a cessação da prática danosa, para evitar o dano. 
Reclamar perdas e danos - Tutela reparatória (repressiva): O dano ocorreu. Busca-se a Indenização pelo dano moral. 
Sem prejuízo de outras sanções: Outros mecanismos de proteção previstos em lei, tal como o direito penal ou até mesmo as possibilidades de autotutela. 
	Sob o ponto de vista processual dos direitos da personalidade, a tutela preventiva se concretiza através da tutela específica (art. 461 do CPC e art. 84 do CDC) "Cesse a ameaça/ Lesão" - Evitar dano ou ilícito/ Ilícito ocorreu, evitar dano
CPC, Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
 
CDC Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
	Já a tutela reparatória se materializa, via de regra, através da indenização por danos morais (tutela do equivalente - art. 186 e 927 do CC). "Perdas e danos - Dano ocorreu busca-se indenização por dano moral"
CC, Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
CC, 927. Aquele que, por ato ilícito (186, 187), causardano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
2. DTOS DA PERSONALIDADE DAS PESSOAS JURÍDICAS
PJ não pode titularizar, mas merecem a proteção que deles decorre, direitos acolhem a Pj pelo atributo da elasticidade.
No que couber, ou seja, vão merecer proteção dos dtos da personalidade naquilo que sua falta estrutura bio-psicológica permita exercer.
As PJs podem ter protegidos: seu nome, da honra objetiva, da imagem.
STJ 227: “A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”.  No que couber, naquilo que sua falta estrutura bio-psicológica permita exercer.
PJ DTO PÚBLICO não podem sofrer dano moral, STJ, já que sua estrutura interna é distinta.

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